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HISTÓRIA. Professor: Juracy Ribeiro Capítulo: 15 Páginas: 30 a 43

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Academic year: 2022

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HISTÓRIA

Professor: Juracy Ribeiro Capítulo: 15

Páginas: 30 a 43

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A Crise do Sistema Feudal

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A partir do século XI, o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas possibilitou a obtenção de uma produção significativa na Europa feudal. O clima favorável e a ausência de pandemias fizeram com que a população

medieval aumentasse. Contudo, no século XIV tudo mudou e ele ficou conhecido como um período de

grande crise na Europa.

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A crise afetou profundamente as relações feudais.

Alguns fatores contribuíram para abalar o continente europeu por cerca de 100 anos, marcando o final da

Idade Média.

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Fome

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■ A intensificação da agricultura gerou o desgaste das terras;

■ Para agravar a situação, várias alterações climáticas provocaram a perda de inúmeras colheitas;

■ Chuvas intensas entre 1315 e 1317, contribuíram para o aumento do preço dos alimentos;

■ As más colheitas e o desgaste das terras resultaram em graves consequências, atingindo principalmente os servos, os camponeses e os moradores mais pobres das cidades;

■ Os nobre viram a sua renda diminuir em decorrência da baixa produção

agrícola. 31

(7)

■ A solução encontrada pelos nobres, foi o aumento de impostos e da exploração dos servos e camponeses;

■ Os nobres difundiam a ideia de que o clima desfavorável era um castigo divino;

■ De acordo com os nobres, os seres humanos haviam se tornado orgulhosos e estavam sendo castigados por conta disso.

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■ Em regiões como a Inglaterra, os senhores feudais investiram no aumento da produção de lã. Para isso, as terras antes cultivadas por camponeses e servos foram transformadas em pasto, o que provocou a diminuição da produção de alimentos e a expulsão dos camponeses de suas terras;

■ Camponeses famintos circulavam de vila em vila em busca de comida. A violência, os roubos e os crimes se tornaram frequentes;

■ Estima-se que entre 10% e 25% da população europeia tenha morrido no início do século XIV, e os indivíduos que sobreviveram ficaram com a saúde debilitada.

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■ A pobreza rural fez com que muitos camponeses fossem para as cidades em busca de melhores condições de vida, isso teve como consequência, uma crescente mendicância. Que era de certa forma, até “romantizada” pela Igreja Católica;

■ Durante o século XIV, a má alimentação das pessoas estava na origem de epidemias de disenteria. O auxílio vinha do clero;

■ Os primeiros hospitais foram construídos na Europa Ocidental pela Igreja, mais particularmente pelas ordens religiosas. Esses estabelecimentos cuidavam daqueles que não tinham recursos financeiros.

32 - 33

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Peste

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Nas duas primeiras décadas do século XIV, a fraca

alimentação favoreceu o surgimento de epidemias (doença que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em

uma determinada localidade). Nos burgos, as doenças que mais acometiam os moradores eram a tuberculose a lepra.

Entretanto, entre os anos 1347 e 1351, a Peste Negra foi a maior epidemia da Europa, levando muitos habitantes a

morte.

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Tuberculose Lepra

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A Peste Negra teve origem no Oriente e se espalhou por várias regiões, tendo chegado à Europa provavelmente pela Rota da

Seda. Apenas algumas regiões ficaram livres do contágio, graças às quarentenas (períodos de isolamento a que um grupo de indivíduos era submetido para evitar o contágio em

episódios de epidemias) impostas por reis e príncipes locais ou à baixa densidade populacional.

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Regiões afetadas pela Peste

Negra

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A Peste Negra se apresentava de 2 maneiras. Havia a peste bubônica, que foi assim denominada por causar bubões (grandes feridas negras, em virtude da coagulação do sangue, que se manifestavam principalmente nas axilas e na virilha). Nesse caso, a doença

era transmitida pela picada da pulga do rato contaminado e demorava até 3 semanas para

causar a morte da pessoa infectada. 35

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Havia também a peste pneumônica, transmitida de indivíduo para indivíduo. Essa

manifestação da doença era mais cruel do que a bubônica, pois matava a vítima entre 2 ou 3 dias, período em que se observava intenso sofrimento

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■ Nas áreas urbanas, o acúmulo de lixo, a convivência com animais e a aglomeração de pessoas facilitaram muito a transmissão da doença em suas duas formas;

■ A quarentena imposta em alguns locais não era eficaz, pois, os ratos circulavam livremente;

■ As autoridades e a medicina da época não associavam a doença aos ratos.

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(18)

A busca pelos responsáveis pela disseminação da doença gerou um aumento da violência nas cidades. Em

algumas regiões, os judeus e os

leprosos

foram considerados os culpados pela epidemia. Sob a acusação de terem envenenado os

poços de água, muitos foram perseguidos.

36

(19)

■ Aos poucos, os médicos medievais identificaram a possibilidade da doença ser transmitida pelo ar e passaram a pedir às pessoas que queimassem incensos e ervas aromáticas nas ruas. Porém, as pulgas de ratos não foram identificadas como transmissoras das doenças;

■ Os burgueses ricos fugiam das cidades e isolavam-se em propriedades no campo. Outros aproveitaram a crise social para criticar a Igreja Católica e as autoridades.

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Guerras e

revoltas

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Além da fome e da Peste Negra, um terceiro elemento contribuiu para a crise que afetou a Europa feudal no século XIV – as guerras

e revoltas. É importante destacar que há certo grau de relação entre os 3 elementos. Isso porque a insegurança causada pela

fome e o temor em relação às epidemias geraram um clima

propício para que ocorressem revoltas isoladas e locais, bem como conflitos armados envolvendo diversos senhores feudais e casas

reais.

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(22)

A partir da segunda metade do século XIV, inúmeros conflitos

sociais eclodiram na Europa, tanto no campo quanto nas

cidades.

37

(23)

Foi nas regiões onde atualmente estão França e Inglaterra que aconteceram os principais conflitos envolvendo camponeses e senhores feudais;

Na Inglaterra, o principal conflito foi a Revolta de Wat Tyler, em 1381. A motivação foi a criação de um imposto para financiar a luta contra os franceses;

Na França, a mais popular revolta ocorreu em 1538, a “Jacquerie”. No princípio, as principais investidas aconteceram nos arredores de Paris e, posteriormente, propagaram-se para outras

regiões. 38

(24)

O termo “Jacquerie” deriva de Jacques Bonhomme

apelido dado a Guillaume Cale, suposto líder do levante. Com o tempo, a denominação passou a ser usada de modo pejorativo para se referir aos camponeses e às

próprias revoltas no campo.

(25)

Em geral, todas essas revoltas estão ligadas à situação de miséria e violência a que estavam submetidos os camponeses, além da pressão de suas obrigações feudais;

Aconteceram também outras revoltas nas regiões da Península Itálica e da Península Ibérica. Mesmo com o rigor usado na contenção dessas revoltas, com o tempo, houve melhora nas condições de trabalho;

Nas cidades, os artesãos também se rebelaram.

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Guerra dos cem anos

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Foi um longo conflito entre ingleses e franceses no final da Idade média, que durou 116 anos (1337

1453) e ocorreu de forma contínua;

A motivação política do conflito foi a sucessão do trono francês. A disputa se deu entre Filipe de Valois, proclamado rei da França após a morte de Carlos IV (último da Dinastia dos Capetos), e Eduardo III da Inglaterra, que se considerava herdeiro do trono por linhagem materna.

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(28)

A disputa pela região de Flandres, importante centro comercial e produtor de tecidos,

ampliou a motivação pra o conflito, envolvendo também a economia na conjuntura. Na época,

Flandres pertencia à França. No entanto, para produzir seus tecidos, os artesão flamengos

dependiam da lã inglesa. Assim, o rei inglês reivindicava o trono francês.

39

(29)

■ A Guerra dos Cem Anos teve períodos alternados de lutas e tréguas.

Casamentos eram arranjados entre membros da nobreza em uma tentativa de selar a paz entre os dois reinos. Outros motivos para a interrupção das lutas foram a Peste Negra e a proibição pela Igreja durante os períodos de Quaresma;

■ A primeira fase de lutas foi marcada pelas derrotas dos franceses em várias batalhas;

■ Ao longo da guerra, os ingleses mostraram superioridade aos franceses em técnicas e estratégias de combate, pois o exército inglês era um exército profissional e não lutava por laços de vassalagem, como os franceses. 39

(30)

As batalhas aconteceram em território francês.

No início da guerra, os ingleses venceram várias batalhas e conquistaram parte da

Normandia. Após uma série de reviravoltas,

algumas protagonizadas por uma jovem

camponesa francesa chamada Joana

D’Arc, os

franceses se recuperaram, e a paz foi

reestabelecida em 1453, quando o exército francês expulsou os ingleses de seu território.

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Leitura da página 40

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Fragmentação do sistema feudal

(33)

As consequências da crise do século XIV foram sentidas, de fato, no século seguinte na Europa

ocidental. Manifestaram-se na redução da população, crise econômica e enfraquecimento do poder político dos nobres, o que resultou no fortalecimento do poder

dos reis e na centralização do poder.

41

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■ Os nobres sofreram com a ausência de mão de obra camponesa, pois, os camponeses que sobreviveram às guerras e às pestes foram para as cidades, onde poderiam trabalhar com o comércio;

■ A terra deixou de ser a única alternativa para a sustentação da sociedade, apesar de manter a sua representatividade como fonte de riqueza;

■ Com a redução gradual do poder da nobreza, essa classe investiu no refinamento dos seus hábitos e de seu vestuário;

■ Os burgueses enriquecidos se uniram aos nobres, por meio de casamentos, visando a obtenção de status e projeção social.

41

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A partir do século XV, as novas estratégias empregadas nos campos político, econômico, social e cultural

redimensionaram o antigo mundo feudal. O comércio se reestabeleceu e passou a ser praticado principalmente pelos

burgueses. Também houve a monetarização das práticas comerciais com a utilização de moedas para compra e venda

de mercadorias.

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A crise do século XIV na Europa acabou por resultar na ascensão de uma nova sociedade. O vácuo deixado pela nobreza feudal foi, aos poucos, sendo preenchido pela burguesia. A antiga economia fechada e rural deu lugar a uma nova economia

baseada no comércio. 42

(37)

PARA CASA

Páginas: 34, 37, 40, 41, 42 e 43

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