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Noções de ortografia e problemas gerais de norma culta

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Academic year: 2022

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Noções de ortografia e problemas gerais de norma culta

Objetivo

Revisar algumas noções de ortografia e de norma culta a fim de sanar dúvidas para garantir uma escrita impecável.

Se liga

Você precisa saber as classes de palavras e as funções sintáticas!

Curiosidade

O novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa foi feito com o objetivo de unificar a grafia de países que tem como língua oficial a língua portuguesa, como Brasil, Portugal e Moçambique. Entrou em vigor em 1º de janeiro de 2006.

Teoria

Existem diferentes normas que devem ser utilizadas em diferentes contextos na língua portuguesa. No dia a dia, na oralidade, os falantes não respeitam todas as regras da gramática normativa e isso é aceitável. No entanto, em provas de vestibulares, redações, entrevistas de emprego e etc., é importante que a norma culta seja respeita. Como utilizamos, na maior parte do tempo, a norma coloquial, alguns desvios passam despercebidos e merecem atenção. Dessa forma, veremos alguns dos mais importantes a seguir:

Pronome pessoal x Pronome oblíquo

Os pronomes pessoais atuam apenas como sujeito da oração e não aparecem após preposição.

Veja alguns erros corriqueiros:

• Eu amo ele. (O certo seria “eu o amo”)

• Isso é entre eu e ele. (O certo seria “entre mim e ele”)

Uso da palavra “acerca”

Acerca de = sobre (Ex.: Não sabe nada acerca do assunto.)

A cerca de = distância aproximada (Ex.: O shopping fica a cerca de 5 km da cidade.) Há cerca de = tempo decorrido (Ex.: Há cerca de 10 anos.)

A cerca = substantivo (E x.: Ele pulou a cerca da fazenda.)

(2)

Uso dos “porquês”

Por que = por que razão (Ex.: Não sei por que João foi embora.) Por quê = pergunta no final da frase (Ex.: João foi embora, por quê?) Porque = explicação; causa (Ex.: João foi embora, porque estava doente.) Porquê = substantivo (Ex.: Não sei o porquê de o João ter ido embora.)

Se não ou senão

Senão = caso contrário, exceto (Ex.: “Levanta a cabeça princesa, senão a coroa cai.”) Se não = caso não (Ex.: Se não se dedicar, não passará)

Mas e mais

Mas = porém (Ex.: Comeu pouco, mas não ficou com fome.) Mais = soma ou intensidade (Ex.: Deveria ter comido mais.)

A ver e haver

A ver = comparação (Ex.: Isso não tem nada a ver com a minha situação.) Haver = verbo (ter; existir) (Ex.: Vai haver festa no fim do ano?)

Onde e Aonde

Onde = sinônimo de “em que”. Indica lugar estático. (Ex.:Diga-me onde você mora.)

Aonde = Usado com verbos que dão a ideia de movimento (usado com outro termo que reja a preposição “A”).

(Ex.: Vou aonde você for.)

A gente e agente

A gente = pronome (nós) (Ex.: A gente vai sair amanhã?) Agente = agente secreto

Verbo haver e fazer

Verbo haver no sentido de existir é impessoal, ou seja, está sempre na 3ª pessoa do singular. (Há 10 pessoas na fila).

Observação: Numa locução verbal em que “haver” seja verbo principal, o verbo auxiliar também permanece na 3ª pessoa do singular. (Vai haver palestras sobre o assunto).

Verbo fazer no sentido de tempo decorrido é impessoal. (Faz 84 anos que não a vejo).

“SE” (indeterminador de sujeito) x “SE” (partícula apassivadora)

A partícula “SE” só funciona como índice de indeterminação do sujeito quando vem acompanhada de verbo intransitivo (VI), verbo transitivo indireto (VTI), verbo de ligação (VL) ou verbo transitivo direto com objeto preposicionado. É importante que saibamos disso, pois, frequentemente, o “se” indeterminador de sujeito pode ser confundido com a partícula “se” apassivadora, responsável por indicar que a oração está na voz passiva sintética. Quando o “se” é partícula apassivadora, acompanha verbos transitivos diretos (VTD).

(3)

Vejamos exemplos:

• Necessita-se de ajuda para a festa de Natal. (VTI – sujeito indeterminado)

• Frequentemente, se é irresponsável na juventude. (VL – sujeito indeterminado)

• Vive-se muito bem aqui. (VI – sujeito indeterminado)

• Adora-se a Deus. (VTD com objeto preposicionado – sujeito indeterminado)

• Aluga-se carros. (VTD – voz passiva sintética)

Uma dica interessante é tentar transformar a oração na voz passiva analítica. Quando a partícula “se” é indeterminadora de sujeito, isso não é possível.

Exemplo: Ajuda é necessitada para a festa de natal. / Carros são alugados.

IMPORTANTE!

Compreender essa diferenciação é importante principalmente por conta da concordância verbal em casos nos quais a partícula “SE” aparece. Veja:

Partícula apassivadora

Dentro da concordância verbal, o uso da palavra “se” é encontrado como partícula apassivadora, ou seja, faz

com que o objeto direto da frase assuma a função de sujeito numa oração na voz passiva, em que o sujeito

sofre a ação verbal. Assim, a concordância verbal deve ser feita sempre com o sujeito paciente, ou quem recebe a ação.

Exemplo: Venderam-se livros.

Vende-se carro.

Partícula de indeterminação do sujeito

O uso do pronome “se” como indeterminador do sujeito exige que o verbo se mantenha na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: Precisa-se de trabalhadores. (Alguém/Algo precisa de trabalhadores)

Alguns casos de regência:

• Verbo “assistir” – Transitivo direto = dar assistência (O enfermeiro assistiu o médico durante a operação). Transitivo indireto = ver; presenciar (Assisti ao filme novo do Tarantino)

• Verbo “aspirar” – Transitivo direto = sugar (O aparelho aspirou o pó). Transitivo indireto = almejar (Ele aspira a um cargo melhor)

• Verbo “visar” – Transitivo direto = mirar (O caçador visou o alvo). Transitivo indireto = objetivar (Eu viso ao sucesso)

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Preposição diante de sujeito em orações infinitivas

Analise a frase a seguir:

Apesar do aluno ter chegado atrasado, conseguiu fazer a prova.

Essa construção é bastante comum e, por isso, pode, até mesmo, parece correta. No entanto, não é recomendado fazer a contração da preposição “de” com os artigos (“o”/”os”; “a”/”as”) ou com os pronomes

“ele”, “este” e “aquele” (assim como suas variações) quando estiverem representando ou acompanhando sujeito de oração infinitiva, pois a gramática define que o elemento regido pela preposição é o verbo e não o sujeito. Dessa forma, a maneira correta seria:

Apesar de o aluno ter chegado atrasado, conseguiu fazer a prova.

Não somente para as questões de português, como também é imprescindível construir as palavras de modo coeso e coerente para a redação do vestibular. Dessa maneira, é importante realizar e sistematizar as divergências existentes entre a norma culta e a linguagem cotidiana. Abaixo, alguns exercícios e exemplificações de como essa temática pode ser cobrada na prova.

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Exercícios de fixação

1.

Assinale a alternativa correta em relação ao bom uso de onde e aonde:

a) Onde você foi?

b) Eu moro aonde tem aquela loja azul e branca.

c) Onde você vai?

d) Aqueles garotos não sabem onde fica a nova loja.

e) Vivemos em uma sociedade aonde as relações estão cada vez mais frágeis.

2.

Assinale a alternativa correta:

a) Mais ele nem disse nada disso para ela.

b) Eu, ela e meu avô fomos mas astutos.

c) Isso ficou mais claro depois que você me explicou.

d) O Estado deveria ser responsabilizado, mais não foi o que aconteceu.

e) Aquele filme é mas legal que o de ontem.

3.

Assinale a alternativa em que o uso de mal e mau está de acordo com a norma culta de nossa língua.

a) Mau chegou a dizer que estava tudo bem.

b) Aquela clientela é muito mal-agradecida.

c) O mau humor daquele instrutor estava além do normal.

d) A mesa tinha ficado mau arrumada ontem

4.

- Marcela e Júlia são _____ estudiosas.

- Está fazendo zero ____.

- Talvez ela não _____ tão má.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas das orações acima é:

a) menas – grau - seje b) menas – grau – seja c) menos – graus – seja d) menos – graus – seja e) menos – grau – seja

5.

Em relação ao uso adequado do pronome pessoal “mim”, assinale a alternativa correta:

a) Queria aquele caderno para mim fazer meus desenhos.

b) Para mim estudar, preciso de mais silêncio.

c) Ela pode levar a bolsa para mim?

d) Faltam 2 meses para mim tirar férias.

e) Preciso de um tempo para mim pensar.

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Exercícios de Vestibulares

1.

Assinale a opção correta em relação à norma culta:

a) Os cidadãos visão a harmonia social.

b) Ficaram incrédulos pelo fato dele fazer mal aos animais.

c) Fazem-se necessárias medidas que busquem melhorar a situação.

d) Haviam 30 pessoas na sala de reunião.

e) A muito tempo não se encontravam.

2.

A frase em que há DESVIOS de ortografia, de acordo com a norma culta, é:

a) O assessor de imprensa não queria faltar com a discrição, motivo pelo qual não citou nominalmente os queixosos.

b) Não há jeito de pormos em uso essas folhas de papel almaço, porque elas são tão finas que se pode ver facilmente através delas.

c) Nem sempre o lazer a que se dedicam é o mais adequado para seus problemas, por isso existe a preocupação dos médicos em orientá-los cuidadosamente.

d) Acostumados a debater tudo com o corpo docente, os administradores da escola puseram em discussão também o problema do número de vagas.

e) A afirmação de que nossa ajuda não foi expontânea põe em dúvida a decência e a honradês de quem falou.

3.

Em todos os itens o pronome SE é apassivador, EXCETO:

a) Sabe-se que ele é honesto.

b) Organizou-se, ontem, esta prova.

c) Não se deverá realizar mais a festa.

d) Nada mais se via.

e) Assistiu-se à cerimônia inteira.

4.

Indique a alternativa correta:

a) Preferia brincar do que trabalhar.

b) Preferia mais brincar a trabalhar.

c) Preferia brincar a trabalhar.

d) Preferia brincar à trabalhar.

e) Preferia mais brincar que trabalhar.

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5.

Assinale a alternativa incorreta, segundo a norma gramatical:

a) Os Estados Unidos, em 1941, declararam guerra à Alemanha.

b) Aqueles casais parecia viverem felizes.

c) Cancelamos o passeio, por conta do mau tempo.

d) Mais de um dos candidatos se cumprimentaram.

e) Não tínhamos visto as crianças que faziam oito anos.

6.

– Já ... anos, ... neste local árvores e flores. Hoje, só ... ervas daninhas.

a) fazem/havia/existe b) fazem/havia/existe c) fazem/haviam/existem d) faz/havia/existem e) faz/havia/existe

7.

Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços a seguir:

"A ___ de uma guerra nuclear provoca uma grande ___ na humanidade e a deixa ___ quanto ao futuro."

a) espectativa – tensão – exitante b) espectativa – tenção – hesitante c) expectativa – tensão – hesitante d) expectativa – tensão – excitante e) espectativa – tensão – exitante

8.

Nos enunciados abaixo, há uma palavra inadequada ao contexto, EXCETO:

a) estimulam o uso do automóvel e aumentam a dependência dele, criando um círculo vicioso.

b) A superpopulação urbana não é causada apenas pelo cúmulo de gente, mas também pelo baixo desenvolvimento econômico.

c) Superpopulação não tem haver, necessariamente, com a concentração de pessoas.

d) Mumbai (antiga Bombaim) começou a trair gente para trabalhar em seu porto no século 17.

e) antigos casarões estão dando lugar a edifícios com até 100 apartamentos. Onde antes moravam 5 pessoas, hoje, se exprimem 500.

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9.

Empregue corretamente os vocábulos “mas” e “mais”:

I. Ele saiu cedo de casa, _____ o congestionamento o atrasou.

II. Sem _____ nem menos, decidiu viajar para a Europa.

III. Maria era a aluna _____ inteligente de sua turma.

IV. Eles estavam felizes, _____ a chuva atrapalhou a cerimônia de casamento ao ar livre.

a) mais–mas–mas–mais b) mais–mais–mais–mas c) mas–mais–mais–mas d) mas–mas–mas–mais

10.

A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à ampliação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali. Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?

(CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do presente para o passado.

In: Cadernos de Letras da UFF, n. 36, 2008. Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).) Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que

a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica.

b) os estudos clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua.

c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma.

d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos.

e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

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Gabaritos

Exercícios de fixação

1. D

“Onde” é utilizado para fazer referência a lugar fixo. Já “aonde” é utilizado para expressar a ideia de destino ou movimento.

2. C

“Mais” é uma palavra utilizada, na maioria das vezes, como advérbio de intensidade e, nesse caso, transmite a ideia de maior quantidade; “Mas” é conjunção adversativa e estabelece relação de oposição.

3. C

“Mal”, advérbio, é antônimo de “bem” e é utilizado para indicar algo que foi feito de forma inadequada. Já

“mau” é adjetivo e antônimo de “bom”, utilizado para indicar alguém ruim, que faz maldade ou algo de má qualidade.

4. E

As palavras “menas” e “seje” não existem na língua portuguesa; dessa forma, os termos adequados são

“menos” e “seja”. “Grau” deve concordar com o termo ao qual faz referência, isto é, “zero”, que está no singular.

5. C

Nesse caso, “mim” está como complemento, exercendo a função de objeto indireto, além de ser antecedido pela preposição “para”

Exercícios de vestibulares

1. C

Na letra a, há dois erros: a grafia do verbo “visar” (o certo seria “visam”, pois indica o presente do indicativo) e a falta da preposição e, consequentemente, da crase (“visam à harmonia social).

Na letra b, o correto seria “de ele fazer mal aos animais”.

A letra c está correta.

Na letra d, o certo é “havia 30 pessoas”, pois o verbo haver, com sentido de existir, é impessoal.

Na letra e, o correto seria empregar o verbo haver: “há muito tempo não se viam”.

2. E

O correto seria “espontâneo” e “honradez”, de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa.

3. E

A alternativa “e” compreende a partícula apassivadora por ser, também, o sujeito da ação.

4. C

O certo é preferir uma coisa à outra. Além disso, o verbo “trabalhar” não admite crase.

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5. B

Aqueles casais parecia viverem felizes. A forma correta, quanto à concordância é “aqueles casais pareciam viver felizes”.

6. D

O verbo fazer e haver, quando em termos temporais, não são flexionados de acordo com a pessoa.

7. C

O correto é “expectativa”, “tensão” e “hesitante”. Ainda que a palavra “excitante” esteja corretamente escrita, ela não se encaixa no contexto.

8. A

O termo correto, de acordo com a norma culta, que possui a função de desenvolver o sentido de um ambiente vicioso em constante, é “ciclo”. Desse modo, faz-se necessário reajustar as palavras, de modo a empregá-las da maneira correta.

9. C

I. Conjunção adversativa;

II. Contrário de “menos”;

III. Advérbio de intensidade;

IV. Conjunção adversativa 10. E

Pode ser compreendido o ponto de vista da autora quando é afirmada a fala de que certos comportamentos linguísticos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística.

Referências

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