Como provar que um bem é do executado, apesar de não estar em nome dele 1. Considerações Iniciais
1.1. TEMA DA LIVE:
1.1.1. Como provar que um bem é do executado, apesar de não estar em nome dele 1.2. 1) Esta é uma Live de Aquecimento da Semana da Execução de Sucesso
1.2.1. Quem ainda não está inscrito é só clicar no link ao lado e se inscrever:
1.2.1.1. https://expertemexecucao.com.br/3ws-inscricao 1.3. 2) Teremos Lives de Aquecimento todo dia, às 10:30 horas
1.3.1. Alarme no seu celular
1.4. 3) Descubra se você está mais perto do sucesso ou do fracasso na execução 1.4.1. Clique aqui para fazer o teste
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1.5.1. Para ter acesso a todos os mapas é só entrar no meu Canal do Telegram clicando no link ao lado
1.5.1.1. Expert em Execução
Link: https://t.me/expertemexecucao 1.6. O MOVIMENTO
1.6.1. #JUSTICAEFETIVA
2. Porque falar sobre Execução?
2.1. 1) Porque na execução está a essência, a razão de existir da Justiça
2.1.1. Ninguém quer uma sentença pra colocar na parde como um quadro
2.1.1.1. Então você precisa saber como enregar ao seu cliente o que ele foi buscar na Justiça ou no seu escritório
2.2. 2) Porque não adianta nada você lutar para conquistar um cliente, levar anos para conseguir uma sentença, se ao final você não conseguir colocar a mão no patrimônio do réu
2.2.1. Todo o seu trabalho pode ser em vão
2.3. 3) QUEM ENTREGA RESULTADO NÃO PRECISA CORRER ATRÁS DE CLIENTES
2.4. 4) Porque a prática da execução sofre alterações constantes, de acordo com a evolução da tecnologia e da própria sociedade
2.4.1. Exemplos 2.4.1.1. Fintechs
2.4.1.2. Novo Bacenjud
2.4.1.3. Plataformas digitais de serviços e etc
2.5. 5) Porque, muitas vezes, os próprios magistrados e tribunais desconhecem as novas ferramentas existentes e acabam nadando contra a maré
2.5.1. É sua função mostrar a eles as novas possibilidades
2.5.1.1. Só você pode quebrar a resistência de alguns magistrados e mudar a jurisprudência 2.6. 6) Porque, do outro lado, sempre haverá um devedor tentando fugir, dificultar o seu trabalho ou mesmo esconder o seu patrimônio
2.6.1. Trata-se de extinto de sobrevivência
2.7. 7) Então, dá pra ver o tamanho da necessidade de uma boa preparação, né....
3. O Método PPCR
3.1. Pra ter sucesso em tudo na vida é preciso que se tenha um método 3.1.1. graduação
3.1.2. OAB
3.1.3. conquistar clientes 3.1.4. cobrar honorários 3.1.5. controlar prazos
3.2. Para ter sucesso na execução, não é diferente
3.2.1. Você tem usa algum método previamente pensado na sua advocacia, pra conseguir dar resultado aos seus clientes?
3.2.1.1. Ou você advoga no "estilo Zeca Pagodinho"?
3.3. Em breves linhas, o Método PPCR envolve atitudes de 3.3.1. PREVENÇÃO do calote
3.3.2. PROCURA, PERSEGUIÇÃO de bens do devedor 3.3.3. COERÇÃO, COAÇÃO do devedor para pagar
3.3.4. RECUPERAÇÃO de bens desviados ou RESPONSABILIZAÇÃO de terceiros pelo pagamento de uma dívida
3.3.4.1. O que vamos estudar hoje é uma estratégia de RESPONSABILIZAÇÃO
3.3.4.1.1. Eu vou te ensinar a usar um mecanismo processual que vai te permitir
"responsabilizar", atingir um bem que não está registrado no nome do executado, para o pagamento de uma dívida dele.
4. Um caso hipotético
4.1. Você advoga para o exequente. O executado é o Zé.
4.1.1. Você realiza diversas buscas de bens em nome do Zé, mas não encontra nada.
4.1.1.1. Porém, o seu cliente te liga todo dia, dizendo que o Zé transita dia e noite em posse de um veículo BMW, que vale, no mínimo, duas vezes o valor da dívida que você está
executando.
4.1.1.1.1. Seu cliente te passa a placa do carro, você faz uma investigação, mas descobre que o veículo está registrado no Detran em nome de Maria Aparecida.
4.1.1.1.1.1. Coincidentemente, a sogra do Zé se chama Maria Aparecida.
4.1.1.1.1.1.1. O seu cliente sabe disse e te fala: estamos sendo enganados. O Zé registrou o carro no nome da sogra, mas é ele o verdadeiro dono do veículo.
4.1.1.1.1.1.1.1. E aí, o que fazer?
4.1.1.1.1.1.1.1.1. Alegar tudo isso dentro da execução?
4.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Complicado, porque dentro da execução a sua capacidade de produzir prova é limitada e também porque não há o contraditório com o terceiro envolvido (no caso, a sogra do Zé, a Maria Aparecida)
4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Na prática, há juízes que aceitam a realização da penhora diretamente na execução, quando se argumenta que a
propriedade de um bem móvel se prova com a posse...quando você tem fotos e filmagens demonstrando que o Zé tem a posse do veículo, há juízes que aceitam realizar a penhora diretamente na execução. Neste caso, cabe à sogra do Zé defender sua propriedade através dos Embargo de Terceiro.
4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Mas essa opção é mais arriscada pra você.
4.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1. Um excelente opção é se valer da Ação Probatória Autônoma, que nós vamos estudar em detalhes.
5. A ação probatória autônoma
5.1. O art. 381 do CPC estabelece que:
5.1.1. Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
5.1.1.1. I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
5.1.1.2. II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;
5.1.1.3. III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
5.1.1.4. Mas o ouro deste artigo está no § 5º:
5.1.1.4.1. § 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.
5.1.1.4.1.1. Aqui está o fundamento para a propositura da Ação Probatória Autônoma.
5.1.1.4.1.1.1. No nosso exemplo, você precisa justificar a existência de uma relação jurídica, qual seja, de que o Zé é proprietário de um carro, pois anda com ele
diariamente, mas registrou o bem em nome da Sogra, que nunca fica com a posse do bem.
5.1.1.4.1.1.1.1. Uma vez feita essa prova em juízo, sobre o verdadeiro proprietário do bem, depois do contraditório exercido na ação probatória autônoma, você
estará bem mais perto do deferimento do pedido de penhora na sua execução.
6. Detalhes teóricos e práticos sobre a ação probatória autônoma
6.1. 1
6.1.1. O objetivo dessa ação não é que o juiz declare algo (que o Zé é o proprietário do veículo, por exemplo).
6.1.1.1. Mas simplesmente documentar em juízo, mediante o contraditório, a existência de um fato ou relação jurídica.
6.2. 2
6.2.1. O Juiz da ação probatória autônoma não se manifesta sobre o conteúdo da prova 6.2.1.1. Ele apenas controla a validade da produção da prova
6.2.1.1.1. Art. 383, § 2º, CPC
6.2.1.1.1.1. § 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.
6.2.1.1.1.1.1. No final a prova é entregue ao requerente, para que ela faça o que quiser, inclusive nada.
6.2.1.1.1.1.1.1. Imagine, no nosso exemplo, que a prova demonstre que que o carro é efetivamente da sogra do Zé e que está locado ao mesmo.
6.3. 3
6.3.1. Qual é o juízo competente para essa ação?
6.3.1.1. Art. 381, § 2º, do CPC
6.3.1.1.1. § 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
6.4. 4
6.4.1. O que deve constar na petição inicial dessa ação?
6.4.1.1. Art. 382 do CPC
6.4.1.1.1. Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a
necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.
6.4.1.1.1.1. As razões para a produção da prova
6.4.1.1.1.1.1. No nosso exemplo: preciso produzir a prova para pedir a penhora do veículo em uma execução
6.4.1.1.1.2. Os fatos sobre os quais a prova recairá
6.4.1.1.1.2.1. No nosso exemplo: a prova deverá recair sobre a propriedade do veículo tal
6.4.1.1.1.3. Qual é o tipo de prova a ser realizada
6.4.1.1.1.3.1. No nosso exemplo: testemunhal e depoimento pessoal 6.5. 5
6.5.1. Quem deve constar no pólo passivo dessa ação?
6.5.1.1. Todos os que podem ser diretamente atingidos com a utilização da prova 6.5.1.1.1. No nosso exemplo: o Zé e a Sogra do Zé
6.6. 6
6.6.1. Que tipo de prova pode ser produzida nessa ação?
6.6.1.1. Qualquer tipo de prova 6.7. 7
6.7.1. Pode o requerido produzir prova na mesma ação?
6.7.1.1. Sim
6.7.1.1.1. Art. 383, § 3º, do CPC
6.7.1.1.1.1. § 3º Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.
6.8. 8
6.8.1. Os requeridos/interessados podem apresentar defesa? Há recurso contra decisão proferida na ação probatória autônoma?
6.8.1.1. Art. 383, § 4º, do CPC: Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente
originário.
6.9. 9
6.9.1. Como é o procedimento, o passo a passo dessa ação?
6.9.1.1. - o autor apresenta a petição inicial
6.9.1.2. - o juiz determina a citação dos interessados (no nosso exemplo, do Zé e da Sogra do Zé)
6.9.1.2.1. Não se admite defesa, mas os interessados podem peticionar pugnando a produção de provas também.
6.9.1.2.1.1. Como a lei não fala em que prazo, isso terá que ser feito no prazo
assinalado pelo juiz ou em 5 dias, caso o juiz não estabeleça prazo (art. 218, § 3º, CPC).
6.9.1.3. - o juiz determina a produção da prova
6.9.1.3.1. pode ser pericial, testemunhal, depoimento pessoal, etc 6.9.1.3.1.1. Dica Prática
6.9.1.3.1.1.1. Para casos como o do nosso exemplo, o depoimento pessoal costuma ser certeiro. Dificilmente uma pessoa que mente deixa de cair em contradições. No nosso caso, ouvir a Sogra do Zé, em depoimento, certamente deixaria evidente que o carro não é dela.
6.9.1.4. - depois de produzida a prova:
6.9.1.4.1. Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.
6.9.1.4.1.1. Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.
6.10. 10
6.10.1. É possível pedir medida liminar ao juízo da ação probatória autônoma?
6.10.1.1. Sim
6.10.1.1.1. No nosso exemplo, você não só pode, mas você deve pedir uma medida cautelar (que seja impedida a venda do bem, até o final da ação, por exemplo).
6.10.1.1.1.1. Lembra, sempre, que pra conseguir uma medida liminar, você tem que demonstrar minimamente a verossimilhança de suas alegações.
7. Este mapa é de autoria do Prof. José Andrade
7.1. Canal do TELEGRAM
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7.3.1.1. Como provar que um bem é do executado, apesar de não estar em nome dele Link: https://www.youtube.com/watch?v=anouJyJtFe8&feature=youtu.be
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