UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE/INSTITUTO DE
COLEGIADO DO CURSO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
CÓDIGO: GHI020 PERÍODO/SÉRIE: 5º TURMA:
CH TEÓRICA:
60
CH
PRÁTICA:
CH TOTAL:
60
OBRIGATÓRIA: ( X )
OPTATIVA: ( )
PROFESSOR(A): Paulo Roberto de Almeida ANO/SEMESTRE:
1º s 1º semestre 2018
Caminhos da historiografia brasileira. O positivismo e a trajetória do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O marxismo e os historiadores brasileiros. O político como campo de investigação da realidade brasileira. A história cultural e a variedade de abordagens nos estudos sobre o Brasil. Tendências e temáticas da historiografia brasileira contemporânea.
A disciplina é básica para a compreensão das diversas interpretações que compõem o conhecimento histórico, buscando outros significados para a chamada “verdade histórica”.
Possibilita desenvolver no aluno a prática da reflexão e a crítica, a partir de análises diferenciadas propostas por autores brasileiros com posicionamentos teóricos diferentes, levando-o a trilhar mais uma etapa no caminho da sua formação como historiador. Desta forma, ele vai construindo os seus referenciais, o que lhe permite desenvolver a crítica sistemática diante das questões sociais cotidianas.
PLANO DE CURSO
EMENTA DA DISCIPLINA
JUSTIFICATIVA
Objetivo Geral: Analisar as principais correntes da historiografia brasileira nos séculos XIX e XX, identificando os seus pressupostos teóricos e metodológicos.
Objetivos Específicos:
Refletir sobre a diversidade da historiografia brasileira e seus significados na relação presente/passado;
Possibilitar condições para um posicionamento crítico dos alunos frente às diversas tendências da historiografia brasileira contemporânea.
1- Escritas de História na historiografia brasileira atual 1.1. O debate historiográfico do final do século XX
1.2. Procedimentos e tendências da historiografia contemporânea
2- A historiografia brasileira no final do século XIX e primeira metade do século XX 2.1.As produções do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e as influências positivistas e historicistas
2.2. Fontes históricas e relatos de viagens
2.3.O revisionismo historiográfico na primeira metade do século XX 3- Os Annales e o Marxismo na historiografia brasileira
3.1.A influência dos Annales na historiografia brasileira 3.2. Os primeiros trabalhos marxistas e o pensamento isebiano 3.3. Os caminhos da História Econômica
3.4. História Social e História Cultural
4- A cultura como campo diversificado de análise na historiografia brasileira contemporânea 4.1. A historiografia francesa e a produção historiográfica brasileira
4.2. As novas tendências da História Social na historiografia brasileira: fontes e linguagens
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
PROGRAMA
METODOLOGIA E CRONOGRAMA
12/03 – Apresentação do programa. Comentários sobre a bibliografia. Apreciação da proposta de avaliação. Introdução ao conteúdo.
19/03 - OLIVEIRA M.G. ET allii Sobre a história da historiografia brasileira: um breve panorama IN R. IHGB , Rio de Janeiro, a.177 jl/ste 2016
26/03 – PETTERSEN, S.R.F. O pensamento histórico brasileiro: relações com vertentes Europérias e Americanas; tendências temática e teóricas recentes IN: Istoriografia em America Latina. 2001.
02/04 História e historiografia. O debate historiográfico do final do século XX e a historiografia brasileira. Reflexões sobre o texto : COSTA, Emília Viotti da. A Dialética Invertida 1960-1990. In Revista Brasileira de História. São Paulo:
ANPUH/Marco Zero, n.27, pp.9-26.
09/04– Análise de texto: ABREU, J. Capistrano de. Fatores Exóticos / Os descobridores.
In: --- Capítulos de História Colonial. Belo Horizonte: Itatiaia/ São Paulo: EDUSP, 1988, pp.55- 71.
16/04 – DIEHL, Astor Antônio. Os sintomas do revisionismo historiográfico na primeira metade do século XX. In: ---. A Cultura Historiográfica Brasileira. Do IHGB aos anos 1930. Passo Fundo: Ediupf, 1998, pp. 139-169.
30/04 – HOLANDA, Sérgio Buarque de. Trabalho & Aventura. In: ---. Raízes do Brasil.!9 ed.,Rio de Janeiro: José Olympio, 1987, pp.12-40.
07/05 – prova sobre o conteúdo das unidades 1 e 2 (vista de prova será dada no horário de atendimento)
14/05 – Unidade 3 - Junior, Caio Prado – Introdução; Sentidos da Colonização. In Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo. Ed. Brasiliense, 22 ed. 1992. p. 09-32.
21/ 05 -Sodré, Nelson W.– Formação Histórica do Brasil. São Paulo. Ed. Brasiliense, 1964.
28/05 - Toledo, Navarro Caio - Nacionalismo e ISEB em Nelson Werneck Sodré. In:
Nelson Werneck Sodré na Historiografia Brasileira. Org. Marcos Silva. São Paulo.
Edusc/Fapesp, 2001. (Introdução)
04/06 – Novais, Fernando. Estrutura e dinâmica do Antigo Sistema Colonial: séculos XVI-
XVIII.6 ed. São Paulo. Editora Brasiliense, 1993 (1º capítulo)
11/06 – Unidade 4 - Barreiro, J. C. E. P. Thompson e a Historiografia Brasileira: Revisões criticas e projeções. In. Revista Projeto Historia, n. 12, EDUC, S.P., 1995.
18/ 06 –Sader. Eder. Sobre experiências da condição proletária em S. Paulo In: Quando novos personagens entraram em cena, Paz e Terra, S. Paulo, 1988.p. 61-139.
25 /06 –Fenelon, Déa R. O historiador e a cultura popular; historia de classe ou história do povo. In: Revista Historia e Perspectivas , n. 6 , Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 1992.
02/07 – prova sobre os conteúdos das unidades 3 e 4 09/ 07/ – vista de prova
A avaliação será realizada através de 02 provas individuais: a primeira versará sobre os conteúdos das unidades 1 e 2; a segunda sobre as unidades 3 e 4. Os alunos receberão os temas para desenvolvimento de suas redações com antecedência mínima de 01 semana, para pesquisa e estudo.
Em sala de aula, a redação será realizada sem consulta. Serão avaliados os seguintes itens: as leituras indicadas, capacidade de organização do texto com indicação do que será tratado e por que caminhos; desenvolvimento coerente da reflexão com citação de autores lidos e considerações finais elaboradas pelo aluno a partir de suas reflexões. Cada prova será avaliada em 40,0 pontos 20,0 pontos serão atribuídos pelas apresentações e discussões dos textos em sala de aula.
Bibliografia Básica: relacionada no item metodologia e cronograma Bibliografia Complementar:
ABREU, J. Capistrano de. Capítulos de História Colonial. Belo Horizonte: Itatiaia/ São Paulo:
EDUSP, 1988.
ANHEZINI, Karina. Como se escreveu a história do Brasil nas primeiras décadas do século XX.
AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
Varia História. Belo Horizonte: UFMG, Departamento de História/ Programa de Pós-Graduação em História, v.21, n.34, pp. 474-83, 2005.
ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. "Ronda Noturna, narrativa, crítica e verdade em Capistrano de Abreu" In: Estudos Históricos, n.1, 1988. pp. 28-54.
ARRUDA, José Jobson e FONSECA, Luís Adão. Brasil- Portugal: História, agenda para o milênio. (orgs). Bauru/SP: EDUSC, São Paulo: FAPESP; Portugal: ICCTI, 2001.
ARRUDA, José Jobson e TENGARRINHA, José Manuel. Historiografia Luso-Brasileira Contemporânea.Bauru/SP: EDUSC, 1999.
BURKE, Peter. "Gilberto Freyre e a Nova História". In: Tempo Social - Revista de Sociologia da USP, Vol.9, n.2, outubro 1997. pp. 1-12.
CALLARI, Cláudia Regina. Os Institutos Históricos: do Patronato de D. Pedro II à construção do Tiradentes. Revista Brasileira de História. São Paulo: ANPUH/Humanitas, v.20, n.40, pp. 59- 83, 2000.
CANDIDO, Antonio (org.). Sérgio Buarque de Holanda e o Brasil, São Paulo: Editora da Fundação Perseu Abramo, 1998.
COSTA, Emília Viotti da. “A dialética invertida: 1960-1990”. Revista Brasileira de História. São Paulo: ANPUH, vol. 14, n. 27, 1994, p. 9-26.
DIEHL, Astor Antônio. A cultura historiográfica brasileira: do IHGB aos anos 1930. Passo Fundo: EDIUPF, 1998.
--- . A Cultura Historiográfica Brasileira nos anos 1980: experiências e horizontes. 2ª ed., Passo Fundo: UPF, 2004.
FAORO, Raimundo. Os donos do poder. Porto Alegre: Globo, 1979.
FICO, Carlos & POLITO, Ronald. “A historiografia brasileira nos últimos 20 anos: tentativa de avaliação crítica”. In: Varia História, Belo Horizonte, n. 13, Jun. 1994. pp. 147-163.
FREITAS, Marcos Cezar de (org.). Historiografia brasileira em perspectiva, São Paulo: Contexto, 1997.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. 14º ed., São Paulo: Ed. Nacional, 1976.
GUIMARÃES, Lúcia Maria P.. A percepção dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. In: História e Cidadania. XIX Simpósio Nacional de História. Belo Horizonte/ São Paulo: ANPUH/Humanitas, v.2, pp. 471- 86, 1998.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1999.
---. Visões do Paraíso: os motivos edêmicos do descobrimento e colonização do Brasil. 6ªed., São Paulo: Brasiliense, 1994.
IGLÉSIAS, Francisco. Os historiadores do Brasil: capítulos de historiografia brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Belo Horizonte: UFMG- IPEA, 2000.
JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco. Historiografia: uma questão de cidadania. In: História e Cidadania. XIX Simpósio Nacional de História. Belo Horizonte/ São Paulo:
ANPUH/Humanitas, v.1, pp. 53-73, 1998.
KODAMA, Kaori. Martius e o IHGB. Um naturalista e os letrados na construção de uma História.
Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História, PUC/RJ, 1999 (Dissertação de mestrado)
--- .Os filhos das brenhas e o Império do Brasil. A etnografia do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil. Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História, PUC/RJ, 2005 (Tese de Doutorado)
LAPA, José Roberto do Amaral. História e historiografia brasileira pós-64. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
MEIHY, José Carlos Sebe. A colônia brasilianista: história oral de vida acadêmica. São Paulo:
Nova Stela, 1990.
MORAES, Reginaldo; ANTUNES, Ricardo & FERRANTE, Vera B. (Org.). Inteligência brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1986.
MOTA, Carlos Guilherme (org.). Viagem Incompleta. V.I, São Paulo: SENAC, 2º ed.,2000.
MOTA, Lúcio Tadeu. A Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e as populações indígenas no Brasil do II Reinado (1839-1889). Diálogos. Un. Estadual de Maringá. Departamento de História/ Programa de Pós-Graduação em História. Maringá:
UEM/DHI, v.10, n.1, pp.117-42, 2006.
MORAES, José Geraldo Vinci de & REGO, José Márcio (orgs.). Conversas com historiadores Brasileiros, São Paulo: Editora 34, 2002.
PETERSEN, Sílvia Regina Ferraz. “Algumas interrogações sobre as tendências recentes da historiografia brasileira: a emergência do ‘Novo’ e a crítica ao racionalismo”. In: LPH – Revista de história, v. 3, n. 1, pp. 108-126, 1992.
PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. 23° ed., São Paulo: Brasiliense, 1996.
REIS, José Carlos. Identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC, Rio de Janeiro: FGV, 1999.
--- . Sérgio Buarque de Holanda: a recusa das raízes ibéricas. Tempos Históricos. Um. Estadual do Oeste do Paraná. Campus de Marechal Cândido Rondon. Departamento de História, v.1, n.1, pp.217-45, 1999.
--- - Anos 1960: Caio Prado Júnior e a Revolução Brasileira. Revista Brasileira de História. São Paulo: ANPUH/ Humanitas, v.19, n.37, pp.245-77, 1999.
REVISTA ESTUDOS HISTÓRICOS nº 1. Caminhos da Historiografia. Rio de Janeiro: FGV/
CPDOC, 1988/1.
REVISTA ESTUDOS HISTÓRICOS n° 17. Historiografia. Rio de Janeiro: FGV/ CPDOC. 1996/1 RICUPERO, Bernardo. Sete lições sobre as interpretações do Brasil. São Paulo: Alameda, 2007.
RUBIM, Antônio Albino Canelas. Marxismo, cultura e intelectuais no Brasil. Salvador: UFBA, 1995.
SODRÉ, Nelson Werneck. Formação Histórica do Brasil. 14º ed., Rio de Janeiro: Graphia, 2004.
Aprovado em reunião do Colegiado do Curso de Em ___/____/______
_____________________________________
Coordenador do curso APROVAÇÃO