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Efeito da tribocorrosão em ligas odontológicas

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(1)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO

Rodrigo Galo

EFEITO DA TRIBOCORROSÃO

EM MATERIAIS

ODONTOLÓGICOS METÁLICOS

Orientador: Profa. Dra. Maria da Glória Chiarello de Mattos

RIBEIRÃO PRETO

(2)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO

EFEITO DA TRIBOCORROSÃO

EM MATERIAIS

ODONTOLÓGICOS METÁLICOS

Rodrigo Galo

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia

de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo,

para obtenção do título de Doutor em

Reabilitação

Oral

pelo

programa

de

Reabilitação Oral, sub-área Reabilitação Oral.

Orientador: Profa. Dra. Maria da Glória Chiarello de Mattos

RIBEIRÃO PRETO

(3)

FICHA CATALOGRÁFICA

Preparada pela Biblioteca Central e Campus Administrativo de Ribeirão

Preto USP

Galo, Rodrigo

Efeito da tribocorrosão em materiais odontológicos

metálicos

Ribeirão Preto, 2008

182 p: il, 30 cm.

Tese de Doutorado, apresentada à Faculdade de

Odontologia de Ribeirão Preto/USP, Depto. de Materiais

Dentários e Prótese. Área de concentração – Reabilitação

Oral, opção Reabilitação Oral

Orientadora: Mattos, Maria da Glória Chiarello de

(4)

EFEITO DA TRIBOCORROSÃO EM MATERIAIS

ODONTOLÓGICOS METÁLICOS

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

Data da Defesa: / /2008

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Dr(a).: ________________________________________

Julgamento:_____________ Assinatura:____________________

Prof(a). Dr(a).: ________________________________________

Julgamento:_____________ Assinatura:____________________

Prof(a). Dr(a).: ________________________________________

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GALO, R. Efeito da Tribocorrosão em Materiais Odontológicos Metálicos. 2008. 182 p. Tese de Doutorado – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

A degradação de materiais metálicos odontológicos é um processo comum, que normalmente acontece devido à ação de solicitações mecânicas e/ou devido à degradação por parte do ambiente fisiológico em que o material está inserido (saliva humana). Adicionalmente, os materiais metálicos odontológicos estão muitas vezes sujeitos, nas zonas de contato com o elemento dentário ou nas zonas de contato metal/porcelana, a movimentos (devido essencialmente às cargas de mastigação) e a solicitações químicas (ambiente da cavidade bucal). Nestas condições, os materiais metálicos odontológicos estão inseridos num sistema de tribocorrosão, que suscita um processo de degradação complexo podendo levar à falha. No entanto, o filme passivo que naturalmente cresce na superfície metálica do material odontológico, pode ser danificado ou mesmo destruído durante a inserção da prótese, por abrasão do metal com o dente ou com outros materiais. Assim como os materiais dentários restauradores, os dentes estão sob exigências mecânica e química/eletroquímica, e possível efeito de sinergismo da ação combinada da corrosão e cargas mecânicas podem, em algumas circunstâncias, levar à degradação dos dentes e/ou de materiais restauradores. Neste trabalho é estudado o comportamento da corrosão e da tribocorrosão de materiais restauradores atualmente utilizados na prática odontológica (NiCr, NiCrTi, CoCr e Ticp). Os testes foram conduzidos em solução de saliva artificial preconizada por Fusayama. Testes eletroquímicos foram empregados para investigar o comportamento corrosivo dos materiais. Testes de tribocorrosão foram efetuados na configuração de deslizamento linear alternativo, na presença da solução de saliva artificial, em contato com o dente natural. As cargas normais utilizadas foram: 3N e 10N. Nos testes movimento linear alternativo, foram impostas duas diferentes condições electroquímicas: OCP e controle potenciostático na região passiva da curva de polarização (500 mV). Adicionalmente, com o objetivo de obter informação mais detalhada sobre as características do filme passivo original assim como do filme passivo formado após os testes tribocorrosão, foram efetuados testes de Espectroscopia de Impedância Electroquímica (EIS), antes e depois do desgaste mecânico. A superfície mecânica, as propriedades estrutural e química dos materiais estudados, o dente e a superfície utilizada foram avaliadas por

MEV/EDS/AFM. Baseado nos resultados obtidos é possível observar que a

introdução de Ti na liga de NiCr resultou em um comportamento distinto, que essencialmente pode ser atribuído às características do filme passivo formado na superfície do material e pelo movimento cinético de re-formação do filme em cada

ciclo de deslizamento. O Ticp apresentou excelente resistência à corrosão durante

(16)
(17)

GALO, R. Effect of tribocorrosion in dental materials. 2008. 182 p. Tese de Doutorado – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

Dental material degradation is a common process usually caused by mechanical stress and/or by the physiological environment (human saliva) that surround the material. These types of dental material are frequently submitted to movements at the contact region with teeth or at the metal/porcelain interface (due to the transmitted mastication loads) and chemical solicitations (oral environment). Such dental material becomes part of a tribocorrosion system, which may undergo a complex degradation process that can lead to dental materials failure. Additionally, the passive film, which naturally grows on the metallic surface, can be scratched or destroyed during the prosthesis insertion by abrasion with tooth and other materials. Thus as restorative dental materials, the teeth are under complex demands from a mechanical and chemical/electrochemical point of view, and the possible synergism effects caused by the combined action of corrosion and mechanical loading may, in some circumstances, lead to the degradation of the materials and/or teeth. In this research, the corrosion and tribocorrosion behavior of restorative materials presently used in the dental practice (NiCr, NiCrTi, CoCr and Ticp) is studied. Tests were conducted in Fusayama modified artificial saliva solution. Electrochemical tests were applied to investigate the corrosion behavior of the materials. Tribocorrosion tests were conducted in the reciprocating sliding configuration in the presence of the saliva solution and in contact with natural teeth. Normal load were 3N and 10 N. In reciprocating tests, two different electrochemical conditions were imposed: OCP and potentiostatic control in the passive region of the polarization curve (0.5 V). Also, to obtain more detailed information on the characteristics of the original and reformed passive film, EIS measurements were made before and after the mechanical damage. In both cases, all metallic samples and teeth were characterized by SEM, EDS, and AFM techniques. Based on the results a detailed discussion of the tribocorrosion mechanisms is done. In particular it could be observed that the introduction of Ti in the NiCr alloy resulted in a distinctive behavior, which could be essentially attributed to the characteristics of the passive film formed on the surface

of each material and to the re-forming kinetics of the film in each sliding cycle. The

(18)

Sumário

Resumo

XIV

Abstract

XVI

I.

Introdução

01

1. Introdução

02

1.1. Degradação Química

03

1.2. Degradação Mecânica

10

1.2.1. Do material restaurador metálico

10

1.2.2. Do dente (antagonista)

14

1.3. Tribocorrosão

18

1.4. Proposição

30

1.5. Referências

30

II.

Capítulo 1

43

Resumo

44

1. Introdução

45

2. Materiais e Métodos

47

2.1. Preparação dos corpos-de-prova

47

2.2. Teste Eletroquímico

47

2.3. Teste de Tribocorrosão

50

2.4. Análise Estatística

53

3. Resultados e Discussão

53

3.1. Caracterização do Material

53

3.2. Medidas Eletroquímicas

54

3.3. Tribocorrosão

62

(19)

3.3.2. Teste de Desgaste Mecânico

70

4. Conclusão

80

5. Referências

81

III.

Capítulo 2

87

Resumo

88

1. Introdução

89

2. Materiais e Métodos

91

2.1. Preparação dos corpos-de-prova

91

2.2. Testes Eletroquímicos

93

2.3. Teste de Tribocorrosão

94

2.4. Análise estatística

97

3. Resultados e Discussão

97

3.1. Caracterização do Material

97

3.2. Medidas eletroquímicas

98

3.3. Tribocorrosão

103

3.3.1. Corrente Anódica

103

3.3.2. Regime de Tribocorrosão – Eletroquímico

104

3.3.3. Regime de Tribocorrosão - Tribológico

114

3.3.4. Caracterização do filme passivo antes e depois do

ensaio mecânico

125

3.3.5. Desgaste do contra-corpo (Antagonista)

131

4. Conclusão

139

5. Referências

142

III.

Discussão Geral

147

Referências

154

IV.

Conclusão Geral

157

(20)
(21)

1. Introdução

A Odontologia atual oferece ao paciente estética agradável, produzindo em

larga escala, diferentes tipos de materiais, com a finalidade de encontrar um

material que alcance não somente a estética desejada, como também proporcionar

confiabilidade ao material selecionado.

Existe a preocupação no uso dos materiais odontológicos, principalmente

quanto ao risco de falhas, sendo que os materiais metálicos odontológicos não são

uma exceção. Dentre as deficiências que levam as falhas, as mais comuns são a

biocorrosão, fadiga, fraturas, desgaste, alergias aos metais, entre outras, podendo

estar relacionadas a aspectos mecânicos-biomecânicos, químico-bioquímicos, ou a

associação de ambos [1]. No caso do fenômeno de corrosão e desgaste ocorrerem

em simultâneo, um sistema de tribocorrosão é criado, que promoverá um complexo

sinergismo dos processos.

Os principais materiais empregados na reconstrução do sorriso são os

materiais metálicos, e um dos grandes desafios da odontologia moderna é

aumentar a longevidade clínica dos trabalhos protéticos metálicos. As qualidades

dos materiais metálicos odontológicos são determinadas pelos seus aspectos

biológicos (interação com as estruturas bucais), estruturais, físicos e tecnológicos.

Entre estes critérios, a resistência à corrosão é sempre considerada o fator principal

a ser observado, porque dela deriva a sua resistência à fratura e a estética da

reabilitação oral [2,3].

Contudo, nestas condições, em que uma liga metálica é utilizada na

reabilitação oral do paciente, levando em consideração os mecanismos descritos

(22)

de mastigação. E compreender a destruição e a reestruturação do filme passivo

pode ser uma informação importante sobre o sistema tribo-químico.

1.1 Degradação química

A corrosão pode ser descrita como a deterioração da matéria por ação

agressiva do ambiente (atmosfera e fluídos bucais), mas em um sentido preciso,

não é meramente um depósito superficial de matéria, mas sim uma deterioração

por reação com o meio ambiente. O termo corrosão quando utilizado para metais

tem um mecanismo de ação sempre químico [4] ou eletroquímico [2,3] e todos os

materiais metálicos odontológicos estão sujeitos ao processo de corrosão,

principalmente quando presentes no ambiente tão instável como o da cavidade

bucal. A resistência à corrosão é uma propriedade importante que deve ser

verificada nos materiais odontológicos, por interferir em propriedades como

resistência à fratura, ductibilidade, dentre outras.

O ambiente bucal contribui muito para que a corrosão se instale onde ocorre

flutuação de temperatura, presença de umidade, grande mudança de pH devido à

dieta, variações na presença de oxigênio e decomposição dos elementos,

contribuindo para deterioração dos materiais. Esse processo de corrosão pode ser

contínuo durante um determinado tempo, nos quais íons são removidos com a

abrasão dos alimentos, líquidos e com a escovação [3].

Embora o pH normal de saliva varia de 6,8 a 7,2 [5], quando um indivíduo

ingere algum carboidrato, a cavidade bucal produz ácidos orgânicos, resultando em

pH ácido (ao redor de 4,5). Como resposta a este fenômeno, o fluxo de salivar é

aumentado, que fornece íons de bicarbonato que aumentarão o pH bucal ao nível

(23)

diretamente por qualquer tipo de alimento ingerido. Assim, produtos ácidos tais

como limonada e refrigerantes levam a uma diminuição do pH bucal sem o

envolvimento de microrganismos [6].

A saliva humana é composta principalmente por água (99,5%), proteínas

(0,3%) e substâncias inorgânicas (0,2%). A fração inorgânica da saliva contêm os

elementos usualmente encontrados nos fluídos corporais (sódio, potássio, cloretos,

e bicarbonato), mas a diferença está na concentração hipotônica da saliva [7]. A

quantidade/qualidade e a composição da saliva humana depende de muitos fatores,

i.e., a velocidade do fluxo [8], tipo e tamanho da glândula salivar [9], duração e tipo

de estímulo, dieta, medicamentos, idade, sexo e tipo sangüíneo [10] e estado

fisiológico [11]. A saliva contém diferentes componentes que freqüentemente

dificultam determinar corretamente quais elementos representam verdadeiramente

a saliva, e como resultado de metabolismo bacteriano, a composição da saliva

altera-se com o tempo [7]. Contudo, a padronização da composição da saliva é

importante, principalmente quando utilizada como material de pesquisa uma vez

que empregando-se metodologia não padronizada contribui para a alta variação

dos resultados.

Um fator que não deve ser esquecido é a capacidade tamponante da saliva,

que envolve bicarbonato (HCO

-3), fosfatos, e proteínas do sistema tamponante.

Assim, a salivação durante a ingestão de alimentos e a mastigação tem ação

principal voltada para o bicarbonato, baseado no equilíbrio na Equação 1,

neutralizando a cavidade bucal. Os fosfatos e as proteínas possuem contribuição

menor na capacidade tamponante. O fosfato é, em particular, análogo ao sistema

de bicarbonato, mas sem a mesma importância no equilíbrio bucal, e está

relativamente independente na velocidade de secreção salivar [12].

HCO

(24)

A constante variação do pH pode levar a toxicidade e alergias à cavidade

bucal, devido à corrosão dos materiais metálicos pelos fluídos salivares. Em alguns

casos, atuando diretamente na liberação dos íons metálicos [13].

A.M. Al-Mayouf et al., 2004 [14] estudaram o efeito de diferentes pHs no

comportamento corrosivo de ligas de Ti para implante, com pHs variando entre 7,2

e 3, em diferentes concentrações de NaF. Observaram que na ausência de NaF, o

Ti diminuiu a tendência à corrosão. Entretanto, quando 0,01M de NaF é adicionado

à solução de saliva artificial é observado aumento na tendência à corrosão,

especialmente em pH de 3.

A alternativa no estudo de materiais metálicos odontológicos é a utilização

de soluções de saliva artificial, e a sua aplicação em estudos datam de 1931,

quando Souder e Sweeney [15] estudaram as restaurações de amálgama. Várias

modificações ocorreram na formulação da saliva artificial [16-19], mas foi a

formulação de Fusayama de 1963 que obteve maior proximidade com os valores

obtidos em teste com saliva natural [20].

Outro fator importante é a composição química das ligas ou a microestrutura

apresentada na superfície do material que podem acentuar a corrosão. O efeito da

corrosão pode ser observado em amplitude maior em áreas específicas, algumas

vezes até na mesma prótese, devido a presença de uma estrutura heterogênea,

que faz com que algumas áreas resistam melhor à corrosão do que outras [21].

A corrosão das ligas metálicas odontológicas pode resultar em efeitos

biológicos, funcionais e estéticos. Além disso, o processo de corrosão libera íons

metálicos que podem entrar em contato com as células e tecidos adjacentes, e

serem distribuídos pelo corpo por intermédio de vasos sangüíneos, podendo

alcançar órgãos distantes. Os íons metálicos podem não apresentar

(25)

liberações de íons metálicos gerados pela corrosão são dependentes de várias

características como aspereza superficial, grau de oxidação, velocidade de mistura

da solução à temperatura média, potencial da liga e presença de inibidores [26-28].

Quando se considerar os tecidos funcionais bucais, a dissolução dos íons

metálicos causada pelo processo de corrosão pode diminuir muito as propriedades

da liga, em casos mais avançados podem resultar em falência da prótese, com

fraturas e quebras da estrutura metálica [3,29]. Ao considerar a estética, a reação

de corrosão pode produzir compostos químicos que resultam em manchas na

superfície do metal e até manchamento de tecidos que margeiam a prótese [3,29].

A liberação de elementos das ligas metálicas na cavidade bucal depende da

cinética e estado químico do material metálico odontológico, sendo essencial na

avaliação de possíveis efeitos sistêmicos e locais. Além disso, os estados

físico/químicos dos produtos de corrosão liberados na cavidade bucal, e.i. estado

de valência, forma das partículas, união com proteínas, dentre outros, modificam a

reação final do elemento no organismo do indivíduo [30].

As reações teciduais na cavidade bucal em contato com o material metálico

estão relatados na literatura. Metais como o níquel ou o cobre liberam íons

produzindo toxicidade em forma de inflamação gengival [31], podendo ser o

responsável pela descoloração e hiperplasia gengival [32]. As reações alérgicas

foram também relatadas quando da utilização de materiais metálicos odontológicos

[33]. Mjör and Christenses [34] relataram um controle de 335 paciente com próteses

à base de níquel-cromo, em que 23 pacientes tiveram reações moderadas, e dois

reações severas ao material.

O primeiro passo na compreensão da toxicidade do material metálico

restaurador é a análise do potencial tóxico do íon metálico, por meio da cultura

celular [35]. Os resultados para as ligas à base de Ni (níquel) ainda são muito

(26)

tóxicos e de causar inflamações gengivais, em pacientes com excelente higiene

oral [36]. Entretanto, nos testes citológicos, os íons Ni obtiveram baixa atividade

tóxica, e os autores concluíram que a resposta tóxica do Ni pode estar relacionada

a diferentes sinergismos in vivo com outros metais, assim como efeito antagonista,

o que não ocorreu “in vitro” [37].

Muitas ligas foram estudadas, quanto a capacidade de corrosão, como as

com alto teor de ouro, que possuem uma boa resistência à corrosão [38], quando

comparadas a outras ligas como as de amálgama, níquel – cromo (NiCr), cobalto –

cromo (CoCr). Assim, deve-se levar em consideração o teste de corrosão em

Odontologia, para avaliar o metal quanto a sua capacidade de resistir melhor à

corrosão sem que cause danos à estrutura ou aos tecidos bucais adjacentes à

prótese [39].

Um dos primeiros relatos em relação ao comportamento de ligas metálicas

na cavidade bucal foi Espevik, 1978 [40], que pesquisou “in vitro” a corrosão de

ligas metálicas para utilização em Odontologia. As ligas utilizadas foram à base de

Ni puro, CoCr e NiCr. O estudo foi realizado em saliva artificial durante 2 meses e

após este período foi determinada a concentração de íons liberados. Os resultados

indicaram que a quantidade de íons liberados na saliva artificial eram fortemente

dependente da quantidade de Cr presente na composição da liga, e quando a

porcentagem em peso de Cr estava acima de 16%, foi observada uma pequena

área corroída indicando que o ataque corrosivo era localizado, tendo ocorrido

somente em áreas que deixavam exposto o Cr na superfície.

Diversos autores estudaram variações nas concentrações de elementos na

produção de ligas metálicas, na tentativa de se formular uma liga ideal com

características de melhorar fluidez e de formar camadas de óxidos que impeçam a

(27)

pesquisaram a formulação de ligas para alcançar excelentes propriedades como,

biocompatibilidade, resistência à corrosão, à fratura e facilidade em se trabalhar.

Reclaru, Meyer 1995 [42] avaliando a resistência à corrosão de 51 ligas

odontológicas por meio da análise das curvas de polarização, revelou que as ligas

para uso na confecção da porcelana, em elevadas temperaturas, tiveram melhores

respostas para a resistência à corrosão (2,58 mC em média), enquanto as outras

tiveram em média 2,83 mC. Os elementos Cu, Ag e Ni reduziram a resistência à

corrosão de ligas a base de Au e as ligas que possuíam menor número de metais

em sua composição tiveram melhor resposta aos ensaios de corrosão.

Lucas et al., 1991 [43] estudando a caracterização de duas ligas, sendo uma

de CoCrMo e a outra de NiCr, observaram que a corrosão variava, e que as ligas

de CoCrMo tiveram uma capacidade maior de resistir à corrosão em comparação

às ligas de NiCr, sendo que a vantagem que estas ligas apresentaram em relação

às demais foi a presença de Mo em sua composição o que gerou resistência maior

à degradação. Além disso, Luthy et al., 1996 [44] verificaram que as ligas de NiCr

possuem menor resistência à corrosão devido a presença do Ni, que afetou as

estruturas da prótese parcial removível, mostrando que a presença de um elemento

pode ser determinante nas propriedades finais de uma liga metálica.

Contudo, Chern et al., 1996 [45] demostraram que a variação do mesmo

elemento na constituição da liga altera a resposta à corrosão e as propriedades

mecânicas do material, pois estudaram a resistência à corrosão de três ligas de

NiTi, contendo 18, 25 e 28,4 % em peso de Ni, em solução fisiológica de Hank’s. Os

resultados indicaram que Ti e Ti2Ni eram as duas maiores fases em todas as três

ligas estudadas. A média relativa de Ti2Ni aumentou com conteúdo adicional de Ni.

Os autores verificaram que a dureza da liga também aumentou com adição do Ni.

Considerando-se todas as ligas estudadas, ainda sabe-se pouco sobre as

(28)

comportamento na cavidade bucal quanto à variação de temperatura, variações de

pH e da dieta.

Uma das características das ligas de titânio é que quando em presença do

ar há a formação de uma camada de óxido aderente à superfície de 10 nm de

espessura, que confere uma excelente resistência à corrosão em temperatura

ambiente [46]. Dentre as vantagens apresentadas pelo titânio, além de possuir

excelentes propriedades mecânicas, é apresentar-se como biomaterial. Entretanto,

os materiais odontológicos são submetidos a fadiga, como a mastigação, que

promove degradação mecânica, e destruição desta camada de óxido aderente,

expondo novamente o material “ativo” ao meio bucal.

Biomaterial pode ser definido como um material utilizado em dispositivos

médico-odontológicos, que interagem com o sistema biológico [47]. A

biocompatibilidade do titânio envolve aspectos físicos, químicos, biológicos e de

designer, sendo que esta biocompatibilidade é requerida quando o biomaterial está

em contato com o tecido orgânico. O material não sendo biocompatível, reações

tóxicas podem ocorrer e, conseqüentemente, infecções ou inflamações podem

ocupar espaço no corpo humano [48].

O titânio comercialmente puro (Ticp) e as ligas de titânio apresentam baixo

grau de toxicidade, quando comparadas com outros biomateriais comumente

utilizados na prática odontológica, como em estruturas produzidas com Be, que

apresentam alta toxicidade [4,49,50]. Em suma, o biomaterial deve possuir

longevidade clínica resistindo ao meio bucal.

O titânio possui uma excelente resistência à corrosão, exceto quando

submetido a alguns ácidos, principalmente sulfúrico, fosfórico, e em algumas

soluções que contém o íon flúor [47]. A formação da camada de óxido protetora,

(29)

dissolução, afetando a resistência à corrosão do material. A dissolução do filme

passivo assim como, o processo corrosivo são dois mecanismos de liberação de

íons para o corpo. Os íons liberados pelo material tornam-se um processo crítico,

produzindo efeitos adversos no sistema corrosivo formado na cavidade bucal [51].

Ao mesmo tempo, a corrosão pode promover um aumento na rugosidade da

superfície e um enfraquecimento da restauração com a liberação dos elementos

metálicos, afetando principalmente o titânio. Cai et al., 1999 [52] estudaram o Ticp

com diferentes condições de superfície, utilizando a técnica de polarização anódica

e teste de imersão, sugerindo que a rugosidade e a presença de superfície reativa

afetam o Ticp.

Huang 2002 [53] observou a formação de uma camada de proteção,

conhecida como o filme passivo, contendo Ni(OH)2, NiO, Cr2O3 e MoO3 na

superfície das ligas de NiCr. A resistência ao “pit” e a taxa de passivação foram

estatisticamente diferentes nas diversas ligas de NiCrMo. As ligas que possuíam

maior concentração de Cr (aproximadamente 21%) e Mo (aproximadamente 8%)

tiveram maior taxa de passivação e curva de polarização e foram imunes às

corrosões por “pit”, devido à presença desta alta concentração de Cr e Mo,

formando assim uma camada protetora. Foram testadas ligas contendo titânio, com

uma porcentagem de 4% em massa, e foi observado que não afetou a resistência à

corrosão destas ligas.

1.2 Degradação mecânica

(30)

Desgaste é um fenômeno que ocorre quando duas superfícies entram em

contato, por meio de fenômenos mecânicos ou químicos, resultando na perda de

material da superfície [54]. Existem vários mecanismos de desgaste, dentre estes

pode-se citar quatro principais: desgaste adesivo, desgaste abrasivo, fadiga

superficial e desgaste triboquímico.

Na prática, o mecanismo de desgaste se caracteriza por diferentes tipos de

situação, em que um material mais duro “sulca” ou deforma um material mais

macio. O processo é determinado como desgaste abrasivo (dois corpos ou três

corpos) quando uma superfície desliza sobre outra e o material duro corta o

material mole, resultando em perda de estrutura. No desgaste adesivo ocorre

quando a fricção gerada pelas duas superfícies em movimento causa uma

soldagem a frio local entre as partículas na superfície, e assim pequenas estruturas

são deslocadas, podendo ocorrer mesmo na ausência de matéria dura ou meio

reativo [55]. O desgaste por fadiga é resultado de falhas, com surgimento de

rachaduras que se propagam pelo material, gerando a separação da partículas pela

superfície [56,57]. Por fim o triboquímico, que envolve a associação de fenômenos

químico e mecânico, produzindo perda de material [58].

O mecanismo tribológico depende de vários parâmetros estruturais, dos

quais os principais são a rugosidade da superfície, lubrificação e a conformação da

malha estrutural do material metálico estudado. Os estudos do desgaste produzem

surpreendentes revelações nas pesquisas sobre a engenharia da superfície de

materiais e a aplicação no exercício de uma determinada função [59].

Um dos requisitos básicos dos materiais odontológicos é apresentar

resistência ao desgaste. Uma alta resistência ao desgaste contribui para aumentar

a longevidade clínica do material e, assim, manter a estética e a função do

(31)

dentário, dentre outros efeitos. Além disto, o desgaste é freqüentemente

mencionado na literatura como possível causa da produção de disfunção nas

articulações têmporo-mandibular (DTM), devido ao desgaste da superfície oclusal

do dente ou da restauração, assim como na produção de dores musculares e

doença periodontal [60-61].

Muitos testes “in vitro” estão direcionados para diferentes propósitos. Alguns

são extremamente simples, enquanto outros são complexos na tentativa de

reproduzir o meio bucal e os movimentos da mastigação [62]. Dentre os testes, o

desgaste por dois corpos (Figura 1A) emprega movimentação relativa entre a

amostra e a superfície abrasiva, existindo larga variação de geometrias de contato

e de materiais abrasivos (antagonista). Os mais comumentes utilizados são:

pino-disco, pino-mesa, pino-cinta, e pino-tambor [62], sendo que o pino-disco é o mais

empregado, podendo a amostra ser o pino ou o disco [63-64]. Os testes com o

terceiro corpo (Figura 1B) exigem condições mais sofisticadas, em que um terceiro

elemento está posicionado entre duas superfícies durante o movimento,

reproduzindo neste caso a função dos alimentos [65].

Figura 1. Representação esquemática de diferentes tipos de contatos envolvidos nos efeitos mecânicos. A – contato dois corpos; B – contato três corpos.

O dispositivo pino-disco, processo de análise por deslizamento, é o principal

dispositivo na avaliação do desgaste, mas na prática, pode consistir de

deslizamento e impacto, desde que vibrações possam não ocorrer na superfície do

disco, e estando perfeitamente ajustado ao eixo de rotação. O impacto ocorre em

pequenas oscilações no alinhamento, que depende também da velocidade de

(32)

deslizamento e do contato no centro de rotação. Um deslizamento incorreto

usualmente causa deformações plásticas no material, e o impacto pode produzir

falhas, como rachaduras e quebra da superfície, levando a rápida remoção do

material e a produção de resíduos que podem tornar-se a principal causa da

presença do terceiro corpo [66]. Sendo assim, a taxa de desgaste é fortemente

dependente do mecanismo que o processo de desgaste apresenta [62].

Dentre os metais utilizados na Odontologia, uma característica a ser

estudada é como a estrutura de titânio se comporta frente ao desgaste em um

ambiente corrosivo. Durante o ato mastigatório o desgaste do elemento dentário e

da restauração ocorre como conseqüência natural do deslizamento relativo entre

duas superfícies e é o resultado da separação, deposição ou incrustação de

partículas submicroscópicas, microscópicas ou macroscópicas de ambas as

superfícies. O titânio vem apresentando um elevado número de pesquisas para

determinar a sua real aplicação na cavidade bucal, devido principalmente a sua

biocompatibilidade, resistência à corrosão, e baixo peso [67]. Entretanto, alguns

obstáculos são encontrados na incorporação do titânio nas estruturas metálicas

[68], principalmente sendo uma das desvantagens do titânio para estruturas

metálicas a sua pobre característica tribológica [69].

É sabido que a exposição de um metal ao ar promove a formação de filmes

na sua superfície e que esta formação, muito rápida inicialmente, torna-se

exponencialmente mais lenta à medida que a espessura do filme aumenta. Quando

o filme é pouco aderente à superfície do metal, mas em ambiente propício à

formação de filme, o contato tribológico de duas superfície em movimento promove

o desgaste destes e o metal volta a estar exposto ao ambiente e sujeito à formação

de novos filmes. As partículas de desgaste resultantes destes mecanismos,

(33)

Os mecanismos de desgaste originam partículas ou resíduos de várias

formas e dimensões. Em ensaios ou na caracterização de uma situação real, essas

partículas podem ser observadas ao microscópio e analisadas em relação a sua

composição química. A importância destas análises reside na obtenção de pistas

sobre os mecanismos predominantes de desgaste que originam as partículas. Uma

observação clínica do desgaste da estrutura metálica em titânio mostrou aumento

na degradação mecânica, ao comparar-se com as ligas metálicas odontológica.

Outros autores [68] observaram um desgaste mais severo nas ligas de titânio em

relação ligas de CoCrMo. Apesar da importância da resistência ao desgaste,

estudos detalhados sobre a performance do desgaste e atrito do titânio são

escassos.

1.2.2 Do Dente (antagonista)

Os dentes, formados por tecidos diferenciados e de origem embriológica

diversa, estão constituídos por um tecido conjuntivo frouxo – a polpa – protegida e

contida por dois tecidos mineralizados, a dentina e o esmalte. O esmalte, de origem

ectodérmica, é o mais denso substrato biológico mineralizado do corpo humano e é

composto por dois tipos de fases, uma orgânica e uma inorgânica. O componente

mineral constitui cerca de 95% do esmalte, sendo composto primordialmente por

fosfato de cálcio em forma de cristais hexagonais de hidroxiapatita. As estruturas

semelhantes às hastes são chamadas de prismas de esmalte, que apresentam um

diâmetro de 3-6 µm. Estes prismas são separados por um fino prisma orgânico,

perpendicular a junção amelo-dentinária [70,71], e matriz orgânica/protéica que

compõem 1% do esmalte, sendo o restante água. A microestrutura altamente

(34)

do dente. As características mecânicas do esmalte, e a relação entre estas

propriedades e sua estrutura química, têm um papel importante no estudo do

desgaste, no desenvolvimento de dentifrícios, na prevenção e restauração dentária.

O esmalte dentário é o mais resistente ao desgaste do que a dentina, tanto

para o dente decíduo quanto para o dente permanente. O desgaste ocorre

principalmente na superfície oclusal da coroa dentária [72]. Entretanto, o desgaste

excessivo pode reduzir a função mastigatória, influenciando o crescimento facial da

criança ou resultando em uma desordem bucal, com maior sensibilidade dos

dentes, DTM, entre outras [73].

A literatura odontológica descreve formas adicionais de processos

destrutivos crônicos que, podem levar a perda irrevogável de estrutura dentária

[74], incluindo lesões de cárie, trauma e ação corrosivo-erosivo pelos alimentos e

bebidas [75,76]. Alguns pesquisadores [77,78] usaram modelo “in vitro” para

comparar o potencial erosivo de diferentes bebidas em dentes humano, e depois da

imersão em bebidas com pH baixo, a microdureza de superfície dos dentes foi

reduzida.

A caracterização das propriedades mecânicas do esmalte e como as

tensões são distribuídas para o dente durante a mastigação, são fundamentais para

predizer o ”stress” e a tensão produzidas pelas restaurações dentárias [79].

O esmalte dentário apresenta uma estrutura homogênea e sólida devido a

relação dos túbulos dentinários com a junção amelo-dentinária, em que a dureza

diminui com a variação na morfologia (aumento da densidade de túbulos) e nas

diferentes propriedades dos materiais que constituem o esmalte [80]. A interface

entre a dentina e o esmalte, conhecida como a junção amelo-dentinaria, possui um

papel chave na função do dente, por permitir que o esmalte e a dentina trabalhem

(35)

MEV [82,83], autoflorescência [84] e, espectroscopia Raman [85]. As funções desta

camada também foram estudadas por AFM e nano-indentação [86,87], e foi

observado que a junção pode deter a propagação de rachaduras [88] prevenindo

falhas neste sistema.

O efeito da orientação dos túbulos na dureza dos dentes foi verificado por

Xu et al. 1998 [89], no qual avaliaram por meio de dureza Vickers e MEV, a

anisotropia das propriedades mecânicas do dente. A dureza e módulo de

elasticidade foram maiores na área oclusal comparadas às seções longitudinais.

Lees e Rollins 1972 [90] encontraram um módulo de elasticidade de 125 e 115 Gpa

nas áreas oclusais e longitudinais, respectivamente. Contudo, existe uma forte

inter-relação entre as rachaduras formadas na superfície do esmalte com a

orientação dos túbulos dentinários e sua microestrutura [89].

Vários estudos têm analisado as variações nas propriedades do esmalte e

as orientações dos prismas [91-93]. Alguns autores verificaram que a dureza e o

módulo de elasticidade dos dentes são maiores na região oclusal do que na axial,

devido ao grau de mineralização do tecido, variando em 1% no volume de

hidroxiapatita mineralizada [94]. Esta caracterização mecânica indica que existe

variação nos dentes quanto às propriedades do esmalte.

O atrito do elemento dentário é um processo natural e inevitável [73]. Em

pessoas jovens a camada de esmalte possui em torno de 2 a 3 mm e recobre todo

o elemento dentário. Entretanto, com a idade e vários fatores patológicos, o esmalte

vai sendo degradado pela mastigação. Compreender o comportamento do atrito e

do desgaste do dente humano pode ajudar no tratamento clínico e no

desenvolvimento de novos materiais restauradores.

Até o momento uma grande quantidade de dispositivos têm sido utilizados

para teste de desgaste dentário. É compreensível que uma simples máquina de

(36)

complexidade das condições da cavidade bucal. Entretanto, alguns simuladores

sofisticados foram desenvolvidos e apresentam algumas particularidades que

obtiveram sucesso em reproduzir procedimentos clínicos de restaurações de dentes

humanos. A principal razão para esta simulação é o desenvolvimento de um novo

aparelho que possa simular movimentos fisiológicos ou padrões de mastigação

existentes na cavidade bucal.

A mastigação é um processo complexo e composto. Parâmetros que

caracterizam a mastigação como forças de mordida, velocidade e a aceleração da

mandíbula variam e dependem do tipo de alimento, tamanho do bolo alimentar,

ação química e física da saliva além de fatores fisiológicos. Existem muitas

descrições dos ciclos mastigatórios [95], e esses são divididos em duas fases: I –

fase de fechamento: quando os dentes são levados em contato; e II – fase de

abertura: quando os dentes são separados. Durante a primeira fase o alimento é

comprimido, e se opõe ao contato dos dentes. Nesta fase um dos fatores

importantes para avaliar a força mastigatória é o tipo de alimento, sendo os molares

os principais dentes para realizar esta função, devido a sua forma complexa que

leva à dinâmica mastigatória [96].

É bem conhecido que a força utilizada na mastigação não é constante. Com

base em muitos trabalhos pode-se supor que a forma da curva de força é

semelhante à metade positiva de uma curva de seno [97]. Entretanto, Kohyama et

al., 2004 [98] mostraram que a cinética da mastigação demonstra uma curva

assimétrica, e depende do tipo de alimento ingerido, sendo que os valores podem

variar entre 33 a 37 N para os incisivos e de 100 a 127 N para os molares. Os

maiores valores foram registrados por Osborn et al., 1997 [99], que também

apontaram variação na máxima força de mordida (70-370N). Na visão da tribologia,

(37)

vez que a pressão requerida em sua cinética específica na mandíbula depende da

consistência do alimento.

A cinética da mastigação é dependente do paciente e do tipo de

alimentação [101]. Existem tipos de testes e pesquisas que simulam as condições

reais de mastigação e tentam reproduzir o que acontece na cavidade bucal. Assim

é importante registrar o atrito nesses testes, para permitir obter as características

do processo mastigatório e utilizado-los para avaliar a resistência ao desgaste do

material odontológico investigado [102].

O comportamento do desgaste do esmalte humano em forças cíclicas é

substancialmente diferente daquelas de contato constante. O tipo de força tem

influência no processo de desgaste [103]. O efeito e o tipo de carga utilizada foram

também confirmados durante o experimento [97]. Sendo que, grandes problemas

foram encontrados em tribômetros unidirecionais, em que a taxa de desgaste é

menor em até 10 vezes, quando comparado com aparelhos que realizam

movimento bidirecional. Entretanto, a força da mordida aumenta no final da

mastigação [104]. Em conseqúência, o desgaste sofrido pelo dente é diferente

durante o mesmo ciclo mastigatório.

1.3 Tribocorrosão

Tribocorrosão é definida como um processo de degradação resultante da

ação combinada de desgaste mecânico e químico (ou eletroquímico), sendo de

extrema importância entender que este dois mecanismos funcionam

concomitantemente, de uma maneira complexa, em que a corrosão é acelerada

pelo desgaste mecânico, e simultaneamente o desgaste pode ser afetado pelo

(38)

Muitos aspectos relacionados com o mecanismo de tribocorrosão não estão

completamente compreendidos, devido principalmente a alta complexidade dos

mecanismos químicos, eletroquímicos, físicos e processos mecânicos, além de que

a prática da tribocorrosão ainda não está bem definida [106]. Embora o tema

tribocorrosão seja muito interessante e importante, ainda não foi amplamente

estudado. Os estudo voltados para a compreensão da tribocorrosão utilizam-se de

diferentes dispositivos no sistema tribológico: contato de dois corpos (superfícies)

ou três corpos (Figura 1) [107].

Em todos os tipos de contatos, no sistema de tribocorrosão, diferentes tipos

de estruturas podem ser utilizadas como antagonista no contato com uma placa.

Este antagonista (contra-corpo) é normalmente um pino, cilíndrico, cone, ou uma

esfera. Em todos os casos, o pino tem uma superfície lisa, e o contato é bem

definido. Entretanto, o alinhamento do contato na superfície é extremamente crítico,

para a reprodução dos resultados. O contato em forma de esfera está livre de

problemas de alinhamento, mas a área tem um contato menos definido e pode

variar muito durante o experimento devido a formação de ranhuras de desgaste

[107].

O sistema pino-disco convencional inclui um contato de deslizamento,

podendo conter a presença de uma solução, caracterizando um sistema de

tribocorrosão em que o pino desliza sobre uma placa ou um disco, em movimentos

circulares. Outro dispositivo é o pino com deslizamento linear alternativo, onde este

realiza movimentos em linha reta. Em ambos os casos, ou em outros sistemas

tribológicos, o comportamento da tribocorrosão pode ser calculado localmente em

pequenas superfícies. Landolt et al., 2001 [107], sugeriram que os valores do

coeficiente de atrito entre os diferentes sistemas experimentais usados são

(39)

de tribocorrosão em cada sistema pode ser influenciado pela posição da placa e do

pino.

Neste estudo, um único sistema foi selecionado baseado na aplicação

prática e/ou nos objetivos deste estudo. Para estudar o efeito da tribocorrosão em

materiais odontológicos com aplicação em prótese dentária, o teste de

deslizamento linear alternativo foi selecionado, para que fosse simulado o desgaste

promovido pelos movimentos cíclicos da mastigação entre as duas interfaces, metal

com o órgão dentário. Para melhor aproximação da real condição bucal, saliva

artificial foi empregada como solução eletroquímica (eletrólito) e o dente humano

como o antagonista (contra-corpo).

Em relação ao procedimento eletroquímico utilizado no estudo dos

mecanismos de tribocorrosão, Ponthiaux et al., 2004 [108] descreveram através do

estudo da tribocorrosão de ligas AISI 316 e ligas de ferro-níquel imersas em ácido

sulfúrico 0.5M, deslizando contra um corindo1 (Al

2O3), que as técnicas aplicadas a

tribocorrosão podem ser realizadas em: medidas de potencial em circuito aberto

(OCP), medidas de polarização potenciodinâmica, e impedância eletroquímica

(EIS), concluindo que as técnicas eletroquímicas oferecem informações essenciais

à compreensão da tribocorrosão.

Com este trabalho, Ponthiaux et al., [106] relacionaram as reações

eletroquímicas em todos os sistemas de tribocorrosão, principalmente relacionadas

a processos cinéticos, em que as técnicas eletroquímicas podem oferecer

informações sobre a velocidade de corrosão, velocidade de passivação,

especialmente na ação mecânica em área de contato, e a velocidade de

restauração do filme passivo. Além disso, medidas podem ser realizadas com as

técnicas eletroquímicas para melhor compreender as condições de atrito e o próprio

mecanismo de desgaste. Estas informações podem ser obtidas pois sobre as

(40)

condições de desliza

estado eletroquímico

Estudos mais

estudo do comportam

do ruído eletroquímic

linear de aço inoxidá

potencial e corrente

verificaram que exist

de desgaste-corrosã

mecanismo de corros

[110].

Figura 2. Parâm d

Dentro do

parâmetros eletroquí

zamento, o processo de desgaste é altamen

o da superfície (oxidação, ou desgaste abrasi

ais recentes sugerem novas técnicas eletr

amento tribo-corrosivo dos materiais, com a ap

ico (ENT), tanto em estudo de “fretting” quan

idável, no qual a análise é realizada por me

te frente ao eletrodo [109,110]. Adicionalm

istem numerosas diferenças entre o ENT, sist

são, sendo que a maior diferença está

rosão com o desgaste, que não aparece nos

metros que afetam o sistema de tribocorrosão n deslizamento, sobre controle eletroquímico.

sistema tribo-corrosivo, vários fatores p

uímicos e mecânicos. Entretanto, existem mu

ente dependente do

sivo).

troquímicas para o

aplicação da técnica

nto de deslizamento

eio da flutuação do

almente, os autores

istema de corrosão e

na interação do

s testes de corrosão

no contato de

podem afetar os

(41)

que influenciam o sistema de tribocorrosão. A figura 2 ilustra os fatores mais

importantes.

Analisando a Figura 2, existem diferentes variáveis que afetam o sistema de

tribocorrosão que estão relacionadas e combinadas. O sistema é condicionado pela

solicitação mecânica que está relacionada com o “design” e a funcionalidade do

equipamento. A condição eletroquímica resulta do contato da solução com o

material, além das propriedades da superfície da amostra e do antagonista

[28,107].

Este sistema é muito complexo e, usualmente a influência destes

parâmetros no comportamento tribo-corrosivo é mutuamente dependente e não

possuindo ações independentes, confirmando a importância da correta seleção das

variáveis mecânicas e eletroquímicas para a realização do experimento de

tribocorrosão.

Existem alguns fatores que merecem uma atenção especial, quando se trata

da cavidade bucal, tais como a influência da presença de terceiro corpo (Figura 1B),

rugosidade de superfície e transferência de material, além do pH. O conceito de

terceiro corpo foi introduzido para discutir a velocidade de acomodação dos

contatos tribológicos devido a presença de um fluído, partícula ou de ambos, sendo

que sua presença na zona de contato leva a uma ação abrasiva crítica que pode

acelerar o desgaste ou diminuir o atrito, dependendo de suas propriedade físicas ou

do número de partículas presentes [54].

A quantidade de partículas presentes na área de contato tribológico

depende da sua velocidade de formação devido ao desgaste e sua velocidade de

desprendimento da superfície. Este número de partículas depende do aparato

experimental utilizado, incluindo a geometria do contato, a presença ou não de

(42)

eletroquímicas que podem influenciar a velocidade de formação e as propriedades

dos resíduos de desgaste.

A degradação mecânica, química ou de ambos, nos materiais metálicos

utilizados em próteses podem gerar micro ou nano-partículas levando a inflamação

tecidual e reações alérgicas, especialmente devido a liberação de íons [111].

Landolt et al., 2001 [107], investigando o efeito do terceiro corpo em ensaios de

tribocorrosão em deslizamento, encontraram considerável fluxo de material formado

e liberado para o meio, formando assim o terceiro corpo, definido como resíduos de

desgaste. Estes autores concluíram que o efeito sinérgico na tribocorrosão é

resultado do mecanismo eletroquímico e mecânico, principalmente na formação,

propriedade e tempo de liberação das partículas de residuais (terceiro corpo).

Em relação à rugosidade, esta tem importante papel na tribocorrosão, por

afetar a velocidade de despassivação e o mecanismo de desgaste. Quando uma

superfície dura desliza sobre uma superfície mole, a rugosidade da superfície mole

adapta-se rapidamente à condição de deslizamento, mas se àquele material mais

duro possui uma superfície rugosa, levará ao desgaste abrasivo do material mole,

onde o filme passivo é localmente removido e a repassivação é ligeiramente maior.

Quando o material mais duro é bem polido, a abrasão da superfície mole é

reduzida. Entretanto, a deformação plástica pode ocorrer, contribuindo para a

ruptura do filme passivo [107].

Este mesmo processo pode levar a impactação do terceiro corpo no

antagonista, influenciando diretamente o sistema tribo-corrosivo. Este fator é

conhecido como transferência de material, que acontece nas áreas de contato

tribológicos e são frequentemente observados nos deslizamentos de superfícies

moles em duras. Geralmente, a transferência leva a alteração no atrito e nas

(43)

depende, principalmente das condições eletroquímicas, entre outras, afetando a

velocidade de desgaste mecânico [107].

Alguns ensaios tribo-químoco visaram inicialmente entender a interação dos

materiais com o osso, durante e posterior implantação. Para tal, ensaios de

fretting” foram realizados, entre eles S. Barril et al., 2004 [112], que estudaram a

influência do “fretting” no comportamento tribo-corrosivo do Ti-6Al-4V em uma

solução de 0.9 wt% de NaCl (cloreto de sódio), observando que a resposta

eletroquímica da liga é afetada pelo “fretting”.

L. Duisabeau et al., 2004 [113], estudaram o efeito do meio no “fretting” de

materiais metálicos para implantes ortopédicos. A liga Ti-6Al-4V e o aço inoxidável

(AISI 316L SS) foram selecionados e testes foram relizados em ambientes seco e

em meios fisiológicos artificiais. O resultado obtido mostrou que a introdução da

solução reduziu a interação entre as duas superfícies, i.e., reduzindo o atrito.

Contudo, o estudo mostrou que a presença da solução altera os resultados, assim

como a natureza da amostra, da carga aplicada e do potencial eletroquímico.

O comportamento da tribocorrosão foi verificado por Choubey et al., 2004

[114], que estudaram biomateriais (Ticp, Ti–6Al–4V, Ti–5Al–2.5Fe, Ti–13Nb–13Zr,

and Co–28Cr–6Mo) em fluídos corporais (solução de Hank’s). O teste contou com

ensaios de “fretting” (10000 ciclos), uma carga normal de 10N, um “stroke” de 80

µm, em uma freqüência de 10 Hz. Os resultados mostraram um coeficiente de atrito

em torno de 0.46-0.50 para as ligas de titânio, com exceção da liga de Ti–5Al–2.5F

e, sugerindo que houve uma ação mecânica abrasiva mais acentuada para as ligas

de titânio. A transferência de material foi observada assim como ranhuras e fendas,

que podem ser relacionadas com a deformação plástica sobre o “stress” tribológico.

O comportamento, como observado pelas citações anteriores, da ação

combinada da degradação mecânica e química é fundamental para o sucesso do

(44)

superfície têm um papel fundamental na performance e no tempo de vida do

material. Os filmes passivos da tribocorrosão são devidos ao comportamento

químico e mecânico desses materiais com a proteção do filme de óxidos

anteriormente removido [115]. A compreensão da evolução da repassivação da

superfície após o dano mecânico ou destruição do filme passivo pode oferecer

informações importantes sobre o sistema tribo-corrosivo [28].

A resistência à corrosão dos materiais metálicos é devida a espontânea

formação de uma camada de óxido de proteção na superfície do material, após a

exposição ao oxigênio ou à água, especialmente para o titânio [116-119]. O material

mais estudado frente a ensaios de tribocorrosão é o titânio, e o principal constituinte

do filme passivo deste material é o dióxido de titânio (TiO2), que se forma

expontaneamente na superfície e que se regenera mesmo que destruído.

Normalmente consiste de um filme muito fino (10 nm) e com uma alta densidade de

defeitos. Contudo, a natureza deste filme poroso é dependente da natureza da liga

e da solução [118,120-122].

Os estudos das propriedades do filme passivo em Ticp e das ligas de titânio

foram verificados por Shukla et al., [122] em condições similares ao corpo humano

(Solução de Hank’s), mostrando que existe a formação espontânea do filme passivo

nesta solução. Adicionalmente, quando aplicado um potencial de passivação

anódico ocorre um crescimento desordenado do filme passivo, com a presença de

TiO2 e alguns TiO3 (trióxido de titânio), com menor resistência para a liga de

Ti-13.4Al-29Nb que obteve um filme com características quebradiças.

Huang et al., 2005 [123] realizaram a caracterização do óxido de titânio, no

crescimento do filme passivo em 0.9% de NaCl. Os autores verificaram que no meio

aquoso, os óxidos tipicamente encontrados na superfície do titânio é o TiO2.

Imagem

Figura 1. Representação esquemática de diferentes tipos de contatos envolvidos nos  efeitos mecânicos
Figura 4. Esquema da ruptura do filme passivo e o crescimento do novo filme. (i –  corrente)
Tabela 2: Resultad Materiais CoCr  NiCr  NiCrTi  Ticp  *Diferença esta Durante  este  Em alguns momento imersão, enquanto qu A  estabilização  do  naturalmente em con aumento do potencia camada de óxidos, e quebras ou dissoluçã As  micrografi ocorreu na su
Figura 6. Resultados da análise química da superfície das ligas testadas por EDS (A - CoCr;
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Referências

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