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TÍTULO: RASTREAMENTO DA SÍFILIS ADQUIRIDA NA POPULAÇÃO JOVEM NA CIDADE DE LIMEIRA-SÃO PAULO: DADOS PRELIMINARES CATEGORIA: EM ANDAMENTO

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Academic year: 2022

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Realização: IES parceiras:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Biomedicina

INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS EINSTEIN DE LIMEIRA - FIEL AUTOR(ES): LUAN DA SILVA TANK, LETHICIA GASPRI

ORIENTADOR(ES): MAISA SOARES GUI DEMASE

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1. RESUMO

A sífilis é uma doença infeciosa crônica, que há́ séculos impõe desafios a humanidade e sua prevenção secundária é essencial para evitar consequências graves da doença, como a sífilis gestacional, a qual teve sua incidência aumentada no país nos últimos anos.

Assim, o objetivo do presente estudo é verificar a prevalência de casos positivos de sífilis adquirida, através do teste laboratorial de V.D.R.L (Venereal Disease Research Laboratory), que é um teste de floculação, não-treponêmico, para diagnóstico da sífilis na população jovem e universitária da cidade de Limeira-SP. Para tanto, este estudo encontra-se em andamento e na fase de estudo piloto com a participação de 21 participantes com idade média de 22,57 ± 3,96 anos, de ambos os gêneros. Inicialmente os participantes respondem a um questionário online que aborda dados socioeconômicos, comportamento sexual e o conhecimento sobre a doença e, posteriormente, são submetidos a uma coleta de sangue para rastreamento da Sífilis por meio de teste não treponêmico, o qual detecta a presença de anticorpos não treponêmicos no sangue. As amostras de sangue de todos os participantes avaliados neste estudo preliminar testaram

“não reagente” para sífilis por meio do teste não-treponêmico. As informações coletadas no questionário mostraram que 100% dos estudantes universitários avaliados relataram conhecer a doença, no entanto, 50% disseram ter dúvidas sobre a sua sintomatologia.

Além disso, observou-se que 38,09% dos participantes não usam preservativo ou usam- no com pouca frequência e 100% dos participantes informaram que nunca realizaram nenhum teste diagnóstico para infecções sexualmente transmissíveis.

2. INTRODUÇÃO

Estudos recentes mostram que a cada ano cerca de 6 milhões de novos casos de sífilis são registrados em todo o mundo, principalmente em pessoas com idade entre 15 a 49 anos, e mais de 300 mil casos de natimortos causados pela sífilis em mulheres gravidas não tratadas (KOJIMA et al., 2019), uma vez que a bactéria pode ser adquirida de forma vertical pela placenta da mãe para o filho (BERMAM, 2004; CERQUEIRA, 2017).

No Brasil, nos últimos anos, foi observado um aumento constante no número de casos de sífilis em gestantes, o que pode ser atribuído, em parte, pelo aumento da cobertura de testagem, com a ampliação do uso de testes rápidos, redução do uso de preservativo, resistência dos profissionais de saúde à administração da penicilina na atenção básica, desabastecimento mundial de penicilina entre outros (BRASIL, 2014).

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Neste sentido, o rastreamento é a realização de testes diagnósticos em pessoas assintomáticas, a fim de realizar diagnóstico precoce (prevenção secundária), com o objetivo reduzir a morbimortalidade do agravo rastreado. Com o crescente no número de casos, projetos voltados para o rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis são importantes para a atenção básica de saúde e, também, fornecem para a população melhores condições de mudança nos hábitos individual ou coletivo (GATES, 2001).

3. OBJETIVOS

O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência de casos positivos de sífilis adquirida, através do teste laboratorial de V.D.R.L (Venereal Disease Research Laboratory), que é um teste de floculação, não-treponêmico, para diagnóstico da sífilis.

4. METODOLOGIA

Este é um estudo epidemiológico, seccional, que encontra-se em andamento, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa das Faculdades Integradas Einstein de Limeira pelo parecer 3.785.422 , que busca investigar a prevalência de Sífilis na população jovem, universitária da cidade de Limeira/SP.

Foram convidados a participar da pesquisa indivíduos de ambos os sexos, com idades entre 18 e 40 anos, matriculados em cursos de nível superior na cidade de Limeira/São Paulo. Foram excluídos os participantes que fazem ou já fizeram tratamento para Sífilis, mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez. Reportar medo de agulhas e injeções (aicmofobia), o que inviabiliza a coleta de sangue.

Os participantes que concordaram com a pesquisa assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e preencheram um formulário modelo online, a fim de se obter dados socioeconômicos, coletar informações sobre hábitos de vida e o conhecimento do participante sobre a Sífilis.

Após o preenchimento, o participante foi orientado e submetido a uma coleta de sangue pelo pesquisador e estudante do curso de Biomedicina treinado e supervisionado pelo professor Biomédico. Todo material utilizado era estéril e apropriado ao procedimento a ser realizado. Foi ajustado o garrote no braço do participante, no membro superior de sua preferência. Após a escolha da veia pelo pesquisador, foi feita a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool 70%, após então, foi feita a punção venosa com agulha estéril; assim que o sangue começou a fluir, o garrote

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foi solto. A agulha foi retirada do adaptador e descartada no recipiente adequado para material perfurocortante. O participante foi orientado, finalmente, a pressionar o local da punção com algodão, mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo.

Posteriormente a amostra de sangue coletada foi submetida ao teste não-treponêmico.

Este teste detecta a presença de anticorpos não treponêmicos no sangue do paciente. São anticorpos não específicos do T. pallidum porém são encontrados na sífilis. A presença de cardiolipinas e reaginas encontradas na membrana da bactéria induz a produção de anticorpos denominados de anticardiolipinicos. Podem ser qualitativos, usados como teste de triagem para determinam se a amostra é reagente ou não reagente, e quantitativos, usados para determinar o título de anticorpos presentes nas amostras reagente no teste qualitativo e para monitoramento da resposta ao tratamento. O título é indicado pela última diluição da amostra que ainda apresenta reatividade ou floculação visível.

(FERREIRA, 2013).

5. DESENVOLVIMENTO

O teste não-treponêmico é feito através do sangue coletado do participante. O material biológico foi coletado através do sistema fechado, representado pelo canhão, agulha bipolar e tubo a vácuo. O tubo utilizado para coleta do sangue foi o tubo vermelho, específico para a realização de exames e testes bioquímicos, o tubo é seco, contém ativador de coágulo e gel separador.

Assim que o sangue do participante era coletado e o tubo identificado, o tubo era colocado na estante em repouso para que ocorresse a coagulação, após esse acontecimento, os tubos, de 6 em 6 unidades, eram levados para a centrifuga de 15 a 18 minutos para a separação do soro e das células, esses componentes são separados pelo gel separado, que está localizado entre os componentes.

O sangue coletado após a retração do coágulo foi centrifugado e logo após armazenado na geladeira em temperatura de 2 a 8 ºC, do próprio laboratório já descrito.

Foi utilizado o teste de floculação VDRL não treponêmico da marca Wana, com 250 testes cada kit, no qual foi utilizado o soro do voluntário para a realização do teste. Em uma placa de Kline foi adicionado em três poços 50 μl do reagente anti Ag para o Treponema pallidum. Logo após, no primeiro poço foi adicionado mais 50 μl do soro do paciente. No segundo poço foi adicionado 50 μl do controle negativo, fornecido juntamente com o kit. Por fim, no terceiro poço foi adicionado mais 50 μl do reagente positivo também fornecido no kit. Após essa etapa, a placa foi agitada no agitador

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automático por 5 minutos, posteriormente a placa foi levada ao microscópio e analisado os poços individualmente. Caso houvesse floculação no primeiro poço e ele estaria igual o terceiro poço, o teste seria reagente para sífilis, se não houvesse a floculação no primeiro, o teste seria não reagente. Caso no terceiro poço não ocorrer a floculação, o teste seria indefinido.

Com o retorno das atividades presenciais a pesquisa está sendo retomada e visa a investigação de 500 participantes, com a mesma metodologia testada nesse estudo preliminar.

6. RESULTADOS PRELIMINARES

As amostras de todos os participantes avaliados neste estudo preliminar testaram

“não reagente” para sífilis por meio do teste não-treponêmico.

Os dados socioeconômicos mostraram que dezesseis participantes do estudo (76,19%) informaram exercer atividade remunerada, com renda salarial média de R$2.108,00. Além disso, 9,52% informaram residir sozinhos e 90,47% residem com os pais ou companheiros e dezenove participantes informaram estar solteiros e apenas dois participantes casados.

Outras informações foram obtidas por meio das questões que abordavam o conhecimento da Sífilis entre os participantes (N= 21), apresentadas de modo qualitativo na tabela 1 e os dados sobre a educação sexual e comportamento estão representados respectivamente nas tabelas 2 e 3.

Tabela 1. Questões sobre o conhecimento sobre a Sífilis dos participantes(n=21) da pesquisa.

Questionamentos SIM NÃO

Você sabe o que é sífilis? 100% 0%

Sabe o método de prevenção da Sífilis?

100% 0%

Tem dúvidas sobre os sintomas da doença?

50% 50%

Com tratamento adequado, sífilis é uma doença curável?

95,24% 4,76%

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Tabela 2. Questões sobre educação sexual nos participantes da pesquisa (n=21).

Questionamentos SIM NÃO

Recebeu informações sobre infecções sexualmente transmissíveis em CASA?

57,14% 42,86%

Recebeu informações sobre infecções sexualmente transmissíveis na ESCOLA?

95,23% 4,77%

Tabela 3. Questões sobre o comportamento sexual dos participantes da pesquisa (n=21).

Questionamentos SIM NÃO

Possui múltiplos parceiros(as)? 90,47% 9,53%

Compartilha itens

pessoais/íntimos? (Ex. talheres, copos, batom, escova de dente)?

33,33% 66,67%

utiliza preservativo (camisinha) em todos os tipos de relações sexuais

66,66% 33,34%

Além dessas informações, observou-se que oito participantes (38,09%) informaram não usar preservativo (n=2), ou usar com pouca frequência (n=6) e 100% dos participantes informaram nunca ter tratado alguma infecção sexualmente transmissível, mas também informaram não ter realizado nenhum teste diagnóstico.

7. FONTES CONSULTADAS

KOJIMA, N. et al. An Update on the Global Epidemiology of Syphilis. HHS Public Access. v. 5, n. 1, p. 24–38, 2019.

BERMAN, S. M. Maternal syphilis: pathophysiology and treatment. Bulletin of the World Health Organization. 2004; 8: 433-438.

BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais Universidade Federal de Santa Catarina. Diagnóstico da sífilis. 2014.

GATES, T. J. Screening for cancer: evaluating the evidence. Am Fam Physician. v. 63, p. 513-522, 2001.

FERREIRA, L. J. M. Infecção por Treponema pallidum: análise serológica e pesquisa de DNA. 2013. Dissertação (Mestrado em microbiologia médica) – Universidade Nova de Lisboa, Portugal. 2013.

Referências

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