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Processo trabalhista sempre primou pela celeridade. Síndromes gripais: quase mil pessoas são atendidas em apenas três dias. Racha confirmado.

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NATAL, TERÇA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2022 | EDIÇÃO Nº 1.244 | ANO 6 | 7.500 EXEMPLARES DIRETOR DE REDAÇÃO: ALEX VIANA

Sobre campanha de 2018, Garibaldi lembra:

“Henrique não colaborou. Henrique fez de tudo para derrotar meu filho Walter”

C omeço de ano em clima de animosidade no “ni- nho dos bacuraus”. Nu- ma entrevista exclusiva ao AGORA RN, o ex-ministro Garibaldi Alves Filho confirmou o rompimento com o primo Henrique: “Sim, es- tamos rompidos, não tenha ne- nhuma dúvida. Eu e Henrique não temos mais relação política e nem familiar”. O motivo do rom- pimento entre dois dos principais

integrantes da família Alves, se- gundo Garibaldi, foi porque, nas eleições de 2018, Henrique traba- lhou nos bastidores, pela eleição de Benes Leocádio, deixando de lado a candidatura à reeleição de Walter Alves. Questionado como ficará a situação de Henrique, fi- liado ao MDB há 51 anos, Garibal- di disse: “Ele continua filiado ao partido, mas isso não significa di- zer que terá apoio do partido”.

“Processo trabalhista sempre primou pela celeridade”

De passagem pelo RN, o presidente eleito do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Emmanoel Pereira, concedeu entrevista exclusiva ao AGORA RN. Ele tomará posse em 16 de fevereiro.

Emmanoel Pereira: “Justiça do Trabalho vem sendo segmento do Poder Judiciário que mais promove conciliações”

__PÁG.3

Garibaldi rompe com Henrique:

“Não temos mais relação política e nem familiar”

Racha confi rmado

Últimas da Política

Carlos Eduardo entra 2022 na incerteza sobre qual cargo disputará

RN: isenção do diesel não afasta prejuízos do sistema de transportes

ABC estreia contra o Fluminense do Piauí

__PÁG.2

__PÁG.8

__PÁG.12

__PÁG.5

Marcelo Hollanda

Luiz Almir

Fabrícia Mesquita

Ney Lopes

Admitir ignorância talvez seja a atitude mais sensata e sábia da vida.

Muita gente criticando a falta de respeito e baixaria de Ivete Sangalo

O melão é um diurético natural, que reduz a retenção de líquidos

Na geladeira a escolha do candidato à vice-presidência de Lula da Silva.

Em 2021

Copinha

Economia

O Instituto de Desenvolvi- mento Sustentável e Meio Am- biente emitiu 4.588 licenças ambientais para todo o estado, contemplando diversas ativi- dades econômicas.

Idema bate recorde em emissões de licenças

__PÁG.9

__PÁG.16

__PÁG.8

Natal

A Prefeitura do Natal apresenta o balanço do atendimento do Centro de Enfrentamento às Síndromes Gripais, instalado no Cemure, realiza- do entre os dias 29 e 31, das 8h às 17h. Somente no primeiro dia (29/12) foram atendidas 431; no dia seguinte foram 367 atendimentos e no dia 31, 139 pessoas atendidas. Ao todo, foram atendidas 937 pessoas.

Síndromes gripais: quase mil pessoas são atendidas em apenas três dias

__PÁG.12

__PÁG.3

__PÁGs.6 E 7

No comando do PDT no RN, ele não tem apoio da ban-

cada do seu partido na capital. Embora balanços do ano passa-

do ainda estejam sendo calculados pelas empresas, não se espera que 2022 seja um ano melhor do que 2021, exceto um crescimento vege- tativo, avalia Eudo Laranjeiras, pre- sidente da Fetronor. De 2019 para 2020, prejuízos chegaram a 50%.

JOSÉ ALDENIR/AGORA RN

JOSÉ ALDENIR/AGORA RN

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FILIADO A

Todas as informações contidas nos artigos publicados nesta edição são de inteira responsabilidade dos autores, não tra- duzindo, portanto, a opinião deste jornal. Sua publicação visa tão-somente a promover o debate e a refl exão sobre proble- mas dos mais variados segmentos da sociedade.

www.agorarn.com.br

Alex Viana

Diretor-Presidente Edilson Viana

Dir.Administrativo Lissandra Viana

Dir. Financeira Alessandra Viana Dir. de Marketing

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:

AVENIDA HERMES DA FONSECA, N° 384 - PETRÓPOLIS, NATAL/RN - CEP: 59020-000

PUBLICAÇÕES:

publica@agorarn.com.br 84 98117-1718 GRUPO

(JORNAL - PORTAL)

REDAÇÃO:

84 3027-1690 ATENDIMENTO:

84 98117-1715 REDES SOCIAIS:

AGORARN CIRCULAÇÃO:

GRATUITA

• Terça-feira, 4 de janeiro de 2022

2 Política

A dmitir ignorância talvez seja a atitude mais sen- sata e sábia da vida.

“Não sei”, “talvez” são as ex- pressões que melhor definem a honestidade de uma pessoa diante de um problema cuja complexidade é maior do que sua capacidade para entendê- -la.

Resolver já é outra situação.

Se há pessoas que estuda- ram a vida inteira para enten- der o que é um mistério pa- ra a maioria dos mortais, tal- vez essas fontes devessem ser sempre consultadas por meio de filtros confiáveis que nos salvassem da ignorância pre- tensiosa dos profissionais da mentira.

Isso já era importante antes da indústria das ‘fake news’ na internet e é vital hoje quando a manipulação industrial usa desassombros recursos da fa- lácia para transformar absur- dos em argumentos críveis e até inquestionáveis.

Vacinas, por exemplo.

Há um movimento global no mundo contra elas. Ele está associado à extrema direita e não aos conservadores de ma- neira geral. É coisa de peque- nas, mas barulhentas bolhas radicais e fundamentalistas.

É tão forte que grandes personalidades da música, dos esportes e até da medicina, de influência internacional, assu- miram espaços dentro do que se convencionou chamar de movimento ‘antivax’ ou anti- vacina.

Por conta disso, pessoas de inquestionável valor vêem a sua outrora popularidade e prestígio derreter. E se res-

sentem disso. Na verdade, es- tão chocadas ao perceberem quanto comprometeram dé- cadas de seu próprio trabalho.

Donald Trump, líder da ex- trema-direita no país mais de- mocrático do planeta, capaz da atrocidade como influen- ciar seguidores seus a invadir o Capitólio norte-americano para contestar o resultado das eleições, já foi vaiado duas ve- zes ao defender vacinas em fa- las públicas.

Lorenzo Damiano, um dos principais líderes negacionis- tas em Treviso, província da região do Vêneto, base da ex- trema direita italiana, depois de participar de manifestações contra as vacinas da Covid, no fim do ano passado, pegou a doença durante uma viagem e mudou totalmente de discur- so. Precisou ficar uma sema- na internado na UTI de Vêneto para cair a ficha dele.

E olha que Damiano não era um ‘antivax’ de zap; foi um dos idealizadores do Nurem- berg 2, movimento que pro- põe um julgamento idêntico ao que foram submetidos os nazistas no fim da Segunda Guerra para responsabilizar os responsáveis pelo “grande esquema de um vírus criado de propósito” — referência à covid 19.

Infelizmente, são exceções.

Não acreditar e se contra- por à eficiência de imunizan- tes virou dogma político de quem não aceita de jeito ne- nhum sua eficácia, embora não consiga explicar porque tanta gente deixou de morrer com o avanço da vacinação no mundo.

A loucura dos antivacina

DOGMA.

Os lunáticos da anti- vacina acreditam piamente que as mortes pela covid aconteceram por outras causas e que a pande- mia não passa de uma invenção de forças políticas contrárias às suas crenças. Seriam estes os globalis- tas, comunistas e satanistas – to- dos juntos e misturados na imagi- nação dessa gente. Então, negam todo o conhecimento acumula- do pela ciência durante milênios, preferindo criar verdades próprias sem nenhuma base científica que se submeta a uma exaustiva con- traprova dos pares. É puramente anticiência.

ERA DAS TREVAS.

É como se fosse uma volta ao pré-iluminismo em pleno século XXI, negam todo o avanço da Humanidade e pro- põem uma visão obscurantista e negacionista dos avanços da civi- lização. Pode ser sedutor para um Boko Haram ou um Estado Islâmi- co da vida, que invade um sítio his- tórico como Palmira para devastar milhões de anos de história. Para nós, é só um horror.

FÉRIAS INTERROMPIDAS. O

presidente Bolsonaro curtiu suas férias como um adolescente e se exasperou quando ministros lhe perguntavam se não iria sobrevo- ar as áreas atingidas pelas enchen- tes na Bahia. Mas quando a coisa apertou para ele, não pensou du- as vezes: melou o descanso de seu médico, Antônio Luiz Macedo, que estava de papo pro ar nas Bahamas.

ÚNICO PARA O ÚNICO. Mandou

um jato da FAB buscar o único que mexe nas suas tripas. E deu muni- ção para sua base nas redes lembrar o fatídico episódio da facada duran- te a campanha. E, é claro, vários mi- nistros aproveitaram para tirar sua casquinha evocando a triste figura de Adélio Bispo de Oliveira. Ou se- ja, das férias para a glória é só uma questão intestina da política.

QUESTÃO DE LÓGICA. Já come-

çou o esquenta do Carnaval no Rio Grande do Norte. Não citaremos os eventos. Enquanto isso, nos EUA, o número de pessoas diagnosticadas com Covid-19 nos últimos sete dias quase dobrou em relação à semana anterior, impulsionado pela disse- minação da variante Ômicron. Na América do Sul, os diagnósticos quase dobraram, embora as mor- tes continuem em queda.

MARCELO HOLLANDA Opinião

hollandajornalista@gmail.com

A provada pelo Plenário do Tribunal Superior Eleito- ral (TSE), a Resolução nº 23.674/2021 disciplina o Calendá- rio Eleitoral de 2022 com as princi- pais datas a serem observadas pe- los partidos e candidatos. As elei- ções estão marcadas para o dia 2 de outubro, quando os brasileiros vão às urnas para eleger presiden- te da República, governadores, se- nadores e deputados federais, es- taduais e distritais. Um eventual segundo turno será realizado no dia 30 de outubro.

Alguns prazos já começaram a valer desde o dia 1º de janeiro, como a obrigatoriedade de regis- tro de pesquisas eleitorais, a limi- tação de despesas com publici- dade dos órgãos públicos fede- rais, estaduais ou municipais e a proibição da distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios a cidadãs e cidadãos por parte da Administração Pública. Há exce- ção em casos de estado de cala- midade ou emergência pública e programas sociais que já estavam em andamento.

JANELA PARTIDÁRIA. Entre 3

de março e 1º de abril, acontece a janela partidária, período em que deputadas e deputados federais, estaduais e distritais poderão tro- car de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato.

REGISTRO DE ESTATUTOS NO TSE. Dia 2 de abril, seis meses an-

tes do pleito, é data-limite para que todas as legendas e federa- ções partidárias obtenham o re- gistro dos estatutos no TSE. Este também é o prazo final para que todas as candidatas e candidatos tenham domicílio eleitoral na cir- cunscrição em que desejam dis- putar as eleições e estarem com a filiação deferida pela agremia- ção pela qual pretende concorrer.

Presidente da República, gover- nadoras ou governadores de Es- tado e prefeitas ou prefeitos que pretendam concorrer a outros cargos em 2022 têm até esta da- ta para renunciar aos respectivos mandatos nesta data.

FORMAÇÃO DE FEDERAÇÕES.

O órgão de direção nacional do partido político ou federação de- ve publicar, do Diário Oficial da União (DOU), as normas para a formação de coligações nas elei- ções majoritárias até 5 de abril, 180 dias antes das eleições. En- tre este dia e a data da posse das eleitas e dos eleitos, é vedado aos agentes públicos realizar reajuste de servidoras e servidores públi- cos que excedam a recomposição da perda de poder aquisitivo ao longo do ano da eleição.

TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO.

No dia 4 de maio, 151 dias antes do pleito, vence o prazo para que eleitoras e eleitores realizem ope- rações de transferência do local de votação e revisão de qualquer informação constante do Cadas- tro Eleitoral. Quem tem mais de 18 anos e ainda não possui título eleitoral também tem até este dia para solicitar a emissão do docu- mento pelo sistema TítuloNet.

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS E REGISTROS DE CANDIDATURA.

Entre 20 de julho e 5 de agosto para escolha de candidatas e can- didatos à presidência da Repúbli- ca e aos governos de Estado, bem como aos cargos de deputados federal, estadual e distrital. Le- gendas, federações e coligações têm até 15 de agosto para solici- tar o registro de candidatura dos escolhidos. 

Pesquisas de preferência de voto devem ser

registradas no TSE

Confira outras regras e prazos importantes previstos para Eleições que foram aprovados

Ministro Luis Roberto Barroso

DIVULGAÇÃO

Terça-feira, 4 de janeiro de 2022 •

3

Política

ÚLTIMAS DA POLÍTICA Direto da Redação

redacao@agorarn.com.br

D epois que chegou da viagem que fez aos Estados Unidos com a fa- mília, o ex-prefeito Carlos Eduar- do Alves (PDT) tinha dado uma pausa nas agendas do interior, onde priorizava en- trevistas em emissoras locais. Carlos Edu- ardo também deixou de fazer postagens nas redes sociais até ontem, penúltimo dia do ano pré-eleitoral. Comandando o PDT no Rio Grande do Norte, ele não tem sequer o apoio da bancada do seu partido na capital.

Os vereadores e o presidente da Câma- ra Municipal, Paulinho Freire estão aptos a mudarem de legenda. Uns vão disputar as eleições 2022 e outros seguem outras

orientações. O prefeito de Natal, Álvaro

Dias é hoje um seguidor do ministro Ro- gério Marinho (PL) e está comprometido

com seu nome para o Senado. Nas con-

versas reservadas, Álvaro também deu sua

palavra que apoiará o nome que Rogério escolher para o Governo do Estado.

Carlos Eduardo andou se oferecendo para integrar a chapa da governadora Fá- tima Bezerra, como candidato a senador. A ideia foi defendida pelo vice-governa- dor Antenor Roberto (PCdoB), que que- ria continuar como vice. Não cabe dois Alves na chapa de Fátima. Para atrair o MDB, tendo o deputado Walter Alves de vice, não pode ter outro familiar como senador. O PT não aceita esse tipo de oli- garquia. Até os deputados e militantes in- fluentes já deram declarações contrárias a Carlos Eduardo na chapa. Ele é tido como um escorpião da política potiguar. Depois de eleito...

Carlos Eduardo encerra ano sem grupo e na incerteza em qual cargo vai disputar em 2022

FEDERAÇÕES.

O presidente na- cional do PSB, Carlos Siqueira, ex- pôs as dificuldades na negociação de uma possível federação com o PT e cobrou apoio em estados para destravar. “Em primeiro lugar, nós não vamos fazer federação com ninguém, principalmente com o PT, antes de ter um acordo geral sobre os apoios que nós precisa- mos do PT. Em segundo lugar, a rigor, nós não precisamos de fede- ração alguma para disputar as elei- ções”, disse.

SOCIALISTAS. O deputado fede-

ral Rafael Motta torce para que seu PSB faça uma federação com o PT. Rafael teme um fracasso numa no- minata. Para ser reeleito, ele preci- sa de uma boa nominata. Com o PT, ele disputaria votos com a de- putada Nathália Bonavides, Fer- nando Mineiro, Samanda Alves, Cadu Xavier...

CANDIDATURA.

A chance do pau- lista Geraldo Alckmin (ex-PSDB) for- mar uma chapa com o petista Lula da Silva para disputar a corrida eleitoral de 2022 reavivou, dentro do PSOL, as discussões sobre uma possível can- didatura própria na briga pelo Palá- cio do Planalto. O deputado federal Glauber Braga (RJ) defende concor- rer à Presidência pelo PSOL caso a união Lula-Alckmin seja sacramen- tada. O PSOL estava na esperança do PT para uma federação.

PODEMOS.

Para fortalecer a candidatura do ex-juiz Sérgio Mo- ro no Rio Grande do Norte, o Po- demos vai lançar mesmo o nome do senador Styvenson Valentim. No próximo ano, o partido terá R$ 190.116.193,50 para financiamen- to público das campanhas em todo Brasil. É a metade de siglas como União Brasil, PT, PSDB, PP e PL, por exemplos.

Garibaldi: “Henrique fez de tudo para derrotar meu fi lho Walter”

Ex-senador admite racha entre os Alves no RN: “Eu e Henrique não temos mais relação política e nem familiar”

“S im, estamos rompidos, não tenha nenhuma dú- vida. Eu e Henrique não temos mais relação política e nem familiar”. Com essa fala, o ex-se- nador e ex-governador Garibaldi Alves Filho (MDB) confirmou pu- blicamente que não possui mais qualquer tipo de relação com seu primo, o ex-ministro e ex-deputa- do federal Henrique Alves (MDB).

A informação foi oficializada pelo próprio Garibaldi, exclusivamen- te ao AGORA RN, nesta segunda- -feira 3, em tom de desabafo.

De acordo com o ex-governa- dor, o motivo do rompimento en- tre os Alves, família política mais tradicional do Rio Grande do Nor- te ocorreu porque, “Henrique não colaborou, não deu nenhuma contribuição conosco na última eleição de 2018. Muito pelo con- trário, Henrique fez de tudo para derrotar meu filho Walter”, afir- mou. Garibaldi explicou que, nas eleições de 2018, Henrique apos- tou todas as suas fichas, e traba- lhou nos bastidores, na candida-

tura do então deputado federal de Benes Leocádio, deixando de lado a candidatura à reeleição do seu primo, Walter Alves (MDB). “Esse episódio, a gente nunca pôde to- lerar”, frisou.

Para ele, nas eleições de 2018,

a base eleitoral do ex-ministro, dentro do MDB, apoiou Leocá- dio. Na ocasião, Benes foi o depu- tado federal mais votado no Esta- do, com 125.841 votos (7,82% dos votos válidos), enquanto Walter - que despontava como favorito

ao primeiro lugar, ficou apenas na 7ª posição, com 79.333 votos (4,9% dos votos válidos). “Como está chegando a hora das defini- ções eleitorais, precisamos tor- nar isso mais claro”, enfatizou Garibaldi.

“SURPRESO”, DIZ HENRIQUE.

“Diz o ditado popular, quando um não quer, dois não brigam”. Desta forma, o ex-deputado fe- deral e ex-ministro Henrique Al- ves (MDB) se pronunciou sobre o rompimento político e fami- liar entre ele e o ex-senador Ga- ribaldi Alves Filho (MDB), anun- ciado nesta segunda-feira 3.

“Surpreso, sim. Não esperem de mim uma resposta agressiva em relação ao primo, amigo, com- panheiro de MDB de 51 anos. Só gratidão e respeito a Garibaldi. Sabemos o que vivemos juntos”, disse.

Henrique afirmou ainda que estranhou o fato, já que ambos se falaram tranquilamente nos últi- mos dias. “Nos falamos no meu aniversário em dezembro, Natal e Ano Novo, quando nos deseja- mos fraternalmente boas festas e felicidades. A vida e suas circuns- tâncias. Realizei a vida política, partidária e pública na escola de meu pai. Sem ódio e sem medo. Em tempo, a única campanha que não pude ajudar a Garibaldi foi a última de 2018, quando ain- da sofria absurdas limitações de brutal injustiça. O RN também sabe disso”. 

Adenilson Costa Repórter de Política

Falta de apoio e “rasteira” política teriam motivado decisão do ex-senador, que se sentiu “traído” pelo primo

JOSÉ ALDENIR/AGORA RN

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Todas as informações contidas nos artigos publicados nesta edição são de inteira responsabilidade dos autores, não tra- duzindo, portanto, a opinião deste jornal. Sua publicação visa tão-somente a promover o debate e a refl exão sobre proble- mas dos mais variados segmentos da sociedade.

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Alex Viana

Diretor-Presidente Edilson Viana

Dir.Administrativo Lissandra Viana

Dir. Financeira Alessandra Viana Dir. de Marketing

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:

AVENIDA HERMES DA FONSECA, N° 384 - PETRÓPOLIS, NATAL/RN - CEP: 59020-000

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(JORNAL - PORTAL)

REDAÇÃO:

84 3027-1690 ATENDIMENTO:

84 98117-1715 REDES SOCIAIS:

AGORARN CIRCULAÇÃO:

GRATUITA

• Terça-feira, 4 de janeiro de 2022

2 Política

A dmitir ignorância talvez seja a atitude mais sen- sata e sábia da vida.

“Não sei”, “talvez” são as ex- pressões que melhor definem a honestidade de uma pessoa diante de um problema cuja complexidade é maior do que sua capacidade para entendê- -la.

Resolver já é outra situação.

Se há pessoas que estuda- ram a vida inteira para enten- der o que é um mistério pa- ra a maioria dos mortais, tal- vez essas fontes devessem ser sempre consultadas por meio de filtros confiáveis que nos salvassem da ignorância pre- tensiosa dos profissionais da mentira.

Isso já era importante antes da indústria das ‘fake news’ na internet e é vital hoje quando a manipulação industrial usa desassombros recursos da fa- lácia para transformar absur- dos em argumentos críveis e até inquestionáveis.

Vacinas, por exemplo.

Há um movimento global no mundo contra elas. Ele está associado à extrema direita e não aos conservadores de ma- neira geral. É coisa de peque- nas, mas barulhentas bolhas radicais e fundamentalistas.

É tão forte que grandes personalidades da música, dos esportes e até da medicina, de influência internacional, assu- miram espaços dentro do que se convencionou chamar de movimento ‘antivax’ ou anti- vacina.

Por conta disso, pessoas de inquestionável valor vêem a sua outrora popularidade e prestígio derreter. E se res-

sentem disso. Na verdade, es- tão chocadas ao perceberem quanto comprometeram dé- cadas de seu próprio trabalho.

Donald Trump, líder da ex- trema-direita no país mais de- mocrático do planeta, capaz da atrocidade como influen- ciar seguidores seus a invadir o Capitólio norte-americano para contestar o resultado das eleições, já foi vaiado duas ve- zes ao defender vacinas em fa- las públicas.

Lorenzo Damiano, um dos principais líderes negacionis- tas em Treviso, província da região do Vêneto, base da ex- trema direita italiana, depois de participar de manifestações contra as vacinas da Covid, no fim do ano passado, pegou a doença durante uma viagem e mudou totalmente de discur- so. Precisou ficar uma sema- na internado na UTI de Vêneto para cair a ficha dele.

E olha que Damiano não era um ‘antivax’ de zap; foi um dos idealizadores do Nurem- berg 2, movimento que pro- põe um julgamento idêntico ao que foram submetidos os nazistas no fim da Segunda Guerra para responsabilizar os responsáveis pelo “grande esquema de um vírus criado de propósito” — referência à covid 19.

Infelizmente, são exceções.

Não acreditar e se contra- por à eficiência de imunizan- tes virou dogma político de quem não aceita de jeito ne- nhum sua eficácia, embora não consiga explicar porque tanta gente deixou de morrer com o avanço da vacinação no mundo.

A loucura dos antivacina

DOGMA.

Os lunáticos da anti- vacina acreditam piamente que as mortes pela covid aconteceram por outras causas e que a pande- mia não passa de uma invenção de forças políticas contrárias às suas crenças. Seriam estes os globalis- tas, comunistas e satanistas – to- dos juntos e misturados na imagi- nação dessa gente. Então, negam todo o conhecimento acumula- do pela ciência durante milênios, preferindo criar verdades próprias sem nenhuma base científica que se submeta a uma exaustiva con- traprova dos pares. É puramente anticiência.

ERA DAS TREVAS.

É como se fosse uma volta ao pré-iluminismo em pleno século XXI, negam todo o avanço da Humanidade e pro- põem uma visão obscurantista e negacionista dos avanços da civi- lização. Pode ser sedutor para um Boko Haram ou um Estado Islâmi- co da vida, que invade um sítio his- tórico como Palmira para devastar milhões de anos de história. Para nós, é só um horror.

FÉRIAS INTERROMPIDAS. O

presidente Bolsonaro curtiu suas férias como um adolescente e se exasperou quando ministros lhe perguntavam se não iria sobrevo- ar as áreas atingidas pelas enchen- tes na Bahia. Mas quando a coisa apertou para ele, não pensou du- as vezes: melou o descanso de seu médico, Antônio Luiz Macedo, que estava de papo pro ar nas Bahamas.

ÚNICO PARA O ÚNICO. Mandou

um jato da FAB buscar o único que mexe nas suas tripas. E deu muni- ção para sua base nas redes lembrar o fatídico episódio da facada duran- te a campanha. E, é claro, vários mi- nistros aproveitaram para tirar sua casquinha evocando a triste figura de Adélio Bispo de Oliveira. Ou se- ja, das férias para a glória é só uma questão intestina da política.

QUESTÃO DE LÓGICA. Já come-

çou o esquenta do Carnaval no Rio Grande do Norte. Não citaremos os eventos. Enquanto isso, nos EUA, o número de pessoas diagnosticadas com Covid-19 nos últimos sete dias quase dobrou em relação à semana anterior, impulsionado pela disse- minação da variante Ômicron. Na América do Sul, os diagnósticos quase dobraram, embora as mor- tes continuem em queda.

MARCELO HOLLANDA Opinião

hollandajornalista@gmail.com

A provada pelo Plenário do Tribunal Superior Eleito- ral (TSE), a Resolução nº 23.674/2021 disciplina o Calendá- rio Eleitoral de 2022 com as princi- pais datas a serem observadas pe- los partidos e candidatos. As elei- ções estão marcadas para o dia 2 de outubro, quando os brasileiros vão às urnas para eleger presiden- te da República, governadores, se- nadores e deputados federais, es- taduais e distritais. Um eventual segundo turno será realizado no dia 30 de outubro.

Alguns prazos já começaram a valer desde o dia 1º de janeiro, como a obrigatoriedade de regis- tro de pesquisas eleitorais, a limi- tação de despesas com publici- dade dos órgãos públicos fede- rais, estaduais ou municipais e a proibição da distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios a cidadãs e cidadãos por parte da Administração Pública. Há exce- ção em casos de estado de cala- midade ou emergência pública e programas sociais que já estavam em andamento.

JANELA PARTIDÁRIA. Entre 3

de março e 1º de abril, acontece a janela partidária, período em que deputadas e deputados federais, estaduais e distritais poderão tro- car de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato.

REGISTRO DE ESTATUTOS NO TSE. Dia 2 de abril, seis meses an-

tes do pleito, é data-limite para que todas as legendas e federa- ções partidárias obtenham o re- gistro dos estatutos no TSE. Este também é o prazo final para que todas as candidatas e candidatos tenham domicílio eleitoral na cir- cunscrição em que desejam dis- putar as eleições e estarem com a filiação deferida pela agremia- ção pela qual pretende concorrer.

Presidente da República, gover- nadoras ou governadores de Es- tado e prefeitas ou prefeitos que pretendam concorrer a outros cargos em 2022 têm até esta da- ta para renunciar aos respectivos mandatos nesta data.

FORMAÇÃO DE FEDERAÇÕES.

O órgão de direção nacional do partido político ou federação de- ve publicar, do Diário Oficial da União (DOU), as normas para a formação de coligações nas elei- ções majoritárias até 5 de abril, 180 dias antes das eleições. En- tre este dia e a data da posse das eleitas e dos eleitos, é vedado aos agentes públicos realizar reajuste de servidoras e servidores públi- cos que excedam a recomposição da perda de poder aquisitivo ao longo do ano da eleição.

TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO.

No dia 4 de maio, 151 dias antes do pleito, vence o prazo para que eleitoras e eleitores realizem ope- rações de transferência do local de votação e revisão de qualquer informação constante do Cadas- tro Eleitoral. Quem tem mais de 18 anos e ainda não possui título eleitoral também tem até este dia para solicitar a emissão do docu- mento pelo sistema TítuloNet.

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS E REGISTROS DE CANDIDATURA.

Entre 20 de julho e 5 de agosto para escolha de candidatas e can- didatos à presidência da Repúbli- ca e aos governos de Estado, bem como aos cargos de deputados federal, estadual e distrital. Le- gendas, federações e coligações têm até 15 de agosto para solici- tar o registro de candidatura dos escolhidos.

Pesquisas de preferência de voto devem ser

registradas no TSE

Confira outras regras e prazos importantes previstos para Eleições que foram aprovados

Ministro Luis Roberto Barroso

DIVULGAÇÃO

Terça-feira, 4 de janeiro de 2022 •

3

Política

ÚLTIMAS DA POLÍTICA Direto da Redação

redacao@agorarn.com.br

D epois que chegou da viagem que fez aos Estados Unidos com a fa- mília, o ex-prefeito Carlos Eduar- do Alves (PDT) tinha dado uma pausa nas agendas do interior, onde priorizava en- trevistas em emissoras locais. Carlos Edu- ardo também deixou de fazer postagens nas redes sociais até ontem, penúltimo dia do ano pré-eleitoral. Comandando o PDT no Rio Grande do Norte, ele não tem sequer o apoio da bancada do seu partido na capital.

Os vereadores e o presidente da Câma- ra Municipal, Paulinho Freire estão aptos a mudarem de legenda. Uns vão disputar as eleições 2022 e outros seguem outras

orientações. O prefeito de Natal, Álvaro

Dias é hoje um seguidor do ministro Ro- gério Marinho (PL) e está comprometido

com seu nome para o Senado. Nas con-

versas reservadas, Álvaro também deu sua

palavra que apoiará o nome que Rogério escolher para o Governo do Estado.

Carlos Eduardo andou se oferecendo para integrar a chapa da governadora Fá- tima Bezerra, como candidato a senador.

A ideia foi defendida pelo vice-governa- dor Antenor Roberto (PCdoB), que que- ria continuar como vice. Não cabe dois Alves na chapa de Fátima. Para atrair o MDB, tendo o deputado Walter Alves de vice, não pode ter outro familiar como senador. O PT não aceita esse tipo de oli- garquia. Até os deputados e militantes in- fluentes já deram declarações contrárias a Carlos Eduardo na chapa. Ele é tido como um escorpião da política potiguar. Depois de eleito...

Carlos Eduardo encerra ano sem grupo e na incerteza em qual cargo vai disputar em 2022

FEDERAÇÕES.

O presidente na- cional do PSB, Carlos Siqueira, ex- pôs as dificuldades na negociação de uma possível federação com o PT e cobrou apoio em estados para destravar. “Em primeiro lugar, nós não vamos fazer federação com ninguém, principalmente com o PT, antes de ter um acordo geral sobre os apoios que nós precisa- mos do PT. Em segundo lugar, a rigor, nós não precisamos de fede- ração alguma para disputar as elei- ções”, disse.

SOCIALISTAS. O deputado fede-

ral Rafael Motta torce para que seu PSB faça uma federação com o PT.

Rafael teme um fracasso numa no- minata. Para ser reeleito, ele preci- sa de uma boa nominata. Com o PT, ele disputaria votos com a de- putada Nathália Bonavides, Fer- nando Mineiro, Samanda Alves, Cadu Xavier...

CANDIDATURA.

A chance do pau- lista Geraldo Alckmin (ex-PSDB) for- mar uma chapa com o petista Lula da Silva para disputar a corrida eleitoral de 2022 reavivou, dentro do PSOL, as discussões sobre uma possível can- didatura própria na briga pelo Palá- cio do Planalto. O deputado federal Glauber Braga (RJ) defende concor- rer à Presidência pelo PSOL caso a união Lula-Alckmin seja sacramen- tada. O PSOL estava na esperança do PT para uma federação.

PODEMOS.

Para fortalecer a candidatura do ex-juiz Sérgio Mo- ro no Rio Grande do Norte, o Po- demos vai lançar mesmo o nome do senador Styvenson Valentim.

No próximo ano, o partido terá R$

190.116.193,50 para financiamen- to público das campanhas em todo Brasil. É a metade de siglas como União Brasil, PT, PSDB, PP e PL, por exemplos.

Garibaldi: “Henrique fez de tudo para derrotar meu fi lho Walter”

Ex-senador admite racha entre os Alves no RN: “Eu e Henrique não temos mais relação política e nem familiar”

“S im, estamos rompidos, não tenha nenhuma dú- vida. Eu e Henrique não temos mais relação política e nem familiar”. Com essa fala, o ex-se- nador e ex-governador Garibaldi Alves Filho (MDB) confirmou pu- blicamente que não possui mais qualquer tipo de relação com seu primo, o ex-ministro e ex-deputa- do federal Henrique Alves (MDB).

A informação foi oficializada pelo próprio Garibaldi, exclusivamen- te ao AGORA RN, nesta segunda- -feira 3, em tom de desabafo.

De acordo com o ex-governa- dor, o motivo do rompimento en- tre os Alves, família política mais tradicional do Rio Grande do Nor- te ocorreu porque, “Henrique não colaborou, não deu nenhuma contribuição conosco na última eleição de 2018. Muito pelo con- trário, Henrique fez de tudo para derrotar meu filho Walter”, afir- mou. Garibaldi explicou que, nas eleições de 2018, Henrique apos- tou todas as suas fichas, e traba- lhou nos bastidores, na candida-

tura do então deputado federal de Benes Leocádio, deixando de lado a candidatura à reeleição do seu primo, Walter Alves (MDB). “Esse episódio, a gente nunca pôde to- lerar”, frisou.

Para ele, nas eleições de 2018,

a base eleitoral do ex-ministro, dentro do MDB, apoiou Leocá- dio. Na ocasião, Benes foi o depu- tado federal mais votado no Esta- do, com 125.841 votos (7,82% dos votos válidos), enquanto Walter - que despontava como favorito

ao primeiro lugar, ficou apenas na 7ª posição, com 79.333 votos (4,9% dos votos válidos). “Como está chegando a hora das defini- ções eleitorais, precisamos tor- nar isso mais claro”, enfatizou Garibaldi.

“SURPRESO”, DIZ HENRIQUE.

“Diz o ditado popular, quando um não quer, dois não brigam”.

Desta forma, o ex-deputado fe- deral e ex-ministro Henrique Al- ves (MDB) se pronunciou sobre o rompimento político e fami- liar entre ele e o ex-senador Ga- ribaldi Alves Filho (MDB), anun- ciado nesta segunda-feira 3.

“Surpreso, sim. Não esperem de mim uma resposta agressiva em relação ao primo, amigo, com- panheiro de MDB de 51 anos. Só gratidão e respeito a Garibaldi.

Sabemos o que vivemos juntos”, disse.

Henrique afirmou ainda que estranhou o fato, já que ambos se falaram tranquilamente nos últi- mos dias. “Nos falamos no meu aniversário em dezembro, Natal e Ano Novo, quando nos deseja- mos fraternalmente boas festas e felicidades. A vida e suas circuns- tâncias. Realizei a vida política, partidária e pública na escola de meu pai. Sem ódio e sem medo.

Em tempo, a única campanha que não pude ajudar a Garibaldi foi a última de 2018, quando ain- da sofria absurdas limitações de brutal injustiça. O RN também sabe disso”. 

Adenilson Costa Repórter de Política

Falta de apoio e “rasteira” política teriam motivado decisão do ex-senador, que se sentiu “traído” pelo primo

JOSÉ ALDENIR/AGORA RN

(4)

• Terça-feira, 4 de janeiro de 2022

4 Política

Câmara dos Deputados encerrou 2021 com 244 projetos aprovados

Combate à Covid-19 e apoio à economia foram um dos principais temas abordados pelos parlamentares

A Câmara dos Deputados aprovou, em 2021, várias propostas sobre o comba- te à pandemia de Covid-19 e en- frentou temas polêmicos como o limite ao pagamento de preca- tórios (PECs 23/21 e 46/21), me- didas mais rígidas de contenção de despesas com pessoal (PEC 186/19), restrições aos supersalá- rios (PL 6726/16) e desestatização da Eletrobras (MP 1031/21) e dos Correios (PL 591/21).

Conforme levantamento feito pela Agência Câmara de Notícias, foram aprovados, no total, 123 projetos de lei, 38 medidas provi- sórias, 16 projetos de lei comple- mentar, 9 propostas de emenda à Constituição, 11 projetos de reso- lução e 47 projetos de decreto le- gislativo. Já a Comissão de Cons- tituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, em caráter con- clusivo, outros 114 projetos no ano passado.

Entre os projetos de comba- te direto à pandemia de Covid-19, destacam-se a autorização para la- boratórios veterinários fabricarem a vacina (PL 1343/21), regras para a quebra de patente de medicamen- tos (PL 12/21) e ações para evitar o contágio em tribos indígenas (MP

1027/21). Todas já viraram lei.

Além dessas medidas diretas relacionadas à pandemia, os par- lamentares aprovaram ainda pro- jetos para resolver problemas so- cioeconômicos causados pela do- ença e pelas medidas necessárias ao combate de sua proliferação.

Foram aprovadas, por exem- plo, propostas para ajudar o se-

tor de eventos (PL 5638/20), sobre remarcação de passagens aéreas (MP 1024/20), proibição de des- pejo em 2021 (PL 827/20), e sus- pensão da prova de vida de apo- sentados perante o INSS até 31 de dezembro de 2021 (PL 385/21).

Todas já foram convertidas em lei.

Com a economia fragilizada por causa da pandemia, foram

aprovados projetos como o que torna permanente o programa de apoio às micro e pequenas em- presas por meio de financiamen- tos (PL 4139/20), uma das etapas da reforma tributária que altera regras do Imposto de Renda (PL 2337/21), a simplificação na aber- tura de empresas (MP 1040/21), o parcelamento de dívidas de mi-

cro e pequenas empresas (PLP 46/21), e o projeto que regula- menta as startups (PLP 146/19).

SOCIAL E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.

Na área social, desta- cam-se a criação do programa de distribuição de renda Auxílio Bra- sil para substituir o Bolsa Família (MP 1061/21), a inclusão de me- dicamentos orais contra o câncer a serem obrigatoriamente forne- cidos por planos de saúde (MP 1067/21), e a criação de um auxí- lio-gás para famílias de baixa ren- da (PL 1374/21).

Outro tema bastante tratado pela Câmara foi o da violência contra a mulher, resultando na aprovação de diversos projetos:

campanha de socorro de vítimas por meio do sinal vermelho na palma da mão (PL 741/21); au- mento da pena de feminicídio de reclusão de 12 a 30 anos para 15 a 30 anos (PL 1568/19); aumento da pena dos crimes de calúnia, di- famação e injúria cometidos nes- se contexto (PL 301/21); e obri- gação de o juiz zelar pela integri- dade da vítima em audiências de instrução e julgamento sobre cri- mes contra a dignidade sexual (PL 5096/20). 

Levantamento da Câmara mostrou foco em temas diretamente relacionados à saúde física e fi nanceira da população

DECISÃO JUDICIAL

Vereadores de Mossoró terão que reanalisar leis orçamentárias para 2022 A Câmara Municipal de Mos-

soró se prepara para rea- nalisar leis orçamentárias, após cumprir a decisão judicial de devolver à Prefeitura o projeto do Orçamento de 2022. Em reu- nião na manhã de hoje (3), vere- adores se dispuseram a acelerar o processo legislativo, no decorrer deste mês, para evitar prejuízos financeiro e administrativo ao Município.

Além da Lei Orçamentária Anual (LOA), precisarão ser ajus- tados a Lei de Diretrizes Orça-

mentárias (LDO) e o Plano Plu- rianual (PPA), aprovados em ju- nho e novembro de 2021, respec- tivamente. A adequação é para reservar 1,2% da receita corren- te líquida às emendas impositi- vas dos vereadores e vereadoras, conforme liminar do Tribunal de Justiça (TJRN).

Não se observa, na Câmara, ambiente para continuar a judi- cialização do tema. O clima polí- tico é para resolução via proces- so legislativo. “Obtivemos o con- senso entre as bancadas para as

tramitações em curto prazo”, in- forma o vereador Genilson Alves (Pros), líder do Governo.

Apesar desse compromisso, o rito dos trabalhos dependerá do teor dos projetos a serem envia- dos pela Prefeitura, segundo o ve- reador Professor Francisco Carlos (PP) “Esperamos a colaboração do Executivo para sanar essa situ- ação o mais rápido possível”, diz o líder da oposição.

SESSÕES MANTIDAS. Segundo

o presidente da Câmara, Lawren-

ce Amorim (Solidariedade), a pre- visão é que o Executivo envie os ajustes à LDO e ao PPA ainda esta semana. Após adequações nessas leis, que poderão ser aprovadas na próxima semana, em urgência es- pecial, a Câmara passaria à LOA – esta sim, com tramitação mais longa (audiência pública, prazo para emendas etc.).

“Enquanto isso, a Câmara se- gue com sessões ordinárias nor- mais, a partir desta terça-feira (4), às 9h”, anuncia o presidente. Pa- ralelamente, ele constrói com o

Governo Municipal a aplicação pelo Legislativo e Executivo do

“orçamento provisório”, corres- pondente a 1/12 avos do Orça- mento, até aprovação da lei orça- mentária definitiva para 2022.

Por fim, na reunião de hoje na Câmara, com a presença de 18 vereadores e técnicos do Le- gislativo, encaminhou-se a re- serva para a Saúde de 50% dos mais de R$ 9 milhões previstos às emendas impositivas. Trata-se do mesmo percentual adotado pela União e Governo do Estado.  Previsão é que Executivo envie os ajustes à LDO e ao PPA ainda esta semana

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• Terça-feira, 24 de dezembro de 2021

4 Política Política

Terça-feira, 4 de janeiro de 2022 •

5

NEY LOPES

Por trás da notícia

nl@neylopes.com.br

C omeçou o ano do bicen- tenário do descobrimen- to do Brasil. O país ainda enfrenta uma pandemia que já matou cerca de 620 mil brasi- leiros. O quadro se agrava pe- la crise econômica, que gera

o imenso drama social do de- semprego, da desigualdade, da exclusão, da fome. No primeiro centenário, em 1922, tivemos de conviver com os restos da devastação causada pela gripe espanhola, chegada em 1918.

Bicentenário eleição é luz no fi nal do túnel

PREOCUPAÇÃO I.

A crise sanitária desperta para o fato de que somos o oitavo país mais desigual do mundo e ocupamos a 84.ª posição no Ín- dice de Desenvolvimento Humano. Em 2010, o 1% mais rico da popula- ção detinha 44% da riqueza nacional.

PREOCUPAÇÃO II.

Há três décadas, as taxas de crescimento são me- díocres, incapazes de gerar os empregos necessários e viabilizar políti- cas sociais que reduzam a miséria.

PREOCUPAÇÃO III.

2022 enfrentará a falta de medidas redistributivas de renda, como o aumento do imposto sobre heranças, a taxação de di- videndos, a alteração nas faixas do Imposto de Renda. Não há política de redistribuição. A taxação é sobre o consumo, e não a renda.

PREOCUPAÇÃO IV. O exemplo é que a mais alta de Imposto de Renda

atinge 27,5%. Nos Estados Unidos, ela é de 37%, no Chile, é de 40%, em Portugal, de 48%, no Japão, de 56%. Acumula-se massa de desempre- gados, subempregados e não empregáveis, sem perspectiva de solução.

VACINAÇÃO.

O Brasil tem 143,4 milhões de pessoas total- mente imunizadas contra a covid, ou 67,23% da população. Incrível que o presidente, pelo seu esti- lo de provocar polêmicas desne- cessárias, não capitalize essa con- quista.

VICE DO PT.

Ficará na geladei- ra a escolha do candidato à vice- -presidência de Lula. A ordem é tratar, primeiramente, das con- versas estaduais e a federação de partidos.

PRAZO. A tendência é de que o

desfecho fique para abril ou maio, depois da janela para troca de le- genda, que se abrirá em março.

ALCKMIN.

“Nem mel, nem cumbuca”, que significa dizer

“nem uma coisa,nem outra”. É o que pode acontecer com Alck- min, diante da intenção do PT. Isto porque, Gilberto Kassab do PSD já busca outro nome para concorrer ao governo de São Paulo.

SARNEY. Declarou o ex-presi-

dente José Sarney sobre a vacina- ção infantil. “Ser obrigatória não é contra os direitos constitucionais, mas resultado deles, pois a vaci- nação não é um processo indivi- dual, mas um instrumento coleti- vo em defesa do mais básico dos direitos, o direito à vida”.

VENDAS.

Os shoppings cen- ters venderam 10% a mais do que em 2020, segundo levantamento da Associação Brasileira de Sho- ppings Centers, mas ainda ficou 3,5% abaixo de 2019.

ALEMANHA.

A incidência acu- mulada de novas infecções de Co- vid19 por 100 000 habitantes em sete dias subiu na Alemanha pe- lo quinto dia consecutivo, para 232,4 contágios, quando se inicia o retorno escalonado às aulas.

LULA.

Aloizio Mercadante cui- da do plano de governo de Lula. As linhas gerais são: combater a miséria, o desemprego e mostrar que o presidente da República pode aumentar o poder de com- pra da população.

Olho aberto

AGENDA.

A pós pandemia impõe que haja urgentemente um “consen- so”, em torno crescimento econômico e a redução da desigualdade social.

Essa agenda terá que ser elaborada acima de ideologias, programas parti- dários e opiniões pessoais, mesmo durante a campanha eleitoral.

CAMINHO.

A eleição de 2022 é a luz no final do túnel. Ainda há tempo do debate político colocar-se em torno de ideias, propostas e afastar os radicalismos. O Brasil não precisa de um salvador. Pre- cisa apenas, de um estadista.

Rompimento entre

Garibaldi e Henrique não afetar aliança MDB-PT

Ala do MDB ligada ao ex-ministro é contrária à formação de qualquer aliança partidária com os petistas no Estado

O rompimento político en- tre os primos e ex-minis- tros Garibaldi Alves Filho e Henrique Alves não deve afe- tar a aliança política que vem sendo costurada entre o MDB e o PT no Rio Grande do Norte, focando na reeleição da gover- nadora Fátima Bezerra (PT) nas eleições gerais deste ano.

A possibilidade de que seja formada uma chapa Fátima go- vernadora, Walter vice-governa- dor e Garibaldi senador é cada vez mais forte e ficou mais nítida principalmente após o primeiro encontro público desde o início das negociações entre os dois partidos, na última semana.

Internamente, as discus- sões da ala do MDB ligada ao ex-ministro Henrique é con- trária à formação de qualquer aliança partidária com os pe- tistas no Estado. Agora, com o ex-ministro isolado dentro da legenda, o MDB, que é presi- dido no Rio Grande do Norte pelo deputado federal Walter Alves, ganha mais forças para continuar os diálogos e enten- dimentos com o PT.

Enquanto isso, a expectativa é que o vice-governador Ante- nor Roberto (PCdoB) venha ser o indicado pela governadora Fá- tima Bezerra para disputar uma cadeira na Câmara Federal. E que o ex-prefeito de Natal, Car- los Eduardo (PDT), volte a inte- grar o “arco” das forças progres- sistas do Estado.

“A expectativa do PCdoB é de que Carlos Eduardo retorne as relações políticas dele com o bloco progressistas do RN. Nós apoiamos Carlos todas as vezes que ele foi candidato a prefeito em Natal. Apoiamos quando ele disputou o governo do Estado. É um amigo nosso”, disse, após visita do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), no últi- mo dia 8 de dezembro, em seu gabinete.

Para Antenor, “se Carlos fos- se candidato a governador, claro que, até por elegância, não viria pedir o meu apoio, até porque, eu sou o vice de Fátima. Essas conversas e trocas de ideias é para ver outras possibilidades, daqui há alguns meses, quando o cenário ficar mais claro, filia- ções confirmadas e janelas esta- belecidas. Acho que só aí é que

poderemos ter um desenho da sucessão (de Fátima Bezerra)”, enfatizou.

Antenor disse que ele e Car- los Eduardo trocaram ideias sobre a conjuntura da política nacional e estadual. “Conversa- mos ainda sobre as federações que estão em curso, inclusive a questão do PDT, que sempre foi um aliado nosso. Mas, a minha articulação política é em torno do projeto do PCdoB que visa a reeleição de Fátima. Isso é uma resolução do nosso partido”, fi- nalizou.

A reportagem do AGORA RN entrou em contato com o ex- -prefeito de Natal, Carlos Edu- ardo Alves (PDT), para falar so- bre o assunto, mas ele disse que estava em férias e que somente se pronunciará sobre política no RN depois do dia 6 de janeiro.

Os Alves e Fátima estão alinhados e devem compor chapa em breve

O presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, des- de a madrugada desta segunda 3. Bolsonaro passou mal após o al- moço de domingo. Em boletim, o hospital confirmou um quadro de obstrução intestinal e informou que não há previsão de alta. O médico-cirurgião Antônio Mace- do, que atende o presidente des- de o atentado a faca de 2018, disse que só terá a certeza se precisará de cirurgia após avaliação com- pleta. Desde o incidente, Bolsona- ro já precisou ser internado cinco vezes para cirurgias. 

Internado

REPRODUÇÃO

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• Terça-feira, 4 de janeiro de 2022

4 Política

Câmara dos Deputados encerrou 2021 com 244 projetos aprovados

Combate à Covid-19 e apoio à economia foram um dos principais temas abordados pelos parlamentares

A Câmara dos Deputados aprovou, em 2021, várias propostas sobre o comba- te à pandemia de Covid-19 e en- frentou temas polêmicos como o limite ao pagamento de preca- tórios (PECs 23/21 e 46/21), me- didas mais rígidas de contenção de despesas com pessoal (PEC 186/19), restrições aos supersalá- rios (PL 6726/16) e desestatização da Eletrobras (MP 1031/21) e dos Correios (PL 591/21).

Conforme levantamento feito pela Agência Câmara de Notícias, foram aprovados, no total, 123 projetos de lei, 38 medidas provi- sórias, 16 projetos de lei comple- mentar, 9 propostas de emenda à Constituição, 11 projetos de reso- lução e 47 projetos de decreto le- gislativo. Já a Comissão de Cons- tituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou, em caráter con- clusivo, outros 114 projetos no ano passado.

Entre os projetos de comba- te direto à pandemia de Covid-19, destacam-se a autorização para la- boratórios veterinários fabricarem a vacina (PL 1343/21), regras para a quebra de patente de medicamen- tos (PL 12/21) e ações para evitar o contágio em tribos indígenas (MP

1027/21). Todas já viraram lei.

Além dessas medidas diretas relacionadas à pandemia, os par- lamentares aprovaram ainda pro- jetos para resolver problemas so- cioeconômicos causados pela do- ença e pelas medidas necessárias ao combate de sua proliferação.

Foram aprovadas, por exem- plo, propostas para ajudar o se-

tor de eventos (PL 5638/20), sobre remarcação de passagens aéreas (MP 1024/20), proibição de des- pejo em 2021 (PL 827/20), e sus- pensão da prova de vida de apo- sentados perante o INSS até 31 de dezembro de 2021 (PL 385/21).

Todas já foram convertidas em lei.

Com a economia fragilizada por causa da pandemia, foram

aprovados projetos como o que torna permanente o programa de apoio às micro e pequenas em- presas por meio de financiamen- tos (PL 4139/20), uma das etapas da reforma tributária que altera regras do Imposto de Renda (PL 2337/21), a simplificação na aber- tura de empresas (MP 1040/21), o parcelamento de dívidas de mi-

cro e pequenas empresas (PLP 46/21), e o projeto que regula- menta as startups (PLP 146/19).

SOCIAL E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.

Na área social, desta- cam-se a criação do programa de distribuição de renda Auxílio Bra- sil para substituir o Bolsa Família (MP 1061/21), a inclusão de me- dicamentos orais contra o câncer a serem obrigatoriamente forne- cidos por planos de saúde (MP 1067/21), e a criação de um auxí- lio-gás para famílias de baixa ren- da (PL 1374/21).

Outro tema bastante tratado pela Câmara foi o da violência contra a mulher, resultando na aprovação de diversos projetos:

campanha de socorro de vítimas por meio do sinal vermelho na palma da mão (PL 741/21); au- mento da pena de feminicídio de reclusão de 12 a 30 anos para 15 a 30 anos (PL 1568/19); aumento da pena dos crimes de calúnia, di- famação e injúria cometidos nes- se contexto (PL 301/21); e obri- gação de o juiz zelar pela integri- dade da vítima em audiências de instrução e julgamento sobre cri- mes contra a dignidade sexual (PL 5096/20).

Levantamento da Câmara mostrou foco em temas diretamente relacionados à saúde física e fi nanceira da população

DECISÃO JUDICIAL

Vereadores de Mossoró terão que reanalisar leis orçamentárias para 2022 A Câmara Municipal de Mos-

soró se prepara para rea- nalisar leis orçamentárias, após cumprir a decisão judicial de devolver à Prefeitura o projeto do Orçamento de 2022. Em reu- nião na manhã de hoje (3), vere- adores se dispuseram a acelerar o processo legislativo, no decorrer deste mês, para evitar prejuízos financeiro e administrativo ao Município.

Além da Lei Orçamentária Anual (LOA), precisarão ser ajus- tados a Lei de Diretrizes Orça-

mentárias (LDO) e o Plano Plu- rianual (PPA), aprovados em ju- nho e novembro de 2021, respec- tivamente. A adequação é para reservar 1,2% da receita corren- te líquida às emendas impositi- vas dos vereadores e vereadoras, conforme liminar do Tribunal de Justiça (TJRN).

Não se observa, na Câmara, ambiente para continuar a judi- cialização do tema. O clima polí- tico é para resolução via proces- so legislativo. “Obtivemos o con- senso entre as bancadas para as

tramitações em curto prazo”, in- forma o vereador Genilson Alves (Pros), líder do Governo.

Apesar desse compromisso, o rito dos trabalhos dependerá do teor dos projetos a serem envia- dos pela Prefeitura, segundo o ve- reador Professor Francisco Carlos (PP) “Esperamos a colaboração do Executivo para sanar essa situ- ação o mais rápido possível”, diz o líder da oposição.

SESSÕES MANTIDAS. Segundo

o presidente da Câmara, Lawren-

ce Amorim (Solidariedade), a pre- visão é que o Executivo envie os ajustes à LDO e ao PPA ainda esta semana. Após adequações nessas leis, que poderão ser aprovadas na próxima semana, em urgência es- pecial, a Câmara passaria à LOA – esta sim, com tramitação mais longa (audiência pública, prazo para emendas etc.).

“Enquanto isso, a Câmara se- gue com sessões ordinárias nor- mais, a partir desta terça-feira (4), às 9h”, anuncia o presidente. Pa- ralelamente, ele constrói com o

Governo Municipal a aplicação pelo Legislativo e Executivo do

“orçamento provisório”, corres- pondente a 1/12 avos do Orça- mento, até aprovação da lei orça- mentária definitiva para 2022.

Por fim, na reunião de hoje na Câmara, com a presença de 18 vereadores e técnicos do Le- gislativo, encaminhou-se a re- serva para a Saúde de 50% dos mais de R$ 9 milhões previstos às emendas impositivas. Trata-se do mesmo percentual adotado pela União e Governo do Estado.  Previsão é que Executivo envie os ajustes à LDO e ao PPA ainda esta semana

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• Terça-feira, 24 de dezembro de 2021

4 Política Política

Terça-feira, 4 de janeiro de 2022 •

5

NEY LOPES

Por trás da notícia

nl@neylopes.com.br

C omeçou o ano do bicen- tenário do descobrimen- to do Brasil. O país ainda enfrenta uma pandemia que já matou cerca de 620 mil brasi- leiros. O quadro se agrava pe- la crise econômica, que gera

o imenso drama social do de- semprego, da desigualdade, da exclusão, da fome. No primeiro centenário, em 1922, tivemos de conviver com os restos da devastação causada pela gripe espanhola, chegada em 1918.

Bicentenário eleição é luz no fi nal do túnel

PREOCUPAÇÃO I.

A crise sanitária desperta para o fato de que somos o oitavo país mais desigual do mundo e ocupamos a 84.ª posição no Ín- dice de Desenvolvimento Humano. Em 2010, o 1% mais rico da popula- ção detinha 44% da riqueza nacional.

PREOCUPAÇÃO II.

Há três décadas, as taxas de crescimento são me- díocres, incapazes de gerar os empregos necessários e viabilizar políti- cas sociais que reduzam a miséria.

PREOCUPAÇÃO III.

2022 enfrentará a falta de medidas redistributivas de renda, como o aumento do imposto sobre heranças, a taxação de di- videndos, a alteração nas faixas do Imposto de Renda. Não há política de redistribuição. A taxação é sobre o consumo, e não a renda.

PREOCUPAÇÃO IV. O exemplo é que a mais alta de Imposto de Renda

atinge 27,5%. Nos Estados Unidos, ela é de 37%, no Chile, é de 40%, em Portugal, de 48%, no Japão, de 56%. Acumula-se massa de desempre- gados, subempregados e não empregáveis, sem perspectiva de solução.

VACINAÇÃO.

O Brasil tem 143,4 milhões de pessoas total- mente imunizadas contra a covid, ou 67,23% da população. Incrível que o presidente, pelo seu esti- lo de provocar polêmicas desne- cessárias, não capitalize essa con- quista.

VICE DO PT.

Ficará na geladei- ra a escolha do candidato à vice- -presidência de Lula. A ordem é tratar, primeiramente, das con- versas estaduais e a federação de partidos.

PRAZO. A tendência é de que o

desfecho fique para abril ou maio, depois da janela para troca de le- genda, que se abrirá em março.

ALCKMIN.

“Nem mel, nem cumbuca”, que significa dizer

“nem uma coisa,nem outra”. É o que pode acontecer com Alck- min, diante da intenção do PT. Isto porque, Gilberto Kassab do PSD já busca outro nome para concorrer ao governo de São Paulo.

SARNEY. Declarou o ex-presi-

dente José Sarney sobre a vacina- ção infantil. “Ser obrigatória não é contra os direitos constitucionais, mas resultado deles, pois a vaci- nação não é um processo indivi- dual, mas um instrumento coleti- vo em defesa do mais básico dos direitos, o direito à vida”.

VENDAS.

Os shoppings cen- ters venderam 10% a mais do que em 2020, segundo levantamento da Associação Brasileira de Sho- ppings Centers, mas ainda ficou 3,5% abaixo de 2019.

ALEMANHA.

A incidência acu- mulada de novas infecções de Co- vid19 por 100 000 habitantes em sete dias subiu na Alemanha pe- lo quinto dia consecutivo, para 232,4 contágios, quando se inicia o retorno escalonado às aulas.

LULA.

Aloizio Mercadante cui- da do plano de governo de Lula.

As linhas gerais são: combater a miséria, o desemprego e mostrar que o presidente da República pode aumentar o poder de com- pra da população.

Olho aberto

AGENDA.

A pós pandemia impõe que haja urgentemente um “consen- so”, em torno crescimento econômico e a redução da desigualdade social.

Essa agenda terá que ser elaborada acima de ideologias, programas parti- dários e opiniões pessoais, mesmo durante a campanha eleitoral.

CAMINHO.

A eleição de 2022 é a luz no final do túnel. Ainda há tempo do debate político colocar-se em torno de ideias, propostas e afastar os radicalismos. O Brasil não precisa de um salvador. Pre- cisa apenas, de um estadista.

Rompimento entre

Garibaldi e Henrique não afetar aliança MDB-PT

Ala do MDB ligada ao ex-ministro é contrária à formação de qualquer aliança partidária com os petistas no Estado

O rompimento político en- tre os primos e ex-minis- tros Garibaldi Alves Filho e Henrique Alves não deve afe- tar a aliança política que vem sendo costurada entre o MDB e o PT no Rio Grande do Norte, focando na reeleição da gover- nadora Fátima Bezerra (PT) nas eleições gerais deste ano.

A possibilidade de que seja formada uma chapa Fátima go- vernadora, Walter vice-governa- dor e Garibaldi senador é cada vez mais forte e ficou mais nítida principalmente após o primeiro encontro público desde o início das negociações entre os dois partidos, na última semana.

Internamente, as discus- sões da ala do MDB ligada ao ex-ministro Henrique é con- trária à formação de qualquer aliança partidária com os pe- tistas no Estado. Agora, com o ex-ministro isolado dentro da legenda, o MDB, que é presi- dido no Rio Grande do Norte pelo deputado federal Walter Alves, ganha mais forças para continuar os diálogos e enten- dimentos com o PT.

Enquanto isso, a expectativa é que o vice-governador Ante- nor Roberto (PCdoB) venha ser o indicado pela governadora Fá- tima Bezerra para disputar uma cadeira na Câmara Federal. E que o ex-prefeito de Natal, Car- los Eduardo (PDT), volte a inte- grar o “arco” das forças progres- sistas do Estado.

“A expectativa do PCdoB é de que Carlos Eduardo retorne as relações políticas dele com o bloco progressistas do RN. Nós apoiamos Carlos todas as vezes que ele foi candidato a prefeito em Natal. Apoiamos quando ele disputou o governo do Estado.

É um amigo nosso”, disse, após visita do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), no últi- mo dia 8 de dezembro, em seu gabinete.

Para Antenor, “se Carlos fos- se candidato a governador, claro que, até por elegância, não viria pedir o meu apoio, até porque, eu sou o vice de Fátima. Essas conversas e trocas de ideias é para ver outras possibilidades, daqui há alguns meses, quando o cenário ficar mais claro, filia- ções confirmadas e janelas esta- belecidas. Acho que só aí é que

poderemos ter um desenho da sucessão (de Fátima Bezerra)”, enfatizou.

Antenor disse que ele e Car- los Eduardo trocaram ideias sobre a conjuntura da política nacional e estadual. “Conversa- mos ainda sobre as federações que estão em curso, inclusive a questão do PDT, que sempre foi um aliado nosso. Mas, a minha articulação política é em torno do projeto do PCdoB que visa a reeleição de Fátima. Isso é uma resolução do nosso partido”, fi- nalizou.

A reportagem do AGORA RN entrou em contato com o ex- -prefeito de Natal, Carlos Edu- ardo Alves (PDT), para falar so- bre o assunto, mas ele disse que estava em férias e que somente se pronunciará sobre política no RN depois do dia 6 de janeiro.

Os Alves e Fátima estão alinhados e devem compor chapa em breve

O presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, des- de a madrugada desta segunda 3.

Bolsonaro passou mal após o al- moço de domingo. Em boletim, o hospital confirmou um quadro de obstrução intestinal e informou que não há previsão de alta. O médico-cirurgião Antônio Mace- do, que atende o presidente des- de o atentado a faca de 2018, disse que só terá a certeza se precisará de cirurgia após avaliação com- pleta. Desde o incidente, Bolsona- ro já precisou ser internado cinco vezes para cirurgias. 

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