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DEPLEÇÃO MUSCULAR E RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE EM IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

DEPLEÇÃO MUSCULAR E RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE EM IDOSOS RESIDENTES EM

INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

ALINE FERNANDES DE SOUZA

NATAL-RN 2017

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ALINE FERNANDES DE SOUZA

DEPLEÇÃO MUSCULAR E RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE EM IDOSOS RESIDENTES EM

INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

Orientadora: Profª. Dr.ª Clélia de Oliveira Lyra Coorientador: Prof. Ms. Marcos Felipe Silva de Lima

NATAL-RN 2017

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de Nutricionista.

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ALINE FERNANDES DE SOUZA

DEPLEÇÃO MUSCULAR E RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE EM IDOSOS RESIDENTES EM

INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de Nutricionista.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Profª. Drª. Clélia de Oliveira Lyra Orientadora

__________________________________________________________

Profª. Drª. Severina Carla Vieira Cunha Lima 2ª Examinadora

_____________________________________________________________

Profª. Drª. Sancha Helena de Lima Vale 3ª Examinadora

Natal, Junho de 2017.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço infinitamente ao meu bom Deus pelo cuidado e proteção todos os dias da minha vida, principalmente nesses últimos anos morando em Natal. Agradeço por Ele ter me dado sabedoria, paciência, ânimo e fé que conseguiria concluir essa etapa da minha vida acadêmica e por ter providenciado cada detalhe para que tudo desse certo.

Agradeço aos meus pais, Risoneide Fernandes de Souza e Aldi Nestor de Souza, a quem devo tudo que sou, agradeço por me mostrarem desde cedo que a educação é o melhor caminho a se trilhar na vida, agradeço pelo incentivo, pelos conselhos, pelo cuidado e sustento ao longo desses quatro anos e meio, sem dúvida não conseguiria sem a ajuda de vocês.

Agradeço a minha irmã, Alana Tamires, pela companhia em Natal e por tantas atitudes do dia a dia que me ajudaram a prosseguir, agradeço também ao meu irmão Aldi jr pelo exemplo de fé e testemunho da providência de Deus em nossas vidas.

Agradeço ao meu namorado, Fernando Augusto, pelos inúmeros momentos de alegria que passamos nesses últimos dois anos, por sempre estar pronto a me ouvir, me aconselhar, me animar e me ajudar não importando a situação, agradeço em especial esse últimos dias pelo suporte que tem me dado nessa reta final do curso, mesmo com a distância tem se mostrado presente.

Agradeço a minha orientadora, Clélia de Oliveira Lyra, e ao meu coorientador, Marcos Felipe Silva de Lima, pela experiência e aprendizado adquiridos, tanto nas disciplinas ministradas à minha turma como na participação no grupo de pesquisa

“Ciência é vida” e também pela disponibilidade em me orientar.

Por fim, agradeço à familiares, amigos, colegas e professores que fizeram parte da minha graduação e que contribuíram de alguma forma para a conclusão dessa etapa.

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“Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.”

(2 Coríntios 3:5)

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RESUMO

SOUZA, Aline Fernandes de. Depleção Muscular e Restrição de Mobilidade em Idosos Residentes em Instituições de Longa Permanência. 2017. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.

A depleção muscular está associada à incapacidade funcional, dependência física, fragilidade, redução de mobilidade entre outros aspectos, sendo necessário o conhecimento da sua magnitude, uma vez que todos esses fatores comprometem a qualidade de vida dos idosos. O objetivo dessa pesquisa foi verificar a proporção de depleção muscular em idosos institucionalizados e sua associação com aspectos sócio-biodemográficos. Trata- se de um estudo de delineamento transversal, realizado na cidade de Natal-RN, com idosos de ambos os sexos, com ou sem restrição de mobilidade, residentes em Instituições de Longa permanência para Idosos (ILPI). A avaliação da depleção muscular foi realizada pelo perímetro da panturrilha (inferior a 31 cm). Também foram aferidos peso e estatura, para verificação do estado nutricional antropométrico pelo Índice de Massa Corporal. Para os idosos com mobilidade restrita foi utilizada uma cama balança para a mensuração do peso, e a estatura foi estimada por equações de predição. As variáveis sócio-biodemográficos analisadas foram: sexo, faixa etária, estado nutricional antropométrico (IMC), tipo de instituição (com ou sem fins lucrativos) e mobilidade (com ou sem restrição). Os dados foram analisados conforme a natureza das variáveis. Para verificar a associação entre a depleção muscular e as variáveis sócio-biodemográficas foi utilizado o teste do qui- quadrado de Pearson. Foram incluídos no estudo 308 idosos, em sua maioria mulheres (77,6%). A proporção de depleção muscular foi de 60,4% da população analisada. A depleção muscular foi associada com o estado nutricional antropométrico e mobilidade (p<

0,0001). A ocorrência de depleção muscular foi independente do sexo, faixa etária e tipo de instituição. Foi encontrada uma alta prevalência de depleção muscular no grupo estudado, o que demonstrou a necessidade de um constante monitoramento do estado nutricional dos idosos institucionalizados da cidade de Natal, em especial os que possuem restrição de mobilidade.

Descritores: Depleção Muscular. Idosos. Instituição de longa Permanência para Idosos.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Processo de perda da funcionalidade em decorrência da depleção muscular...16 Figura 2 - Avaliação clínico-antropométrica conforme os tipos de depleção muscular...17 Figura 3 - Prevalência de depleção muscular classificada segundo perímetro da panturrilha de idosos institucionalizados da cidade de Natal/RN 2013 -2014...23

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Caracterização da população do estudo segundo variáveis sócio-biodemográficas e epidemiológicas...22 Tabela 2 - Associação da depleção muscular com variáveis sócio-biodemográficas e epidemiológicas...24

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 9

2 OBJETIVOS ... 11

2.1 OBJETIVO GERAL ... 11

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 11

3 REVISÃO DE LITERATURA ... 12

3.1 O ENVELHECIMENTO HUMANO ... 12

3.2 INTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS ... 13

3.3 EPIDEMIOLOGIA DA DEPLEÇÃO MUSCULAR ... 15

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 20

4.1 ASPECTOS ÉTICOS ... 20

4.2 DELINEAMENTO E POPULAÇÃO DE ESTUDO ... 20

4.3 COLETA DE DADOS ... 20

4.4 VARIÁVEIS DO ESTUDO ... 21

4.4.1 Variável dependente ... 21

4.4.2 Variáveis independentes ... 21

4.5 ANALISE DE DADOS ... 21

5 RESULTADOS ... 23

6 DISCUSSÃO ... 26

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 29

REFERÊNCIAS ... ... 30

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1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo dinâmico, no qual ocorrem modificações morfológicas e fisiológicas em todos os níveis do organismo (LEITE et al., 2012). A população idosa esta propensa diversos fatores como a dificuldade em se alimentar, uso de medicamentos, depressão e alterações da mobilidade com dependência funcional, a ingestão dos alimentos e o aproveitamento dos nutrientes pode ser comprometidas, tendo como consequência os distúrbios nutricionais (BRASIL, 2007).

São considerados como idosos os indivíduos com 60 anos ou mais, de acordo com o marco legal da Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso. Segundo o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) este grupo etário passou de 8,6 milhões no ano de 2000 para 10,8 milhões em 2010.

O crescimento populacional de idosos aliado as maiores necessidades física inerente ao processo de envelhecimento e a falta de estrutura das famílias tem justificado a busca pela institucionalização (GALLON; GOMES, 2011; BENTES; PEDROZO MACIEL, 2012). De acordo com a resolução, RDC 283/2005, Instituição de Longa permanência para idosos (ILPI) são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas a domicílio de idosos. Essas instituições tem a responsabilidade de monitorar prevalência de desnutrição e distúrbios nutricionais dos idosos.

Dentre os distúrbios nutricionais que afetam a população idosa está a depleção muscular, caracterizada pela perda de massa muscular. Este estado pode culminar na piora das condições crônicas mais prevalentes nesta população, como a sarcopenia, fragilidade, quedas, incapacidade funcional e dependência física, por redução de mobilidade (BORREGO et al., 2012; ROUBENOFF; HUGHES, 2000; RIBEIRO; MELO, 2009).

Umas das formas de avaliação da depleção muscular são os parâmetros antropométricos, como a perda de massa muscular periférica verificada pelos perímetros de membros superiores e inferiores, como perímetro do braço, perímetro muscular do braço e perímetro da panturrilha (RIBEIRO; MELO, 2009). Este último é o indicador mais sensível para as mudanças de massa magra em idosos, sendo superior ao perímetro do braço (WHO, 1995). O perímetro da panturrilha pode então ser utilizado para avaliação da prevalência de depleção muscular, pois avalia mudanças na massa magra que tendem a evoluir para quadros mais graves de depleção.

Tendo em vista que a depleção muscular tem como desfecho profundas mudanças que interferem na qualidade de vida dos idosos, este trabalho se justifica na medida

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em que é necessário conhecer a frequência dessa depleção na população em questão, bem como os aspectos sócio-biodemográficos que podem estar relacionados com a perda de massa muscular, para que intervenções sejam criadas para promover o envelhecimento saudável desses idosos.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Verificar a proporção de depleção muscular e aspectos sócio-biodemográficos em idosos institucionalizados.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Verificar a associação da depleção muscular dos idosos com sexo, faixa etária e estado nutricional antropométrico;

 Relacionar a proporção de depleção muscular com o tipo de instituição;

 Verificar a relação entre os idosos que apresentaram depleção muscular e mobilidade restrita.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 O ENVELHECIMENTO HUMANO

No processo de envelhecimento, o organismo passa por modificações biológicas, psicológicas e sociais. Aparecimento de rugas, cabelos brancos e as mudanças fisiológicas, relacionadas às alterações das funções orgânicas são características das mudanças biológicas. Já as modificações psicológicas fazem referência às adaptações necessárias a novas situações cotidianas, por fim, as mudanças sociais envolvem a diminuição da produtividade e do poder físico alterando as relações sociais. Ressalta-se ainda que é na velhice que essas modificações são mais evidentes (SANTOS, 2010).

O envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da esperança de vida. Não é homogêneo para todos os seres humanos, sofrendo influência dos processos de discriminação e exclusão associados ao gênero, à etnia, ao racismo, às condições sociais e econômicas, à região geográfica de origem e à localização de moradia (BRASIL, 2007).

A Organização Mundial da Saúde (2005) define pessoas idosas como sendo os indivíduos que apresentem 60 anos de idade ou mais em países em desenvolvimento e 65 anos de idade ou mais para os países desenvolvidos. Dados censitários mostram que no Brasil a população de 65 anos ou mais em 1991 era de 4,8%, em 2000 chegou a 5,9% e no ultimo censo em 2010 correspondeu a 7,4% da população brasileira (IBGE, 2010).

Segundo a Política Nacional do Idoso, Lei 8.842/1994 família e o estado devem assegurar ao idoso todos os direitos de cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida. É dever dos órgãos públicos prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o atendimento das necessidades básicas do idoso.

Alguns autores acreditam que o que determina como ocorrerá o processo de envelhecimento de um indivíduo são os fatores genéticos, doenças ocorridas durante a vida, fatores socioeconômicos e estilo de vida (WELLMAN & KAMP, 2012). Outros autores destacam que o envelhecimento é um período de crescente vulnerabilidade e de cada vez maior dependência no seio familiar, caracterizado por uma diminuição geral das capacidades da vida diária (FECHINE & TROMPIERI, 2012). Sabe-se que o envelhecimento é um processo cumulativo, que se torna irreversível, universal, não-patológico, onde ocorre uma

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deterioração do organismo maduro, podendo incapacitar o indivíduo a desenvolver algumas atividades. (TIER; FONTANA; SOARES, 2004).

Diversas mudanças fisiológicas são decorrentes do envelhecimento, entre elas está a composição corporal onde a massa magra dá lugar a massa de gordura, perdas sensoriais de olfato e paladar, por exemplo. Além disso, a audição e visão também são afetadas no decorrer da idade, há uma perda de audição conforme exposição à barulhos diários. Outras mudanças que também ocorrem se referem à imunocompetência, distúrbios gastrointestinais e neurológicos (WELLMAN E KAMP, 2012).

Diante do crescimento emergente da população idosa brasileira e dos aspectos do processo de envelhecimento supracitados, ressalta-se a importância de estudos que se aprofundam nas características que envolvem esse grupo em questão, visando à promoção do envelhecimento saudável e consequente melhora na qualidade de vida.

3.2 INTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Para a resolução RDC 283/2005 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ILPI são instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania.

Constituídas conforme o Estatuto do Idoso, a legislação vigente e com as políticas publicas relacionadas ao idoso, as mesmas visam proporcionar assistência a esse publico e garantir seu bem estar físico e emocional (BORN, 2008).

As ILPI surgiram no Brasil da década de 1980, prestando serviços aos idosos e suprindo suas necessidades básicas (PESTANA, ESPIRITO SANTO, 2008). São definidas como instituições originalmente relacionadas aos asilos que anteriormente atendiam a população carente que necessitava de abrigo (BENTES; PEDROSO; MACIEL, 2012).

Dados do Censo de 2010 coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam um aumento considerável da população idosa no Brasil, principalmente no que diz respeito aos idosos com idade igual ou superior a 65 anos. Sabe-se que com o avançar da idade há uma maior probabilidade de problemas de saúde, dependência na realização das atividades da vida diária, assim como, isolamento e solidão (BENTES;

PEDROSO; MACIEL, 2012). A família possui o papel fundamental de garantia do bem estar do idoso, sendo a principal fonte de suporte que eles necessitam, contudo isso nem sempre é possível (TIER; FONTANA; SOARES, 2004).

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A legislação brasileira estabelece que o cuidado dos membros dependentes deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais escasso, em função da redução da fecundidade, das mudanças na nupcialidade e da crescente participação da mulher – tradicional cuidadora – no mercado de trabalho. Diante desse contexto, uma das alternativas de cuidados não familiares existentes corresponde às instituições de longa permanência para idosos (ILPI), sejam públicas ou privadas (CAMARANO; KANSO, 2010).

No Brasil foram identificadas 3.549 ILPI e dessas 3.295 participaram do estudo. Foi verificado que a maioria das instituições brasileiras são de caráter filantrópico – sem fins lucrativos. No entanto, existe uma tendência para mudanças nesse perfil. Em média são abrigados 30 residentes por ILPI, que são em sua maioria mulheres (CAMARANO;

KANSO, 2010).

No que se refere à região Nordeste, os estados com o maior número de instituições identificadas e em funcionamento são Pernambuco e Bahia. Cada ILPI da região nordeste abriga, em média, 31 residentes e são em sua maioria de caráter filantrópico. O estado do Rio Grande do Norte conta com 29 ILPI, sendo que 14 situam-se na capital, com predominância das instituições privadas e filantrópicas religiosas, apresentando uma média de 26,9 residentes por instituição no estado, porém com uma enorme variação, encontrando instituições com menos de 10 residentes e outras com 172 idosos (CAMARANO, 2008).

Segundo a lei n. 10.741/2003 que institui o Estatuto do Idoso em seu artigo 49 as entidades que desenvolvam programas de institucionalização de longa permanência deverão preservar a identidade do idoso e oferecer ambiente de respeito e dignidade, preservar os vínculos familiares, desenvolver atendimento personalizado e em pequenos grupos, tudo isso observando os direitos e garantias dos idosos.

A resolução, RDC 283/2005 já mencionada, estabelece o padrão mínimo de funcionamento das ILPI, a instituição deve propiciar o exercício dos direitos humanos (civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e individuais) de seus residentes, promover ambiência acolhedora, desenvolver atividades que estimulem a autonomia dos idosos e incentivar e promover a participação da família e da comunidade na atenção ao idoso residente. No entanto, Pizarro (2004), alerta que a institucionalização pode se constituir em uma condição estressante e trazer sérios problemas para o indivíduo, agravando o surgimento de doenças mentais geradas pelo isolamento social, perda de identidade, liberdade e autoestima.

Mesmo levando em conta os aspectos negativos da manutenção de idosos em ILPI, não se pode descartá-las como um equipamento de suporte social. Estas instituições, antes, apenas necessárias para atender idosos pobres, sem família, sem casa para morar, hoje,

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diante do considerável avanço da expectativa de vida e das mudanças na estrutura e dinâmica familiar, tornaram-se espaços necessários para atender uma parcela crescente da população (MOREIRA, 2014).

3.3 EPIDEMIOLOGIA DA DEPLEÇÃO MUSCULAR

A depleção muscular é a perda de massa muscular que pode culminar em intolerância ao esforço físico; atrofia do músculo (periférico e cardíaco); fraqueza muscular com redução de sua força, podendo acarretar fadiga, astenia e sarcopenia, e em uma forma mais grave, caquexia. Esta última ocorre quando a massa corporal é associada à perda de massa óssea, gorda e muscular, representando elevado risco de morte (REBELATO et al., 2007; BUENO JÚNIOR, 2009; ACUNÑA; CRUZ, 2004; FREITAS, 2016; BORREGO et. al 2012).

Frequentemente observam-se no processo de envelhecimento, mudanças na composição corporal dos indivíduos, em que ocorre o aumento da gordura visceral e diminuição da massa muscular. Diferenciar os processos de mudanças fisiológicas das mudanças patológicas é um desafio na avaliação deste grupo populacional. Inerente as essas mudanças está a sarcopenia, que ocorre em um grau de depleção muscular e perda de força em que se observa comprometimento da funcionalidade, restrição de mobilidade, maior fragilidade e aumento da dependência o que prejudica a qualidade de vida dos idosos (WELLMAN; KAMP, 2012; COELHO et al., 2015). Na figura 1, encontra-se um esquema que exemplifica como a perda de funcionalidade desencadeada pela depleção muscular.

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Figura 1. Processo de perda da funcionalidade em decorrência da depleção muscular.

Fonte: Adaptado de Coelho et al., 2015.

A avaliação clínico-antropométrica da depleção muscular pode ser realizada por parâmetros antropométricos de análises mais gerais, como perda de peso involuntária, baixo peso verificado pelo IMC e redução da musculatura periférica, até avaliações mais específicas, como a perda de força muscular, por meio da força de preensão palmar e alterações da marcha. Na figura 2 estão apresentadas os distintos tipos de avaliação clínico- antropométrica conforme os tipos de depleção muscular. Destacam-se as medidas que avaliam redução da musculatura periférica, como os perímetros do braço, muscular do braço e da panturrilha, que são mais simples quanto à padronização de mensuração, e sinalizam precocemente os déficits antropométricos (ACUÑA; CRUZ, 2004; RIBEIRO; MELO, 2009;

SBNPE, 2011; COELHO et al. 2015). Para a avaliação de estágios mais avançados de depleção muscular são utilizados parâmetros de composição corporal, alteração da marcha, área média do quadríceps e presença de sinais físicos como a perda da musculatura temporal e bola gordurosa de Bichart (BUENO JUNIOR, 2009; DUARTE; BORGES 2011; FREITAS et al., 2015) (figura 2).

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Figura 2. Avaliação clínico-antropométrica conforme os tipos de depleção muscular.

Diante do que já foi exposto, a depleção muscular possui um conceito amplo e abrangente, que inclui desde a questão da perda de massa muscular periférica de membros inferiores, até a caquexia. Se tratando da avaliação da depleção muscular em idosos, a antropometria é fundamental, pois, além ser considerada por um método de baixo custo, não invasivo, universalmente aplicável e com satisfatória aceitação pela população, a mesma revela estágios iniciais de depleção como a redução de massa muscular periférica (WHO, 1995).

É importante ressaltar que apesar do método antropométrico ser considerado simples e com boa aplicabilidade e reprodutibilidade, quando se trata da avaliação antropométrica em idosos, deve-se levar em consideração que a tomada dessas medidas possui diversas limitações, uma vez que algumas dificuldades podem se constituir em potenciais erros de medida. Especificamente em se tratando de idosos com restrição de mobilidade e/ou em condição de fragilidade há a necessidade de uma maior movimentação do idoso para aferição correta das medidas, o que pode ser inconveniente para a sua condição (LIMA et al., 2015)

Dentre as medidas antropométricas utilizadas para avaliar as alterações na musculatura dos idosos, o perímetro da panturrilha é o indicador mais sensível para esta avaliação. Já existem pontos de corte bem estabelecidos na literatura, onde valores inferiores a 31 cm são indicativos de redução da massa muscular e estão associadas a um maior risco de quedas, diminuição da força muscular e dependência funcional. (FRISANCHO, 1974; WHO, 1995; RIBEIRO; MELO 2009).

É importante ressaltar que esta medida revela um estágio inicial de depleção que pode evoluir para sarcopenia, por exemplo. No Brasil, a medida do perímetro da panturrilha já está presente nas políticas públicas relativas ao manejo da saúde da pessoa idosa, incluída na Caderneta do Idoso. Neste instrumento de monitoramento da saúde da

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pessoa idosa, além do registro do valor da medida, há a classificação da depleção muscular e o Ministério da Saúde propõe a realização de intervenções e ações de promoção à saúde do idoso na ocorrência desta condição (ROLLAND et al., 2003; BRASIL, 2016).

Poucos são os estudos que analisam a prevalência e/ou ocorrência de depleção muscular. Nesta revisão de literatura foram incluídos estudos que apresentaram no perfil antropométrico, a proporção de idosos com depleção muscular mensurada pelo perímetro da panturrilha. Em relação a prevalência foram encontrados dois estudos realizados no estado de Minas Gerais (MG), um com idosos institucionalizados da cidade de Uberaba (n= 70) e outro com idosos não institucionalizados residentes nos 24 municípios pertencentes à Superintendência Regional de Saúde de Uberaba (n= 3223), apresentando uma prevalência de 51,4% e 20,9%, respectivamente (BASTOS, 2013; MARTINS, 2014 ).

Com relação a ocorrência de depleção muscular, existem estudos com idosos institucionalizados realizados em Belo Horizonte (MG) com 52 indivíduos, Erechim (RS) com 20 idosos, São Paulo (SP) com 102 participantes e Teresina (PI) realizado com 34 idosos, apresentando uma variação de 21,6% a 70,6% de depleção avaliada pelo perímetro da panturrilha (COSTA et al., 2010; SPEROTTO; SPINELLI, 2010; VOLPNI; FRANGELA, 2013; ALENCAR et al. 2015).

No que se refere a idosos não institucionalizados os estudos foram realizados com idosos atendidos em ambulatório no Rio de Janeiro (RJ) com 44 idosas outro com idosos hospitalizados em Itabaiana (SE) com 30 participantes e com idosos da zona urbana da cidade de Laranjeiras do Sul (PR) com 51 indivíduos, encontrando uma variação 7,8% à 46,7% de depleção muscular (SALMASO et al., 2014 ; CRUZ; SANTOS, 2016; ZALEWSKI et al., 2016).

Estudos demonstraram a relação da depleção muscular com o comprometimento da qualidade de vida dos idosos com relação à presença de dependência e diagnóstico da sarcopenia (SANTOS et al, 2014; SALMASO, 2014). Além disso, também há relatos de associação da depleção com faixa etária e o Índice de Massa Corporal (IMC) (GARCIA et al., 2011; MARTINS, 2014). Spinelli (2008), observou diferença estatística significativa do perímetro da panturrilha entre os idosos institucionalizados e não institucionalizados, sendo esse indicador antropométrico menor nos idosos institucionalizados, possibilitando a dedução que o fator institucionalização pode influenciar a depleção muscular nos idosos.

O prejuízo da função muscular afeta sensivelmente a qualidade de vida do idoso, tornando mais difícil ou impossibilitando a execução de atividades de vida diária. A

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perda de funcionalidade e a consequente dependência podem acarretar também problemas psicológicos e emocionais (LACOURT; MARINI, 2006). Por tanto, existe a necessidade de se avaliar essa depleção muscular bem como distinguir fatores que podem estar relacionados com a mesma, corroborando para a realização de mais estudos que façam essa avaliação para e subsidiem intervenções para a promoção do envelhecimento saudável.

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4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 4.1 ASPECTOS ÉTICOS

Este estudo está vinculado ao projeto Envelhecimento humano e saúde - a realidade dos idosos institucionalizados da cidade do Natal/RN, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), CAAE 0290.0.051.000-11.

4.2 DELINEAMENTO E POPULAÇÃO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo do tipo transversal analítico, realizado com idosos com idade igual ou superior a 60 anos, de acordo com a classificação preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2000) residentes em 10 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) com e sem fins lucrativos, cadastradas na Vigilância Sanitária da cidade de Natal/RN (VISA) nos anos de 2013 e 2014. O detalhamento quanto à seleção dos participantes, critérios de inclusão e exclusão da população avaliada está publicado em Lima (2014).

4.3 COLETA DE DADOS

Os dados utilizados nesse estudo foram retirados do banco de dados do projeto em que esta pesquisa está vinculada. Os detalhes sobre os procedimentos de coleta de dados primários, incluindo a capacitação dos antropometristas e as técnicas antropométricas utilizadas estão descritos em Lima (2014).

Para o recorte deste estudo só foram incluídos os idosos que tinham todos os valores das seguintes medidas antropométricas:

 Perímetro da panturrilha

 Peso real

 Estatura real

 Estatura estimada por equação de predição utilizando a altura do joelho.

A mensuração do peso real nos idosos com restrição de mobilidade (cadeirantes e acamados), foi realizada com a balança SECA® 985 (balança de cama e diálise eletrônica com carrinho de equipamento). A estatura foi estimada utilizando a equação de Chumleia et al (1985) para homens: Estatura = 64,19 - (0,04 x idade) + (2.02 x AJ) e para mulheres: 84,88 - (0,24 x idade) - (1,83 x AJ), onde AJ refere-se a altura do joelho, coletada

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com o indivíduo sentado ou deitado formando um ângulo de 90º e o equipamento (antropômetro de 100 cm), posicionado com uma extremidade na sola do pé e a outra acima da patela.

4.4 VARIÁVEIS DO ESTUDO

4.4.1 Variável dependente

A depleção muscular foi avaliada pelo perímetro da panturrilha, com base no ponto de corte da WHO (2000), na qual valores abaixo de 31 cm é indicativo de perda de massa muscular em idosos.

4.4.2 Variáveis independentes

As variáveis independentes foram sexo, faixa etária, estado nutricional antropométrico e natureza da instituição.

O sexo correspondeu ao masculino e feminino e a faixa etária foi estratificada em 60 a 69 anos; 70 a 79 e igual ou superior a 80 anos.

O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado a partir da relação do peso (kg) e da estatura (m) ao quadrado. Para classificação dos valores do IMC foi considerado o estabelecido para idosos no protocolo do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN (BRASIL, 2008). Os idosos que obtiveram IMC < 22 kg/m2 foram classificados com baixo peso e os que apresentarem IMC > 27 kg/m2 foram classificados como sobrepeso. Os idosos com IMC ≥ 22 kg/m2 e ≤ 27 kg/m2 foram considerados eutróficos.

Quanto à natureza da instituição, os idosos foram agrupados em instituições com e sem fins lucrativos. A variável “natureza da instituição” foi considerada como proxy de situação econômica, com a hipótese de que a condição social do idoso ou de seus familiares pode definir o caráter da instituição que o idoso reside.

A mobilidade foi classificada em restrita e não restrita. Considerou-se restrição de mobilidade quando os idosos apresentavam alguma deficiência ou restrição permanente de mobilidade (cadeirantes ou acamados) e sem restrição para os idosos que deambulavam.

4.5 ANALISE DE DADOS

Os dados foram analisados conforme a natureza das variáveis. A frequência de depleção muscular foi analisada a partir das frequências pontuais e relativas. Para associação

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entre depleção muscular e as variáveis independentes foi utilizado o qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%.

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5 RESULTADOS

O total de participantes avaliados neste estudo foi 308 idosos, dos quais 77,6%

eram do sexo feminino e a maior proporção de idosos longevos, ≥ 80 anos (61,4%). Quanto ao tipo de instituição 39,6% de todos os idosos residiam em instituições sem fins lucrativos.

Segundo o estado nutricional antropométrico 45,1% dos idosos apresentaram baixo peso (IMC < 22 kg/m2). Quanto à mobilidade, foi observado que 47,1% dos avaliados apresentavam mobilidade restrita.

Tabela 1. Caracterização da população do estudo segundo variáveis sócio-biodemográficas.

Variáveis n %

Sexo

Feminino 239 77,6

Masculino 69 22,4

Faixa etária

60 a 69 31 10,1

70 a 79 88 28,6

≥ 80 189 61,4

Tipo de ILPI

Com fins lucrativos 186 60,4

Sem fins lucrativos 122 39,6

Estado Nutricional antropométrico

Baixo peso 139 45,1

Eutrofia 90 29,2

Sobrepeso 79 25,6

Mobilidade

Restrita 145 47,1

Não restrita 163 52,9

Na figura 3, encontra-se a frequência percentual de depleção muscular da população estudada, segundo o perímetro da panturrilha. Dos idosos avaliados, 60,4%

apresentaram depleção muscular.

(25)

24

Figura 3. Frequência de depleção muscular, classificada segundo perímetro da panturrilha, de idosos institucionalizados da cidade de Natal/RN 2013 -2014.

A tabela 2 demonstra a associação da depleção muscular com variáveis sócio- biodemográficas. Das variáveis analisadas observou-se associação entre o perímetro da panturrilha com o estado nutricional antropométrico (p < 0,0001) e o tipo de mobilidade que o idoso apresentava (p <0,0001).

Com depleção muscular;

60,4%

Sem depleção muscular;

39.6%

(26)

25

Tabela 2. Associação da depleção muscular com variáveis sócio-biodemográficas.

Variáveis/Categorias n (%) p-valor

Com depleção muscular

Sem depleção muscular Sexo

Feminino 151 (63,2) 88 (36,8)

0,062

Masculino 35 (50,7) 34 (49,3)

Faixa etária

60 a 69 15 (48,4) 16 (51,6)

0,241

70 a 79 51 (58) 37 (42)

≥ 80 120 (63,5) 69 (36,5)

Estado Nutricional Antropométrico

Baixo peso 129 (92,8) 10 (7,2)

< 0,0001

Eutrofia 45 (50) 45 (50)

Excesso de peso 12 (15,2) 67(84,8)

Tipo de instituição

Com fins lucrativos 74 (60,7) 48 (39,3)

0,938

Sem fins lucrativos 112 (60,2) 74 (39,8)

Mobilidade

Restrita 115 (79,3) 30 (20,7)

Não restrita 71 (43,6) 92 (56,4) <0,0001

Valor de p refere-se ao teste do qui-quadrado de Pearson.

(27)

26

6 DISCUSSÃO

A proporção de depleção muscular encontrada foi de 60,4%, valor bastante elevado. Esse achado é preocupante na medida em que a ocorrência de depleção muscular está relacionada com a perda de força, comprometimento da funcionalidade, restrição de mobilidade, maior fragilidade e aumento da dependência (WELLMAN; KAMP, 2012;

COELHO et al., 2015).

A presença da depleção muscular possui graves consequências para a saúde e qualidade de vida dos idosos, dificultando o exercício da autonomia em suas atividades cotidianas. Essa disfunção pode acarretar ainda prejuízos psicológico e emocionais a medida que a dependência aumenta. Por isso, são necessárias intervenções, como a prática de exercício físico, bem como a constante avaliação desse indicador de perda de massa muscular (LACOURT E MARINI, 2006).

Um estudo realizado por Bastos (2013), com idosos institucionalizados no estado de Minas Gerais, observou a ocorrência de 51,4% de depleção muscular avaliada pelo perímetro da panturrilha. A maioria dos estudos pesquisados referiu frequência de depleção muscular em populações com pouca abrangência e avaliando apensar uma instituição, dessa forma apresentaram variação de 21,6% a 70,6% de depleção muscular (VOLPNI;

FRANGELA, 2013; ALENCAR et al. 2015; COSTA et al., 2010; SPEROTTO; SPINELLI, 2010).

O processo de institucionalização pode ser um fator agravante para essa alta prevalência encontrada. A institucionalização pode comprometer o comportamento alimentar de idosos institucionalizados por meio de fatores biopsicossociais como, por exemplo, o isolamento social, perda de amigos, solidão, depressão, aposentadoria, como também a presença de doenças crônicas, redução do metabolismo basal, má absorção de nutrientes essenciais, inapetência, quedas e traumas todos esses fatores podem prejudicar o estado nutricional dos idosos (FREITAS, et al., 2010). A institucionalização gera mudanças significativas na vida dos idosos, principalmente em seu cotidiano, com restrito convívio familiar, afastamento do mundo exterior, necessidade de adaptações a novas rotinas, horários, normas e construção de novos relacionamentos são algumas das principais mudanças inerentes ao processo de institucionalização (COSTA; MERCADANTE 2013).

A avaliação da depleção muscular pelo perímetro da panturrilha é importante uma vez que essa medida antropométrica é o indicador mais sensível para alterações na massa muscular de idosos (WHO, 1995), além de ser de fácil mensuração. A constante avaliação

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27

dessas alterações de reserva muscular é imprescindível para evitar desfechos mais graves como a sarcopenia e a caquexia. A caquexia está relacionada às doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. Neste sentido, a depleção muscular é um importante preditor de mortalidade em idosos (BUENO JÚNIOR, 2009).

Não foram encontradas diferenças estatísticas significativas na comparação da depleção muscular com o sexo, faixa etária. Neste sentido, a depleção muscular atinge homens e mulheres, independente da faixa etária que se encontrem, população estudada.

Provavelmente a alta prevalência de depleção muscular na população do estudo, foi em decorrência da alta prevalência de baixo peso nessa população. Verificou-se que o estado nutricional antropométrico foi associado à ocorrência de depleção muscular (p

<0,0001). Destaca-se a elevada proporção de idosos que apresentaram baixo peso (45,1%). Os indicadores antropométricos, em especial, o baixo peso é um indicador prognóstico para a presença de doenças assim como a perda de peso ponderal de 10% em seis meses, e ambos se relacionam com o risco elevado de morbimortalidade (WHO, 1995; MOURA; REYER, 2002).

Menezes e Marucci (2010) encontraram uma elevada proporção de idosos com baixo peso em seu estudo (53,1%). Além da importância do constante monitoramento do estado nutricional dos idosos, esses autores ressaltaram a dificuldade em se realizar essa avaliação em virtude da falta de recursos que as instituições possuem. Alertaram ainda que ao menos a medida de peso deveria ser avaliada periodicamente, como preconizado pela RDC nº 283, ANVISA (2005). A avaliação do estado de saúde dos idosos, principalmente os institucionalizados, deve ser prática constante. Sperotto e Spinelli (2010) salientaram a importância dos profissionais de saúde na intervenção do estado nutricional de idosos institucionalizados visando a melhoria da sua qualidade de vida.

Neste estudo, a depleção muscular não foi associada ao o tipo de instituição - sem fins lucrativos, ou com fins lucrativos. Como essa variável foi analisada como proxy de condição socioeconômica, esse resultado significa que a ocorrência de depleção muscular foi independente do nível socioeconômico que os idosos apresentem. Apesar disso, há relatos na literatura que as condições socioeconômicas influenciam o seu estado nutricional e de saúde dos idosos (MOREIRA; HORIE, 2008; RIBEIRO et al., 2011).

Vale salientar que esse estudo apresentou uma elevada proporção de idosos com restrição de mobilidade e a ocorrência de depleção muscular foi associada a esta condição. A mobilidade restrita dos idosos é um fator desencadeante da perda de massa

(29)

28

muscular por desuso. Martins (2014), em estudo de base populacional, verificou que, idosos que ficam na posição sentada por ≥ 330 minutos/dia apresentaram maior probabilidade de massa muscular reduzida, independente da faixa etária, escolaridade, renda familiar mensal, situação conjugal, tabagismo, índice de massa corporal e perímetro da cintura.

Estudos desta natureza, de delineamento transversal, não permite estabelecer relação temporal entre exposição e efeito e também possui dificuldade para estabelecer relação causal. Neste sentido, pode-se constituir em uma limitação do estudo. No entanto isso não invalida os achados, uma vez que oportunizou importante contribuição quanto ao conhecimento da magnitude da depleção nos idosos institucionalizados em uma capital do nordeste do Brasil, bem como foi identificada associação com a restrição de mobilidade. Isso é relevante para o planejamento das intervenções em saúde, especificamente para prevenir a perda de massa muscular, para promover o envelhecimento saudável desses idosos.

(30)

29

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prevalência de depleção muscular nos idosos avaliados foi elevada. Isso evidencia a necessidade da realização constante do monitoramento da perda de massa muscular.

A ocorrência de depleção muscular foi independente do sexo, faixa etária e tipo de instituição (com e sem fins lucrativos).

Observou-se que a depleção muscular foi associada ao estado nutricional antropométrico e ao tipo de mobilidade (com e sem restrição).

Esse grupo, por tanto, merece um olhar mais direcionado no que se refere à avaliação nutricional dos idosos institucionalizados da cidade de Natal, permitindo assim a elaboração de condutas que visem minimizar os efeitos da depleção muscular bem como sua prevenção.

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