• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DAIANY PEREIRA RIBEIRO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DAIANY PEREIRA RIBEIRO"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DAIANY PEREIRA RIBEIRO

O EFEITO ANALGÉSICO DA APLICAÇÃO DA

ARGILA VERDE PARA O TRATAMENTO DA LOMBALGIA – REVISÃO INTEGRATIVA

Palhoça 2020

(2)

DAIANY PEREIRA RIBEIRO

O EFEITO ANALGÉSICO DA APLICAÇÃO DA ARGILA VERDE PARA O TRATAMENTO DA LOMBALGIA –

REVISÃO INTEGRATIVA

Revisão Integrativa apresentado ao Curso de Estética e Cosmética da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito para trabalho de conclusão de curso.

Orientadora: Profa. Cintia Vieira Caron

Palhoça 2020

(3)

DAIANY PEREIRA RIBEIRO

O EFEITO ANALGÉSICO DA APLICAÇÃO DA ARGILA VERDE PARA O TRATAMENTO DA LOMBALGIA –

REVISÃO INTEGRATIVA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Tecnóloga em Estética e Cosmética e aprovado em sua forma final pelo Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 10 de dezembro de 2020.

______________________________________________________ Profª. Cíntia Vieira Caron, Ms.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Profª. Aline Armiliato Emer, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Profª. Viviane Pacheco, Ms.

(4)

AGRADECIMENTOS

Começo agradecendo aos meus pais, Jussara e Kleber, e aos meus avós, Maria Helena e Carlos Alberto, que em meio a todas as turbulências que a vida nos impôs, vocês sempre deram um jeito de me colocar como prioridade para que eu pudesse finalizar mais uma etapa da minha vida. Obrigada por todo o apoio emocional e financeiro, por acreditarem no meu potencial e por sempre estarem ao meu lado, mesmo quando eu pensei em desistir da graduação. Vocês sempre serão o meu exemplo da vida.

Ao meu irmão, minha madrinha e primos, que através de pequenos gestos me motivaram a continuar e chegar até aqui.

Ao meu grande amigo, Márcio Roberto da Cunha, que se fez presente durante todos esses anos da minha graduação. Obrigada por toda a força, dedicação, parceria, conselhos e especialmente pela tua amizade. Você é um grande ser humano e que eu irei levar para sempre na minha vida.

À minha orientadora do projeto e professora, Dra. Aline Armiliato Emer, que por motivos pessoais não pode continuar comigo até o fim. Obrigada por ter confiado e acreditado em mim e no tema escolhido. Juntas nós fizemos um lindo projeto. Sua dedicação e competência me inspiram, você foi uma ótima orientadora e eu escolheria você novamente. Obrigada por todo o ensinamento passado, você fez eu acreditar em mim e perceber que eu era sim capaz de realizar este trabalho.

À minha orientadora e professora, Cintia Vieira Caron, da qual me aceitou de braços abertos, me ouviu, me ensinou um pouquinho mais a cada conversa, me acalmou a cada resposta do CEP e me ajudou a transformar o meu trabalho que seria um estudo de caso em uma revisão integrativa. Obrigada por toda a confiança depositada em mim e por toda a sua ajuda, você é uma professora nota 10 e que eu sempre tive uma grande admiração, desde a nossa primeira matéria juntas. Você me fez amar a estética e todo o seu universo de possibilidades. Você é uma das minhas inspirações.

Aos meus melhores amigos Isabella, Pâmela, Danielle, Larissa, Maria Júlia, Lucas Alan, Rafaela, Sergio, Brenda, Daniela e Lorraynne que sempre estiveram ao meu lado em todos os momentos, aturando todos os dias os meus surtos, decepções, alegrias, reflexões, sempre tentando me mostrar o lado bom das coisas. As suas opiniões com certeza influenciaram muito nas minhas escolhas. Obrigada por toda a parceria e lealdade que nós temos, a amizade de vocês é com certeza essencial na minha vida.

À Maria Laura, Anna Vitória e Nathalia que me acolheram da melhor maneira possível quando eu migrei de currículo e consequentemente mudei de turma. Eu cheguei de cantinho e quando eu vi, eu já podia encher a boca para chamar vocês de amiga. Enfrentamos juntas muitos semestres de alegrias, desespero, tensão, bagunças, intervalos alongados e até mesmo uma pandemia. Os nossos zooms durante a semana e até mesmo nos finais de semana, foram uma boa forma de eu aprender mais e tirar muitas dúvidas com vocês. Juntas eu posso afirmar que somos MUITO melhores e eu não vejo mais a minha vida sem nenhuma de vocês.

À minha professora, Emily Bruna Justino, que ministrou as matérias de TCC I e TCC II que sempre se fez muito presente, tirando todas as minhas dúvidas, ajudando a amenizar o estresse, ansiedade e tensão da nossa turma que o TCC automaticamente nos impõe. Foi um ano longo e de muito aprendizado com você. Simplesmente, obrigada.

(5)

À coordenadora do curso, Viviane Pacheco Gonçalves, deixo aqui o meu muito obrigada por toda a sua paciência nesses 3 anos, ouvindo todos os meus áudios de 2 minutos (rsrsrs), ajudando a me adequar na nova grade durante a migração de currículo, por tudo o que passamos juntas nesses anos. Obrigada também, por aceitar fazer parte da minha banca de TCC, eu não poderia escolher outra pessoa.

À todos os professores que ministraram as suas aulas, tirando as minhas dúvidas e me ensinando um pouco mais a cada dia. A sua profissão é uma das mais fascinantes. ''Professores brilhantes ensinam para uma profissão. Professores brilhantes ensinam para a vida'' ( Augusto Cury).

Agradeço também a Universidade do Sul de Santa Catarina por permitir professores excelentes para o desenvolvimento desse trabalho e por possibilitar a realização de um sonho.

(6)

RESUMO

Introdução: A dor lombar é um fenômeno multidimensional que engloba o comprometimento físico e emocional, inaptidão funcional e restrição na participação social, ocasionada por fatores orgânicos, psicológicos e sociais. Os fatores psicológicos, depressão, excesso de responsabilidade, descontentamento e cansaço mental no trabalho podem ser outros fatores etiológicos da dor lombar. Objetivo: Conhecer os efeitos da aplicação da argila verde no tratamento da lombalgia. Materiais e Métodos: Pesquisa de revisão integrativa com estudos de caráter pré-experimental realizados com argila verde para dor lombar, das bases de dados: SciELO, PubMed, Bireme, Pedro, BVS e Google Acadêmico; com as palavras-chave argila verde, argila verde para dor lombar, dor lombar, em português e inglês ; de 2006-2020. Resultados e discussão: Foram encontrados 2 artigos exclusivamente no Brasil sobre a ‘argila verde aplicada a dor lombar’, em 2018 e 2020. O total das amostras foi de 35 participantes; que receberam em média de 4 sessões nos métodos de aplicação em massagem e emplastro com argila verde na temperatura morna. Considerada uma prática de baixo custo, natural, com mínimos efeitos colaterais. Conclusão: As aplicações com argila verde foram eficazes no tratamento da lombalgia.

(7)

ABSTRACT

Introduction: Low back pain is a multidimensional phenomenon that includes physical and emotional impairment, functional disability and restricted social participation, caused by organic, psychological and social factors. Psychological factors, depression, excessive responsibility, discontent and mental fatigue at work can be other etiological factors of low back pain. Objective: To know the effects of the application of green clay in the treatment of low back pain. Materials and Methods: Integrative review research with pre-experimental studies carried out with green clay for low back pain, from the databases: SciELO, PubMed, Bireme, Pedro, BVS and Google Scholar; with the keywords green clay, green clay for low back pain, low back pain, in Portuguese and English; 2006-2020. Results and discussion: Two articles were found exclusively in Brazil on ‘green clay applied to low back pain’, in 2018 and 2020. The total samples were 35 participants; who received an average of 4 sessions in the methods of application in massage and plaster with green clay in the warm temperature. Considered a low cost, natural practice, with minimal side effects. Conclusion: Green clay applications were effective in the treatment of low back pain.

(8)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 8 2 METODOLOGIA ... 10 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO...11 4 CONCLUSÃO ... 11 REFERÊNCIAS ... 17

(9)

8

1 INTRODUÇÃO

A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável que está relacionada ao dano presente ou potencial para o indivíduo (LOESER; TREEDE, 2008). A exposição da pele ou qualquer outro órgão a estímulos nocivos, induzem uma sensação desagradável, gerando assim uma resposta ao indivíduo de que existe perigo para a sua integridade física. A informação entendida pelo corpo pode ser dividida em dor fisiológica ou dor patológica (FANTONI; MASTROCINQUE, 2002; ALMEIDA et al., 2006).

A dor lombar é um fenômeno multidimensional que integra o envolvimento emocional e físico, incapacidade prática e limitação na participação social, ocasionada por fatores orgânicos, psicológicos e sociais (DESCONSI; BARTZ; FLEGENBAUM et al, 2019). As possíveis causas internas são: congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas, tumorais e mecânico-posturais. As causas externas podem ocorrer pela falta de capacidade de realizar atividades diárias. Sendo assim, a lombalgia pode surgir também por fatores psicológicos, depressão, excesso de responsabilidade, descontentamento e cansaço mental no trabalho (PIRES; DUMAS, 2008).

Os registros da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmam que na maioria dos estudos brasileiros, entre 70% a 80% da população mundial que se concentra em cidades industrializadas é afetada em algum momento da sua vida com dores lombares, principalmente em decorrência de má postura ou esforço físico requerido para as atividades diárias (PIRES; DUMAS, 2008)

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as dores da coluna cervical, torácica, lombar e pélvica são a segunda condição de saúde mais predominante no Brasil, alcançando 13,5% da população, superadas apenas pelos casos de hipertensão arterial que acometem 14% da população (IBGE, 2010).

A quantidade de tempo e recursos que tem de ser investidos com pacientes portadores com dores crônicas de coluna é significativa e a procura por tratamentos aumenta a cada dia. Esse aumento na procura de tratamentos eleva drasticamente as despesas com cuidados com a saúde. O valor pago pela alta demanda é um peso a mais para os cofres públicos e privados (HANSSON; HANSSON, 2000).

A OMS orienta o uso das medicinas tradicionais e complementares, e implementação no Sistema Único de Saúde (SUS) (OMS, 2001) como forma de

(10)

9

ampliar o cuidado integral a população. Nesse intuito, foram realizadas conferências nacionais de saúde que levaram a implementação das práticas medicinais integrativas e complementares no Brasil. Em maio de 2006 por meio da Portaria nº 971, foi implementada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) (BRASIL, 2006). Em março de 2017, a PNPIC foi ampliada em 14 outras práticas a partir da publicação da Portaria nº 849/2017. E em 2018, pela Portaria no 702, foram implementadas mais 12 práticas. Essas práticas ampliam as possibilidades terapêuticas de cuidados para os usuários, garantindo uma maior integralidade e resultado da atenção à saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Dentro das práticas implementadas em 2018, a geoterapia é uma técnica terapêutica milenar utilizada em tratamentos de doenças e na preservação da saúde, destacando a utilização em casos de doenças osteomusculares, processos inflamatórios, lesões e cicatrização. Consiste na aplicação de argila em determinadas regiões do corpo, para que as propriedades homeostáticas dos minerais de sua composição realizem trocas energéticas iônicas e radiônicas e se harmonizem com o organismo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

A geoterapia é uma prática terapêutica que utiliza argila, na qual a cor é escolhida de acordo com o objetivo terapêutico, barro, lamas medicinais, pedras e cristais, a qual é manipulada e diluída com água formando reações bioquímicas e vibracionais com o intuito de cuidar dos desequilíbrios físicos e emocionais, por meio da energia dos raios solares que ativam os cristais e as propriedades químicas dos elementos presentes na sua composição, desencadeando um processo capaz de beneficiar o corpo humano (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

A argila verde tem essa coloração devido à presença de óxido de ferro associado a outros oligoelementos (SOUZA, 2005). Possui propriedade anti-inflamatória, absorvente, antiedematosa, antisséptica e cicatrizante (LEITE, 2016).

Neste contexto, o objetivo deste artigo foi conhecer os efeitos da aplicação da argila verde no tratamento da lombalgia, por meio de uma revisão integrativa.

(11)

10

2 METODOLOGIA

Este estudo caracterizou-se por uma pesquisa de revisão integrativa. Esse método de pesquisa objetivou traçar uma análise sobre o conhecimento já construído em pesquisas anteriores sobre um determinado tema. Permitiu a síntese de vários estudos publicados, permitindo a geração de novos conhecimentos, pautados nos resultados apresentados pelas pesquisas anteriores (BENEFIELD, 2003; POLIT; BECK, 2006; MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Para Whitemore e Knafl (2005), o método de revisão integrativa é uma abordagem que permite a inclusão de estudos que adotam diversas metodologias, experimental e não experimental.

Efetuou-se uma pesquisa para encontrar os trabalhos de caráter pré-experimental realizados com argila verde para dor lombar, procurados nas seguintes bases de dados: SciELO, PubMed, Bireme, Pedro, BVS e Google Acadêmico. As palavras-chave utilizadas foram: Green clay, green clay for pain, green clay low back for pain, green clay low back, argila verde, argila verde para dor lombar, dor lombar. Buscou-se referências que associassem e integrassem os resultados sobre a argila verde no tratamento da dor lombar. Como critérios de inclusão, foram admitidos os artigos realizados com pesquisas experimentais; de 2006-2020; em português e inglês. Os artigos foram selecionados e lidos de maneira criteriosa, a fim de se realizar uma síntese e interpretação da utilização e dos resultados.

(12)

11

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados 2 artigos exclusivamente no Brasil sobre a ‘argila verde aplicada a dor lombar’ a partir dos critérios de inclusão. O quadro 1 abaixo evidencia os resultados dos efeitos da aplicação da argila verde no tratamento da lombalgia.

Quadro 1 – Resultados dos efeitos da aplicação da argila verde no tratamento da lombalgia.

Fonte: Elaborado pelas autoras, 2020.

No primeiro estudo, em 2018, iniciou com 10 e finalizou com 9 participantes; em 2020, foram 30 iniciais e finalizado com 26 participantes com dores lombares. O total das amostras foi de 35 participantes nos estudos. Quando o tamanho da amostra do estudo for muito pequeno, ou seja, menor que 30 participantes, fica mais difícil a análise de subgrupos e consequentemente pode comprometer o desempenho dos testes estatísticos. O aumento da amostra diminui os intervalos de segurança dos cálculos e permite a percepção de diferenças entre subgrupos que são estatisticamente significantes, mas não possui importância clínica (PAES, 1998; COUTINHO; DA CUNHA, 2005; WEYNE, 2004).

Os incluídos no artigo de 2018 foram idades entre 20 e 40 anos e apresentaram dor ou desconforto na região dorsal; em 2020 a amostra foi com estudantes ou colaboradores de uma Instituição de Ensino Superior, nas idades de 18 a 59 anos.

Os critérios de exclusão nestes estudos foram para quem não apresentavam dor na região da aplicação, gestantes, pessoas com algum tipo de lesão na região dorsal, alterações vasculares, cirurgias recentes e pressão arterial descompensada; que utilizavam medicamentos tópicos no local e opioides.

(13)

12

A geoterapia não tem contraindicações, mas exige cuidados na aplicação em casos de feridas abertas, úlceras, ferimentos profundos e fraturas expostas, aplicações em mucosas, micoses, frieiras, queimaduras de segundo e terceiro graus, aplicação direta no tórax do interagente com marcapasso, pessoas que estão em tratamento com corticóide, no inverno evitar aplicação fria no tórax e região lombar. Caso venha a ser aplicado a argila em algumas das situações citadas o indivíduo poderá desenvolver possíveis efeitos colaterais indesejados (JORGE, s/d).

Os questionários utilizados para identificar cada nível de dor foram diferentes em cada artigo. O artigo do ano de 2018 utilizou um questionário com perguntas semiestruturadas para avaliar os participantes e um diário de campo foi criado para ter o acompanhamento da evolução do voluntário antes e depois do atendimento, fazendo assim com que se tivesse um resultado mais fidedigno. O artigo de 2020, utilizou a escala Escala Analógica Visual (EVA) e o questionário de Oswestry Disability Index.

A Escala Visual Analógica (EVA) é uma forma importante para verificar a evolução do paciente durante o tratamento de maneira mais garantida, perguntando sempre quanto ao seu grau de dor. O número 0 significa ausência total de dor e o 10 é o nível de dor máxima suportável pelo paciente. Também é útil para analisar se o tratamento está sendo efetivo, quais procedimentos têm surtido melhores resultados, de acordo com o grau de melhora ou piora da dor (MASSELLI, M.A, et al, 2003).

O Questionário Funcional de Oswestry Disability Index é um questionário constituído por questões cotidianas e simples e interpretado pelo paciente com facilidade, apresentadas em 10 sessões que descrevem dor ou limitações resultantes da lombalgia. Cada sessão apresenta seis itens, que descrevem um grau crescente de severidade, sendo o escore zero (0) o indicativo de pequena ou nenhuma, e o escore de cinco (5) o indicativo de dor ou de grande imitação. A pontuação total era obtida somando o número de pontos de cada sessão, com a pontuação mais alta correspondendo a um escore de 50. A porcentagem de dor era obtida multiplicando-se a pontuação atingida por 2, multiplicando-sendo este o maior grau de limitação percebido pelo paciente. Através desta pontuação, o grau de disfunção do participantes foi classificado, segundo Loupasis et al. (1999), em mínima (de zero a 20 pontos), moderada (de 21 a 40 pontos) e severa (acima de 41 pontos) (MASSELLI, M.A, et al, 2003).

(14)

13

O questionário de perguntas semiestruturadas é uma forma de coletar dados através de questionamentos básicos que são sustentados por teorias e perguntas relacionados ao tema da pesquisa. Esses questionamentos dariam o conteúdo necessário para novas hipóteses surgidas através das respostas dos participantes (TRIVIÑOS,1987).

Dentre as PIC usadas no tratamento da dor, a geoterapia é uma técnica terapêutica milenar utilizada em tratamentos de doenças e preservação da saúde, destacando-se na utilização em doenças osteomusculares, processos inflamatórios, lesões e cicatrização (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Em relação aos métodos de aplicação de argila no tratamento de lombalgia utilizados nos artigos incluídos foram diferentes, por meio da massagem e do emplastro. A argila verde pode ser aplicada no corpo para trazer alívio de dores musculares e articulares, dores cervicais, lombares, tendinite, bursite, na redução de edema e melhora de movimento de membros, dor por esforço repetitivo de artelhos e punhos, devido a propriedade analgésica, anti-inflamatória, adstringente, descongestionante e cicatrizante (PERETTO, 1999; VILA; CAMPANYA, 2000; PERIÓDICO DE DOCUMENTAÇÃO PROFISSIONAL EM ESTÉTICA, 2004; MEDEIROS, 20O7; CLAUDINO, 2010; HAUCK, 2011). Promove a eliminação de toxinas, melhorando a circulação sanguínea e a circulação linfática (MEDEIROS, 2013). Este recurso terapêutico pode ser utilizado em diferentes temperaturas, técnicas de aplicação e tempo de permanência local (LEITE, 2016).

Quadro 2 – Comparação entre as formas de aplicação da argila nos artigos.

(15)

14

O efeito piezoelétrico acontece quando tensões de tração ou pressões aplicadas ao cristal mudam a separação das cargas negativas e positivas em cada célula unitária, levando a uma polarização da superfície do cristal e ele aparece em certos cristais encontrados na natureza, como a turmalina, o quartzo, o potássio e o tartrato de sódio (HARVEY, 2002).

A argila possui importantes propriedades cosméticas, durante a aplicação um sistema de transferência entre os elementos da argila e a pele, acontece por meio da penetração dos oligoelementos na pele devido à capacidade de troca de cátions das argilas, e também pela água, que é absorvida pelos queratinócitos, que geram uma troca iônica de íons e facilitam a entrada nos espaços intersticiais das células da derme e epiderme, ajudam na respiração celular e transferência de elétrons (MEDEIRO; LANZA, 2013).

A aplicação morna a quente da argila relaxa e traz aconchego, o calor pode variar de 35° a 40° C. Quando aplicada fria, entre 15° a 20° C, estimula e tonifica. A argila aplicada fria da argila sobre a pele gera vasoconstrição, redução do metabolismo celular, aumento do tônus muscular diminuição das frequências cardíacas e respiratórias. Depois da aplicação o corpo responde gerando vasodilatação com aquecimento da região, aumento do metabolismo celular, relaxamento da musculatura, aumento das frequências cardíaca e respiratória e redução da pressão arterial (JORGE, s/d).

Nas regiões do corpo próximo aos ossos o tempo de aplicação deve ser de até 1 hora, isso se dá por existir menos água e tecido adiposo. Na região glútea e abdominal o tempo de aplicação é de até 1 hora e meia. Na face o tempo deve ser até de 15 minutos (JORGE, s/d). Em relação a absorção dos sais minerais da argila, o corpo absorve o que ele está precisando no momento, por isso não se pode deixar a argila secar, para que as trocas de sais minerais não parem também, pois é através da água que se faz as quebras (JORGE, s/d).

A argila verde ajuda na melhora da circulação sanguínea permitindo a remoção de toxinas, também é descongestionante e muito usada na massagem (PERETTO,1999; MEDEIROS,2007; CLADINO,2010; VILA Y COMPANYA, 2000; HAUCK,2011; PERIODICO DE DOCUMENTAÇÃO PROFISSIONAL EM ESTÉTICA 2004).

Existem diversos tratamentos para lombalgia, sendo através da utilização de medicamentos ou não. Entre as opções não medicamentosas temos a massagem que

(16)

15

tem sido uma alternativa com benefícios principalmente relacionados à dor e promoção de bem-estar (LAST; HULBERT,2009; FURLAN et al 2009).

A massagem produz muitos benefícios para o indivíduo que a recebe, pois elimina a fadiga, fortalece e renova a pele, rejuvenesce, age nos sistemas sanguíneo, linfático e nervoso, incentivando a circulação de fluidos básicos, ajuda a eliminar as toxinas do corpo, a desobstrução dos diversos canais do corpo, reduzindo tensões, dores e desconfortos (COSTA, 2010).

Atualmente, a técnica de massoterapia tem sido certificada entre os profissionais da saúde como um ótimo método na precaução das dores, do cansaço mental e físico (SEUBERT, 2008).

(17)

16

4 CONCLUSÃO

Para se afirmar que os resultados da argila verde para a dor lombar obteve são melhores do que outras técnicas, haveria de ter mais estudos sobre o assunto. Os resultados encontrados são promissores, pois temos intervenções que oferecem um cuidado menos invasivo e eficaz.

Embora a utilização de técnicas seja diferente entre os artigos pois um utilizou a massagem associada a argila verde e o outro utilizou o emplastro de argila verde, ambos mostraram um bom resultado no alívio da dor lombar.

A partir desta revisão integrativa evidencia-se que a geoterapia é uma prática de baixo custo, natural, com mínimos efeitos colaterais. As aplicações com argila verde foram eficazes no tratamento da lombalgia com melhora no quadro álgico e na funcionalidade dos 35 participantes do total; na temperatura morna, em média de 4 sessões nos métodos de aplicação em massagem e emplastro.

(18)

17

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, TP.; MAIA, J.Z; FISCHER, C.D.B; PINTO, V.M.; PULZ, R.S.;

RODRIGUES, P.R.C. Classificação dos processos dolorosos em medicina veterinária. In: Veterinária em foco, v3, n2, p.107-118, 2006.

ASTIN, JA. Why patients use alternative medicine: results of a national study. JAMA 1998; 279(19):1548-1553

BENEFIELD, L. E. Implementing evidence-based practice in home care. Home Healthcare Nurse, Baltimore, v. 21, n. 12, p. 804-811, Dec. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS - PNPIC-SUS: atitude de ampliação de acesso.

Brasília: Ministério da Saúde, 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em: http://aps.saude.gov.br/biblioteca/visualizar/MTE4Ng==. Acesso em: 30 de Abril de 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares: medicina tradicional chinesa. [Brasília], 2015. 1 folder. Disponível em: Acesso em: 27 de Maio de 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Glossário Temático de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. – 1. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em:

<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_de_praticas_integrativas_sau de.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2020.

CLAUDINO, H. Argila medicinal: propriedades benefícios e uso na saúde e estética. Bom Retiro: Ed. Elevação, 2010.

COUTINHO, ESF, DA CUNHA, GM. Conceitos básicos de epidemiologia e estatística para a leitura de ensaios clínicos controlados. Rev Bras Psiquiatr. 2005;27:146-51.

COSTA, B. P. Massagem e dor: relações com a qualidade de vida. 2010. Disponível em: . Acesso em: 21 de outubro de 2020.

DESCONSI, MB, BARTZ PT, FLEGENBAUM, TR, CANDOTTI, CT, VEIRA, A. Tratamento de pacientes com dor lombar crônica inespecífica por fisioterapeutas: estudo transversal. Fisioter Pesqui. 2019;26(1):15-21.

FANTONI, D.T; MASTROCINQUE, S. Fisiopatologia e Controle da Dor. In:

FANTONI, D.T.; CORTOPASSI, S. R. G. Anestesia em Cães e Gatos. São Paulo: Rocca, 2002. p. 323-334.

(19)

18

FURLAN, AD, IMAMURA, M, DRYDEN, T, IRVIN, E. Massage for low back pain: an updated systematic review within the framework of

the Cochrane Back Review Group. Spine. 2009;34(16):1669-84.

HARVEY, James A. Smart Materials. In: Kutz, M. Handbook of Materials Selection, Ed. John Wiley & Sons, E.U:A, 2002.

HAUCK, L. B. P. Curso de Geoterapia Estética e Atualização em Geoterapia: aperfeiçoamento dos conhecimentos em geoterapia direcionados a prática clínica em estética facial utilizando a matéria argila como potencializador da beleza e da saúde. Florianópolis- SC. Lótus, 2011.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Um panorama da saúde no Brasil: acesso e

utilização dos serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde, 2008. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2010.

JORGE, P.C. Geoterapia e saúde mental. Florianópolis – SC. s/d. Disponível em < https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/191287/F%C3%B3rum_Geote rapiaSa%C3%BAdeMental.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 23/11/2020. LAST, AR, HULBERT,K. Chronic low back pain: evaluation and

management. Am Fam Pshysician. 2009;79(12):1067-74.

LEITE, Cláudia Melo. ARGILA VERDE E SEU PODER DE CICATRIZAÇÃO NO PÓSOPERATÓRIO DE ABDOMINOPLASTIA.In: Biocursos, Manaus, v. 1, p. 1-14, 2016. Disponível em:

https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/199/5-

Argila_verde_e_seu_poder_de_cicatrizaYYo_no_pYs-operatYrio_de_Abdominoplastia.pdf. Acesso em: 20 de maio 2020. LOESER, J.D.; TREEDE, R.D. The Kyoto protocol of IASP Basic Pain Terminology. Pain. v. 137, p . 473-477, 2008.

LOUPASIS, G. A.; STAMOS, K.; KATONIS, P. G; KORRES, D. S.;

HARTOFILAKIDIS, G. Seven-to-20-year outcome of lumbar discectomy. Spine, v. 24, n. 22, p. 2313-7, 1999.

MASSELLI, M.T; LOPES, M.M; SERILLO, T.B. Índice funcional de Oswestry de pacientes submetidos à cirurgia para descompressão de raízes nervosas. Rev. Fisioter. Univ. São Paulo, v, 10, n.2, p.70-6, jul/dez.2003.

MEDEIRO, Sandra Aparecida; LANZA, Marcus Vinicius da Silveira. Ação das argilas em tratamentos estéticos: revendo a literatura. Cadernos de Estudos e Pesquisas, v.17, n.38, dez. 2013. Disponível em: . Acesso em: 09 jun. 2018.

MEDEIROS, G. M. S. O poder da argila medicinal: princípios teóricos,

procedimentos terapêuticos e relatos de experiências clínicas. Blumenau: Nova Letra, 2013.

(20)

19

MEDEIROS, G. M. S. Geoterapia: teorias e mecanismos de ação: um manual teórico–prático. Tubarão: Unisul, 2007.

MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 758-764, out./dez. 2008.

ORGANIZAÇÃO MUNIDAL DA SAÚDE. Legal status of traditional medicine and complementary/alternative medicine: a world wide review. Geneva: World Health Organization, 2001. Disponível em: http://apps.who.int/medicinedocs/en/d/Jh2943e/. Acesso em: 02 de Maio de 2020.

PAES, AT. Itens essenciais em bioestatística. Arq Bras Cardiol. 1998;71:575-80. PERETTO, I. C. Argila: um santo remédio e outros remédios compatíveis. São Paulo: Paulinas, 1999.

PERIÓDICO DE DOCUMENTAÇÃO PROFISSIONAL EM ESTÉTICA. Vida Estética. Rio de Janeiro – RJ : Editores: Luiz Fernando Lombba e Luiz Marcos Lomba, 2004.

PIRES, Renata Alice Miateli; DUMAS, Flávia Ladeira Ventura. Lombalgia: revisão de conceitos e métodos de tratamentos. Universitas: Ciências da Saúde, Brasília, v. 6, n. 2, p. 159-168, jul./dez. 2008.

POLIT, D. F; BECK, C. T. Using research in evidence-based nursing practice. In: POLIT, D. F.; BECK, C. T. (Ed.). Essentials of nursing research. Methods, appraisal and utilization. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2006.

SEUBERT, Fabiano; VERONESE; Liane. A massagem terapêutica auxiliando na prevenção e tratamento das doenças físicas e psicológicas. In: ENCONTRO PARANAENSE, CONGRESSO BRASILEIRO, CONVENÇÃO BRASIL/LATINO-AMÉRICA, XIII, VIII, II, 2008. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 2008. CD-ROM. [ISBN – 978-85-87691-13-2]. Acesso em: 2 out. 2020.

SILVA, EDC, TESSER, CD. Experiência de pacientes com acupuntura no Sistema Único de Saúde em diferentes ambientes de cuidado e (des)medicalização

social. Cad Saude Publica 2013; 29(11):2186-2196.

SOUZA, Valéria Maria. Ativos dermatológicos, volume 2. 1. Ed. São Paulo: Phamabooks, 2005.

TESSER, CD, BARROS, NF. Medicalização social e medicina alternativa e complementar: pluralização terapêutica do Sistema Único de Saúde. Rev Saude

Publica 2008; 42(5):914-920.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

(21)

20

VILA Y CAMPANYA, M. Manual de geoterapia aplicada. Organización

Panamericana de la Salud. Organización Mundial de la Salud. Programa Nacional de Medicina Complementária. Peru. Textos completos, 2000.

WEYNE, GRS. Determinação do tamanho da amostra em pesquisas experimentais na área de saúde. Arq Med ABC. 2004;29:87-90.

WHITTEMORE, R, KNAFL, K. The integrative review: update methodology. J Adv Nurs. 2005;52(5):546-53.

Referências

Documentos relacionados

O Programa de Educação do Estado do Rio de Janeiro, implementado em janeiro de 2011, trouxe mudanças relevantes para o contexto educacional do estado. No ranking do

Mesmo com suas ativas participações na luta política, as mulheres militantes carregavam consigo o signo do preconceito existente para com elas por parte não somente dos militares,

As mulheres travam uma história de luta por reconhecimento no decorrer do tempo sistematicamente o gênero masculino dominava o feminino, onde prevalecia a hierarquização do sexo

O município de São João da Barra, na região Norte do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, passa atualmente por um processo de apropriação do seu espaço por um ator que, seja pelo

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

- A fotobiomodulação laser na superfície dentária e na entrada do alvéolo antes do reimplante (G3) favoreceu o processo de reparo tecidual após reimplante dentário em

Os autores construíram índices fundamentalistas para o mercado de ações dos EUA baseados na receita, valor patrimonial, vendas brutas, dividendos, fluxo de caixa e número

[r]