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DESTAQUES DA SEMANA. que turva o horizonte, só irá diminuir após meados do ano, até quando muitos ruídos ainda se farão presentes.

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Academic year: 2021

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A semana teve um início mais amargo, com os mercados repercutindo a pesquisa eleitoral do Datafolha, divulgada no último domingo. A pulverização de candidatos e a ausência de uma figura mais marcante de centro-direita quando Lula não está na disputa, trouxe lucidez sobre o grau de imprevisibilidade da corrida presidencial.

Com o passar dos dias, enquanto os analistas digeriam os resultados da pesquisa, alguns presidenciáveis passaram a ter mais exposição, seja diretamente, seja via análises de articulistas e editoriais. O nome de Joaquim Barbosa cresceu de maneira mais expressiva, e se passou a especular sobre sua visão da economia e das reformas estruturais. Barbosa está filiado ao PSB, partido com correntes regionais que ainda têm divergências sobre como se posicionar na disputa eleitoral deste ano. No entanto, ao que parece, não são nada desprezíveis as chances de que o ex-ministro do supremo seja realmente candidato.

Naturalmente os programas de governo dos presidenciáveis ainda são escassos. Porém, existe um aparente ponto de convergência nas esparsas sinalizações desde a centro-esquerda até a direita, que é o reconhecimento da necessidade de reduzir o déficit público e truncar a trajetória de alta da dívida. Isso é algo muito valorizado pelos mercados, que julgam esse vetor como o mais crítico. Porém, as dúvidas estão nos detalhes da execução, dos meios escolhidos, da capacidade de articular projetos etc. Cada candidato tem suas características, que tornam mais ou menos crível a sua capacidade de entregar o que é necessário.

Daqui para frente, viveremos sob constante escrutínio das propostas, análise da coerência dos discursos e, obviamente, atenção às pesquisas. Temos que ter em mente que algumas estruturas de campanha estarão a todo vapor nas ruas somente de junho para frente. Até lá, nos bastidores serão costuradas as alianças que darão palco e capilaridade

que turva o horizonte, só irá diminuir após meados do ano, até quando muitos ruídos ainda se farão presentes.

No campo dos indicadores econômicos, os dados mais recentes ainda sugerem perda de aceleração do crescimento, impressão que pode ser revertida mais à frente, mas que não ocorrerá de imediato. Quanto à inflação, o IPCA-15 manteve as perspectivas benignas quanto ao comportamento desta variável macroeconômica. Diante destes números, as perspectivas para a política monetária seguem as mesmas, quais sejam, queda adicional da Selic em maio e estabilidade durante um período prolongado posteriormente.

No mundo, não houve grandes novidades relacionadas à narrativa de conflitos comerciais ou tensões geopolíticas, o que fez com que esses temas ficassem um pouco de lado. Em substituição, os mercados se apegaram à divulgação dos balanços corporativos nos EUA, que trouxe algumas surpresas emblemáticas, como o alto lucro da Netflix. Em adição, para o mundo emergente, houve o impulso da valorização das commodities, com altas mais expressivas do petróleo. O preço do barril segue pressionado por uma miríade de razões, quase todas associadas à redução de oferta. Para completar, o governo chinês anunciou uma diminuição da exigência de reservas compulsórias dos bancos, o que significa um estímulo monetário para contrabalançar as medidas de regulação do sistema financeiro,

DESTAQUES DA SEMANA

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alta das commodities, mas também do impacto de tarifas protecionistas, por exemplo. Essa preocupação vinha ficando de lado após os surtos de fevereiro que causaram muita volatilidade nos mercados mundiais. Agora, porém, há análises mostrando a retomada de pressões inflacionarias, o que, de alguma forma, se reflete na renovada alta das taxas de juros prefixadas nos títulos soberanos norte-americanos de 10 anos. Seus níveis ainda estão abaixo das máximas de fevereiro, mas caminham naquela direção. É bastante importante o foco nesta questão, pois, como chamou a atenção o FMI, os níveis de endividamento no mundo levantam alertas sobre a vulnerabilidade do sistema em caso de aumento muito pronunciado dos juros.

Como podemos ver, há muitas razões para a alternância de momentos de alívio e tensão. Ou seja, a conjuntura está e continuará suscetível, haja vista que, embora não estejamos na iminência de nenhum colapso, muitos flancos foram se abrindo nos últimos anos de excessivos estímulos monetários. Desequilíbrios foram gestados e é preciso muita habilidade para ajustá-los sem gerar solavancos. Neste contexto, continuamos vendo tudo com muita cautela e aguardando mais volatilidade.

DESTAQUES DA SEMANA

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Os juros nominais prefixados tiveram queda durante a semana, principalmente nos vencimentos após 2020. Os níveis médios das taxas ao longo de toda a curva estão em patamares relativamente baixos em resposta a uma percepção de que a inflação ficará deprimida por período prolongado. O declínio recorrente das expectativas para o IPCA sugere que a economia pode conviver com a Selic ao redor da atual região por muito tempo, sem gerar pressões significativas de demanda.

No entanto, a percepção de risco do cenário fica expressa não no nível médio dos juros prefixados, mas sim na diferença entre as taxas mais longas e as mais curtas. Isso que nós chamamos de inclinação da curva, reflete a visão de que apertos monetários sempre podem ser necessários no futuro mais distante, quando as condições conjunturais podem ser outras. Os riscos não parecem grandes agora, mas podem subir adiante, o que faz com que o investidor aumente paulatinamente a exigência de remuneração relativa ao comprar títulos da dívida do governo mais longos.

Seguimos neutros nessa classe de ativo, mas lembrando da importância de assegurar a alocação em nível estrutural, haja vista os ganhos de diversificação e o incremento de remuneração para aquelas carteiras excessivamente concentradas em CDI.

JUROS NOMINAIS

Os juros reais não refletiram a queda dos juros nominais, ficando praticamente de lado durante a semana. Sendo assim, houve diminuição do que chamamos de inflação implícita, que é exatamente a diferença entre as duas.

Aparentemente as NTN-B’s curtas e intermediárias já incorporaram muitos dos ganhos possíveis até o momento, atingindo preços que, a nosso ver, estão em linha ou abaixo dos patamares justos. A inclinação da curva de juros reais, por sua vez, está bem elevada, significando remuneração bastante maior nos vencimentos mais longos. Isso poderia tornar mais atraentes as aplicações nestes vértices, mas diante dos riscos atuais, não nos parece ser o momento adequado.

Continuamos underweight nesta classe de ativo. Isso, porém, não significa alocação zero, mas sim em patamar inferior ao nível estrutural. Portanto, na proporção alocada, sugerimos papéis entre 2022 e 2024.

JUROS REAIS

ATIVOS

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O Ibovespa, após vir abaixo dos 83 mil pontos na segunda-feira, se recuperou nos dias seguintes em direção aos 85.500 pontos. Com isso, registra ganho pouco superior a 1% na semana. O índice, no entanto, continua operando dentro do mesmo intervalo desde meados de março, ainda sem qualquer redefinição de tendência.

Avaliando os prós e os contras à renda variável, continuamos com uma visão tática cautelosa. Por um lado, os baixos juros dão sustentação ao mercado, agora também com o auxílio da alta de importantes commodities internacionais. Em contraposição, vivemos um regime de maior volatilidade externa, que significa sempre a possibilidade iminente de maiores turbulências. Além disso, a questão eleitoral igualmente vai alternar momentos de insegurança com momentos de alívio, sem permitir uma visão clara até meados do ano. Para completar, a atividade econômica, ainda que possa reafirmar seu vigor à frente, agora experimenta uma perda de dinâmica. Seguimos underweight na classe de ativo, aguardando um momento oportuno para retomar posição a preços melhores, ou diante de uma maior clareza que sustente a retomada da tendência de alta.

RENDA VARIÁVEL

O câmbio encerra a semana com alguma apreciação, mas em patamar ainda elevado (R$ 3,41/US$). A dinâmica de negociação da moeda mostra claramente que o real tende a operar em patamares permanentemente mais desvalorizados do que no passado, suscetível a movimentos ainda mais extremados. Nos momentos de alívio, a cotação não vem abaixo dos R$ 3,37/US$, mas sobe rapidamente para cima de R$ 3,40/US$ em qualquer oportunidade.

Seguimos overweight em dólar, utilizando-o como instrumento para proteger as carteiras em momento de maior stress, e considerando que a divisa americana pode ganhar mais devido à menor remuneração doméstica do CDI, em um momento de alta dos juros nos EUA.

Lembramos da possibilidade de se beneficiar de eventual desvalorização cambial através de produtos estruturados, que apresentam uma boa relação risco-retorno.

CÂMBIO

A última página deste relatório possui informações relevantes sobre o seu conteúdo.

Fonte: Bloomberg

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RECOMENDAÇÕES

Fonte: Santander Private Banking

Juros

Nominais

Juros Reais

Multimercado

Renda

Variável

Câmbio

Alocação do mês anterior * Underweight/Overweightrepres enta m recomenta ções

abaixo/acima do pa ta ma r Neutro

Classes de

Ativos

Underweight*

Neutro

Overweight*

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ÍNDICES DE REFERÊNCIA

A última página deste relatório possui informações relevantes sobre o seu conteúdo. Fonte: Bloomberg /Elaboração Santander Private Banking

ATIVOS DOMÉSTICOS

Dados Atualizados Até: 19/abr/18

Referências abr-18 3M 6M 12M 2018 2017 Duration

CDI 0.34% 1.62% 3.42% 8.20% 1.97% 9.95% -IMA-B 0.06% 2.81% 4.43% 10.70% 5.04% 12.79% 7.25 IMA-B 5 0.20% 2.81% 4.90% 11.57% 3.77% 12.58% 1.96 IRF-M 0.37% 3.33% 5.69% 12.76% 4.19% 15.20% 2.24 Ibovespa 0.54% 2.33% 7.51% 11.47% 12.33% 26.86% -IPCA* 0.30% 0.54% 1.60% 2.68% 0.86% 2.95%

-RENDA VARIÁVEL - GLOBAL

Referências abr-18 3M 6M 12M 2018

S&P-500 1.98% -3.90% 5.30% 15.18% 0.21%

Eurostoxx 3.72% -3.49% -3.32% 1.92% -1.07%

MSCI - Global (US$) 2.44% -3.82% 4.24% 15.31% 0.43%

MSCI - Emergentes (US$) 1.27% -3.15% 4.62% 24.26% 2.65%

MSCI - Europa (US$) 3.03% -4.15% -2.51% 1.13% -2.07%

MOEDAS

Referências abr-18 3M 6M 12M 2018 Dólar Vs Real 2.38% 5.05% 6.80% 7.36% 2.18% Euro Vs Real 2.75% 5.94% 11.79% 23.73% 5.51% Euro Vs Dólar 0.37% 1.30% 4.65% 15.26% 3.37% Libra Vs Dólar 0.49% 1.85% 6.31% 10.25% 4.79% Dólar Vs Iene 0.88% -3.52% -4.30% -1.37% -4.87%

COMMODITIES

Referências abr-18 3M 6M 12M 2018

CRB - Commodities Global (US$) -1.94% -1.70% -3.28% -5.30% -2.99%

CRB - Metais (US$) -1.78% -3.96% -8.49% -15.67% -6.89%

* O IPCA utilizado no mês de referência trata-se da projeção do Relatório Focus do Banco Central.

13.27% 2017 19.42% 6.49% 20.11% 34.35% 7.27% 2017 1.76% 2.19% 16.03% 14.15% 9.51% -3.65% 2017

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PROJEÇÕES ECONÔMICAS

Fonte: Banco Santander; Fundo Monetário Internacional (FMI). Os valores em destaque representam projeções

2016

2017

2018

Crescimento mundial

3.2%

3.6%

3.7%

Estados Unidos

1.5%

2.2%

2.3%

Zona do Euro

1.8%

2.1%

1.9%

Alemanha

1.9%

2.1%

1.8%

Reino Unido

1.8%

1.7%

1.5%

Japão

1.0%

1.5%

0.7%

China

6.7%

6.8%

6.5%

Brasil

PIB - Crescimento real

-3.6%

1.0%

3.7%

IPCA (A/A)

6.3%

2.8%

3.7%

IGP-M (A/A)

7.2%

-0.9%

4.5%

Taxa Selic (fechamento)

13.75%

7.00%

6.25%

Conta-corrente (% do PIB)

-1.3%

-0.5%

-0.8%

Taxa de Câmbio (fechamento - R$/US$)

3.26

3.30

3.50

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