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CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL GENTE MIÚDA NA CIDADE DE MATA, RS

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Academic year: 2021

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CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL GENTE MIÚDA

NA CIDADE DE MATA, RS

Rita de Cássia Trindade dos Santos1 Profª Drª Vânia Medianeira Flores Costa2 Marilda Olívia dos Santos Fernandes3 Gean Carlos Tomazzoni4 Luana dos Santos Fraga5 Damiana Machado de Almeida6

1. INTRODUÇÃO

A Educação Ambiental aplicada no âmbito escolar, além de ser um processo educacional sobre questões ambientais, alcança também problemas socioeconômicos, políticos, culturais e históricos pela sua interação com o meio ambiente. Sua aplicação auxilia na formação dos alunos, desenvolvendo hábitos e atitudes sadios de conservação e respeito ambiental, transformando-os em cidadãos conscientes, possibilitando pela sua abrangência a participação de professores, estudantes e comunidade.

Esta pesquisa justifica-se por servir como ferramenta de sensibilização aos docentes e para a elaboração de propostas de intervenção didática, já que a escola tem um papel fundamental no desenvolvimento do conhecimento. A Educação Ambiental deve estar presente em todos os níveis de ensino, variando de acordo com o grau limite de cada série em seu aprofundamento. Assim sendo, este trabalho tem por objetivo identificar como a Educação Ambiental vem sendo desenvolvida na Escola Municipal de Educação Infantil Gente Miúda na percepção dos professores.

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O processo de Educação Ambiental é uma adaptação contínua do homem ao ambiente e ao nicho ecológico ao qual pertence, na busca de um equilíbrio harmônico de suas relações com o meio e com as populações que o rodeiam. Nessa ótica, a educação torna-se uma forma de transformação social e não apenas um instrumento de

¹ Acadêmica de Administração (UFSM). Apresentadora. e-mail: ritasantos@mail.ufsm.br

² Professora Adjunta do Departamento de Ciências Administrativas da UFSM. Bacharel em Administração (UFSM), Mestrado em Administração (UFSC) e Doutorado em Administração (UFBA). Orientadora. e-mail: vania.costa@ufsm.br

³ Licenciada em Geografia, Centro Universitário Franciscano-UNIFRA, Santa Maria,RS e especialização em Educação Ambiental, Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil. e-mail: mo.fernan@hotmail.com.br

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Acadêmico do Curso de Administração(UFSM). Co-autor. e-mail: geant.tomazzoni@hotmail.com

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Acadêmica do Curso de Administração(UFSM). Co-autora. e-mail: luana_fraga@yahoo.com

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defesa ambiental e da cidadania. A consciência ecológica conectada à utilização sustentável dos recursos naturais gera novos princípios, valores e conceitos para uma nova racionalidade, questionando e problematizando os paradigmas científicos, com base no que foi constituída a civilização moderna (PEREIRA, 1993).

Assim, é possível compreender a Educação Ambiental como um processo de construção de valores sociais, conhecimentos e atitudes voltados para alternativas sustentáveis de desenvolvimento. Para Moreira (1995), dentro do universo escolar não se aprende somente conteúdos sobre o mundo natural e social, os alunos também adquirem consciência, disposições e sensibilidades para comandarem relações e comportamentos sociais com o objetivo de estruturar sua personalidade.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) - Temas Transversais (1998), o ensino deve ser organizado de forma que oportunize aos alunos utilizar o conhecimento sobre o meio ambiente, a fim de compreenderem a realidade e atuarem nela: nas atividades dentro da própria instituição escolar e nos movimentos da comunidade.

Dias (1994) salienta que a educação ambiental é uma alternativa que cumpre a missão de orientar as intervenções humanas no seu meio natural e social. Simboliza a busca de uma nova forma de pensar tanto na área rural como urbana na tentativa de fazer com que os agentes envolvidos percebam a visão da totalidade e não no mero papel individual dentro de sua cadeia social.

3. METODOLOGIA

Esta pesquisa constitui-se em um estudo de caso, realizado na Escola Municipal de Educação Infantil Gente Miúda, no Município de Mata, RS. Com o intuito de atingir os objetivos propostos, observaram-se os procedimentos descritos a seguir: seleção do material bibliográfico, a fim de abordar os temas pertinentes à pesquisa e informações a respeito da instituição estudada, elaboração do referencial teórico sobre a temática e construção de um instrumento investigativo de pesquisa (questionário) com questões abertas e fechadas para orientar a entrevista efetuada com os professores.

A escola pesquisada possui um total de cinco docentes, uma diretora, uma merendeira, dois serventes, e um total de 65 alunos. Para a coleta de dados foram entrevistados os cinco docentes. Os dados foram organizados, analisados e tabulados através da codificação das respostas. Para analisar as questões abertas, utilizou-se o agrupamento das respostas por aproximação e/ou complemento de ideias.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como resultado da análise dos dados obtidos apresenta-se a seguir a descrição do perfil dos professores entrevistados em sua formação e atuação profissional. Logo após destaca-se a relação entre a docência e o desenvolvimento da Educação Ambiental na Escola Gente Miúda.

4.1 Caracterização geral dos professores

O questionário que norteou a entrevista com os professores da escola teve como finalidade a caracterização dos entrevistados, observando-se diversos aspectos, como a formação profissional, o tempo de formação, a instituição em que cursou a graduação, o tempo de atuação no magistério, a disciplina que leciona, o número de séries que trabalha e o regime semanal de trabalho.

Todos os entrevistados concluíram sua graduação em instituição privada e possuem curso de Licenciatura em Pedagogia. Três professores concluíram sua formação no ano de 2008, período relativamente recente. Quanto ao número de séries trabalhadas por docente, constatou-se que os cinco entrevistados lecionam em apenas uma série. Com relação ao número de séries por professor, dois deles atendem a várias séries e dois lecionam apenas em uma série, a comprovação traduz aspectos positivos para o melhor desenvolvimento do planejamento da atividade pedagógica. Quanto ao regime semanal de trabalho, todos os entrevistados informaram que possuem regime de 20 horas/aula.

Conforme Carlos (2003), é de responsabilidade do professor conciliar as suas práticas docentes aos elementos da sociedade contemporânea, de forma que possam agregar-se positivamente no processo educativo. Assim é imprescindível que o educador esteja preparado para trabalhar conforme o nível de conhecimento e de faixa etária dos alunos, e, através de procedimentos didáticos, possa melhor adaptar o conteúdo à realidade vivida por estes.

4.2 O professor e a Educação Ambiental

Ao serem questionados sobre como a Educação Ambiental está inserida no currículo da escola, os entrevistados foram unânimes em afirmar que procuram integrar a temática: um acredita ser por meio de projetos, quatro com atividades práticas e um diz ser possível inseri-la no currículo da escola nas saídas de campo. Isso vem de encontro com o pensamento de Tuan (1980), de que os estudos ambientais precisam ser

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focados globalmente, uma visão da educação mais ampla para o meio ambiente deve envolver a comunidade, os currículos escolares e a preparação dos professores em geral. No que diz respeito a participação dos entrevistados na elaboração e/ou execução de atividades em Educação Ambiental, dos cinco somente um não participa nem da execução nem do planejamento. Reigota (1998), afirma ser preciso um trabalho em conjunto para que os resultados sejam obtidos, pois só assim poderá se chegar a uma aprendizagem satisfatória na qual todos cooperam pelo sucesso dos alunos.

Em relação à atualização profissional, todos afirmam ter interesse pelas novidades produzidas em Educação Ambiental através de: livros, revistas, jornais, televisão, cursos, encontros e congressos. Sendo que o uso de livros e televisão tiveram cinco indicações para frequentemente, como subsídios mais utilizados pelo fato de serem mais acessíveis ao professor devido ao seu baixo custo, ao contrário da participação em encontros e congressos.

Sobre o comportamento dos alunos diante das atividades de Educação Ambiental em sala de aula, cinco entrevistados consideram ótimo o nível de aceitação das atividades por parte dos alunos, quatro consideram satisfatório e nenhum mencionou a categoria insuficiente. Constatou-se que o nível de aceitação, o interesse pelas atividades e o aprendizado dos estudantes através das atividades da Educação Ambiental são positivos. Com referência aos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), observou-se que o aluno deve tomar parte espontaneamente das atividades de conservação do ambiente em que está inserido e utilizar maneiras adequadas que possa expressar na prática a valorização do meio ambiente.

A atividades em Educação Ambiental desenvolvidas pelos professores de maneira inter e multidisciplinar, constitui-se frequentemente de: passeios, palestras, filmes educativos, documentários e confecção de murais. Quanto às estratégias de ensino constatou-se que os itens frequentemente utilizados pelos professores são a leitura e a discussão de textos e questionários. A estratégia ocasionalmente utilizada é a técnica de seminários e projetos, com cinco indicações; a estratégia apontada como nunca utilizada é a solução de problemas, com cinco indicações. Percebe-se assim que os meios mencionados para as atividades em Educação Ambiental estão restritos às atividades em sala de aula, o que, para o entendimento e a disseminação da Educação Ambiental, é um aspecto negativo.

Quanto à percepção dos professores da contribuição da Educação Ambiental para a formação dos educandos destacou-se em ordem de relevância, o

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“Desenvolvimento da cidadania” seguido da “Modificação das atitudes e valores em relação ao respeito ao meio ambiente Desenvolvimento da cidadania”. Como se pode notar, cabe à escola e ao professor proporcionar debates em relação aos problemas que comprometem a realidade vivida pelo aluno e pela sua comunidade, em âmbito local e global.

CONCLUSÕES

Em resposta ao objetivo do presente estudo de identificar como a Educação Ambiental vem sendo desenvolvida na Escola Municipal de Educação Infantil Gente Miúda na percepção dos professores, constatou-se que são desenvolvidas uma série de ações em consonância com a Educação Ambiental. Esses procuram estruturar suas aulas de maneira interdisciplinar garantindo um processo educativo de qualidade e a formação do sendo crítico e reflexivo também quanto a questões ambientais. Outro item relevante está relacionado a busca de subsídios pelos docentes para a atualização em Educação Ambiental que, apesar das inovações disponíveis no mercado, ainda se restringem a revistas, televisão e jornais pelo fácil acesso e baixo custo.

Dessa forma, para que a Educação Ambiental efetive-se, é necessário que os professores estejam comprometidos com uma proposta de Educação Ambiental que não se limita ao espaço escolar. Valores, ética, cidadania, saúde, urbanização, saneamento básico, sustentabilidade dos ecossistemas estão interligados a essa área. Trabalhar isso com os estudantes da Escola Municipal de Educação Infantil Gente Miúda significa favorecer o reconhecimento de fatores e situações que ajudem a desenvolver a capacidade crítica em relação ao consumo de bens e serviços e suas consequências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Temas Transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

CARLOS, A. F. A.(Org.) A Geografia em Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2003. DIAS, G. F. Educação Ambiental Princípios e Práticas. 3.ed. São Paulo: Gaia, 1994. MOREIRA, A. F. Currículos e Programas no Brasil. Campinas: Papirus, 1995. PEREIRA, A. B. Aprendendo ecologia através da educação ambiental. Porto Alegre: Sagra. 1993.

REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. São Paulo: Cortez, 1998. TUAN, Y. F. Topofilia. São Paulo: Difel, 1980.

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