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#Apostila SANEAGO - Agente de Saneamento e Agente de Operação (2017)

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Academic year: 2021

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SANEAGO

Agente de Operação e Agente de Saneamento

Edital N. 01/2017

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Título da obra: Saneamento de Goiás S.A. - SANEAGO

Cargo: Agente de Operação e Agente de Saneamento

(Baseado no Edital N. 01/2017)

• Língua Portuguesa

• Matemática

• Noções de Informática

• Conhecimentos Gerais

Gestão de Conteúdos

Emanuela Amaral de Souza

Diagramação

Elaine Cristina

Igor de Oliveira

Camila Lopes

Produção Editoral

Suelen Domenica Pereira

Capa

Joel Ferreira dos Santos

Editoração Eletrônica

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Língua Portuguesa

1. Leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros: efeitos de sentido, hierarquia dos sentidos do texto, situação comunicativa, pressuposição, inferência, ambiguidade, ironia, figurativização, polissemia, intertextualidade, linguagem não verbal. ...01 2. Modos de organização do texto: descrição, narração, exposição, argumentação, diálogo e esquemas retóricos (enumeração de ideias, relações de causa e consequência, comparação, gradação, oposição, etc.). ...01 3. Estrutura textual: progressão temática, parágrafo, período, oração, pontuação, tipos de discurso, mecanismos de estabelecimento da coerência, coesão lexical e conexão sintática. ...39 4. Gêneros textuais: análise das características composicionais de editorial, notícia, reportagem, resenha, crônica, carta, artigo de opinião, relatório, parecer, ofício, charge, tira, pintura, placa, propaganda institucional/educacional, etc. .... 62 5. Estilo e registro: variedades linguísticas, formalidade e informalidade, formas de tratamento, propriedade lexical, adequação comunicativa. ...71 6. Língua padrão: ortografia, formação de palavras, pronome, advérbio, adjetivo, conjunção, preposição, regência, concordância nominal e verbal. ...75

Matemática

1. Conjuntos Numéricos: Números naturais e números inteiros: operações, relação de ordem, divisibilidade, máximo divisor comum, mínimo múltiplo comum e decomposição em fatores primos; Números racionais e irracionais: operações, relação de ordem, propriedades e valor absoluto; Números complexos: conceito, operações e representação geométrica; Situações-problema envolvendo conjuntos numéricos. ...01 2. Progressão Aritmética e Progressão Geométrica: Razão, termo geral e soma dos termos; Situações-problema envolvendo progressões. ...07 3. Noções de Matemática Financeira: Razão e Proporção; Porcentagem; Juros simples e composto. ...15 4. Equações e Inequações: Conceito; Resolução e discussão. ...30 5. Funções: Conceito e representação gráfica das funções: afim, quadrática, exponencial e modulares; Situações-problema envolvendo funções. ...35 6. Sistemas de equações: Conceito; Resolução, discussão e representação geométrica; Situações-problema envolvendo sistemas de equações. ...41 7. Análise Combinatória: Princípio fundamental de contagem; Combinações e permutações; Situações-problema envolvendo análise combinatória. ...41 8. Noções de Estatística: Apresentação de dados estatísticos: tabelas e gráficos; Medidas de centralidade: média aritmética, média ponderada, mediana e moda. ...50 9. Geometria: Figuras geométricas planas: ângulos, retas, polígonos, circunferências e círculos; Relações métricas nos polígonos; Perímetro de polígono e comprimento de circunferência; Área de polígono e do círculo; Resolução de problemas envolvendo geometria. ...65

Noções de Informática

1. Sistemas operacionais Windows: recursos básicos de utilização: janelas, menus, atalhos, ajuda e suporte gerencia-mento de pastas e arquivos; pesquisas e localização de conteúdo; gerenciagerencia-mento de impressão; instalação e remoção de programas; configuração no Painel de Controle; configuração de dispositivos de hardware; configuração de aplica-tivos. ...01 2. Aplicativos para edição de textos por meio de software livre e de software comercial: ambiente do software; opera-ções básicas com documentos; edição e formatação do texto; tratamento de fontes de texto; verificação ortográfica e gramatical; impressão; utilização de legendas, índices e figuras. ...12 3. Navegadores de Internet e serviços de busca na Web: redes de computadores e Internet; elementos da interface dos principais navegadores de Internet; navegação e exibição de sítios Web; utilização e gerenciamento dos principais navegadores de Internet. ...61 4. Hardware, periféricos e conhecimentos básicos de informática: tipos de computador; tipos de conectores para dis-positivos externos; disdis-positivos de entrada, saída, armazenamento e comunicação de dados. ...94

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Conhecimentos Gerais

1. Temas políticos, econômicos e sociais em evidência no mundo e no Brasil na atualidade; ...01

2. Desenvolvimento sustentável; ...24

3. Globalização e regionalização mundial; ...25

4. Mercado Comum do Sul (Mercosul) e política externa brasileira; ...26

5. Fontes energéticas; ...26

6. Os recursos hídricos no Brasil; ...27

7. Aspectos étnicos, geográficos, históricos, culturais e administrativos do Brasil. ...28

8. Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacionalidade, cidadania, direitos políticos. ...37

9. Organização político-administrativa: União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios. ...67

10. Poder Legislativo: Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, deputados e senadores. ... 75

11. Poder Executivo: atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado. ...87

12. Poder Judiciário: competências...90

13. Noções de organização administrativa: administração direta e indireta; autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. ...101

História e Geografia de Goiás

Em atendimento à Lei Nº 14.911 de 11 de agosto de 2004, serão cobrados conhecimentos de História Política, Econômica e Social do Estado de Goiás; Cultura Goiana; Aspectos Ambientais da Geografia do Estado de Goiás; Regionalização e Caracterização das Regiões Goianas; Urbanização, Migração e Densidade Populacional do Estado de Goiás; Realidade Étnica e Social do Estado de Goiás. ...01

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Médio

1. Leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros: efeitos de sentido, hierarquia dos sentidos do texto, situação comunicativa, pressuposição, inferência, ambiguidade, ironia, figurativização, polissemia, intertextualidade, linguagem não verbal. ...01 2. Modos de organização do texto: descrição, narração, exposição, argumentação, diálogo e esquemas retóricos (enumeração de ideias, relações de causa e consequência, comparação, gradação, oposição, etc.). ...01 3. Estrutura textual: progressão temática, parágrafo, período, oração, pontuação, tipos de discurso, mecanismos de estabelecimento da coerência, coesão lexical e conexão sintática. ...39 4. Gêneros textuais: análise das características composicionais de editorial, notícia, reportagem, resenha, crônica, carta, artigo de opinião, relatório, parecer, ofício, charge, tira, pintura, placa, propaganda institucional/educacional, etc. .... 62 5. Estilo e registro: variedades linguísticas, formalidade e informalidade, formas de tratamento, propriedade lexical, adequação comunicativa. ...71 6. Língua padrão: ortografia, formação de palavras, pronome, advérbio, adjetivo, conjunção, preposição, regência, concordância nominal e verbal. ...75

Superior

1. Leitura e análise de textos de diferentes gêneros textuais. Linguagem verbal e não verbal. Mecanismos de produção de sentidos nos textos: polissemia, ironia, comparação, ambiguidade, citação, inferência, pressuposto. Significados contextuais das expressões linguísticas. ...01 2. Organização do texto: fatores de textualidade (coesão, coerência, intertextualidade, informatividade, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade). Progressão temática. Sequências textuais: descritiva, narrativa, argumentativa, injuntiva, dialogal. Tipos de argumento. Funcionalidade e características dos gêneros textuais oficiais: ofício, memorando, e-mail, carta comercial, aviso, e-mail etc. Uso dos pronomes. Pontuação. Características dos diferentes discursos (jornalístico, político, acadêmico, publicitário, literário, científico, etc.). ...01 3. Organização da frase: Processos de coordenação e de subordinação. Verbos que constituem predicado e verbos que não constituem predicado. Tempos e modos verbais. Concordância verbal e nominal. Regência dos nomes e dos verbos. Constituição e funcionalidade do Sujeito. ...39 4. Classes de palavras. Formação das palavras. Composição, derivação. Ortografia oficial. Fonemas Acentuação gráfica. ...75 5. Variação linguística: estilística, sociocultural, geográfica, histórica. Variação entre modalidades da língua (fala e escrita). Norma e uso. ...71

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1. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS: EFEITOS DE SENTIDO, HIERARQUIA DOS SENTIDOS DO TEXTO, SITUAÇÃO COMUNICATIVA,

PRESSUPOSIÇÃO, INFERÊNCIA, AMBIGUIDADE, IRONIA, FIGURATIVIZAÇÃO, POLISSEMIA, INTERTEXTUALIDADE, LINGUAGEM NÃO VERBAL.

2. MODOS DE ORGANIZAÇÃO DO TEXTO: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, EXPOSIÇÃO, ARGUMENTAÇÃO, DIÁLOGO E ESQUEMAS RETÓRICOS (ENUMERAÇÃO DE IDEIAS, RELAÇÕES DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA, COMPARAÇÃO, GRADAÇÃO, OPOSIÇÃO,

ETC.).

1. LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS TEXTUAIS. LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL. MECANISMOS DE PRODUÇÃO DE SENTIDOS

NOS TEXTOS: POLISSEMIA, IRONIA, COMPARAÇÃO, AMBIGUIDADE, CITAÇÃO, INFERÊNCIA, PRESSUPOSTO. SIGNIFICADOS CONTEXTUAIS DAS EXPRESSÕES

LINGUÍSTICAS.

2. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO: FATORES DE TEXTUALIDADE (COESÃO, COERÊNCIA, INTERTEXTUALIDADE, INFORMATIVIDADE, INTENCIONALIDADE, ACEITABILIDADE,

SITUACIONALIDADE). PROGRESSÃO TEMÁTICA. SEQUÊNCIAS TEXTUAIS: DESCRITIVA, NARRATIVA, ARGUMENTATIVA, INJUNTIVA, DIALOGAL. TIPOS DE ARGUMENTO. FUNCIONALIDADE E CARACTERÍSTICAS DOS GÊNEROS TEXTUAIS OFICIAIS: OFÍCIO, MEMORANDO, E-MAIL, CARTA COMERCIAL, AVISO, E-MAIL ETC. USO DOS PRONOMES. PONTUAÇÃO. CARACTERÍSTICAS DOS DIFERENTES DISCURSOS (JORNALÍSTICO, POLÍTICO, ACADÊMICO, PUBLICITÁRIO, LITERÁRIO,

CIENTÍFICO, ETC.).

É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às questões relacionadas a textos.

Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar ).

Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.

Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclare-cimento das questões apresentadas na prova.

Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:

- Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).

- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. - Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. - Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo.

- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.

Condições básicas para interpretar

Fazem-se necessários:

- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico;

Observação – na semântica (significado das palavras) incluem--se: homônimos e parônimos, denotação e conotação,

sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. - Capacidade de observação e de síntese e

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Interpretar X compreender

Interpretar significa

- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. - Através do texto, infere-se que...

- É possível deduzir que... - O autor permite concluir que...

- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Compreender significa

- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito.

- o texto diz que...

- é sugerido pelo autor que...

- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... - o narrador afirma...

Erros de interpretação

É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são:

- Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do con-texto, acrescentado ideias que não estão no con-texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.

- Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um con-junto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido.

- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrá-rias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.

Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais.

Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que

relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na inter-pretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:

- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase.

- qual (neutro) idem ao anterior. - quem (pessoa)

- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. - como (modo) - onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo:

Falou tudo QUANTO queria (correto)

Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ).

Dicas para melhorar a interpretação de textos

- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;

- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;

- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos duas vezes;

- Inferir;

- Voltar ao texto quantas vezes precisar;

- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;

- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão;

- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;

- O autor defende ideias e você deve percebê-las. Fonte: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-gues/como-interpretar-textos

QUESTÕES

1-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

A marca da solidão

Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den-tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.

(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua atenção é

(A) fresta. (B) marca. (C) alma. (D) solidão. (E) penumbra.

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2-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-PE/2012)

O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a to-talidade do universo, toda a sociedade, a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.

Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual “O riso”.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2010)

Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atin-giu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge uma explicação oficial satisfatória para o corte abrupto e ge-neralizado de energia no final de 2009.

Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétri-ca (ANEEL), a responsabilidade reElétri-cai sobre a empresa estatal Furnas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de 900 km que separam Itaipu de São Paulo.

Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de inves-timentos e também erros operacionais conspiraram para pro-duzir a mais séria falha do sistema de geração e distribuição de energia do país desde o traumático racionamento de 2001.

Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações). Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto acima apresentado, julgue os próximos itens.

A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país” tem, nesse contexto, valor restritivo.

( ) CERTO ( ) ERRADO 4-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)

Um carteiro chega ao portão do hospício e grita: — Carta para o 9.326!!!

Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em

branco, e um outro pergunta: — Quem te mandou essa carta? — Minha irmã.

— Mas por que não está escrito nada?

— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!

Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adaptações).

O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto aci-ma decorre

A) da identificação numérica atribuída ao louco. B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a car-ta no hospício.

C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a carta.

D) da explicação dada pelo louco para a carta em bran-co.

E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.

5-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV PROJETOS/2010)

Painel do leitor (Carta do leitor) Resgate no Chile

Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de salvamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.

Um a um os mineiros soterrados foram içados com su-cesso, mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimen-tando seus companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram à equipe chilena de salvamento, num ges-to humanitário que só enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socorristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salva-mento.

(Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – pai-nel do leitor – 17/10/2010) Considerando o tipo textual apresentado, algumas ex-pressões demonstram o posicionamento pessoal do leitor diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO:

A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...”

B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.”

C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...” D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.” E) “... demonstrando coragem e desprendimento, des-ceram na mina...”

(DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às questões de números 6 a 8.

Férias na Ilha do Nanja

Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as ma-las nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissu-ras* – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...

Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, isto que já está sendo a negação da própria vida.

E eu vou para a Ilha do Nanja.

Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a namorar um moço na outra janela de outra ilha.

(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adap-tado) *fissuras: fendas, rachaduras

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6-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a ma-neira como se preparam para suas férias, a autora mostra que seus amigos estão

(A) serenos. (B) descuidados. (C) apreensivos. (D) indiferentes. (E) relaxados.

7-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar que, assim como seus amigos, a autora viaja para

(A) visitar um lugar totalmente desconhecido. (B) escapar do lugar em que está.

(C) reencontrar familiares queridos. (D) praticar esportes radicais. (E) dedicar-se ao trabalho.

8-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO – VUNESP/2013) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, “à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque” (último parágrafo), a autora sugere que viajará para um lugar

(A) repulsivo e populoso. (B) sombrio e desabitado. (C) comercial e movimentado. (D) bucólico e sossegado. (E) opressivo e agitado.

9-) (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)

Grandes metrópoles em diversos países já aderiram. E o Brasil já está falando sobre isso. O pedágio urbano divide opiniões e gera debates acalorados. Mas, afinal, o que é mais justo? O que fazer para desafogar a cidade de tantos carros? Prepare-se para o debate que está apenas começando.

(Adaptado de Superinteressante, dezembro2012, p.34) Marque N(não) para os argumentos contra o pedágio urbano; marque S(sim) para os argumentos a favor do pe-dágio urbano.

( ) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-porte público e estender as ciclovias.

( ) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas cida-des, que não resolveu os problemas do trânsito.

( ) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mundo vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.

( ) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estaciona-mento, revisão....e agora mais o pedágio?

( ) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é investido no transporte público.

( ) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pague pelo privilégio!

( ) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio ur-bano melhorou. A ordem obtida é: a) (S) (N) (N) (S) (S) (S) (N) b) (S) (N) (S) (N) (N) (S) (S) c) (N) (S) (S) (N) (S) (N) (S) d) (S) (S) (N) (S) (N) (S) (N) e) (N) (N) (S) (S) (N) (S) (N)

10-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ – ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que apresenta um dito popular que parafraseia o conteúdo ex-presso no excerto: “Se você está em casa, não pode sair. Se

você está na rua, não pode entrar”.

a) “Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come”. b) “Quando o gato sai, os ratos fazem a festa”. c) “Um dia da caça, o outro do caçador”. d) “Manda quem pode, obedece quem precisa”.

Resolução 1-)

Com palavras do próprio texto responderemos: o mun-do cabe numa fresta.

RESPOSTA: “A”. 2-)

Vamos ao texto: O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os termos relacio-nam-se. O pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.

RESPOSTA: “CERTO”. 3-)

Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo menos 1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por “o qual”, portanto, trata-se de um pronome relativo (oração su-bordinada adjetiva). Quando há presença de vírgula, temos uma adjetiva explicativa (generaliza a informação da oração principal. A construção seria: “do apagão, que atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados do país”); quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe, delimita a infor-mação – como no caso do exercício).

RESPOSTA: “CERTO’. 4-)

Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais aparece no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando”.

RESPOSTA: “D”. 5-)

Em todas as alternativas há expressões que representam a opinião do autor: Assisti ao maior espetáculo da Terra / Não se pode esquecer / gesto humanitário que só enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.

RESPOSTA: “B”. 6-)

“pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.

RESPOSTA: “C”. 7-)

Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da própria autora!

(16)

8-)

Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim. RESPOSTA: “D”.

9-)

(S) A receita gerada pelo pedágio vai melhorar o trans-porte público e estender as ciclovias.

(N) Vai ser igual ao rodízio de veículos em algumas cida-des, que não resolveu os problemas do trânsito.

(S) Se pegar no bolso do consumidor, então todo mun-do vai ter que pensar bem antes de comprar um carro.

(N) A gente já paga garagem, gasolina, seguro, estacio-namento, revisão....e agora mais o pedágio?

(N) Nós já pagamos impostos altos e o dinheiro não é investido no transporte público.

(S) Quer andar sozinho dentro do seu carro? Então pa-gue pelo privilégio!

(S) O trânsito nas cidades que instituíram o pedágio ur-bano melhorou.

S - N - S - N - N - S - S RESPOSTA: “B”.

10-)

Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a ideia do excerto (não há muita saída, não há escolhas) é: “Se você está em casa, não pode sair. Se você está na rua, não pode entrar”.

RESPOSTA: “A”.

Linguagem Verbal e Não Verbal

Linguagem é a capacidade que possuímos de expres-sar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. Está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há co-municação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se va-lem os indivíduos para comunicar-se.

A linguagem pode ser:

- Verbal: aquela que faz uso das palavras para comuni-car algo.

As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a infor-mação).

- Não Verbal: aquela que utiliza outros métodos de co-municação, que não são as palavras. Dentre elas estão a lin-guagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linlin-guagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.

Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comuni-car o que representam.

A Língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticais que possibilitam que deter-minado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por exemplo: falantes da língua portuguesa.

A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela for-ma de expressão. Por outro lado, não é possível criar ufor-ma lín-gua particular e exigir que outros falantes a compreendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira particular a língua comunitária, originando a fala. A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da lín-gua, mas é suficientemente ampla para permitir um exercício criativo da comunicação. Um indivíduo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira:

A família de Regina era paupérrima.

Outro, no entanto, pode optar por:

A família de Regina era muito pobre.

As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além dis-so, que essas manifestações devem obedecer às regras gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de produzir enunciados incompreensíveis como:

Família a paupérrima de era Regina.

Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um está-gio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mí-micas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais discipli-nado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:

- Fatores Regionais: é possível notar a diferença do por-tuguês falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, tam-bém há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.

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- Fatores Culturais: o grau de escolarização e a forma-ção cultural de um indivíduo também são fatores que cola-boram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa esco-larizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola.

- Fatores Contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura.

- Fatores Profissionais: o exercício de algumas

ativida-des requer o domínio de certas formas de língua chamadas

línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas

formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros espe-cialistas.

- Fatores Naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.

Fala

É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato indi-vidual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contex-to, sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além de conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a lin-guagem delas seja exatamente como a nossa.

Devido ao caráter individual da fala, é possível observar alguns níveis:

- Nível Coloquial-Popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua.

- Nível Formal-Culto: é o nível da fala normalmente uti-lizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais estabelecidas pela língua.

Signo

É um elemento representativo que apresenta dois aspec-tos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra

“ca-chorro”, reconhecemos a sequência de sons que formam essa

palavra. Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o

signi-ficante do signo “cachorro”. Quando escutamos essa palavra,

logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse conceito que nos vem à mente é o significado do signo “cachorro” e também se encontra armazenado em nossa memória.

Ao empregar os signos que formam a nossa língua, de-vemos obedecer às regras gramaticais convencionadas pela própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível colocar o artigo indefinido “um” diante do signo “cachorro”, forman-do a sequência “um cachorro”, o mesmo não seria possível se quiséssemos colocar o artigo “uma” diante do signo

“ca-chorro”. A sequência “uma cachorro” contraria uma regra de

concordância da língua portuguesa, o que faz com que essa sentença seja rejeitada. Os signos que constituem a língua obedecem a padrões determinados de organização. O co-nhecimento de uma língua engloba tanto a identificação de seus signos, como também o uso adequado de suas regras combinatórias.

Signo: elemento representativo que possui duas partes

indissolúveis: significado e significante. Significado (é o

con-ceito, a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata do signo) + Significante (é a imagem sonora, a forma, a parte concreta do signo, suas letras e seus fonemas).

Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que

obedecem às regras gramaticais.

Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade e ao

desenvolvimento da liberdade de expressão e compreensão.

Efeitos de Ironia em Textos

A ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, dei-xando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Literatura, a ironia é a arte de gozar com alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reação do leitor, ouvinte ou interlo-cutor.

Ela pode ser utilizada, entre outras formas, com o obje-tivo de denunciar, de criticar ou de censurar algo. Para tal, o locutor descreve a realidade com termos aparentemente valorizantes, mas com a finalidade de desvalorizar. A ironia convida o leitor ou o ouvinte, a ser ativo durante a leitura, para refletir sobre o tema e escolher uma determinada po-sição.

A maior parte das teorias de retórica distingue três tipos de ironia: oral, dramática e de situação.

- A ironia oral é a disparidade entre a expressão e a intenção: quando um locutor diz uma coisa mas pretende expressar outra, ou então quando um significado literal é contrário para atingir o efeito desejado.

- A ironia dramática (ou sátira) é a disparidade entre a expressão e a compreensão/cognição: quando uma palavra ou uma ação põe uma questão em jogo e a plateia entende o significado da situação, mas a personagem não.

- A ironia de situação é a disparidade existente entre a intenção e o resultado: quando o resultado de uma ação é contrário ao desejo ou efeito esperado. Da mesma maneira, a ironia infinita é a disparidade entre o desejo humano e as duras realidades do mundo externo.

Exemplo:

__Você está intolerante hoje. __Não diga, meu amor!

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É também um estilo de linguagem caracterizado por subverter o símbolo que, a princípio, representa. A ironia utiliza-se como uma forma de linguagem pré-estabelecida para, a partir e de dentro dela, contestá-la.

Foi utilizada por Sócrates, na Grécia Antiga, como ferra-menta para fazer os seus interlocutures entrarem em contra-dição, no seu método socrático.

Leia este trecho escrito por Murilo Mendes:

“Uma moça nossa vizinha dedilhava admiravelmente mal ao piano alguns estudos de Litz”.

Observe que a expressão “admiravelmente” é exatamen-te o oposto do adjetivo posexatamen-terior “mal”, deixando bastanexatamen-te clara a presença da ironia ou antífrase, figura de linguagem que expressa um sentido contrário ao significado habitual.

Segundo Pires, existem três tipos de ironia: - asteísmo: quando louva;

- sarcasmo: quando zomba;

- antífrase: quando engrandece ideias funestas, erra-das, fora de propósito e quando se faz uso carinhoso de ter-mos ofensivos.

Veja exemplos na literatura:

“Moça linda bem tratada, três séculos de família, burra como uma porta: um amor! (Mário de Andrade)

“A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar crianças”. (Monteiro Lobato)

Exemplo em textos falados:

“Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou tudo o que estava gravado?”

“Essa cômoda está tão limpinha que dá para escrever com o dedo.”

“João é tão experto que travou o carro com a chave den-tro.”

O contexto é de fundamental importância para a com-preensão da ironia, pois, inserindo a situação onde a fala foi produzida e a entonação do falante, determinamos em que sentido as palavras estão empregadas. Veja estes exemplos:

“Olá, Carlos. Como você está em forma!” “Meus parabéns pelo seu belo serviço!”

As duas frases só podem ser compreendidas ironica-mente se a entonação da voz se der nas palavras “forma” e

“belo”. Entretanto, isso não seria necessário se inseríssemos

essas afirmações nos seguintes contextos:

Frase 1 – Carlos está pesando atualmente 140 kilos. Frase 2 – O funcionário elogiado é um segurança que

dormiu em serviço e, por isso, não viu o meliante que rou-bou todo o dinheiro da empresa.

Não seria necessário inserir o contexto na frase 1, se a reformularmos da seguinte maneira:

“Olá, Carlos! Como você está em forma… de baleia!” Portanto, definimos como ironia a figura de linguagem que afirma o contrário do que se quer dizer.

São avaliadas diversas situações onde a ironia se apresenta nas suas mais variadas formas, buscando apontar as melhores direções para o uso da mesma e quando se deve evitar a utili-zação dela. Os resultados obtidos nessa avaliação não são de caráter totalmente conclusivo, sua função real é apresentar um panorama sobre a adequação do uso desta figura semântica. É necessário também ressaltar que como base para essa análise foi utilizado apenas material teórico, ou seja, sem nenhuma ex-periência prática. Por fim busca-se mostrar que a ironia é uma “arma” que se utilizada de uma maneira inteligente possui um grande valor.

Jornalismo, Literatura, Política e até mesmo em cenas coti-dianas como conversas entre amigos ou no trabalho a ironia se faz presente muitas vezes.

Definir essa figura semântica nos leva a percorrer diversos caminhos, pois se trata de algo com múltiplas faces e conse-quentemente com várias teorias e linhas de pensamentos.

Além da velha definição de ironia que é dizer uma coisa e dar a entender o contrário pode-se também a definir de outras maneiras como, por exemplo, a busca por dizer algo que venha a instigar uma série de interpretações subversivas sobre o que foi dito. Ter domínio do bom senso e alguma noção sobre ética é importante para ser irônico sem ser ofensivo, para ser

“escra-chado” e mesmo assim ser inteligente, para usar essa ferramenta

como algo enriquecedor no contexto determinado.

O fato de ser irônico gera muitas controvérsias, certo des-contentamento, normalmente ligado a dificuldade de entendi-mento dessa figura linguística, o que nos remete a outras ques-tões como raciocínio lógico, senso de humor e mente aberta.

A ironia realmente está quase que totalmente interligada com o humor, dentre as várias formas do mesmo, até pode se dizer que é preciso um certo refinamento de humor para en-tender grande parte das questões onde se emprega elementos irônicos. Outra questão importante a ser ressaltada é o fato do domínio de contexto/situação para que possa haver uma melhor compreensão da ideia que está se tentando passar ao se expres-sar ironicamente, havendo isso ocorre uma facilitação maior que vai possibilitar uma melhor interação entre todas as partes.

A ironia é definida por muitos teóricos como a figura de linguagem mais interessante que existe, tanto pelo seu caráter ousado e desafiador, mas também pela grande possibilidade de enriquecimento da fala e escrita. Seu uso feito de forma ade-quada possui uma tendência muito forte de ser o diferencial do trabalho ou situação, sempre tendo em vista todas essas ques-tões contextuais e as consequências de empregar corretamente esse elemento linguístico. Por se tratar de um elemento linguís-tico com uma enorme possibilidade de uso nas mais variadas formas, compreender um pouco das questões do surgimen-to da ironia e das relações desta com as situações onde é empregada, se torna fundamental, não só para uma melhor compreensão, mas também para uma melhor utilização,que assim terá uma maior tendência de ser melhor absorvida pela outra(s) parte(s) do diálogo.

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A ironia pode ser considerada o elemento de lingua-gem mais provocador que existe. Seu uso na maioria das vezes visa mesmo fazer uso dessas provocações geradas por essa figura linguística. Por isso mesmo é necessário muito cuidado ao ser irônico, pois a compreensão por parte de todos depende primeiramente da forma com que a ironia é passada. A observação bem feita do contexto/situação onde está ocorrendo a atividade é mais do que importante, é fundamental, caso contrário o tiro pode sair pela culatra, a arma poderosa pode ter efeito contrário e colocar por água abaixo uma série de questões relevantes. Então, ter um do-mínio mesmo que mínimo desses fatos, pode ser suficiente para uma utilização “correta” e sem maiores perigos. Bom senso também é algo totalmente relevante dentro dessas questões.

Provocante, ousada, pra muitos até irritante. Esses são

alguns dos muitos adjetivos que são dados a ironia, sendo que essa é realmente algo muito complicado de se obter uma definição final, não só pela sua amplitude mas também pela sua versatilidade.

Ambiguidade

Ela surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteú-do. Isso pode suscitar dúvidas no leitor e levá-lo a conclu-sões equivocadas na interpretação do texto. A ambiguidade é um dos problemas que podem ser evitados.

A inadequação ou a má colocação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. Observe os exemplos que seguem:

“O professor falou com o aluno parado na sala”

Neste caso, a ambiguidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar “parado na sala” logo ao lado do termo a que se refere: “Pa-rado na sala, o professor falou com o aluno”; ou “O professor falou com o aluno, que estava parado na sala”.

“A polícia cercou o ladrão do banco na Rua Santos.”

O banco ficava na Rua Santos, ou a polícia cercou o la-drão nessa rua? A ambiguidade resulta da má colocação do adjunto adverbial. Para evitar isso, coloque “na Rua Santos” mais perto do núcleo de sentido a que se refere: “Na rua

Santos, a polícia cercou o ladrão”; ou “A polícia cercou o la-drão do banco que localiza-se na rua Santos”.

“Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequên-cia apresentam sintomas de irritabilidade e depressão.”

Mais uma vez a duplicidade de sentido é provocada pela má colocação do adjunto adverbial. Assim, pode-se enten-der que “As pessoas que, com frequência, consomem bebidas

alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão”

ou que “As pessoas que consomem bebidas alcoólicas

apre-sentam, com frequência, sintomas de irritabilidade e depres-são”.

Em certos casos, a ambiguidade pode se transformar num importante recurso estilístico na construção do sentido do texto. O apelo a esse recurso pode ser fundamental para provocar o efeito polissêmico do texto. Os textos literários, de maneira geral (como romances, poemas ou crônicas), são textos com predomínio da linguagem conotativa (figurada). Nesse caso, o caráter metafórico pode derivar do emprego deliberado da ambiguidade.

Podemos verificar a presença da ambiguidade como re-curso literário analisando a letra da canção “Jack Soul

Brasilei-ro”, do compositor Lenine. Já que sou brasileiro

E que o som do pandeiro é certeiro e tem direção Já que subi nesse ringue

E o país do suingue é o país da contradição Eu canto pro rei da levada

Na lei da embolada, na língua da percussão A dança, a muganga, o dengo

A ginga do mamulengo O charme dessa nação (...)

Podemos observar que o primeiro verso (“Já que sou

brasi-leiro”) permite até três interpretações diferentes. A primeira delas

corresponde ao sentido literal do texto, em que o poeta afirma-se como brasileiro de fato. A segunda interpretação permite pensar em uma referência ao cantor e compositor Jackson do Pandeiro - o “Zé Jack” -, um dos maiores ritmistas de todos os tempos, considerado um ícone da história da música popular brasileira, de quem Lenine se diz seguidor. A terceira leitura para esse verso seria a referência à “soul music” norte-americana, que teve grande influência na música brasileira a partir da década de 1960.

Na publicidade, é possível observar o “uso e o abuso” da linguagem plurissignificante, por meio dos trocadilhos e jo-gos de palavras. Esse procedimento visa chamar a atenção do interlocutor para a mensagem. Para entender melhor, vamos analisar a seguir um anúncio publicitário, veiculado por várias revistas importantes.

Sempre presente - Ferracini Calçados

O slogan “Sempre presente” pode apresentar, de início, duas leituras possíveis: o calçado Ferracini é sempre uma boa opção para presentear alguém; ou, ainda, o calçado Ferracini está sempre presente em qualquer ocasião, já que, supõe-se, pode ser usado no dia a dia ou em uma ocasião especial.

Coesão e Coerência

Não basta conhecer o conteúdo das partes de um traba-lho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em cada parte constituinte do texto, é preciso saber escrever obedecendo às normas de coerência e coesão. Antes de mais nada, é ne-cessário definir os termos: coerência diz respeito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias, à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere-se à expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas frasais e ao emprego do vo-cabulário.

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Coerência e coesão relacionam-se com o processo de

produção e compreensão do texto. A coesão contribui para a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem construído, com frases bem estruturadas, vocabulário correto, mas apresentar ideias sem nexo, sem uma sequência lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas, sem que no plano da expressão as estruturas frasais sejam gramatical-mente aceitáveis: há coerência, mas não coesão.

A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem ori-gem nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo de cada pessoa, aliada à competência linguística. Deduz-se que é difícil ensinar coerência textual, intimamente ligada à visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. A coe-são, porém, refere-se à expressão linguística, aos processos sintáticos e gramaticais do texto.

O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão:

Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de

um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa ade-quada relação semântica, que se manifesta na compatibilida-de entre as icompatibilida-deias. (Na linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com outra”).

Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo

do texto, numa linha de sequência e com os quais se estabe-lece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo faz-se via gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical.

Coerência

- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;

- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão conceitual;

- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com o aspecto global do texto;

- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.

Coesão

- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; - situa-se na superfície do texto, estabelece conexão se-quencial;

- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as par-tes componenpar-tes do texto;

- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases.

Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibilidade ou compreensão do texto. Um texto bem redigido tem pa-rágrafos bem estruturados e articulados pelo encadeamen-to das ideias neles contidas. As estruturas frasais devem ser coerentes e gramaticalmente corretas, no que diz respeito à sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado e essa

ade-quação só se consegue pelo conhecimento dos significados possíveis de cada palavra. Talvez os erros mais comuns de redação sejam devidos à impropriedade do vocabulário e ao mau emprego dos conectivos (conjunções, que têm por fun-ção ligar uma frase ou período a outro). Eis alguns exemplos de impropriedade do vocabulário, colhidos em redações so-bre censura e os meios de comunicação e outras.

“Nosso direito é frisado na Constituição.”

Nosso direito é assegurado pela Constituição. = correta “Estabelecer os limites as quais a programação deveria estar exposta.”

Estabelecer os limites aos quais a programação deveria estar sujeita. = correta

“A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.”

A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias sensacio-nalistas ou punir os meios de comunicação que veiculam tais notícias. = correta

“Retomada das rédeas da programação.”

Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no que diz respeito à programação. = correta

O emprego de vocabulário inadequado prejudica mui-tas vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redi-gir, empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conhecimen-tos linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o sig-nificado de determinada palavra, mas não sabe empregá-la adequadamente, isso ocorre frequentemente com o empre-go dos conectivos (preposições e conjunções). Não basta saber que as preposições ligam nomes ou sintagmas nomi-nais no interior das frases e que as conjunções ligam frases dentro do período; é necessário empregar adequadamente tanto umas como outras. É bem verdade que, na maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos remete aos problemas de regência verbal e nominal.

Exemplos:

“Estar inteirada com os fatos” significa participação,

in-teração.

“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento dos

fatos, estar informada.

“Ir de encontro” significa divergir, não concordar. “Ir ao encontro” quer dizer concordar.

“Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de ideias” significa a liberdade não é ameaça;

“Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de ideias”, isto é, a liberdade fica ameaçada.

Quanto à regência verbal, convém sempre consultar um dicionário de verbos, pois muitos deles admitem duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem um signifi-cado específico. Lembre-se, a propósito, de que as dúvidas sobre o emprego da crase decorrem do fato de considerar-se craconsiderar-se como sinal de acentuação apenas, quando o pro-blema refere-se à regência nominal e verbal.

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Exemplos:

O verbo assistir admite duas regências:

assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar assis-tência (O médico assiste o doente):

Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao

jogo da seleção).

Pedir o =n(transitivo direto) significa solicitar, pleitear (Pedi

o jornal do dia).

Pedir que =,contém uma ordem (A professora pediu que

fizessem silêncio).

Pedir para = pedir permissão (Pediu para sair da classe); significa também pedir em favor de alguém (A Diretora pediu

ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, pedir algo

a alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá-lo); pode signi-ficar ainda exigir, reclamar (Os professores pedem aumento de

salário).

O mau emprego dos pronomes relativos também pode le-var à falta de coesão gramatical. Frequentemente, emprega-se

no qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da clareza do

texto; outras vezes, o emprego é desnecessário ou inadequado. “Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para mim

no qual estava sem remetente”. (Chegou com um envelope que

(o qual) estava sem remetente).

“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da

sen-sibilidade...”

Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade de-las (palavras cheias de sensibilidade).

Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das frases, aconselha-se levar em conta as seguintes sugestões para o emprego correto dos articuladores sintáticos

(conjun-ções, preposi(conjun-ções, locuções prepositivas e locuções conjuntivas).

- Para dar ideia de oposição ou contradição, a articulação sintática faz-se por meio de conjunções adversativas: mas,

po-rém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Podem também

ser empregadas as conjunções concessivas e locuções prepo-sitivas para introduzir a ideia de oposição aliada à concessão:

embora, ou muito embora, apesar de, ainda que, conquanto, posto que, a despeito de, não obstante.

- A articulação sintática de causa pode ser feita por meio de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como, por

isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem ser

em-pregadas as preposições e locuções prepositivas: por, por causa

de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência de, por motivo de, por razões de.

- O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se o

time ganhar esse jogo, será campeão. Pode-se também

expres-sar condição pelo emprego dos conectivos: caso, contanto que,

desde que, a menos que, a não ser que.

- O emprego da preposição “para” é a maneira mais co-mum de expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas de

juros para que a economia se estabilize” ou para a economia

es-tabilizar-se. “Teresa vai estudar bastante para fazer boa prova.” Há outros articuladores que expressam finalidade: a fim de,

com o propósito de, na finalidade de, com a intenção de, com o objetivo de, com o fito de, com o intuito de.

- A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio dos articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto,

pois, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso.

Para introduzir mais um argumento a favor de determinada conclusão emprega- -se ainda. Os articuladores aliás, além

do mais, além disso, além de tudo, introduzem um argumento

decisivo, cabal, apresentado como um acréscimo, para justificar de forma incontestável o argumento contrário.

- Para introduzir esclarecimentos, retificações ou desenvol-vimento do que foi dito empregam-se os articuladores: isto é,

quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção aditiva “e”

anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento do discurso, pois acrescenta uma informação nova, um dado novo, e se não acrescentar nada, é pura repetição e deve ser evitada.

- Alguns articuladores servem para estabelecer uma grada-ção entre os correspondentes de determinada escala. No alto dessa escala acham-se: mesmo, até, até mesmo; no plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo.

Correlação Verbal

Damos o nome de correlação verbal à coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação tem-poral entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais de-vem, portanto, combinar entre si.

Vejamos este exemplo:

Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.

No caso, o verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incer-teza, possibilidade, eventualidade. Assim, em que tempo o ver-bo aprender deve estar, de maneira a garantir que o período tenha lógica?

Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (apren-deria), um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afir-mação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está correto, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá.

Para tornar mais clara a questão, vejamos o mesmo exem-plo, mas sem correlação verbal:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição.

Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras ideias, fatos certos ou prováveis.

Ora, nesse caso não podemos dizer que jamais aprende-remos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a uma certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de dormir.

Correlações verbais corretas

A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes:

presente do indicativo + presente do subjuntivo: Exijo

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pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Exigi que ele fizesse o dever.

presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo: Espero que ele tenha feito o dever.

pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Queria que ele tivesse feito o dever. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo: Se você tivesse

feito o dever, eu teria lido suas respostas.

futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Quando você fizer o dever, dormirei.

futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo: Quando você fizer o dever, já terei dormido.

Atividades

1-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista ambiental Geral-do Motta.

Substituindo-se Quando por Se, os verbos sublinhados devem sofrer as seguintes alterações:

(A) entrar − vira (B) entrava − tinha visto (C) entrasse − veria (D) entraria − veria (E) entrava − teria visto

2-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-TIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas verbais está correta em:

(A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o planeta não resistiu.

(B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto po-der de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.

(C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida, o do jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse distor-ções patológicas, não haverá vícios.

(D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado tão eficientes, talvez as coisas não ficaram tão baratas.

(E) Se as pessoas não se propuserem a consumir cons-cientemente, a oferta de produtos supérfluos crescia.

3-) (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – VUNESP/2010) Assinale a alternativa que preenche adequa-damente e de acordo com a norma culta a lacuna da frase: Quando um candidato trêmulo ______ eu lhe faria a pergunta mais deliciosa de todas.

(A) entrasse (B) entraria (C) entrava (D) entrar (E) entrou

4-) (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) Se a tendência se mantiver, teremos cada vez mais...

Ao substituir o segmento grifado acima por “Caso a tendência”, a continuação que mantém a correção e o sentido da frase original é:

a) se mantenha, teremos cada vez mais... b) fosse mantida, teríamos cada vez mais... c) se manter, teremos cada vez mais... d) for mantida, teremos cada vez mais... e) seja mantida, teríamos cada vez mais...

5-) (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - AGEN-TE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - ADAPTADA) Assinale a alternativa que apresenta o trecho – ... o doutorando enviou seu estudo para a Sociedade Britânica de Psicologia para apre-ciação e não esperava que houvesse tanta publicidade. – rees-crito de acordo com a norma-padrão, com indicação de ação a se realizar e correta correlação verbal.

(A) ... o doutorando enviaria seu estudo para a Sociedade Britânica de Psicologia para apreciação e não esperava que ha-veria tanta publicidade.

(B) ... o doutorando envia seu estudo para a Sociedade Britânica de Psicologia para apreciação e não esperará que houvesse tanta publicidade.

(C) ... o doutorando enviara seu estudo para a Sociedade Britânica de Psicologia para apreciação e não esperara que ha-verá tanta publicidade.

(D) ... o doutorando enviará seu estudo para a Socieda-de Britânica Socieda-de Psicologia para apreciação e não esperará que haja tanta publicidade.

6-) (METRÔ/SP – ENGENHEIRO JÚNIOR CIVIL – FCC/2012) Está plenamente adequada a correlação entre tempos e mo-dos verbais na frase:

(A) Nem bem saí pela porta automática e subi as escadas rolantes, logo me encontraria diante da luz do sol e do ar fres-co da manhã.

(B) Eu havia presumido que aquela viagem de metrô sa-tisfizesse plenamente as expectativas que venho alimentando. (C) Se as minhocas dispusessem de olhos, provavelmente não terão reclamado por as expormos à luz do dia.

(D) Não fossem as urgências impostas pela vida moderna, não teria sido necessário acelerar tanto o ritmo de nossas via-gens urbanas.

(E) Como haveremos de comparar as antigas viagens de trem com estas que realizássemos por meio de túneis entre estações subterrâneas?

RESOLUÇÃO 1-)

Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, veria = entrasse / veria.

RESPOSTA: “C”. 2-)

Fiz as correções necessárias:

(A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o planeta não resistiu = resistirá

(B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto po-der de consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.

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