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PADRÕES HEMATOLÓGICOS DE CÃES ERRANTES PROVENIENTES DE SEIS MUNICIPIOS DO RIO GRANDE DO SUL

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

LOURDES CARUCCIO HIRSCHMANN

PADRÕES HEMATOLÓGICOS DE CÃES ERRANTES PROVENIENTES DE SEIS MUNICIPIOS DO

RIO GRANDE DO SUL

PORTO ALEGRE-RS

2012

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LOURDES CARUCCIO HIRSCHMANN

PADRÕES HEMATOLÓGICOS DE CÃES ERRANTES PROVENIENTES DE SEIS MUNICIPIOS DO

RIO GRANDE DO SUL

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural Do Semi-Árido – UFERSA, Departamento de Ciências Animais para obtenção do título de Especialização em Clínica Médica de Pequenos Animais.

Orientadora: M.Sc. Caroline Ferreira Simon

PORTO ALEGRE-RS

2012

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Folha de aprovaçao

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À Deus amigo de todas as horas, a Ele dedico minha confiança e todos os créditos deste trabalho e de todos que hão de vir apartir deste momento.

DEDICO

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AGRADECIMENTOS

A minha mãe Georgeta Maria Caruccio Hirschmann que sempre foi a pessoa mais generosa e compreensiva que conheci, através deste apoio tanto fraterno e financeiro que consegui realizar este curso de pós-graduação, sem a sua ajuda nada aconteceria.

Ao meu namorado Léo Vítor Louzada Prates pelo incentivo, carinho e dedicação dada de forma espontânea a cada momento desde que nos conhecemos.

Aos meus amigos pela energia positiva e por me mostrar o quanto possuo capacidade de realizar meus sonhos, incluindo a minha orientadora Caroline Ferreira Simon pela motivação, orientação, ensino, apoio em todo este tempo de dúvidas, mudanças e amadurecimento.

A toda equipe EQUALIS pela dedicação em ensinar, pelos fins de semana de grande aprendizado adquirido e pela compreensão em vários momentos.

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RESUMO

O hemograma tem grande importância no diagnóstico, tratamento e prognóstico de diversas enfermidades na clínica de cães e gatos. Muitos animais, por diversos fatores ambientais e nutricionais, podem apresentar alterações hematológicas muito diferentes dos parâmetros conhecidos para a espécie, sem alterações clínicas. Este trabalho tem por objetivo desenvolver um levantamento de dados sobre o perfil hematológico de cães errantes de canis e ONGs em seis cidades do Rio Grande do Sul correlacionando sobre as possíveis causas das alterações hematológicas encontradas. Foram coletadas amostras para hemograma, proteína plasmática total (PPT) e contagem de plaquetas de 69 cães adultos, sendo 15 machos e 54 fêmeas. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Patologia Clínica da Universidade Federal de Pelotas. Os resultados foram analisados e classificados como acima, abaixo ou dentro dos valores de referência para a espécie. Em relação aos valores médios obtidos, os eosinófilos apresentaram-se acima dos valores fisológicos para espécie, estando aumentado em 42% das amostras. As plaquetas apresentaram médias abaixo dos valores citados para espécie, obtendo trombocitopenia em 44% das amostras. Embora outros parâmetros hematológicos não tenham apresentado valores fora do intervalo de referência, várias alterações no eritrograma, leucograma, PPT e contagem de plaquetas foram observadas.

Conclui-se que estes animais analisados apresentam variações hematológicas, podendo estar relacionado ao grande número de enfermidades que estão em contato, sendo de grande importância para a saúde pública um melhor monitoramento para o diagnóstico destas doenças.

Palavras-chave: Hematologia. Cães. Canil.

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ABSTRACT

The complete blood count (CBC) has a great importance in diagnosis, treatment and prognosis of several diseases in the clinic of both dogs and cats. For different environmental and nutritional factors, a lot of animals may present hematological abnormalities which differ a lot from the known parameters of the species, even though presenting no clinical abnormalities. The purpose of this paper is to develop a data research on the hematological profile of stray dogs in kennels and NGO in six cities in Rio Grande do Sul, correlating to possible causes of the hematological abnormalities found. Samples were collected for blood count, total serum protein and platelet count, from 69 adult dogs, 15 males and 54 females.

The samples were sent to the Clinical Pathology Laboratory in Universidade Federal de Pelotas. The results were analyzed and classified as: above, below or within the parameters for the species. In relation to the average values, eosinophils presented values above the physiological parameters of the species in 42% of the samples. Platelets presented values below the parameters, showing thrombocytopenia in 44% of the samples. Although other hematological parameters presented values within the reference interval, abnormalities were found in both red and white blood cell count, platelet count and total serum protein. It was concluded that the analyzed animals present several hematological variations, which may be related to the large number of diseases they are exposed to, therefore it is of great significance for public health an improved monitoring for the diagnosis of these diseases.

Keywords: Hematology. Dogs. Kennel.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Média e desvios padrão do eritrograma de cães errantes em seis municípios do RS, n=69...32 Tabela 02 – Média e desvios padrão do leucograma de cães errantes em seis municípios do RS, n=69...32 Tabela 03 – Média e desvios padrão das plaquetas e PPT de cães errantes em seis municípios do RS, n=69...32

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Identificação do cão – SRD, fêmea e pertencente ao canil de Camaquã...33 Figura 2 – Identificação dos tubos de coleta………...33 Figura 3 - Morfologia das células do sangue...34

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LISTAS DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ATP – Trifosfato de adesina Céls. – Células

CHCM – Concentração Hemoglobina Corpuscular Média EDTA – Ácido etilenodiamino tetra-acético

FL – Fentolitros

ONGs – Organizações Não Governamentais PPT – Proteínas Plasmáticas Totais SMF – Sistema mononuclear fagocitário

Sp. – Espécie

SRD – Sem raça definida

VCM – Volume corpuscular médio

µl – Microlitro

ml – Mililitro

mm³ – Milímetros cúbicos

μ³ – Micro ao cubo

g – Grama

% – Porcentagem

dl – Decilitro

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...12

2 OBJETIVOS...13

2.1OBJETIVO GERAL...13

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...13

3 REVISÃO DE LITERATURA...14

3.1 HEMOGRAMA COMPLETO...14

3.1.1 Eritrograma...14

3.1.2 Leucograma...16

3.1.2.1 Neutrófilos...17

3.1.2.2 Linfócitos...18

3.1.2.3 Eosinófilos...18

3.1.2.4 Monócitos...19

3.1.2.5 Basófilos...19

3.1.3 Plaquetas...19

3.1.4 Proteínas Plasmáticas Totais (PPT)...20

4 METODOLOGIA...21

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO...22

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...26

REFERÊNCIAS...27

APÊNDICE...31

ANEXOS...32

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1 INTRODUÇÃO

Em tempos antigos, o veterinário era obrigado a concluir seu diagnóstico com base apenas em exames clínicos e experiência própria, uma vez que não havia métodos diagnósticos complementares, ou não se tinha acesso a eles, para auxiliá-lo na avaliação do paciente. Atualmente, o profissional conta com exames complementares que se tornaram essenciais para a elucidação e mesmo para a confirmação de diagnósticos. Inclusive, estes exames dão subsídios para a saúde pública, onde se fazem necessárias informações com a máxima certeza possível, em questões relativas às zoonoses (VEIGA, 2004).

Os exames hematológicos são considerados exames práticos e precisos, podendo ser utilizados em casos clínicos como meio complementar de diagnóstico e também para acompanhamento do paciente em tratamento. É um exame que nos fornece a avaliação do eritrograma (série vermelha) e leucograma (série branca), podendo ainda ser complementado com concentração de proteínas plasmáticas totais (PPT) e contagem de plaquetas.

O eritrograma constitui o exame que estuda a série vermelha do sangue, mais precisamente a determinação do hematócrito, contagem de hemácias, hemoglobina, Volume Corpuscular Médio (VCM) e Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) (MATOS; MATOS, 1995).

O leucograma permite a avaliação do sistema imunológico do animal, indicando infecções agudas ou crônicas. O leucograma raramente é patognomônico em determinada moléstia, entretanto as informações obtidas podem ser úteis na elaboração de diagnóstico diferencial, na avaliação da gravidade da doença e no fornecimento do prognóstico (LATIMER; MEYER, 1992).

O homem está cada vez mais próximo dos animais, aumentando a sua exposição a zoonoses, este trabalho é muito importante, pois através de exames laboratoriais pode-se presumir o quanto os cães errantes possuem alterações no sistema imunológico, confirmando possíveis infecções virais, bacterianas e parasitarias. Este trabalho tem por objetivo avaliar o perfil hematológico de cães em canis e ONGs de seis municípios do Rio Grande do Sul, analisando as alterações encontradas e discutindo as possíveis causas se tratando de animais errantes.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Realizar um levantamento de dados sobre o perfil hematológico de alguns cães de canis provenientes do Rio Grande do Sul.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Coletar sangue dos animais para avaliar série vermelha e série branca.

Realizar uma revisão de literatura sobre hematologia de cães relacionando as alterações encontradas nos exames com suas possíveis causas.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 HEMOGRAMA COMPLETO

A interpretação do hemograma depende de uma análise adequada tanto das informações quantitativas (número total de células, contagem diferencial, índices hematimétricos) quanto das informações qualitativas (morfologia do esfregaço sanguíneo) (REBAR, 2003).

Num estudo recente, Oliveira et al. (2010) demonstraram alguns fatores que interferem no resultado fidedigno da amostra de sangue, como por exemplo, pouca quantidade de sangue nos tubos de coleta, tornando desproporcional a relação sangue/anticoagulante. O contrário também pode ocorrer, com uma amostra contendo excesso de anticoagulante. Outros fatores citados foram quanto à temperatura de armazenamento da amostra: às vezes, amostras ficam expostas a temperatura ambiente por muito tempo, demoram para chegar no laboratório e não são processadas no período certo, ficando inviáveis ou com má qualidade. Conforme Schalm et al.; Morris; Davey apud (OLIVEIRA, 2010) foi visto que em amostras de sangues sob refrigeração por 24 horas não houve alteração nos valores do hematócrito, hemoglobina e contagem de células.

Embora o hemograma sozinho constitua recurso de diagnóstico limitado na maioria dos casos, com raras exceções (cinomose, Babesia, Ehrlichia sp., hemogramas típicos de piometra ou leptospirose, por exemplo), ele estabelece um ponto de partida para o diagnóstico rápido e preciso (GONZÁLEZ et al. apud CORRÊA et al. 2009).

3.1.1 Eritrograma

No eritrograma, a anemia indica um processo patológico que se caracteriza pela diminuição nos valores do hematócrito. Na maior parte dos casos, os distúrbios anêmicos não são primários, e sim secundários a outras enfermidades. Já a policitemia pode significar desidratação ou aumento da contração esplênica por estresse, além de distúrbios eritrocitários (FIGHERA, 2001).

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Hematócrito é o volume da massa eritróide de uma amostra de sangue, expressa em porcentagem ou fração decimal do volume da massa (FAILACE, 1995). Geralmente hematócrito abaixo do normal indica anemia, mas ocorre também em estágios avançados de gestação, após tranquilização e anestesia, podendo também ser devido hemólise por erro colheita material (BUSH, 2004). O hematócrito acima do normal geralmente indica desidratação, mas ocorre também em casos de medo/excitação, choque, atividade intensa, hipertireoidismo em felinos, altitude e raramente devido a uma policitemia absoluta (BUSH, 2004).

Em estudo realizado nos Estados Unidos, de 203.939 cães atendidos em laboratórios veterinários, 9,3% dos cães apresentavam anemia (DeNICOLA et al. 2006). Quanto aos mecanismos etiopatológicos (etiopatogênicos), a anemia está relacionada à perda de sangue (hemorrágica aguda ou crônica), ao excesso de destruição de eritrócitos (hemolítica) e às deficiências de produção de eritrócitos na medula óssea (hipoproliferativa) primária (carencial e aplástica) ou secundária (CARVALHO et al. apud ANTUNES, 2010).

A contagem total de hemácias e a concentração de hemoglobina do sangue total não devem ser interpretadas clinicamente. Claramente, elas variam quase exatamente em paralelo com o hematócrito, podendo não trazer informações adicionais. Sua função é permitir o cálculo do Volume Corpuscular Médio e da Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média, respectivamente, e estes são os números que devem ser interpretados (KERR, 2003).

Volume Corpuscular Médio (VCM) é uma mensuração do tamanho das hemácias e é obtido por simples cálculo aritmético a partir do hematócrito e da contagem de hemácias da amostra (KERR, 2003). O VCM representa à média do volume de um eritrócito em fentolitros (fl) e seu aumento pode indicar boa regeneração medular (já que as células jovens são maiores) ou problemas na fase de multiplicação, como é o caso de deficiência de vitamina B12, ácido fólico ou cobalto. A diminuição do VCM ocorre nos casos de deficiência de ferro, nos distúrbios de produção de globina e nos problemas do metabolismo das porfirinas, como na deficiência de cobre, na intoxicação pelo chumbo e nas formas congênitas de porfiria (FIGHERA, 2001).

O CHCM é uma mensuração da concentração da hemoglobina nas hemácias e é obtido aritmeticamente a partir do hematócrito e da concentração total de hemoglobina da amostra (KERR, 2003). Uma diminuição da CHCM ocorre tanto em quadros anêmicos regenerativos, já que a célula mais nova tem menos hemoglobina, como nas anemias ocasionadas por má síntese de hemoglobina (FIGHERA, 2001). Segundo Bush (2004), aumento do CHCM indica

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erro em uma das duas mensurações (concentração de hemoglobina ou hematócrito, mais provavelmente a primeira), porque as células não podem conter mais hemoglobina do que o fisiológico.

A anemia hemolítica pode ser de causa infecciosa, não infecciosa, imunomediada, por agentes oxidantes, microangiopáticas, por defeitos metabólicos hereditários e outras causas desconhecidas (FIGHERA, 2007). Na anemia hemolítica intravascular as hemácias são destruídas dentro dos vasos, com liberação de hemoglobina livre no plasma; no segundo caso, mais frequente, os eritrócitos apresentam anormalidades de superfície causadas por parasitas ou alterações de origem imunológica e são fagocitados, sobretudo no baço, pelas células do sistema mononuclear fagocitário (SMF) (GARCIA-NAVARRO apud SOLATO, et al. 2008).

De acordo com Owen (2011), a anemia hemolítica congênita pode ser causada por uma deficiência nas enzimas envolvidas na glicólise anaeróbica, que são a fosfofrutoquinase e piruvato quinase. É na glicólise anaeróbica que ocorre a produção de ATP necessários para a manutenção e sobrevivência dos eritrócitos, sendo então esta deficiência a maior causa de anemia hemolítica congênita.

As anemias, com frequência, estão relacionadas à perda crônica de sangue, causada por parasitismo gastrintestinal, por ecto e por hemoparasitoses. Ocorre também em associação com doenças gastrointestinais e debilitantes (RADOSTITS et al. apud ANTUNES, 2010).

Para essas enfermidades, métodos diagnósticos adicionais específicos em geral são necessários.

3.1.2 Leucograma

A avaliação dos leucócitos ou leucograma envolve interpretação dos parâmetros desta série, que inclui a contagem total de leucócitos, contagem diferencial de leucócitos, morfologia e inclusões leucocitárias. A contagem total de leucócitos pode estar acima (leucocitose), dentro do normal (normoleucometria) e abaixo (leucopenia) dos limites de referência. Uma avaliação mais detalhada da leucocitose ou leucopenia envolve a interpretação da contagem diferencial de leucócitos. Neste caso, embora os valores percentuais sejam sempre mais simples de interpretar, os valores absolutos devem ser primariamente utilizados na interpretação (BIONDO, 2005).

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Cães com leucocitose podem apresentar infecções, o aumento de leucócitos também pode ser causado por efeito de esteróides, desordens mieloproliferativas, necrose tecidual e severa inflamação, gestação e parição de cadelas, desordens linfoproliferativas (linfossarcoma e leucemia) e administração de medicamentos. A Leucopenia aparece em cães com doenças virais, infecção bacteriana maciça, anafilaxia, drogas tóxicas e substâncias químicas, neoplasia de medula óssea e toxemia endógena (uremia) (LATIMER, 1997).

3.1.2.1 Neutrófilos

O tipo de lesão inflamatória pode influenciar o equilíbrio entre o consumo de neutrófilos e sua liberação pela medula. A inflamação aguda é uma lesão que apresenta maior fluxo sanguíneo e edema no local. Por outro lado, as lesões inflamatórias crônicas de órgãos ocos podem resultar em contagens de neutrófilos altamente elevadas, como por exemplo, piometras ou abscessos fechados, podendo alcançar 100.000 células/µl (THRALL, 2007).

A presença de neutrófilos imaturos (não segmentados) no sangue, acima do número considerado normal, constitui o que normalmente se designa por desvio à esquerda. Podendo ser considerado regenerativo quando a proporção dos neutrófilos imaturos (não segmentados), não excede o de neutrófilos maduros. E é considerado degenerativo quando o número de neutrófilos imaturos excede o número de neutrófilos segmentados (maduros) conforme descrito por Cowel et al. (1999); Nelson; Couto (2006). E o aumento na liberação de neutrófilos imaturos, ou bastonetes, para a circulação é clinicamente relevante e ocorre frequentemente associado a processos agudos. Estes podem ser: inflamatórios causados por agentes infecciosos, como bactérias e fungos ou não infecciosos tais como doenças imunomediadas ou neoplasias (HARVEY, 2001).

O desvio à direita ocorre quando há aumento na concentração de neutrófilos hipersegmentados, com cinco ou mais segmentos, no sangue periférico que pode ser observado em situações de neutrofilia associada à inflamação crônica ou aumento de esteróides endógenos ou exógenos (HARVEY, 2001; NELSON; COUTO, 2006).

A liberação endógena ou administração exógena de corticosteróides resulta em neutrofilia induzida por estresse. Outras alterações hematológicas típicas de um leucograma de stress em cães incluem linfopenia, eosinopenia e monocitose (WILLARD; TVEDTEN, 2004).

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Podem ainda ser observados sinais de citotoxicidade nos neutrófilos, quando toxinas circulantes interferem com a diferenciação neutrofílica na medula óssea. Indicam inflamação sistêmica com efeito na medula óssea. Causas mais severa encontra-se em animais com sépsis, endotoxemia e necrose tecidular. Podem ainda ocorrer sinais de citotoxicidade quando o tempo de produção dos neutrófilos é muito curto, como resultado de maturação incompleta, em vez de degeneração propriamente dita (COWEL et al. 1999).

A causa mais comum de neutropenia é por infecção, principalmente bacteriana, aguda ou crônica(METZGER, 2005).

3.1.2.2 Linfócitos

Linfócitos podem ter alterações morfológicas típicas que os leva a serem designados de linfócitos reativos, surgindo normalmente após estimulação antigénica (REBAR, 2003).

Segundo Thrall (2007) a linfocitose tem duas causas comuns, a primeira é a resposta à excitação e a segunda é a leucemia linfocítica. As causas de linfocitose em caninos podem ser fisiológica, induzida por epinefrina, por uma infecção crônica, por erliquiose, doenças de chagas, babesiose, leishmaniose, reações de hipersensibilidade, reação pós-vacinal, linfocítica e linfoblástica (NELSON; COUTO, 2006).

A linfopenia é atribuída à resposta aos esteróides, outras causas como infecções virais induzem à linfopenia associada à neutropenia (KERR, 2003).

3.1.2.3 Eosinófilos

Eosinofilia é definida como o aumento no número absoluto de eosinófilos circulantes.

É uma alteração relativamente comum em pequenos animais, sendo bastante comum em distúrbios parasitários, hipersensibilidade ou lesão incomum que produz quimiotáticos aos eosinófilos (THRALL, 2007).

A eosinopenia embora possa ser causada pela adrenalina, as causas clínicas estão relacionadas as ações dos corticosteróides. Estresse, treinamento atlético intensivo e

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prolongado, síndrome de Cushing e tratamento com corticóide são os fatores que podem levar a eosinopenia (KERR, 2003).

3.1.2.4 Monócitos

A monocitose pode ser causada por efeito de esteróides, infecções, distúrbios imunomediados, idade avançada e neoplasias (LATIMER, 1997). Porém, segundo Thrall (2007), é uma alteração relativamente insignificante e pode acompanhar respostas inflamatórias agudas e crônicas.

A monocitopenia tem sido relatada em certas espécies como parte da resposta de esteróide aguda (KERR, 2003).

3.1.2.5 Basófilos

Não é comum encontrarmos basófilos em esfregaços de sangue canino, esta célula é encontrada em casos de sensibilização a um alérgeno e acompanhada de eosinofilia (KERR, 2003).

3.1.3 Plaquetas

As plaquetas sanguíneas são derivadas dos megacariócitos localizados na medula óssea. São produzidas pela fragmentação do citoplasma dos megacariócitos, sendo liberadas diretamente na circulação venosa, ao redor do espaço hematopoiético medular. A trombopoietina é o hormônio que regula o desenvolvimento dos megacariócitos a partir das células-tronco e parece estar envolvida na liberação das plaquetas, pois sua concentração é inversamente correlacionada com o número de plaquetas. A fonte de trombopoietina é incerta, mas parece ser oriunda do endotélio vascular, fígado ou fibrosblastos (REBAR et al. 2003).

Atualmente considera-se que a maneira mais satisfatória de contar plaquetas é através de contadores automatizados, os quais procedem à contagem de plaquetas por tecnologia de

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impedância, de dispersão de luz, ou com ambas. Preferencialmente, as contagens de plaquetas são feitas em sangue venoso anticoagulado com ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA). A formação de coágulos e agregação plaquetária são fontes de erros na contagem de plaquetas.

Quando se constata uma diminuição na quantidade de plaquetas diz-se que ocorre uma plaquetopenia ou trombocitopenia e no caso de aumento, diz-se que ocorre plaquetose ou trombocitose (FAILACE apud ANTUNES, 2010).

As plaquetas são responsáveis pela hemostasia, portanto, alterações nos valores como trombocitopenias podem causar alterações na coagulação do sangue, enquanto trombocitose pode ser causada pela presença de trombos na circulação (MEYER et al.,1995).

3.1.4 Proteínas Plasmáticas Totais (PPT)

As proteínas sanguíneas são sintetizadas principalmente pelo fígado, sendo que a taxa de síntese está diretamente relacionada com o estado nutricional, especialmente com os níveis de proteínas, e com a funcionalidade hepática. A hipoproteinemia pode indicar estados de subnutrição, bem como de insuficiência ou de lesão hepática e hemorragias (SUTTON et al.

apud ANTUNES, 2010). Conforme Lopes (2002), a hipoproteinemia relacionada a doenças hepáticas está associada com a diminuição da produção de albumina, podendo ser mecanismo primário de muitas doenças hepáticas crônicas. Na avaliação das proteínas plasmáticas totais, é sempre muito importante avaliar a concentração de albumina e globulinas, pois em doenças inflamatórias crônicas, o valor das proteínas pode permanecer inalterado, mesmo com baixa produção albumina; este valor é compensado pela produção de globulinas. As globulinas geralmente aumentam nas neoplasias hepáticas, icterícia, etc.

A PPT são muito úteis quando acrescentada ao hemograma, pois as elevações nos valores destas proteínas totais podem indicar desidratação e até mostrar uma anemia mascarada por desidratação, assim como aumento das globulinas devido à resposta imunológica (BUSH, 2004). Como citaram Harrus et al.; Varela apud (ANTUNES, 2010), pode haver uma leve hiperproteinemia em animais com infecção por Anaplasma platys e outros agentes infecciosos em decorrência de uma hiperglobulinemia.

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4 METODOLOGIA

No período de abril a dezembro de 2011, foram utilizados 69 cães errantes provenientes dos canis municipais de Arroio Grande, Caçapava do Sul, Camaquã e Rio Grande, e das Organizações Não Governamentais (ONGs) de Piratini e Dom Pedrito, sendo o total de 15 machos e 54 fêmeas.

Os cães selecionados para este trabalho eram aqueles que possuíam comportamento dócil para facilitar a contenção, sendo necessária apenas a utilização de focinheira para evitar as alterações hematológicas por estresse. Os animais foram identificados através de coleiras numeradas e fotografados para posterior identificação, conforme Figura 1. Devido estes animais serem cães errantes, não foi registrada a faixa etária, mas conforme a dentição a maioria eram cães adultos.

A coleta de sangue para avaliação do hemograma foi realizada por punção da veia cefálica, primeiramente com anti-sepsia do local da coleta com álcool 70%. O material utilizado no procedimento era estéril e foi posteriormente descartado.

A coleta de sangue para avaliação do hemograma foi pela veia cefálica com agulha vacutainer 25x7mm, foram coletadas amostras com 4 mL de sangue e depositadas em tubos vacutainer com anticoagulante (EDTA) e homogeneizadas. Os tubos foram previamente identificados, refrigerados em caixas isotérmicas e encaminhados juntamente com requisições para o Laboratório de Patologia Clínica do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Pelotas para determinação do hemograma completo, plaquetas e Proteína Plasmática Total como mostra Figura 2. O exame de sangue foi realizado em até 24 horas após a coleta.

Avaliou-se a contagem de eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, Volume Corpuscular Médio (VCM), Concentração Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM), leucócitos totais e plaquetas no Analisador Hematológico Veterinário (pocH-100iV DiffR). A contagem diferencial dos leucócitos foi realizada a partir de 1 gota de sangue, feito esfregaço em lâmina de vidro, após corado com Panótipo Rápido e analisada as células no microscópico óptico com objetiva de 100X. Mensurou-se a Proteína Plasmática Total por meio da leitura em refratômetro manual.

Os dados foram apresentados em média ± desvios-padrão e analisados individualmente para possível interpretação das alterações hematológicas encontradas.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os valores de média e desvio padrão da série vermelha determinados no sangue dos cães deste trabalho e os valores de referência utilizados estão descritos na Tabela 1. As médias dos valores das hemácias, hemoglobina e hematócritos estavam dentro dos valores fisiológicos para a espécie citados por Thrall (2007).

Das amostras analisadas 8,7% anemia normocítica normocrômica, 5,8 % apresentaram anemia normocítica hipocrômica e 4,3 % anemia microcítica hipocrômica. Estas alterações na série vermelha podem ser decorrentes de hemoparasitoses, anemias hipoplásicas, deficiências nutricionais e hepatopatias.

Neste estudo, a anemia microcítica hipocrômica pode ser consequência da deficiência nutricional dos cães errantes ou de parasitas gastrointestinais. Em estudo com as alterações hematológicas, Alencar et al. (2002) observaram que a deficiência de ferro é a causa mais frequente de anemia, devido à dieta deficiente em ferro ou hemorragias crônicas. Animais que não possuem uma dieta balanceada, possuem um déficit dos componentes da maturação dos eritrócitos. Além disso, as parasitoses intestinais podem causar espoliação intensa, principalmente quando são parasitos hematófagos (ALENCAR et al. 2002).

A anemia normocítica normocrômica pode ser justificada pela presença de hemoparasitas, já que o vetor destes é o carrapato e a maioria dos cães errantes possuem altos níveis de ectoparasitismo. Segundo estudo realizado por Salgado (2006), o autor detectou anemia devido ao hemoparasitismo em 62,28% de cães errantes, sendo 10,78% cães infectados por Babesia canis e 60,48% dos cães examinados estavam infectados por Erlichia canis. Para Nelson; Couto apud (MENDONÇA, 2005) a anemia normocítica normocrômica origina-se de supressão da medula óssea ou como reação orgânica na doença crônica. Quadros hemolíticos não regenerativos foram observados em cães com crises agudas nos quais ainda não houvera tempo para a liberação de hemácias jovens na circulação (o que pode levar até três dias), casos de doença medular primária com consequente supressão da mielopoese, doença medular infiltrativa, deficiência nutricional (hipoferremia) ou destruição imune dos precursores eritróides na medula óssea (STOKOL et al., 2000). Assim, embora seja comum em casos de erliquiose, a anemia normocítica normocrômica arregenerativa pode estar relacionada a outras enfermidades não identificada no exame.

Uma amostra (2,4%) apresentou policitemia, podendo ser causada pela contração esplênica por estresse e/ou excitação no momento da coleta, já que se tratam de animais de

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rua que não estão acostumados com a manipulação. Outra causa, citada por Bush (2004), é a desidratação, pois esta reduz o volume plasmático e aumenta a concentração das proteínas plasmáticas e das hemácias. O que neste caso não foi verificado no hemograma.

No leucograma, a média e o desvio padrão dos leucócitos totais, neutrófilos segmentados, bastonetes, monócitos e linfócitos encontravam-se nos intervalos dos valores referência para a espécie, porém a média dos valores de eosinófilos estava elevada (Tabela 2).

Na séria branca 21,7% das amostras apresentaram leucocitose e 1,4 % leucopenia, 2,9

% com neutrofilia, 11,6% com desvio à esquerda, 1,4% neutropenia, 42,0 % eosinofilia, 8,7 % eosinopenia, 2,9 % monocitose, 10,1% monocitopenia, 4,3 % linfocitose e 2,9 % linfopenia.

As possíveis causas levantadas para justificar as leucocitoses encontradas, são prováveis infecções como hemoparasitas, piometra e cinomose. Em um estudo realizado por Emanuelli et al. apud (CORRÊA, 2009), cães fêmeas com diagnóstico de piometra apresentam contagem leucocitária elevada. A leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda como resposta à inflamação e septicemia nas infecções uterinas (ETTINGER;

FELDMAN, 2004; SMITH, 2006). O que pode estar associado neste estudo, já que grande parte das amostras coletadas era de fêmeas. Esta alteração também foi relatada em cães com cinomose, pois infecções bacterianas oportunistas no trato alimentar e respiratório podem justificar a leucocitose por neutrofilia e o desvio à esquerda observados nos animais. A linfopenia também é uma característica consistente neste caso (ETTINGER; FELDMAN, 2004).

Neste trabalho, apenas uma amostra obteve resultados de leucograma por estresse com leucocitose acompanhada de neutrofilia, linfopenia, monocitose e eosinopenia, estas alterações segundo Thrall (2007) podem ser causadas por medo e/ou excitação, dor ou administração de corticoides.

Os achados hematológicos de leucopenia e neutropenia podem ser decorrentes de severas infecções bacterianas e virais, além de casos de toxoplasmose, ehrlichiose e leishmaniose. Em estudo realizado por Frazão (2008), o autor relata leucopenia em cães com parvovirose e, sendo que esta alteração com neutropenia é muito encontrada nesta doença. A leucopenia também é um achado citado por Mendonça et al. (2005) na fase subclínica da erliquiose.

Os eosinófilos apresentaram valores médios acima do intervalo de referência descritos para a espécie. Dentre as causas podemos sugerir presença de parasitismos gastrointestinais, reações alérgicas e lesões de pele. Segundo Bush (2004), a eosinofilia não é uma

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característica de infecção por Demodex ou Sarcoptes, embora sejam causadores de reações de hipersensibilidade cutânea. O número crescente de eosinófilos é associado com dano tecidual crônico, envolvendo principalmente reações alérgicas. O fato dos cães avaliados nesse trabalho serem cães errantes, e provavelmente não receberem nenhum tipo de vermífugo, além de alguns animais apresentar lesões de pele sem tratamento, se justifica a eosinofilia encontrada, em concordância com os dados levantados.

A eosinopenia, assim como a monocitose encontradas podem ser consideradas, segundo Nelson; Couto (2006), como parte de um leucograma de estresse e geralmente é de pequena relevância clínica.

A monocitose encontrada, segundo Thrall (2007), é uma alteração relativamente insignificante e pode estar relacionada a doenças inflamatórias crônicas.

Dentre os achados de linfocitose podemos relacionar à estimulação antigênica, já que são animais que ficaram expostos a muitos agentes. Já a linfopenia pode estar ligada a infecções, estresse, demodicose generalizada e imunodeficiência (KERR, 2003).

Os valores médios das plaquetas ficaram abaixo dos valores fisiológicos (Tabela 3), pois 44,9 % dos cães apresentaram trombocitopenia e 8,7 % trombocitose. Nestas amostras, 15% apresentaram agregação plaquetárias. Estes achados de aglomeração podem ser de origem extrínseca, como o estresse da coleta, isso não quer dizer que alteração possa ser ignorada, pois pode significar alguma patologia como a trombocitopenia, que é a anormalidade mais comum encontrada nas plaquetas (LOPES; CUNHA, 2002). Deve-se considerar que, a trombocitopenia é a principal alteração hematológica encontrada nas hemoparasitoses, conforme descrito por Macieira et al. (2005), os quais analisaram os valores plaquetários de animais positivos para hemoparasitoses através do teste de reação em cadeia de polimerase (PCR) e obtiveram resultados de que 32,1% dos animais acometidos com rickettsias apresentavam também trombocitopenia, sendo que 26,8 % destes eram acometidos pela erliquiose.

Os valores de PPT apresentaram médias dentro dos valores fisiológicos para espécie (Tabela 3), no entanto, 31,9 % apresentaram hiperproteinemia e 1,4% apresentaram hipoproteinemia. Segundo Bush (2004), as dietas com proteínas muito baixas fornecidas por períodos muito longos ou até mesmo a inanição total resultam em concentrações de proteínas totais e albumina baixa, justificando as amostras que se apresentaram níveis abaixo dos padrões fisiológicos, decorrido da má alimentação que esses animais estão submetidos, logo uma ingestão proteica deficiente. Outra possível causa de hipoproteinemia é uma má absorção

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intestinal de quantidade adequada de aminoácidos, sendo acompanhadas de perdas de proteínas, como em casos de diarreias em cães (BUSH, 2004). A elevação das proteínas séricas pode ser ocasionada por desidratação, vômito ou pelo aumento das globulinas (COUTO, 2006).

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26

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização deste estudo, pode-se perceber que as principais alterações hematológicas encontradas foram eosinofilia e hiperproteinemia, isto provavelmente está relacionado ao ectoparasitismo/parasitas intestinais e a infecções por hemoparasitas, respectivamente. Isto fica evidenciado devido ao grande número de enfermidades aos quais estes animais errantes mantidos em canis municipais e ONGs estão expostos. Torna-se interessante a realização de estudos epidemiológicos específicos com estes animais, trazendo assim melhorias para a saúde pública.

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APÊNDICE 1 – Ficha de exame de sangue

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ANEXO 1

Tabela 1: Média e desvios padrão do eritrograma de cães errantes, n=69

Eritrograma média±

desvio padrão

*Referências

Hemácias mm³ (x106) 6,4 ± 0,99 5,5-8,5

Hemoglobina g/100ml 13,9 ± 2,12 12-18

Hematócrito % 42,2 ± 5,8 37-55

VCM μ³ 65,4± 1,48 60-72

CHCM % 32,9± 0,57 34-38

*Valores de referência citados por Thrall (2007)

Tabela 2: Média e desvios padrão do leucograma de cães errantes, n=69

Leucograma média±

desvio padrão

*Referências

Leucócitos Totais mm³ 12.750±7.424,62 6.000-17.000

Neutrófilos segmentados (cels/μl) 6.142,5±3.277,4 3.000-11.500

Bastonetes (células/ μl) 180 ± 254,56 0-300

Eosinófilos (células/ μl) 2.452,5±3.150,1 150-1.250

Monócitos (células/ μl) 600 ± 424,26 150-1.350

Linfócitos (células/ μl) 3.375± 318,2 1.000-4.800

*Valores de referência citados por Thrall (2007)

Tabela 3: Média e desvios padrão das plaquetas e PPT de cães errantes, n=69 média±

desvio padrão

*Referências

Plaquetas (μl) 132.000±7.9195,96 200.000-500.000

PPT (g/dl)

6,2 ± 1,41 6-8

*Valores de referência citados por Thrall (2007)

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ANEXO 2

Figura 1 – Identificação do animal – SRD, fêmea e pertencente ao canil de Camaquã

Fonte: Autoria própria

Figura 2 – Tubo de coleta de sangue com identificação do município e do cão

Fonte: Autoria própria

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ANEXO 3

Figura 3 - Morfologia das células do sangue

Fonte: Autoria própria

Referências

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