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Disciplina de Cirurgia Geral. Carlos Augusto Real Martinez

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Academic year: 2021

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Colite Ulcerativa

Doença de Crohn

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(6)

 INTRODUÇÃO

“A mórbida aparência do intestino da Sra. Bambes”

- Processo inflamatório e ulcerativo da mucosa do cólon de etiologia

desconhecida

Wilks & Moxon, 1875

(7)

Epidemiologia

 Doença que apresenta grande importância clínica (jovens)  Acomete 1.400.000 indivíduos nos EUA

 Acomete 2.200.000 europeus

 Incidência de 93.000 casos novos por ano (EUA)  Incidência de 110.000 casos novos por ano (Europa)  Aumento da incidência em todo mundo

(8)

Crohn – 619 casos

Incidência: RCU x Crohn - FMUSP

84 96 233 302 329 308 0 50 100 150 200 250 300 350 N º d e ca so s Retocolite – 706 casos 1984-1990 1991-2000 2000-2005

Kiss DR, Teixeira MG, Habr-Gama A. Retocolite ulcerativa. In:Clínica Cirúrgica. Manole ed. São Paulo. 2008.v.1;p.930-944.

(9)

ESTRESSE OXIDATIVO

Etiopatogenia

(10)

Membrana Basal

EROs

Pravda J. Radical induction theory of ulcerative colitis. World J Gastroenterol.2005;11(16):2371-84

(11)

Membrana Basal

EROs

Membrana Basal

Pravda J. Radical induction theory of ulcerative colitis. World J Gastroenterol.2005;11(16):2371-84

(12)

Membrana Basal

EROs

Membrana Basal

Pravda J. Radical induction theory of ulcerative colitis. World J Gastroenterol.2005;11(16):2371-84

(13)

Membrana Basal

Membrana Basal

Pravda J. Radical induction theory of ulcerative colitis. World J Gastroenterol.2005;11(16):2371-84

Etiopatogenia

EROs EROs

(14)

ESTRESSE OXIDATIVO

(15)

Hidroxilação da Guanina

Transversão

Timina →→→→ Citosina

Kasai H,et al. Environmental Mutagen Research.1988;10:73-8. OH

Hidroxilação da Guanina

Radicais Livres de

(16)

8-OHGdG T

Timina x Citosina

Kasai H, et al. Environmental Mutagen Research.1988;10:73-8.

Erro de Pareamento A T C G A T G C G C A T C G Proteína Mutante

(17)

Progressão para câncer colorretal

(18)

 Sempre começa pelo reto  Não poupa o reto

 Doença contínua

 Não acomete o intestino delgado  Ileíte de refluxo

 Acomete todo cólon – 20%  Cólon esquerdo – 30 a 40%  Reto e Sigmóide – 40 a 50%

(19)

Diagnóstico histopatológico

(20)

 Doença difusa  Doença contínua

 Doença em atividade constante

 Doença de longa duração (>10 anos)  Doença de início precoce

Relação com o câncer colorretal

(21)

Formas Leves e Moderadas



Disenteria (muco e sangue)



Cólicas abdominais



Tenesmo



Anemia leve



Hipoproteinemia



Desnutrição leve

Formas Graves

 > 6 evacuações/dia

 Sangue e muco ↑

 Febre > 37.5 °(> 2 dias)

 F.C. > 90 bpm

 Hemoglobina < 10,5 g/dl

 VHS > 30 mm/h

 Dilatação cólica

Quadro clínico

(22)

Manifestações extra-intestinais



Articulares:

artrite enteropática, espondilite anquilosante



Cutâneas:

pioderma gangrenoso, eritema nodoso



Oftalmológicas:

episclerite, uveíte



Hepáticas:

pericolangites, colangite esclerosante



Renais:

nefrite intersticial, pielonefrite crônica

(23)

Articulares



Ocorrem em 40,8%

 Artrite enteropática

(24)

Articulares

 Espondilite anquilosante



1,5 – 18%

(25)

Cutâneas



Ocorrem em 10,7%

 Pioderma gangrenoso



Eritema nodoso

(26)

Cutâneas



Ocorrem em 10,7%



Pioderma gangrenoso

 Eritema nodoso

(27)

Hepatobiliares



Ocorrem em 13,6%

 Colangite esclerosante

(28)

Renais



Ocorrem em 13,3%

 Nefrite intersticial

(29)
(30)

Diagnóstico

(31)

Diagnóstico

(32)

Tratamento Clínico

(33)

Tratamento Clínico

(34)
(35)

TRATAMENTO CIRÚRGICO

(36)

Indicação Cirúrgica

 Emergencial:

 Quando indicar a cirurgia ?

 Que técnica utilizar ?

(37)

Tratamento Cirúrgico Emergencial

Objetivo : Salvar a vida do doente



Colite aguda fulminante



Megacolon tóxico



Perfuração



Obstrução

(38)

Colite Aguda Fulminante



Sem resposta após 48 a 96 horas de tratamento intensivo



Piora do quadro clínico



Hemoglobina < 75% do valor normal



Febre persistente, taquicardia, leucocitose (> 10.500/mm³)



Proteína C reativa > 45 mg/ml

Cohen JL et al. Practice parameters for the surgical treatment of ulcerative colitis. Dis Colon Rectum. 2005;48:1997-2009

Nível de Evidência: III Grau de Recomendação: B

(39)

 Colite fulminante

5 – 15%

Nível de Evidência: III

Grau de Recomendação: B

(40)



Megacólon Tóxico

• Febre, toxemia, dor e distensão abdominal • Diâmetro do cólon transverso > 6 cm

• Ocorre em 6% dos casos graves • Mortalidade sem perfuração → 4%

• Mortalidade com perfuração de 25-57%

Nível de Evidência: III

Grau de Recomendação: B

(41)

 Perfuração

(Megacólon tóxico)

Nível de Evidência: III

Grau de Recomendação: A

(42)
(43)

Indicação Cirúrgica

 Emergencial:



Quando indicar a cirurgia ?

(44)

Cirurgia Emergencial : Qual técnica utilizar ?

• “Blowhole”

• Proctocolectomia total com ileostomia definitiva

• Colectomia total com ileo-reto-anastomose

(45)

Ileostomia em alça e

múltiplas colostomias

“Blowhole”

Turnbull, 1970

(46)

Proctocolectomia total

+

Ileostomia definitiva

Goligher, 1984

Nível de Evidência = III Grau de Recomendação = B

(47)

Proctocolectomia total + Ileostomia definitiva



Remoção completa do cólon e reto



Procedimento de grande porte em doente crítico



Mortalidade de 13,6%



Impõe ao doente uma ileostomia definitiva



Em desuso devido as bolsas ileais

(48)

Colectomia total com íleo-reto-anastomose

– Doentes jovens

– Pouco acometimento do reto

Ravitch, 1947

Nível de Evidência = III Grau de Recomendação = B

(49)

Colectomia total e íleo-reto-anastomose

• Não remove o reto

• Risco do desenvolvimento de neoplasia no reto

• Anastomose em doente debilitado → fístulas

• Evita a ileostomia definitiva

(50)

Colectomia total

+

Ileostomia “temporária”

Nicholls & Dozois, 1997

Nível de Evidência = III Grau de Recomendação = B

(51)

Colectomia total + Ileostomia temporária

• Remoção da maior parte do cólon doente

• Menor porte que a proctocolectomia total

• Baixa mortalidade : 6% (em média)

(52)

TRATAMENTO CIRÚRGICO

(53)

Quando indicar ?

 Colite aguda persistente refratária ao tratamento clínico – N.E.= III; G.R.= B  Dose excessiva de corticosteróides + efeitos colaterais

 Desnutrição progressiva

 Manifestações extra-intestinais debilitantes (30%)  Hemorragias recorrentes com anemia (transfusão)  Retardo do desenvolvimento (crianças)

 Estenoses (obstrução intestinal) N.E.= III; G.R.= A  Microcólon

 Displasia de alto grau N.E.= III; G.R.= C  Câncer

(54)

Qual a técnica ideal ?

• Curar a doença

(55)

Opções cirúrgicas

Retocolectomia



Ileostomia definitiva



Ileostomia continente



Reservatório ileal

(56)

Proctocolectomia total e ileostomia permanente

Ileostomia evertida

Proctectomia interesfincteriana

Dissecação perirretal mínima



Cirurgia definitiva para a retocolite ulcerativa



Utilizada ainda hoje porém com ↓ freqüência



Impõe ao doente uma ileostomia definitiva

(57)

Ileostomia continente de Koch

Nível de Evidência = III Grau de Recomendação = B

(58)

Ileostomia continente de Koch

Nível de Evidência = III Grau de Recomendação = B

(59)

Sir Alan Parks

Retocolectomia total

+

Mucosectomia do reto distal

+

Bolsa ileal em “S”

(60)

Retocolectomia total com bolsa íleal

Idealizada a partir de três conceitos:

• Mucosectomia do reto distal

(Soave,1964;Martin,1977)

• Anastomose íleo-anal

(Ravitch & Sabinston, 1947)

• Reservatório ileal

(Valiente e Bacon,1955; Kock,1969)

(61)

Retocolectomia total

+

Mucosectomia do reto distal

Nível de Evidência = II Grau de Recomendação = A

(62)

Bolsa ileal em “S”

(63)

Retocolectomia total

+

Mucosectomia do reto distal

+

(64)

Retocolectomia total

+

Mucosectomia do reto distal

+

Bolsa ileal em “J”

Utsonomyia,1980

Nível de Evidência = III Grau de Recomendação = A

(65)

Tipo de bolsa

Nível de Evidência = II Grau de Recomendação = B

Cohen JL et al. Practice parameters for the surgical treatment of ulcerative colitis. Dis Colon Rectum. 2005;48:1997-2009

 Escolha individual

 J x W – sem diferenças significantes  Resultados funcionais semelhantes  Bolsa em H – maior índice de bolsite

(66)

Retocolectomia proximal

+

Bolsa ileal em “J”

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(68)
(69)

Universidade São Francisco

Técnica adotada:

Teste com azul de

metileno para avaliar

(70)
(71)

Universidade São Francisco

Anastomose mecânica

entre a bolsa ileal e o

(72)

Com mucosectomia

Sangramento

Dificuldade na confecção da

anastomose

Urgência evacuatória

Evacuação noturna (escape)

incontinência

(73)

Sem mucosectomia



Duplo grampeamento



Mantém manguito de mucosa retal

(cuff)

Nível de Evidência = III Grau de Recomendação = A

(74)
(75)

Universidade São Francisco

Técnica do duplo

grampeamento

Grampeadores especiais

com cabeça articulada

(76)

Universidade São Francisco

Técnica do duplo

grampeamento

Grampeadores especiais

com cabeça articulada

(77)

Universidade São Francisco

Técnica do duplo

grampeamento

Grampeadores especiais

com cabeça articulada

(78)

Universidade São Francisco

Técnica do duplo

grampeamento

Grampeadores especiais

com cabeça articulada

(79)

Complicações das bolsas ileais



Bolsites (Pouchitis) : 26,2%



Estenose da anastomose: 19,2%



Sepse pélvica : 13,5%



Fístula da anastomose ileoanal: 7,5%



Deiscência da anastomose : 6%



Obstrução intestinal : 5,4%



Dermatite perianal: 3%



Incontinência fecal leve: 2,1%



Disfunção erétil: 1%

(80)
(81)
(82)

 INTRODUÇÃO

“Processo inflamatório transmural e granulomatoso não-caseificante que

atinge todo o tubo digestivo”

B.B. Crohn, 1932

(83)

Doenças Inflamatórias Intestinais 96 57 302 233 308 329 0 50 100 150 200 250 300 350 N º d e C as o s

Colite ulcerativa Doença de Crohn

1984-1989 1990-2000 2001-2006

(84)

Kiss DR, Teixeira MG. Doença de Crohn. In:Clínica Cirúrgica. Manole ed. São Paulo. v.1;p.945-958.



Permanece desconhecida



Interação entre agentes etiológicos múltiplos



Etiologia infecciosa ?



Herança genética



Alterações genéticas que pela influência de fatores

ambientais determinariam resposta imunológica intensa

(85)

Kiss DR, Teixeira MG. Doença de Crohn. In:Clínica Cirúrgica. Manole ed. São Paulo. v.1;p.945-958.

 Acometimento do intestino delgado (30%)  Acometimento do intestino grosso (30%)  Acometimento de ambos (30%)

 Qualquer outro local do tubo digestivo (10%)  Lesões descontínuas

 Mesentério espessado envolvendo intestino  Linfonodomegalia

(86)

 Intestino tubuliforme  Parede espessada  Luz diminuída

 Hiperemia da serosa

 Mucosa com úlceras longitudinais  Úlceras aftóides

(87)

 Acometimento transmural

 Úlceras aftóides fissuras profundas  Infiltrado linfo-plasmocitário

 Sem necrose caseosa  Granulomas submucosos

 Células gigantes  Multinucleadas

(88)



Estenosante



Inflamatória

(89)

Kiss DR, Teixeira MG. Doença de Crohn. In:Clínica Cirúrgica. Manole ed. São Paulo. v.1;p.945-958.

 Variado segundo a localização e extensão da doença

 Comportamento dinâmico progredindo com o tempo de doença  Dor abdominal com alteração do hábito intestinal (disenteria)  50% dos doentes apresentam lesões perianais associadas  Manifestações extra-intestinais

 Lesões orais (úlceras aftóides)  Tromboembolismo

(90)
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Tratamento cirúrgico

Quando indicar

?

 O retardo da indicação cirúrgica é inadequado

 Indicadas no tratamento das complicações que não responderam ao

tratamento clínico

 A ressecção intestinal econômica elimina o tecido que jamais voltará ao

normal

 Metade dos doentes operados não apresentará recorrência

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Tratamento cirúrgico

Princípios cirúrgicos básicos

 Incisão mediana (evitar incisões nos quadrantes inferiores)  Evitar drenos

 Reconhecimento cuidadoso da extensão da doença  Ressecções cirúrgicas econômicas (estrituroplastias)  Evitar anastomoses múltiplas

 Evitar anastomoses na vigência de abscessos ou peritonite extensa  Qualidade de vida por tempo satisfatório caso ocorra recorrência

(103)

Tratamento cirúrgico: enterectomias

 Enterectomias econômicas  Margem mínima

 Anastomose pode ser feita em tecido inflamado  Ressecar apenas o segmento comprometido  Ressecção do mesentério cuidadosa

(104)

Tratamento cirúrgico: enteroplastias

 Economiza intestino delgado

 Pode-se realizar quantas forem necessárias  Realizá-las na doença fora de atividade  Suturas manuais ou mecânicas

 Evita manuseio do mesentério  Recorrência baixa

(105)

Tratamento cirúrgico da colite de Crohn: colectomia total + ileorretoanastomose

 Técnica adequada na colite de Crohn sem

acometimento perianal

 Em um único tempo cirúrgico  Recorrência alta

(106)

Tratamento cirúrgico da colite de Crohn: proctocolectomia + ileostomia

 Técnica mais adequada na colite de Crohn

com acometimento perianal extenso e incontinência fecal

 Deve ser indicada como primeira operação

pois evita reoperações por recidivas

 Recorrência menor

(107)

Tratamento cirúrgico da colite de Crohn: retocolectomia total + bolsa

 Técnica com caráter temporário  Boa qualidade de vida até a recidiva  Índices de perda da bolsa de 50%  Graves fístulas da bolsa ileal

(108)

Tratamento cirúrgico da colite de Crohn perianal

 Manifestação grave da doença  Péssima qualidade de vida

 Tratamento relacionado a gravidade do caso

 Não realizar fistulectomias (risco de incontinência)  Colocação de sedenhos

 Evita a incontinência  Drena o abscesso

(109)

VIDEOLAPAROSCOPIA

(110)

VIDEOLAPAROSCOPIA

 Menor perda sangüínea

 Menor tempo de íleo pós-operatório  Evacuações mais precoces

 Introdução mais rápida da dieta oral

 Menor necessidade de analgésicos no pós-operatório  Menor tempo de internação

 Índices de complicações semelhantes

 Maior tempo cirúrgico  Maior custo

 Curva de aprendizado demorada

Rosman AS et al.Metaanalysis of trials comparing laparoscopy and open surgery for Crohn’s disease. Surg Endosc.2005;19:1549-1555.

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Referências

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