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Agrupamento de Escolas de Pegões, Canha e Santo Isidro MONTIJO

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Academic year: 2021

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Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

Agrupamento de

Escolas de Pegões,

Canha e Santo Isidro

M

ONTIJO

Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE

Datas da visita: 4 a 6 de Novembro de 2009

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I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa.

Após a realização de uma fase-piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho Conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao programa nacional de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Pegões, Canha e Santo Isidro – Montijo, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada entre 4 e 6 de Novembro de 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização do Agrupamento,

Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos

fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação do s cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os

pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base

em procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoa-mento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes

pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa indi-viduais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE –Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

O texto integral deste relatório está disponível no sítio da IGE na área

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II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Pegões, Canha e Santo Isidro, constituído em 2006, situa-se na zona leste do município do Montijo e integra as freguesias de Pegões, Canha e Santo Isidro de Pegões. Trata-se de um Agrupamento formado por doze estabelecimentos distribuídos por uma extensa área geográfica de características rurais: os jardins-de-infância de Pegões Velhos, Figueiras e Pegões Gare, as escolas básicas do 1.º ciclo com jardim-de-infância de Craveira Norte, Canha e Taipadas, as escolas básicas do 1.º ciclo de Foros de Craveira Norte, Pegões Cruzamento, Faias, Foros do Trapo e Pegões Velhos e a Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Pegões, escola-sede. O número total de crianças/alunos é de 688, sendo 122 da educação pré-escolar (seis grupos), 247 do 1.º ciclo (16 turmas), 158 do 2.º ciclo (oito turmas) e 161 do 3.º ciclo (8 turmas). Em regime nocturno, 15 formandos (1 turma) frequentam um curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) de nível Secundário.

Beneficiam de auxílios económicos, no âmbito da Acção Social Escolar, 303 alunos (53,5%): 166 do escalão A e 137 do escalão B. A percentagem de alunos com computador em casa é de 58% e os que têm ligação à Internet a partir de casa são 34%. No que diz respeito à diversidade cultural, constata-se que 7,6 % dos alunos são oriundos de outros países, nomeadamente, da Roménia, Moldávia e Brasil.

O corpo docente é constituído por 65 professores, sendo 26 do quadro de Agrupamento, dos quais 13 são titulares, sete pertencem ao quadro de zona pedagógica e 32 são contratados.

O pessoal não docente é constituído por 70 elementos: 63 assistentes operacionais (dos quais, 46 são contratados) e sete assistentes técnicos (dos quais três são contratados).

A grande maioria dos pais e encarregados de educação exerce profissões ligadas ao sector primário: operários, artífices e trabalhadores de indústrias extractivas e de construção civil, condutores de veículos e de embarcações e operadores de equipamentos pesados móveis, agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e criação de animais. O seu nível de escolaridade situa-se, na maioria dos casos, entre o 1.º e o 3.º ciclos do ensino básico (78%).

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. Resultados

BOM

Globalmente regista-se uma evolução positiva nos resultados académicos dos alunos, apesar de se registarem alguns valores, ainda, inferiores aos nacionais, nomeadamente a taxa de transição/conclusão do 1.º ciclo. De salientar a melhoria ocorrida na disciplina de Matemática no 2.º e 3.º ciclos, cujos valores, no triénio em análise, se aproximam progressivamente dos valores nacionais nas provas de aferição e exames nacionais, evidenciando um impacto positivo das estratégias implementadas. Em Língua Portuguesa, no último ano, os resultados dos alunos do 1.º ciclo superaram os valores nacionais, o mesmo acontecendo nos exames de 9.º ano. No 2.º ciclo, os resultados obtidos nesta disciplina foram inferiores aos nacionais.

Os alunos são envolvidos em actividades que fomentam a sua participação e desenvolvimento cívico, com impacto positivo, também, no sentido de responsabilidade. De sublinhar existir uma forte identificação dos alunos com o Agrupamento.

O trabalho desenvolvido no sentido da apropriação de regras de comportamento e disciplina tem contribuído para a diminuição dos casos graves de indisciplina e para a vivência de um bom ambiente educativo.

As aprendizagens são valorizadas, existindo iniciativas que visam promover, junto dos pais e encarregados de educação, a sua importância para o futuro académico e profissional dos seus educandos.

2. Prestação do serviço educativo

BOM

A gestão articulada dos programas e orientações curriculares bem como a articulação intra e interdepartamental, assegurada pelo Grupo de Articulação Curricular e pelos departamentos, com impacto positivo nas aprendizagens dos alunos é consistente. A articulação entre as actividades lectivas e as de enriquecimento curricular, no 1.º ciclo é inexistente. A definição de metas mensuráveis ao nível dos resultados e a identificação de situações de sucesso estão asseguradas pelos departamentos. A sequencialidade das

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aprendizagens entre a educação pré-escolar e o 1.º ciclo é visível, apenas, na organização de algumas actividades conjuntas.

O desenvolvimento do acompanhamento da prática lectiva, em sala de aula, tem alguma expressão e impacto na melhoria das práticas educativas. As planificações dos departamentos contêm os critérios de avaliação nos domínios cognitivo e socioafectivo, mas é inexistente, no que respeita à definição dos critérios de avaliação, por ciclo, por ano de escolaridade e por modalidade no Projecto Curricular do Agrupamento e nos projectos curriculares de turma. A definição de estratégias de diferenciação pedagógica não tem uma expressão generalizada nos projectos curriculares de turma.

O apoio prestado aos alunos com necessidades educativas especiais encontra-se bem organizado, no entanto, no 2.º ciclo a eficácia dos planos educativos individuais é baixa e as suas causas não foram explicitadas. O plano de apoios pedagógicos está elaborado de forma a dar a melhor resposta possível às necessidades dos alunos, tendo em conta o constrangimento dos horários dos transportes. As taxas de eficácia dos planos de acompanhamento são altas, o mesmo não acontecendo com os planos de recuperação.

O Plano de Ocupação dos Tempos Escolares, o incentivo às práticas activas e experimentais, bem como o recurso a metodologias de trabalho de projecto têm um impacto muito positivo na melhoria dos resultados escolares.

3. Organização e gestão escolar

BOM

Os documentos orientadores do Agrupamento estão articulados entre si, sendo muito relevante a acção dos órgãos de gestão e estruturas de coordenação e supervisão pedagógica, ao nível da definição de estratégias que visam a concretização do Projecto Educativo. O planeamento do ano lectivo é cuidadosamente preparado, sendo para tal considerada a superação dos constrangimentos identificados.

A vertente relacional entre docentes e alunos, a continuidade pedagógica, a adequação do perfil do Director de Turma à turma e a dimensão educativa dos conteúdos funcionais dos assistentes operacionais são critérios considerados na distribuição de serviço.

Na generalidade, os espaços das escolas que integram o Agrupamento são aprazíveis, apesar de alguns edifícios apresentarem problemas de conservação e falta de espaços adequados ao convívio e à realização de algumas actividades escolares. Os alunos e docentes das várias escolas e jardins-de-infância do Agrupamento acedem aos recursos existentes na escola-sede. O plano de emergência aguarda aprovação dos serviços competentes.

Face ao fraco envolvimento dos pais e encarregados de educação, no acompanhamento da vida escolar dos seus educandos, o Agrupamento tem vindo a desenvolver estratégias que encorajem a sua participação e que têm tido algum impacto, demonstrando aqueles estarem informados sobre a dinâmica do Agrupamento.

Toda a organização do Agrupamento visa proporcionar oportunidades iguais para todos os alunos.

4. Liderança

MUITO BOM

Como questões centrais, subjacentes à organização e gestão do Agrupamento, evidenciam-se a melhoria dos resultados académicos dos alunos e a criação de mecanismos para assegurar a articulação curricular entre os ciclos de ensino. As medidas de melhoria implementadas, nesse sentido, são mobilizadoras de toda a comunidade escolar e reforçadoras da unidade do Agrupamento. De referir não serem quantificáveis os indicadores de medida para os objectivos e metas contidos nos documentos do Agrupamento.

Regista-se grande motivação e empenho, por parte dos diferentes intervenientes no processo educativo, na concretização das tarefas educativas.

A abertura à inovação está patente na organização do Agrupamento e na existência e utilização da internet, plataforma Moodle e quadros interactivos, com impacto progressivo nas aprendizagens e na divulgação da informação.

As parcerias e protocolos que estabelece, bem como os projectos em que se envolve, permitem ao Agrupamento a concretização do seu Projecto Educativo.

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5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento

SUFICIENTE

A análise dos resultados escolares foi um procedimento sistemático, com divulgação e análise nos departamentos curriculares, levando à implementação de algumas medidas específicas e pontuais de melhoria. Os mecanismos de auto-avaliação foram implementados no último biénio, de forma parcial, visando, unicamente, a análise dos resultados escolares. No entanto, permitiram que o Agrupamento identificasse alguns pontos fortes, fracos e constrangimentos. Neste processo, não houve o envolvimento de todos os elementos da comunidade educativa, pois só contou com a participação de professores.

A formação de um Observatório de Qualidade, no presente ano lectivo, visa implementar um processo de auto-avaliação e criar condições de sustentabilidade do processo de auto-regulação e melhoria do Agrupamento, ao considerar diferentes dimensões do seu funcionamento.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. Resultados

1.1 Sucesso académico

Na educação pré-escolar, são efectuados registos de avaliação dos progressos das aprendizagens das crianças, tendo como referência as orientações curriculares para este nível de educação.

No 1.º ciclo do ensino básico, no ano lectivo de 2007-08, a taxa de transição/conclusão foi de 91,9%, subindo no ano lectivo 2008-09 para 93,8%, verificando-se que esta evolução positiva corresponde a valores inferiores aos nacionais (diferença de 4,2 % e 2,3%).

No triénio de 2007 a 2009, nas provas de aferição de Língua Portuguesa do 4.º ano, os alunos obtiveram 87,3%; 81,5% e 94,4% de níveis positivos, sendo superior aos valores nacionais apenas no último ano (3,4%). Em Matemática, no mesmo período de tempo, os valores situaram-se em 83%, 81,8% e 82,8%, sempre abaixo dos nacionais (2,5%, 9% e 6,1%).

No 2.º ciclo do ensino básico as taxas de transição/conclusão foram, nos anos lectivos de 2007-08 e 2008-09, de 84,3% e 81, % no 5.º ano, registando-se diferenças negativas relativamente à média nacional de 7% e 10,9%. No 6.º ano, constata-se que os alunos atingiram 91,9% e 80,9% de níveis positivos, 0,3% acima da média nacional em 2007-08 e inferior a esta em 11,2%, no ano seguinte.

Nas provas de aferição de Língua Portuguesa, no triénio de 2007 a 2009, registaram-se 88,7%, 85,3% e 80,7% de níveis positivos, sendo que estes valores foram, nos dois últimos anos, inferiores à média nacional (em 8,1% e 9,3%). Na disciplina de Matemática, os resultados situaram-se em 60,3%, 72,2% e 78,9%, verificando-se uma diferença positiva em relação à média nacional no primeiro ano (0,4%), negativa no segundo (9,6%) e coincidente no último ano.

As taxas de transição/conclusão, no último biénio, no 3.º ciclo, foram, de 84,2% e 78,4%, no 7.º ano. Comparativamente às médias nacionais, é de referir uma diferença positiva de 2,1% no primeiro ano e negativa, de 3,5%, no segundo. No 8.º ano, as taxas situam-se em 87,4% e 91,5%, sendo inferiores em 1% no primeiro ano do biénio e superiores em 3,4% no último ano. No 9.º ano, situaram-se em 95,1% e 88, 2%, taxas superiores às nacionais em 9,3% e 2,4%. Nos exames nacionais de Língua Portuguesa, os níveis positivos dos alunos situaram-se em 85%, 70% e 67,4 %, sendo que, no último ano, é superior à média nacional (+0,4%). Em Matemática, os valores foram de 11,7%, 35% e 65,1%, com tendência a aproximarem-se das médias nacionais, registando-se uma diferença inferior a esta em apenas 0,9%, no último ano.

De uma forma geral, verificaram-se progressos nos resultados académicos dos alunos, como consequência do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Articulação Curricular, nos departamentos e, sobretudo, em resultado da implementação do Plano de Acção para a Matemática.

O abandono escolar é residual e os casos em risco de abandono são prontamente identificados e encaminhados para soluções adequadas.

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1.2 Participação e desenvolvimento cívico

A auscultação e recolha de opiniões dos alunos sobre as diferentes actividades do Agrupamento são, sobretudo, efectuadas através de sugestões dadas ao Director de Turma e do preenchimento de inquéritos na área da Formação Cívica. Os alunos evidenciam ter um melhor conhecimento do Regulamento Interno do que dos restantes documentos orientadores.

O Agrupamento atribui aos alunos responsabilidades concretas, de que é exemplo o projecto de voluntariado para os alunos de 9.º ano, através do qual apoiam os colegas na Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos (BE/CRE) e dinamizam uma actividade, (Bibliomóvel), na educação pré-escolar e no 1.º ciclo.

Os alunos demonstram conhecer o Agrupamento e identificar-se com a sua organização. São desenvolvidas várias actividades na escola-sede, para partilha de projectos, que envolvem as crianças e os alunos de todos os ciclos, ao longo do ano, de forma a promover essa identificação.

O Agrupamento desenvolve, especialmente no âmbito da área não disciplinar de Formação Cívica, diferentes actividades promotoras de atitudes e valores, entre outros o respeito pelo próximo, a igualdade e a solidariedade, o que se constata pela participação em iniciativas como o Banco Alimentar e a Assistência Médica Internacional, para além de acções de divulgação das regras de educação cívica. Neste âmbito promove-se, também, o debate de temas educativos, com recurso a elementos da comunidade, convidados para o efeito.

1.3 Comportamento e disciplina

Os alunos apresentam um comportamento disciplinado, demonstram respeito e reconhecimento da autoridade de docentes e não docentes e evidenciam, também, conhecer as regras de funcionamento do Agrupamento. A indisciplina foi um dos problemas identificados no Projecto Educativo, elaborado no ano lectivo de 2006-07. No final do último biénio esta questão foi ultrapassada, como se comprova pela diminuição do número de processos disciplinares instaurados - seis em 2007-08 e apenas quatro em 2008-09. Esta evolução deve-se à eficácia da implementação de medidas relacionadas com a actuação dos docentes em sala de aula, intervenção directa do Director nas situações problemáticas emergentes e à reflexão e discussão, na área de Formação Cívica, sobre as regras de conduta, que, no seu conjunto, conduziram a melhorias no ambiente educativo e nas aprendizagens.

1.4 Valorização e impacto das aprendizagens

O Agrupamento tem desenvolvido um conjunto diversificado de actividades destinadas a estimular as aprendizagens e a valorizar o seu impacto no futuro académico e profissional dos alunos, tal como é exemplo, a diversificação da oferta educativa, com a criação de uma turma de Percursos Curriculares Alternativos. Também a promoção de concursos como o “Saber a Valer”, o desenvolvimento de projectos como o “Rodar, Pular e Saltar” e a dinamização de actividades várias na BE/CRE, tal como o “problema da semana” e o projecto, “Biblioteca para a Igualdade de Géneros” (BIG) contribuem para estimular as aprendizagens. A divulgação dos trabalhos e actividades desenvolvidos pelos alunos, ao longo do ano, é efectuada através da realização de exposições e encontros. O reconhecimento do empenho dos alunos é feito através da menção destas actividades no registo da ficha de avaliação de final de período e da atribuição de prémios e diplomas.

O Agrupamento não instituiu prémios de mérito nem quadro de excelência, mas colaborou com uma iniciativa da Câmara Municipal do Montijo, destinada a premiar os melhores alunos, ao nível dos resultados académicos. A lista dos alunos premiados foi divulgada na imprensa regional.

O Agrupamento criou também uma turma EFA, em horário nocturno, para responder às necessidades educativas e formativas da população adulta da comunidade local.

2. Prestação do serviço educativo

2.1 Articulação e sequencialidade

O Agrupamento constituiu um Grupo de Articulação Curricular, formado pelos seis coordenadores de departamento, pela Coordenadora de directores de turma, pela Coordenadora da BE/CRE e pela Coordenadora

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dos Projectos Escolares, que procede à gestão conjunta e articulada dos programas, orientações curriculares e actividades ao nível intradepartamental e interdepartamental para assegurar uma melhor articulação entre os diferentes ciclos de ensino. Posteriormente a este trabalho, os departamentos elaboram o respectivo Plano de Acção. As planificações de médio e longo prazo realizam-se entre as equipas de docentes que leccionam o mesmo ano de escolaridade, disciplina ou nível, nos conselhos de docentes e nos conselhos de turma. O Plano Anual de Actividades e os projectos curriculares de grupo e de turma evidenciam a articulação interdisciplinar. Os departamentos curriculares estabeleceram metas mensuráveis ao nível dos resultados escolares e identificaram as situações de sucesso ao nível dos processos, na sequência do trabalho desenvolvido pelo Grupo de Articulação Curricular. No 1.º ciclo, não se verifica a articulação entre as actividades lectivas e as de enriquecimento curricular e os professores titulares de turma não acompanham as actividades através de reuniões com os dinamizadores das Actividades de Enriquecimento Curricular.

A sequencialidade das aprendizagens é garantida, nos 2.º e 3.º ciclos, ao nível de cada turma e, sempre que possível, pela constituição de equipas de docentes o que, de uma forma geral, facilita a continuidade pedagógica ao longo do ciclo de estudos. Entre a educação pré-escolar e o 1.º ciclo, a sequencialidade é pouco consistente, em virtude de se limitar à organização conjunta de actividades do PAA.

A orientação escolar dos alunos do 9.º ano resume-se a uma ou duas sessões de esclarecimento e divulgação de opções para prosseguimento de estudo ou saídas profissionais. Estas sessões são efectuadas pela psicóloga de orientação vocacional da Escola Secundária de Vendas Novas que, para o efeito, é convidada pelo Agrupamento, uma vez que este não dispõe de Serviço de Psicologia e Orientação.

2.2 Acompanhamento da prática lectiva em sala de aula

O acompanhamento da prática lectiva, em sala de aula, realiza-se, com alguma frequência, por parte dos coordenadores de departamento com efeitos na melhoria das práticas educativas. O acompanhamento e a supervisão, por parte dos referidos coordenadores, também ocorrem em reuniões de docentes onde se elaboram as planificações, os instrumentos de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa, instrumentos de auto-avaliação dos alunos, bem como a definição de procedimentos, visando a resolução de problemas pontuais. As acções de acompanhamento da prática lectiva para resolução de eventuais dificuldades são asseguradas pela figura de um docente tutor, docente do respectivo departamento, que possibilita um apoio ao nível pedagógico-didáctico. Encontram-se definidos, pelos departamentos, os critérios de avaliação nos domínios cognitivo e socioafectivo, mas os critérios de avaliação, por ciclo, por ano de escolaridade e por modalidade não se encontram expressos no Projecto Curricular do Agrupamento nem, na generalidade, nos projectos curriculares de turma. De uma forma geral, a definição de estratégias de diferenciação pedagógica nos projectos curriculares de turma não é clara. No que respeita à análise comparada dos resultados dos alunos na mesma disciplina e ano de escolaridade, bem como a redefinição de estratégias, em função dos resultados obtidos, constata-se que são realizadas pelo Grupo de Articulação Curricular e pelos departamentos.

2.3 Diferenciação e apoios

As quarenta crianças e alunos com necessidades educativas especiais são acompanhados por três docentes com especialização. O Agrupamento conta com a colaboração de duas psicólogas clínicas, uma colocada pela Câmara Municipal do Montijo, para acompanhamento das crianças e alunos da educação pré-escolar e do 1.º ciclo e outra da Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Montijo e Alcochete (CERCIMA), para avaliação e acompanhamento dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos. As docentes da educação especial, em articulação com as psicólogas clínicas, com outros docentes, pais e encarregados de educação e técnicos dos Centros de Saúde, têm assegurado o despiste e a avaliação da gravidade das situações e determinado a modalidade de apoio a implementar. Na educação pré-escolar e no 1.º ciclo, o apoio directo prestado pelas docentes de educação especial ocorre em contexto de sala de aula, enquanto nos 2.º e 3.º ciclos acontece, fora desta, em espaço próprio, para assegurar um apoio mais individualizado. Para a prestação de apoio indirecto, as docentes de educação especial articulam com os docentes titulares de turma e com os conselhos de turma. Os alunos com dificuldades de aprendizagem são apoiados, no 1.º ciclo, por duas docentes que prestam apoio socioeducativo. A deficitária rede de transportes públicos condiciona a gestão dos apoios pedagógicos e a oferta de actividades de enriquecimento do currículo, nos 2.º e 3.º ciclos. Assim, nestes ciclos

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as aulas de apoio pedagógico são ministradas, preferencialmente, durante o período do almoço, no espaço da BE/CRE, em regra, por docentes que não pertencem ao Conselho de Turma, que fazem parte de uma bolsa de docentes disponíveis. Os alunos de origem estrangeira são apoiados no ensino do Português como língua não materna. A criação de uma turma de Percursos Curriculares Alternativos, no 2.º ciclo, foi a resposta educativa encontrada para um conjunto de alunos, em situação de retenção repetida e em risco de abandono escolar. A eficácia dos planos de acompanhamento, para o último biénio, tem registado progressos e, no passado ano lectivo, as taxas de sucesso foram de 100%, 88,9% e 80%, respectivamente, para os 1.º, 2.º e 3.º ciclos. Já a eficácia dos planos de recuperação regista uma regressão, no último biénio, à excepção do 1.º ciclo, situando-se estas taxas em 64,7%, 70,3% e 67,8%, respectivamente, para os 1.º, 2.º e 3.º ciclos. No que respeita aos alunos com necessidades educativas especiais, a taxa de transição/conclusão, no 1.º ciclo, registou progressos no último biénio, situando-se em 100% para todos os anos de escolaridade. Em igual período de tempo, no 2.º ciclo verifica-se uma regressão, situando-se em 100%, 75% e 67% para o 5.º ano; 100%, 91% e 67% para o 6.º ano. No 3.º ciclo, no 7.º ano, regista-se uma oscilação de 100% para 67% e 83%, a manutenção de 100% para o 8.º ano e um progresso de 83% para 100%, no 9.º ano.

2.4 Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem

O Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares para os 2.º e 3.º ciclos contempla a frequência de projectos culturais, artísticos, de investigação e de experimentação desenvolvidos no âmbito das diferentes disciplinas. O incentivo às práticas activas e experimentais na aprendizagem das ciências e a uma atitude positiva face à metodologia científica é promovido no trabalho desenvolvido em sala de aula. No entanto, ao nível da educação pré-escolar e do 1.º ciclo esse mesmo incentivo tem menor expressão. O recurso a metodologias de trabalho de projecto, em algumas disciplinas e áreas não disciplinares, é uma das estratégias implementadas para promover um papel mais activo dos alunos nas suas aprendizagens.

Para proporcionar experiências significativas de aprendizagem são, ainda, dinamizadas várias actividades no âmbito dos projectos do Desporto Escolar, Educação para a Saúde, “Tecnarte”, “Construir Identidades”, “Juntos Crescendo”, Clube de Teatro e na organização de concursos, jogos, exposições e visitas de estudo.

Também a criação de disciplinas de oferta própria como sejam a Oficina de Leitura e Escrita, para os 5.º, 7.º e 8.º anos, e a disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), para o 6.º ano, estimula nos alunos a o interesse pelo conhecimento.

3. Organização e gestão escolar

3.1 Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade

O Projecto Educativo, em reformulação, tem como linha orientadora o “Rigor”, a “Disciplina”, a “Exigência” e o “Sucesso”. Foi traçado um Plano de Acção Pedagógico, que se articula com o Projecto Curricular, elaborado para o triénio 2007-2010. O Plano Anual de Actividades tem em consideração as metas traçadas nos projectos Educativo e Curricular do Agrupamento, o estabelecimento da articulação entre ciclos e entre as diferentes disciplinas, o envolvimento dos alunos na definição e planificação das actividades, a articulação entre o Director de Turma e a comunidade escolar e, ainda, os projectos curriculares de turma.

De referir que os órgãos de gestão e as estruturas de coordenação e supervisão pedagógica assumem um papel muito activo na elaboração e definição de estratégias conducentes à concretização do Projecto Educativo. O ano lectivo é objecto de um planeamento cuidadoso, sendo preparado no final do anterior. É dada especial atenção à gestão do tempo escolar verificando-se que, face ao constrangimento existente ao nível da insuficiente rede de transportes públicos, foi optimizado o período de almoço, direccionando-se, preferencialmente para este período, a prestação de apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem e aos alunos em geral. Neste espaço, tendo ainda como propósito uma boa gestão do tempo escolar, funcionam as actividades de ocupação dos alunos na ausência do professor.

Os três ciclos de ensino funcionam em horário normal, estando definidos critérios para a elaboração dos horários, excepto para a atribuição das áreas curriculares não disciplinares, em que apenas é referida a afectação do Director de Turma.

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O planeamento das actividades da componente de animação socioeducativa na educação pré-escolar está articulado com a componente educativa.

3.2 Gestão dos recursos humanos

O Director do Agrupamento detém um claro conhecimento das competências pessoais e profissionais do corpo docente e não docente, tendo-as em consideração na gestão dos recursos humanos.

A afectação dos professores às turmas tem subjacente a vertente relacional entre alunos e docentes, sendo dada primazia à continuidade pedagógica e estão definidos critérios para a formação das turmas. É também dada especial atenção à adequação do perfil do Director de Turma às características da cada turma, sem que este perfil esteja todavia explicitadonos documentos.

Os docentes que chegam pela primeira vez à escola são acolhidos pelo Director procedendo-se à sua integração através dos respectivos departamentos.

A dimensão educativa dos conteúdos funcionais dos assistentes operacionais é valorizada, revelando estes terem conhecimento de situações específicas dos alunos. Há orientações claras para o acompanhamento dos discentes, nomeadamente, ao nível das regras de conduta no espaço escolar.

Os serviços de administração escolar estão organizados por áreas funcionais. Estes serviços dão resposta às solicitações dos seus utilizadores.

Os docentes frequentaram acções de formação no âmbito das práticas de avaliação por competências e na utilização das TIC, no processo de ensino e aprendizagem, promovidas pelo Centro de Formação do Montijo e Alcochete – CENFORMA. Internamente, foram desenvolvidas acções de formação na área do Programa Nacional de Ensino do Português. Foram também realizadas acções de formação para os não docentes, no âmbito da utilização dos programas informáticos, relações interpessoais e gestão de conflitos. Estas acções inserem-se nas temáticas inscritas no Plano de Formação, como necessárias.

3.3 Gestão dos recursos materiais e financeiros

Os espaços interiores e exteriores, das diferentes escolas que integram o Agrupamento, estão limpos e evidenciam cuidado no seu embelezamento. Na generalidade, os espaços existentes são adequados e os materiais existentes estão acessíveis aos alunos.

A escola-sede dispõe de uma BE/CRE, salas específicas de Ciências Naturais, Físico-Químicas, Tecnologias da Informação e Comunicação, Educação Visual e Tecnológica e pavilhão gimnodesportivo. Contudo, confronta-se com inexistência de espaços, não dispondo de sala de convívio para os alunos, utilizando estes, o espaço comum ao refeitório e bufete, fora dos períodos de almoço, existindo aí uma televisão e materiais lúdicos ao seu dispor. Também não dispõe de espaços adequados ao atendimento privado dos utentes da Acção Social Escolar, nem de gabinetes de trabalho. Os restantes estabelecimentos do Agrupamento não dispõem de biblioteca e nem todos têm espaços cobertos para a prática da actividade física e recreio, havendo, ainda, edifícios com problemas de conservação. Apesar da distância da escola-sede aos restantes estabelecimentos, todos os alunos e docentes do Agrupamento acedem aos seus espaços, recursos e equipamentos.

De salientar, as dificuldades existentes na implementação do Plano Tecnológico, decorrentes da inexistência de uma estrutura eléctrica que suporte a instalação de computadores nas salas de aula. Estão, no entanto, disponíveis quadros interactivos e todos os jardins-de-infância e escolas do 1.º ciclo têm computador.

O Plano de Emergência aguarda a aprovação do Centro Operacional da Protecção Civil.

Dadas as características socio-económicas do meio eminentemente rural em que se insere, o Agrupamento tem dificuldade em captar receitas próprias.

3.4 Participação dos pais e outros elementos da comunidade educativa

O pouco envolvimento dos pais e encarregados de educação na vida do Agrupamento e, em particular, no acompanhamento da vida escolar dos seus educados, foi uma área identificada como problemática. Para estabelecer uma cultura de participação têm vindo a ser, progressivamente, implementadas algumas estratégias para os envolver na concretização das actividades previstas no Plano Anual de Actividades. De referir a articulação existente entre os directores de turma e a BE/CRE, no sentido desta proporcionar aos pais e

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encarregados de educação momentos de leitura e esclarecimento antes das reuniões de final de período. A realização de uma festa lúdico-pedagógica, no final do ano lectivo, em parceria com as associações de pais, tem tido resultados positivos, já que tem mobilizado a comunidade educativa. Há duas associações, a associação de pais e encarregados de educação do Agrupamento de Pegões, Canha e Santo Isidro e a da EB1/JI de Canha, sendo que esta última assegura as actividades de apoio à família, no 1.º ciclo. Estas associações colaboram ainda na procura de soluções para os problemas existentes.

Os pais e encarregados de educação estão informados sobre a vida do Agrupamento e conhecem o Regulamento Interno. Nas reuniões com os professores titulares de turma ou grupo e com os directores de turma são abordadas diferentes temáticas, sendo de salientar que a participação dos pais tem maior expressão na educação pré-escolar e no 1.º ciclo.

O Agrupamento promove iniciativas no sentido de reforçar os laços com a comunidade local, apelando à sua participação activa.

3.5 Equidade e justiça

Os diferentes elementos da comunidade educativa são unânimes em considerar que a actuação dos responsáveis do Agrupamento e das diferentes estruturas educativas se pauta por princípios de equidade e de justiça. É dada atenção às necessidades e situações particulares de cada aluno. Toda a organização do Agrupamento visa proporcionar oportunidades iguais para todos os alunos. Estes princípios estão presentes nos documentos estruturantes do Agrupamento.

4. Liderança

4.1 Visão e estratégia

A gestão definiu objectivos gerais de desenvolvimento e metas a alcançar, sem que, no entanto, os indicadores de medida expressos nos documentos estruturantes sejam quantificáveis.

A melhoria dos resultados académicos dos alunos e a criação de mecanismos para assegurar a articulação curricular entre ciclos de ensino são questões centrais subjacentes à organização e gestão do Agrupamento. As medidas de melhoria implementadas, nomeadamente, o funcionamento dos apoios aos alunos com dificuldades de aprendizagem, a dinâmica do Plano de Ocupação dos Tempos Escolares e o próprio funcionamento da BE/CRE correspondem a uma actuação estratégica para responder às necessidades dos alunos, fazendo, simultaneamente, face aos constrangimentos existentes. Por outro lado, estas medidas têm vindo a ser tomadas através de uma forte mobilização de todos, reforçando-se a unidade do Agrupamento, face à sua recente constituição.

A diversificação da oferta educativa diurna tem em conta a necessidade de responder a alunos com dificuldades de aprendizagem e os cursos EFA constituem uma forma de promover a qualificação académica dos adultos do concelho. De sublinhar existir, nas medidas implementadas, o propósito de tornar o Agrupamento mais atractivo e reconhecido no meio envolvente.

4.2 Motivação e empenho

Regista-se grande motivação e empenho por parte de todos, órgãos de administração e gestão, estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, docentes e não docentes, em geral, na realização da tarefa educativa.

As áreas de acção de cada um estão claramente determinadas, existindo articulação e complementaridade na dinâmica de funcionamento dos diferentes órgãos e estruturas, tendo em vista o desenvolvimento dos projectos, acções e estratégias específicas face ao Projecto Educativo, optimizar recursos e estimular a participação dos diferentes actores. Por conseguinte, há um encorajamento contínuo à tomada de decisão e à sua responsabilização.

É realizada a monitorização da assiduidade dos docentes e não docentes bem como de “incidentes críticos”, o que permitiu introduzir medidas de melhoria, nomeadamente o acompanhamento da prática lectiva dos docentes, através de tutorias.

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4.3 Abertura à inovação

A abertura à inovação é visível na forma como o Agrupamento se organiza para responder aos problemas existentes e às especificidades do contexto local em que está inserido. Por um lado, têm vindo a ser repensadas formas de funcionamento, com soluções criativas, optimizando o período de almoço para a prestação dos apoios aos alunos com dificuldades de aprendizagem, para a ocupação dos alunos na ausência do professor e no funcionamento da BE/CRE. Por outro lado, a festa lúdico-pedagógica realizada no final de cada ano lectivo, que no último ano envolveu cerca de 4000 participantes, com elementos atractivos do meio, tem vindo a fortalecer os laços no meio local e a trazer os pais e encarregados de educação para o seu seio.

O uso da internet e da plataforma Moodle, quer no sentido de facilitar as aprendizagens quer na divulgação da informação, começa a ter algum impacto junto da comunidade educativa, nomeadamente dos alunos e dos pais e encarregados de educação. A escola-sede dispõe de quadros interactivos e computadores que, cada vez mais, vão tendo uso generalizado.

4.4 Parcerias, protocolos e projectos

Para concretização do Projecto Educativo e do PAA, são desenvolvidos mecanismos de cooperação através de parcerias e protocolos, nomeadamente com a Câmara Municipal do Montijo e as Juntas de Freguesia de Pegões, Canha e Santo Isidro de Pegões, a Escola Superior de Educação de Setúbal, com a CERCIMA (projecto Rampa), a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Montijo, Centros de Saúde, Guarda Nacional Republicana, Serviço Nacional de Protecção Civil, Bombeiros Voluntários e com a Quinta Pedagógica das Margaridas.

No sentido de fomentar as aprendizagens dos alunos e incrementar o sucesso académico e educativo, o Agrupamento participa no Plano de Acção para a Matemática, no Plano Nacional de Leitura, Iniciativa Escolas, Professores e Computadores portáteis, Programa Nacional de Ensino do Português, Olimpíadas da Matemática e integra a Rede de Bibliotecas Escolares.

As parcerias e os protocolos que tem vindo a estabelecer, bem como a sua participação nos projectos nacionais permitem responder às necessidades educativas dos alunos, procurar a melhoria das condições de funcionamento das escolas e reforçar a relação com a comunidade.

5. Capacidade de auto-regulação e melhoria do Agrupamento

5.1 Auto-avaliação

O Agrupamento tem vindo a realizar procedimentos de auto-avaliação, avaliando o sucesso académico dos seus alunos, no âmbito do Conselho Pedagógico e do Grupo de Articulação Curricular, e as actividades realizadas, através dos relatórios de avaliação que produz.

O tratamento e análise estatística dos resultados escolares incidem sobre vários indicadores, nomeadamente, classificações internas, anulações de matrícula, exclusão por excesso de faltas e abandono escolar. As classificações das provas de aferição e dos exames nacionais são analisadas anualmente. No final de cada ano lectivo, também é feita uma avaliação dos planos de recuperação e de acompanhamento, tal como dos projectos curriculares de turma, pelos respectivos conselhos. O tratamento e análise estatística dos resultados obtidos, nas diversas áreas disciplinares e não disciplinares, por ano e turma são também procedimentos sistemáticos. Esta avaliação é objecto de divulgação junto dos departamentos curriculares e dos pais e encarregados de educação. A análise destes resultados é feita no Conselho Pedagógico e nos departamentos curriculares para identificação de pontos fortes e fracos e elaboração e implementação de estratégias de melhoria. Estas têm implicado maior trabalho cooperativo dentro dos departamentos, implementação de estratégias de diferenciação pedagógica, na maioria daquelas estruturas, melhoria das estratégias de apoio aos alunos e actuação mais eficaz para a redução da indisciplina.

O Agrupamento não apresenta dados sobre outras áreas do seu desempenho, nomeadamente sobre o grau de satisfação dos elementos da comunidade escolar, desempenho dos órgãos de administração e gestão, das estruturas de coordenação e supervisão pedagógica e da qualidade dos serviços de apoio à actividade educativa.

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Para responder a esta fragilidade, no presente ano lectivo, foi criado um Observatório de Qualidade, visando uma avaliação integrada e global que permita criar condições para a sustentabilidade do seu processo de auto-regulação e melhoria. Tal será concretizado, através de um projecto de avaliação contínua das diferentes dimensões da organização escolar e, ainda, monitorizando e avaliando o impacto do Projecto Curricular de Agrupamento. De referir que o Grupo de Articulação Curricular e este Observatório integram apenas docentes,

não se verificando a participação de outros elementos da comunidade escolar.

5.2 Sustentabilidade do progresso

O Agrupamento, apesar de não ter consolidado um processo de auto-avaliação que lhe permitisse ter capacidade de auto-regulação e melhoria, conseguiu identificar alguns pontos fortes, nomeadamente, o bom ambiente educativo e a melhoria dos resultados escolares, alguns pontos fracos, tais como o processo de auto-avaliação pouco consistente e o baixo envolvimento dos pais e encarregados de educação e constrangimentos ao nível da deficitária rede de transportes públicos. A identificação destes aspectos permitiu introduzir algumas melhorias, nomeadamente, nos resultados escolares, diminuir drasticamente os casos de indisciplina e abandono escolar, diversificar a oferta educativa e promover um maior envolvimento dos pais e encarregados de educação.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas de Pegões, Canha e Santo Isidro (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por:

 Pontos fortes – atributos da organização que ajudam a alcançar os seus objectivos;

 Pontos fracos – atributos da organização que prejudicam o cumprimento dos seus objectivos;

 Oportunidades – condições ou possibilidades externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos;

 Constrangimentos – condições ou possibilidades externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

Bom ambiente educativo existente no Agrupamento que tem contribuído para a melhoria da disciplina e dos resultados escolares;

Promoção de actividades e projectos que contribuem para a valorização das aprendizagens e saberes;

Trabalho realizado pelo Grupo de Articulação Curricular que tem permitido desenvolver um conjunto de

medidas de articulação intra e interdepartamental com impacto positivo no desempenho dos alunos;

Empenho e motivação das lideranças e do corpo docente e não docente na tarefa educativa, com

reflexos na boa dinâmica do Agrupamento;

Forte mobilização de toda a comunidade educativa na festa de final de ano lectivo que promove a identidade e a boa imagem do Agrupamento.

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Pontos fracos

Insuficiente articulação dos docentes titulares de turma do 1.º ciclo com os dinamizadores das actividades de enriquecimento curricular, no sentido do estabelecimento da continuidade curricular;

Reduzida participação dos pais e encarregados de educação no acompanhamento da vida escolar dos

seus educandos, ao nível dos 2.º e 3.º ciclos, apesar das estratégias desenvolvidas para a sua promoção;

Inexistência de um processo de auto-avaliação que abranja as diversas áreas chave do funcionamento do Agrupamento, o que limita a capacidade de auto-regulação e melhoria;

Constituição da equipa do Observatório de Qualidade que integra apenas docentes, o que limita a capacidade interventiva da comunidade escolar no processo de auto-avaliação.

Oportunidades

Estabelecimento de uma articulação sequencial com a Escola Secundária de Vendas Novas e com as escolas secundárias do Montijo para a obtenção de dados relativos à evolução académica e profissional dos alunos que deixam o Agrupamento, no sentido de avaliar o impacto das suas aprendizagens.

Constrangimentos

Elevada mobilidade do corpo docente que exige um maior trabalho de integração dos docentes em cada ano lectivo;

Inexistência de Serviços de Psicologia e Orientação que impossibilita a orientação escolar e vocacional dos alunos do 9.º ano;

Rede de transportes públicos deficitária que condiciona a gestão dos apoios pedagógicos e a oferta de actividade de enriquecimento do currículo nos 2.º e 3.º ciclos;

Deficientes condições físicas de alguns estabelecimentos da educação Pré-escolar e do 1.º ciclo, nomeadamente no que diz respeita às instalações desportivas e à falta de espaços de recreio cobertos;

Falta de uma sala de convívio para os alunos e espaços de trabalho para professores na escola-sede

que comprometem o bem-estar dos alunos e a capacidade de resposta dos professores, no dia-a-dia, aos desafios do Agrupamento.

Referências

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