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These sobre tres pontos doados pela Faculdade de Medicina do Rio de Jeneiro: 1. Qual a composição dos calculos ourinarios, e dos differentes depositos da ourina nas diversas enfermidades da bexiga? Qual o tratamento que se deve empregar á vista da composi

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(1)

DISSERTAÇÃ O

DORIO DEJANEIRO. SOBRETRES PONTOS DADOS PELA FACE LDADE DE.MEDICINA

QUAL ACOMPOSIÇÃODOSCÁLCULOSOURINARIOS, EDOS DIFFERENTES DEPOSITOS DAOURINA NASDIVERSASENFERMIDADESDABEXIGA? QUAL OTRATAMENTOQUESE DEVE EMPREGARÂVISTADA COMPOSIÇÃO

CHIMICA DESSESCORPOS?

NUTRIÇÃO DO FETO

.

DO TARTARO EMETICO;SUA ACÇÃOPHYSIOLOGICA,

ECASOS EMQUE SUA APPLICAÇÃOÉRECLAMADA,QUAESASDÓSES EMRELAÇÃO ÀS INDICAÇÕES.

THESE

ApresentadaámesmaFaculdade,paratersustentadaem de Dezembro de 1851 POR

JOAQUIM FRANCO FERRAZ Naturalda villade Mogy das Cruzes(Província de S.Paulo)

FURO LEGITIMO DE

SALVADOR LEITE FERRAZ AFIM DE OBTER 0 GR ÃO DE DOUTOR EM MEDIUM

a ï© BE

jÄ

NEia ©

TYPOGRAPHIA UNIVERSAL

DE

LAEMMERT

Rua dos Inválidos,filB 1851

(2)

FACULDADE DE MEDICINA DO BIO DE JAMBO

DIRECTOR. . Da.JOS ÉMARTINS DACRUZ JOR 1M

.

LENTES PROPRIETáRIOS.

O Sa

OsSas.Douro«*» : 1

.

»Asao.

Physica Medica

.

Dotanica Medica , c Principio*elementare» de Zoologia.

F

.

D* P.CÂNDIDO

F.F

.

ALLF

.

MXO

. .

)

2

.

®ANRO.

Chimica Medica,cPrincipio*elementare»de Mineralogia.

Anatomia geraledescriptiva. )

J.V

.

TORRES UOMEM J.M.NUNES GARCIA

.

3.»ARRO

.

J.M.NUNES GARCIA.

.

L.»«A.P.D

.

CUNIIA

.

4.*ARRO.

Anatomia geraledcscriptiva

.

Physiologie

.

Pathologia geral cexterna

.

Pathologiageralcinterna

.

Pharmacia,Materia Medica, especialinentes Rrasiieira,TherapeuticacArte deformular.

J.R

.

D»ROSA

J.J.DASILVA

}

J.J.o* CARVALHO 5.®ARRO.

Operações,Anatomiatopographie«e Apparelhos

.

Partos,Moléstiasde mulheres pejadas cparidas,e de meninosrcccm-nascidos

.

C

.

It.MONTEIRO

L.DAC

.

FEIJO',Presidente

. 1

6.®Asso

.

T.G

.

DI>»SANTOS

J.M

.

DAC

.

JOBIM Hygiene eMedicina LegalHistoria

.

deMedicina.

2.®ao4."M

.

F

.

P

.

DRCARVALHO

5.®ao 6.®M

.

DRV

.

PIMENTEL. Clinicaexterna e Anat

.

Pathologie«rcipectiu

.

Clinicainterna e Anat.Pathologie« respcctivs

.

LENTES SUBSTITUTOS

.

)Secçáo das Scienciasaccessories. jSecçãoMedica,

jSecçãoCirúrgica

.

A.M.DRMIRANDARCASTRO F.G.DA ROCHAFREIRE

.

.

A.F.MARTINS F.FERREIRADRABREU

SECRETARIO

.

Da

.

LUIZ CARLOSDAFONSECA.

A

.

íf.A Faculdaden*oapprove nem reprova asopiniões emittidasnasTheses qne lheslo apresentadas.

(3)

PRIMEIRO PONTO ,

Qual a composi ção dos c

á

lculos ourinarios

,

c dos differentes dcpositos da ourina nas diversas enfermidades da bexiga .

Qual o tratamento que se deve empregar á vista da composi çã o cliimicadesses corpos ?

Aourina é umliquidoque variamuito a suacomposição , mascontendo quasisempre matérias solidificáveis, como sejãooacido urico,e phos

-

phatosterrosos,dissolvidos cmmaioroumenor quantidade dagua

.

Muitosdestes corposseprecipitão nasparedes dos vasosonde a ourina é recolhida, e outrasvezesnasdifferentes partes das vias ourinarias,e reunindo

-

seformão concreções ,asquaestomãoomunede cálculosouri

-

nariosousimplesmente pedra

.

Das partes dasviasourinarias ,aquellaqueémaisaffectada éabexiga, o numero doscálculos varia , os de acidourico são muitasvezes múltiplos, osde oxalato decai solitários, eapresentãovolumesdiversos;eistodepende do tempoedesuanatureza,e ellestemtambém diversasfôrmascsuperficie

.

oca

.

1

(4)

2

Qual acomposição dos cálculos ourinarios.

A analyse doscálculos torna

-

se diflicil quando sctem em vistadeter- minaraproporção dos elementosqueentrao em sua composição; mas fácilquerendo-sesomentereconhecerasuanatureza, epor i>t<>

torna

-

se

osconsideraremostãomentequanto aoscaracteresphysicosechimicos;

assimtemos :

Primeira especie

.

Calculo composto «leacido urico : sua coré de um vermelhocs«

-

ur«.»,suasuperlicielisa,e levcmenletuberculosa

.

Dividindo

-

seeste cab ulo,nota

-

se«pieócompostodelaminas concêntrica«,eapresoii-

tando umadisposiçãoquasicï

-

ystullisadn, ocomo« pieterrosaou farinacea: neste caso, ocalculouricosendomaisfrequente , scaclia misturado com outras matérias de natureza differente

.

Lançando

-

se n acçãodofogo,

torna

-

se negro,e lai*ga umafumaça«leumcheiro particular,a qualse extingue lentamente, deixando um residuo de cinzas brancas, «pinsi semprealcalinas

.

í)issolve-se estecalculonapotassa causliea,daqual os

ácidos preeipitão debaixo da forma depó brancogranulado

.

Imágotla deacido nilrico lançadonestecalculo, cexpondo

-

soa mistura áacção

«lo «alorico, oacido urico dissolvc-se; e esta dissolução evaporada até tornar

-

sesecca deixa umresiduo dc umacôrvermelha

.

Segumla especie

.

0calculo composto«leuratode animoniaco temem geral umacór cinzenta, suasuperficieéalgumasvezeslisa, coutrasvezes tuberculosa

.

E'formadodecamadas concêntricas

.

Quebrando

-

semostrao

aspecto terrosojmuito íino, esemelhante ao de carbonato dó£alcom

-

pacto

.

K*muita raro, e quasi sempre depequeno volume. Oufato«le ammoniac« » uebando-sé muitas Vezes misturadocom o aci«b»urico<láem resultadodesta mistura umaespeciedecalculomixto

.

Estecalculo<leurato deammoniacotempropriedadesque se approximào do calculoprecedente; com«piantosejamais solúvelîi'agua , e lanceum forte cheiro deanimo

-

niaeo, quandose aquececom a potassa: sê distinguemais«localculo urico, porquese«lissolvefacilmente nossub

-

carhonatosalcalinos

.

Terceira especie

.

0 calòulo composto do oxalato «le cal, oucalculo mural,édetomacór escuta ,sua superficierugosaetuberculosa,ordina

-

riamente consistente , equandose divideollereceumatexturalaminosa

(5)

3

variedadeque pelo seu luzidio erpallidasedá imperfeita

.

Existeuma

onome de calculoemgrão delinhaça

.

Expostoá acçãodofogo,estecalculo se intumesce;soffrendo umaespeciedeeíílorescencia, e transformando

-

se

empó brancoevermelho

.

Estamatériaalcalina , branca, éda cal caustica, privadadoacido oxalieo

.

Quartaespecie

.

Ocalculo composto deoxydocystico , é branco amarel

-

lado,lendosuasupcrticieordinariamentelisa,edeapparenciacrystallina : sendo quebrado nota-se que é compostodelaminas distinctos, esemi

-

transparcnlcs

.

I.ançado sobroofogo,dáumcheirocaracteristico;osácidos eosalkalisos dissolvem bem

.

Quintaespecie

.

Ocalculo,composto dephospliatode cal ,éemgeral de uma cor escura pallida, suasupertieie lisa, e compõc

-

se de laminas

regulares,que seseparâofacilmente umas»las outras,esemloslriadas em umadircceãoperpendiculará circumfei*encia«localculo

.

Este calculo não setornaliquido comocalordo fogo;dissolve

-

senoacido muriatico,pre

-

eipitando

-

secm forma depóbramo,semdecompór-se

.

Sextaespecie

.

Ocalculocomposto dephospliato triplodemagnesia ede ammoniaco ,temumacòrbranca,suasuperficieéquasi sempre desigual, orevestido de crystaesbrilhantes,suasubstanciaé laminosa,esoreduz facilmenteapó;algumasvezesé duro, composto ,edividindo

-

se mostra

umatexturacrystallinamais oumenos transparente

.

Estecalculoseliquefaz commuita diíliculdado nocalor do logo , desprende umcheiroammo

-

niacalqueseconhecequandosetratapela potassa caustica ,esedissolve facilmente pelos acidos,dosquaes o ammoniacoseprecipitaemsua fôrma mstnllinn

.

Sétimaespecie

.

Ocalculoformadop»*la mistura do plio

-

pbato decaio dophospliato triplodemagnesiaede ammoniaco ,ouoCalculofusí vel,é bastantebranco efriável;assemelha

-

sopoucasvezes á substanciadogiz, e deixa umpóbranco nos dedos, nem sempreestecaculoeformado de laminas,ecomtudo se divide algumasvezes em Jamiuas, cobrindo

-

se os

seus inleisliofcos de crystaes brilhantes compostos depbosphatostriplos

.

Liquefaz

-

sepromptamonte comaacção do figo,dissolvendo

-

se nosacidos,

c sobretudonoacidomuriatico ,eajuntando

-

seaestadissolmjáoooxalato

dc ammoniacopuro

,

nmagnesiapódoserseparada

.

Oitava especie

.

0calculo alternante pódo ser formado por différentes camadas, que compoem osespe.cie§ procedentes; elle ollercce grandes

(6)

h

variaçõessegùndo suatexturaesuaspropriedadesgeraes,queestão subor- dinadas ásua composição; a maior partodas vezesccomposto de um núcleo de acido urico ,ou de substanciamural , eexteriormentedeuma camada de calculo fusível;em alguns casos compõe

-

se delaminas destas

1res substanciase ásvezes de mais; porque os pbosphatosmixtos podem serconsideradosentreoscorposque ontrão na formaçãodesua superficie externa

.

Em razãoda sua composição, seus caracteres chimicosvariào muito;masentreassubstancias quecompoemestecalculo , algumadelias deque temos fallado deve por forçaseencontrar;por istopúde

-

se reco-

nheceranatureza dasdifferentes camadas polo quetemosexpendido

.

Nona cspecie

.

O calculo mixto compõe

-

se da reunião intima de um dosespccies precedentes; sendo também o numero maior ou menor

resultado de uma misturadeurato deommoniaco c de pbosphatos;sua oòré variavel , poucas vezes laminoso, e bastante duro,suanaturezaé ordinariamenteduvidosa,e depende totalmente dasuacomposição, eo earacter proprioatodas substancias que formão este calculo pódcfacilmente serreconhecido

.

Decima cspecie

.

Calculo compostodecarbonatodecal : oseuvolume é pequenoc formadopela maior partepelocarbonato de cal,é brancoe muito friável

.

Reconhece-sefacilmente pelaeffervescenciaque acompanha ailissolliçãodestecalculopelosácidos

.

Undécima especie

.

O calculo composto de oxydo xantico, chamado tambémoxydo amarello,pelapropriedadequetem dedarestacôr quando se lança o acido nitrico

.

Duodécimaespecie

.

Ocalculo fibrinoso que se julga formado pela fibrina dosangue ,tem todosos caracteres proprios da fibrinadosangue

.

Vamos tratardacomposiçãodos depositos da ourinanasdiversasenfer

-

midadesdabexiga , cantesdisto daremos algumas noçõesarespeito da ourinanoestado são.

A ourinaeumliquido transparente: sua cõr é de umamarello citrino, seu gostocacreesalgado,de um

niacal pela putrefaeção , sua densidade é maiordo que a d’agua , ella envermelheceotornesol.

SegundoBerzelius 1000partes de ourinasão compostasde Agua

.

Urea.

cheiro particular , tornando

-

se ammo-

933,000 30,10

(7)

5

Sulfato de potassa 3,71 Sulfato de soda

Phosphate desoda Hydro

-

chloratede soda

Phosphate deammoniaco

Hydro

-

ohloralo deararaoniaco.

.

. Acidoláctico livre

Phosphateterrosocomuraatorao de cal

.

Acidourico Muco da bexiga Silica

l.actato deammoniaco

Materia animalsoluvel no alcool e que acompanha ordinariamenteos lactatos. Materiaanimal insolúvelnoalcool. Urea quenãosepúde separar da matéria

precedente.

A ourinadeixadepor muitas vezes noespaçodealgumas horas, uma maioroumenorquantidade de acidourico,edepoisdealgunsdias a urea sedecompõe,formando-se de ammoniaco que reage sobre os saes da ourina,forma umdepositocomposto de urato deammoniaco,dephosphate de cal e de phosphate ammoniaco magnesiano,eachando

-

seaourina

evaporada , obtem

-

se grande numerode crvstaesformados pelos saes da ourina,ecoloridospela urea;sendo formados dephosphatesde soda e de ammoniaco, hydro

-

chlorato de soda ede ammoniaco, de sulfato de

potassa e de soda

.

A ourinaésoluvel n'agua. O alcool a turva eprecipita oacido urico, osphosphatesterrosose outros saes;é igualmenteturvadapela potassa , soda c ammoniaco,e saturandooacido precipitáo ossaes quetinhaem dissolução,eo muco

.

A agua debaryta, de stronciana e decal precipi-

táo oacidophosphorico dos phosphatesde sodaede ammoniaco.Astron- baryla precipitáooacido dos sulphates de potassacdesoda

.

Oacido oxalicoturva aourinadepoisde algum tempo, decompõe o phosphate de cal e dáumprecipitadode oxalate de cal. O acido nitrico lançadosobre a ourinaconcentradafaz apparecer crystaesdenitrato de urea

.

3,16 2,94 4,45 1,65 1,50 17,14 1,00 1,00 0,32 0,03

cianaea

O U».

(8)

6

Comqunnto sejáo osdepositosdaourina compostos (los mesmosprincí

-

piosgeraes,todaviaconsiderando

-

sepathclogicamcntc,nota-se diíTerença entro elles,cque podemserdivididos

1

.

*cmsedimentos puUerulcntos;

2.*sedimentos crvstallisadosouarcas;3

.

°concreções solidasou cálculos formados pelareuniãodestesdepositosourinarios.

Osdepositos pulverulentos sáo

com uma base,emgeral com ammoniaco.No estadosão,a ourinacon-

o urato deammoniaco em proporção tal que dissolve

-

se em todaa

acontece no estado doente, que aquantidade compostos de acido urico combinado

serva

temperatura, o quenao

deste corpo augmenta consideravelmente, e este augmente excedente precipita

-

sequandoaourinaperde oseu

sitospulverulentosque podemser divididos

1.°emdepositosamarellos : 2.“emdepositos vermelhos;3/emdepositos rosados.

Primeiro

.

Sedimentosamarellos

.

Estessedimentos tem acòrbastante calor,eassim formão osdepo-

variavel,eocompostos de urato deammoniaco tinto pelo principio colorante da ourina ;algumasvezestemumaporçãodephosphate,eoutras vezespequenaquantidade deurato desoda.

Segundo

.

Sedimentosvermelhos

.

Acòr destes sedimentosvaria ,esão

compostosde urato de ammoniaco ou desoda,tintospor grandequanti-

dade doprincipiocolorante daourina,e pelospurpuralosde ammoniaco edesoda ; ealgumas vezes seacbãopliospbatosterrosos

.

Terceiro

.

Sedimentos rosados

.

Tem ardecravo, eocompostos deurato de ammoniaco,coma diíTerençaquenão temoprincipioama

-

rellodado pela matéria colorante da ourina, e sua còré devida em grande parteao purpurato deammoniaco

.

Estes sedimentosmostrãoter pequena quantidade deste principiocoloranteda ourina, eindicamaior proporção de acidonítrico; assim como de umamaior quantidade de purpurato de ammoniaco

.

Ossedimentos crvstallisados ou areias sãoformadospelo acido urico: na ourina sàacm no estado dc pureza quasi completa, esteacidoexiste

combinaçãocomdiversas bases e proporção que sedissolveeiutodatem-

peratura.Algumasvezes osrinsformãoumacido livre que, combinando

-

sc

comoammoniaco , precipitaoacido urico no estado puro e déforma crystallina

.

Ossedimentos formados pelo phosphate triplo de magnesia edearu- inoniaco, são sempre brancos. Os oxalutos decal sao muito raros, e

(9)

7

aprésenta»)umacôrverde ounegra. É facil reconhecer a suanatureza pelo queternos dito dos cálculos ounnanos

.

Tratamento

.

O tratamento daspedrasvesicaesdivide

-

seemdiversos meios,como

sejão: agentes physicos, chimicos, mecânicos e operaçõesde diversos meios

.

Tratareitãosomente dosagenteschimicos.

Comofim de dissolver um calculo,leva-seá bexiga um agente lithon- triptico; assim trata

-

se por umalcali, quando o calculo écompostode

acido uricopurooucombinadocom oammoniaco,eporumacidoquando écomposto pelossaesphospbaticos

.

Duas maneiras temos para a intro

-

(Jiiccáodeumagentechimieonabexiga, quesão oestomagoe auretra; pelo estomago pódeo agente chimieo chegar ao calculo »lepois de ter perdidomuito a sua accão, e pela uretra expõe o doente ú dòr e á irritação. Comtudo se póde servir do estomago som inconveniente,

quandoesteorgãonãoestáfatigado; assim eraquese davao remédio de mademoiselleStiphens,etambemoacidocarbonico,oaci»lo hvdro

-

chlorico,

oacidoláctico, oscarbonatosalcalinos,e certasaguasmineraes

.

Quanto á introducção pelauretra,usa-sede urna sonda,e poreste meio leva

-

se

a agua de cal, a potassa contra oscálculos de acido urico e de urato deammoniaco, enos cálculos phospbaticosoacido hvdro

-

chlorico ,eo

acidolácticoenfraquecidos

.

Mas para chegar

-

se a umaboacura preciso

é queconheçamosanaturezado calculo: assirnquandoasourinasestão carregadasde acido urico oude phosphato, julgando-se pela analysée aspecto, se póde aereilitar daexistência de um calculo composto destes elementos; e»juando elles nãotrazem inudança nasourinas,taes como oscálculos de oxalatodecal, cde oxido cyslico podemser estas ourinas compostasdecalculo ,eentãoexpómo-nosa fazer uso de umagenteopposto á(juellc «pieconvém ; também quando um doentelançaareiasdeacido urico nemsempre existesó o calculo, mastambém phosphato,e então o agente que convinhaaoprincipio torna-se inútil

Omethodo proposto por Fourcroy para reconhecera natureza do cal-

culo,c injectando na bexiga uma solução muito fraca de potassa ou deacido hydro

-

chlorico enfraquecido, edeconservaroliquidoem contacto corpoestranho,e depois da sua expulsão analvsar; comtudo este meionão éfavoravel, c principalmente não sendo praticável em todos oscasos. Tambémsetem postoem pratica parasereconhecera natureza

c nocivo.

com o

(10)

8

docalculo pelo meiomecânico, tirando-se alguns pedaçoseao depois combatè

-

los por um agente segundo o conhecimento «lo calculo, í

.

oin

quantoestes meioschimicos já estivessem algum tanto

abandonados

, ultimamente tem

-

seapresentado grandesmedicossustentandocomfactos

tratamentodoscálculos pelosmeioschimicos

.

AssimM. DArcet, mudandoa naturçza dasourinas , de acidas que cilassão para alcalinas, por meio da agua de Vichy, pôde inanter pormuitotempoesteestadodasourinasseminconveniente

.

M

.

Chevalier

temobtidoasourinas alcalinas conservandoodoente em banhodagua deVichy por espaço de vinte minutos, termomedio ; e temconíirinado resultado tomando o doente um banhopreparadocom quatro a oito onças de sub

-

carbonato de soda, e oito a dez baldes dagua

ordinaria,e tem reconhecido com muitas experieneias feitascom muito cuidado,que os cálculosdeacido urico c os deurnlodeammoniaco, levados á acção prolongada daagua deVichy, sãodissolvidos , e queos cálculosphosphnticossãodisgregados:osde oxalatodecal sendoosmais resistentes deixãodeperderum tantode seupeso.TambémMr.Petittem obtido os mesmos resultados em suas experieneias feitas com grande cuidado, cteinobservado doentesque tinlião ossymptomasdaaílecção calculosa deixarão de solírer com o usodas aguas de Vichy;que muitos doentes tem lançado concreções dediversas naturezas e mostrando a acção do dissolvente

.

M

.

Segalastem tirado porestesmeios chimicosfactosem apoiodestes medicos; comludo notaqueas concreções deacidourico c deuralode ammoniacopodem seratacadas na bexiga pelos l íquidos contendo prin-

cí pios alcalinos; principalmente pela agua deVichy, e o mesmodas concreçõesdephosphatosde cal ,cdephosphaloammoniacomagnesiano; masque tanto para uma e outra destas concreções , aIithrotriciahem applicadacmaisconveniente,quandoestas concreções mereceraonome depedras , c este ineio não sendo bastante,a operação da pedra e impossívelnamaiorpartedoscasos

.

Omesmojulgaque todososagentes chimicos seriãoinúteisparaoscálculos de oxalato de cal ,equepoderiã o estes agentes ser levados para a bexiga quer seja pelo estomago pela uretra,c também queoscálculos de oxydo cystico, de siliça, de oxydoxanticopoucoestudadospor estes meios,eporisto sendo impossível formar umaopinião arespeitodoseutratamento.

numerososo

o mesmo

ou

(11)

SEGUNDO PON Î O .

Nutri çã o do Feto.

Toma onome de feto, ogermenresultanteda fecundação entre os animaes,eapresentandotodas suaspartesdistinctas umasdasoutras.

Muilasquestões tem-sesuscitadoempliysiologia,paraaexplicação da nutriçãodo feto.Todosconcordãoquedoorganismomaterno, tiraofeto substanciasnecessárias,parao seudesenvolvimento;outro tantonão se pensa a respeito da sua introducção no feto. As principaes questões suscitadas,sãopelaagua damnios,epelacommunieaçãoimmediata ,entre osvasos uterinoseplacentarios

.

Aquellesquepensão,fazer-seanutrição dofeto pela aguadamnios , fundào-se emseresteliquido nutritivo; pois queahiseencontraalbumina ,osmazomaedifferentessáes. Esteliquido varia muito emsuaquantidade,pois é maisabundante em relação ao volume do feto,emenoramedidaqueseapproximaoparto

.

Elle se acha emcontacto comassuperficiesmucosasecutanea , quesãoabsorventes. Éverdade , queesteliquido contémpartes nutritivas; mas emtão dimi

-

nutaporção, que nãopoderásatisfazer oconsumodofeto

.

Nosprimeiros tempos,asuamaiorquantidadeesubstaneialidade quando muito mostra

oca. 5

(12)

10

quo serveparaoconcursodanutrição embryonaría, cnãofetal

.

Quantoao contactodagua damnioscoinasmucosas,istoneinsempreacontece;por exemplo,quandohaacephalia,imperforaçãoda bocca e fossasnasacs,ou obstrucçãopor meiodemucosidades,istonãoteria lugar ,se esteliquido passasse sempre para o estomago; e os movimentos dedeglutiçãoobservados por algunsphysiologistas parecemantesoestado de soflïimento do feto. Também a respeito docontactodaguadamnioscomapelle,seriapreciso quesedemonstrassetal absorpçãocutanea nofeto ,edadoocaso,queisto tivesse lugar seriainsuflicienteparao consumo dofeto , ede maiscomo explicaranutriçãodefetosvivos, existindooescorrimentodagua damnios?

Outros para provara nutriçãopormeiodesteliquido , fundáo-se em1er achadofetos desenvolvidossemcordão ; mas istonãoé verdade; porquanto osmelhores parteiros referem casos de morteconsecutiva á interrupção da communicaçãoplacentaria

.

Devemos poisconcluir, queaaguadamnios não serveparaanutrição dofeto; bemeomoagelatina deWarton,ea matériacremosa da allantoide,a qual servirá,segundoVelpeau, paraa nutrição geral, oudealgumorgãodoembryão,e mesmo no fetoella não existe

.

Os physiologistas modernossão deopiniãoque anutrição sefaz por meio do placenta,eque oliquido amniotico tem outros usos.Assimo sanguematerno não passa directamente para ofeto, senão depoisde terexperimentado modificaçõesemsuanatureza.Pelas observaçõesnume-

rosas,sepodeconfirmar estaverdade;vendo-seofeto continuaraviver por algum tempo,expulsando-se lodoo ovopara fóra

.

Muitos physiolo- gistasdizemqueexpulsando-sefetoshumanoscomtodassuasmembranas,

conlinuãoaviver por espaço de umquarto de hora , semqueo placenta lancesangue por sua superfície externa; ainda mesmo continuando a circulaçãoafazer-se

.

Jacquemicr édestaopinião,ediz que asuperfície externa doplacenta, não c a sedede algum derramamento sangu í neo , mesmo continuandoos fetos aviverem por algum tempo,noovo separado doutero

.

Os elementos dosanguematernopassãoparaofeto , por meio do placenta , e mesmopela membrana , amnios e superficiedo ovo,e também podem levar outras substancias por viadeabsorpção

.

AssimMr

.

Magendie, achouocheiro dacamphora , no sanguedofeto deum cãoum quarto de hora,depoisde 1erinjectado uma dissoluçãodestasubstanciano systema venosomaterno

.

(13)

11

eMayer achou o cyanuretode potássio injectndona tracheaartéria de umacoelha ;nagua do amnios , no placenta e nosdifferentesorgãos do fetopor meiodochlorureto de ferro

.

0usoda ruiva dos tintureirosmisturadacomosalimentos, não só dá còr aos ossos maternos, mas tambémaosfetaes,eosliquides coloridos pelo anilinjectados ,tem-seachadonagua do amnios,e no canalintes

-

tinal.A syphilisconstitucionaltransmittidaaofetotem muitarelação com osfactos acima mencionados.

0ovo nopoucotempo queexiste no utero toma umgrandedesenvolvi-

mento, o que mostra a grande celeridade desta transmissão,aqualé conhecida pelosseuseffeitos; por quantonãosetempodidodeterminara natureza, ea maneira comosefazaintroducçãodas substanciasnutritivas, quedamãivão ter ao feto,etalvezfossepossívelappréhenderosprodactos deabsorpção,osónasuaespessura,masainda emsua passagem nos vasos do placenta,eparaistoseriaprecisoquedepoisdoparto,oplacenta se conservasse por algum tempo sem despregar-se, mas isto não se dá senãoquando á adherencia normaldetodo placenta; comtudo isto mostra quenãoha hemorrhagia pela extremidadeplacentaria docordão,e que estandoosvasos umbilicaesvasios,deixa deterlugartodooescorrimento desangue,e istoprova quenãoha communicaçãodirecta entre osvasos utero-placentarios comosvasos umbilicaes

.

Porém hailuidosqueescapão áobservaçãopassandolentamenlenosvasosumbilicaes,eprincipalmente não tendocòr

.

Segundoestemodo depensar,Mr. Jacquemiertemfeito muitas experiências em coelhas eporcos da índiadaseguinte maneira : Depoisdeterextrahidoofeto dacavidadeuterinasemdespregaroovoque conservaaindapormuitotempo adhérente,c cortadoo cordãojuntodo embigo , procuroufazer sabir todosangue contido nosvasosumbilicaes, porpressões levadas sobre oplacentaeocordão; cdepoiscollocouuma ligadura sobre a suaextremidadelivre,de maneira aretertodo o tinido novo que penetrarianos vasosumbilicaes

.

Quandoexaminouas[»artes, duashoras depois,osplacentas nãoestavãodesgrudados,masnãoachava traçosde líquidosnos vasosumbilicaes

.

Osvasos uterinos c utero

-

placcn

-

tariosestavãovigorosamente destendidos pelosanguecarregado; masnão mostrava ter transsudado para fóra. Depoisdeoito horas , achou em alguns dos cordõesumpoucodesangue seroso , eos outroscompletamente vasios; os vasos utero-placentariosestavão muito cheios ,alguns estavão

(14)

12

lacerados

.

A desobstrucção antecedente dosvasos umbilicaes, nãopóde sersempre bastanteexacta, paraque seja possível aflírmar queosanguo serosoachado emalguns,tivessepeneirado immedialamentenaseparação dofeto ; pois que sobre omesmo utero tem

-

se achadodepois do

mesmo

lapsode tempo osvasosdocordãocompletamentevasios

.

Ascondições quaessãofeitasestasexperienciasnãoparecem afastar

-

se de uma maneira essencial do estadonormal ; porque apezar da fraqueza das paredes do utero,a circulaçãonãoéinterrompida;oplacenta separado dofeto con

-

tinuaaviver; demaneiraqueascondiçõesdeexhalaçãoda parte dos vasos utero-placentarios ,ou da absorpção daparte dosvasos umbilicaeso parecem ser destruídas

.

Vamosvercomo sefazapassagem do sangue fetal pormeio doplacenta, ccomquantoasexperiencias confirmem de alguma maneira que senão possa demonstrardirectamenteotrajcctode umfluidonutritivo,damãi paraofeto,comtudonãose pódedizerquenãoexista; masqueescapaaos nossos meios de reconhecer, visto ser pouco abundante

.

Existem dous modospossíveisdetransmissãodos fluidosnutritivosda mãiparaofeto; assim podem ser levados pela exhalaçãonacavidadede amnios,noplacenta e nos vasosumbilicaes;algunsdoselementos dosanguoque percorremo Systema vascularuterino,comoacontececom asmembranasserosaseo tecidocellular;compoucaprobabilidade paraoplacenta ,emuitomenos julgar-sequea nutrição sefazpor meio de uma purificaçãomaterna

.

Aunica hypothèseaqualparece seradmissível pelosphysiologistas,c aquella que sefazpela absorpçãoexercida pelas extremidadescapillaresda viaumbilicar sobre osanguequeatravessaosvasosutero-placentarios,e julgão osphysiologistas desta maneira pela grande celeridade das forças assimiladorasqueafecundaçãodesenvolve no ovo

.

Alem disto,julgar-sea nutrição dofeto pela absorpçãodo fluido nosanguequeatravessa osvasos doutero, ctãcil dèconceber

-

se,assimcomo pela absorpçãofeita naterra pelas raizesdosvegotaes.

Mr.Magendie tem lançado nosvasosdocordão em direcção aoplacenta venenosmuitofortes,enãotem notado a mãi darsignal desua acção

,

o

isto mostra queosangue contido no placenta fetal não é recebidopelos vasosdoutero.

Além disto,osphysiologitasdizem que oplacenta não tem tãosómente por uso absorver substancias nutritivas no sanguematerno, e que deve

nas

ser

(15)

13

consideradocomoumapparclhode absorpçãoedehematose ;assimdizem ellesque quando appareceodesenvolvimento «loplacenta, a respiração fetaltomacaracteresmenos duvidosos

.

Assimlia uma relaçãofrisante entre a circulaçãoplacentaria epulmonar

.

0 placenta bemcomo opulmão ê traspassadopelo sangue,quetemprestadoanutrição do fetoparaasexha- laçõescas secreções; ambosoperão noorganismo de uma maneiracontinua, enão póde ser retidasuaacçãosemperigo.Quando se comprime o cordão nota-selogonofetoumestadodesoffrimento, oqualéacompanhadoda mortecomossignaesdeasphyxia ,epara istoéprecisoqueacompressão se demorepor algumtempo,c esteacontecimento não sepoderia explicar seoplacenta tivesse tãosómente por fim levarparaofetolluidos nutritivos. Mr.Jacquemicrcitaum factooqual tem muitovalor paraaexplicação destaquestão;assim dizellc:

Eu distinguiaquandocomprimiaatrachea

-

arteriadasfemeas dosanimaesprenhes queosfilhinhosnãotardavãoa se agitar,econsiderandonesta observação euinduzimuitas mulheres pejadas asuspendersua respiração tantotempo quantocilaspudessem, eentre algumasofetonãotardavaaseinovereagitar

-

se

.

Muller tem notadoque oembrião das coclhasdespojadodos seus invólucros perecia mais promp-

tamentedebaixo da machinapneumatics ,e mesmonooleo doquenoar almospherico

.

As modificações quesofire o sangue passando os vasos umbilicaesnão sãoconhecidasnosanimaesmammiferoscomo nospassaros. Pelo que senota , osanguearterial nãomostradifierençado sangueda veia umbilical ; porquantotemamesmacor : comtudo Muller diz ter achado differenças physicas

.

0 coagulo dosangue arterial tornava-sepormuito tempogelatinoso,emquantoqueoda veia umbilical cobria-senoarde umamembranaespessa, etratado pelo calor davagazoxygenio,etomava còrcarregada nogazacido carbonico; de sortequeparecia mais ao sangue arterial. Seisto éverdade,facilé explicar-sea respiração fetal

.

Assim osangue que passa pelos vasos utero-placentariose portodos as partes docorpo, contém uma quantidade degaz oxygenio livre,queé absorvido pelosangue queatravessa os vasosumbilicaes,

embaraçar asduas circulaçõesse tocãopormuitospontos,eosdousfluidos não são apartados senãopelas membranas muito delgadasque não podem servirde obstáculoúsaílinidadeschimicas

.

Pensando

-

sedesta

respiraçãoseconfundeno mesmoorgão comanutrição oosfluidos absor- vidos ,eácustadosquaesofeto vive , passãocom celeridade no sanguedo

001. uma

porquesem se

maneira,a

(16)

U

feto enàosesabe se elles recebem alguma elaboração, que os focamais aptos para serem assimilados

.

Circulação fetal.

Faz

-

se ncirculação fetal, de uma maneira isolada eindependente da- quella da mãi

.

0feto dosmammiferos, bem comodos oviparos, fôrma por simesmoseusangue , o qualnão tem como o materno os mesmos caracteresphysicos ecomposição

.

Assim,notamosque é deuma còrcar- regada uniforme nasveias enasartérias; é menos íibrinoso e mais seroso. Segundo Prévoste Dumas, o sangue do embryào tem osseus globulos mais volumososdoque os damãi. Fourcroy, analysando compa

-

rativamente,achou quea materia coranteera molle, e que tornava-se

pouco vermelhanoar, e que tinhaumapequena porçãode fibrina

.

o sefaz fixactamente da mesmamaneira acirculaçãodofeto em todas as épocasdavida intra

-

uterina

.

Existeumacirculaçãocompleta ainda muito restricta que ligaa vesícula umbilical com ocoração,antesdo desenvol

-

vimento dos vasosumbilicaes edo placenta

.

Lina ideasatisfactorydestacir

-

culaçãonosdáoconhecimento da veio e daartéria ompbolo-iuesentericas,

jánadependenciadocoração,durante este curtoperiodo dodesenvolvimento doembryão.Depoisdestacirculaçãoappareceoutro, aqual se opera pelos vasosumbilicaes

.

Existem ao mesmo tempoestas duas circulações em alguns mammiferos comivoros,que apresentãoainda nonascimento os vasosomphal-oinesenterieospermeáveis

.

Gmhecendo

-

seasdisposiçóesana-

tómicas, comprehende

-

se facilmente, o que tem de particular a cir- culação do feto. Assim osangue que vai paro as artériasumbilicaes, atravesso o systema capillar do placenta , onde se reviviíicaestando em contacto mediatocom osanguematerno, e acarreta osiluidos nutritivos absorvidos poresteorgão

.

Voltaaofeto pelu veia umbilical assimmodi

-

ficado,seguindo o canal venoso, chega uma portedirectamenteú veia cava , eoutravaiterao ligadoacompanhando os diversos ramos, que a veia umbilical envia paraesteorgão, seja directamenteou seanastemo- sando com veiaporta, echega para a veiacavapelos veias hepalicas

.

Algumasincertezasaindase apresentào na das auriculas. Nào

progressão do sangue atravéz ae tendoem consideração adisposiçãoanulomica,

(17)

15

se admittiriacoraSabatier , queosangueda veia cava passalodo pa auricula esquerda pelo buraco deBotai, sera se misturar com oda veio superior, queseconduz para o ventriculo direito

.

A maior parte dos physiologistas,duvidão deste isolamento completo de duascorrentes de liquidonamesmacavidade; por quantoosangue logo que cheganaau-

ricula direita estagna momentaneamente. Com efleito examinando-se com attenção, nota-se que osmovimentos do coração, devem occasional* inevitavelmenteesta mistura

.

Quandoasauriculas secontrahem, aval-

vula do buraco de Botaiendireita-se e intercepta momentaneamente a communicaçãointer-auricular, osangue levado á auricula direita pelas veiascovassuperioreinferior , antesdesua contraceãopenetraem parte noventriculodireito,aunica via que lhe estáaberta. Nomomento da dilataçãodas auriculas, eacontraceãodosventriculos ,ocndireilamento davalvula triscupida , faz com que o sangueda veiacavasuperior,nãová teraoventriculodireito,epossecora odaveiacavainferior paroaauricula esquerda pelo buracode Botai, o unica via que lhe está momentanea

-

mente aberta; assimamistura émuito mais completa

.

Osventriculos, contrahindo

-

se,lanção osanguemisturado,oesquerdo naaorta,odireito noartériapulmonar

.

Mas tenuinando-seesta ultimanaaorta, passa todo osangue dos dousventriculosnoaorta,exceptuandoumapequena parte quevai aospulmões

.

Éempregadaaforçadosdousventriculos cm fazer comqueosangue semova nosystema aorlico ;ella acha mais resistên-

cia noresto;porquantoellaserveásvezes paraacirculaçãogeraldofeto e para a circulação extra-abdominal ou placcntaria. O comprimento excessivodocordão, quando exista , e dos nós,obrigáoao coraçãodesen-

volver maisactividade,epodem occasionarumahypertrophia, que parece mais aíTectaroventriculo direito

.

Emum casoobservado porM

.

Duerest, ella era muito considerável e correspondia cornum cordão bastante comprido

.

ro a

Temperatura do feto

.

A temperatura dofetoéinenordoqueo da mãi ;Autenrieth e Sch ü tz affirmão quea diíTerençaentre osgatos, é de trèsgráosdothermometro de Réaumur ; os fetosmortosapresentão umatemperaturamenor doque osvivos. W

.

Edwards dizque ocalor dorecem-nascidóéinferior aodo

(18)

16

adulto,equenãoresistobem ásinfluenciasexteriores; bem como qne ha uma diflerençasaliente relativa ao grão deperfeição organica

.

Os mammiferosno seu nascimento,tendo aindaosolhosfechadosc os saros sem

pas- pennas,dã o tãopoucocalor, quecomportão o ar da

mesma

maneiraqueos animaesdesanguefrio.

Exhalações

,

secreções.

As superfícies livrese contiguas das serosas, são húmidasclubrifica- das. A transpiração cutanea, faz

-

se provavelmente, e se mistura com aaguadamnios

.

Depõem

-

sepelocontrariooproducto dos folliculosse-

baceos sobre a pelle, e ahifôrmaoinduito gordurosocutâneo. Acha

-

se

nocanal intestinal, um liquido mucoso que fica branco até omeioda prenhez

.

A bilis queoccupaa vesícula,conserva-seainda transparente ,e semcòrnestetempo; mas uma eoutra não lardãoatomar cor.Quando omeconio setornaconsistente e mais viscoso,toma uma còrverdeama-

rellada, e quando seapproximao fimda prenhez,seengrossa,e torna-se

maiscarregado,tempo em que elle occupaogrosso intestinoeointestino delgado

.

0 liquido que seacha noestomago , torno

-

se também mais

consistente, efica sem còr ouantes toma a còrcinzenta.Omeconionão é produzido pelaaguad amuios ; salvo em circumstancias accidentaes; pois que c umcomposto de bilis,edemuco intestinal segregadopela mucosa e seusfolliculos

.

A secreção ourinaria,ónavida intra-uterina pouco abundante; visto quea ourina seconserva noseureservatório. A bexiga nofim da gesta- çãoé cheia, mas poucodilatada. Nãoésenão accidentalmente,que ella está no liquido amniotico

.

(19)

TERCEIRO PONTO .

Do tartaro cmelico

,

sua ac çã o physlologica

,

c casos em que sua applica ção c reclamada

,

quaes as d óses em rela ção á s indica çõ es.

Historia

.

0tartaroemeticofoidescoberto em1G31,por Adriano do Mynsicht, oqualfoi oprimeiro quemostrouos suaspropriedades emsua obra , a qualEsto saltem porfoi aconselhadotitulo

Thesaurusem muitas molet armamentariuméstias de umamcdicomaneira abusiva

-

chiiuicum

.

,

oque fezoparlamento franccz prohibiro seu uso no tratamentodasmo-

léstias

.

homtudo,em1G53o hr. Euzcbio Henaudot fazendo melhor co- nheceraspropriedades destesal,conseguiocomqueosmedicos revivessem

oseu empregonotratamentodasmoléstias

.

Porémoquemais contrihuio paraque tornasse a entrarnatherapcutiea, foiacuraque fez Yalot em Euiz XIV com ousodesta substancia

.

OC*. 5

(20)

18

Caracteres physicos

.

() tártaro emético , tártaro stibiado , antimonio tarlarisado

,

tarlrato antimoniadode potassa , proto

-

tartratode antimonio e de potassa,ousim

-

plesmente emetico, é umsal branco,bastante duro, e não existe na natureza,apresenta-se crystallisado emoctaedrosouemtetraedros trans

-

parentes , é inodoro , estiptico , e nauseante

.

Expostoaoartorna-se pouco ellorescente,epulverisa-se facilmente

.

Caracteres chimicos

.

Este sal é composto dc acido tartarico , deprotoxvdo deantimonio c deutoxydo depotássio,eaguadecrystallisacão, oqueforma umsalduplo

.

E solúvel naguafria , etambém fervendo , comadiííerença que n agua fervendo dissolve maior quantidade deste sal, o qual é muitas vezes falsificado com osulpbato de potassa , eparareconhecer

-

seasua pureza

devemos empregarosbydro-sulpbatossolúveis eoutrossaes ;por quanto não dão pela decomposição todo o precipitado que sc dove esperar,

quandoé puro

.

Muitas substancias decompoem a dissoluçãodotartaro emetico,como sejão o sub-carbonatodesoda, as decocções das cascas vegetaes, raizesamargaseadstringentes, asquaes produzem um precipi- tadoamarello avermelhado

.

A infusãodenozde galbasdá um abundante precipitadocoalhadobrancocinzento,oqualcontém oxydodeantimonio

.

Aindaque alguns medicos pensem « pie o tartaro emetico decomposto por estasdissoluções nãoperde dcsua acçãotherapeutica, todavia de- vemosobstar o quantofòrpossiveldereuni-lo a estassubstancias

.

Acçao physiologica.

Nota-se no tartaro emetico duas acções principaes, uma local irri- tante, outra geral

.

Ossymplomasque elleproduzvnriãosegundo as dóses;

(21)

19

assimumquintoîlegrão dá lugar aleves suores geraes; sendoumterço ameio grão,ossuoressãoabundantes,ou entãoapresentão

-

se dejeceões

nlvinas

.

Dado na dósedetrèsgrãos produznauseas, calafrios, pallidez, vertigens, salivação,vómitosrepetidos,violentoscomsuor nafronte ,es- curecimentoda vista, tremorinvoluntário da mandibula

.

Eis o que se observanamaior parledos casos, comquanto póde variar muitoaacção doemetico a respeitoda pessoa,assimna dósedemaisde trèsgrãos não ha vomito , como observarão muitos medicos francezes , e tem outros observadoenvenenamentospelo emeticoemaltas dóses

.

Com mais celeri

-

dade apresenta-se ovomito quando se injectao emetico nasveias, se

-

gundo tem observadomuitosmedicos

.

Pelas experiencesdeGendrin e outros, a solução aquosa e mesmo empommada , sendo conveniente-

mente preparada paraserabsorvida ,applicadasobre a pelle póde pro

-

duzirvomitos, e Strambio notou vertigens , diminuição de pulsações arteriaes, desfallecimento efraquezade todoosystems muscular, appli

-

cando empommada aumaenfermadechorea.Giacomini e outros medicos, notando estesphenomenos, dãooemeticonas moléstias phlogisticas , e istocoinomeiohyposthenisante, coutros chegão adizerque o emetico póde substituir pelos seus effeilosasangria.

Applicação

.

Oemetico ébojeconsiderado pelos medicos ,como umdos melhores remediosqueaarte decurarpossuo. Assim se observa queelleé essen- cialmente irritante porsua acçãodecontacto

.

Applicando-sesobreapelle occasionaamaiorparte das vezes , uma inílaramação maisou menos in-

tensa, etambém umaerupção pustulosa de um aspecto particular

.

As vezes quando se dá internamente emgrandeporção,nãoó repellido im- mediatamenle,obraa maior parte das vezes como um veneno forte , occasionandoumainflammação maisou menosintensa do canal alimen-

tar.Quandoseadministracm pequenasporções,noto-seque osprimeiros eífeitos são nauseas acompanhadasde vomitos frequentes , e algumas vezesdeevacuações alvinas

.

Pião se deve allribuir esteseflfeitos á acção docontacto do emetico; porquanto tem-se mostrado por experiencias, queistoacontece quando se introduz por qualquer maneiranacorrente

(22)

20

circulatória :esteseíTeitosparecemmaisprovenientes de umaacçãoespe

-

cial deste medicamento sobreocanaldigestivo

.

Oempregodo emetico é pois

promptaecommoda

.

Elle éempregadomuitasvezes comopurgati\o, dan-

do-seao doente empequena close,eem dissolução bastante enfraquecida

.

Alémdestes usos os quaestornão este medicamento bastanteimportante therapeutica,baoutrosque temsidoestudados comgrande cuidado nestesúltimos tempos por Rasori, Laënnec e muitosoutrosmedicos

.

Assim repetindo

-

seeincircumstanciasdeterminadasnovas dóses doemeticoem pequenos intervallos, umahora, por exemplo,atolerância seestabelece eos vomitoscessão

.

Podemosassim daroemetico desde trinta centigrammesatétrèsgram- mas, noespaçode vinte equatro horas,sem darlugara nenhumsvmp

-

toma devomito, e entãoobservão

-

se eíTeitos muitos salientes, os quaesé impossível determinarde umamaneirasatisfactory,opulsotorna-sefraco, comtudo não perdesua força; augmenta

-

sea transpiração cutanea, os suorespodemtornar

-

se cont ínuos

.

Esta substancia pelos seuseíTeitospreciosos, éindicada nas moléstias inílammatorias

.

Todos osmedicos quetemimitado aRasori , quandoo emeticoéadministrado destamaneira, oconsiderão como um contra-sti

-

mulante dos mais fortes, ecomotal oempregão comgrande vantagem notratamento das moléstias, com tanto que asdósessucccdidas nãooc- casionem nem vomitos,eexcessodeevacuar.Assimé empregado o eme

-

tico no tratamento das pleuro

-

pneumonias, quando ú sangria écontra- iadiçada , ouquando jã se tem feito usodelia semproveito,elodosque tem observadoeste tratamento concordão, queproduzmuitasvezesopli- moseíTeitos;doentestem-se curadoporestemedicamento, cornos quaes setinlião perdido asesperançasdo salva-los

.

lambem se empregamuitas vezeso emeticona dóse contra

-

stimu

-

lanteno tratamentodosrheumatismos agudos; bem comonahepatite,e emgeral nasinflamrnaçõesparenchvmalosas

.

Laënnectemdemonstrado queo emetico , quandoéadministradoemdósecontinua,goza dapro

-

priedadedeacceleraraabsorpção. Estaopinião

oqual dava o emetico em dósefraccionadacomofim de produzir seas continuas no tratamento da phlisica pulmonar , nadegenerescencia tuberculosadoperiloneo,das pleuras,do ligado, dos rins, e nos enfartes dosvomitivos, cuja acção é mais um

na

adoptadapor Jenner, era

nau-

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