RELATÓRIO DE ACTIVIDADE DO FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO
MULTI-GESTÃO MERCADOS EMERGENTES – FUNDO DE FUNDOS 31.12.2010
1. Breve caracterização macro-económica
Enquadramento Macroeconómico
A conjuntura macroeconómica no ano de 2010 ficou marcada pela recuperação económica global, iniciada na segunda metade de 2009, em paralelo com uma revitalização do comércio internacional, embora se tivessem evidenciado diferentes ritmos, mesmo entre as economias desenvolvidas (com os crescimentos robustos dos EUA e do Japão a contrastarem com os crescimentos anémicos na Europa).
No entanto, o recrudescimento da turbulência nos mercados financeiros, resultante da crise da dívida soberana em alguns países da Zona Euro, acabou por introduzir factores de incerteza
adicionais quanto à recuperação da economia mundial. Com efeito, assistiu-se a uma deterioração das condições nos mercados financeiros, com impacto nas condições de financiamento da economia; por outro lado, para fazer face à pressão dos mercados, diversos governos viram- se obrigados a adoptar uma política de consolidação orçamental, com efeitos ao nível da procura agregada.
Neste contexto, foi visível uma certa desaceleração do crescimento na maior parte das economias a partir do 2ºT2010 (e durante alguns meses), cujas consequências ao nível dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) daquele trimestre acabaram por não ser homogéneas, mesmo entre as economias desenvolvidas, quer devido aos efeitos de base não serem similares, quer devido ao facto do efeito de feedback
entre a economia real e os mercados financeiros ser mais rápido nos EUA, onde o financiamento via mercados de capitais é mais vigoroso, comparativamente à Zona Euro.
A crise da dívida soberana teve impactos na desvalorização do Euro, nomeadamente face ao Dólar, com consequências nos fluxos de comércio internacional. Perante os sinais de desaceleração e os riscos crescentes de reentrada em recessão da maior economia do Mundo, começou-se, a partir de meados do 3ºT2010, a desenhar um cenário, confirmado em Novembro, de novas medidas de quantitative easing (QE II), por parte da Reserva Federal (Fed), de molde a dar um novo fôlego à economia, procurando-se, nomeadamente, diminuir a taxa de desemprego, numa altura em que a inflação core estava em níveis historicamente muito baixos. Este acontecimento – ou melhor, as expectativas de que a Fed viesse a fazê-lo –, foi determinante para a melhoria das condições nos mercados financeiros, as quais viriam a ser de novo postas à prova, em Novembro, através do resgate da Irlanda por parte da UE e do FMI. Neste sentido, o 4ºT2010, terá sido marcado por uma aceleração do crescimento económico na Zona Euro e nos EUA. Por seu lado, as economias emergentes deram sinais muito positivos ao longo do ano, particularmente o Brasil, a China, a Índia e outras economias asiáticas, de tal modo que, mesmo apesar de sinais de abrandamento, os bancos centrais destes países viram-se forçados a apertar a política monetária, de molde a evitar um sobreaquecimento das suas economias.
Estados Unidos da América
Nos EUA, o PIB terá crescido 2,8%, em 2010, recuperando completamente da queda de 2,6% observada em 2009 e atingindo o nível máximo histórico. Depois de, em 2009, o consumo privado ter caído 1,2% (naquela que é a maior queda desde 1942 e a 2ª consecutiva), em 2010, num quadro de uma melhoria gradual da confiança dos consumidores, terá subido 1,8%, ou seja, abaixo do PIB e, especialmente, abaixo dos 3,5% que avançou, em média, durante o período de expansão 1992-2007, período no qual cresceu sistematicamente acima do PIB, suportado pela expansão do crédito.
Ainda nos EUA, no ano de 2010, foram criados 900 mil empregos, um ritmo lento, porquanto ainda faltam recuperar cerca de 7,8 milhões de postos de trabalho para se atingir o nível de emprego de Dezembro de 2007.
A situação no mercado de crédito terá iniciado uma inversão em meados de 2010, com o sistema bancário a aligeirar os critérios de concessão de crédito apertados, tendo os montantes vivos de crédito ao consumo, em meados do 2º semestre, começado a inverter a sua trajectória descendente, iniciada em Agosto de 2008.
-5.5 -4.5 -3.5 -2.5 -1.5 -0.5 0.5 1.5 2.5 3.5
1ºT08 2ºT08 3ºT08 4ºT08 1ºT09 2ºT09 3ºT09 4ºT09 1ºT10 2ºT10 3ºT10 4ºT10
(tvh, %)
Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
EUA Zona Euro Portugal
Fonte: Thomson Reuters.
2 Ao nível da evolução dos preços, a inflação homóloga de 2,7%, em Dezembro de 2009, caiu para 1,5%, um ano depois. Tal reflectiu um abrandamento do crescimento homólogo dos preços da energia, mas, também da generalidade das matérias- primas. Com efeito, no caso dos contratos de futuros do brent, o crescimento homólogo dos preços passou de 75%, em Dezembro de 2009, para 23%, em Dezembro de 2010, enquanto o crescimento do índice compósito da Reuters/Jefferies CRB (constituído por 19 matérias-primas) desacelerou, no mesmo período, de 25% para 16%. Além disso, observou-se, igualmente, uma desaceleração da própria inflação core ou subjacente (i.e, excluindo a alimentação e a energia), que passou, no mesmo período, de 1,8% para 0,8%, ficando, assim, ligeiramente acima dos 0.6% observados em Outubro, que correspondem ao valor mais baixo desde, pelo menos, 1958.
Estes dados revelam, assim, a ausência de pressões inflacionistas que não advenham da evolução dos preços das commodities, o que permitiu à Fed americana, como referido, enveredar por uma política monetária ainda mais expansionista, através das novas medidas de QE II. Refira-se que, apesar das pressões inflacionistas ao nível dos preços das commmodities, por ora, estas ainda não estão a ser passadas para os consumidores, embora a sua manutenção torne cada vez mais difícil aos empresários absorver as subidas nos custos, o que, a suceder, trará um desafio adicional para a Fed.
Zona Euro
Na Zona Euro, após a forte contracção do PIB observada em 2009 (-4,1%), assistiu-se a um ano de recuperação, que foi particularmente mais intensa na primeira metade do ano e desacelerou na segunda metade, tendo-se registado um crescimento médio de cerca de 1,7% no conjunto do ano (estimativa preliminar do Eurostat). Evidenciaram-se significativas divergências a nível geográfico, com a Alemanha a continuar a revelar-se como o grande motor do crescimento.
Reflectindo a forte quebra da actividade, sentida em 2009, e decorrente do desfasamento temporal tipicamente existente entre a evolução do PIB e do mercado laboral, a taxa de desemprego registou um agravamento, de 9,9%, em Dezembro de 2009, para 10,0%, em Dezembro de 2010, mas já em tendência descendente, depois de ter atingido 10,1%, em Outubro, o nível mais elevado desde Julho de 1998. De resto, foi-se denotando, ao longo de 2010, um abrandamento do ritmo de deterioração, com os indicadores prospectivos a sugerirem uma gradual recuperação do mercado laboral, esperando-se, assim, que a inversão de ciclo observada neste mercado na parte final do ano se venha a revelar sustentável, se bem que, também aqui, se devam observar divergências nos ritmos de recuperação.
Relativamente aos preços, a taxa de inflação homóloga registou uma considerável subida, de 0,9%, em Dezembro de 2009, para 2,2%, no final de 2010, mas com a componente core a apresentar um comportamento distinto, permanecendo em 1,1% e evidenciando, à semelhança dos EUA, uma ausência de pressões inflacionistas que não advenham, essencialmente, dos preços das commodities, embora, no caso da Zona Euro, estas pressões resultem, também, da depreciação do Euro e do aumento dos impostos indirectos, reflectindo as medidas de austeridade adoptadas por alguns Estados-Membros, na sequência da crise da dívida soberana. É também esta a opinião do Banco Central Europeu (BCE), que continua a considerar que as expectativas de inflação permanecem firmemente ancoradas ao seu objectivo de médio- prazo de 2%.
Portugal
Em Portugal, depois de uma contracção de 2.5%, em 2009, o PIB evidenciou, durante a primeira metade de 2010, um desempenho relativamente semelhante ao da média da Zona Euro, tendo mesmo crescido 1,1%, no 1ºT2010, desacelerando a partir daí e regressando a valores negativos no 4ºT2010 (-0.3%, segundo a estimativa preliminar do INE).
A economia terá sido beneficiada, no final do ano, por um novo efeito de antecipação nas aquisições de bens duradouros, atendendo ao forte agravamento da carga fiscal em Janeiro de 2011 – no âmbito das medidas de austeridade inscritas no Orçamento de Estado para 2011 –, mas que não terá sido suficiente para compensar os contributos negativos das exportações líquidas e do investimento, especialmente penalizado pela construção e, expectavelmente, pela variação de existências. Em todo o caso, em 2010, observou-se um crescimento médio anual da economia de 1.4% (mas não recuperando da queda do ano anterior).
Do lado do mercado laboral, assistiu-se a uma degradação da situação ao longo do ano. Com efeito, de acordo com o INE, a taxa de desemprego subiu de 10,1%, no 4ºT2009, para 11,1%, no 4ºT2010, representado o nível mais elevado desde, pelo menos, o 1ºT1977 (considerando os dados ajustados de sazonalidade das séries trimestrais do Banco de Portugal). A situação deteriorada em que o mercado laboral se encontra mantém-se, assim, como um dos principais constrangimentos para a economia portuguesa, podendo-se observar uma deterioração adicional deste mercado, em 2011, um ano que se espera particularmente difícil.
Relativamente à evolução dos preços, depois de, em Dezembro de 2009, a inflação homóloga (medida pelo IPC) ter registado um valor negativo (-0,1%), esta acabou por iniciar 2010 já em terreno positivo, terminando o ano em 2,5%
(+1,4%, em termos médios anuais), mas com a inflação core apenas em 0,9%, sugerindo, tal como na Zona Euro, a ausência de pressões inflacionistas que não advenham, essencialmente, dos preços das commodities ou de alterações fiscais (v.g. aumento do IVA).
Nas mais recentes previsões económicas, publicadas no seu Boletim Económico de Inverno, o Banco de Portugal (BdP) veio traçar um cenário pouco favorável para a economia portuguesa, ao defender uma contracção do PIB (-1,3%), em 2011, e um lento crescimento (+0,6%), em 2012.
Este período será marcado pelo reforço do processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo de mais de uma década, facto que favoreceu a elevada pressão sobre a dívida portuguesa nos mercados internacionais, sendo que a própria degradação das condições de financiamento condicionará a actividade económica, devido ao impacto no crédito.
Segundo a Autoridade Monetária nacional, aquele perfil de evolução da actividade económica traduz, por um lado, uma redução da procura interna ao longo do horizonte de projecção, com a acentuada redução do Consumo Público, do Investimento e do Consumo Privado, particularmente intensa em 2011, e, por outro lado, a manutenção de um crescimento significativo das Exportações, ainda que a um ritmo inferior ao projectado para 2010, acompanhando a evolução dos fluxos de comércio internacional.
(unidade: %)
BdP Efe. CE Efe. BdP CE BCE CE BdP CE BCE CE
PIB 1.3 1.4 1.3 1.7 -1.3 -1.0 1.7 1.6* 0.6 0.8 1.8 1.8
Consumo Privado 1.8 - 1.6 0.7 -2.7 -2.8 1.0 0.9 -0.5 -0.7 1.3 1.4
Consumo Público 3.2 - 3.0 0.7 -4.6 -6.8 0.1 -0.1 -1.0 -1.3 0.2 0.2
Investimento (FBCF) -5.0 - -4.1 -0.8 -6.8 -3.2 1.9 2.2 -0.4 -0.4 3.1 3.6
Exportações 9.0 - 9.1 10.6 5.9 5.6 7.2 6.1 6.1 6.4 6.1 6.3
Importações 5.0 - 5.8 8.7 -1.9 -3.2 5.6 5.1 2.4 1.5 5.6 5.9
Inflação 1.4 1.4 1.4 1.6 2.7 2.3 2.3 2.2* 1.4 1.3 1.7 1.7
Taxa de Desem prego - 10.8 10.5 10.0 - 11.1 - 10.0 - 11.2 - 9.6
Portugal Zona Euro
N o t a s : "Efe." co rrespo nde ao s dado s efectivo s já divulgado s para 2010; Os valo res da CE co m asterisco referem-se às previsõ es intermédias divulgadas no dia 1 de M arço de 2011.
F o nt e s : B anco de P o rtugal (B dP ), 11 de Janeiro de 2011; Co missão Euro peia (CE), 29 de No vembro de 2009; e B anco Central Euro peu (B CE), 2 de M arço de 2011.
Portugal Zona Euro
Previsões Económicas para Portugal e para a Zona Euro
2012
Portugal Zona Euro 2011
2010
Mercados Financeiros
No ano de 2010, as movimentações dos mercados financeiros foram, essencialmente, determinadas pela variação das perspectivas para a economia global ao longo do ano, e pela denominada crise da dívida soberana. Ao nível dos dados macroeconómicos, e tal como explanado acima, os dados para os EUA melhoraram, particularmente mais perto do final do ano; enquanto a Zona Euro foi prejudicada pelo desempenho das economias dos países periféricos. Já as economias emergentes continuaram a crescer a bom ritmo. A crise da dívida soberana traduziu a tomada de consciência por parte dos mercados – e das agências de notação financeira – da situação das finanças públicas dos países periféricos da Zona Euro.
A crescente tensão forçou os líderes europeus a intervir, numa primeira fase, comprometendo-se a tomar medidas para “salvaguardar a
estabilidade financeira na região” e, numa segunda fase, chegando a acordo para ajudar a Grécia, juntamente com o FMI e a Comissão Europeia e, finalmente, decidindo-se pela criação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), ao que se juntou a decisão inédita do BCE de passar a adquirir (no mercado secundário) dívida pública dos países em dificuldade.
Estas medidas, ao serem acompanhadas de exigências para que todos os países periféricos adoptassem políticas de austeridade, geraram receios nos mercados sobre os seus efeitos na travagem da recuperação da economia mundial. Por outro lado, o resgate à Grécia não descansou os investidores e persistiu a pressão sobre os restantes países periféricos, o que levou a Irlanda, no final de Novembro, a recorrer ao FEEF, acabando por criar receios de que o FEEF não tivesse capacidade para socorrer todos os países eventualmente necessitados. Todavia, uma eventual extensão da dimensão do FEEF, assim como a criação de obrigações pan-europeias tem contado com a oposição intransigente das duas maiores economias da Zona Euro, a França e, sobretudo, a Alemanha.
70 80 90 100 110 120
Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10
(Dez.2007=100)
Evolução dos Principais Índices Bolsistas
Eurostoxx 50 S&P 500 PSI-20
Fonte: Thomson Reuters.
2.00 2.25 2.50 2.75 3.00 3.25 3.50 3.75 4.00
Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10 (%)
Evolução da Rendibilidade dos Títulos de Dívida Pública (Bunds e Treasuries a 10 Anos)
Bunds (10 Anos) Treasuries (10 Anos)
Fonte: Thomson Reuters.
4 Num ano marcado pelo espoletar da crise da dívida soberana na Europa e pela (em parte consequente) diferença entre a retoma nos dois lados do Atlântico, as Acções acompanharam, naturalmente, esta discrepância, avançando, no total do ano, nos EUA (+12,8%, no caso do S&P 500), mas recuando na Europa (-5,8%, no caso do Eurostoxx 50), embora seja de notar o expectável movimento diverso na Alemanha, com o DAX a
valorizar 16,1% e, mesmo, no Reino Unido (que se encontra fora do Euro), onde o FTSE avançou 9,0%.
Outro factor que impulsionou o mercado das acções nos EUA decorreu dos resultados das empresas, que evoluíram favoravelmente face às expectativas dos analistas, sendo de destacar os resultados referentes ao 2ºT2010, em que a percentagem de empresas que suplantaram as expectativas foi a 3ª maior desde que a agência Bloomberg começou a compilar estas estatísticas (em 1993), sendo que, nos resultados relativos ao 3ºT2010, essa percentagem também ficou claramente acima da média histórica.
As Yields da Dívida Pública de Referência diminuíram no total do ano,
beneficiadas pela crise da dívida soberana, que levou a uma procura de activos de refúgio nos Bunds e nos Treasuries.
Estas quedas das Yields foram relativamente idênticas ao longo de toda a Yield Curve, sendo ligeiramente superiores, nos EUA, nos prazos mais curtos, reflectindo também a manutenção das perspectivas quanto à política monetária naquele país. Assim, no Mercado Monetário Interbancário (MMI), as taxas das Libor ficaram praticamente inalteradas (+5 p.b., a 3 meses), enquanto as Euribor subiram 30 p.b., reflectindo a evolução positiva da economia alemã e a aproximação da inflação homóloga na Zona Euro ao target do BCE. Acresce que o aumento do risco de crédito no MMI, devido à crise da dívida soberana, também contribuiu para uma subida das taxas na Zona Euro, com o OIS Spread a subir 10 p.b. no total do ano.
No Mercado Cambial, o Euro desvalorizou em 2010 face às 3 principais divisas. Ainda assim, as quedas foram amparadas, por um lado, pelo
desempenho dos países core da região e, por outro, como referido, pelo teor menos expansionista da política monetária na Zona Euro, com os mercados a anteciparem um aperto monetário mais
cedo na Zona Euro comparativamente aos EUA. Na verdade, embora o Dólar tenha apreciado 6,7% face ao Euro, o Dollar Index avançou apenas 1,5%, reflectindo as medidas de QE II tomadas pela Fed e as perspectivas em relação a uma continuação dessa Política Monetária acomodatícia em 2011. A maior desvalorização do Euro deu-se face ao Iene (-18,7%), algo que sucedeu, de resto, também com o Dólar, tendo perdido apenas 3,4%
face à Libra.
A Dívida Pública dos chamados países periféricos foi, naturalmente, a mais prejudicada, com os spreads face ao Bund a subirem intensamente. A ordem destes agravamentos traduz, ao mesmo tempo, a ordenação dos receios dos investidores, com o spread da Grécia a avançar 712 p.b., para
951 p.b., no total do ano de 2010, enquanto a Irlanda, subiu 464 p.b., para 610 p.b., e Portugal, avançou 296 p.b., para 364 p.b..
A Dívida Privada foi também afectada pela situação da Dívida Soberana dos países periféricos, não obstante um comportamento favorável na 2ª metade do ano. Assim, o índice Itraxx (5
Anos), o índice de CDS (Credit Default Swaps) de referência para a Zona Euro na classe de Investment Grade – cuja liquidez é muito superior à do mercado Spot e, por isso, constitui o benchmark do mercado de crédito – subiu 31 p.b., fechando o ano nos 105 p.b., principalmente pressionado pelas empresas financeiras, cujo sub-índice subiu 94 p.b., para 163 p.b.. Note-se, aliás, que a continuação de uma certa normalização do mercado de crédito, associada às melhorias em alguns mercados accionistas, permitiu ao índice de Speculative Grade, o índice Itraxx Cross-over (5 Anos), subir apenas 4 p.b., para 437 p.b..
Finalmente, as Commodities foram a classe de activos mais beneficiada em 2010, a avaliar pelos índices compósitos Reuters/Jefferies CRB
1.15 1.20 1.25 1.30 1.35 1.40 1.45 1.50
Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10
(USD/EUR)
Evolução da Cotação do Euro face ao Dólar
Fonte: Thomson Reuters.
60 80 100 120 140 160 180 200 220
Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10 (p.b.)
Índice Itraxx de CDS- 5 Anos
Itraxx 5 Anos Fonte: Thomson Reuters.
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10 (%)
Evolução das Taxas de Juro Euribor - Zona Euro
Refi Rate Euribor 3 meses Euribor 6 meses Euribor 12 meses
Fonte: Thomson Reuters.
85 95 105 115 125 135
Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10
(Dez.2007=100)
Evolução de Índices de Commodities
Reuters CCI Index - Geral CRB Spot Index - Alimentar CRB Spot Index - Metais
Fonte: Thomson Reuters.
(constituído por 19 matérias-primas) e S&P GSCI, que registaram acréscimos de 17,4% e 20,4%, respectivamente, atingindo níveis máximos desde meados de 2008. Esta progressão derivou, essencialmente, da melhoria das perspectivas para a economia global, com fortes desempenhos nas economias emergentes e dados animadores para os EUA, para os países core da Zona Euro e para o Reino Unido. Por outro lado, este mercado revelou uma relativa imunidade à crise da dívida soberana, na medida em que o único interesse para este mercado advinha dos possíveis efeitos colaterais para as maiores economias da Zona Euro e mesmo para a economia mundial, os quais acabaram por não se confirmar. Note-se, de resto,
que esta valorização das Commodities coexistiu com uma ligeira valorização do Dólar, facto que tende a prejudicar as Commodities cotadas nessa divisa. A classe mais beneficiada foi a dos Produtos Agrícolas, que valorizaram fortemente, cerca de 45%, impulsionadas pela escassez provocada por secas e cheias observadas durante o 2º semestre, principalmente no mês de Agosto. Entre a Energia, o Petróleo valorizou 21,6%, em Londres (Brent), e 15,2%, em Nova Iorque (WTI Crude). O ouro negro foi impulsionado pelas perspectivas para a Procura Global, que foram sendo sucessivamente revistas em alta por diversas entidades, como a Agência Internacional de Energia, o Departamento de Energia dos EUA e a OPEP. Num período em que as duas principais moedas do sistema financeiro internacional – o Euro e o Dólar – perderam terreno face às demais moedas, os Metais Preciosos valorizaram 35,5%, com o Ouro a avançar 29,7%, tendo beneficiado do efeito de substituição como activo de reserva, num período em que, não obstante a melhoria das perspectivas para a economia, a incerteza permaneceu anormalmente elevada.
Mercado Imobiliário
A primeira metade do ano acabou por trazer alguns sinais de estabilização no mercado imobiliário, à semelhança do que se havia observado em 2009, designadamente no segmento residencial e nas economias que tinham sido mais penalizadas na sequência do deflagrar da crise do subprime, em meados de 2007. No entanto, o 2º semestre acabou por trazer algum retrocesso, com o mercado, nos EUA (o epicentro da referida crise), a revelar alguma incapacidade de resistência sem os programas de apoio públicos e, no Reino Unido (outro dos países mais afectados), com a dinâmica de melhoria evidenciada nos preços dos imóveis durante boa parte do ano – que não estava a ser suportada em fundamentais robustos do ponto de vista macroeconómico – a dar lugar a uma expectável correcção nos últimos meses.
Na Zona Euro, o sector da construção permaneceu como o mais pressionado, tendo iniciado o ano de 2010 a contrair 1,6%, no 1ºT2010 – representando o único entre os principais sectores de actividade a registar uma contracção do Valor Acrescentado Bruto (VAB) nesse período –, situação que, depois de uma fugaz passagem pelo crescimento no 2ºT2010 (+0,8%), voltou a observar-se no 3ºT2010, quando contraiu 0,7%, em termos trimestrais (-3,1%, em termos homólogos). As dificuldades que o sector da construção (e o segmento residencial, em particular) continua a atravessar são bem evidentes na evolução dos indicadores de confiança, calculados pela Comissão Europeia, os quais, apesar de terem dado conta de melhorias em alguns países da Zona Euro (v.g., na Alemanha e em França), continuaram a evidenciar uma situação deteriorada, permanecendo, para a média dos países da Zona Euro, sensivelmente no mesmo nível de confiança com que havia iniciado o ano, reflectindo as deteriorações observadas em alguns mercados periféricos, como a Grécia, a Espanha e Portugal (neste caso, bastante menos intensa).
Relativamente a Portugal, a referida deterioração da confiança durante o ano de 2010 teve alguma correspondência em termos da evolução da actividade do sector da construção, com os últimos dados disponíveis sobre o VAB a darem conta de uma contracção.
No 3ºT2010, o sector contraiu 0,9% e continua a evidenciar a maior queda homóloga entre os diversos sectores de actividade, embora em desagravamento (de -10,1%, no 4ºT2009, para -2,9%, no 3ºT2010), reflectindo as expansões observadas nos dois primeiros trimestres do ano.
No actual contexto de forte consolidação orçamental, em que a actividade
económica se verá fortemente condicionada pelas medidas de austeridade implementadas pelo Governo português no início deste ano, antevê-se uma perda de dinâmica no segmento das obras públicas, como resultado do cancelamento ou adiamento de determinadas obras. Provavelmente já reflectindo esta realidade, os dados de Janeiro de 2011 da confiança da construção publicados pela Comissão Europeia revelaram uma forte deterioração da situação, com a confiança a cair para mínimos desde Março de 2004, mantendo-se como o sector de actividade em que os empresários se encontram mais pessimistas, nomeadamente, reflectindo a descida da Carteira de Encomendas.
-60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30
Dez-06 Fev-07 Abr-07 Jun-07 Ago-07 Out-07 Dez-07 Fev-08 Abr-08 Jun-08 Ago-08 Out-08 Dez-08 Fev-09 Abr-09 Jun-09 Ago-09 Out-09 Dez-09 Fev-10 Abr-10 Jun-10 Ago-10 Out-10 Dez-10 (Índice)
Indicador de Confiança na Construção - Zona Euro
Zona Euro Portugal Espanha Alemanha França
Fonte: Comissão Europeia.
-16.0 -12.0 -8.0 -4.0 0.0 4.0 8.0
Dez-06 Fev-07 Abr-07 Jun-07 Ago-07 Out-07 Dez-07 Fev-08 Abr-08 Jun-08 Ago-08 Out-08 Dez-08 Fev-09 Abr-09 Jun-09 Ago-09 Out-09 Dez-09 Fev-10 Abr-10 Jun-10 Ago-10 Out-10 Dez-10 (tvh, mm3m, %)
Índice de Produção na Construção e Obras Públicas
Construção e Obras Públicas Contrução de Edifícios Obras de Engenharia 30
40 50 60 70 80 90 100
Jan-09 Fev-09 Mar-09 Abr-09 Mai-09 Jun-09 Jul-09 Ago-09 Set-09 Out-09 Nov-09 Dez-09 Jan-10 Fev-10 Mar-10 Abr-10 Mai-10 Jun-10 Jul-10 Ago-10 Set-10 Out-10 Nov-10 Dez-10 (USD/Barril)
Evolução dos Preços do Petróleo
Brent WTI
Fonte: Thomson Reuters.
6
ANO Rendibilidade Risco Classe de Risco
2007 19.10% 18.1% 5
2008 -53.81% 29.5% 6
2009 51.57% 19.3% 5
2010 19.50% 15.9% 5
2. Política de Investimentos
O Fundo tem como objectivo a constituição de uma carteira Mercados Emergentes de Fundos de investimento de acções europeias e internacionais, que poderá conter, igualmente, Fundos de Tesouraria e de Obrigações, a partir de uma estrutura base que visa a maximização de rentabilidade mediante uma estratégia de investimento com o risco inerente às acções.
Alocação Base:
Fundos de Tesouraria, de Obrigações e Depósitos : 10%
Fundos de Acções Europa : 50%
Fundos de Acções – EUA : 20%
Fundos de Acções – Japão : 10%
Fundos de Acções Mercados Emergentes : 10%
O Fundo assume a natureza de um Fundo de acções em que deterá em permanência pelo menos dois terços dos seus activos investidos em Fundos de acções.
3. Rendibilidade do Fundo
A evolução da rendibilidade e risco do fundo desde o seu início de actividade é a seguinte (anos civis):
As rendibilidades foram calculadas baseadas no ultimo dia de útil de mercado de cada ano.
As rendibilidades divulgadas representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco mínimo) e 6 (risco máximo).
4. Activos sob gestão, número/valor unitário de unidades de participação
O valor total da carteira do Fundo de Fundos Multi-Gestão Mercados Emergentes era, a 31 de Dezembro de 2010, de 20,3 milhões de Euros.
A composição da carteira do Fundo de Fundos Multi-Gestão Mercados Emergentes, no final de 2010 está discriminada no Anexo 1 deste Relatório.
O número de unidades de participação em circulação, o seu valor unitário e volume de gestão do fundo no final de cada um dos 5 anos civis, são os seguintes:
Valor Líquido Valor da unidade Nº Up´s Anos global do fundo de participação em circulação
2006 13 201 045 52.5505 251 207.0000
2007 23 392 297 62.5884 373 748.0000
2008 9 406 969 28.8481 326 086.7976
2009 17 368 727 43.7278 397 200.7848
2010 20 349 592 52.2527 389 445.4427
5. Comissões suportadas pelos participantes do fundo
As comissões cobradas aos participantes do fundo são as seguintes:
Comissão de Subscrição – 0%
Comissão de Resgate:
2%, se o período de permanência no fundo for inferior a 365dias;
1%, se o período de permanência no fundo for igual ou superior a 365 dias e inferior a 2 anos;
0%, se o período for igual ou superior a 2 anos.
6. Custos e Proveitos do fundo
Os Custos e Proveitos do fundo desde o inicio de actividade são os seguintes:
Dos quais destacamos os seguintes custos suportados pelo fundo:
Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011
Proveitos 6 210 959 7 398 160 7 256 787
Custos 17 695 330 1 506 078 3 584 345
Res. Líquido -11 484 371 5 892 082 3 672 442
2010
2008 2009
Comissão de Gestão 270 777 193 247 277 718
Comissão de Depósito 9 337 6 663 9 577
Taxa de supervisão 2 932 2 145 3 043
Custos de auditoria 1 928 1 980 1 988
Custos de transacção 91 37 89
2010
Custos 2008 2009
8 Fundo de Investimento : Multi Gestão Mercados Emergentes
Composição da Carteira em 2010-12-31
Valor Total Juro Corrido
Preço Unit.
Mda Preço Unit.
Quantidade
Designação (EUR) (EUR) (EUR)
A. COMPOSIÇÃO DISCRIMINADA CARTEIRA DE APLICAÇÕES DOS FUNDOS INVEST. MOBILIÁRIO 3 - UPS DE ORGANISMOS INVEST.COLECTIVO (OIC)
3.2 - OIC domiciliados num Estado-membro da UE 18 749 291
MS Latin American $ 3 953 78.88 USD 59.03 233 358
HSBC GL Asian $ 21 488 52.70 USD 39.44 847 475
HSBC Chinese $ 1 309 77.33 USD 57.87 75 752
HSBC Indian $ 561 195.92 USD 146.62 82 254
Mellon Asian € 504 388 2.20 EUR 2.20 1 110 814
HSBC Brazil $ 3 365 40.80 USD 30.53 102 738
HSBC GL Emerg Mkts $ 100 442 18.76 USD 14.04 1 409 962
Mellon GL Emerg Mk $ 479 995 4.34 USD 3.25 1 559 607
BGF Emerg Europe € 2 146 104.91 EUR 104.91 225 137
BGF Latin American $ 8 203 101.31 USD 75.82 621 947
BGF Asian Dragon $ 4 226 29.72 USD 22.24 93 995
BGF Emerg Mkts $ 64 512 32.15 USD 24.06 1 552 208
MS Asian Equity $ 18 821 43.96 USD 32.90 619 197
MS Emerg Mkts $ 44 071 39.94 USD 29.89 1 317 315
MS Emerg Eur ME NA € 2 362 67.10 EUR 67.10 158 490
Schroder Emrg Asia $ 36 854 25.02 USD 18.72 690 082
Schroder Emerg Eur € 8 736 23.32 EUR 23.32 203 724
Schroder Emerg Mkt $ 133 632 13.52 USD 10.12 1 352 121
Schroder Latin Am $ 5 441 57.37 USD 42.94 233 610
Fidelity China $ 2 797 45.63 USD 34.15 95 515
Fidelity Emerg Mkt $ 101 634 21.73 USD 16.26 1 652 827
Fidelity India £ 19 414 4.13 GBP 4.79 93 083
Fidelity Korea $ 5 969 20.76 USD 15.54 92 738
Fidelity Latin Am $ 11 423 49.43 USD 36.99 422 571
Pictet Asia Ex Jap $ 3 945 187.34 USD 140.20 553 103
Pictet Eastern Eur € 469 405.17 EUR 405.17 190 025
Pictet Emerg Mkts $ 3 582 616.27 USD 461.21 1 652 057
Pictet Indian $ 258 427.09 USD 319.63 82 465
BNPP WD Emerg $ 2 927 650.58 USD 486.89 1 425 122
18 749 291
7 - LIQUIDEZ
7.1 - À vista 1 640 342
7.1.2 - Depósitos à ordem
DO MG (EUR) 0.7159% EUR 33 1 640 342
1 640 342 1 640 342
9 - OUTROS VALORES A REGULARIZAR
9.2 - Valores Passivos -40 041
-40 041
B. VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO 20 349 592
389 445.44
D. NÚMERO DE UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO EM CIRCULAÇÃO
Anexo 1
Fundo de Investimento : Multi Gestão Mercados Emergentes Composição da Carteira em 2010-12-31
Valor Total Juro Corrido
Preço Unit.
Mda Preço Unit.
Quantidade
Designação (EUR) (EUR) (EUR)
10
(Valores em Euros)
ACTIVO PASSIVO
CÓDIGO DESIGNAÇÃO Período N Per.N -1 CÓDIGO DESIGNAÇÃO Períodos
Bruto Mv mv/P Líquido Líquido N N-1
CARTEIRA DE TITULOS CAPITAL DO OIC
21 OBRIGAÇÕES 61 UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO 19 472 272 19 860 039
22 ACÇÕES 62 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS -1 362 177 -1 058 367
23 OUTROS TÍTULOS DE CAPITAL 64 RESULTADOS TRANSITADOS -1 432 945 -7 325 027
24 UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO 15 032 059 3 728 951 11 720 18 749 290 14 857 252 65 RESULTADOS DISTRIBUIDOS 25 DIREITOS
26 OUTROS INSTRUMENTOS DE DÍVIDA 66 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 3 672 442 5 892 082
TOTAL DA CARTEIRA DE TITULOS 15 032 059 3 728 951 11 720 18 749 290 14 857 252 TOTAL DO CAPITAL DO OIC 20 349 592 17 368 727
OUTROS ACTIVOS 48 PROVISÕES ACUMULADAS
31 OUTROS ACTIVOS 481 PROVISÕES PARA ENCARGOS
TOTAL DE OUTROS ACTIVOS TOTAL DE PROVISÕES ACUMULADAS 0 0
TERCEIROS TERCEIROS
411+...+418 CONTAS DE DEVEDORES 421 RESGATES A PAGAR AOS PARTICIPANTES
TOTAL DOS VALORES A RECEBER 0 0 0 0 0 422 RENDIMENTOS A PAGAR ASO PARTICIPANTES
DISPONIBILIDADES 423 COMISSÕES A PAGAR 26 404 22 000
11 CAIXA 424+...+429 OUTRAS CONTAS DE CREDORES 13 637 21 145
12 DEPÓSITOS À ORDEM 1 640 310 1 640 310 2 554 587 43+12 EMPÉSTIMOS OBTIDOS
13 DEPÓSITOS A PRAZO E COM PRÉ-AVISO TOTAL DOS VALORES A PAGAR 40 041 43 145
14 CERTIFICADOS DE DEPÓSITO 18 OUTROS MEIOS MONETÁRIOS
TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 1 640 310 1 640 310 2 554 587 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 55 ACRÉSCIMOS DE CUSTOS
51 ACRÉSCIMOS DE PROVEITOS 33 33 33 56 RECEITAS COM PROVEITO DIFERIDO
52 DESPESAS COM CUSTO DIFERIDO 58 OUTROS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
58 OUTROS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 59 CONTAS TRANSITÓRIAS PASSIVAS
59 CONTAS TRANSITÓRIAS ACTIVAS
TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACTIVOS 33 33 33 TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS PASSIVOS 0 0
TOTAL DO ACTIVO 16 672 402 3 728 951 11 720 20 389 633 17 411 872 TOTAL DO CAPITAL E DO PASSIVO 20 389 633 17 411 872 Total do Número de Unidades de Participação 389 445.4427 397 200.7848 Valor Unitário da Unidade de Participação 52.2527 43.7278 Abreviaturas: Mv - Mais Valias; mv - Menos Valias; P - Provisões
O Responsável pela Contabilidade O Responsável pela Gestão
__________________________________ _____________________________________________
BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009
(Montantes expressos em Euros)
11 CUSTOS E PERDAS Período PROVEITOS E GANHOS Período
CÓDIGO DESIGNAÇÃO N N-1 CÓDIGO DESIGNAÇÃO N N-1
CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES
JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS: JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS:
712+713 Da carteira de Títulos e Outros Activos 812+813 Da carteira de Títulos e Outros Activos
711+714+717+718 De Operações Correntes 4 180 811+814+817+818 Outras,de Operações Correntes 16 495 17 880
719 819 De Operações Extrapatrimoniais
COMISSÕES E TAXAS RENDIMENTO DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS
722+723 Da carteira de Títulos e Outros Activos 89 37 822+…+824/5 Da carteira de Títulos e Outros Activos 4 688 22 655 724+…+728 Outras,de Operações Correntes 290 337 202 055 829 De Operações Extrapatrimoniais
729 De Operações Extrapatrimoniais GANHOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS
PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS 832+833+837 Da carteira de Títulos e Outros Activos 6 119 623 7 272 809
732+733 Da carteira de Títulos e Outros Activos 3 274 887 1 025 998 831+838 Outras,de Operações Correntes
731+738 Outras,de Operações Correntes 839 De Operações Extrapatrimoniais 1 047 349 2 706
739 De Operações Extrapatrimoniais 251 300 REPOSIÇÃO E ANULAÇÃO DE PROVISÕES
IMPOSTOS 851 Provisões para encargos
7411+7421 Imposto sobre e Rendimento 17 040 24 528
7412+7422 Impostos Indirectos 7418+7428 Outros Impostos
75 PROVISÕES DO EXERCÍCIO
751 Provisões para encargos 87 OUTROS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES 68 632 82 110
77 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES 1 988 1 980
TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 3 584 345 1 506 078
CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES (B) 7 256 787 7 398 160
781 Valores incobráveis
782 Perdas extraordinárias PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS
783 Perdas imputáveis a Exercícios Anteriores 881 Recuperação de Incobráveis
788 Outros Custos e Perdas Eventuais 882 Ganhos Extraordinários
TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) 0 0 883 Ganhos de Exercícios Anteriores 884…888 Outros Ganhos Eventuais
63 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) 0 0
66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (se > 0) 3 672 442 5 892 082 66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (se < 0)
TOTAL 7 256 787 7 398 160 TOTAL 7 256 787 7 398 160
(8x2/3/4//5)-(7x2/3) Resultados da Carteira de Títulos e Outros Activos 2 832 295 6 244 901 D-C Resultados Eventuais 0 0
8x9-7x9 Resultados das Operações Extrapatrimoniais 1 047 349 -248 594 B+D-A-C+74 Resultados Antes de Imposto s/o Rendimento 3 689 482 5 916 610
B-A Resultados Correntes 3 672 442 5 892 082 B+D-A-C+7411/8+7421/8 Resultados Líquidos do Período 3 672 442 5 892 082
O responsável pela Contabilidade O responsável pela Gestão
________________________ ____________________
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DE 2010 E 2009
(Montantes expressos em Euros)
12
Período Período
De 2010-01-01 a 2010-12-31 De 2009-01-01 a 2009-12-31
OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO OIC
RECEBIMENTOS
Subscrição de unidades de participação 17 920 926 23 087 361
17 920 926 23 087 361
PAGAMENTOS
Resgates de unidades de participação 18 612 503 21 017 685
18 612 503 21 017 685
Fluxo das operações sobre as unidades do OIC ( 691 577) 2 069 676
OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS
RECEBIMENTOS
Venda de títulos e outros activos
Rendimento de títulos e outros activos 73 232 104 424
73 232 104 424
PAGAMENTOS
Compra de títulos e outos activos 352 455
Outras taxas e comissões 88 37
88 352 492
Fluxo das operações da carteira de títulos e outros activos 73 144 ( 248 068)
OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS
RECEBIMENTOS
Operações Cambiais 4 754 374 992
4 754 374 992
PAGAMENTOS
Operações Cambiais 4 599 365 781
4 599 365 781
Fluxo das operações a prazo e de Divisas 155 9 211
OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE
RECEBIMENTOS
Juros de Depósitos Bancários 13 069 14 181
13 069 14 181
PAGAMENTOS
Comissão de Gestão 273 504 184 788
Juros devedores de depósitos bancários
Comissão de Depósito 9 431 6 372
Impostos e taxas 24 149 13 765
Outros pag. Operações correntes 1 984 1 965
309 068 206 890
Fluxo das operações de Gestão Corrente ( 295 999) ( 192 709)
OPERAÇÕES EVENTUAIS
RECEBIMENTOS
Out. Receb. Oper. Eventuais
0 0
Fluxo de operações Eventuais 0 0
Saldo dos Fluxos de Caixa do Período ( 914 277) 1 638 110
Disponibilidades no Início do Período 2 554 587 916 477
Disponibilidades no Fim do Período 1 640 310 2 554 587
O RESPONSÁVEL PELA O RESPONSÁVEL PELA
CONTABILIDADE GESTÃO
__________________
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DE 2010 E 2009
(Montantes expressos em Euros)
Discriminação dos Fluxos
13
FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO MULTI GESTÃO MERCADOS EMERGENTES – FUNDO DE FUNDOS
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (Montantes expressos em Euros - €)
INTRODUÇÃO
O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Multi-Gestão Mercados Emergentes – Fundo de Fundos (Fundo), iniciou a sua actividade em 8 de Maio de 2006. Este Fundo foi constituído por prazo indeterminado e tem por objectivo proporcionar aos seus participantes uma adequada valorização do capital a médio e longo prazo, numa óptica de gestão Mercados Emergentes, mediante a constituição de uma carteira de activos orientada para a aquisição de unidades de participação de fundos de investimento nacionais e internacionais.
O Fundo visa a constituição de uma carteira Mercados Emergentes de fundos de tesouraria, obrigações e acções, nacionais e internacionais, a partir de uma estrutura de base, que em cada momento procurará adaptar-se às condições de investimento nos diferentes mercados.
De acordo com o regulamento de gestão, os rendimentos do Fundo não são distribuídos, sendo incorporados no valor da unidade de participação.
O Fundo é administrado, gerido e representado pela Montepio Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. (Sociedade Gestora). As funções de entidade comercializadora e de banco depositário são exercidas pela Caixa Económica Montepio Geral.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas dos Fundos de Investimento Mobiliário. As notas cuja numeração se encontra ausente não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.
Nota 1 - Quadro 1 - CAPITAL DO FUNDO
O património do Fundo está formalizado através de unidades de participação, desmaterializadas, com características iguais e sem valor nominal, assumindo a forma escritural, as quais conferem aos seus titulares o direito de propriedade sobre os valores do Fundo, proporcional ao número de unidades que representam, com um valor inicial mínimo de subscrição de uma unidade de participação.
O movimento ocorrido no capital do Fundo durante o exercício de 2010 apresenta o seguinte detalhe:
Resultados
Saldo em Distribuição Outros do Saldo em
31-12-2009 Subscrições Resgates de Resultados Exercício 31-12-2010
Valor base 19 860 039 19 455 095 19 842 862 19 472 272
Diferença p/ Valor Base (1 058 367) (1 534 170) (1 230 360) (1 362 177)
Resultados distribuídos
Resultados acumulados (7 325 027) 5 892 082 (1 432 945)
Resultados do período 5 892 082 (5 892 082) 3 672 442 3 672 442
17 368 727 17 920 925 18 612 502 0 0 3 672 442 20 349 592
Nº unidades de participação 397 200.7848 389 101.8939 396 857.2360 389 445.4427
Valor da unidade de participação 43.7278 46.0572 46.8997 52.2527
14
Nota 1 – Quadro 2
O número de participantes por escalões em 31 de Dezembro de 2010 apresenta o seguinte detalhe:
Nota 1 - Quadro 3
A evolução trimestral do valor do Fundo e do valor da unidade de participação no exercício de 2008 e 2010 foram as seguintes:
Nota 2 - Quadro 2
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 foram cobradas as seguintes comissões de subscrição e resgate:
Nº Participantes por escalão
Escalões Nº Participantes
Ups ≥ 25% 0
10% ≤ Ups < 25% 0
5% ≤ Ups < 10% 0
2% ≤ Ups < 5% 3
0,5% ≤ Ups < 2% 20
Ups < 0,5% 2435
Valor Líquido Valor da unidade Nº Up´s em Ano Mês global do fundo de participação circulação
2010 Março 19 394 846 46.6903 415 393.1173
Junho 18 474 864 46.6456 396 068.4644
Setembro 19 381 296 48.2808 401 428.9863
Dezembro 20 349 592 52.2527 389 445.4427
2009 Março 9 284 799 29.0184 319 962.8295
Junho 13 758 238 36.1065 381 046.2652
Setembro 15 853 888 40.6457 390 050.7186
Dezembro 17 368 727 43.7278 397 200.7848
2008 Março 21 706 209 52.9426 409 995.0000
Junho 19 456 571 52.1034 373 422.0000
Setembro 14 355 084 41.3961 346 773.5541
Dezembro 9 406 969 28.8481 326 086.7976
Valor Comissões Cobradas
Subscrições 17 920 926 Isento
Resgates 18 612 503 340 783.35