Este trabalho é financiado por Fundos FEDER através do Programa Operacional Fatores de Competitividade – COMPETE e por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto PTDC/CPE-CED/116674/2010.
CONTEXTUALIZAÇÃO (NO PROJETO)
Conhecer as perspetivas dos diretores das escolas avaliadas relativamente ao grau de satisfação com o processo de avaliação externaIdentificar o impacto e efeitos da avaliação externa na melhoria da escola em termos organizacionais, curriculares e
pedagógicos
Opção por metodologias quantitativas e qualitativas, materializadas num modelo misto de recolha de dados, com destaque para aná́lise de documentos, entrevistas e questioná́rios
OBJETO/CAMPO DE ESTUDO
entrevistas a diretores (n= 25) Amostra estratificada: regiões do país (Norte, Centro, Lisboae Vale do Tejo, Alentejo e Algarve ) Amostragem por casos múltiplos (Guerra, 2006; Pires, 1997) Avaliação de eficiência
Avaliação do impacto e efeitos Universo das escolas avaliadas Singularidade das escolas (casos aleatórios)
Bardin (2004), Bisquerra (1989), De Ketele & Rogiers (1993, 1996), Fox (1981)
tip
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aliação
Semi estruturada ou semidiretiva
permite reorientar o guião da entrevista em função das verbalizações e reações dos entrevistados nem todas as intervenções do entrevistador são
previamente determinadas
permite uma maior possibilidade de expressão dos entrevistados - as informações recolhidas refletem
melhor as suas representações o guião, na sua versão final, será sujeito a uma
ESTRATÉGIA DE RECOLHA DE DADOS (OBJETIVOS PARA OS QUAIS
A ESTRATÉGIA É ESPECIALMENTE ADEQUADA)
Adaptado de Bogdan & Biklen (1994) e Ghiglione & Matalon (1997) Reconstituição de um processo de ação, experiências ou acontecimentos do passado
Análise de um problema específico (dados, pontos de vista, sistemas de relações, funcionamento de uma organização, etc.)
Análise do sentido que os atores dão às suas práticas e aos acontecimentos com os quais são confrontados (sistemas de valores, referências normativas, interpretações em situações conflituosas, leituras que fazem
das suas próprias experiências)
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS
Adaptado de Bogdan & Biklen (1994); Ghiglione & Matalon (1997);
Me nor a m bi gu id ad
e Adequada para aprofundar um determinado domínio ou verificar a evolução de um domínio já conhecido G ra u de pr of un di da de d os el em en tos de a ná lise re co lh id os A flexibilidade e a fraca diretividade do dispositivo permite recolher os testemunhos e as interpretações dos interlocutores, respeitando os próprios quadros de referência (linguagem e categorias mentais) re co lh a de in for m açã o vá lid a Informadores privilegiados (diretores de escolas): focada num respondente influente, proeminente e bem informado da organização/comunidade possibilidade de uma perspetiva geral sobre a organização, de conhecimento da estrutura, das políticas, da história e dos planos da organização
Obter dados comparáveis entre os vários sujeitos
dimensões a considerar
1º ciclo de avaliação externa (2006-2011) 2º ciclo de avaliação externa (2011-)
impacto e efeitos da avaliação externa na melhoria da escola ao nível organizacional, curricular e pedagógico impacto e efeitos da avaliação externa na participação da comunidade nas escolas impacto e efeitos da avaliação externa na consolidação da autoavaliação institucional
grau de apropriação pelas escolas e pela comunidade dos referenciais utilizados na
avaliação institucional
Transcrição da entrevista
Construção das sinopses das entrevistas
Análise descritiva: análise tipológica, categorial e temática aprofundada
Análise interpretativa: as “hipóteses explicativas” e os “ideais-tipo” (fase exploratória de organização das “hipóteses explicativas” do fenómeno; investigação analítica no sentido
da construção de um modelo científico de interpretação dos
resultados)
Leitura das entrevistas
PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE DADOS
Análise tipológica
Método de excelência Ordenar os materiais, classificá-los segundo
critérios pertinentes, encontrar as dimensões de semelhanças e diferenças, as variáveis mais frequentes e particulares
TIPOS:
1) Construção de tipologias por semelhança (reagrupar por critérios de proximidade de conteúdo – sujeitos, fenómenos, opiniões, etc.)
em agrupamentos exclusivos (dimensões de análise não são cumulativas) 2) Análise categorial (identificação das unidades
pertinentes que influenciam determinado fenómeno em estudo, “reduzindo o espaço de
atributos” de forma a “sacar” apenas as variáveis explicativas pertinentes)
Análise categorial
Identificação das variáveis cuja dinâmica é potencialmente explicativa de um fenómeno Percorrer os dados na procura de regularidades e
padrões, bem como de tópicos presentes nos dados
CATEGORIZAÇÃO EMERGENTE: trabalho analítico de comparação constante dos dados e abstração progressiva; identificação das categorias indígenas,
sucessiva redefinição à medida que vão sendo introduzidos novos dados e comparação constante e
posterior redução e abstração dando origem à emergência de categorias teóricas ou concetuais;
acesso a diversos campos experienciais característicos das organizações CATEGORIZAÇÃO PREDETERMINADA
Bogdan & Biklen (1994); Demazière e Dubar (1997); Ghiglione & Matalon (1993); Guerra (2006); Poirier & Valladon (1983); Schnapper (1999)
PRINCÍPIOS ORIENTADORES: indução, codificação aberta
e teorização (essenciais para gerar uma teoria local,
ancorada nos factos)
Indutivo: pressupõe a inexistência de categorias preestabelecidas, devendo ser identificadas a partir
dos dados categorias que inicialmente são descritivas,
indígenas, mas que progressivamente vão sendo
redefinidas (processo de comparação constante), organizadas e reduzidas até à definição da estrutura categorial final que supõe a identificação de
categorias mais abstratas
Categorização aberta: permite que um mesmo conteúdo seja suscetível de ser integrado em
mais do que uma categoria e estabelecer relações entre categorias que dêem acesso a
análises e compreensões da realidade estudada com um
alcance mais geral
Teorização: pressupõe a passagem das categorias descritivas ou indígenas às categorias sábias, através de um processo de redução de categorias
e abstração progressiva
Demazière e Dubar (1997); Huberman & Miles (1991); Maroy (1997); Strauss e Corbin (1991)
texto interpretativo
articula as lógicas e os sentidos dos sujeitos participantes no estudo com o quadro teórico diversificado que considerámos relevante
mobilizar para documentar, sustentar e triangular a nossa interpretação
análise estrutural do discurso modo de acesso importante aos sistemas de sentido, às lógicas subjacentes aos processos de formação e construção de
identidade(s) que queremos compreender e interpretar
ESPECIFICIDADES
processo indutivo de codificação e de comparaçãoconstante
Identificar campos emergentes (níveis de análise) presentes em todas as narrativas, estruturantes dos sentidos vividos e expressos
das trajetórias, das prá́ticas e das expectativas dos diretores
Bertaux (1997); Barthes (1981); Demazière & Dubar (1997); Denzin (1970, 1994); Hiernaux (1997)
NA PRÁTICA (OBJETIVOS GERAIS DA ENTREVISTA)
Analisar a perspetiva de desenvolvimento organizacional defendida pelaequipa diretiva/diretor(a)
Identificar as dinâmicas envolventes da comunidade escolar
Avaliar mudanças nas práticas pedagógicas decorrentes do processo de avaliação externa
Perceber quais os fatores que contribuem para o autodesenvolvimento profissional docente
PROPOSTA DE ALGUMAS DIMENSÕES A CONSIDERAR
mudanças organizacionais, curriculares e pedagógicas
Desafios da escola/ agrupamento Estilo de liderança do(a) diretor(a) Estrutura organizacional da escola/ agrupamento
Contributo do processo de avaliação externa
Processo de autoavaliação Sucesso escolar e qualidade de ensino (evidências) Implicações para o corpo docente (compromisso com a missão, valores e visão)
Relações com a comunidade educativa
Grau de satisfação
e feedback
Participação ativa e
envolvimento
ALGUMAS QUESTÕES
Que opções têm sido tomadas no âmbito da autonomia
pedagógica? Como descreve a cultura atual
de escola? Que alterações significativas
regista nos últimos dois a cinco anos?
No âmbito da atual política de diferenciação, o que pensa sobre o reconhecimento da
escola a nível local/regional/nacional?
Quais os maiores desafios com que a escola é confrontada? Como reagiu face aos desafios e
contextos atuais (alterações legislativas/crise económica/classificações em exames) no sentido de promover
um maior sucesso da escola e dos alunos?
Quais as maiores barreiras ao sucesso das aprendizagens
dos alunos?
Considerando o conceito de sucesso que enunciou, que importância atribui e como gere a relação com pais /encarregados de educação
/famílias, a comunidade (parcerias) e os diretores de
outras escolas?
Em termos curriculares e pedagógicos, quais considera
terem sido as maiores alterações decorrentes do
processo de avaliação externa?