Controle da atividade financeira do Estado
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Sistemas de controle financeiro e orçamentário
• Controle interno
• Controle externo
• Sistêmico (“Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...) apoiar o controle externo no exercício de sua missão
institucional.” – CF 88).
Controle interno e controle externo
“Esses sistemas, tanto o externo como o interno, exercitam suas funções de forma integrada,
devendo o controle interno dar apoio às ações de controle externo. Daí que, a despeito da aparente dispersão de linhas de ação, na verdade, exercem ambos os sistemas funções convergentes,
porque, no âmbito da competência de cada um, exercitam o controle dos recursos públicos, quer através de fiscalização, nas prestações de contas, quer através de auditorias e outros meios hábeis e legais para se verificarem a legalidade e a
regularidade do emprego do dinheiro público.”
(Sampaio apud Bastos e Martins, 2000)
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CF 88 – Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle
externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
CF 88 – Controle
Art. 70 - Parágrafo único. Prestará contas
qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
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CF 88 – Controle externo
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União (...)
Art. 74 – Constituição Federal
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
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CF 88 – Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art.
166, §1º (comissão mista de senadores e deputados),
diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de
subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal
pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
CF 88 – DOS ORÇAMENTOS
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo
Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do
Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
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CF 88 – DOS ORÇAMENTOS
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.
CF 88 – DOS ORÇAMENTOS
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
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Lei 4.320 de 1.964
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
Aprendendo com as bancas
Acerca das normas constitucionais para os sistemas de controle interno e externo,
a aplicação das subvenções e as renúncias de receitas estão entre os atos sujeitos à
fiscalização do controle externo.
(CESPE, 2009)
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Aprendendo com as bancas
O controle que o Poder Legislativo exerce
sobre a administração pública envolve tanto aspectos de natureza política quanto de
natureza financeira.
(CESPE, 2012)
Aprendendo com as bancas
O conteúdo dos controles sobre despesas
públicas concentra-se em torno dos princípios da legalidade, da legitimidade e da
economicidade, inclusive quanto à aplicação das subvenções e renúncia de receitas.
(PUC PR, 2015)
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Aprendendo com as bancas
O controle da economicidade implica
eficiência na gestão financeira e na execução orçamentária, consubstanciada na relação
custo-benefício em contraponto à discricionariedade administrativa.
(CESPE, 2013)
Aprendendo com as bancas
O TCU, quando busca promover o
aperfeiçoamento da gestão pública por meio do exame da economicidade, eficiência,
eficácia e efetividade de organizações,
programas e atividades governamentais, atua, quanto ao controle da atividade financeira do Estado, na fiscalização operacional.
(CESPE, 2018, TCE-PB)
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Aprendendo com as bancas
Acerca do controle da atividade financeira do
Estado e do controle exercido pelos tribunais de contas, julgue o próximo item.
Cabe ao Poder Legislativo o controle da execução orçamentária com fins de verificar a probidade da administração pública e o legal emprego dos
dinheiros públicos.
(CESPE, 2018, CGM – JP, PB)
Aprendendo com as bancas
O Orçamento Público é um mecanismo de planejamento da Administração Pública para
captar e alocar recursos públicos, bem como de controle da atividade financeira do Estado por parte do Poder Legislativo.
(FADESP, 2013)
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Aprendendo com as bancas
Mecanismo de controle da atividade financeira do Estado, a verificação bimestral da capacidade de cumprimento das metas de resultado contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em face do
comportamento da receita, pode levar os
Poderes e o Ministério Público a promoverem
contingenciamento das dotações orçamentárias e retenção dos recursos financeiros.
(CESPE, 2016, TCE PA)
Aprendendo com as bancas
Inclui-se nas competências estabelecidas
constitucionalmente para os sistemas de controle interno e externo da Administração pública,
a avaliação, pelo sistema de controle interno, do cumprimento das metas previstas no Plano
Plurianual, bem como da execução dos programas de governo.
(FCC, 2014)
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Aprendendo com as bancas
O controle que o Poder Legislativo exerce
sobre a administração pública envolve tanto aspectos de natureza política quanto de
natureza financeira.
(CESPE, 2012)
Aprendendo com as bancas
Em relação a controle jurisdicional e atividade
financeira do Estado, julgue o item que se segue.
A adoção do sistema uno de jurisdição no direito brasileiro permite a apreciação, pelo Poder
Judiciário, de lesão ou ameaça de lesão a direitos individuais e coletivos, em qualquer caso, o que inclui a revisão das decisões dos tribunais e
conselhos de contas.
(CESPE, 2016, TCE PA)
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Dos Municípios – CF 88
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o
auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei. (CONTROLE EXTERNO POPULAR)
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
Bibliografia e Referências Bibliográficas
• BASTOS Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra da Silva.
Comentários à Constituição do Brasil. 2ª ed. atualiz. São Paulo: Saraiva, 2000.
• BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF, 1988.
• BRASIL. Lei 4.320/1964.
• DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo.
13ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2001.
• GASPARINI, D. Direito administrativo. 8ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2003.
• MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro.
30ª ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
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