Avaliação de ciclo de vida de biodiesel:
Metodologia e a experiência Portuguesa
Fausto Freire
Com a colaboração de João Malça, Érica Castanheira, João Queiroz, Carla
Caldeira, Filipa Figueiredo e vários colegas da USP
Centro para a Ecologia Industrial
Universidade de Coimbra, Portugal
http://www2.dem.uc.pt/CenterIndustrialEcology
CENBIO-IEE, USP, 10 de Junho de 2013
Estrutura da apresentação
Parte I: Avaliação de Ciclo de Vida
• A relevância de considerar o ciclo de vida na avaliação da sustentabilidade
• Análise Energética e Avaliação Ambiental de Ciclo de Vida (ACV)
Parte II: Situação na Europa e enquadramento legislativo
Evolução da produção de biocombustíveis na Europa e matérias-primas (biodiesel) .
Directiva RED (2009/28/CE) Promoção da utilização de energia proveniente de
Porquê o Ciclo de Vida…
3
A relevância de considerar o ciclo de vida na
avaliação da sustentabilidade ,
nomeadamente de sistemas de energia.
Automóvel Elétrico,
Biocombustíveis,
Combustíveis fósseis,
Etc…
Necessidade de uma Perspetiva de Ciclo de Vida
4 4
• Redução potencial das emissões de GEE (CO2 ,CH4, N2O)
• Poupança e diversificação energética (reducão do consumo de recursos fósseis) • Utilização intensiva dos solos, de fertilizantes e pesticidas, podendo originar:
Eutrofização da água, acidificação da água e dos solos, ...
Balanço neutro de CO
2!!!
(e há outros GEE…)
CO2 , CH4, N2O Foreground Background Recursos Energia Fóssil Imp. Ambientais• Alteração do uso dos Solos (AUS)… efeitos directos e indirectos (que ocorrem quando o uso da biomassa induz AUS em outras áreas…)
Avaliação Integrada de Ciclo de Vida
5
Avaliação Ambiental de Ciclo de Vida (ACV/LCA)
Biocombustíveis Renovável? Benefícios ambientais? Alternativa
?
?
Análise Energética de
Ciclo de Vida
Necessidade de ferramentas de apoio à decisão com base
numa Avaliação da Sustentabilidade de Ciclo de Vida:
energética, ambiental, económica e social
Mas quais os benefícios energéticos,
ambientais e económicos?
A Avaliação de Ciclo de Vida
Ambiente
Recursos, matérias-primas, energia
A complexidade do(s) Ciclo(s) de Vida
7
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Raw Raw Raw Raw Raw Raw Energy Raw Energy Raw Capital Energy Raw Capital Raw Raw Raw Capital Energy Raw Use Raw A Manuf. Raw B Disp. Raw Energy Capital Capital Capital Energy Raw 8Sistemas Principal e Secundário na ACV
Ambiente Background System Foreground System Output(s) Funcional Impactes indirectos Impactes directos Produtos, Materiais, Energia Materiais/energia Recuperados (impactes evitados) Recursos primários
Análise Energética (de Ciclo de Vida)
9
•
Estabelecimento de um inventário de energia (balanços de massa e
de energia) ao longo das diversas actividades, desde a
extracção/cultivo das matérias primas até à utilização final e
retorno ao meio ambiente
•
Tipo: “well-to-tank” + “tank-to-wheels” = “well-to-wheels”
Objectivos:
– Comparação com combustíveis equivalentes de origem fóssil.
Avaliação da eficiência global de utilização da energia fóssil:
Identificação de oportunidades de melhoria e optimização
– Cálculo de parâmetros específicos
de eficiência energética
– Avaliação da
renovabilidade energética de biocombustíveis
e
comparação com os combustíveis fósseis
Eficiência Energética e redução de emissões de GEE
Na literatura de Análise Energética são utilizados diversos indicadores, sendo notória a falta de uniformidade nos conceitos:
Eficiência de Utilização da Energia Fóssil, η(euef)
Valor Líquido de Energia, VLE
Energy Requirement, Ereq
Eficiência de Renovabilidade Energética, EfRE
Eout– Energia disponibilizada pelo combustível por unidade de massa (PCI)
η(euef) = Eout/Efóssil,in
VLE = Eout– Efóssil,in
Ereq= Efóssil,in/ Eout
Metodologia de ACV (ISO 14040 e 14044, 2006)
11 Definição do objectivo e âmbito Definição do objectivo e âmbito Definição do objectivo e âmbito Análise de inventário Definição do objectivo e âmbito Avaliação de impactes Definição do objectivo e âmbito InterpretaçãoAvaliação dos potenciais impactes ambientais associados a um
produto, processo ou actividade ao longo do seu ciclo de vida.
12
Tabela de Inventário
+ impactes directos + impactes indirectos − impactes evitados = Impacte Total(...)
(...)
13
Avaliação de Impacte Ambiental (AICV)
Parâmetro de avaliação INDICADOR AUMENTO MARGINAL DE MORTALIDADE SAÚDE DEGRADAÇÃO DO ECOSSISTEMA ECO-INDICADOR CFC Pb Cd PAH DUST VOS DDT CO2 SO2 NOX P CAMADA DE OZONO METAIS PESADOS CARCINOGENIA SMOG DE VERÃO SMOG DE INVERNO Intervenção
ambiental Cat. Impacte
PESTICIDAS EFEITO DE ESTUFA ACIDIFICAÇÃO EUTROFIZAÇÃO
Parte II: Situação na Europa e enquadramento legislativo
Evolução da produção de biocombustíveis na Europa e matérias-primas (biodiesel) .
Directiva RED (2009/28/CE) Promoção da utilização de energia proveniente de
Evolução do consumo de
biocombustíveis para
transporte na UE (27) (ktep)
1520 x
(em 10 anos)
Enquadramento e Motivação
16O aumento na produção de biocombustíveis tem sido acompanhado por
uma preocupação crescente com a eficiência energética e os impactes
17
Biocombustível consumido no setor dos
transportes na UE e em PT 2010 (ktep)
Biodiesel
Capacidade instalada
UE e PT (10
3
ton)
19
Biodiesel:
Matérias-primas na UE
20
Biodiesel:
Matérias-primas em Portugal
Matéria-prima na Produção de Biocombustíveis Tipo Quantidade (toneladas)
2011 2012* Óleo de Soja 175570 155819 Óleo de Colza 147160 106767 Oleína de Palma 43685 45673 Óleo de Girassol 2587 1470 Residuos
(OAU e Gordura Animal) 7630 8561
Plano de cumprimento das metas em Portugal
•
2011 e 2012 — 5 %
•
2013 e 2014 — 5,5 %
•
2015 e 2016 — 7,5 %
•
2017 e 2018 — 9 %
•
2019 e 2020 — 10 %
Para se atingir esta meta, têm de ser construídas 1,5/2 fábricas ou ainda a expansão das actualmente existentes.
2010-2011: Produção de 400 milhões de litros de biodiesel (cerca de 5,3% de toda a energia gasta no sector dos transportes)
Se se mantiver a capacidade instalada actual as metas nacionais estão apenas garantidas até 2016.
“... em 2020 cada país da UE deve assegurar que pelo menos
10%
(em teor energético) do consumo final de energia nos
transportes é energia proveniente de fontes renováveis”
(2006)Metas de incorporação de
biocombustíveis na UE
Biocombustíveis: Enquadramento legal
•
Legislação Europeia
–
Directiva n.º 2009/28/CE de 23 de Abril –
RED
: Promoção da
utilização de energia proveniente de fontes renováveis
• Decisão da Comissão de 10 de Junho de 2010 (C 3751 (2010): cálculo
das reservas de carbono nos solos
• Comunicação da Comissão de 19 de Junho de 2010 (2010/C 160/01):
regimes voluntários e os valores por defeito no regime de sustentabilidade da UE para os biocombustíveis.
• Comunicação da Comissão de 19 de Junho de 2010 (2010/C 160/02):
Critérios de sustentabilidade
para os biocombustíveis
•
A redução das emissões de GEE em relação ao
combustível fóssil de referência: (E
F-E
B)/E
F–
35% até ao final de 2016
–
50% (2017)
–
60% (2018)
•
Produção de biocombustíveis sem impacto
negativo na biodiversidade e uso da terra.
RED
Cálculo das emissões e da redução de GEE
Emissões = e
ec+ e
l+ e
p+ e
td+ e
u– e
sca– e
ccs– e
ccr– e
eeRedução das emissões = (E
Fossil-E
Biocombustivel)/E
FossilE emissões totais da utilização do combustível (g CO2-eq/MJ)
eec emissões provenientes da extracção ou cultivo de matérias-primas;
el
contabilização anual das emissões provenientes de alterações do carbono armazenado devidas a alterações do uso do solo;
ep emissões do processamento;
etd emissões do transporte e distribuição;
eu emissões do combustível na utilização;
esca,
eccs,
eccr
redução de emissões resultante da acumulação de carbono no solo através de uma gestão agrícola melhorada; da captura e fixação de carbono e armazenamento geológico de carbono; da captura e substituição de carbono
eee redução de emissões resultante da produção excedentária de electricidade na co-geração.
27
Parte III: Exemplos da aplicação da ACV aos biodiesel
em Portugal (
soja, colza, palma óleos alimentares usados)
I- Meta-Análise de estudos de Avaliação de ciclo de vida do biodiesel da Colza II- Avaliação de ciclo de vida dos GEE do biodiesel de soja produzido em
Portugal. Estudo para a APPB
III- ACV Comparativa com óleos alimentares usados (OAU).
Analise de ACV ao biodiesel incorporando incerteza (método de Monte Carlo) ACV do óleo de palma (Colômbia)
ACV do óleo de girassol (Portugal, Grécia).
Avaliação energética, ambiental e económica: MCDA e optimização.
• Outros biocombustíveis analisados: e.g. bioetanol do trigo e da Beterraba, …
I- Meta-Análise de estudos de Avaliação
de ciclo de vida do biodiesel da Colza
Malça J; Freire F (2011). Life-cycle studies of biodiesel in Europe: A review addressing the variability
Gasóleo (Fossil Diesel)
Meta-Análise de estudos de Avaliação de
ciclo de vida do biodiesel da Colza
Resultados (GEE, Ereq) muito diferentes nos vários estudos…
Necessidade de uma metodologia robusta para o cálculo dos GEE.
ESTUDOS DE CV DE BIODIESEL DIVIDIDOS EM 3 GRUPOS
Meta-Análise de estudos de Avaliação
de ciclo de vida do biodiesel da Colza
31
II- ACV dos GEE do biodiesel de soja
produzido em Portugal
•
Estudo realizado pelo
Centro para a Ecologia Industrial da
Universidade de Coimbra
para a
APPB (Associação Portuguesa
de Produtores de Biocombustíveis)
•
Empresas associadas da APPB (Grupo técnico):
–
Prio Biocombustíveis S.A. - Grupo Martifer
–
Fábrica Torrejana de Biocombustíveis, S.A.
–
Biovegetal – Combustíveis Biológicos e Vegetais, S.A. - Grupo SGC
–
Sovena Oilseeds Portugal, S.A. - Grupo Nutrinveste
II- Avaliação de ciclo de vida dos GEE do
biodiesel de soja produzido em Portugal
Objectivos do Estudo:
–
Verificação do cumprimento dos critérios de
sustentabilidade (GEE) do biodiesel de soja produzido em
Portugal
–
Análise da metodologia de cálculo dos GEE da RED,
nomeadamente da abordagem adoptada para lidar com a
multifuncionalidade na cadeia do biodiesel de soja
–
Análise de possíveis cenários de AUS (alteração do uso do
solo)
III- ACV do biodiesel produzido em Portugal com base em 2
matérias-primas: Óleos Alimentares Usados (OAU) e soja:
•
Objetivo e âmbito
•
Modelo e inventário de ciclo de vida (biodiesel: OAU e soja),
•
Avaliação de Impactes de Ciclo de Vida (AICV)
Objectivo e Âmbito
Avaliação ambiental de ciclo de vida
do biodiesel produzido em Portugal
com base em 2 tipos de matérias-primas (OAU e soja),
analisandodiferentes cenários e caracterizando as fases/processos mais relevantes de modo a identificar oportunidades para a redução dos impactes ambientais.
1-Modelo e inventário de ciclo de vida (biodiesel: OAU e soja), considerando:
- Diferentes cenários para a recolha dos OAU (no sector domético e HoReCa);
- Diferentes sistemas de cultivo, transporte e cenários para a alteração do uso dos solos (AUS) decorrente da expansão do cultivo da soja;
- análise de sensibilidade a diferentes métodos de atribuição de impactes entre os co-produtos (substituição e alocação mássica, energética e económica).
2-Avaliação de Impactes de Ciclo de Vida (AICV) (método ReCiPe) comparando os 2 tipos de biodiesel (OAU e soja).
3- Comparação dos resultados (GEE) desta ACV com os valores (típicos) da RED.
35
Modelo e Inventário de Ciclo de Vida de Biodiesel
36
Várias teses PHD/projectos FCT.
Projeto APPB (5 empresas de Biodiesel e 2 de extração de óleo)
Tese MSc Queiroz (2012) Tese PhD da Carla Caldeira
37
Sector Recolha Local Tipo de dados Situação de recolha Tipo de transporte L gasóleo/ km L OAU/ km L gasóleo/ 1000 L OAU Doméstico Oleões Mealhada
Pessimista Mea_Pes Veículo de passageiros +20% 0,09 1,3 70 Média Mea_Med 3,6 24 Optimista Mea_Opt 5,2 17 Coimbra
Mínimo Cbr_Min Veículo de passageiros +20% 0,09 3,3 27 Médio Cbr_Med 9,6 9 Máximo Cbr_Max 22,3 4 Sintra Pessimista Snt_Pes Camião 3,5t-7,5t 0,16 4,9 33 Média Snt_Med 9,9 16 Optimista Snt_Opt 14,9 11 Porta-a-porta Bairro Norton de Matos Baixa densidade populacional PP_BNM Veículo de passageiros +20% 0,09 1,1 83 Quinta da Portela Alta densidade populacional PP_QP 3,8 23 Angra do Heroísmo Pessimista PP_AH_Pes 2,3 39 Média PP_AH_Med 3,3 27 Optimista PP_AH_Opt 3,9 22
HoReCa Oleões Restaurantes Coimbra-(Reciol)
Mínimo Rest_Min Veículo de passageiros +20% 0,09 1,2 75 Médio Rest_Med 1,6 54 Máximo Rest_Max 1,9 46
Biodiesel OAU: Cenários de recolha
Análise estatística: recolha- Oleões Coimbra
0 250 500 750 1000 1250 1500 0 20 40 60 80 100 120 L OAU recolhido km percorridos 15,0 20,0 25,0 L OAU/ km 8
Modelo e Inventário de Ciclo de Vida – Biodiesel OAU
39Pré-tratamento de OAU
Transesterificação
Filtrar OAU Remoção de água e impurezas Esterificação ácida Purificação do óleo Principais Inputs(adaptado Jungbluth et al, 2007) Valores Unidades
OAU 1,008 kg Metanol 0,027 kg Ácido Sulfúrico 0,002 kg Glicerina 0,106 kg Gás Natural 0,773 MJ Electricidade (Mix PT 2010) 0,051 kWh
Produto Valor Unidades
OAU tratado 1 kg
Foi assumido que o processo de transesterificação de OAU é idêntico ao do biodiesel de soja,
Modelo e Inventário de Ciclo de Vida – Biodiesel Soja
40
Alteração (directa) de Uso dos Solos (AUS):
As emissões de GEE decorrentes de AUS (devido à expansão da área para cultivo da soja) são contabilizadas com base numa análise de cenários para de 3 tipos de uso de solo (uso de referência) no Brasil :
- Pastagem plantada; - Pastagem natural; - Mata plantada.
Cultivo da soja:
Modelado com base em dados de cultivo do estado Paraná, Brasil (detalhes no artigo Grisoli et. al (2012), colaboração do CIE-UC com o CENBIO-USP).
Transporte e Processamento (extracção e refinação do óleo; produção do biodiesel):
O modelo e inventário do transporte e processamento foram desenvolvidos com base em dados recolhidos em Portugal em 2 indústrias de
Avaliação dos Impactes de Ciclo de Vida
(método ReCiPe)
41
Resultados: AICV
Categorias de impacte Unidades
Alterações Climáticas (AC) kg CO2eq
Depleção da Camada de Ozono (DCO) kg CFC-11 eq Oxidação Fotoquímica (OF) kg NMVOC
Acidificação Terrestre (AT) kg SO2eq Eutrofização de Água Doce (EAD) kg P eq
Eutrofização Marinha (EM) kg N eq Deplecção Fóssil (DF) kg oil eq
0,0E+0 5,0E-6 1,0E-5 1,5E-5 2,0E-5 2,5E-5 3,0E-5 3,5E-5 4,0E-5 4,5E-5
Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Cbr DCO kg CFC-11 eq 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Cbr OF kg NMVOC 0 50 100 150 200 250 300 Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Cbr
AC kg CO2eq 0,0E+0 5,0E-5 1,0E-4 1,5E-4 2,0E-4 2,5E-4 3,0E-4 3,5E-4
Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Cbr EAD kg P eq 0,0 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,3 0,4 0,4 Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Cbr EM kg N eq 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Cbr DF kg oil eq
43
0,00E+0 5,00E-10 1,00E-9 1,50E-9 2,00E-9 2,50E-9 3,00E-9
Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Crb kg CFC-11 eq DCO
0,00E+0 1,00E-5 2,00E-5 3,00E-5 4,00E-5 5,00E-5 6,00E-5
Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Crb kg NMVOC kg NMVOC OF
0,00E+0 5,00E-6 1,00E-5 1,50E-5 2,00E-5 2,50E-5 3,00E-5 3,50E-5 4,00E-5 4,50E-5
Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Crb kg SO2eq AT 0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012 0,014 0,016 0,018 Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Crb kg CO2eq AC
Resultados: AICV do biodiesel de OAU
- A transesterificação é a fase mais importante na maioria dos cenários considerados (37-62%);
- Na AICV da produção de biodiesel com recolha PP_BNM, a fase de recolha é a que mais contribui em 5 categorias (AC, DCO, OF, AT e EM, variando entre 40-64%);
- A fase de pré-tratamento é a que mais contribui na categoria EAD (68-70%).
0,0E+0 2,0E-8 4,0E-8 6,0E-8 8,0E-8 1,0E-7 1,2E-7 1,4E-7 1,6E-7 1,8E-7 2,0E-7
Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Crb kg P eq EAD
0,0E+0 2,0E-6 4,0E-6 6,0E-6 8,0E-6 1,0E-5 1,2E-5 1,4E-5 1,6E-5
Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Crb kg N eq EM 0 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006 0,007 0,008 0,009 Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Crb kg oil eq DF 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 AC kg CO2eq 0,0E+0 1,0E-9 2,0E-9 3,0E-9 4,0E-9 5,0E-9 6,0E-9 DCO kg CFC-11 eq 0,0E+0 5,0E-5 1,0E-4 1,5E-4 2,0E-4 2,5E-4 3,0E-4 3,5E-4 4,0E-4 OF kg NMVOC 0,0E+0 5,0E-5 1,0E-4 1,5E-4 2,0E-4 2,5E-4 3,0E-4 3,5E-4 AT kg SO2eq 0E+0 1E-5 2E-5 3E-5 4E-5 5E-5 6E-5 EAD kg P eq 0,0E+0 2,0E-4 4,0E-4 6,0E-4 8,0E-4 1,0E-3 1,2E-3 1,4E-3 1,6E-3 EM kg N eq 0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012 0,014 0,016 DF Transesterificação Pré-tratamento Extracção Transporte Brasil-Portugal Cultivo kg oil eq Cultivo: AC (42%), EAD (99%) e EM (96%)
Transporte da soja Brasil - Portugal: DCO (44%), OF (59%), AT (51%) e DF (39%)
44
45
Resultados: Alterações Climáticas (GEE) do biodiesel de
Soja, incluindo AUS
82,5% 73,1 80,4% 36,2 206,5 134,3 184,2 0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00
Sem AUS Mata plantada Pastagem natural Pastagem plantada
Transesterificação Pré-tratamento Extracção Transporte Brasil-Portugal Cultivo AUS g CO2eq 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 kg CO2eq 1,5E-9 2,0E-9 2,5E-9 3,0E-9 3,5E-9 4,0E-9 4,5E-9 5,0E-9 kg CFC-11 eq 1,0E-4 1,5E-4 2,0E-4 2,5E-4 3,0E-4 kg SO2eq 1,5E-5 2,0E-5 2,5E-5 3,0E-5 3,5E-5 4,0E-5 4,5E-5 5,0E-5kg P eq 4,0E-4 6,0E-4 8,0E-4 1,0E-3 1,2E-3 1,4E-3kg N eq 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012 0,014 Biodiesel de OAU Biodiesel de soja kg oil eq 1,0E-4 1,5E-4 2,0E-4 2,5E-4 3,0E-4 3,5E-4kg NMVOC
ACV Portugal
RED-valores típicos
Emissões de GEE (g CO2eq/MJ) Mealhada Coimbra Sintra PP_BNM PP_QP PP_AH Rest_Crb
Cultivo 0 0 Recolha 1,4-5,6 0,3-2,2 0,9-2,7 6,7 1,9 1,8-3,1 3,7-6,1 1 Pré-tratamento Processamento 3,4 8,5 9 Transesterificação 5,1 TOTAL 10-14 9-11 9-11 15 10 10-12 12-15 10
Redução das emissões de GEE (%) 83-88 87-90 87-89 82 88 86-88 83-86 88 Biodiesel de OAU
Biodiesel de soja
Emissões de GEE (g CO2eq/MJ) ACV Portugal
RED- valores típicos Cultivo 14,8 19 Transporte 12,8 13 Extracção Processamento 2,9 8,5 18 Pré-tratamento 0,6 Transesterificação 5,0 TOTAL 36,2 50
Redução das emissões de GEE (%) 57 40
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Comparação (emissões de GEE) com RED
A ACV realizada mostrao potencial dos OAUpara aprodução de biodieselcommenores impactes ambientais relativamente aos óleos vegetais. No entanto, existe significativa variedade nos sistemas de recolha de OAU (porta a porta, oleão, HoReCA), com diferentes eficácias e impactes ambientais, pelo que é importante analisar/optimizar de recolha, (ciclo de vida), garantindo uma elevada performance ambiental na produção de biodiesel de OAU
O biodiesel de soja apresenta impactes mais elevados(os quais dependem do tipo de AUS, cultivo e método de contabilização de co-produtos).No entanto, cumpre os critérios definidos na RED e apresenta uma redução significativa das emissões de GEE (relativamente ao combustível fóssil), superior aosvalores típicos da RED,demonstrando a importância de se calcular valores específicos.
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Conclusões
ACV Portugal versus RED:
Emissões de GEE do biodiesel de OAU
Emissões de GEE do biodiesel de soja
9-15 g CO2eq/MJ 10 g CO2eq/MJ Reduções entre 82 – 90% Reduções de 88% 36,2 g CO2eq/MJ 50 g CO2eq/MJ Reduções de 57% Reduções de 40%
•
Recolher dados detalhados para outros sistemas de recolha de OAU.
•
Analisar o caso da recolha de OAU numa indústria alimentar (foram
efectuados vários contactos, mas não conseguimos obter
informações).
•
Modelar e avaliar o processamento do biodiesel (pré-tratamento e
transesterificação) com base em dados reais de empresas que
produzam biodiesel a partir de OAU, comparando tecnologias e
escalas de produção.
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Limitações e Trabalho futuro
Investigadores do CIE
Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB).
Projeto “ACV de GEE Biodiesel de Soja Produzido em Portugal”
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) de Portugal, projetos:
• Avaliação da sustentabilidade ambiental de bioenergia através de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV). (2013-2014). FCT.
• Capturing Uncertainty in Biofuels for Transportation. Resolving Environmental Performance and Enabling Improved Use. MIT/SET/0014/2009;
• Extended “well-to-wheels” assessment of biodiesel for heavy transport vehicles” (BioHeavy). PTDC/SEN-TRA/117251/2010;
Muito Obrigado!
Questões, Sugestões?
Centro para a Ecologia Industrial
Universidade de Coimbra, Portugal
http://www2.dem.uc.pt/CenterIndustrialEcology
Fausto Freire
fausto.freire@dem.uc.pt
Com a colaboração de:
João Malça, Érica Castanheira, João Queiroz, Carla Caldeira, Filipa Figueiredo
Coimbra
Lisboa Porto
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Localização e Contacto
Centro para a Ecologia Industrial
Departamento de Engenharia Mecânica - Polo II
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Morada: Rua Luís Reis Santos 3030-788 Coimbra Portugal E-Mail: fausto.freire@dem.uc.pt Telefone: +351 239 790 739/32 Fax: +351 239 790 701 Coordenadas GPS: 40º 11' 04,38'' N 8º 24' 44,65'' W
Universidade de Coimbra - Polo I
Muito obrigado!
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