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Aula de Feridas, Cicatrização e Curativos

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Aula de Feridas, Cicatrização

e Curativos

(2)

Introdução

A pele é o maior órgão do corpo humano, constituindo

cerca de 10% do peso corporal.

Está constantemente exposta a agressões físicas,

químicas e mecânicas, que podem ou não, ter

consequências físicas permanentes.

(3)

FUNÇÕES

DA PELE

(4)

FUNÇÕES DA PELE

1- Proteção:

a pele atua como barreira física contra

microrganismos e outras substâncias estranhas,

protegendo contra infecções e perda excessiva de

líquidos.

2- Sensibilidade:

as terminações nervosas da pele

permitem que a pessoa sinta dor, pressão, calor e

frio.

3- Termo regulação:

a pele ajuda a regular a

temperatura corporal mediante vasoconstrição,

vasodilatação e sudorese.

(5)

FUNÇÕES DA PELE

4- Excreção:

a pele ajuda na termo regulação,

mediante a excreção de resíduos, como eletrólitos e

água.

5- Metabolismo:

a síntese de vitamina D na pele

exposta à luz solar, por exemplo, ativa o metabolismo

de cálcio e fosfato, minerais que desempenham um

papel importante na formação óssea.

6- Imagem Corporal ou Estética:

a pele detalha a

nossa aparência, identificando de modo único cada

indivíduo.

(6)

Introdução

A pele possui três camadas:

externa ou epiderme

, constituída de tecido epitelial,

cuja camada superior ao se renovar constantemente, é

substituída pelas células novas provindas da camada

inferior.

Está histologicamente constituída das camadas basal,

espinhosa, granulosa, lúcida e córnea é um importante

órgão sensorial;

(7)

Introdução

média ou derme,

formada por tecido conjuntivo,

mantém a pele constantemente elástica, une a derme

com a epiderme, forma a impressão digital, nutre a

epiderme e possui terminações nervosas táteis;

encontramos os vasos sanguíneos, linfáticos, folículos

pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas, pelos e

terminações nervosas, além de células como:

fibroblastos,

mastócitos,

monócitos,

macrófagos,

plasmócitos entre outros.

(8)

Introdução

interna ou hipoderme

, é uma continuação da derme,

sendo

formada

por

tecido

conjuntivo,

vasos

sanguíneos e linfáticos, nervos e tecido adiposo.

Funciona como uma reserva alimentar e de proteção

contra as ações mecânicas e o frio.

(9)

Introdução

A epiderme está histologicamente constituída das camadas basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea é um importante órgão sensorial.

Na derme, encontramos os vasos sanguíneos, linfáticos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas, pelos e terminações nervosas, além de células como: fibroblastos, mastócitos, monócitos, macrófagos, plasmócitos entre outros.

(10)
(11)
(12)
(13)

Histórico

As feridas são consequência de uma agressão por

um agente ao tecido vivo.

O tratamento das feridas vem evoluindo desde

3000 anos A.C., onde as feridas hemorrágicas

eram tratadas com cauterização; o uso de

torniquete é descrito em 400 A .C.; a sutura é

documentada desde o terceiro século A.C. Na

Idade Média, com o aparecimento da pólvora, os

ferimentos tornaram-se mais graves.

(14)

Definição de Feridas

Feridas são definidas como soluções de continuidade

aparente, ou seja, consistem em rupturas das relações

anatômicas normais dos tecidos em consequência de

uma lesão.

(15)

Tipos de feridas

Agudas Abrasões Queimaduras Vesículas ( bolhas ) Incisão cirúrgica Crônicas

Úlcera por pressão

Úlcera neuropática diabéticas Úlcera venosa

(16)

Classificação das feridas

As feridas podem ser classificadas de três formas

diferentes:

1. de acordo com a maneira como foram produzidas

(mecanismo de lesão),

2. de acordo com o grau de contaminação

(17)

Classificação das feridas

1- De acordo com o mecanismo da lesão:

Feridas incisas ou cirúrgicas: são aquelas produzidas por um

instrumento cortante. As feridas limpas geralmente são fechadas por suturas.

Feridas contusas ou corto contusas: são produzidas por

objeto rombo e são caracterizadas por traumatismos das partes moles, hemorragia e edema

Feridas laceradas: são aquelas com margens irregulares como

as produzidas por vidro ou arame farpado;

Feridas perfurantes: são caracterizadas por pequenas

aberturas na pele. Exemplo: feridas feitas por bala ou ponta de faca

(18)

Classificação das feridas

Feridas Pérfuro-contusas - são as ocasionadas por arma de

fogo, podendo existir dois orifícios, o de entrada e o de saída.

Escoriações - a lesão surge tangencialmente à superfície

cutânea, com perda de pele.

Equimoses e hematomas - na equimose há rompimento dos

capilares, porém sem perda da continuidade da pele, sendo que no hematoma, o sangue extravasado forma uma cavidade.

(19)

Classificação das feridas

2- Quanto ao grau de contaminação:

Feridas limpas: são aquelas que não apresentam inflamação e

em que não são atingidos os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário;

Feridas limpas-contaminadas: são aquelas nas quais os tratos

respiratório, alimentar ou urinário são atingidos, porem em condições controladas;

Feridas contaminadas: incluem feridas acidentais, recentes e

abertas e cirurgias em que a técnica asséptica não foi respeitada devidamente;

Feridas infectadas ou sujas: são aquelas nas quais os

(20)

Classificação das feridas

3- Quanto ao grau de comprometimento tecidual:

Estágio I: caracteriza-se pelo comprometimento apenas da

epiderme, com formação de eritema em pele integra e sem perda tecidual;

Estágio II: caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda

tecidual e comprometimento da epiderme, derme ou ambas;

Estágio III: caracteriza-se por presença de ulcera profunda,

com comprometimento total da pele e necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular;

Estágio IV: caracteriza-se por extensa destruição de tecido,

chegando a ocorrer lesão óssea ou muscular ou necrose tissular

(21)

Fisiologia da

Cicatrização

(22)

Introdução

Após ocorrer uma lesão em um tecido, imediatamente inicia-se a cicatrização, que é uma inicia-sequência de respostas dos mais variados tipos de células (epiteliais, inflamatórias, plaquetas e fibroblastos), que interagem para o restabelecimento da integridade dos tecidos.

O tipo de lesão também possui importância no tipo de reparação; assim, em uma ferida cirúrgica limpa, há necessidade de mínima quantidade de tecido novo, enquanto que por exemplo em uma grande queimadura, há necessidade de todos os recursos orgânicos para cicatrização e defesa contra uma infecção. Na sequência da cicatrização de uma ferida fechada, temos a ocorrência de quatro fases distintas: inflamatória, epitelização, celular e fase de fibroplasia.

(23)

Cicatrização

“ A cicatrização é um potente e complexo processo sistêmico que exige do organismo a ativação e

produção e inibição de um Grande número de componentes moleculares e celulares que, em seqüência ordenada e continua patrocinam todo o

processo de restauração tissular.

Porém entender a cicatrização como um processo endógeno não implica em descuidar do tratamento

tópico”

DE ACORDO COM O CONCEITO ACIMA, CONCLUIMOS ENTÃO QUE:

O CURATIVO NÃO É O ÚNICO RESPONSÁVEL PELA CICATRIZAÇÃO

(24)

Fisiologia da cicatrização

Vários processos celulares contínuos contribuem para

a restauração da ferida:

1.

regeneração celular

2.

proliferação celular

3.

produção de colágeno.

A resposta do tecido às lesões passa por três estágios

parcialmente sobrepostos.

(25)

FASES DEFINIÇÕES Inflamatória ou

exsudativa

dura cerca de 72 horas e corresponde à ativação de coagulação sangüínea e à liberação de vários

mediadores, tais como fator de ativação de plaquetas, fator de crescimento , serotonina,

adrenalina e fatores do complemento entre outros. Nesta fase a ferida pode apresentar edema,

vermelhidão e dor.

Proliferativa ou regenerativa

pode durar de 1 a 14 dias e se caracteriza pela formação do tecido de granulação. Nesta fase o colágeno é o principal componente do tecido conjuntivo reposto, por isso a vitamina C auxilia muito nesse processo metabólico da cicatrização da ferida

Reparativa ou de maturação

durante esta ultima fase da cicatrização a densidade celular e a vascularização da ferida diminuem,

enquanto há maturação das fibras de colágeno. Nesta fase ocorre uma remodelação do tecido

cicatricial formado na fase anterior. O alinhamento das fibras é reorganizado a fim de aumentar a

resistência do tecido e diminuir a espessura da cicatriz, reduzindo a deformidade. Esta fase tem inicio no terceiro dia e pode durar ate seis meses.

(26)
(27)

TIPO

DISCRIÇÃO

Primeira intenção ou união primária

Este tipo de cicatrização ocorre quando as bordas da ferida são apostas ou

aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e edema mínimo. Quando as feridas cicatrizam-se por primeira intenção, a formação de

tecido de granulação não é visível.

Segunda intenção ou granulação

Neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de tecido e presença de

infecção. O processo de reparo, neste caso, é mais complicado e demorado. Esse método de reparo é também

denominada cicatrização por granulação, pois no abscesso formam-se brotos

minúsculos chamados granulações.

Terceira intenção ou sutura secundária

Caso uma ferida não tenha sido suturada inicialmente ou as suturas se romperam e a ferida tem que ser novamente suturada. Isso é feito pelo cirurgião que, após a

drenagem do material, promove a aproximação das bordas.

(28)

FATORES QUE INFLUENCIAM

NA CICATRIZAÇÃO DAS

(29)

FATORES QUE AFETAM O PROCESSO DE

CICATRIZAÇÃO

IDADE VASCULOPATIAS MEDICAMENTOS FUMO COPOS ESTRANHOS LOCALIZAÇÃO ESTRESSE MÁ NUTRIÇÃO ALTERAÇÕES METABÓLICAS

(30)

Fatores que influenciam na cicatrização

1- Perfusão de Tecidos e Oxigenação:

doenças que alternam o fluxo sanguíneo normal

podem afetar a distribuição dos nutrientes das células,

assim como a dos componentes do sistema imune ao

corpo. Essas condições prejudicam a capacidade do

organismo em transportar celular de defesa e

antibióticos administrados, o que dificulta o processo

de cicatrização. O fumo reduz a hemoglobina funcional

e leva à disfunção pulmonar o que reduz o aporte de

oxigênio para as células e dificulta a cura da ferida.

(31)

Fatores que influenciam na cicatrização

2- Localização da ferida:

feridas em áreas mais vascularizadas e em áreas de

menor

mobilidade

e

tensão

cicatrizam

mais

rapidamente do que aquelas em áreas menos irrigadas

ou áreas de tensão ou mobilidade (como cotovelos,

nádegas, joelhos).

(32)

Fatores que influenciam na cicatrização

3- Corpo estranho na ferida:

implantes de silicone, válvulas cardíacas artificiais,

material de curativo ou qualquer outro corpo estranho

podem retardar o processo de cicatrização, por serem

inertes.

(33)

Fatores que influenciam na cicatrização

4- Medicamentos:

os

corticosteroides,

os

quimioterápicos

e

os

radioterápicos podem reduzir a cicatrização das

feridas, pois diminuem a resposta imune normal à

lesão. Eles podem interferir na síntese proteica ou

divisão celular, agindo, diretamente na produção de

colágeno. Além disso, podem tornar a cicatriz mais

frágil, aumentando a atividade da Colagenase.

Deve-se também evitar o uso de anti- microbianos nas

feridas.

(34)

Fatores que influenciam na cicatrização

5- Nutrição:

uma

deficiência

nutricional

pode

dificultar

a

cicatrização, pois deprime o sistema imune e diminui a

qualidade e a síntese de tecido de reparação. As

carências de proteína e de vitamina C são as mais

importantes, pois afetam diretamente a síntese do

colágeno.

(35)

Fatores que influenciam na cicatrização

6- Hemorragia:

o acúmulo de sangue propicia o acumulo de células

mortas que precisam ser removidas, bem como o

surgimento de hematomas e isquemia. Isso provoca

dor e retarda o processo de cicatrização.

(36)

Fatores que influenciam na cicatrização

7- Edema e obstrução linfática:

dificultam a cicatrização, pois diminuem o fluxo

sanguíneo e o metabolismo do tecido, facilitando o

acumulo de catabólitos e produzindo inflamação.

(37)

Fatores que influenciam na cicatrização

8- Infecção:

ocorre quando a concentração de leucócitos está superior a 10.000/mm³. A colonização da ferida não deve ser confundida com infecção, pois a colonização ocorre quando a ferida é mantida livre de tecido necrótico e/ou material estranho e é controlada pela ação de neutrófilos e macrófagos. Já a infecção ocorre quando há uma alta concentração bacteriana, quando o tecido local está comprometido (escara, necrose ou corpo estranho) e há um comprometimento generalizado do paciente.

(38)

Fatores que influenciam na cicatrização

9- Idade:

o envelhecimento torna os tecidos menos elásticos e

menos resistentes o que dificulta a cura de uma ferida.

(39)

Fatores que influenciam na cicatrização

10- Hiperatividade do paciente:

a hiperatividade dificulta a aproximação das bordas da

ferida. O repouso favorece a cicatrização.

(40)
(41)

Complicações da ferida

A grande complicação das feridas é a INFECÇÃO, sendo que os fatores predisponentes podem ser locais ou gerais.

Os fatores locais são: contaminação, presença de corpo estranho, técnica de sutura inadequada, tecido desvitalizado, hematoma e espaço morto.

Os fatores gerais são: debilidade, idade avançada, obesidade,

anemia, choque, grande período de internação hospitalar, tempo cirúrgico elevado e doenças associadas, principalmente o diabetes e doenças imunodepressoras.

Outras complicações são a HEMORRAGIA e a DESTRUIÇÃO TECIDUAL.

(42)

O QUE AVALIAR DA

FERIDA

(43)

- Local

- Há quanto tempo existe ?

- Qual o tamanho?

- Tem exsudato ? Qual ?

- Tem odor?

- Como estão as bordas ?

- Tem tecido desvitalizado

- Tipo de curativos que irei utilizar ?

(44)

Exsudato seroso: Líquido seroso (soro) fração líquida do sangue presença de albumina, normalmente cor amarelada, (bolha por queimadura)

(45)

Esfacelos/fibrinosa: formação de fibrina em grande quantidade, com característica firme,extravasamento abundante de secreção,aumento proteínas do sis.coagulação fibrinolítico ,síntese colágeno.

(46)

Supurativa/purulenta: O principal exsudato é o pús (respostas celulares)

(47)

Tecido desvitalizado ou inviável ou escara ou tecido necrosado de calcâneo direito.

(48)

AVALIAÇÃO DE BORDAS DA FERIDA

Fasciotomia com tecido de granulação

e bordas regulares

Borda irregular com tecido de granulação

(49)

COMO REALIZAR A MEDIDA ?

ACETATO ou LUVA MEDIDA EXTERNA

(50)

COMO REALIZAR A MEDIDA

(51)

COMO REALIZAR A MEDIDA

(52)

COMO REALIZAR A MEDIDA

(53)

Avaliação da lesão quanto a etiologia

Percepção sensorial

1. Totalmente

Limitado 2. Muito Limitado 3. Levemente Limitado 4.Nenhuma Limitação

Umidade 1.Completamente

molhada 2. Muito molhada 3.Ocasionalmente molhada 4.Raramente molhada

Atividade 1. Acamado 2. Confinado à cadeira 3. Anda Ocasionalmente 4. Anda freqüentement e Mobilidade 1. Totalmente

imóvel 2. Bastante limitado 3. Levemente limitado 4. Não apresenta limitação

Nutrição 1. Muito pobre 2.

Provável- mente inadequado 3. Adequado 4. Excelente Fricção e cisalhamento 1. Problema 2. Problema em potencial 3. Nenhum problema

(54)

Classificação de risco

TOTAL DE PONTOS RISCO

6 – 9 BAIXO

10- 13 MODERADO

(55)
(56)

Definição

É um meio empregado para realizar a limpeza e

aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida,

quando necessário, com finalidade de promover a

rápida cicatrização e prevenir contaminação e infecção.

(57)

Objetivos

• Tratar e prevenir infecções;

• Eliminar os fatores desfavoráveis que retardam a

cicatrização

e

prolongam

a

convalescença,

aumentando os custos do tratamento;

• Diminuir infecções cruzadas, através de técnicas e

procedimentos corretos.

(58)

Finalidades do curativo Ideal

• Remover corpos estranhos;

• Reaproximar as bordas separadas;

• Proteger a ferida contra contaminação e infecções;

• Promover hemostasia;

• Preencher espaço morto, e evitar a formação de

sero-hematomas;

• Favorecer a aplicação de medicação tópica;

• Fazer desbridamento mecânico e remover tecido

necrótico;

(59)

Finalidades do curativo Ideal

• Reduzir o edema;

• Manter a umidade da superfície da ferida;

• Fornecer isolamento térmico;

• Proteger a cicatrização da ferida;

• Limitar a movimentação dos tecidos em torno da

ferida;

• Dar conforto psicológico;

(60)
(61)

Introdução

O tipo de curativo varia com a natureza, a localização e o tamanho da ferida.

Em alguns casos é necessária compressão, em outros, lavagem com soluções fisiológicas ou anti-sépticos.

Alguns exigem imobilização com faixas elásticas ou mesmo gesso.

Nos curativos de orifícios de drenagem de fistulas entéricas, a proteção da pele sã em torno da ferida é o objetivo principal.

A seleção de um curativo é feita com base em suas propriedades físicas de proteção e manutenção de medicamentos e/ou enzimas em contato com a ferida.

Ainda não surgiu o curativo ideal, mas um curativo bem feito pode resultar em uma cicatrização melhor, tanto estática com funcional.

(62)

Tipos de curativos

Curativos Abertos - são realizados em ferimentos o qual

não há necessidade de oclusão, como no caso de algumas feridas cirúrgicas (após 24 horas), cortes pequenos, escoriações, queimaduras etc.

Semi-oclusivo - este tipo de curativo é absorvente e

comumente é utilizado em feridas cirúrgicas, onde há a necessidade de uma oclusão parcial do ferimento através de uma fina camada de compressas de gaze estéreis. Ele tem varias vantagens:

•Permite a exposição da ferida ao ar; •Absorve exsudato da ferida;

(63)

Tipos de curativos

Oclusivos

- Não permite a passagem de ar ou

fluidos, sendo uma barreira contra bactérias. Tem

como vantagens:

Vedar a ferida, a fim de impedir pneumotórax,

impedir a perda de fluidos, promover o isolamento

térmico e de terminações nervosas, impedir a

formação de crostas.

Compressivos

- é utilizado para ocasionar a

hemostasia reduzir o fluxo sanguíneo, ou promover

estase, e ajudar na aproximação das extremidades

do ferimento.

(64)

Tipos de curativos

Sutura com Fita Adesiva - após limpeza da ferida, as

bordas do tecido seccionado são unidas e fixa-se a fita adesiva. Este tipo de curativo é apropriado para cortes superficiais e de pequena extensão.

(65)
(66)

1- Manter Alta Umidade

Nada de curativos secos em feridas

abertas.

Não há necessidade de secar as feridas

abertas, somente a pele ao redor dela.

(67)

2- Remove o Excesso de

Exsudação

O curativo deve ter um pouco de

absorvência.

Pode ser necessário fornecer um segundo

chumaço.

(68)

3- Ser Isolador Térmico

As feridas não devem ser limpas com

loções frias.

Os

curativos

não

devem

permanecer

removidos

por

longos

períodos

de

tempo

(isso

também

(69)

4- Ser Impermeável a

Bactérias

As faixas devem ser aplicadas como uma moldura

de quadro.

Se ocorrer uma empapação, deve-se utilizar um

chumaço absorvente no topo ou trocar o curativo.

(70)

5- Ser Isento de Partículas e Tóxicos

Contaminadores de Feridas

Não se deve usar lã de algodão ou qualquer gaze

desfiada.

Os chumaços absorventes não devem ser cortados,

pois irão desfiar.

(71)

6- Deve ser Retirado sem Causar

Trauma

Nada de curativos secos em feridas abertas.

É preferível irrigá-las a esfregá-las.

(72)

7- Deve Permitir a Troca de

Gases

Não há implicações comprovadas na área

de enfermagem.

(73)
(74)

Classificação das Coberturas

Passivas - protegem e cobrem a ferida: gazes,

ataduras,

adesivos cirúrgicos;

Interativas/Bioativas - Mantém o meio ótimo para cicatrização: películas,

hidrogel, alginato,

(75)

MÉTODO AUTOLÍTICO

Coberturas utilizadas

para autólise

(76)

A - HIDROGEL

Composição:

Carboximetilcelulose

+

Propilenoglicol + água (70 à 90%)

Ação:

Debridamento autolítico / remover crostas e

tecidos desvitalizados em feridas abertas

(77)

Modo de ação

•Desbridamento natural (autólise);

•Hidratação das crostas por manterem o meio úmido; •Estimulação a granulação e epitelização;

Vantagens:

•Fácil aplicação;

•Diminuição da sensibilidade dolorosa na ferida; •Pode ser aplicado na presença de infecção;

•Não danifica o tecido de granulação, o hidrogel tem a capacidade de absorção do exsudato da ferida úmida e doação de fluido a ferida seca.

.

(78)

Indicação

Feridas com perda parcial e total de tecidos, como áreas doadoras, cirúrgias superficiais, úlceras crônicas e outros. Nomes comerciais:intrasite gel/Smith Nephew, Nugel/J&J; Saf-gel/Convatec.

(79)

B - HIDROCOLÓIDE

Composição:

Carboximetilcelulose + gelatina +

pectina

Forma de apresentação:

Amorfo e placa

Ação:

É hidrofílico, absorve o exsudato da ferida,

formando um gel viscoso e coloidal que irá manter

a

(80)

Camada interna: Matriz adesiva com partículas hidrofílicas (gelatina, pectina, carboximetilcelulose)

Camada externa: Filme ou espuma Apresentação

Placas: Retangular, quadrada, triangular, ovalada, extra-fina (transparente), com ou sem borda adesiva etc. Pasta e pó

(81)

Umidade sobre o leito da ferida

- Barreira contra infecção e trauma mecânico

- Favorece o desbridamento auto lítico

- Estimula angiogênese e granulação

- Absorve exsudato, forma gel (Ph bacteriostática)

(82)

Indicação

- Prevenção e tratamento feridas abertas não infectadas - Leve a moderado exsudato

Contra - indicação

- Feridas infectadas

- Escaras e queimaduras 3º grau

(83)

Cuidados na colocação

- colocá-las com SF0,9%

- Cuidado com borda (3cm)

- Realizar reforço borda S/N

- Trocar quando saturar (máximo 7 dias), ou o gel

extravasar ou o curativo deslocar

Observação

As primeiras trocas com devem ser realizadas

quando houver secreção fétida

(84)

MÉTODO ENZIMÁTICO

(85)

C - PAPAÍNA

Composição: Enzima proteolítica. São encontradas nas folhas, caules e frutos da planta Carica Papaya

Forma de apresentação: Pó, gel e pasta

Atuação: Desbridante (enzimático) não traumática / anti-inflamatória / bactericida / estimula a força tênsil das cicatrizes; pH ótimo de 3-12; atua apenas em tecidos lesados, devido a anti-protease plasmática (alfa anti-tripsina)

Observações: Diluições: 10% para necrose; 4 à 6% para exsudato purulento e 2% para uso em tecido de granulação; cuidados no armazenamento (fotossensível) e substâncias oxidantes (ferro/iodo/oxigênio); manter em geladeira

(86)

Como preparar a papaína:

Preparar a concentração adequada é o primeiro passo: Ferida necrótica: 10%

Ferida com exsudato purulento: 4% a 6% Ferida com tecido de granulação: 2%

(87)

Uso e Troca

Usos

Diluição deve ser rápida

Não deve ser diluída em metais Diluir em água destilada

Pode-se lavar a ferida com jatos Gel em fina camada

Colocar gaze embebida

Curativo primário, requer um secundário

Troca

em 24hs Saturação

(88)

Papaína(g) Diluição (ml) % obtida 1 100 1 1 50 2 2 50 4 3 50 6 4 50 8 5 50 10 6 50 12

Diluições

(89)

D - COLAGENASE

Composição:

Enzima proteolítica

Forma de apresentação:

Pomada

Ação:

Age seletivamente degradando o colágeno

inativo da ferida; debridamento enzimático suave

e não invasivo; atua em pH 6-8; inativado em

presença de iodo e de íons pesados como prata e

mercúrio

Observações:

Controvérsias quanto a ação

estimuladora da granulação e epitelização

(90)

E - FIBRINOLISINA

Composição:

Fibrinolisina (plasma bovino) e

desoxorribonuclease (pâncreas bovino)

Forma de apresentação:

Pomada

Ação:

Através da dissolução do exsudato e dos

tecidos necróticos, pela ação lítica da

fibrinolisina e do ácido desoxorribonucleico e

da enzima desoxorribonuclease.

Observações:

Monitorar a sensibilidade do

paciente

(91)

MÉTODO OSMÓTICO

(92)

F - ALGINATO DE CÁLCIO E SÓDIO

Composição:

80 % íon cálcio + 20 % íon sódio

+ ácidos gulurônico e manurônico (derivados

de algas marinhas)

Forma de apresentação:

Cordão e placa

Ação:

Hemostasia/Desbridamento Osmótico

/

Grande

absorção

exsudato/Umidade

(formação de gel)

(93)

Indicação

- Feridas abertas e sangrantes

- Alta exsudação c/ ou s/ infecção

Contra-indicação

- Lesão superficial - Pouco exsudato - Queimadura

(94)

Usos

Até redução do exsudato Umedecer a fibra com SF0,9% Modelar o curativo à ferida A fibra não deve tocar as bordas Utilizar como cobertura primária

Trocas

24/48HS, Saturação,

(95)

Outros Tipos

de

(96)

G - FILMES TRANSPARENTES

Composição:

Filme de Poliuretano, aderente

(adesivo), transparente, elástico e

semi-permeável

Ação:

Umidade / Permeabilidade Seletiva /

Impermeável a Fluidos

Observação:

Pode ser utilizado como cobertura

secundária. Trocar até 7 dias

(97)

Indicação e contraindicação

Indicação de uso:

•Curativo para feridas provocadas por dermo abrasão, •Úlceras por pressão estágio I e II;

•Sobre crostas de feridas para facilitar a autólise; •Feridas cirúrgicas limpas.

Contra-indicação:

infecção, exsudato no leito da ferida ou no cateter.

Nomes comerciais:

Tegaderm/3M; Bioclusive/J&J;

(98)

H - HIDROPOLÍMERO (Tiele / Tiele Plus)

Composição:

Almofada de espuma composta de

camadas sobrepostas de não tecido e revestida

por poliuretano

Indicação:

Feridas abertas não infectadas com

baixa ou moderada exsudação

Contra-indicação:

Feridas infectadas e com

grande quantidade de exsudato

Observação:

Uso de talco para aumentar poder

de adesividade

(99)
(100)

Composição:

Tela de acetato de celulose,

impregnada com emulsão de petrolatum,

hidrossolúvel

Ação:

Proporciona a não aderência da ferida

Indicação:

Áreas doadoras e receptadoras de

enxerto, abrasões e lacerações

Contra-indicação:

Alergia

I- GAZE DE ACETATO COM PETROLATUM (ADAPTIC)

(101)

J - CARVÃO ATIVADO E PRATA

Composição:

Carvão ativado com prata à

0,15%,

envolto por não tecido de nylon poroso, selado

nas quatro bordas

Ação:

Absorve exsudato / Absorve os micro-

organismos / Filtra odor / Bactericida (prata)

Indicação:

Feridas infectadas e exsudativas

Contraindicação:

Feridas limpas com baixo

exsudato e em presença de osso e tendão

(102)

Indicações:

Feridas com odor forte

Feridas infectadas que tenham de moderada a grande quantidade de exsudato sero-purulento ou purulento.

Contra-indicações:

pessoas sensíveis à nylon, feridas com pouco exsudato.

Nome comercial:

Actsorb Plus/ J&J.

(103)
(104)

K - ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL (AGE)

Composição:

Óleo vegetal composto por ácidos

linoleico, caprílico, cáprico, vitaminas A, E e

lecitina de soja

Ação:

Quimiotaxia Leucocitária / Angiogênese /

Umidade / Bactericida

Indicação:

Prevenção e tratamento de úlceras /

Tratamento de feridas abertas

Contra-indicação:

Alergia

(105)

Indicação

Indicações:

úlceras por pressão, diabéticas, deiscências de ferida, cirúrgicas, etc.

Ação:

Estimula a formação do tecidos de granulação por meio de sua ação quimiostática e promove diferenciação epidérmica acelerando assim, o processo de cicatrização, de hidratação e de elasticidade da pele.

Nome Comercial:

(106)
(107)

1 - PRODUTOS DERIVADOS DO IODO

Composição:

Polivinil-pirrolidona-iodo (PVPI)

Ação:

Penetra na parede celular alterando a síntese

do ácido nucleico, através da oxidação

Indicação:

Antissepsia de pele e mucosas

peri-cateteres

Contraindicação:

Feridas abertas de qualquer

etiologia

Observações:

É neutralizado na presença de matéria

orgânica / Em lesões abertas altera o processo de

cicatrização (citotóxico para fibroblasto, macrófago

e neutrófilo) e reduz a força tensil do tecido

(108)

2 - CLOREXIDINA

Composição:

Di-gluconato de clorexidina

Ação:

Atividade germicida por destruição de

membrana citoplasmática bacteriana

Indicação:

Antissepsia de pele e mucosa

peri-cateter

Contraindicação:

Feridas abertas de qualquer

etiologia

Observações:

A atividade germicida se mantém

mesmo na presença de matéria orgânica /

Citotóxico / Reduz a força tensil tecidual

(109)
(110)

úlcera mista

(111)
(112)
(113)
(114)

SÍNDROME FOURNIER (Ferida Aguda)

Referências

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