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CÂMARA MUNICIPAL DE MARIANA PIMENTEL Estado do Rio Grande do Sul LEI ORGÂNICA

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CÂMARA MUNICIPAL DE MARIANA PIMENTEL Estado do Rio Grande do Sul

LEI

ORGÂNICA

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CÂMARA MUNICIPAL DE MARIANA PIMENTEL Estado do Rio Grande do Sul

LEI ORGÂNICA MUNICIPAL PREÂMBULO

Os vereadores da Câmara Municipal de Mariana Pimentel, reunidos em Assembléia, com os poderes outorgados pelas Constituições da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, afirmando a autonomia política e administrativa de que é investido o Município, invocando a proteção de Deus, promulgam a seguinte Lei Orgânica Municipal.

TÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

ART. 1º - O Município de Mariana Pimentel, pessoa jurídica, de direito público interno, é unidade territorial que integra a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, dotada da autonomia política, administrativa, financeira e legislativa nos termos assegurados pela Constituição Federal, Constituição do Estado e por esta Lei Orgânica.

PARÁGRAFO 1º - Mantém-se o atual território do Município de acordo com a Lei Estadual nº 9.611, de 20 de março de 1992, cujos limites só poderão ser alterados nos termos da Legislação Estadual.

Parágrafo único. Os limites do território do Município só podem ser alterados por Lei Estadual, observado os requisitos estabelecidos em lei complementar.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

PARÁGRAFO 2º - A cidade de Mariana Pimentel é a sede do Município, e nela, os poderes tem sua sede.

ART. 2º - O território do Município poderá ser dividido em distritos, criados, organizados e suprimidos per lei Municipal, observadas a Constituição Estadual e Federal.

ART. 3º - Constituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe pertençam.

ART. 4º - Os símbolos do Município são estabelecidos em Lei.

ART. 5º - A autonomia do Município se expressa:

I - pela eleição direta dos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito;

II - pela administração própria no que respeite ao interesse local.

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CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL ART. 6º - Compete ao Município, dentre outras, as seguintes atribuições:

I - legislar sobre assuntos de interesse local;

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar as suas rendas sem prejuízo de sua obrigatoriedade, prestar contas nos prazos fixados em lei;

IV - organizar e prestar diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, entre outros os seguintes serviços:

a) transporte coletivo urbano intermunicipal;

b) esgotos sanitários;

c) mercados e feiras;

d) iluminação pública;

e) limpeza pública, coleta domiciliar e destinação final do lixo;

V - manter, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas com educação pré-escolar e ensino fundamental;

VI - prestar, com cooperação técnica financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;

VII - promover a proteção do patrimônio histórico cultural, artístico e paisagístico local, observada a legislação fiscalizadora Federal e Estadual;

VIII - promover a cultura e a recreação;

IX - fomentar a produção agropecuária e demais atividades econômicas, inclusive artesanal;

X - preservar as florestas, a fauna e a flora;

XI - realizar serviços de assistência social, diretamente ou por meio de instituições privadas, conforme critérios e condições fixadas em Lei Municipal;

XII - realizar programas de apoio às práticas desportivas;

XIII - realizar programas de alfabetização;

XIV - realizar atividades de defesa civil, inclusive a de combate a incêndios e prevenção de acidentes naturais em coordenação com a União e o Estado;

XV - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

XVI - executar obras de:

a) abertura, pavimentação e conservação de vias;

b) drenagem pluvial;

c) construção e conservação de estradas, parques, jardins e hortos florestais;

d) construção e conservação de estradas vicinais;

e) edificação e conservação de prédios públicos municipais.

XVIII - fixar:

a) tarifas de serviços públicos, inclusive dos serviços de táxi e transporte coletivo;

b) horário de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços;

XVIII - sinalizar as vias públicas, urbanas e rurais;

XIX - regulamentar a utilização de vias e logradouros públicos;

XX - conceder licença para:

a) localização, instalação e funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços;

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b) afixação de cartazes, letreiros e anúncios, faixas, emblemas e utilização de alto-falantes para fins de publicidade e propaganda;

c) exercício de comércio eventual ou ambulante;

d) realização de jogos, espetáculos e divertimentos públicos, observadas as prescrições legais;

e) prestação de serviços públicos;

XXI - compete ao município a cassação de alvarás de licença dos estabelecimentos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem estar público e aos bons costumes.

Art.6o Compete ao Município, no exercício de sua autonomia:

I – organizar-se em termos administrativos, financeiros, fiscais e políticos, observada a legislação federal e estadual;

II – decretar suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de seu peculiar interesse;

III - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças e dispor de sua aplicação;

IV - desapropriar, por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social, nos casos previstos em lei;

V – conceder, permitir ou autorizar os serviços públicos locais e os que lhe sejam concernentes;

VI – organizar os quadros de cargos e de empregos públicos e estabelecer o regime jurídico de seus servidores;

VII – elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, estabelecendo normas de edificações, de loteamentos, de zoneamento, bem como diretrizes urbanísticas convenientes à ordenação de seu território;

VIII – estabelecer normas de prevenção e controle de ruído, da poluição, do meio ambiente, do espaço aéreo e das águas;

IX – dispor sobre a política tarifária e sobre as condições operacionais dos serviços públicos diretamente executados ou realizados mediante concessão, permissão ou autorização;

X – regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de rolamento e zonas de silêncio;

XI – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;

XII – disciplinar a limpeza dos logradouros públicos, a remoção e destinação do lixo;

XIII - regulamentar a utilização de logradouros públicos e sinalizar faixas de rolamento e zonas de silêncio;

XIV– licenciar estabelecimentos industriais, comerciais, de prestação de serviços e outros; cassar os alvarás de licenças dos que se tornarem danosos à saúde, à higiene, ao bem estar-estar público e aos bons costumes;

XV– fixar os feriados municipais, bem como o horário e o dia de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e outros;

XVI – legislar sobre o serviço funerário e cemitérios, fiscalizando os que pertencerem a entidades particulares;

XVII – interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer demolir construções que ameacem a segurança coletiva;

XVIII – regulamentar a fixação de cartazes, anúncios emblemas e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;

XIX – regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os divertimentos públicos;

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XX- legislar sobre a apreensão e depósitos de semoventes, mercadorias e imóveis em geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e condições de venda das coisas e bens municipais;

XXI – legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação, distribuição e consumo de água, gás, luz e energia elétrica e todos os demais serviços de caráter e uso coletivo;

XXII – celebrar convênios com a União, o Estado e Municípios para execução de suas leis, serviços e operações, em âmbito local;

XXIV – participar, mediante lei autorizativa, de consórcio público;

XXV – celebrar parcerias voluntárias com entidades privadas sem fins lucrativos;

XXVI - criar a guarda municipal.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

ART. 7º - Além das competências previstas no artigo anterior, o Município atuará em cooperação com a União e o Estado par o exercício das competências enumeradas no artigo 23 da Constituição Federal, desde que as condições sejam de interesse do Município.

Art. 7º O Município poderá celebrar convênios com a União, o Estado e outros Municípios para a realização de obras ou serviços públicos de interesse comum, observado o disposto em lei.

Parágrafo único. Assinado o convênio será dada ciência do mesmo à Câmara Municipal.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

Art. 7º - A. O Município poderá constituir mediante lei consórcios com outros municípios para a realização de obras, atividades ou serviços específicos de interesse comum.

TÍTULO II

DO GOVERNO MUNICIPAL CAPÍTULO I

DOS PODERES MUNICIPAIS

ART. 8º - O Governo Municipal é constituído pelos poderes Legislativo e Executivo, independentes e harmônicos entre si.

PARÁGRAFO ÚNICO - É vedado aos Poderes Municipais a delegação recíproca de atribuições, salvo nos casos previstos nesta Lei Orgânica.

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CAPÍTULO II

DO PODER LEGISLATIVO

ART. 9º - O poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de Vereadores, eleitos para cada legislatura entre os cidadãos maiores de dezoito anos, no exercício dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto.

PARÁGRAFO ÚNICO - Cada legislatura terá a duração de 04 (quatro) anos.

ART.10 - O número de Vereadores será fixado pela Câmara Municipal, observados os limites estabelecidos na Constituição Federal e as seguintes normas:

Art. 10. A Câmara Municipal é composta de nove vereadores, eleitos na forma da lei.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

I - para os primeiros dez mil habitantes, o número de Vereadores será de 09 (nove), acrescentando-se uma vaga para cada dez mil habitantes seguintes ou fração;

II - o número de habitantes a ser utilizado como base de cálculo do número de vereadores será aquele fornecido mediante certidão, pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;

III - o número de vereadores será fixado mediante decreto legislativo, até o final da sessão legislativa do ano que anteceder as eleições;

IV - a Mesa da Câmara enviará ao Tribunal Regional Eleitoral, logo após sua edição, cópia do decreto legislativo de que trata o inciso anterior.

ART. 11º - Salvo disposição em contrário desta Lei Orgânica, as deliberações da Câmara Municipal e de suas comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

CAPÍTULO III DA POSSE

ART. 12º - A Câmara Municipal reunir-se-á em reunião preparatória, a partir de primeiro de janeiro do primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros.

PARÁGRAFO 1º - Sob a presidência do Vereador que mais recentemente tenha exercido cargo na Mesa ou que na hipótese de inexistir tal situação, do mais idoso entre os presentes, os demais Vereadores prestarão compromisso de posse, cabendo ao Presidente prestar o seguinte compromisso:

“Prometo cumprir, manter e defender a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal, promover o bem coletivo e exercer o meu cargo sob as aspirações do patriotismo, da lealdade e da honra”.

PARÁGRAFO 2º - Prestado o compromisso pelo Presidente, o Secretário que for designado para este fim fará a chamada nominal de cada vereador que declarará:

“Assim prometo.”

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PARÁGRAFO 3º - O Vereador que não tomar posse na reunião prevista neste artigo deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 4º - No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e fazer declaração de seus bens, repetida quando do término do mandato, sendo ambas transcritas em livro próprio, resumidas em ata e divulgada para o conhecimento público.

§4º. “No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e fazer declaração de seus bens, repetidas anualmente, sendo ambas transcritas em livro próprio, resumidas em ata e divulgadas para o conhecimento do público.”

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

CAPÍTULO IV

DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

ART. 13º - Cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, legislar sobre as matérias de competência do Município, especialmente no que se refere ao seguinte:

I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando a Legislação Federal e a Estadual, notadamente no que diz respeito:

a) à saúde, a assistência pública e a proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

b) à proteção de documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, como os monumentos e as paisagens naturais notáveis;

c) impedir a evasão, destruição e descaracterização de obras de arte e outros bens de valor histórico e cultural do Município;

d) a abertura de meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

e) à proteção ao meio ambiente e ao combate à poluição;

f) ao incentivo à indústria e ao comércio;

g) à criação de distritos industriais;

h) ao fomento da produção agropecuária e a organização do abastecimento alimentar;

i) à promoção de programas de construção de moradias, melhorando as condições habitacionais e saneamento básico;

j) ao combate as causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

l) ao registro, ao acompanhamento e a fiscalização das concessões de pesquisa e exploração dos recursos hídricos e minerais em seu território;

m) aos estabelecimentos e à implantação da política para educação para o trânsito;

n) à cooperação com a União e o Estado, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar, atendidas as normas fixadas em Lei Complementar Federal;

o) ao uso e ao armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins;

p) às políticas públicas do Município;

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II - tributos Municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de dívidas;

III - orçamento anual, plano plurianual e diretrizes orçamentárias, bem como autorizar a abertura de crédito suplementar e especial;

IV - obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como sobre a forma e os meios de pagamento;

V - concessão de auxílios e subvenções;

VI - concessão e permissão de serviços públicos;

VI - concessão e permissão de serviços públicos;

VII - concessão de direito real de uso de bens municipais;

VIII - alienação e concessão de bens imóveis;

IX - aquisição de bens imóveis, quando se tratar de doação;

X - criação, organização e supressão de distritos, observada a legislação Estadual;

XI - criação, alteração e extinção de cargos, empregos e funções públicas e fixação específica da respectiva remuneração, respeitando a competência privativa de iniciativa do Prefeito Municipal;

‘ XII - plano diretor;

XIII - alteração da denominação de próprios, vias e logradouros públicos;

XIV - ordenamento, parcelamento, uso e ocupação do solo urbano;

XV - organização e prestação de serviços públicos;

XVI - mudar temporariamente a sede do Município.

ART. 14º - Compete à Câmara Municipal, privativamente, entre outras, as seguintes atribuições:

I - eleger a Mesa Diretora, bem como destituí-la na forma desta Lei Orgânica e do Regimento Interno;

II - elaborar o seu Regimento Interno;

III - fixar a remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores, observando-se os dispostos no inciso V do artigo 29 da constituição Federal e o estabelecido nesta Lei Orgânica;

IV - exercer, com auxílio do Tribunal de Contas, a fiscalização financeira, orçamentaria, operacional e patrimonial do Município;

V - julgar as contas anuais do Município, com o prévio parecer do Tribunal de contas a apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de Governo;

VI - dispor sobre a sua remuneração, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e fixar a respectiva remuneração;

VII - autorizar o Prefeito a se afastar do Município e do Estado por mais de 05 (cinco) dias úteis, comunicando o destino e o objetivo, quando se afastar do Estado;

VII - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentarem do Município, quando a ausência exceder a quinze dias.

VIII - mudar temporariamente sua sede;

IX- fiscalizar os atos do Poder Executivo, nos termos da Constituição Federal;

X - anualmente, dentro de sessenta dias do início da Sessão Legislativa, a Câmara receberá em reunião Especial o Prefeito, que informará através de relatório, o estado que se encontra os assuntos municipais;

XI - processar e julgar os Vereadores, na forma desta Lei Orgânica;

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XII - representar ao Procurador Geral da Justiça, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prática de crime contra a Administração Pública que tiver conhecimento;

XII - representar ao procurador Geral da Justiça contra o Prefeito, o Vice Prefeito e secretários municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prática de crime contra a administração pública que tiver conhecimento;

XIII - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer de sua renúncia e afastá-los definitivamente do cargo, nos termos previstos em Lei;

XIV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento de cargo;

XV - criar comissões especiais de inquéritos sobre fatos determinados que se incluam na competência da Câmara, sem que o requerer pelo menos um terço dos membros da Câmara;

XV - criar Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fato determinado, mediante requerimento de um terço dos seus membros;

XVI - convocar os Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza para apresentar informações sobre matéria de sua competência;

XVI - convocar Secretários Municipais ou titulares de cargos equivalentes para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando em crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada;

XVII - solicitar informações ao Prefeito Municipal sobre assuntos referentes a Administração;

XVIII - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XIX - conceder título honorífico a pessoas que tenham reconhecidamente restado serviços ao Município, mediante decreto legislativo aprovado pela maioria de dois terços de seus membros;

XX - autorizar convênio e contratos de interesse Municipal;

XXI - propor ao prefeito Municipal a execução de qualquer obra ou medida que interesse à coletividade ou ao serviço público;

XXII - emendar a Lei Orgânica.

PARÁGRAFO 1º - É fixado em 20 (vinte) dias, prorrogável por igual período, desde que solicitado e devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da administração direta e indireta do Município prestem as informações solicitadas;

§1º. A Câmara Municipal poderá encaminhar pedidos escritos de informação aos Secretários Municipais ou responsáveis pelos órgãos da Administração Direta e Indireta, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

PARÁGRAFO 2º - O não atendimento no prazo estipulado no parágrafo anterior faculta ao Presidente da Câmara solicitar, na conformidade da Legislação vigente, a intervenção do poder Judiciário para fazer cumprir a legislação.

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CAPÍTULO V

DO EXAME PÚBLICO DAS CONTAS MUNICIPAIS

ART. 15 - As contas do município ficarão a disposição dos cidadãos durante 60 (sessenta) dias a partir de 15 de abril de cada exercício, horário de funcionamento da Câmara Municipal, em local de fácil acesso ao público.

PARÁGRAFO 1º - A consulta às contas Municipais, nos termos do artigo 15 desta Lei, poderão se feitas por qualquer cidadão, independente de requerimento, autorização ou despacho de qualquer autoridade.

CAPÍTULO VI

DA REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS

ART. 16 - A remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores será fixada pela Câmara Municipal no último ano de cada legislatura, até 30 (trinta) dias antes das eleições municipais, vigorando para a legislatura seguinte, observando o disposto na Constituição Federal.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

Art. 16. O Vereador será remunerado exclusivamente por subsídio fixado por lei, de iniciativa da Câmara Municipal, em parcela única, em data antes das eleições, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto na Constituição Federal, na Constituição Estadual e nesta Lei Orgânica. (NR) PARÁGRAFO ÚNICO - O Prefeito Municipal, Vice-prefeito e Presidente da Câmara, farão jus a verba de representação fixada juntamente com suas remunerações.

ART. 17 - A não fixação da remuneração do Prefeito Municipal, do Vice-prefeito e dos Vereadores até a data prevista nesta lei Orgânica, implicará a suspensão do pagamento da remuneração dos Vereadores pelo restante do mandato.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

Art. 17. No caso da não fixação prevalecerá a remuneração do mês de dezembro do último ano da legislatura, sendo este valor atualizado monetariamente pelo índice oficial.

PARÁGRAFO ÚNICO - No caso da não fixação prevalecerá a remuneração do mês de dezembro do último ano da legislatura, sendo este valor atualizado monetariamente pelo índice oficial.

ART. 18 - A lei fixará critérios de indenização de despesas de viagem do prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores.

PARÁGRAFO ÚNICO - A indenização de que trata este artigo não será considerada como remuneração.

ART. 19 - O prefeito Municipal gozará férias anuais de 30 (trinta) dias, sem prejuízo do subsídio e da representação, devendo fazer comunicação à Câmara Municipal do período em que irá gozá-la.

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CAPÍTULO VII DA ELEIÇÃO DA MESA

ART. 20 - Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do Vereador que mais recentemente tenha exercido cargo na Mesa, ou, na hipótese de inexistir tal situação, do mais idoso entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara elegerão os componentes da mesa, que ficarão automaticamente empossados.

PARÁGRAFO 1º - O mandato da mesa será de 01 (um) ano, podendo ser reconduzindo para o mesmo cargo por mais um ano na mesma legislatura.

PARÁGRAFO 2º - Na hipótese de não haver número suficiente para eleição da mesa, o Vereador que mais recentemente tenha exercido cargo na Mesa, ou, na hipótese de inexistir tal situação, o mais idoso, entre os presentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.

PARÁGRAFO 3º - A eleição para renovação da Mesa, realizar-se-á obrigatoriamente na última reunião ordinária da sessão legislativa, empossando-se os eleitos nesta mesma sessão.

PARÁGRAFO 4º - Caberá ao regimento interno da Câmara Municipal dispor sobre a composição da Mesa Diretora e, subsidiariamente, sobre a sua eleição.

PARÁGRAFO 5º - Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições devendo o regimento interno da Câmara Municipal dispor sobre o processo de destituição e sobre a substituição do membro destituído.

CAPÍTULO VIII DAS SESSÕES

ART. 21 - A sessão legislativa anual, desenvolve-se de 1º de março à 30 de dezembro, independente de convocação, ficando em recesso nos demais períodos.

PARÁGRAFO 1º - Durante a Sessão Legislativa Ordinária, a Câmara funcionará ordinariamente nos dias em que o regimento interno estabelecer, com a presença de no mínimo um terço de seus membros.

PARÁGRAFO 2º - A Câmara Municipal reunir-se-á em reuniões ordinárias, extraordinárias, solenes e secretas, conforme dispuser no seu regimento interno, e as remunerará de acordo com o estabelecido nesta Lei Orgânica e na Legislação específica.

ART. 22 - As reuniões da Câmara Municipal deverão ser realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento, considerando-se nulas as que se realizem fora dele.

Art. 22. As sessões da Câmara Municipal deverão ser realizadas no edifício que lhe é destinado.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

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PARÁGRAFO 1º - Comprovada a impossibilidade de acesso aquele recinto ou outra causa que impeça a sua utilização, poderão ser realizadas reuniões em outro local, por decisão do Presidente da Câmara.

Parágrafo único. A Câmara Municipal poderá reunir-se, temporariamente, em outro local, mediante proposta da Mesa, aprovada pela maioria dos membros do Legislativo.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

ART. 23 - As reuniões da Câmara serão públicas, salvo deliberação em contrário, tomada pela maioria absoluta de seus membros, quando ocorrer motivo relevante da preservação do decoro parlamentar.

ART. 24 - As reuniões poderão ser abertas pelo presidente da Câmara ou por outro membro da Mesa, com a presença mínima de um terço de seus membros.

Art. 24. As deliberações da Câmara Municipal e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

PARÁGRAFO ÚNICO - Considerar-se-á presente à reunião, o Vereador que assinar o livro ou as folhas de presença, até o início da ordem do dia e participar das votações.

ART. 25 - A convocação extraordinária da Câmara Municipal dar-se-á : I - pelo Presidente da Câmara;

II - pelo Prefeito Municipal quando este a entender necessária;

II – pelo Prefeito Municipal, no período de recesso parlamentar;

III - a requerimento de um terço dos membros da Câmara.

PARÁGRAFO ÚNICO - Na Sessão Legislativa Extraordinária, a Câmara Municipal deliberará somente sobre a matéria para qual foi convocada.

Parágrafo único. Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória em valor superior ao subsídio mensal.

CAPÍTULO IX DAS COMISSÕES

ART. 26 - A Câmara Municipal terá comissões, constituídas na forma e com as atribuições definidas no Regimento Interno ou no ato de que resultar a sua criação.

Art. 26. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e especiais, constituídas na forma e com as atribuições definidas no Regimento interno ou no ato que resultar a sua criação. (NR)

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PARÁGRAFO 1º - Em cada comissão será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos Partidos ou dos Blocos parlamentares que participem da Câmara.

§1º Na constituição da Mesa e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos que participam da Câmara Municipal.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

PARÁGRAFO 2º - As comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil.;

II - convocar Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;

III - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

V - apreciar programas de obras e planos e sobre eles emitir parecer;

VI - fiscalizar a execução das propostas orçamentárias do Município;

VII-emitir pareceres sobre as proposições em tramitação na Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno;

ART. 27 - As Comissões permanentes da Câmara de Vereadores serão as seguintes:

I - Justiça e Redação;

II - Finanças e Orçamentos;

III - Educação, Cultura e Desporto, Trabalho, Ação Social e Desenvolvimento;

IV - Higiene, Saúde e Lazer;

V - Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente;

ART. 28 - As Comissões Especiais de Inquérito, que terão poderes de investigação, próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas pela Câmara mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que este promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Art. 28. As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas pela Câmara mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

ART. 29 - Qualquer entidade da Sociedade Civil poderá solicitar ao Presidente da Câmara que lhe permita emitir conceitos ou opiniões, junto às Comissões, sobre Projetos que nelas se encontrem para estudo.

Art. 29. O Regimento Interno da Câmara Municipal assegurará a participação popular.

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PARÁGRAFO ÚNICO - o Presidente da Câmara enviará o pedido ao Presidente da respectiva comissão, a quem caberá deferir ou indeferir o requerimento, indicando, se for o caso, dia e hora para o pronunciamento e seu tempo de duração.

CAPÍTULO X

DA COMISSÃO REPRESENTATIVA

ART. 30 - No período de recesso da Câmara de Vereadores funcionará uma Comissão Representativa, com as seguintes atribuições:

I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;

II - zelar pela observância das Constituições desta Lei Orgânica e demais Leis;

III - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito, nos casos exigidos a se afastarem do Município;

IV - convocar extraordinariamente a Câmara de Vereadores;

V - tomar medidas urgentes de competência da Câmara de Vereadores;

PARÁGRAFO ÚNICO - As normas relativas ao desempenho das atribuições da Comissão Representativa serão estabelecidas no Regimento Interno da Câmara.

ART. 31 - A Comissão Representativa, constituída por número ímpar de Vereadores, será composta pela Mesa e demais membros eleitos, com os respectivos suplentes.

PARÁGRAFO 1º - A Presidência da Comissão Representativa caberá ao Presidente da Câmara, cuja substituição se fará na forma prevista no Regimento Interno.

PARÁGRAFO 2º - O número total de integrantes da Comissão Representativa deverá perfazer, no mínimo, um terço da totalidade dos Vereadores, observada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária existente na Câmara.

ART. 32 - A Comissão Representativa deverá apresentar relatórios dos trabalhos por ela realizados, quando do reinicio do período de funcionamento ordinário da Câmara.

CAPÍTULO XI

DOS AUXILIARES DA CÂMARA

ART. 33 - O Presidente da Câmara, por intermédio de ato administrativo, estabelecerá as atribuições de seus auxiliares diretos, definindo-lhes competências, deveres e responsabilidades.

ART. 34 - Os auxiliares diretos do Presidente do Legislativo, são solidariamente responsáveis junto com este, pelos atos que assinares ou praticarem.

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TÍTULO III DOS VEREADORES

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

ART. 35 - Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.

ART. 36 - Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar, perante a Câmara, sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

ART. 37 - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a percepção, por estes, de vantagens indevidas.

CAPÍTULO II

DAS INCOMPATIBILIDADES ART. 38 - Os vereadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações ou empresas concessionárias de serviços públicos municipais, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive as de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades da alínea anterior;

II - desde a Posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresas que gozem de favor decorrente de contrato celebrado com o Município ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum” nas entidades referidas na alínea a do inciso I, salvo o cargo de Secretário Municipal ou equivalente;

c) patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alínea a do inciso I;

d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

ART. 39 - Perderá o mandato a Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das reuniões ordinárias da Câmara, salvo em caso de licença ou de missão oficial autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - que decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal;

VI - que sofrer condenação criminal ou sentença transitada em julgado;

VII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro do prazo estabelecido em Lei Orgânica;

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PARÁGRAFO 1º - Extingue-se o mandato, e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando ocorrer falecimento ou renúncia por escrito do Vereador.

§1º Extingue-se o mandato, e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando o Vereador deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro do prazo estabelecido nesta Lei Orgânica, e quando ocorrer o falecimento ou a renúncia por escrito do Vereador.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

PARÁGRAFO 2º - Nos casos dos incisos I, II, e VI deste artigo, a perda do mandato será decidida pela Câmara por voto escrito e a maioria absoluta, mediante provocação da mesa ou de partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

§ 2° Nos casos dos incisos I, II e VI e VII, a perda do mandato será decidida pela Câmara, por voto da maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

PARÁGRAFO 3º - Nos casos dos incisos III, V e VII, a perda do mandato será declarada pela Mesa da Câmara por ofício ou mediante provocação de qualquer Vereador ou de Partido representado na Câmara, assegurada ampla defesa.

CAPÍTULO III

DO VEREADOR SERVIDOR PÚBLICO

ART. 40 - O exercício do mandato da Vereança por servidor público será de acordo com determinação da Constituição Federal.

PARÁGRAFO ÚNICO - O Vereador ocupante de cargo, emprego ou função pública municipal é inamovível de ofício pelo tempo de duração de seu mandato.

CAPÍTULO IV DAS LICENÇAS ART. 41 - O Vereador poderá licenciar-se:

I - por motivo de saúde, devidamente comprovados;

I – por motivo de doença, observado o disposto em lei;

II - para tratar de interesse particular, desde que o período de licença não seja superior a 120 (cento e vinte) dias por legislatura.

II – para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca inferior a trinta (30) dias, nem superior a cento e vinte (120) dias, em cada sessão legislativa.

PARÁGRAFO 1º - Nos casos dos incisos I e II não poderá o Vereador reassumir antes que se tenha escoado o prazo de sua licença;

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PARÁGRAFO 2º - Para fins de remuneração, considerar-se-á como exercício o Vereador licenciado nos casos do inciso I;

PARÁGRAFO 3º - O Vereador investido no cargo de Secretário Municipal ou equivalente será considerado automaticamente licenciado, podendo optar pela remuneração de vereança;

PARÁGRAFO 4º - O afastamento para desempenho de missões temporárias de interesse do Município não serão consideradas como licença fazendo o Vereador jus à remuneração estabelecida.

CAPÍTULO V

DA CONVOCAÇÃO DOS SUPLENTES

ART. 42 - No caso de vaga, licença superior a trinta dias ou investidura no cargo de Secretário Municipal ou equivalente, far-se-á convocação do suplente pelo Presidente da Câmara.

PARÁGRAFO 1º - O suplente convocado deverá tomar posse dentro do prazo de quinze dias, salvo motivo justificado e aceito pela Câmara, sob pena de ser considerado renunciante.

PARÁGRAFO 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente da Câmara comunicará o fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.

PARÁGRAFO 3º - Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcular-se-á o quorum em função dos Vereadores remanescentes.

TÍTULO IV

DOS PROCESSOS LEGISLATIVOS CAPÍTULO I

DISPOSIÇÃO GERAL

ART. 43 - O processo Legislativo Municipal compreende a elaboração de : I - emendas a Lei Orgânica Municipal;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.

Art. 43. O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - decretos legislativos;

V - resoluções.

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Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

* Alteração dada pela Emenda à Lei Orgânica n.º 01, de 17 de Outubro de 2016.

CAPÍTULO II

DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL ART. 44 - A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito Municipal;

III - de iniciativa popular.

PARÁGRAFO 1º - A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal será discutida em dois turnos de discussão e votação, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos membros da Câmara.

PARÁGRAFO 2º - A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com o respectivo número de ordem.

CAPÍTULO III DAS LEIS

ART. 45 - A iniciativa das Leis Complementares e Ordinárias cabe a qualquer Vereador ou Comissão da Câmara, ao Prefeito Municipal e aos cidadãos na forma e NOS CASOS previstos nesta Lei Orgânica.

ART. 46 - Compete privativamente ao Prefeito Municipal à iniciativa das leis que dispõe sobre:

I - regime jurídico dos servidores;

II - criação de cargos, empregos ou funções na Administração direta e autárquica do Município, ou aumento de sua remuneração;

III - orçamento anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual;

IV - criação ,estruturação e atribuições dos órgãos da Administração Direta do Município.

ART. 47 - A iniciativa popular será exercida pela apresentação a Câmara Municipal, de Projeto de Lei subscrito, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores inscritos no Município, da cidade ou de bairros.

PARÁGRAFO 1º - A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se para seu recebimento pela Câmara, a identificação dos assinantes, mediante indicação do número do respectivo título eleitoral bem como a certidão expedida pelo órgão eleitoral do número de eleitores do bairro, cidade ou Município.

PARÁGRAFO 2º - A tramitação de projetos de lei de iniciativa popular obedecerá as normas relativas ao processo legislativo.

PARÁGRAFO 3º - Caberá ao Regimento Interno da Câmara assegurar e dispor sobre o modo pelo qual os projetos de iniciativa popular serão defendidos na Tribuna da Câmara.

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ART. 48 - São objetos de Leis Complementares as seguintes matérias:

I - Código Tributário Municipal;

II - Código de Obras e Edificação;

III - Código de Posturas;

IV - Código de Zoneamento;

V - Código de Parcelamento do Solo;

VI - Plano Diretor;

VII - Regime Jurídico dos Servidores.

PARÁGRAFO ÚNICO - As leis complementares exigem para sua aprovação o voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara.

ART. 49 - As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito Municipal.

PARÁGRAFO 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência privativa da Câmara Municipal e a legislação sobre os planos plurianuais, orçamentos e diretrizes orçamentárias;

PARÁGRAFO 2º - A delegação ao Prefeito Municipal terá a forma de decreto legislativo da Câmara Municipal que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.

PARÁGRAFO 3º - O decreto legislativo determina a apreciação da lei delegada pela Câmara , esta o fará em votação única, vedada qualquer emenda.

ART. 50 - O prefeito Municipal, em caso de calamidade, poderá adotar a pedida provisória, com força da lei, para abertura de crédito extraordinário, devendo submetê-la de imediato à Câmara Municipal, que, estando em recesso será convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de 05 (cinco) dias.

PARÁGRAFO ÚNICO - A medida provisória perderá a eficácia desde a edição , se não for convertida em Lei no prazo de 30 (trinta) dias, a partir de sua publicação, devendo a Câmara Municipal disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.

ART. 51 - Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa popular, nos de iniciativa exclusiva da Câmara Municipal ou do Prefeito Municipal, ressalvadas, neste caso, os projetos de leis orçamentárias.

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto nesta Lei Orgânica;

ART. 52 - O Prefeito Municipal poderá solicitar urgência para apreciação de Projetos de sua iniciativa, considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 30 (trinta) dias.

PARÁGRAFO 1º - Decorrido, sem deliberação, o prazo fixado no caput do artigo, que ultime sua votação, sobrestando-se a deliberação sobre qualquer outra matéria, exceto medida provisória, veto e leis orçamentárias.

PARÁGRAFO 2º - O prazo referido neste artigo não corre no período de recesso da Câmara e nem se aplica aos projetos de codificação.

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ART. 53 - O projeto de Lei aprovado pela Câmara será, no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado pelo seu Presidente ao Prefeito Municipal, que, concordando, o sancionará no prazo de 15 (quinze) dias úteis.

Art. 53. A Câmara Municipal enviará o projeto de lei ao Prefeito Municipal, que, aquiescendo, o sancionará.

PARÁGRAFO 1º - Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, o silêncio do Prefeito Municipal, importará em sanção.

§ 1º. Se o Prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.

PARÁGRAFO 2º - Se o Prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou em parte inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente no prazo de 15 (quinze) dias, úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de 48 (quarenta e oito horas), ao Presidente da Câmara, os motivos do veto.

§ 2º. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

PARÁGRAFO 3º - O veto parcial abrangerá texto integral, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 3º. Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito Municipal importará sanção.

PARÁGRAFO 4º - o veto será apreciado no prazo de 15 (quinze) dias, contados de seu recebimento, com parecer, ou sem ele, em única discussão e votação.

§ 4º. O veto será apreciado em sessão plenária, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

PARÁGRAFO 5º - Esgotado sem deliberação o prazo previsto no parágrafo 4º deste artigo, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até sua votação final exceto medida provisória.

§ 5º. Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Prefeito Municipal.

PARÁGRAFO 6º - Se o veto foi rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito Municipal em 48 (quarenta e oito) horas, para a promulgação.

§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

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PARÁGRAFO 7º - Se o Prefeito Municipal não promulgar a lei nos prazos previstos, e ainda no caso de sanção tácita, o presidente da Câmara promulgará e, se este não o fizer no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, caberá ao Vice-Presidente obrigatoriamente fazê-lo.

§ 7º. Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal, nos casos dos

§§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este, não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice- Presidente da Câmara fazê-lo.

PARÁGRAFO 8º - A manutenção do veto não restaura a matéria suprimida ou modificada pela Câmara.

ART. 54 - A matéria constante de Projetos de Lei rejeitados, somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.

ART. 55 - A resolução destina-se a regular matéria político-administrativo da Câmara de sua competência exclusiva, não dependendo da sanção ou veto do Prefeito Municipal.

ART. 56 - O Decreto legislativo, destina-se a regular matéria de competência exclusiva da Câmara que produza efeitos externos, não dependendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal.

ART. 57 - O processo Legislativo das Resoluções e dos Decretos Legislativos, se dará conforme determinado no Regimento Interno da Câmara, observado no que couber, o disposto nesta Lei orgânica.

DA TRIBUNA LIVRE

ART. 58 - Nas reuniões ordinárias da Câmara Municipal, será destinado um período para tribuna livre, poderão participar entidades ou pessoas físicas, desde que previamente inscritas em dias pré estipulados.

PARÁGRAFO ÚNICO - O regimento interno da Câmara estabelecerá as condições e requisitos para o uso da palavra pelos cidadãos.

TÍTULO VI

DO PODER EXECUTIVO CAPÍTULO I

DO PREFEITO MUNICIPAL

ART. 59 - O poder executivo é exercido pelo prefeito, com funções políticas, executivas e administrativas.

ART. 60 - O prefeito e o vice-prefeito serão eleitos simultaneamente, por eleição direta, em sufrágio universal e secreto.

ART. 61 - O prefeito e o vice-prefeito tomarão posse no dia 1º de janeiro do ano subsequente a eleição em sessão solene da Câmara Municipal ou, se esta não tiver reunida, perante a autoridade judiciária competente, ocasião em que prestarão o seguinte compromisso:

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Art. 61. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1° de janeiro do ano subsequente à eleição em sessão solene na Câmara Municipal, ocasião em que prestarão o compromisso previsto no regimento interno

“Prometo cumprir a constituição federal, a constituição estadual e a lei orgânica municipal, observar as leis, promover o bem geral dos munícipes, exercer o cargo sob a inspiração da democracia, da legitimidade, e da legalidade”.

PARÁGRAFO 1º - Se até o dia 10 (dez) de janeiro o prefeito e o vice-prefeito salvo motivo de força maior e devidamente comprovado e aceito pela Câmara Municipal, não tiver assumido o cargo, este se fará declarado vago.

PARÁGRAFO 2º - Enquanto não ocorrer a posse do prefeito, assumirá o cargo o vice-prefeito, e , na falta ou impedimento deste, o presidente da Câmara Municipal.

PARÁGRAFO 3º - No ato da posse, ao término do mandato, o prefeito e o vice-prefeito farão declarações pública de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio e divulgadas para o conhecimento público.

§3º. Anualmente, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração pública de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, resumida em ata e divulgada para o conhecimento público.

PARÁGRAFO 4º - O vice -prefeito além das atribuições que lhe confere a legislação, auxiliará o prefeito sempre que por ele convocada para missões especiais, o substituirá nos períodos de licença e o sucederá no caso de vacância de cargo.

ART. 62 - Em caso de impedimento do prefeito e do vice-prefeito, ou vacância dos respectivos cargos, será chamado ao exercício do cargo de prefeito o presidente da Câmara Municipal.

PARÁGRAFO ÚNICO - A recusa do presidente da Câmara em assumir a prefeitura, implicará em perda do mandato do cargo que ocupa na mesa diretora.

CAPÍTULO II DAS PROIBIÇÕES

ART. 63 - O prefeito e o vice-prefeito não poderão, desde a posse sob pena de perda de mandato:

I - firmar ou manter contrato com o município ou com suas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações ou empresas concessionárias de serviços públicos municipal, salvo quando o contrato obedecer à cláusulas uniformes;

II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado do Governo Estadual e Federal, inclusive os de que seja demissíveis ad nutum da Administração Pública Direta ou Indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público, aplicando-se nesta hipótese o disposto no artigo 38 da Constituição Federal.

III - ser titular de mais de um mandato eletivo;

IV - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades mencionadas no inciso I DESTE ARTIGO;

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V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato celebrado com o Município ou nela exercer função remunerada.

CAPÍTULO III DAS LICENÇAS

ART. 64 - O Prefeito não poderá ausentar-se do Município sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda de mandato, por tempo superior ao previsto nesta Lei Orgânica.

ART. 65 - O Prefeito poderá licenciar-se quando impossibilitado de exercer cargo, por motivo de doença devidamente comprovada.

PARÁGRAFO ÚNICO - No caso deste artigo e de ausência em missão oficial, o Prefeito licenciado fará juz a sua remuneração integral.

ART. 66 - Compete privativamente ao Prefeito:

I - representar o Município em juízo ou fora dele;

II - exercer a função superior da Administração Pública Municipal;

III - iniciar o Processo Legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis aprovadas pela Câmara e expedir Decretos, regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei total ou parcialmente;

VI - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual do Município;

VI – enviar à Câmara Municipal as propostas orçamentárias, nos prazos previstos em lei;

VII - editar medidas provisórias, na forma desta Lei Orgânica;

VIII - dispor sobre a organização e o funcionamento da Administração Municipal na forma da lei;

IX - remeter mensagens e plano de governo à Câmara Municipal por ocasião de abertura de sessão legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar necessárias;

X - prestar anualmente a Câmara Municipal, dentro do prazo legal, as contas do Município referentes ao exercício anterior;

X – encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, no prazo legal, as contas do Município;

XI - prover e extinguir os cargos, os empregos e as funções públicas municipais, na forma da lei;

XII - decretar, nos termos legais, desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social;

XIII - celebrar convênios com entidades públicas ou privadas para a realização de objetivos de interesse do Município;

XIV - prestar à Câmara no prazo de 20 (vinte) dias as informações solicitadas, podendo ser prorrogado, a pedido, pela complexidade da matéria e pela dificuldade de obtenção dos dados solicitados;

XIV – prestar, no prazo de trinta dias, a informações solicitadas pelo Poder Legislativo no exercício das suas funções institucionais;

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XV -publicar, mensalmente, no quadro de avisos de acesso ao público, na Prefeitura e na Câmara Municipal, a relação de todas as compras feitas pela Administração Direta ou Indireta de maneira a clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade, o nome do vendedor e o valor da operação, podendo ser aglutinadas por itens às compras feitas com dispensa e inelegibilidade de licitação;

XVI - entregar à Câmara Municipal, no prazo legal, os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias;

XVI - colocar à disposição da Câmara Municipal, na forma da Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, e do artigo 29-A da Constituição Federal, os recursos correspondentes às dotações orçamentárias que lhes são próprias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, até o dia vinte de cada mês;

XVII - solicitar o auxílio de forças policiais para garantir o cumprimento de seus atos;

XVIII - decretar calamidade pública quando ocorrer fatos que a justifiquem;

XIX - convocar extraordinariamente à Câmara;

XIX – convocar extraordinariamente a Câmara Municipal, durante o período de recesso parlamentar;

XX - fixar as tarifas dos serviços públicos concedidos e permitidos, bem como daqueles explorados pelo próprio Município, conforme critérios estabelecidos na legislação municipal;

XXI - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e a aplicação da receita, autorizando as despesas e os pagamentos, dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos créditos autorizados pela Câmara;

XXII - aplicar as multas previstas na legislação e nos contratos ou convênios, bem como relevá-las quando for o caso;

XXIII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e membros da comunidade;

XXIV - resolver os requerimentos, as reclamações ou as representações que lhe forem dirigidos;

PARÁGRAFO 1º - O prefeito Municipal poderá delegar as atribuições previstas nos incisos XII, XXI, XXII e XXIV deste artigo.

PARÁGRAFO 2º - O prefeito Municipal poderá a qualquer momento, segundo o seu único critério, avocar a si a competência delegada.

PARÁGRAFO 3º - Fica o Poder Executivo Municipal obrigado a enviar à Câmara Municipal, no mês de março de cada ano, uma única vez, a relação dos funcionários de cada Secretaria.

CAPÍTULO VI

DA TRANSIÇÃO ADMINISTRATIVA

ART. 67 - Até 30 (trinta) dias antes da posse, o prefeito Municipal deverá preparar para entrega ao sucessor e para publicação imediata, relatório da situação da Administração Municipal.

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CAPÍTULO VI

DOS AUXILIARES DO PREFEITO MUNICIPAL

ART. 68 - O prefeito Municipal, por intermédio de ato administrativo, estabelecerá as atribuições dos seus auxiliares diretos, definindo-lhes competências, deveres e responsabilidades.

ART. 69 - Os auxiliares diretos do prefeito são solidariamente responsáveis junto com este, pelos atos que assinarem ou praticarem.

CAPÍTULO VII

DA CONSULTA POPULAR

ART. 70 - O prefeito Municipal poderá realizar consultas populares para decidir sobre assuntos de interesse específico do Município, de bairro ou de distrito, cujas medidas deverão ser tomadas diretamente pela Administração Municipal.

ART. 71 - A consulta popular será realizada sempre que pelo menos 10% (dez por cento) do eleitorado apresentarem proposição neste sentido.

ART. 72 - A votação será organizada pelo Poder Executivo no prazo de dois meses após a apresentação da proposição , adotando-se cédula oficial que conterá as palavras SIM e NÃO, indicando respectivamente, aprovação ou rejeição da preposição.

PARÁGRAFO 1º - A preposição será considerada aprovada se o resultado lhe tiver sido favorável pelo voto da maioria dos eleitores que comparecerem às urnas, em manifestação a que se tenham apresentado pelo menos 50% da totalidade dos eleitores envolvidos.

PARÁGRAFO 2º - Serão realizadas n máximo, duas consultas por ano.

PARÁGRAFO 3º - É vedada a realização de consulta popular nos quatro meses que antecedem as eleições para qualquer nível de governo.

ART. 73 - O prefeito municipal proclamará o resultado da consulta popular, que será considerada como decisão sobre a questão proposta, devendo o Governo Municipal, quando couber, adotar as providências legais para sua consecução.

CAPÍTULO VIII

DOS CONSELHOS POPULARES

ART. 74 - Os conselhos populares são órgãos governamentais, que tem por finalidade auxiliar a Administração na orientação, planejamento, interpretação e julgamento da matéria de sua competência.

PARÁGRAFO 1º - A lei especificará as atribuições de cada conselho, sua organização, composição, funcionamento, forma de nomeação de titular e suplente e prazo de duração de mandato.

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PARÁGRAFO 2º - Os conselhos populares são compostos por um número ímpar de membros, observado, quando for o caso, a representatividade da administração das entidades públicas, classistas e da sociedade civil organizada.

TÍTULO VII

DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

ART. 75 - A administração pública, direta, indireta ou funcional do Município, obedecerá ao disposto no capítulo VII do Título III da Constituição Federal e nesta Lei Orgânica.

Art. 75. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do artigo 39 da Constituição Federal somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do Município, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o limite estabelecido no inciso XI do artigo 37 da Constituição Federal;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;

Referências

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