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PARABÉNS, POXORÉU!Feliz aniversário!APESAR DA EMOÇÃONÃO ACABOU A PREOCUPAÇÃO – FIQUE EM CASA –USE MÁSCARA! A UPENINA

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A UPENINA

UPE – ANO XXXII – EDICÃO Nº 10 – POXORÉU, MT, 26 DE OUTUBRO DE 2020

PARABÉNS, POXORÉU!

Feliz aniversário!

APESAR DA EMOÇÃO NÃO ACABOU A PREOCUPAÇÃO – FIQUE EM CASA –

USE MÁSCARA!

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O ano de 2020, até o presente momento tem sido bastante singular, podendo ser considerado como o momento de maior sinificância deste tempo. Deverá ser historicamente visto como o marco inicial do século xxi, por conta de ser o cenário temporal da maior pandemia dos tempos modernos, a pandemia do coronavírus, cujo primeiro caso foi registrado na China, em 17 de novembro de 2019 e que se multiplicou pelos quatro cantos do planeta.

Para se ter uma ideia atual da crise, até o dia 25 de outubro de 2020 se registrava, aproximadamente, os seguintes números: Mundo: 42,8 milhões de casos, com 28,9 milhões recuperados e 1,2 milhões de mortes; Brasil: 5,4 milhões de casos, com 4,6 milhões de recuperados e 157 mil mortes; Mato Grosso: 140,3 mil csos, com 122 mil recuperados e 3,8 mil mortes; e, Poxoréu: 591 casos, com 548 recuperados e 15 óbitos.

Os números de casos e de mortes continuam crescendo, apesar de que, em alguns lugares, o número de mortes e de casos novos vem sendo mais ou menos constante ou, até mesmo, em decréscimo. Neste momento, a média brasileira, tanto de mortes quanto de casos novos está em queda. Isso é bom. No entanto, a diminuição não signfica que a pandemia acabou. É necessário continuar mantendo todos os cuidados para evitarmos uma nova onda de propagação.

Notícias internacionais nos informam que a segunda onda já começou na Europa, onde os números voltaram a crescer em níveis exponenciais. Isso aconteceu após o afrouxamento das regras de isolamento e de retorno às atividades econômicas normais, em virtude da diminuição do número de casos novos e de óbitos.

Precisamos compreender que a redução no aumento diário de novos casos e de óbitos não significa que o mal foi debelado e que já podemos respirar aliviados. A redução não é o fim.

A UPENINA

Editor: Izaias Resplandes de Sousa

A UPENINA é uma pubicação da UPE – União Poxorense de Escritores, entidade literária fundada em 31 de março de 1988 por Izaias Resplandes de Sousa, João de Souza, Kautuzum Araújo Coutinho, Enir Arge Conceição, Genivá Bezerra, Josélia Neves da Silva, Joaquim Moreira e Aquilino Sousa Silva.

Rol de Membros: Izaias Resplandes de Sousa, João de Souza, Kautuzum de Araújo Coutinho, Genivá Bezerra, Enir Arge Conceição, Gaudêncio Filho Rosa de Amorim, Márcia Adriana Nunes de Almeida Oliveira, Luís Carlos Ferreira, João Batista Cavalcante, Josélia Neves da Silva, Edinaldo Pereira de Souza, Doriléia Adriana Santos Silva de Toni, Cleide Vivian de Oliveira Neves, Márcia de Oliveira Moura, Antônio José Alves Vieira, Garibaldi Toledo de Moraes, Wallace Rodolfo Pereira da Silva, Aurélio Miranda, João Batista Araújo Barbosa, Amarílio Bento de Brito Neto, José Antônio de Castro Leite Nogueira, Márcia Rosa Lorenzon, Martiniano José da Silva, Aquilino Souza Silva, Delza Fernandes Zambonini, Joaquim Moreira, Zenaide Farias Pinto, Jurandir da Cruz Xavier, Gilbert Araújo Lemos, Maria de Lourdes Coutinho da Silva, Joaquim Nunes Rocha, Epaminondas Lins e Amorésio Sousa Silva.

Responsabilidade: As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores. Mensagens para o Editor: respland@gmail.com

A SEGUNDA ONDA

- Prof. Izaias Resplandes de Sousa -

Edi tori al

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É de ver que, quando a pandemia estourou na Ásia e na Europa, nós tivemos a oportunidade de nos preparar para enfrentá-la, adequadamente. Mas, não nos preparamos e fomos pegos de calças curtas. A pandemia também pipocou aqui e ali, Brasil afora. A gente via os casos aparecendo, mas não achávamos que o mal fosse prosperar. E não fizemos a lição de casa, tomando as medidas profiláticas necessárias. E quando a doença foi avançando, nós não estávamos preparados para detê-la. E os estragos começaram e ate hoje não cessaram.

Por outro lado, se as autoridades muito falavam, mas pouco faziam, nós também, enquanto povo, enquanto carne fresca para o vírus maldito, não tivemos atitudes diferentes.

Continuamos falando muito e fazendo quase nada. Tínhamos nossos passeios programados e fomos fazê-los. Afinal, não podíamos perder o nosso investimento. E, enquanto turistas daqui pra lá e de lá pra cá, fomos alguns dos responsáveis pela disseminação do vírus. Ele não viajava pelo ar, mas de carona conosco.

Agora, a primeira onda está passando, mas ao invés de estarmos nos armando para enfrentar mais adequadamente o mal nesta reta final e também em uma possível segunda onda, nós continuamos tão inertes e resistentes a fazer alguma coisa, quanto estávamos no começo. Por todo lado, ao invés de se ver um último esforço para a vitória, o que já se vê é o retorno à normalidade.

Os espaços vazios estão voltando a encher. As casas comerciais estão reabrindo e os cuidados diminuindo. Será que nunca vamos aprender que a vantagem sobre qualquer coisa está ao lado daquele que se coloca na vanguarda? A ação de se preparar para enfrentar o que poderá vir e a ação de prevenir contra a contaminação são muito superiores à ação para o tratamento da doença ou de qualquer coisa que já aconteceu.

Entendemos que não é hora de voltarmos àquele antigo normal. Aliás, quem anda para trás é caranguejo. O que deveríamos estar fazendo é nos aperfeiçoando cada vez mais no trabalho “home office” e no desenvolviemnto e uso de tecnologias para esse novo tempo.

Deveríamos estar laborando com o máximo de esforços para conquistarmos a nossa independência do trabalho presencial e físico.

Um bom exemplo a ser seguido é o do Poder Judiciário. Desde o início da pandemia, ele acelerou a implantação que já estava em curso, do processo digital e eletrônico. E caminha muito bem nesse sentido. Dificilmente, retornaremos aos processos físicos. Já tínhamos inaugurado a era digital bem antes da pandemia. E, por conta dela, a cada dia, temos nos aperfeiçoado nessa tendência. É isso que todos deveriam fazer.

A Educação também está avançando na era digital. As aulas on line ainda não são as aulas desejadas. Mas não é voltando atrás que se aperfeiçoa o processo e, sim, aprimorando as deficiências existentes. Antigamente, as salas de aulas eram comandadas por professores leigos, porque não havia professores qualificados. Isso foi resolvido. Na última escola que trabalhei antes de me aposentar, a Escola Estadual Professora Juracy Macêdo, todos os profissionais da educação eram habilitados na sua área de atuação. As salas de aulas já foram multisseriadas, porque não haviam salas e professores para dividir convenientemente os alunos. O atendimento era seletivo.

Não se atendia a todos e o atendimento, por conta de não atender a todos, era de baixa qualidade.

Isso foi superado. A educação passou a ser um direito real de todos. Em Poxoréu, chegamos ao ponto de fehar escolas, porque não tínhamos clientela. O Fórum de Poxoréu foi instalado em uma escola “zero bala”, construída para atender a alunos que não existiam, dando um verdadeiro sentido àquele investimento.

A educação universitária brasileira também já estava entrando na era digital. Antes dessa pandemia, os cursos superiores já estavam autorizados a funcionar com carga horária on line de até 70 por cento. Hoje, basicamente, pode-se fazer quase todos os cursos em ambiente virtual.

Apenas os estágios e práticas ainda precisam ser feitos em abiente físico. Mas creio que até isso haveremos de superar com laboratórios digitais simulando a realidade.

A saúde também já caminhava para o atendimento à distância. E isso, que parecia

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já estamos vendo até consultas on line. É possível que, em um tempo não muito distante, seremos atendidos nessa área por inteligências artificiais conectadas com todas as fontes de informação e conhecimento do mundo todo. Nossos profissionais de saúde mal dominam a própria língua pátria, possuindo dificuldade para se apropriar das novidades disponibilizadas pelos cientistas de outras línguas. A inteligência artificial não tem esse problema. Nós demoramos um dia para ler cem, duzentos páginas de um livro. A IA toma conhecimento de tudo o que se publica no mundo de forma quase instantânea. Um médico pode tremmer durante uma cirurgia. Um robô comandado por uma IA, não.

Não vislumbro a possibilidade do retorno às velhas práticas. O velho século XX, agora, por certo, acabou de vez. E o novo século XXI deixa de ser apenas nominal, para começar de fato. E nesse quadro, a única verdade a ser levada em conta é que todos precisamos nos adaptar o mais rápido possível para essa nova era secular, sob pena de sofrermos mais do que seria necessário.

O novo século não chegou para complicar a nossa vida, mas para nos ajudar a vivê-la com mais qualidade. Ainda que sejam os seres humanos que construam e programem as inteligências artificiais e todas as tecnologias de base, os seres humanos caminham a passos de cavaleiro pelo planeta, enquanto que as Ias são quase onipresentes, podendo estar quase que cem por cento on line em qualquer parte do mundo. Com certeza, o que era ficção está se tornando uma nova realidade.

O trabalho em casa

Izaias Resplandes de Sousa

Fique em casa, mas não fique sem fazer nada.

Trabalhe em casa, o ambiente é muito melhor.

Negocie o custo operacional de sua jornada.

Ponha o devido valor no suor de seu labor Vai ser muito bom para ele e também para você.

O único problema dessa nova prática laboral É que você terá que, constantemente, aprender Para poder se tornar um excelente profissional.

Aula on line, com alunos presentes interagindo com o professor, fazendo perguntas e recebendo as devidas respostas. A aula pode ser gravada e revista quantas vezes for necessário para a

apropriação do conhecimento.

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FIQUE EM CASA

Izaías Resplandes de Sousa

A mensagem mais veiculada nos últimos dias foi essa: fique em casa! É de observar que nos momentos de crises, a grande maioria das pessoas se coloca na condição de conselheiro dos demais. Todo mundo está pronto para aconselhar, mesmo que seja apoiado em meras especulações e blablablás. Mas, infelizmente, nem todos estão prontos para obedecer orientações, ainda quando sejam sérias e fundamentadas.

É muito importante aprendermos a distinguir as coisas para obedecermos ao que deve ser obedecido e sabermos fugir daquilo que procede do maligno e que tem objetivos escusos. Diz o ditado que, “ quem pode, manda e, quem não pode, obedece”. Creio que em face do novo coronavírus, somos todos impotentes e ignorantes, porque nenhum de nós tem o poder para derrotá-lo. Mas existem ignorantes e ignorantes. Não sei em qual dos grupos cada um de nós está. Sei apenas de mim. E, como já dizia Sócrates: “tudo o que sei é que nada sei”. Nesse sentido, é de bom tom que todos aqueles que estejam na minha condição, que estejam prontos para obedecer.

Sejamos obedientes aos nossos líderes, sejam eles familiares, religiosos, civis, políticos e militares. Toda liderança exerce um certo grau de autoridade, cabendo-nos obedecê-la, em detrimento dos tititis e bafafás que costumam ganhar a preferência popular.

Nesse momento eu vos falo não apenas como um observador atento do mundo, mas também como um observador do que diz a Bíblia Sagrada, o meu livro de cabeceira e que, para mim, é a Palavra de Deus. E rogo que também seja assim para você.

Meu querido…

Poxoréu, 26 de março de 2020.

- Mensagem Espiritual Cristã -

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É de destacar que a Palavra de Deus nos ensina com bastante rigor sobre a obediência a Deus e à sua Palavra, bem como aos nossos pais, líderes espirituais e às autoridades em geral. Segundo o texto sagrado, as autoridades são ministros de Deus, sendo que dele provém todo o poder que elas porventura possuem.

É de observar que o primeiro juízo que Deus executou sobre a humanidade se deu por conta da desobediência do homem à sua palavra.

Apesar de ter recebido ordens específicas de Deus sobre como deveria proceder no Jardim do Éden, o patriarca Adão preferiu seguir e se apoiar no entendimento de sua mulher, quebrando a linha de comando que tinha recebido. E, em decorrência disso, até hoje, a humanidade e a própria Terra sofrem as consequências.

O profeta Moisés, chamado para liderar o êxodo hebreu do Egito, foi impedido de entrar na terra prometida, porque, quando conduzia o povo pelo deserto em direção à Palestina e acabou a água que eles tinham, desobedeceu a ordem de Deus para que falasse à rocha para que desse água ao povo, ferindo-a, por duas vezes, colocando em dúvida os resultados da ordem divina, mesmo depois de ter passado por tantas experiências positivas, em cumprimento às mesmas.

A obediência é, para Deus, uma questão muita séria, meus queridos. Às vezes, nós estamos dispostos a fazer os maiores sacrifícios para alcançar aquilo que desejamos, quando apenas uma coisa seria suficiente: a nossa obediência.

O rei Saul foi escolhido para ser o primeiro rei de Israel, mas foi

rejeitado por Deus, cometeu vários pecados e, por fim, se matou. Tudo

porque ousou descumprir a ordem divina para destruir totalmente os

amalequitas que, covardemente, haviam atacado e matado muitos dos filhos

de Israel que fraquejaram na marcha e ficaram para trás, quando vinham do

Egito para Canaã. A ordem de Deus era para destruir totalmente o inimigo,

mas Saul resolveu fazer prisioneiros e saques. Segundo ele, a intenção era

oferecer um grande sacrifício a Deus. Mas então ele recebe pelo seu ato a

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seguinte declaração do profeta Samuel: “Alguma vez o Senhor tem o mesmo prazer nos holocaustos e sacrifícios do que na obediência à sua palavra?

Obedecer é muito melhor do que sacrificar!” (1 Samuel 15:22).

E essa é a resposta às nossas dúvidas sobre essa pandemia do coronavírus que está assolando a humanidade desde a China até o Brasil.

Não creio que Deus esteja se vingando da humanidade por desobediência à Sua Palavra. Eu creio muito mais em que estejamos colhendo os frutos do que nós temos semeado no planeta. Eu creio que estamos apenas diante de um repto da natureza. Ela, sim, poderia estar nos dando uma resposta a todas as agressões que lhe temos feito. Mas eu creio que a natureza também não quer nos destruir, porque ela foi criada para nos ajudar a viver, embora esse viver devesse ser caracterizado pela harmonia, respeito e responsabilidade com ela e com os demais seres vivos.

É de ver, no entanto, que a situação pandêmica que vivemos não precisará ser permanente e nós poderemos voltar a ter o domínio da situação, porque, desde o começo do mundo, a vontade de Deus era que o homem crescesse, se multiplicasse e dominasse sobre todos os demais seres vivos. Assim diz a Palavra: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse:

Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”. Gênesis 1:28.

Deus capacitou cada ser humano para cumprir uma parte dessa grande missão. E cabe a cada um de nós fazer o seu melhor para que possamos dominar esse coronavírus, que tem se revelado um adversário muito poderoso. A hora é de união e não de divisão, seja porque motivo for.

Não é hora de partidarismos, não é hora de divisão. Nesse momento,

devemos ser apenas o povo da Terra contra o coronavírus. A Terra tem

lideranças constituídas por nós. Aí estão os Grupos de Líderes: G-5, G-20,

ONU, OMS. E, localmente, também temos as nossas lideranças, tais como o

Presidente da República, o Congresso Nacional, os governadores, prefeitos

e tantas outras. Mas todos devemos falar a mesma língua. O debate é

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importante, mas ao se estabelecer as linhas de ação, todos devemos seguir na mesma direção, sob pena de sofrermos muito mais do que precisaríamos.

Jesus disse que nenhuma casa dividida subsistiria. E que até Satanás seria derrotado, se também estivesse dividido.

Eis aí a resposta. Quando os homens falam a mesma língua, eles ultrapassam até os limites do admissível e do tolerável. Eles fazem coisas excepcionalmente maravilhosas. Sem querer entrar no mérito da questão, não nos esqueçamos de Babel, quando a humanidade, falando a mesma língua, subia com sua torre em direção ao céu.

“Unidos, nós venceremos!” Em que pese esse chavão ser abusadamente pronunciado, nós ainda não sabemos caminhar juntos na mesma direção e vivemos em disputas eternas pelo mérito de insignificâncias, em detrimento das grandes realizações.

Nos tempos de Jesus na Terra, aconteceu coisa semelhante. Ele criticou severamente os escribas e fariseus, dizendo ao povo o seguinte: “Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem;

Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los”. Mateus 23:2-4.

Não imitemos os nossos líderes nas brigas e disputas pelo poder.

Não sejamos uma cidade dividida, um Estado dividido, um País e um mundo dividido nesse momento. Façamos o que for possível fazer. E se não for possível fazer outra coisa, então oremos pela misericórdia de Deus por eles, os nossos líderes, e por nós.

Sim, meus queridos! Oremos por eles e por nós para que essa pandemia seja controlada e esse mal seja extirpado do meio de nós. Oremos com fé. E se a nossa fé estiver pouca, oremos também para que Deus a aumente. Vamos resistir a esse mal com todas as nossas forças e, de mãos dadas e com um só propósito, haveremos de vencer. Em nome de Jesus.

Amém e amém!

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Diálogo Digital

[01:45, 26/09/2020] Luís Carlos Ferreira:

Já Não Sou Dado A Tanta Proeza E Nem Possuo Muita Agilidade...

Perdi Bastante Da Minha Destreza Qu'Eu Conservava Lá Na Mocidade.

Ainda Sou Jovem Nesta Alta Idade, Trazendo Comigo Traços De Beleza E A Boa Saúde Para A Longevidade...

Viverei Bastante - Eu Tenho Certeza!

Labuto Constante E Na Simplicidade, Usando As Forças Com Muita Leveza.

Isto Que Conserva Minha Capacidade, Superando Os Moços Em Suas Proezas!

[07:11, 26/09/2020] Izaias Resplandes:

O poeta voltou Chegou cheio de alegria.

E, como sempre fazia, Trouxe um belo "bom dia"

Em formato de poesia...

O sonho não acabou.

[07:17, 26/09/2020] Luís Carlos Ferreira:

Entretanto Eu Me Atrevo A Dizer Em Tom Normal Que Todo Tempo Escrevo

Lá Na Página Digital.

Os Poemas Que Prescrevo Estão Indo Além Do Trevo...

É De Alcance Universal!

[07:34, 26/09/2020] Izaias Resplandes:

Eu te dou a nota cem, Meu dileto e caro amigo.

Pois isso nos faz muito bem, Nesses tempos de perigo.

A poesia é dom de Deus Para acalmar os filhos seus.

- Diálogo Poético entre Luís Carlos Ferreira e Izaias Resplandes de Sousa -

Luís Carlos Ferreira

Izaias Resplandes de Sousa

[08:55, 26/09/2020] Luís Carlos Ferreira:

A Poesia É Dom De Deus...

Bem Sei Eu, Meu Caro Amigo!

Porisso, Nos Versos Meus

A Jesus Muito Bendigo

Por ter Tido, Dentre Os Seus,

Doado A Mim Desse artigo…

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Parabéns!

[04:09, 27/09/2020] Luís Carlos Ferreira:

Parabéns Hoje Pra Mim Pelo Meu Aniversário...

Mais Uma Data, Enfim, Assinala O Calendário!

Esta Data É, Para Mim, O Abrir De Um Cenário Em Que Tudo De Ruim Vai Virando Ao Contrário E Se Tornando, Assim, Suave Em Meu Ideário...

Vou Lendo Até Ao Fim Como Em Um Relicário.

Que Soem Hoje Pra Mim Os Sinais Do Campanário!

[10:13, 27/09/2020] Izaias Resplandes:

Parabéns para você, Neste teu aniversário, Meu poeta,

Escritor de A a Z.

Nascer, crescer e envelhecer, Apesar de ser fadário, Não é essa a nossa meta.

Muito pelo contrário!

Se o destino é envelhecer, A meta é crescer e florescer!

E você sempre floriu!

Você não completou mais uma era.

Você alcançou mais uma Primavera.

Cheia de poesia e flores mil!

Parabéns pelo seu aniversário, Meu dileto e estimado confrade.

Um dia escreverei seu obituário

E direi: eis um homem que venceu a idade!

Não se deixou levar pelo peso dos anos.

Sempre viveu com intensidade!

Aniversário do poeta Luís Carlos Ferreira

Izaias Resplandes de Sousa

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Luís Carlos Ferreira:

Sabe O Que Me Deixou Feliz No Teu Lindo Breviário?

É O momento Em Que Diz, De Um Modo Bem Solidário:

"Escreverei O Seu Obituário, Meu Caro Confrade Luís"...

Isto Demonstra O Itinerário Daquilo Qu'Eu Sempre Quiz:

Que Você - Tão Necessário - Tenha A Vida De Bis Em Bis!

Luís Carlos Ferreira e sua esposa Olga

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A noite de Deus

Izaias Resplandes de Sousa

Tia Zulmira, Tia Zulmira!

Sempre que me lembro da senhora, Como nessa preciosa hora,

Eu abro no rosto um sorriso feliz.

Sou sobrinho que tanto a admira:

Como uma mãe que sempre quis!

Quanta ternura e quanto carinho, Quanta simpatia de alma!

Quanta paciência, quanta calma, Quanta amizade e quanto amor, A senhora dedicou ao seu sobrinho, Que nem sempre deu-lhe o valor!

- Em homenagem a tia Zulmira Sousa Matos e ao seu esposo Edvan Sousa de Matos, vitimados pela Covid-19 -

Zulmira e Edvan, na Fazenda 14 de maio, em Torixoréu, MT

Edvan e sua esposa Zulmira, em seu

aniversário de 70 anos, em 2019

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Me lembro que eu e meus irmãos, Num tempo que não volta mais, Um tempo cheio de ais,

Passamos por muitas dores, Quando ocorreu a separação, De nossos queridos genitores.

Ninguém é culpado do que se deu.

A vida da gente é mesmo assim, Cheia de coisa boa e ruim.

Nosso destino não é o que se deseja.

Mas você, foi a mãe que apareceu, Como de Deus, uma benção benfazeja!

Naquele tempo distante de nossa infância, Onde a dureza era a realidade,

Vivida por qualquer idade,

A senhora acolheu os seus sobrinhos, E foi uma mãe em segunda instância, Sem ver nisso uma coroa de espinhos.

E sempre que me lembro da senhora, Vejo-a como a mãe do coração, Dos meus tempos de aflição.

Encho o peito de gratidão,

Não somente pelo tempo de outrora, Que não esgotou sua dedicação.

Mesmo depois de ter crescido, E recebido a minha formação, Nas faculdades de educação.

E de ter saído pelo mundo afora,

Em sua casa, sempre fui bem recebido, Como um filho querido, que a mãe adora.

Todos falam do seu arroz com feijão, Com vontade de comer mais e mais, Porque igual a senhora, ninguém faz!

Que é coisa boa, uma comida sem igual, Que é feito com o tempero do coração, Dessa receita que é só sua, afinal.

Zulmira e Edvan Sousa de Matos

Zulmira e Edvan Sousa de Matos

Zulmira e Edvan Sousa de Matos, na Fazenda da Mata, no

Pé da Serra, onde nasceu, em

Torixoréu, MT

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Não é o arroz, nem o feijão, ou a comida.

Não é o jeito de fazer, nem o tempero, Que sem nenhum exagero,

Torna esse momento especial.

Mas, é seu carinho, minha tia querida, Que em tudo põe o amor maternal.

Todas as vezes que fui ter com a senhora…

E se não foram poucas as ocasiões, Sempre foram grandes as recepções.

E além da boa comida oferecida

Tivemos aquela boa conversa ,sem demora, Que não dá para aqui ser resumida.

Várias vezes varamos a madrugada, Entre tantas emoções para viver, As horas passando sem a gente ver, Relembrando os momentos do passado, A senhora, nem se dava por cansada, Apesar do longo tempo dispensado.

Quanta coisa boa recordamos!

E até mesmo alguma coisa ruim, Porque nem tudo é tão bom assim!

Quantas vezes a senhora me acalmou, De coisas ruins que nós falamos,

Dizendo como mãe: "meu filho, isso passou"!

A senhora me ensinou a cultivar, E a plantar como um bom jardineiro, Espalhando pelo mundo inteiro, As sementes do bem, no coração, Pois só no bem vale a pena pensar, Se desejarmos viver em paz e união.

Zulmira e Edvan Sousa de Matos, na sala de sua casa, em Aparecida de Goiânia, GO. O quadro, no alto da parede, retrata a sede da Fazenda da

Mata, a casa onde nasceu, em Torixoréu, MT.

Zulmira e Edvan Sousa de Matos, em um momento

especial.

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Tia Zulmira, Tia Zulmira!

O seu exemplo me ensina, Me apaixona, me aproxima!

Eu quero continuar sorrindo agora, Mas o meu coração, muito se admira, Que eu queira sorrir, nessa hora.

Hoje, a senhora está dormindo, Um sono que não é desejado, Sem saber o que se passa ao lado, Onde seu destino é traçado.

Eu nem sei o que é que está sentindo, E nem qual é seu verdadeiro estado.

Mas peço ao nosso querido Jesus, Ele que sempre é Salvador,

E que é Deus Nosso Senhor, Para livrá-la do sonho ruim.

Apelo para a mensagem da cruz, Crendo que nosso Deus fará assim.

Que o seu sono hoje seja reparador;

E que acabe com o sofrimento,

Que a senhora passa nesse momento.

Que a sua saúde seja restaurada;

E que amanhã seja um dia sem dor, De reencontrar a família abençoada.

Que assim seja ao seu marido,

Seu companheiro e seu amante amigo, Para que também se livre do perigo!

Tio Edvan, companheiro de toda hora, Que ele também seja assistido,

Nessa noite de Deus, que começa agora!

Poxoréu, MT, 26 de setembro de 2020

Zulmira e Edvan Sousa de Matos

Zulmira e Edvan Sousa de

Matos

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Zulmira Sousa Matos, com seu sobrinho Izaias Resplandes de Sousa e seu esposo Edvan Sousa de Matos. Ambos faleceram neste ano, vítimas da COVID-19, em Aparecida de Goiânia, GO. A

poesia “A NOITE DE DEUS” foi escrita quando eles estavam internados na UTI. Eles não retornaram para casa. Eles foram assistidos por Deus que lhes tirou do sofrimento e os levou

para estar com Ele em seu eterno Paraíso, onde a dor e a tristeza jamais entrarão.

Dois dias após eu escrever “A NOITE DE DEUS”, Tio Edvan

se foi.

Doze dias após Tio Edvan partir, Tia

Zulmira foi se encontrar com ele.

A noite acabou e o dia eterno

começou.

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Cinquentenário de Poxoréo

Izaias Resplandes de Sousa

50 anos já se passaram

Desde o momento da emancipação E novos povos aqui chegaram Engrandecendo nosso torrão.

U’a nova era está começando Um novo tempo para nós nasceu O Poxoréo que tanto amamos É um colosso que floresceu.

A corruptela dos garimpeiros Em 38, do outubro mês Para orgulho dos pioneiros Cidade livre então se fez.

Júlio Muller, Foi ele o interventor Que em 26 de outubro Poxoréo emancipou.

E a ele com nosso amor Este canto de liberdade Entoamos com ardor!

Poxoréo, nosso rincão, Não parou...

Cresceu avante!

E hoje, nosso torrão É a Capital do Diamante!

Reconhecida em toda parte De Mato Grosso e do Brasil;

Com muito brilho, engenho e arte,

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As ruas, quando bem observadas, contam a história de uma cidade. Sempre que leio os romances de Jorge Amado, por exemplo, eu me sinto como se estivesse andando pelas cidades baianas, tal o primor de detalhes em seus escritos. Querendo caminhar por essa linha, por muitas vezes, saí pelas ruas de Poxoréu, fotografando as casas e tomando notas do que via. Entre um e outro daqueles passeios, observava que algumas casas antigas haviam sido derrubadas e novas sido erguidas no mesmo local;

outras, eram apenas reformadas, recebendo uma nova pintura. O comércio, quase sempre sofria mutações com o passar do tempo. Casas comerciais abriam e fechavam. Às vezes até as grandes lojas chegavam na cidade.

Mas, como o comércio era fraco, logo fechavam suas portas e iam embora.

No entanto, deixavam as marcas de sua passagem na cidade.

Se esta rua, se esta rua…

Izaias Resplandes de Sousa

Avenida Brasília

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Eu gosto de escrever sobre as ruas da cidade. E ainda que possa parecer um escrito repetitivo, não é, porque não existe nada mais volátil do que a paisagem de uma cidade.

Essa narrativa retrata um pouco da história da Avenida Brasília, sob a ótica do início do ano de 2020.

É de observar que, desde o seu início histórico, a Avenida Brasília vinha se transformando numa das principais ruas da cidade. Era a minha rua. Nela ficava um dos lugares onde

eu morei em Poxoréu. Aliás, de todos os lugares em que vivi, a minha morada na Avenida Brasília foi uma das que mais trouxe contribuição para a minha inspiração literária. Era ali que ficava a Mata do Vô, o reino que encantei para encantar as aventuras de meus netos Davi, Arthur, Paulo Ricardo e outros que viessem a nascer.

A Avenida Brasília fora aberta durante o governo de Lindberg Ribeiro Nunes Rocha (1982-1988). Quando ele assumiu a Prefeitura de Poxoréu, decidiu construir uma nova sede para o Paço Municipal na parte alta da cidade. E elegeu-a para receber a nova sede do governo da municipalidade. Ela marginava o antigo campo de aviação. Até então, havia apenas uma estrada sinuosa que saía da rodovia e ia até o Balneário da Lagoa, em cuja proximidade começava a surgir as primeiras casas do Jardim Poxoréu.

A Avenida Brasília de 2020 era muito bem servida. Ao percorrê- la, começando o tour pela rodovia MT-130, encontrávamos um bom portfólio comercial. No ponto de junção encontrava-se o Restaurante Rodovia, propriedade do Rafael Cardoso, filho de Raimunda Cardoso, a Mundica –

Mata do Vô

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minha amiga e confreira do Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu. E ao lado dele, havia uma lanchonete e uma Distribuidora de Gás.

Na esquina da avenida com a rodovia encontrava-se instalada a Pamonharia e Pão de Queijo da Goiana, ladeada pelo Mercado Torixoréu, cujo prédio pertencia à família Resplandes, tendo sido construído pelo meu padrasto, o senhor Erasmo Mendes de Moraes. Quanto às pamonhas e ao curau, posso dizer que não precisariam ser melhores. Eu não sei qual era a receita (deveria ser segredo comercial), mas eles conseguiam manter sempre o mesmo padrão

de qualidade. Também já ouvira elogios em relação ao pão de queijo. Todos diziam que era muito gostoso.

Seguindo pela Avenida, em direção ao centro da cidade, logo de cara nos deparávamos com a Banca de Frutas

que a Sandra Delmon instalara em sua garagem e, no mesmo prédio, a Tapeçaria do Luiz, seu marido. Eu fiz diversos serviços com ele e não tive do que reclamar. Um bom sinal de qualidade era o fato de que ele estava sempre trabalhando. Às vezes, a gente escutava o seu batido de martelo até tarde da noite. Logo em

seguida ficava a Borracharia São Carlos. A placa informava que o serviço era de “24 horas”. Ali era o meu primeiro socorro quando precisava de consertar

algum pneu furado, o que Feira do Produtor

Izaias Resplandes de Sousa e seus filhos Ricardo, Mariza e Fernando Resplandes, Antonio Resplandes de Sousa, sua esposa Maria Aparecida Vieira e suas filhas Sarah e Samantha

Vieira de Sousa; e, Wanderley Freitas de Sousa e seu filho Willian Freita de Sousa.

(21)

aconteceu algumas vezes. Naquela época, o borracheiro era o meu primo Ozéias da Silva Rodrigues, filho de Zé do Rio, o caseiro do Acampamento Rio dos Crentes.

Depois da borracharia vinha a Feira Coberta do Produtor, a qual só funcionava aos sábados pela manhã. A construção do prédio teve início no governo do prefeito Antônio Rodrigues da Silva (2001-2008) e fora inaugurada em 20/03/2012, já no governo do prefeito Ronan Figueiredo Rocha (2009-2012), mesmo sem a conclusão de todo o projeto. Eu escrevi um artigo sobre a inauguração, o qual publiquei no meu blog, o Somatório de Ideias (http://respland.blogspot.com/2012/03/?m=1). O padre orionita Ademar José dos Santos, que na época era o diretor da Escola Agropecuária de Poxoréu, antiga Escola Agropecuária Cidade dos Meninos, fundada pela doutora Edvige Dassi, fez uma celebração dando a benção para o novo prédio público da Avenida Brasília. Posteriormente, no governo do prefeito Nelson Antônio Paim (2017-2020), o prédio da feira foi concluído. Foram feitos os boxes e o alambrado cercando o prédio. Desde sua inauguração, a Feira nunca foi bem movimentada e oferecia quase sempre o mesmo mix de produtos: folhas, temperos, queijos, requeijão, mandioca, abóbora, frangos e ovos caipira, carne de porco, feijão catador, e, às vezes um milho verde.

Tinha também a banca do seu Adolfo, que vendia pastéis e outros salgados.

Eu defendia naquela época, como ponto de vista, que ela deveria ser melhor aproveitada durante a semana, pois tratava-se de um grande investimento público. Eu ficava assustado quando,

no tempo de sua construção, via os valores da obra indicados na placa.

Era muito dinheiro para a nossa feirinha. Mas a gente pensava que depois da construção ela viesse se tornar numa grande feira. No entanto, não presenciei isso em meus dias

naquela Avenida. Mesmo assim, Izaias, Urano e Maria Iva

(22)

como bom apreciador de feiras, todo sábado eu ia lá comprar pelo menos um maço de couve para fazer o meu suco verde matinal.

Durante anos, minha esposa Lourdes e eu tomamos aquela gororoba de couve com babosa, cordão de frade e abacaxi. Era um suco que poderia ter suas qualidades para a saúde, mas que era ruim, lá isso era. Foi a Maria Iva, uma professora de Educação Física com quem trabalhei nas Escolas Pe.César e Albisetti e Profª. Juracy Macêdo que me incutiu a ideia de tomar o tal suco. E então a gente tomava. E Lourdes sempre dizia: “ não tem jeito desse suco ficar bom!”.

Em frente à Feira ficava o meu

Escritório de Advocacia.

Eu atuava na área cível e nos campos médico- hospitalar e

administrativo, com ênfase na

responsabilidade civil.

Eu era o advogado da Sociedade Hospitalar São João Batista, a administradora do hospital de mesmo nome e que era considerado o melhor hospital da região. Naquela época, tinha à frente de sua

administração como

Presidente o Bispo da Diocese de Primavera do Leste Dom Derek John

Christopher Byrne, como Olinet, Adolfo e Edwige

Advocacia Resplandes

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Vice-Presidente o Padre Alexandre Umbelino Pereira e como Tesoureiro o Contador Adolfo Fernandes Catalá Neto - meu amigo e confrade no Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu.

Ao lado do meu escritório ficava a Primeira Igreja Batista de Poxoréu, que era ligada à Convenção Batista Brasileira.

Após a feira, no lado esquerdo da rua ficava o Salão da Léia Cabeleireira. O nome dela era Arziléia, mas todos chamavam ela apenas de Léia. Era lá que minha esposa e eu cuidávamos da nossa aparência. A Léia e sua equipe era sempre muito atenciosa com seus clientes, que marcavam hora para serem

atendidos. Quando eu cortava o cabelo, como cortesia ela me aparava o bigode e os fios

maiores das

sobrancelhas. Uma grande parte da sociedade poxorense

também era cliente da Léia. O salão foi aberto em 10 de setembro de 1993.

Ao lado do salão morava um transportador de gado. Seu caminhão gaiola estava sempre parado em frente à sua casa, ao lado da feira.

E então seguia- se um vazio de aproximadamente cem metros, chegando-se à Promotoria de Justiça, a qual, em 2020, também instalou sua sede na avenida Brasília, em um prédio

localizado próximo à Rádio Jovem Pan FM. Esse prédio fora construído pelo

Promotoria de Justiça

Rádio Jovem Pan

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doutor Aminadalb Alves de Souza, o qual montara ali a sua loja de materiais de construção, durante os anos 90.

Ao lado da Promotoria ficava a Rádio Jovem Pan que também já fora Rádio Sul Matogrossense e Rádio Cultura de Poxoréu. Ela foi inaugurada depois da Prefeitura. Inicialmente, ela foi a Rádio Cultura de Poxoréu. Eram os tempos do Dr. Edísio Rodrigues Rocha, Nicolau El Tauil, José Estani de Oliveira, Compadre Nô, entre outros. Eu mesmo cheguei a fazer o programa de jornalismo dela por um pequeno tempo, em 1990. A emissora funcionava lá no centro, na Avenida Brasil, no prédio da família Nunes Rocha, bem próximo ao Banco do Brasil. De lá, no início dos anos 90, ela veio para Avenida Brasília e aí mudou o nome para Rádio Sulmato- grossense. Manteve essa denominação até 2018, quando passou a ser Rádio Jovem Pan. No tempo das outras rádios, eles transmitiam seus programas em AM - Amplitude Modulada. Já no tempo da Jovem Pan, a emissora passou a transmitir sua programação apenas em FM - Frequência Modulada.

É de

recordar que a UPE - União Poxorense de Escritores, transmitiu por essa emissora AM, o seu Programa Momento de Arte e

Cultura, desde

13/05/1988 e que somente deixou de

fazê-lo quando a Jovem Pan assumiu e passou a transmitir apenas em FM.

Desde 1919, a UPE parou de fazer esse programa pelas rádios convencionais. Em 6 de novembro de 2017, quando eu era o presidente da UPE, criei uma Rádio Web, a Rádio Upenina e veiculava através dela uma programação 24 horas, a qual também deixou de ser transmitida a partir de 6

Av. Brasília

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de novembro de 2019, em virtude de não conseguirmos manter o custo financeiro da operação. Com isso, fechamos um ciclo de 31 anos de programação, que começou em 13 de maio de 1988, pela antiga Rádio Cultura de Poxoréu, a qual funcionava lá no centro da cidade.

Mas, continuemos o nosso tour de lembranças pela Av.

Brasília.

O trecho que ficava entre o Salão da Léia e a Prefeitura de Poxoréu, que estava localizada no número 809 da Avenida, durante muitos anos se compunha apenas de um imenso vazio. No entanto, de 2018 para 2020, ali foram construídas modernas residências que embelezaram muito a nossa rua. O Cristiano, filha da Léia foi um dos construtores que atuou nesse projeto.

Após a Rádio e o conjunto de casas ao qual me referi, chegávamos à Skina Country, uma lanchonete com bom movimento noturno e que, às vezes, contava até com show ao vivo. A novidade da Skina era o sinal de wi-fi aberto para a clientela. Isso fazia muita diferença naqueles tempos em que todos queriam ficar conectados via internet em tempo integral.

Em frente à Skina Country havia um senhor que vendia picolés e geladinhos pela grade de sua casa, em um comércio informal. Ele gostava de tocar teclado. Sempre que a gente passava por lá ele estava tocando.

Skina Countri

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Depois da lanchonete Skina vinha a Praça da Prefeitura de Poxoréu. O prefeito da época era Nelson Antônio Paim. Sempre ouvia bons elogios a respeito de sua administração. Ele tinha feito um belo trabalho, no sentido de concluir as obras começadas pelos seus antecessores. No início de sua administração eu mesmo ouvi ele dizer que havia 17 obras inacabadas e, em 2020, quase todas já haviam sido entregues à população.

Dentre elas, o destaque ficava para a Feira do Produtor e o Ginásio de Esportes Cinquentão (que ficava ao lado da Prefeitura) porque estavam localizados na minha querida Avenida Brasília. Mas, a obra que ele esperava causar mais impacto em sua administração e que prometia concluir até o final daquele ano, quando estaria concluindo o seu mandato, era a reforma do Balneário da Lagoa, que estava parada desde o governo de Antônio Rodrigues da Silva, o Tonho do Menino Velho e que ele retomara. O povo de Poxoréu esperava, ansiosamente, pela conclusão da obra, que seria moderna, bela e grandiosa. Já naquela época, eu pensava que ainda haveria de falar muito a respeito dela.

O prédio da Prefeitura de Poxoréu fora inaugurado em 1988, durante os festejos do aniversário de 50 anos da cidade, com a denominação

Prefeitura de Poxoréu

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de Paço Municipal Prefeito Joaquim Nunes Rocha (1983-1988). Sua construção também foi obra do prefeito Lindberg Ribeiro Nunes Rocha. Na mesma ocasião, ele inaugurou também o Ginásio de Esportes Cinquentenário, o Cinquentão, que ficava aos fundos, defronte para o Centro Esportivo de Poxoréu, já existente, implantado no governo de Eoni de Souza Lima (1979-1982). Nos festejos da inauguração, aconteceu o primeiro FESCAMPOX - Festival da Canção de Poxoréu. Vários cantores fizeram shows na festa de inauguração. Entre eles, Moacyr Franco.

Antes de se mudar para Avenida Brasília, 809, a Prefeitura estava funcionando no prédio do Centro Juvenil Salesiano, na Avenida Dom Bosco, em frente à Praça Manoel Dioz Silva. Depois da Prefeitura, veio o INSS. Eu me recordo que o prefeito Lindberg promoveu a doação de terrenos para a Cemat, a Sanemat e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso nessa Avenida.

Era seu desejo que os órgãos públicos ficassem concentrados próximos à Prefeitura, na Praça Cívica. Mas acabou que somente o INSS construiu seu prédio ali. O Tribunal de Justiça chegou a começar a construção do Fórum de Poxoréu, mas a obra foi abandonada, quando, em 1988, o Prefeito Herculano Muniz de Melo Filho (1989-1992) fez a doação de um outro prédio para o Tribunal de Justiça, no bairro Santa Luzia. Tratava-se de uma escola recentemente construída e que nem sequer chegou a ser inaugurada.

A partir de 1988, a avenida Brasília ficou conhecida como a rua da Prefeitura, a rua da Rádio, a rua da Feira. Ela se iniciava na chácara dos descendentes de Santana Sol e terminava na rodovia MT-130. Mas nem todos pensavam assim. Muitos

pensavam que ela começava na rodovia e terminava na chácara.

Estrada para o Sítio dos Oliveiras

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No governo do doutor Walterly Ribeiro da Silva (1993- 1996), uma empresa recebeu permissão

para fazer a

numeração das casas nessa rua. No entanto,

nem todos os

moradores quiseram colocar a plaquinha com o número da casa. E então, a

empresa saiu

colocando os

números em ordem crescente, não deixando muitos números reservados para os espaços entre uma casa e outra daquelas que

eles enumeraram, bem como para os terrenos vazios que ainda não tinham casas. Desse modo, não se fez uma numeração lógica nas casas da rua. Um outro problema ocorrido em relação a isso, foi o fato de que as pessoas quando iam construir suas casas, ao invés de irem à Prefeitura requisitar o número, colocavam-no por conta própria, tomando por base o número da casa anterior. Como a rua começou a ser habitada nas duas extremidades e os moradores das novas casas que foram surgindo consideraram as duas extremidades como começo da rua, a mesma acabou tendo duas numerações pequenas nas extremidades e que iam crescendo na direção

Avenida Brasília

ASSEMP

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contrária. Isso sempre dificultou um pouco a localização de numeração para quem não era da cidade, principalmente os entregadores de encomendas. O povo da cidade logo se acostumou com isso e não tinha dificuldade para encontrar as casas.

Ainda na praça da Prefeitura, encontrava-se a ASSEMP, ao lado do INSS. A ASSEMP era o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Município de Poxoréu, que eu tivera a honra de fundar como Associação dos Servidores, em 31 de agosto de 1987 e depois, em 1989, de promover a sua transformação em Sindicato. Em 2020, o Prof. Antônio Lélis de Azevedo Rocha estava sendo o Presidente da entidade.

O Posto de Benefícios do INSS ficava ao lado da ASSEMP. Em 2020, funcionava somente como ponto para requerimento de benefícios, pois há tempo que não tinha médico perito naquele local, o que fazia com

que as pessoas tivessem que se dirigir a Barra do Garças, Cuiabá ou qualquer outro lugar para poderem fazer a perícia médica.

No

trevinho da

Prefeitura havia um boteco e, no outro lado da rua ficava o Posto do IBGE, que de

longo tempo

estava abandonado. A construção já se apresentava bastante deteriorada em 2020. O ideal seria que se promovesse a sua recuperação e aproveitamento para outra finalidade, já que não estava sendo utilizado para a sua função

INSS

Mercado Silveira

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específica. Eu cheguei a escrever um artigo com o título de “Velhas Casas Abandonadas” e que foi publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu nº 2, de 2018, às págs. 68-75, inventariando diversos prédios abandonados na cidade e recomendando essa prática em relação a eles. Sempre entendi que era importante conservar os prédios ao invés de demoli-los porque eles guardavam a memória da cidade.

Seguindo

Avenida Brasília abaixo, podíamos ver várias casas bonitas, reformadas naqueles dias recentes. Adiante delas ficava o Mercado Silveira, de propriedade do jovem Willian Silveira, filho do ex-vereador Adriano da Silveira Neves e

que era um bom mercado, que atendia muito bem a população do bairro Jardim Poxoréu.

Ao lado do Mercado ficava a Congregação Cristã no Brasil e, em frente a ela, o

Centro de Saúde João Andrade de Figueiredo. Em 2020, só estava funcionando lá a estrutura

administrativa da Secretaria Municipal de Saúde e o Laboratório de

Análises Clínicas. O PSF-01 fora transferido para a UBS Dr. Nivaldo

Congregação Cristã no Brasil

Laboratório de Análises

Clínicas

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Francisco Pereira, construída na Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, em frente à Drogamônica, a farmácia do Sr. Ivan Severino.

Em frente ao Centro de Saúde havia duas lanchonetes que, inclusive, atendiam a pedidos por encomenda e entregavam em casa.

Próximo delas havia um bom açougue.

Um quarteirão após o Centro de Saúde ficava a Panificadora Tavares, de propriedade do Seu Mineiro, mas que naquela época estava arrendada para a senhora Francisca Reges, filha de dona Sebastiana de Sousa Reges. Após a Panificadora estava a empresa de ônibus da Família Caburé, de responsabilidade do José Hugo. Eles transportavam alunos para as faculdades de Primavera do Leste, além de realizarem outros transportes turísticos.

Os destaques do comércio eram esses. Mas a rua continuava até morrer na Chácara dos descendentes de seu Santana Sol. Após a chácara estava o Sítio do Tirso e da Cybelle, os filhos do Dr. Benedito

Panificadora Tavares

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A propriedade dos Oliveiras, de aproximadamente 70 hectares estava aos cuidados de um caseiro, visto que os proprietários viviam no exterior. Tirso estava na Itália e Cybelle, em Nova Iorque.

Incrustado na propriedade dos Oliveiras encontrava-se a Lagoa de Decantação de Esgoto da cidade, construída no governo de Antônio Rodrigues da Silva, em

uma área de 5 hectares, adquirida dos filhos do Dr.

Didi. A impressão que a gente tinha era que essa lagoa deveria exalar um odor desagradável, mas não era o caso. Estive na margem e não senti nenhum cheiro ruim.

A lagoa era cercada por eucaliptos.

Lagoa de Decantação

Amilton e Gonçalo

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Naquela ocasião, encontrei ali no sítio o sr. Gonçalo José de Almeida. Segundo ele, nos tempos do Dr. Didi, havia uma fábrica de Blocos de Concreto naquela propriedade. O caseiro que tomava conta da propriedade era o Amilton Sales, irmão da professora Virlane Mathilde Sales, filha de Joaquim Sales.

O sítio dos Oliveiras fazia limite com as terras da barragem da Usina Hidrelétrica José Fragelli e com o Rio Areia, que passava aos fundos.

E então, esse foi o relato daquele passeio que, em 2020, fiz pela Avenida Brasília. Achei muito legal e pude conhecer muitas coisas que não conhecia. Recomendo aos meus leitores que andem pela suas ruas, observem, conversem com as pessoas e tirem fotos. É possível que vocês também não conheçam direito as ruas em que vocês moram. O meu passeio valeu a pena e tenho certeza de que o de vocês também valerá.

“ Era ali [na Av. Brasília] que ficava a Mata do Vô, o reino que encantei para encantar as aventuras de meus netos Davi, Arthur, Paulo Ricardo e outros que viessem a nascer”. Izaias Resplandes.

_____________

Izaias Resplandes de Sousa, escritor mato-grossense, advogado,

pedagogo e professor de Matemática aposentado é membro do

Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu e da União Poxorense de Escritores.

Poxoréu, MT 16 de maio de 2020

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Os meus tempos no Areia

A Professora Leda Figueiredo Rocha do Lago publicou nesses dias (maio de 2020) um texto muito interessante sobre os Comerciantes do Areia, seguindo uma proposta de resgatar as histórias maravilhosas vividas pelas pessoas em Poxoréu. Eu concordo que realmente existe uma riqueza de histórias a seren resgatadas,

porque o tempo apaga de nossa memória aquilo que não registramos.

Já registrei muitas histórias de Poxoréu, as quais publiquei ao longa de minha existência nesta cidade, desde fevereiro de 1977. Publiquei nos jornais estudantis A Seiva e A Gazeta do Estudante. Publiquei, também, nos jornais da cidade: A Voz de Poxoréu (do Prof. João de Sousa) e no Correio de Poxoréu, nas publicações da UPE – União Poxorense de Escritores, nos livros, revistas e jornais, bem como nas minhas publicações virtuais. Em relação aos meus tempos no Areia, ainda mantenho vivas algumas histórias. Tentarei resgatá-las nessa página.

Antes de tudo, quero dizer que minha mãe Maria Resplandes de Sousa e seu Erasmo Mendes de Moraes foram moradores do Areia no ano de 1978. Moravam de aluguel na casa da

“Dona Príncipa”. E eu estive várias vezes nessa casa. Meu irmão Vildaci Resplandes de Sousa faleceu no Areia, no dia 05/06/1978, há 42 anos atrás, vítima de atropelamento em frente a Escola Pe. César Albisetti. E essa foi a segunda vez em que eu estive em Poxoréu, pois morava em

IZAIAS RESPLANDES DE SOUSA

Erasmo Mendes, Izaias e Maria Resplandes, 1980 Ponte sobre o Rio Areia, bairro Areia

Poxoréu, MT, 29 de maio de 2020

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Goiânia, GO nessa época. A primeira fora em fevereiro de 1977, quando aqui passei a pé em direção ao atual Santo Antônio do Leste, em companhia de meu irmão Antonio Resplandesde Sousa. Eu conto essa história no meu e-livro “Fora da Realidade”.

Minha mãe tocava um horta no quintal e vendia para a vizinhança. O meu irmão Vildacy Resplandes de Sousa também levava para vender na Feira, que naquele ano de 1978 era lá Rua Piauí, a rua do Dr. Didi e Aureliano, Tonho do Menino Velho, entre outros. Eu ainda tenho uma camisa do Corinthans que comprei naquela Feira.

Era bem sortida.

Falando na Feira, não sei que ano ela se mudou da Rua Piauí, mas no ano de 1981-82 ela funcionou na Av.

Brasil, já bem próximo da Av. Dom Bosco. Ia da casa de seu Trajano até a Av. Dom Bosco.

Seu Erasmo Mendes de Moraes, meu padrasto, em 1978, quando chegou no Areia, trabalhou no Açougue de seu Manoel Coutinho, com quem fez amizade. Seu Manoel era uma pessoa bem humorada e gostava de fazer piadinhas com os meus irmãos e primos que ficavam em nossa casa para estudar (Osmar Resplande de Carvalho

(ex-vereador e ex-prefeito de Poxoréu) e seus irmãos, entre outros. Exemplifico:

a) Minha tia Zulmira Resplandes Luz tinha 4 filhos e passava bastante dificuldades para sobreviver. Seu Manoel pedia a tia Zulmira para vender-lhe os meninos. Dizia que ele tinha uns

Confluência da Av. Dom Bosco com a Av. Brasil, já próximo à ponte do Areia, no bairro do Areia, em Poxoréu, MT.

Os irmãos Antonio e Vildaci Resplandes, 1973

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b) Se a gente fosse no Açougue dele para comprar um meio quilo de carne e ele perguntava se a gente ia pescar;

c) Ou então, a gente chegava na casa dele na hora do almoço, ele começava a palitar os dentes. E dizia: não vou te convidar para o almoço porque acabei de almoçar. E às vezes nem tinha almoçado.

d) Em outras vezes ele convidava: Vamos almoçar! Aí a gente recusava e ele dizia:

Rapaz, você me deu um susto, pois eu pensei que você ia aceitar e você parece que não comendo na sua casa!

Nesse tempo, me recordo que um dia peguei o meu primo Evaldo Sousa Luz (que atualmente é vereador em Santo Antônio do Leste) e coloquei dentro do chiqueiro lá de casa, com os porcos, para que ele parasse de chorar.

No ano de 1978, nossa família conheceu a família de Reinaldo e Mariane Zefeld. Ele é paranaense e ela era

suíça. Eles eram missionários da Igreja Casa de Oração, que ficava na Rua Acre, em frente a casa de Walter Flotentino de Araújo e dona Lourdes, na Rua que vai para a Chácara Flor de Liz, do Jurandir da Cruz Xavier, filho do Joaquim Paraibano, meu confrade na UPE. Os Zefelds moravam na Av.

Brasil, ao lado do

seu Pedrinho

Carroceiro da Dona Eva. Reinaldo Zefeld, hoje é viúvo

e mora em Alto Garças, MT. Os filhos dele estudaram na Escola Profª Juracy Macêdo. A minha família estava cantando hinos evangélicos quando seu Reinaldo e dona Mariane passaram em frente e escutaram, porque eram os mesmos hinos que eles cantavam na Casa de Oração. Aí eles fizeram o contato conosco. Até 1981, minha família se reuniu nessa igreja. Em 1981, nós reabrimos a Igreja Neotestamentária, que fora a primeira igreja evangélica de Poxoréu e que funcionava na Praça da Liberdade, onde hoje é a Igreja Presbiteriana (nos tempos do missionário Jonh Rees).

Em frente o seu Trajano havia um Foto. Não me recordo agora o nome do fotógrafo.

No início de 1981 eu estiva em Poxoréu nos dias da semana santa. E meus irmãos insistiram comigo para ficar. Então eu fui no Pe. César fazer minha matrícula. E, na ocasião, perguntei se não tinha uma vaga para Professor lá, para mim e a Secretária me disse: “aqui não tem emprego nem para os que são daqui, quanto mais para quem vem de fora”. Diante dessa resposta, eu me uni aos meus irmãos, primos e ao Vando Coutinho, filho de seu Manoel Coutinho e fui tirar areia do Rio Areia para vender. Nós tirávamos na pá e carregávamos o caminhão vendido, na pá também. Nós nos ajudávamos na hora de carregar o caminhão. Cada um tinha o seu “paiol” de areia na beira do rio e vendia por sua vez. Me recordo que nessa ocasião havia um cano de água que

Izaias Resplandes e a Família Zefeld (Alto Garças, MT,

18/08/2014):Simão e Ilma, Mariane e Reinaldo, Mikael e Eliel

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jorrava dentro do rio. Dizia-se que era de um poço semi-artesiano. E as pessoas pegavam água dele para beber. Nós também nos banhávamos na curva onde o rio vira para o lado da barragem.

Em junho de 1981, eu comecei a trabalhar no DERMAT. E lá, eu conheci o Joaquim Henrique da Costa (que também trabalhava lá) e o Valfredo Henrique da Costa (seu irmão). Joaquim trabalhava no Setor Administrativo e Valfredo era guarda de uma empresa que prestava serviços de Vigilância na cidade. Não me recordo o nome. Nessa mesma época, estudei com a Rita Gonçalves da Costa, na Escola Pe. César Albisetti. Todos eles eram filhos de seu Joaquim Henrique da Costa.

Em 1982, eu me tornei Fiscal de Tráfego do DERMAT, na RERO-5, a 5ª Residência Rodoviária do DERMAT, em Poxoréu (que ficava na esquina da Av. Brigadeiro Eduardo Gomes com a MT-130).

Nessa época foi inaugurada a Rodoviária de Poxoréu, a qual, até então, funcionava na Rua Minas Gerais, no Centro. O prefeito era Eoni de Sousa Lima. E eu passei a morar na minha sala de trabalho na Rodoviária.

Seu Biágio Vitorino tocava a Lanchonete e Restaurante ali. Certa vez, organizei uma

comemoração do aniversário do Damião Sirqueira de Carvalho nesse Restaurante.

Dormitório Santo Expedito, 2017

Damião Sirqueira, na Av. Brasil, próximo ao local do Empório Santo

Expedito

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Em 1983 eu conheci o prefeito Lindberg Ribeiro Nunes Rocha. A Prefeitura ficava na Rua Mato Grosso esquina com a Rua Poxoréu. Eu fui até lá para discutir com ele onde ele ele queria que os ônibus parassem dentro da cidade. A Prefeitura tinha competência para definir esses pontos. E eu precisava saber onde eram para autuar as empresas quando parassem para dscer ou receber passageiros fora deles.

Recorde-se que eu era o Fiscal de Tráfgego do DERMAT. Me recordo que um dos pontos estabelecidos foi no Empório Santo Expedito (acho que era esse o nome), que ficava em frente o atual Posto do Bio,

que era propriedade de seu Antônio Henrique da Costa. Acho que ele ainda era vivo, mas não tenho certeza.

Terminal Rodoviário José Vieira da Silva Neto, Poxoréu, MT, Fevereiro de 1983. Izaias Resplandes, Alba, Antonio Resplandes e

Divina. Jovens da Igreja Neotestamentária

Rodoviária de Poxoréu, Fevereiro de 1986. Maria de Lourdes

Resplandes, grávida de Fernando Resplandes

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Em 1983, quando eu era Redator do Jornal Correio de Poxoréu, por várias vezes eu estive na casa da Rita, no mesmo local onde ainda é hoje. Ali funcionava o Dormitório Santo Expedito.

Buscava informações sobre Poxoréu. Ali eu conheci a Terezinha do Simão, que também era filha de seu Antônio Henrique.

Não sei em que ano ele se mudou para a Av. Brasil, onde instalou o seu comércio, mas, por um bom tempo também morou na Avenida Brasil, no Areia, o seu Manoel Baiano, pai da Iracema (que fez o desenho da Bandeira de Poxoréu) e foi candidato a vereador em Poxoréu, creio que na campanha de Herculano Muniz de Melo Filho, junto com João de Sousa e outros. Eu também

fui candidato nessa época (pelo PTB, do lado de Walterly Ribeiro da Silva. Ele perdeu e eu também). Era 1988.

Essas são algumas das lembranças, “daquela época” em que vivi no Areia, em Poxoréu, MT. E, para fechar, eu escrevi um poema intitulado “A Morte do Areia”, no ano de 1987, o qual foi classificado em primeiro lugar no concurso de produção de poesias que o Município organizou naquele ano. O poema foi publicado em meu e-livro Emoções. Diz assim:

A Morte do Areia

Eu, um dia, te vi lindo!

Lindo rio de águas cristalinas As doces imagens refletindo, Das poxorenses moças meninas.

Vi senhoras de baianos, Nossos garimpeiros pais,

Encher pipas, lavar roupas e panos Em suas águas tão cristais.

Vi o multicor da vida

Cantado por bicudos e pardais Que viviam na guarida De seus capões marginais.

Vi tudo o que hoje vejo Somente em versos e canções, Retrato de velhos desejos E de antigas aspirações

Um nome: Areia! Também eu vejo.

Mas rio, basta olhar:

É apenas um desejo Para o poeta sonhar

____________

Izaias Resplandes de Sousa, escritor mato-grossense, advogado e professor é membro da União Poxorense de Escritores e do Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu, MT.

Bandeira de Poxoréu, desfile escolar de 7/9/2017

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DISCURSOS HISTÓRICOS

Discurso proferido pelo professor Izaias Resplandes de Sousa, Presidente da União Poxorense de Escritores, por ocasião do encerramento de seu mandato, referente ao período compreendido entre 31 de março de 1988 e 30 de março de 1989, na Casa da Cultura

de Poxoréu, em Poxoréu, MT.

Izaias Resplandes de Sousa

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Excelentíssimo Senhor Doutor Ronaldo Ribeiro de Magalhães, digníssimo presidente da Mesa Eleitoral nestas eleições e que também é Juiz de Direito e Juiz Eleitoral desta Comarca de Poxoréu, e que, de forma tão brilhante, soube conduzir os trabalhos, honrando-nos sobremaneira, não somente pela vossa presença neste evento, mais, mui especialmente, por havê-lo presidido em atenção ao nosso convite;

Caríssimos companheiros, salvaguardados sob a égide da bandeira upenina na defesa da arte da cultura poxorense…

Não tive o augusto privilégio de ter por berço o torrão poxorense, mas a ventura, querendo agraciar-me, fê-lo estrado para que aqui eu chegasse um dia, literalmente cansado de lutar, debalde, contra o mundo cão além dessas fronteiras; e ainda tive a dita de aqui ser recebido e tratado como se de Poxoréu fosse um filho, quando estrangeiro o era; fatos que fizeram com que eu, aqui, plantasse raízes. A sabedoria local se concretizou: "quem bebe a água de Poxoréu, não vai embora. E, se for, a volta não demora!". Sempre que daqui eu me fiz ausente, a saudade do

"Poxoréuzinho de açúcar" foi tamanha, que sempre voltei, e voltei e voltei!

Hoje, 12 anos passados daquele 1977 que aqui me trouxe, casualmente, pela vez primeira, trago na velha bruaca daqueles tempos outros, o vazio sem sentido, restando-me, de toda a minha história, as boas memórias, lembranças e vivências deste poxorense adolescente de apenas 12 anos de idade, mas maturo na inspiração que me foi dada pelas águas e montanhas do Vale do Poxoréu.

Nesses 12 anos, prezados companheiros, em fato e em verdade, amei Poxoréu. Por adoção, seu filho me tornei e, como tal, tenho vestido o uniforme de suas lutas, anseios e aspirações maiores. Entre essas tantas, a arte e a cultura poxorense.

Não quero me ilustrar. Quero refletir, pela inspiração que me concedeu a musa, o brilho maior que nada ofusca, da eterna e sempre bem-aventurada "capital do diamante", plagiando o poeta Aurélio Miranda, a " Minha doce e amada Poxoréu". Que os anjos digam amém!

Ano passado, tendo discutido sobre a imensa riqueza cultural que há arraigada nas férteis mentes e corações do povo poxorense, com os nossos hoje ilustres companheiros upeninos, tivemos a felicidade de participar de um dos atos mais importantes de nossa vida: o da fundação da União Poxorense de Escritores, a UPE. E mais feliz ainda fiquei, quando, por decisão de meus pares, fui aclamado como o primeiro presidente desta entidade.

Não fizemos muito como presidente. Fizemos o possível, como “abrir os

upeninos”. Louvo aos céus porque o Senhor não permitiu que nenhum de nós crescesse

além dos outros, tornando-nos iguais. Essa marca tem garantindo a integridade da União

Referências

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