SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES I
SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES I
CONCEITOS FUNDAMENTAISCONCEITOS FUNDAMENTAIS FRASE
FRASE
Frase é todo enunciado capaz de transmitir nossas Frase é todo enunciado capaz de transmitir nossas idéias. Exemplos:
idéias. Exemplos:
Uma lua clara iluminava o céu. Uma lua clara iluminava o céu. Socorro!
Socorro! ORAÇÃO ORAÇÃO
É toda frase construída em torno de um verbo. É toda frase construída em torno de um verbo. Os alunos
Os alunos passarãopassarão no concurso. no concurso. Uma lua clara
Uma lua clara iluminavailuminava o céu. o céu. PERÍODO
PERÍODO
É a frase formada por uma ou mais orações. O É a frase formada por uma ou mais orações. O período pode ser:
período pode ser:
SIMPLES: formado por uma única oração. Exemplo: SIMPLES: formado por uma única oração. Exemplo: Eu já
Eu já decididecidi meu destino. meu destino.
COMPOSTO: formado por duas ou mais orações. Exemplo: COMPOSTO: formado por duas ou mais orações. Exemplo: Silvia
Silvia lavalava a louça e Carolinaa louça e Carolina varrevarre o chão. o chão. SUJEITO
SUJEITO
É o ser a respeito do qual afirmamos ou negamos É o ser a respeito do qual afirmamos ou negamos alguma coisa.
alguma coisa.
Em geral, uma oração é constituída pelo sujeito e por Em geral, uma oração é constituída pelo sujeito e por uma declaração (afirmação ou negação) que se faz a seu uma declaração (afirmação ou negação) que se faz a seu respeito.
respeito.
Tal declaração denomina-se
Tal declaração denomina-se predicadopredicado, o que, o que sempre apresenta um verbo em sua estrutura
sempre apresenta um verbo em sua estrutura .. ORAÇÃO
ORAÇÃO SUJEITO + PREDICADO SUJEITO + PREDICADO
Em nosso exemplo temos: Em nosso exemplo temos: Milhares de abelhas
Milhares de abelhas invadiraminvadiram a cidade. a cidade. SUJEITO:
SUJEITO: Milhares de abelhasMilhares de abelhas PREDICADO:
PREDICADO: invadiram a cidadeinvadiram a cidade
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO Tradicionalmente, sujeito é classificado em: Tradicionalmente, sujeito é classificado em: SUJEITO SIMPLES
SUJEITO SIMPLES
É aquele constituído por apenas um núcleo. É aquele constituído por apenas um núcleo. Exemplo:
Exemplo:
Os primeiros dias de paz começam cedo. Os primeiros dias de paz começam cedo. SUJEITO: OS PRIMEIROS DIAS DE PAZ SUJEITO: OS PRIMEIROS DIAS DE PAZ NÚCLEO DO SUJEITO: DIAS
NÚCLEO DO SUJEITO: DIAS
SUJEITO COMPOSTO SUJEITO COMPOSTO
É aquele que apresenta dois ou mais núcleos. É aquele que apresenta dois ou mais núcleos. Exemplo:
Exemplo:
O velho e o garoto voltaram à igreja. O velho e o garoto voltaram à igreja. SUJEITO:
SUJEITO: O VELHO E O GAROTOO VELHO E O GAROTO NÚCLEOS DO SUJEITO:
NÚCLEOS DO SUJEITO: “VELHO” e “GAROTO” “VELHO” e “GAROTO” SUJEITO ELÍPTICO OU OCULTO SUJEITO ELÍPTICO OU OCULTO
É aquele que só se pode conhecer examinando a É aquele que só se pode conhecer examinando a desinência (terminação) do verbo da oração:
desinência (terminação) do verbo da oração: Chegaremos à cidade amanhã.
Chegaremos à cidade amanhã. SUJEITO OCULTO:
SUJEITO OCULTO: NÓSNÓS Voltarás à casa de teus pais. Voltarás à casa de teus pais. SUJEITO OCULTO:
SUJEITO OCULTO: TU TU
SUJEITO INDETERMINADO SUJEITO INDETERMINADO
Ocorre quando não queremos ou não podemos Ocorre quando não queremos ou não podemos indicar o sujeito da oração, embora ele exista. Existem duas indicar o sujeito da oração, embora ele exista. Existem duas maneiras de se indeterminar o sujeito. São elas:
maneiras de se indeterminar o sujeito. São elas:
1) usando o verbo na terceira pessoa do singular, 1) usando o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome SE.
acompanhado do pronome SE. Exemplos:
Exemplos:
Come-se bem naquele restaurante. Come-se bem naquele restaurante. Acredita
Acreditava-se eva-se em assombram assombraçõeções.s. OBSERVAÇÃO
OBSERVAÇÃO: nesses casos, o pronome: nesses casos, o pronome SE SE é chamado é chamado de
2) usando o verbo na terceira pessoa do plural. Exemplos:
*Atropelaram um cão na rua.
3ª pessoa do plural
*Atualmente falam muito mal de você.
3ª pessoa do plural
OBSERVAÇÃO: Eles falam mal de você.
Em frases como essa, embora a forma verbal esteja na 3ª pessoa do plural (falam), o sujeito não é indeterminado, pois sabemos quem fala, isto é, podemos determinar o sujeito: eles.
ORAÇÃO SEM SUJEITO (SUJEITO INEXISTENTE) Ocorre, principalmente, com os seguintes verbos:
1) HAVER (no sentido de: existir, acontecer, tempo passado).
Houve muita confusão. (haver = acontecer) Não havia guardas lá. (haver = existir)
Há dois anos, chegamos aqui. (haver = tempo passado) ATENÇÃO:
Quando o verbo haver tem sentido de existir, o sujeito classifica-se como inexistente, mas quando se usa o próprio verbo existir, a oração tem sujeito normalmente.
Não havia pessoas na rua. (sujeito inexistente)
NÃO É O SUJEITO (OBJETO DIRETO) Não existiam pessoas na rua. (sujeito simples)
SUJEITO
Observe que o verbo haver fica no singular , não concordando com pessoas, e o verbo existir vai para o plural, concordando com o sujeito pessoas.
2) FAZER (indicando tempo ou fenômeno da natureza) Faz seis anos que ele sumiu.
Faz muito frio.
3) SER (indicando “hora”, “data”, “distância”) meio-dia e meia. (HORA)
Hoje são 03 de março. (DATA)
Daqui ao colégio são dois quilômetros.
4) VERBOS INDICATIVOS DE FENÔMENOS DA NATUREZA
Depois do almoço, choveu muito. No inverno, amanhece mais tarde.
OBSERVAÇÃO: Os verbos formadores de orações sem sujeito são chamados de verbos impessoais e, excluindo o verbo ser, ficam sempre na 3ª pessoa do singular.
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS VERBO SIGNIFICATIVO
É todo verbo que, fundamentalmente, exprime uma ação, um fato ou um fenômeno. Exemplo:
O pescador dormia à sombra da árvore. Ontem choveu muito.
Poucas pessoas gostam desse lugar
TIPOS DE VERBOS SIGNIFICATIVOS Os verbos significativos classificam-se em:
VERBO INTRANSITIVO
É aquele que, por si mesmo, tem sentido completo, isto é, não exige nenhum complemento. Exemplo:
A criança nasceu.
Pouco a pouco, chegaram os vizinhos. ATENÇÃO!
Esse tipo de verbo pode vir seguido de determinadas expressões que traduzem algumas circunstâncias, mas elas não são obrigatoriamente exigidas pelo verbo. Exemplo: Aquele gato morreu de fome.
VERBO TRANSITIVO DIRETO
É todo verbo que, por não ter sentido completo, exige um complemento sem preposição. Tal complemento é chamado de OBJETO DIRETO. Exemplos:
*Nós alugamos um velho caminhão.
ALUGAMOS: VERBO TRANSITIVO DIRETO
UM VELHO CAMINHÃ O : OBJETO DIRETO
*Todos receberão o aviso.
RECEBERÃ O : VERBO TRANSITIVO DIRETO O A VISO : OBJETO DIRETO
VERBO TRANSITIVO INDIRETO
É o verbo que exige um complemento obrigatoriamente iniciado pela preposição. Esse complemento é chamado de OBJETO INDIRETO. Exemplos:
*A criança necessitavade cuidados.
NECESSITAVA: VERBO TRANSITIVO INDIRETO DE CUIDADOS : OBJETO INDIRETO
*Ninguém confia maisem você.
CONFIA: VERBO TRANSITIVO INDIRETO EM VOCÊ: OBJETO INDIRETO
VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
É o verbo que exige, ao mesmo tempo, dois objetos; um deles sem preposição (objeto direto) e outro com preposição (objeto indireto). Exemplos:
*Não diremos a verdade avocê.
DIREMOS : VERBO TRANSITIVIVO DIRETO E INDIRETO A VERDADE : OBJETO DIRETO
A VOCÊ: OBJETO INDIRETO
Observe o uso da estrutura prática:
QUEM DIZ DIZ “ALGUMA COISA” “A ALGUÉM”
ALGUMA COISA: OBJETO DIRETO (SEM PREPOSI-ÇÃO) A A LG UÉM: OBJETO INDIRETO (COM A PREPOSI-ÇÃO
“A”)
VERBO DE LIGAÇÃO
Como o próprio nome diz, verbo de ligação é todo verbo que liga qualidade, condição ou estado ao sujeito. Essa característica atribuída ao sujeito através do verbo de ligação chama-se predicativo do sujeito.
Observe:
Joaninha anda rapidamente (anda é verbo significativo) Joaninha anda triste. (anda é verbo de ligação)
Há orações em que o verbo de ligação fica subentendido, oculto:
*A garota voltou cansada. Veja:
*A garota voltou (e estava) cansada.
O verbo de ligação “estava”, que liga o predicativo “cansada” ao sujeito, ficou subentendido.
LEITURA COMPLEMENTAR
Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS funcionam sempre como objeto direto.
*O guarda prendeu o rapaz. (o rapaz: objeto direto) *O guarda prendeu-o. (o: objeto direto)
Às vezes, o objeto direto pode aparecer com preposição. Nesses casos ele é chamado objeto direto preposicionado. Exemplo:
*A chuva molhou a ambos.
MOLHOU : VERBO TRANSITIVO DIRETO
A AMBOS : OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO.
Os pronomes oblíquos LHE e LHES são sempre objetos indiretos.
*Envie o livro a ele. (a ele: objeto indireto) *Envie-lhe o livro. (lhe: objeto indireto)
PARTÍCULA SE A PARTÍCULA SE pode ser:
1. Pronome reflexivo 2. Pronome recíproco 3. Pronome apassivador
4. Índice de indeterminação do sujeito 5. Parte integrante do verbo
6. Conjunção condicional
7. Palavra expletiva ou de realce
Lembrem-se de que um verbo só pode formar VOZ PASSIVA, por meio da PARTÍCULA SE, se tiver OBJETO DIRETO (VTD ou VTDI). A PARTÍCULA SE, nos demais casos (VTI, VI, VL), gera a indeterminação do sujeito (regra geral).
*Analisaram-se os pontos controvertidos. VTD+SE → VOZ PASSIVA
*Pagou-se a conta ao garçom. VTDI+SE → VOZ PASSIVA
*Trata-se de pontos controvertidos. VTI+SE → SUJEITO INDETERMINADO
*Vive-se bem em Pomerode (linda cidade alemã). VI+SE → SUJEITO INDETERMINADO
*Era-se feliz naquele tempo.
VL+SE → SUJEITO INDETERMINADO.
CUIDADO! Essa é apenas a regra geral! Vejam: *A situação tornou-se insuportável.
TORNA-SE é verbo de ligação. Incabível, porém, afirmar que se trata de sujeito indeterminado. O sujeito está claro: A SITUAÇÃO.
Nesse caso, exclui-se VOZ PASSIVA, porque o verbo (VL) não tem objeto direto; exclui-se SUJEITO INDETERMINADO, pois ele está expresso na oração. Conclui-se que a PARTÍCULA SE é PARTE INTEGRANTE DO VERBO (TORNAR-SE). É o que ocorre com REFERIR-SE, QUEIXAR-REFERIR-SE, SUICIDAR-SE.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Sempre que a PARTÍCULA SE for ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO, o verbo ficará no SINGULAR. E quando for PARTÍCULA APASSIVADORA, o verbo deve concordar em número com o SUJEITO PASSIVO.
Os demais casos são flagrados com facilidade! Vamos à frente!
Já que estamos falando da PARTÍCULA SE, não nos custa mencionar os dois tipos de VOZ PASSIVA: SINTÉTICA e ANALÍTICA.
A voz passiva sintética ou pronominal forma-se por meio da partícula SE (acabamos de revisar a matéria). E a voz passiva analítica forma-se por LOCUÇÃO VERBAL PASSIVA (VERBO SER + PARTICÍPIO). Vejam:
*Analisaram-se os pontos controvertidos (VOZ PASSIVA SINTÉTICA OU PRONOMINAL).
*Os pontos controvertidos foram analisados (VOZ PASSIVA ANALÍTICA).
O PREDICADO DA ORAÇÃO PREDICADO VERBAL
Dizemos que um predicado é verbal quando ele apresenta verbo significativo (que pode ser um verbo transitivo ou intransitivo). O verbo significativo é considerado o núcleo (palavra mais importante) do predicado verbal. Exemplo: As crianças invadiram a praça.
Predicado verbal
*INVADIRAM (verbo transitivo): núcleo do predicado verbal. Os pessegueiros floriam rapidamente.
Predicado verbal
*FLORIAM (verbo intransitivo): núcleo do predicado verbal. PREDICADO NOMINAL
O predicado é nominal quando apresenta verbo de ligação. O núcleo do predicado nominal não é o verbo de ligação, e sim um nome:o predicativo. Exemplos:
*Os pessegueiros estão floridos.
Predicado nominal ESTÃO: verbo de ligação.
FLORIDOS (predicativo do sujeito): núcleo do predicado nominal
*Todos nós ficamos muito felizes.
Predicado nominal FICAMOS: verbo de ligação
FELIZES (predicativo do sujeito): núcleo do predicado nominal
PREDICADO VERBO-NOMINAL
O predicado verbo-nominal tem sempre dois núcleos: um verbo significativo e um nome (predicativo). Observe:
O trem chegou. (predicado verbal)
O trem estava atrasado. (predicado nominal)
O trem chegou atrasado. (predicado verbo-nominal) Observe como o verbo de ligação (estava) fica oculto.
No exemplo acima, temos uma primeira estrutura possível para o predicado verbo-nominal:
verbo significativo + predicativo do sujeito
Veja, agora, por meio de exemplos, uma outra estrutura possível para o predicado verbo-nominal:
*O sucesso tornou orgulhoso o atleta.
TORNOU ORGULHOSO O ATLETA: PREDICADO
VERBO-NOMINAL
O ATLETA: OBJETO DIRETO
ORGULHOSO : PREDICATIVO DO OBJETO
*O juiz considerou válida a nossa argumentação.
CONSIDEROU VÁLIDA A NOSSA A RGUMENTAÇÃ O :
PREDICADO VERBO-NOMINAL
A NOSSA ARGUMENTAÇÃ O : OBJETO DIRETO. VÁLIDA: PREDICATIVO DO OBJETO.
ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que gira em torno de verbos, adjetivos e advérbios, modificando-lhes o sentido. O adjunto adverbial pode ser expresso por um advérbio ou por uma locução adverbial. Exemplos:
ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR * “Corre o rio e entra no mar .” (Fernando Pessoa)
ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO * Às duas horas começa outra aula.
ADJUNTO ADVERBIAL DE MODO * O aluno fez o trabalho apressadamente.
ADJUNTO ADVERBIAL DE INTENSIDADE * O candidato estuda à beça.
* Que linda era aquela paisagem.
ADJUNTO ADVERBIAL DE AFIRMAÇÃO * Com certeza ele virá.
ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO * Jamais isto será feito.
ADJUNTO ADVERBIAL DE DÚVIDA * Possivelmente ele virá.
ADJUNTO ADVERBIAL DE CONCESSÃO
* “Não obstante a defesa do escudeiro, Pery conseguiu amarrá-lo...” (José de Alencar)
ADJUNTO ADVERBIAL DE CONDIÇÃO * Com sorte, chegarei à solução.
ADJUNTO ADVERBIAL DE FINALIDADE * Visitou o estabelecimento para fiscalização.
ADJUNTO ADVERBIAL DE ASSUNTO * “Não discuto sobre religião.
ADJUNTO ADVERBIAL DE MEIO * Mandei notícias por um bilhete.
ADJUNTO ADVERBIAL DE INSTRUMENTO * Ele assassinou o inimigo com uma faca.
ADJUNTO ADVERBIAL DE CAUSA * Empobreceu com as secas.
ADJUNTO ADVERBIAL DE COMPANHIA * Irei ao cinema com minha mulher .
ADJUNTO ADVERBIAL DE VALOR * Comprei uma camisa por duzentos reais.
ADJUNTO ADVERBIAL DE CONFORMIDADE *De acordo com o texto, marque a correta.
ADJUNTO ADNOMINAL
É o termo da oração que caracteriza, especifica ou delimita o significado de um substantivo. Exemplos:
Os alunos estudiosos passaram no concurso.
Observe que o sujeito da oração é OS ALUNOS ESTUDIOSOS.
Tal sujeito é constituído pelo núcleo ALUNOS (substantivo) e por dois adjuntos adnominais: OS e ESTUDIOSOS.
Ele só lê antigos livros de aventuras.
Os termos antigos e de aventuras são adjuntos ad-nominais, visto que caracterizam o substantivo “livros”.
Os adjuntos adnominais podem ser expressos por: *ADJETIVOS: terras férteis; ares poluídos. *ARTIGOS: o concurso; uma mulher.
*PRONOMES ADJETIVOS: minha apostila; este país. *NUMERAIS: duas orelhas; primeiro ano.
*LOCUÇÕES ADJETIVAS: casa de madeira, livro do professor .
COMPLEMENTO NOMINAL
Há nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) que, por não terem sentido completo, exigem um termo para completá-lo. A esse termo dá-se o nome de complemento nominal
(sempre precedido de preposição). Exemplos:
Impedimos a derrubada da mata. *DERRUBADA (substantivo) *DA MATA: complemento nominal. Você é igual a ele.
*IGUAL (adjetivo)
*A ELE: complemento nominal. Estamos longe da estação. *LONGE (advérbio)
*DA ESTAÇÃO: complemento nominal.
DIFERENÇA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL
Os substantivos, como foi visto, podem estar acompanhados de adjuntos adnominais ou de complementos nominais. Pode haver dúvidas, portanto, quanto à distinção desses dois termos oracionais.
Observe:
Quando o termo da oração se refere ao substantivo indicando posse, origem, matéria, semelhança, qualidade, trata-se de adjunto adnominal. Exemplos:
*Encontrei a bolsa de Maria. (posse) *Tomei a água da fonte. (origem)
*Comprei um anel de brilhantes. (matéria) *Ele tem cara de cavalo. (semelhança) *É um homem sem caráter . (qualidade)
ATENÇÃO!
1) DECLARAÇÃO DO PREFEITO (adjunto adnominal): note que o prefeito é o agente da ação de declarar. Portanto, o adjunto adnominal também pode ser o agente da ação representada pelo nome. Da mesma forma: amor de mãe; aviso de amigo.
2) DECLARAÇÃO DE GUERRA (complemento nominal): agora, o termo “de guerra” não é adjunto adnominal, porque não é o agente da ação de declarar. Neste exemplo, ALGUÉM FAZ UMA DECLARAÇÃO DE GUERRA. Da
mesma forma: empréstimo de dinheiro; descoberta de petróleo; amor à mãe.
VOCATIVO
1. “Pai, afasta de mim esse cálice.” (Chico Buarque) APOSTO
(Faraco & Moura) 1. EXPLICATIVO
*Jorge, o cozinheiro, lembrou que peixe cru é muito nutritivo.
*Logo acontecerá a grande novidade: a nomeação de Jorge para delegado.
*Os três – o pai, a mãe e a filha – saíram de Vitória no dia 07 de janeiro.
2. ENUMERATIVO
*Debaixo de um juazeiro grande, todo um bando de retirantes se arranchara: uma velha, dois homens, uma mulher nova, algumas crianças. (R. Queiroz)
3. RECAPITULATIVO
*Dinheiro, amor, férias, nada seduzia o pobre homem. 4. ESPECIFICADOR
*O presidente Vargas cometeu suicídio. PERÍODO COMPOSTO
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO Período composto é aquele formado por mais de uma oração.
O período pode ser composto por coordenação, subordinação e ainda por coordenação e subordinação.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO É aquele formado por orações independentes quanto às funções sintáticas. Exemplo:
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO É aquele formado por orações que denotam entre si relação de dependência. Exemplo:
Ela disse que me amava.
ELA DISSE QUE ME AMAVA
↓ ↓
VERBO OBJETO TRANSITIVO DIRETO
DIRETO
Observe que a oração “que me amava” (subordinada) funciona como termo da oração “Ela disse” (principal), visto que complementa o sentido da ação verbal “disse”.
ORAÇÕES COORDENADAS
As orações coordenadas dividem-se em dois grupos: 01. Sindéticas: são aquelas que apresentam conjunção coordenativa.
02. Assindéticas: são aquelas que não apresentam conjunção coordenativa.
Veja:
A campainha batia, MAS o velhinho não ouvia.
1ª ORAÇÃO: “A CAMPAINHA BATIA”: oração coordenada assindética.
2ª ORAÇÃO: “MAS O VELHINHO NÃO OUVIA”: oração coordenada sindética.
As orações coordenadas sindéticas recebem o nome da conjunção coordenativa que as inicia. Classificam-se, portanto, em:
ADITIVAS
(expressam adição, sequência de pensamentos) Exemplos de conjunções aditivas: e, nem, mas também. Exemplo:
Nosso amigo não veio nem telefonou.
↓ ↓
oração coordenada oração coordenada assindética sindética aditiva
ADVERSATIVAS (exprimem oposição, contraste)
Exemplos de conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Exemplo:
Nosso time jogou bem, mas não conseguiu vencer.
↓ ↓
oração coordenada oração coordenada assindética sindética adversativa
ALTERNATIVAS
(exprimem exclusão, alternância)
Exemplos de conjunções alternativas: ou...ou, ora...ora Exemplo:
Fique em casa ou vá para a escola logo.
↓ ↓
oração coordenada oração coordenada assindética sindética alternativa
EXPLICATIVAS
(indicam uma explicação ao que foi enunciado na outra oração)
Exemplos de conjunções explicativas: porque, que, pois (antes do verbo)
Exemplo:
Não façam barulho, que estou estudando.
↓ ↓
oração coordenada oração coordenada assindética sindética explicativa
CONCLUSIVAS
(estabelecem uma ideia de conclusão em relação à outra oração)
Exemplos de conjunções conclusivas: portanto, por isso, logo, pois (depois do verbo)
Exemplo:
O carro é teu, logo deves cuidar bem dele.
↓ ↓
oração coordenada oração coordenada assindética sindética conclusão ORAÇÕES SUBORDINADAS
O período composto por subordinação é formado por uma oração principal e uma ou mais subordinadas.
Oração principal é aquela a que se subordina outra oração.
Oração subordinada é aquela que se relaciona a outra (principal), desempenhando, no período, função sintática.
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS
As orações subordinadas classificam-se de acordo com sua função em: substantivas, adjetivas e adverbiais.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS As orações subordinadas substantivas vêm normalmente introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. Segundo seu valor sintático, elas podem ser:
SUBJETIVAS
Oração subordinada substantiva subjetiva é aquela que tem função de sujeito da oração principal.
Exemplos:
Seria conveniente que todos nos ajudassem.
↓ ↓
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva Comentava-se que ele era o juiz.
↓ ↓
oração principal oração subordinada (verbo na voz substantiva subjetiva
passiva)
OBSERVAÇÀO
Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª pessoa do singular.
OBJETIVAS DIRETAS
Oração subordinada substantiva objetiva direta é aquela que exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplo:
O guarda garantiu-lhe que não havia perigo.
↓ ↓
oração principal oração subordinada substantiva objetiva direta OBJETIVAS INDIRETAS
Oração subordinada substantiva objetiva indireta é aquela que exerce função de objeto indireto do verbo da oração principal.
Ninguém o convencerá de que não havia perigo.
↓ ↓
oração principal oração subordinada substantiva objetiva indireta COMPLETIVAS NOMINAIS
Oração subordinada substantiva completiva nominal é aquela que exerce função de complemento nominal de um nome da oração principal. Exemplo:
Nós estávamos desconfiados de que você não viria.
↓ ↓
oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal PREDICATIVAS
Oração subordinada substantiva predicativa é aquela que exerce função de predicativo do sujeito da oração principal.
Exemplo:
Nosso medo era que a casa caísse.
↓ ↓
oração principal oração subordinada substantiva predicativa APOSITIVAS
Oração subordinada substantiva apositiva é aquela que exerce função de aposto da oração principal.
Exemplo:
Todos tinham um sonho: que o time vencesse.
↓ ↓
oração principal oração subordinada substantiva
apositiva
COM FUNÇÃO DE AGENTE DA PASSIVA
Oração subordinada substantiva com função de agente da passiva é aquela que funciona como agente da passiva do verbo da oração principal.
Exemplo:
A garota foi beijada por quem apagou a luz.
↓ ↓
oração principal oração subordinada substantiva agente da passiva
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial da oração principal. Existem nove tipos de orações subordinadas adverbiais.
CAUSAIS
Oração subordinada adverbial causal é aquela que exprime o motivo, a causa do fato expresso na oração principal. Exemplos:
Como tinha melhores jogadores nosso time venceu.
↓ ↓
oração subordinada oração principal adverbial
causal
CONDICIONAIS
Oração subordinada adverbial condicional é aquela que exprime condição à ocorrência do fato expresso na oração principal. Exemplo:
Tudo vale a pena se a alma não é pequena.
↓ ↓
oração principal oração subordinada adverbial condicional
CONFORMATIVAS
Oração subordinada adverbial conformativa é aquela que indica conformidade com a declaração contida na oração principal. Exemplos:
O torneio será realizado como exige a federação.
↓ ↓
oração principal oração subordinada adverbial conformativa
CONCESSIVAS
Oração subordinada adverbial concessiva é aquela que, apesar de indicar uma circunstância adversa à declaração da oração principal, não a modifica. Exemplo: Ainda que sejamos torturados, não confessaremos.
↓ ↓
oração subordinada oração principal adverbial
concessiva
CONSECUTIVAS
Oração subordinada adverbial consecutiva é aquela que indica a conseqüência do fato expresso na oração principal. Exemplos:
A prova foi tão difícil que ninguém foi aprovado.
↓ ↓
oração principal oração subordinada adverbial consecutiva
COMPARATIVAS
Oração subordinada adverbial comparativa é aquela que representa o segundo termo de uma comparação. Exemplos:
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.
↓ ↓
oração principal oração subordinada adverbial comparativa
Nossos problemas são mais graves que os seus.
↓ ↓
oração principal oração subordinada adverbial comparativa
OBSERVAÇÃO: nesse exemplo, o verbo da oração subordinada, por ser o mesmo da oração principal, ficou subentendido.
TEMPORAIS
Oração subordinada adverbial temporal é aquela que indica o tempo da realização do fato declarado na oração principal. Exemplos:
Mal você saiu, começou a briga.
↓ ↓
oração subordinada oração principal adverbial
temporal
FINAIS
Oração subordinada adverbial final é aquela que indica a finalidade do fato expresso na oração principal. Exemplos:
Para que tudo ocorra bem, precisamos estar atentos.
↓ ↓
oração subordinada oração principal adverbial
final
PROPORCIONAIS
Oração subordinada adverbial proporcional é aquela que indica uma relação de proporcionalidade com o fato expresso na oração principal. Exemplo:
À medida que envelhecia, aumentava seu remorso.
↓ ↓
oração subordinada oração principal adverbial
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
As orações subordinadas adjetivas exercem função de adjunto adnominal de um substantivo ou pronome da oração principal. São introduzidas por pronome relativo: que (o qual, a qual, os quais, as quais), quem, cujo, onde etc.
Observe:
PERÍODO SIMPLES
O deputado revelou coisas impressionantes.
↓ ↓ substantivo adjetivo (adjunto adnominal) PERÍODO COMPOSTO pronome relativo ↑
O deputado revelou coisas que impressionam.
↓ ↓
substantivo oração subordinada adjetiva
As orações subordinadas adjetivas podem ser explicativas e restritivas.
EXPLICATIVAS
Encerram uma afirmação adicional de um ser que já se acha suficientemente definido. As explicativas são emolduradas por vírgulas. Exemplos:
Os balões, que subiam lentamente, eram muito admirados. ↓
oração subordinada adjetiva explicativa RESTRITIVAS
As orações adjetivas restritivas restringem, limitam a significação de um termo antecedente (substantivo ou pronome). Não se separam por vírgula. Exemplo:
Eu já li o livro que você me trouxe.
↓ ↓
oração principal oração subordinada adjetiva restritiva
Observe:
Os vizinhos, que não gostam de música, reclamam muito. ↓
oração subordinada adjetiva explicativa Nesse caso, nenhum dos vizinhos gosta de música e, portanto, todos eles reclamam.
Os vizinhos que não gostam de música reclamam muito. ↓
oração subordinada adjetiva restritiva
Nesse caso, alguns dos vizinhos gostam de música e outros não. Os que não gostam reclama muito.
ORAÇÕES SUBORDINADAS REDUZIDAS
As orações reduzidas não são introduzidas por conjunção e apresentam o verbo numa das formas nominais: infinitivo (terminação ar , er , ir ), gerúndio (terminação ndo) ou particípio (terminação ado, ido).
Geralmente as orações reduzidas podem ser desdobradas numa equivalente, com conectivo. Veja:
Seria bom eu estudar mais. ↓
verbo no infinitivo
Seria bom que eu estudasse mais. ↓
conjunção (conectivo) Exemplos de orações reduzidas: Todos afirmam ser ele o ladrão.
↓ ↓
oração principal oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo
Já recebemos os livros chegados de Paris.
↓ ↓
oração principal oração subordinada adjetiva restritiva
reduzida de particípio
“Quem não luta pelos seus objetivos não é digno deles.”