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O processo de formação de professores para o uso dos tablets na sala de aula: da alfabetização digital a criação de conhecimento

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Academic year: 2021

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O processo de formação de professores para o uso dos tablets na sala de aula: da alfabetização digital a criação de

conhecimento

Patrícia B. Scherer Bassani1 (FEEVALE) Elias Wallauer2 (FEEVALE) Lovani Volmer3 (FEEVALE) Cristina Ennes da Silva4 (FEEVALE)

Resumo:

Este artigo apresenta um relato de experiência envolvendo a proposta de formação de professores para uso dos tablets na sala de aula, desenvolvida no âmbito do projeto Educanet, na Escola de Educação Básica Feevale – Escola de Aplicação/RS. A metodologia contempla três abordagens complementares: alfabetização digital, aprofundamento do conhecimento, e criação de conhecimento. Resultados parciais apontam para um avanço na proposta curricular, contemplando os tablets como artefatos tecnológicos digitais.

Palavras-chave: formação de professores, tablets, alfabetização digital

Abstract:

This article presents a report on the experience involving teacher education for the use of tablets in the classroom. This action occurs in the project Educanet, in the Escola de Educação Básica Feevale – Escola de Aplicação/RS. The methodology comprises three complementary approaches: technology literacy, knowledge deepening, and knowledge creation. Partial results show an advance in the curriculum, enhancing the use of tablets as digital technological artefacts.

Palavras-chave: teacher education, tablets, digital literacy

1 Patrícia B. Scherer BASSANI, Profa. Dra.

Universidade Feevale (FEEVALE)

Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social patriciab@feevale.br

2 Elias WALLAUER, Prof. Esp.

Escola de Educação Básica Feevale – Escola de Aplicação eliasw@feevale.br

3 Lovani VOLMER, Profa. Ms.

Escola de Educação Básica Feevale – Escola de Aplicação lovaniv@feevale.br

4 Cristina Ennes da SILVA, Profa. Dra.

Universidade Feevale

Instituto de Ciências Humanas, Letras e Artes crisennes@feevale.br

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Introdução

Estudos apontam que há um descompasso entre o potencial das tecnologias digitais no contexto educativo e o seu uso efetivo para impulsionar os processos de ensino e de aprendizagem (CONOLE, 2013). Também pesquisas nacionais mostram, que apesar de todo o investimento realizado para a introdução das tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação, o uso efetivo do computador e da Internet pelos professores, nas atividades com os alunos, ainda se caracteriza como um grande desafio. Dentre as maiores dificuldades destacam-se problemas de infraestrutura e a necessidade de formação de professores (TIC EDUCAÇÃO 2011, 2012).

O Projeto de Padrões de Competência em TIC para Professores, desenvolvido pela UNESCO, tem por objetivo apresentar diretrizes que possam orientar e impulsionar novas práticas educativas combinando habilidades em TIC com inovações em pedagogia, currículo e organização escolar.

A proposta da UNESCO contempla três abordagens complementares:

alfabetização digital, aprofundamento do conhecimento e criação de conhecimento (UNESCO, 2009).

Este trabalho apresenta um relato de experiência envolvendo a proposta de formação de professores para uso dos tablets na sala de aula, desenvolvida no âmbito do projeto Educanet, na Escola de Educação Básica Feevale – Escola de Aplicação/RS. Resultados parciais apontam para um avanço na proposta curricular, contemplando os tablets como artefatos tecnológicos digitais.

O artigo está estruturado da seguinte forma: parte-se de uma discussão sobre os tablets na sala de aula, a partir do modelo 1:1, e apresenta-se a proposta do projeto que contempla o uso de tablets na Escola de Educação Básica Feevale. A seguir, a metodologia utilizada para a formação de professores é detalhada, seguida dos resultados e das considerações finais.

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Os tablets na sala de aula

O uso dos dispositivos móveis no contexto educativo, como os tablets, se apoia no modelo um a um (1:1, 1-1 ou 1 a 1). Esse modelo sugere que cada aluno tenha o seu dispositivo portátil digital, geralmente com acesso à Internet. Estudos apontam que o uso de dispositivos 1:1 na sala de aula maximiza as oportunidades de aprendizagem (iPads for Learning, 2012).

Severín e Capota (2011) apresentam uma reflexão destacando três aspectos problemáticos desta definição. Do ponto de vista educacional, destacam-se dois aspectos:

a) o modelo 1:1 centra a discussão na relação do aluno e seu dispositivo digital e não na essência da experiência, que envolve a forma como o aluno aproveita o dispositivo para mediar a aprendizagem;

b) o modelo destaca as vantagens de cada aluno administrar o seu dispositivo, não abordando outras possibilidades que impulsionem o uso compartilhado e colaborativo destas tecnologias.

Do ponto de vista tecnológico, Severín e Capota (2011) destacam que, como os alunos já vêm utilizando diferentes dispositivos pessoais digitais, como notebooks, celulares e tablets, e articulando diferentes experiências coordenadas em diferentes plataformas, a noção de um dispositivo por aluno pode se tornar anacrônica em pouco tempo. Assim, Severin e Capota (2011) propõem um modo diferente de entender o modelo 1:1. Conforme os autores, em lugar de focar a relação entre aluno e dispositivo, o modelo 1:1 deveria ser entendido como a relação entre um aluno e sua aprendizagem, conforme quadro 1.

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Quadro 1: Modelo 1:1

1 : 1

Dispositivo digital Uma criança

Uma criança Aprendizagem

Fonte: Severín e Capota, 2011, p. 36

Nessa perspectiva, o modelo 1:1 refere-se a relação de cada estudante e sua aprendizagem, que acontece formalmente na escola, mas que pode acontecer, também, em diferentes tempos e lugares. Assim, entende-se a educação como um processo que se desenvolve de forma ubíqua e permanente (SEVERIN, CAPOTA, 2011).

Moreira (2011) também discute o modelo 1:1, destacando que este não pode se caracterizar exclusivamente pelo fato de disponibilizar equipamentos a professores e alunos. O autor concorda que a disponibilidade de tecnologia é necessária, mas não é garantia de mudanças automáticas na prática de ensino e em inovações pedagógicas.

Neste estudo, assume-se que as mudanças nos processos de ensinar e de aprender não acontecem simplesmente com a inserção de novos dispositivos tecnológicos, mas é necessário reconfigurar as práticas pedagógicas. Entretanto, práticas pedagógicas inovadoras exigem competências específicas dos professores.

Conforme a Unesco (2009, p.1), “os professores na ativa precisam adquirir a competência que lhes permitirá proporcionar a seus alunos oportunidades de aprendizagem com apoio da tecnologia” (UNESCO, 2009, p.1).

Portanto, além de disponibilizar os tablets para uso na sala de aula é importante oportunizar, aos professores, espaços de formação específicos, a fim de conhecer o dispositivo e refletir sobre as possibilidades pedagógicas no contexto da sala de aula.

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Os tablets na Escola de Educação Básica Feevale

A Escola de Educação Básica Feevale tem como proposta pedagógica o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) de forma integrada às atividades curriculares, baseada em uma perspectiva que busca articular o trabalho docente às atividades de aprendizagem realizadas em laboratório de informática.

Desde 2012 a Escola de Aplicação Feevale mantém o projeto EDUCANET5, que tem por objetivo oportunizar diferentes espaços de interação para impulsionar práticas educativas inovadoras com o uso das tecnologias da informação e comunicação. Destacam-se como objetivos específicos do projeto: oportunizar, aos professores, experiências no uso de diferentes tecnologias da informação e comunicação no contexto educativo; selecionar aplicativos para dispositivos móveis que possam ser utilizados em projetos educativos; selecionar e analisar ferramentas web com potencial para uso na sala de aula.

A utilização dos tablets na educação iniciou em 2012, quando a escola adquiriu 20 iPads, que são utilizados na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental.

Atualmente a escola conta com 02 turmas de educação infantil e 06 turmas nos anos iniciais do ensino fundamental, totalizando 177 alunos e 09 professores titulares (na terceira etapa do segundo ciclo/quinto ano há bidocência). Além desses, 08 professores especialistas dão aulas de Inglês, Espanhol, Arte, Música, Informática e Educação Física para as turmas, desde a educação Infantil até o última etapa do segundo ciclo/quinto ano).

Entretanto, até o momento, apenas os professores titulares participaram do processo de formação.

Vários desafios foram encontrados ao longo do processo:

a) organizar tempo para a formação dos professores;

5 O projeto EDUCANET foi contemplado no 3º Prêmio Inovação em Educação – SINEPE-RS (categoria Bronze – área fim).

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b) organizar os tablets para uso compartilhado, uma vez que a escola possui 20 equipamentos e algumas turmas têm em torno de 30 alunos;

c) selecionar aplicativos adequados para uso, de acordo com os objetivos educativos;

d) desenvolver propostas pedagógicas inovadoras com o uso dos tablets.

A seção seguinte apresenta a proposta metodológica para a formação de professores para uso dos tablets na educação.

Metodologia

A metodologia proposta para o projeto segue as orientações do documento Padrões de Competência em TIC para Professores, desenvolvido pela UNESCO (2009), que tem por objetivo apresentar diretrizes que possam orientar e impulsionar novas práticas educativas combinando habilidades em TIC com inovações em pedagogia, currículo e organização escolar.

Dessa forma, entende-se que a efetiva utilização das TIC no contexto educativo perpassa pelo processo de formação dos professores.

A proposta da UNESCO (2009), embasada nos quatro pilares da aprendizagem (aprender a conviver, aprender a saber, aprender a fazer, aprender a ser), compreende a aprendizagem como um processo contínuo ao longo da vida, e delineia novas metas de aprendizagem e participação em uma sociedade de aprendizagem, com base na construção e compartilhamento de conhecimento. A proposta contempla três abordagens complementares: alfabetização digital, aprofundamento do conhecimento e criação do conhecimento.

A primeira abordagem envolve a alfabetização digital do professor, para que ele possa integrar o uso das TIC ao currículo escolar padrão, à pedagogia e às estruturas de sala de aula. Entende-se que os professores devem saber como, onde

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e quando usar (ou não usar) a tecnologia para as atividades educativas em sala de aula, para atividades de gestão ou para formação profissional do próprio docente.

Na Escola de Aplicação o uso do computador na educação já é uma realidade, mas as atividades são centralizadas em laboratório de informática. Percebe-se o desafio de oportunizar aos professores o conhecimento e a experiência em novos espaços de interação, que possam oportunizar diferentes práticas educativas com o uso das TIC. Portanto, este processo de alfabetização digital envolve um movimento de (re)aprender novas possibilidades de uso do computador sob a perspectiva da mobilidade.

Esta etapa de formação, que ocorreu no primeiro semestre de 2012, envolveu as seguintes atividades:

a) organização dos recursos tecnológicos (configurações gerais, estudo sobre o funcionamento dos tablets, especialmente a parte de gerenciamento de aplicativos);

b) seleção de aplicativos pela equipe de gestão;

c) formação dos professores para uso dos iPads;

d) seleção de aplicativos pelos professores;

e) primeiras experiências de uso de iPads com alunos da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental.

Conforme pode-se perceber, inicialmente a equipe de formação organizou os dispositivos e instalou alguns aplicativos, especialmente de raciocínio lógico e alfabetização. Depois, os professores foram envolvidos no processo de formação e também de seleção de novos aplicativos.

Nesta primeira fase de uso dos iPads as atividades com alunos envolveram entretenimento e uso de aplicativos diversos, para reforço escolar. Atividades de entretenimento foram realizadas nas primeiras vezes, para fazer um levantamento do conhecimento dos alunos sobre os dispositivos e, também, para possibilitar aos professores a familiarização com a dinâmica de uso dos iPads na sala de aula. Estas

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primeiras atividades foram acompanhadas pelos professores participantes da gestão do projeto.

A segunda abordagem proposta pela UNESCO (2009) envolve o aprofundamento do conhecimento. Nesta etapa as mudanças devem ser amplas e ter mais impacto sobre a aprendizagem, oportunizando habilidades para experienciar e utilizar metodologias e tecnologias mais sofisticadas, impulsionando mudanças no currículo.

Esta etapa foi desenvolvida durante o segundo semestre de 2012. As atividades desenvolvidas envolveram:

a) reuniões individuais com professores, para analisar aplicativos adequados aos conteúdos escolares;

b) seleção de novos aplicativos que pudessem integrar o planejamento.

Nesta segunda fase de uso dos iPads os professores começaram a utilizar os tablets na sala de aula sem acompanhamento da equipe de formação. As atividades propostas aos alunos envolveram o uso de aplicativos para reforço aos conteúdos escolares em desenvolvimento. Portanto, as atividades propostas neste etapa, aos alunos, buscaram uma articulação entre os aplicativos e a proposta de aula, mas ainda as atividades estavam muito centradas nos aplicativos.

Ao longo deste primeiro semestre do ano de 2013 novos professores assumiram turmas envolvidas na proposta de uso dos tablets e estes professores passaram pelo mesmo processo de formação.

Importante destacar que em 2013/01, uma parceria com os projetos de pesquisa Ensinar e aprender em/na rede6 e Aprendizagem com Mobilidade7, desenvolvidos junto ao Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e

6 O projeto “Ensinar e aprender em/na rede: a arquitetura de participação da web 2.0 no contexto da educação presencial”, contemplado no edital MCTI/CNPq/MEC/CAPES No 18/2012 e coordenado pela Profa. Dra. Patrícia B. Scherer Bassani (Feevale), foca no uso dos tablets para impulsionar a aprendizagem colaborativa nos anos finais do ensino fundamental. O público-alvo são professores e alunos da Escola de Aplicação Feevale.

7 O projeto “Aprendizagem com Mobilidade: análise do impacto do uso das tecnologias móveis no processo de ensino e aprendizagem em crianças e adolescentes com necessidade de tratamento oncológico”, contemplado no edital MCTI/CNPq/MEC/CAPES Nº 07/2011 e coordenado pela Profa. Dra. Débora Barbosa (Feevale), foca na utilização das tecnologias móveis nos processos de ensino-aprendizagem de alunos em tratamento oncológico.

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Inclusão Social da Universidade Feevale, possibilitou ampliar o acervo de aplicativos instalados para uso na Escola de Aplicação. Os projetos envolvem o estudo do uso dos tablets na educação em diferentes contextos (educação escolar e não-escolar).

Também em 2013/01 percebeu-se a necessidade de organizar os aplicativos existentes nos tablets e instalar aplicativos diferenciados, que possibilitem maior participação dos alunos, por meio da inserção de vídeos, imagens, comentários e áudio, a fim de orientar as atividades da terceira etapa de formação de professores.

A terceira e mais complexa das abordagens é a de criação de conhecimento, uma vez que nessa modalidade o “currículo ultrapassa as fronteiras das disciplinas escolares, com a inclusão das habilidades provenientes das demandas do século XXI em direção a um novo conhecimento que envolve o aprendizado por toda a vida – a habilidade de colaborar, comunicar, criar, inovar e pensar de forma crítica”

(UNESCO, 2009).

Entende-se que esta abordagem se aproxima de uma proposta que entende os tablets como artefatos culturais. Um artefato cultural pode ser entendido como qualquer objeto produzido, que possui um significado e transmite informações sobre o sujeito e sua cultura. Desta forma, esses artefatos, carregados de significado, representam modos de ser e de estar para os sujeitos e seu meio social.

Segundo Lemos (2010), as tecnologias móveis e sem fio estão transformando a relação entre as pessoas e os espaços urbanos em que elas vivem, criando novas formas de mobilidade. Entende-se que a possibilidade de o sujeito levar consigo o objeto de estudo, ou de poder acessá-lo de qualquer lugar, potencializa o uso de dispositivos móveis na educação. Desse modo, os dispositivos móveis tipo tablets podem ser vistos na perspectiva de artefatos culturais, assumindo um enfoque desde uma perspectiva de utilização pedagógica.

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Portanto, a etapa de criação do conhecimento, que iniciará no segundo semestre de 2013, busca explorar práticas pedagógicas com o uso dos tablets na perspectiva de artefato cultural digital. Nesta perspectiva, busca-se superar a ênfase nos aplicativos e oportunizar atividades efetivamente integradas aos conteúdos e ao dia-a-dia dos alunos.

As atividades de formação de professores nesta etapa envolvem:

a) reunião geral para explicitar e discutir a proposta de uso dos tablets sob a perspectiva de artefato cultural digital;

b) encontros individuais com os professores para planejamento das atividades;

c) acompanhamento dos professores da equipe de formação nas atividades com os alunos, caso necessário.

Algumas propostas para uso dos tablets incluem:

a) articulação entre diferentes espaços: laboratório de informática, sala de aula e ambiente aberto;

b) utilização de aplicativos que possibilitem a criação de conteúdos, como caderno digital, mapa conceitual, entre outros;

c) possibilidade de articular diferentes mídias: áudio, imagem e vídeo.

Assim, entende-se que a efetiva utilização dos tablets no contexto educativo perpassa por um processo de formação docente que envolva tanto a apropriação individual dos dispositivos móveis, quando a compreensão do potencial do modelo 1:1 para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras.

Resultados

Considerando os aspectos quantitativos, todos os professores titulares da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental participaram do processo de formação e estão utilizando os iPads na sala de aula (09 professores titulares).

Em relação aos aspectos qualitativos, destaca-se:

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a) os professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental estão utilizando os tablets no contexto educativo, de forma autônoma;

b) o uso dos tablets enfoca, principalmente, atividades centradas nos aplicativos; os tablets ainda são utilizados para atividades de reforço escolar;

c) os professores estão familiarizados com as possibilidades dos tablets e começam sugerir novas possibilidades de aplicativos para instalação.

Entretanto, novas possibilidades estão delineadas, visando aplicar uma proposta de uso dos tablets na educação considerando-os como artefatos digitais:

a) explorar novos aplicativos que permitam a integração de mídias;

b) explorar e experienciar atividades em diferentes espaços;

c) explorar a articulação de atividades em diferentes dispositivos, como desktops, notebooks e smartphones.

Além disso, é importante ampliar o processo de formação para incluir os 08 professores especialistas.

Considerações finais

A partir da experiência documentada neste projeto, entende-se que a proposta de formação de professores adotada está oportunizando diferentes práticas pedagógicas, envolvendo o uso de dispositivos móveis, tipo tablets.

Importante destacar que o processo de formação de professores realizado com base na proposta da Unesco (2009) mostrou-se um importante balizador das atividades propostas. O processo de formação, que teve início com a alfabetização digital dos professores, seguiu com o a fase de aprofundamento do conhecimento, onde as novas práticas estão sendo integradas de forma articulada ao currículo, e agora encontra-se na fase de criação do conhecimento, onde novas e diferentes perspectivas irão ser exploradas e experienciadas.

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Entretanto, percebe-se que ainda são vários os desafios, a fim de consolidar a prática docente em novos espaços de interação, especialmente o tempo destinado para a formação dos professores e o seu envolvimento no processo de seleção e análise de aplicativos.

Entende-se que este trabalho em desenvolvimento na Escola de Educação Básica da Feevale constitui importante referência para escolas que planejam a inserção dos dispositivos móveis no contexto educativo.

Referências

CONOLE, Grainne. Designing for learning in an open world. UK: Springer, 2013.

321 p.

iPads for Learning. Disponível em: <http://www.ipadsforeducation.vic.edu.au/>

Acesso em: mar, 2012.

MOREIRA, Manuel A. Los efectos del modelo 1:1 en el cambio educativo en las escuelas: evidencias y desafíos para las políticas iberoamericanas. Revista iberoamericana de educación, n. 56, p. 49-74, 2011.

SEVERÍN, Eugenio, CAPOTA, Christine Capota. La computación uno a uno: nuevas perspectivas. Revista iberoamericana de educación, n. 56, p. 49-74, 2011.

TIC EDUCAÇÃO 2011. Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação no Brasil. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2012.

UNESCO. Padrões de Competência em TIC para Professores. 2009.

Referências

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