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RELATÓRIO DE PROSPEÇÃO, MONITORIZAÇÃO E CONTROLO DE ORGANISMOS DE QUARENTENA 2016

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EMISSOR DGAPPF/DFFAP DATA 31 / 12 / 2016

TÍTULO RELATÓRIO DE PROSPEÇÃO, MONITORIZAÇÃO E CONTROLO DE ORGANISMOS DE QUARENTENA 2016

RELATÓRIO DE PROSPEÇÃO, MONITORIZAÇÃO E

CONTROLO DE ORGANISMOS DE QUARENTENA

2016

Departamento de Gestão de Áreas Públicas e de Proteção Florestal

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Execução de Programas de prospeção, monitorização e controlo de organismos de quarentena  relato sumário, 2016 

Elaborado pela Divisão de Fitossanidade Florestal e de Arvoredo Protegido

Dina Ribeiro Helena Marques Fontes de informação:

ICNF, I.P., Manuais de Procedimentos Internos, Relatórios e Sistema de Gestão de Informação de Sanidade Florestal

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INDICE

1. INTRODUÇÃO ... 4

2. PROSPEÇÃO, MONITORIZAÇÃO E CONTROLO DE ORGANISMOS DE QUARENTENA ... 5

2.1. Agrilus anxius ... 5

2.2. Agrilus planipennis ... 6

2.3. Dendrolimus sibiricus ... 6

2.4. Monochamus spp. (não europeu) ... 7

2.5. Anoplophora chinensis... 7 2.6. Anoplophora glabripennis ... 7 2.7. Nemátodo-da-madeira-do-pinheiro ... 8 2.8. Cancro-resinoso-do-pinheiro ... 9 2.9. Xylella fastidiosa ... 10 2.10. Popilia japonica ... 10 2.11. Xylosandrus crassiusculus ... 10 3. OPERACIONALIZAÇÃO DA PROSPEÇÃO ... 11 4. RESULTADOS ... 12 4.1. Agrilus anxius… ... 12 4.2. Agrilus planipennis ... 13 4.3. Dendrolimus sibiricus ... 15

4.4. Monochamus spp. (não europeu) ... 17

4.5. Anoplophora chinensis... 19 4.6. Anoplophora glabripennis ... 21 4.7. Xylella fastidiosa ... 23 4.8. Popilia japonica ... 26 4.9. Xylosandrus crassiusculus ... 23 5. NOTAS FINAIS ... 30

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1. INTRODUÇÃO

As florestas são importantes recursos globais que fornecem uma gama variada de benefícios ambientais, culturais, económicos e sociais e de produtos naturais renováveis como madeira, combustíveis, fibras, recursos alimentares e químicos, com inúmeras aplicações, com clara influência na vivência das comunidades rurais. Ao nível do ecossistema, fornecem serviços vitais, designadamente, no combate à desertificação, proteção de cursos de água, regulação climática, manutenção da biodiversidade e preservação de valores sociais e culturais.

Acontece que a circulação global de espécimes florestais e dos seus produtos e subprodutos, devida ao comércio, exploração de novas oportunidades de mercado e fluxos humanos é, hoje em dia, uma ameaça à fitossanidade florestal das principais espécies florestais e, logo, à sua sustentabilidade e das fileiras nelas assentes. Com efeito, o estado fitossanitário das manchas florestais que integram as explorações agrárias é fator determinante da sua sustentabilidade, uma vez que os estragos e prejuízos causados por agentes bióticos nocivos (ABN) podem comprometer os objetivos da gestão florestal, sejam eles de proteção ou de produção de bens diretos ou indiretos.

Como exemplo de problemas fitossanitários detetados em Portugal e na União Europeia resultantes da circulação de material lenhoso e de plantas, citam-se a murchidão-dos-pinheiros, causada pelo nemátodo-da-madeira-do-pinheiro (Bursaphelenchus xylophilus), o cancro-resinoso-do-pinheiro, causado pelo fungo Fusarium circinatum ou a bactéria Xylella fastidiosa, classificados como organismos prejudiciais para a União Europeia, existindo fortes restrições à circulação de plantas, material lenhoso, produtos e subprodutos das espécies florestais suas hospedeiras. A Organização Europeia e Mediterrânica para a Proteção das Plantas (OEPP), introduziu estas pragas nas suas listas de organismos de quarentena, Bursaphelenchus xylophilus e Fusarium circinatum (Lista A2 da OEPP, 2014) e Xylella fastidiosa (Lista A1 da OEPP).

Existem ainda outros ABN, considerados de quarentena, que embora não tendo sido detetados em Portugal, devem ser objeto de planos de contingência e consequentemente de ações de prospeção, no sentido de assegurar a sua deteção precoce e garantir uma rápida e efetiva resposta com vista à sua erradicação, em caso de deteção precoce.

Assumem pois extrema relevância, o estabelecimento de planos de ação para prospeção e monitorização de organismos de quarentena já existentes em Portugal e de planos de contingência, para os agentes bióticos nocivos não detetados no nosso território, de modo a possibilitar a implementação de adequadas medidas preventivas, de erradicação e controlo.

Assim, o presente relatório relativo ao ano de 2016, apresenta os principais resultados relacionados com a execução dos planos de atuação direcionados para os organismos de quarentena objeto de cofinanciamento comunitário que, não tendo sido detetados em Portugal, as espécies suas hospedeiras têm sido objeto de ações de prospeção, não só pelos impactes ecológicos e socioeconómicos que criam mas também pela obrigatoriedade legal da sua implementação. Os resultados relativos aos organismos de quarentena existentes em Portugal, nemátodo-da-madeira-do-pinheiro e cancro-resinoso-do-pinheiro, serão tratados em relatórios específicos disponíveis em http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/plan-rel/rel, já que a sua monitorização, prospeção e controlo estão abrangidos por regulamentação própria.

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2. PROSPEÇÃO,MONITORIZAÇÃOECONTROLODEORGANISMOSDEQUARENTENA

Na sequência das orientações emanadas pela Comissão Europeia, em 2015, sobre o cofinanciamento de programas de prospeção que permitem determinar a presença de pragas com base no n.º 6 do artigo 23.º da Diretiva 2000/29/CE, foi elaborada uma lista de espécies de agentes bióticos nocivos, organizados de acordo com as prioridades operacionais estabelecidas pela União Europeia (UE), para prospeção em 2016. Portugal apresentou um programa de prospeção e monitorização que, encontrando-se em conformidade com as orientações emanadas pela Comissão, foi aprovado para cofinanciamento através da Decision Number SANTE/PH/2016/PT/SI2.725928.

Assim, a inclusão das pragas no Programa Nacional de Prospeção, coordenado pela DGAV, teve em consideração não só as diretrizes comunitárias como também:

 a importância das espécies hospedeiras para a floresta portuguesa e da UE;  a presença de hospedeiros;

a situação em Portugal e na Europa no que se refere à presença de pragas, com especial enfâse para o NMP devido à prospeção intensa que deve ser realizada decorrente da Decisão de Execução da Comissão 2012/535/UE, de 26 de setembro e do decreto-lei n.º 95/2011, de 8 de agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 123/2015, de 3 de julho.

Os agentes bióticos nocivos (ABN) para prospetar em 2016 foram divididos por 4 áreas, conforme indicado na Tabela 1.

Tabela 1 - Distribuição dos ABN pelas diferentes áreas, segundo as orientações da Comissão Europeia.

Área Agente biótico nocivo

Área A - Pragas não presentes na União Europeia

Agrilus anxius Agrilus planipennis Dendrolimus sibiricus

Monochamus spp. (não-europeu)

Área B - Pragas sujeitas a medidas regulamentares de proteção fitossanitária Anoplophora chinensis Anoplophora glabripennis Bursaphelenchus xylophilus Giberella circinata Xylella fastidiosa

Área C - Pragas com importância no comércio intra e extra comunitário Popilia japonica

Área D - Pragas não listadas mas que representam perigo para UE Xylosandrus crassiusculus

2.1. Agrilus anxius

O inseto Agrilus anxius é uma espécie de besouro originário da América do Norte, sendo considerado uma praga importante para o declínio das espécies do género Betula. Nesta região do continente americano quase todas as espécies do género Betula são muito sensíveis ao inseto A. Anxius com especial relevância, quanto à suscetibilidade, para as espécies europeias B. Pendula e B. Pubescens e as espécies asiáticas. O

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aumento das importações de estilha para bioenergia, dos EUA e Canadá, está a causar sérias preocupações quanto à entrada do inseto na UE e os seus efeitos nas florestas da Europa, já que o comércio de madeira pode ser o veículo mais importante de disseminação desta praga.

A análise de risco da praga, elaborada sob a égide da OEPP, concluiu que, considerando os dados existentes sobre o movimento das espécies hospedeiras, as formas de disseminação e a suscetibilidade das espécies europeias de bétula, o inseto A. Anxius é uma séria ameaça para as florestas da Europa devendo ser tomadas medidas fitossanitárias eficazes para reduzir o risco de introdução deste inseto.

Os sintomas associados à presença do inseto A. anxius são o amarelecimento das folhas, morte de galhos e ramos, galerias larvares com curvas acentuadas e cheias de serrim, protuberâncias no tronco e ramos e orifícios de saída com forma de um “D”. Os estragos nas árvores são causados pelas larvas que se alimentam do câmbio, os adultos mesmo alimentando-se nas folhas não causam grande estrago. O período de observação mais adequado para observação dos sintomas é de junho a dezembro.

2.2. Agrilus planipennis

O inseto Agrilus planipennis é uma espécie de besouro originário da Ásia. Fora do seu habitat natural é uma espécie invasora e altamente destrutiva para os seus hospedeiros, o género Fraxinus. Os danos são provocados pela alimentação das larvas que se processa no sistema vascular do hospedeiro. Foi assinalada a sua presença nos EUA em 2002, pensando-se que foi introduzido na última década do século XX através de embalagens de madeira e material de suporte de contentores, e desde esta altura já destruiu milhões de árvores de espécies de freixos nativos, tanto nos EUA como no Canadá. Este inseto tem a caraterística particular de ter cor verde-esmeralda.

Segundo a OEPP como não se conhecem espécies europeias do género Agrilus que ataquem freixos, a presença de galerias em freixos deve ser um sinal de alerta.

Os sintomas mais comuns da presença do inseto Agrilus planipennis são o amarelecimento e rarear das folhas, galerias larvares com um formato típico, com curvas acentuadas, e cheias de serrim debaixo da casca, orifícios de saída com forma de um “D”. O período mais adequado para observação dos sintomas é de junho a setembro.

2.3. Dendrolimus sibiricus

O inseto Dendrolimus sibiricus é uma praga muito destrutiva para certas coníferas, que se pensa ser originário da Sibéria, mas que se espalhou para oeste a uma velocidade calculada de 40-50 km por ano. As espécies consideradas potenciais hospedeiras pertencem aos géneros: Abies, Pinus, Larix, Picea e Tsuga. O sintoma da presença de D.sibiricus é a desfolha total das árvores atacadas. O período mais adequado para observação dos sintomas/sinais associados à presença de insetos adultos é de maio a julho. No período de julho a outubro é possível observar com facilidade sintomas associados à atividade larvar. A utilização de armadilha para captura de insetos adultos deve ocorrer entre junho e setembro.

A dispersão local desta praga é feita através do voo natural das fêmeas. A dispersão a longas distâncias deve-se principalmente ao comércio de plantas para plantação, de ramos ornamentais, de madeira e de material de embalagens.

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2.4. Monochamus spp. (não-europeu)

Os insetos do género Monochamus, são considerados de elevado potencial risco fitossanitário por serem vetores do nemátodo-da-madeira-do pinheiro (NMP) – Bursaphelenchus xylophilus, organismo causador de danos consideráveis nas florestas de coníferas, originando a morte dos seus hospedeiros, e consequentemente grandes prejuízos na fileira florestal, não obstante poderem também, por ação direta, causar danos nos seus hospedeiros. As espécies não europeias do género Monochamus fazem parte da lista A1 da OEPP.

Geralmente, os hospedeiros não mostram sintomas específicos da presença do inseto, no entanto, para efeitos de prospeção, existem sinais e sintomas que podem evidenciar a presença deste agente biótico nocivo, nomeadamente a existência de ovoposição i.e. postura de ovos (orifícios cónicos na casca) e galerias larvares nos troncos secos, a secar ou recentemente cortados. Os adultos destes insetos alimentam-se nos raminhos de árvores saudáveis e as larvas na madeira de árvores recentemente cortadas ou em declínio. O período mais adequado para a observação dos sintomas é de abril a outubro.

2.5. Anoplophora chinensis

O inseto A. chinensis é originário da Ásia e consta da Lista A2 como organismo de quarentena da Organização Europeia e Mediterrânica para a Proteção das Plantas (OEPP, 2013), pelo reconhecimento dos graves danos que pode provocar a um vasto leque de espécies. As espécies de maior risco na Europa encontram-se listadas na Decisão de Execução da Comissão 2012/138/UE, de 1 de março, alterada parcialmente pela Decisão de Execução da Comissão 2014/356/EU, de 12 de junho.

Na Europa, o inseto A. chinensis foi detetado pela primeira vez em Itália em 2000, tendo-se seguido a França em 2003 e a Holanda em 2008.

São várias as espécies hospedeiras deste inseto. As mais importantes são: Acer spp., Aesculus hippocastanum, Alnus spp., Betula spp., Carpinus spp., Cercidiphyllum spp.,Cornus spp., Corylus spp., Fagus spp., Malus spp., Platanus spp., Populus spp., Prunus laurocerasus, Pyrus spp., Salix spp. e Ulmus spp. A principal via de dispersão destes insetos é feita através de plantas de viveiro, essencialmente por via da circulação de bonsais e outros materiais vegetais ornamentais.

O ICNF, I.P. aprovou em 2014 o Plano de Contingência do Inseto Anoplophora chinensis que pode ser consultado no seu portal em: http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/plan-rel/resourc/doc/plan/plano-contigencia-Anophlora-chinensis-2014.

2.6. Anoplophora glabripennis

O inseto Anoplophora glabripennis é originário da Ásia e consta das Lista A1 de Quarentena da Organização Europeia e Mediterrânica para a Proteção das Plantas (OEPP, 2013), pelo reconhecimento dos graves danos que pode provocar a um vasto leque de espécies. As espécies de maior risco na Europa encontram-se listadas na Decisão de Execução da Comissão 2015/893/UE, de 9 de junho.

São várias as espécies hospedeiras deste inseto. As mais importantes são: Acer spp., Aesculus hippocastanum, Alnus spp., Betula spp., Carpinus spp., Cercidiphyllum spp., Corylus spp., Fagus spp., Fraxinus spp., Koelreuteria spp., Platanus spp., Populus spp., Salix spp., Tilia spp. e Ulmus spp.

A principal via de dispersão destes insetos é feita através de plantas de viveiro, essencialmente por via da circulação de bonsais e outros materiais vegetais ornamentais.

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Trata-se de uma praga que não foi até ao momento detetada em Portugal, entendendo-se ser fundamental e adequado proceder à implementação de medidas preventivas que minimizem o risco da sua entrada no território nacional e, no caso da sua deteção precoce, permitam a execução de ações de erradicação, atempadas e eficazes. Assim, tendo em consideração a legislação em vigor, um plano de contingência encontra-se em fase de aprovação.

2.7. Nemátodo-da-madeira-do-pinheiro

O nemátodo-da-madeira-do-pinheiro (NMP) é um organismo originário da América do Norte, que foi pela primeira vez detetado na Europa em 1999, em Portugal, mais concretamente na península de Setúbal. Este agente biótico é considerado uma grave ameaça aos povoamentos de pinho, essencialmente de pinheiro-bravo, uma vez que é o agente causal da ‘doença da murchidão do pinheiro’.

Por esse motivo e dados os seus potenciais impactes ao nível ecológico, económico e social, é considerado organismo prejudicial ou de elevada nocividade para a União Europeia e identificado, pela OEPP como organismo de quarentena, existindo fortes restrições à circulação de plantas, material lenhoso, produtos e subprodutos das espécies suas hospedeiras [as espécies florestais gimnospérmicas, vulgarmente designadas por resinosas, dos géneros Abies Mill. (abetos), Cedrus Trew (cedros), Larix Mill. (larix), Picea A. Dietr. (piceas ou espruces), Pinus L. (pinheiros), Pseudotsuga Carr. (falsas-tsugas), e Tsuga Carr (tsugas), com exceção dos seus frutos e sementes], medidas preconizadas na Decisão de Execução da Comissão 2012/535/UE, de 26 de setembro e no decreto-lei n.º 95/2011, de 8 de agosto, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 123/2015, de 3 de julho. As ações para operacionalização destas medidas estão atualmente consubstanciadas no Plano de Ação Nacional para Controlo do Nemátodo-da-Madeira-do-Pinheiro (PANCNMP).

Este plano de ação nacional, estabelecido em 2013 por um período de vigência de 5 anos (2013-2017), cuja execução é anualmente avaliada pela Comissão Europeia, através do Serviço Alimentar e Veterinário (SAV ou FVO, de Food and Veterinary Office), com o objetivo de verificar a implementação das medidas e ações de proteção fitossanitária preconizadas, integra igualmente as conclusões e recomendações que têm vindo a ser referenciadas e produzidas pelas aludidas Missões de Inspeção da Comissão Europeia.

De referir contudo que, pese embora o referido PANCNMP consagre um período de vigência de 5 anos, é, regra geral, reformulado em função dos resultados obtidos na realização das diferentes ações e desenvolvimentos em matéria de conhecimento científico dirigidos ao controlo do NMP, bem como em resultado de novas orientações comunitárias que sejam emanadas pela Comissão Europeia.

Das várias ações enquadradas no PANCNMP, destacam-se:

 A prospeção de coníferas suscetíveis à infeção por NMP (coníferas hospedeiras), amostragem para teste da presença de NMP e monitorização, atividades consagradas no Plano anual de Prospeção e Monitorização dirigido a esse organismo de quarentena;

 A eliminação de árvores suscetíveis;

 A monitorização do inseto vetor e de outros agentes bióticos de declínio;

 O controlo da circulação de material lenhoso e material de embalagem oriundo de coníferas hospedeiras de NMP, particularmente no que respeita à sua circulação para o exterior da Zona de Restrição e para a Zona Tampão e inspeção de unidades industriais que processam e tratam madeira e material de embalagem.

O Plano de ação pode ser consultado no portal do ICNF,I.P. em: http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/ag-bn/nmp/resource/fich/pancnmp/planoNMP-2013-2017.

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2.8. Cancro-resinoso-do-pinheiro

O fungo Gibberella circinata Nirenberg & O’Donnell, conhecido na forma anamorfa por Fusarium circinatum Nirenberg & O’Donnell, habitualmente designado por cancro-resinoso-do-pinheiro, pode causar uma mortalidade significativa em Pinus spp. e danos apreciáveis em Pseudotsuga menziesii (Mirb.) Franco. O fungo apareceu pela primeira vez nos Estados Unidos da América, tendo sido entretanto detetado noutros países, designadamente no Chile, México, África do Sul, Japão, Espanha e Itália. Na sequência do seu aparecimento na Europa, a Comissão Europeia adotou medidas regulamentares de emergência contra a sua introdução e propagação, na Comunidade, através da Decisão da Comissão 2007/433/CE, de 18 de junho. O mesmo está catalogado como organismo de quarentena, constando ainda da Lista A2 da OEPP. Em Portugal, este fungo foi oficialmente assinalado em Abril de 2008, num viveiro florestal situado na região Centro. Perante a confirmação da presença do fungo no nosso país, têm vindo a ser executadas ações de prospeção e monitorização, como previsto na referida Decisão e na Portaria n.º 294/2013, de 27 de setembro. Estas ações têm por base a análise de risco associado à possível presença do fungo (áreas de intervenção) e assentam na observação das plantas ou das árvores adultas e recolha de material em todas as árvores com sintomas e, nos fornecedores de Materiais Florestais de Reprodução (MFR), em todos os lotes de plantas/sementes das espécies hospedeiras.

As ações de prospeção mantiveram-se divididas em três áreas de intervenção, conforme indicado na figura 1, tendo sido estabelecidas prioridades dentro de cada área de intervenção, conforme o risco associado, uma vez que existem limitações ao nível da disponibilidade dos recursos humanos para realizarem ações de prospeção na totalidade dessas áreas. O plano de ação, para 2016-2020, pode ser consultado no portal do ICNF,I.P. em: http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/resource/doc/fusarium/PLANO-ProspecFusarium-2016a2020-28-06-2016-aprvCD.pdf

Figura 1 – Áreas de intervenção estabelecidas para prospeção do Fusarium circinatum. •Prioridade 1 (F1)

• Auto-certificados • CENASEF

• Outros que comercializem sementes hospedeiras • Os que comercializem plantas hospedeiras de

/para outros Estados-membros

• Todos os situados nas freguesias abrangidas pela faixa de 20 km ao longo da fronteira

•Todos os que já tenham tido casos confirmados da presença do fungo

•Prioridade 2 (F2)

• Todos os outros que tenham como atividade a produção de plantas

•Prioridade 3 (F3)

• Os que têm como atividade apenas a

comercialização de plantas, sendo a prospeção efetuada por amostragem (pelo menos 25% dos licenciados ativos no inicio do ano)

Fornecedores de MFR

•Povoamentos de espécies hospedeiras coincidentes com a malha definida no plano anual de monitorização e despiste da presença do NMP, dando prioridade a:

• Pontos da faixa 20 km ao longo da fronteira

• Pontos de uma faixa de 5 km em volta dos fornecedores de MFR

•Restante território

continental, em pelo menos 25% dos pontos com presença de espécies hospedeiras Povoamentos da malha 2x2 km • • Áreas inscritas no RNMB e que ainda não tenham sido visitadas • Áreas inscritas no RNMB e situadas nas freguesias abrangidas pela faixa de 20 km ao longo da fronteira Áreas produtoras de semente

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2.9. Xylella fastidiosa

Xylella fastidiosa é uma bactéria vascular que vive no xilema das plantas, sendo transmitida por insetos vetores e que está classificada como organismo de quarentena devido não só à extensa lista de hospedeiros e aos graves danos que causa nos mesmos mas também com impactes económicos desses danos. Este agente biótico nocivo é originário da América do Norte encontrando-se espalhado por todo o continente Americano onde se manteve circunscrito até ao seu aparecimento na Ásia, em Taipé em 1994, em pereiras e mais tarde em vinha. Na Europa, foi detetado pela primeira vez em 2013, em Itália, em oliveiras. Em junho de 2015 foi detetado em França na ilha da Córsega e em outubro na região de Nice. Em 2016 foi detetada na Alemanha, na região compreendida entre a Saxónia e a Turingia e em Espanha, nas ilhas Maiorca e Ibiza.

Após a sua deteção na Europa, a União Europeia decidiu regulamentar várias espécies e géneros através da Decisão de Execução da Comissão 2015/789/UE, de 18 de maio, alterada pela Decisão de Execução da Comissão 2016/764/EU, de 12 de maio.

Na área florestal, das espécies confirmadas como sensíveis à bactéria, as do género Quercus e Eucalyptus são os hospedeiros com maior impacto económico no setor florestal português. A decisão lista ainda as espécies dos géneros Acacia, Acer, Fraxinus, Juglans, Platanus e Salix.

Mais informação sobre este agente biótico nocivo encontra-se disponível no portal do ICNF,I.P. em

http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/ag-bn/xylella-fastidiosa e no portal da DGAV em

http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=14076974&cboui= 14076974.

O período mais adequado para observação dos sinais é junho e julho e, para observação dos sintomas é entre agosto e novembro.

2.10. Popilia japonica

O inseto Popillia japonica é um escaravelho proveniente do norte do Extremo Oriente, onde não causa grandes danos aos seus hospedeiros, pois é controlado pelos predadores naturais. Nos países onde foi introduzido, Canadá, EUA e Portugal (Açores), é um agente biótico nocivo bastante destruidor. Esta praga encontra-se na lista A1 da OEPP.

A espécie P. japonica tem um leque muito vasto de hospedeiros, sendo conhecidos 295, que variam desde espécies herbáceas até espécies arbóreas. Na Europa as espécies de cariz florestal consideradas potenciais hospedeiros pertencem ao géneros: Acer, Aesculus, Betula, Castanea, Juglans, Malus, Platanus, Populus, Prunus, Salix, Tilia e Ulmus.

A presença deste inseto é facilmente reconhecida pois os adultos alimentam-se nas folhas deixando só as nervuras, ficando as folhas com aspeto rendilhado. As larvas alimentam-se nas raízes causando grandes estragos. O período mais adequado para a observação dos sintomas é de maio a setembro.

A dispersão local ocorre através do voo dos adultos. A dispersão a longas distâncias pode ocorrer através do comércio internacional de material de embalagem e de plantas para plantação com solo junto às raízes (larvas). Adultos de P. japonica foram intercetados em produtos agrícolas, em material de embalagens, em navios e aviões. As larvas podem ser transportadas no solo junto às raízes de plantas para plantação.

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2.11. Xylosandrus crassiusculus

O inseto Xylosandrus crassiusculus é originário da Ásia, com uma vasta distribuição geográfica, e foi introduzido noutros países, presumivelmente, com o comércio de plantas e madeiras. Na Europa encontra-se em Itália, onde foi detetado pela primeira vez em 2003. Considerando o vasto leque de hospedeiros a OEPP adicionou esta praga à Lista de Alerta em 2009.

A espécie X. crassiusculus tem uma gama muito vasta de hospedeiros que abrange espécies

arbóreas e arbustivas. Na Europa as espécies, de interesse florestal, consideradas potenciais

hospedeiros pertencem aos géneros: Alnus, Eucalyptus, Prunus, Quercus, Populus, Salix e Ulmus.

X. crassiusculus ataca preferencialmente as plantas jovens, sendo habitualmente encontrado no terço inferior dessas plantas. Nos EUA é considerada uma praga dos viveiros de ornamentais e de frutícolas. Os sintomas mais comuns são o aparecimento de ramos secos e cordões de serrim, com 3 a 4 cm de comprimento, pendurados nos ramos e troncos. Os estragos são provocados pelas galerias escavadas nos troncos e ramos e pelo fungo Ambrosiella sp. introduzido pela praga, ambos desvalorizando a qualidade da madeira. O período mais adequado para a observação dos sintomas é de março a outubro.

3. OPERACIONALIZAÇÃODAPROSPEÇÃO

A operacionalização da prospeção das pragas descritas no ponto 2 foi antecedida pela formação dos inspetores fitossanitários, técnicos e vigilantes da natureza do ICNF,I.P sobre as diferentes pragas, nomeadamente o seu ciclo biológico, hospedeiros e os sinais e sintomas a observar, assim como sobre os procedimentos a seguir. A informação que serviu de apoio à formação encontra-se em:

http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/resource/doc/divul/apresentacoes/2016-04-01/Pragas-doencas-prospecao-2016-04-01.pdf

Em 2016 realizaram-se 3 ações de formação sobre o tema “Prospeção de agentes bióticos nocivos 2016”, que decorreram no Porto, Coimbra e Viseu em que participaram 25 inspetores fitossanitários e técnicos e 30 vigilantes da natureza.

A realização das ações de prospeção contaram com a participação de 27 inspetores fitossanitários e vigilantes da natureza, conforme indicado na tabela 2.

A coordenação desta prospeção e o registo e síntese da informação fornecida pelos serviços regionais do ICNF, I.P. contou com o envolvimento de 3 técnicos dos serviços centrais (DFFAP).

Tabela 2 – Recursos humanos envolvidos na prospeção de agentes bióticos nocivos, em 2016.

Região Inspetores Fitossanitários (n.º) Vigilantes da Natureza (n.º)

Norte 4 6 Centro 4 6 LVT 3 - Alentejo 3 - Algarve 1 - Total 15 12

(12)

0 2 4 6 8 10 12 14 16

DCNF Norte DCNF Centro Total

N Ob ser vaç õ e s P E 4. RESULTADOS

A informação reportada no presente relatório refere-se aos resultados obtidos em 2016 para o conjunto de organismos de quarentena objeto de cofinanciamento comunitário integrados no Programa Nacional de Prospeção. Não são apresentados os resultados para o NMP nem para o cancro-resinoso-do-pinheiro já que existem relatórios específicos disponíveis emhttp://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/plan-rel/rel. A prospeção, assente na observação visual de sinais e sintomas, baseou-se em pontos apurados pelo cruzamento de uma grelha com um compasso de 2x2 km com a grelha de 500x500m do IFN6. Sempre que no ponto fornecido por este cruzamento de grelhas não existia hospedeiro e sempre que possível, os técnicos procuraram um hospedeiro na área envolvente desse ponto e georreferenciaram o novo ponto. A realização assimétrica da prospeção dos vários ABN pelo território continental está relacionada com a distribuição das espécies hospedeiras, a existência de locais de maior risco (fornecedores de MFR e pontos de entrada ou de destino) e também com a localização das espécies hospedeiras em locais de difícil acesso, o que obrigou à deslocalização de alguns pontos.

4.1. Agrilus anxius

A prospeção deste inseto realizou-se pela primeira vez em 2016, em povoamentos de bétula. Este inseto faz as posturas na casca e fendas do tronco, pelo que não foi feita prospeção em materiais florestais de reprodução (MFR).

Tendo em consideração o conhecimento sobre os hospedeiros preferenciais dos insetos na origem, e a presença dos mesmos em Portugal, a prospeção incidiu no Norte e Centro, uma vez que é onde estes hospedeiros se encontram com certa abundância e por isso, onde o risco de instalação do inseto é maior. Foram prospetados todos os locais previstos (figura 2) distribuídos pelos concelhos indicados na figura 3, não se registando através da inspeção visual, a ocorrência de sintomas ou sinais indiciadores da presença desta praga.

(13)

Figura 3 – Concelhos onde ocorreu prospeção de Agrilus anxius em 2016.

4.2. Agrilus planipennis

O inseto A. planipennis tem como principais hospedeiros as espécies do género Fraxinus, pelo que a prospeção incidiu nas áreas arborizadas com freixo e nos fornecedores de MFR que produzem ou comercializam estas espécies. Como se pode verificar na tabela 3, a prospeção realizou-se em quase todas as regiões, tendo-se verificado uma execução de superior ao previsto (figura 4), distribuída conforme indicado na figura 5. Como se pode verificar pela figura 5, foram abrangidos 22 novos concelhos relativamente a 2015 e em 12 voltou a realizar-se a prospeção desta praga (2015 e 2016).

(14)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Total N Ob ser vaç õ e s P E Tabela 3 – Prospeção prevista e executada, em povoamentos e materiais florestais de reprodução, para

deteção de Agrilus planipennis, em 2016.

Região Povoamentos MFR Total Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Norte 5 5 7 9 12 14 Centro 5 38 5 21 10 59 LVT 5 5 4 4 9 9 Alentejo - - 2 1 2 1 Algarve 5 0 2 0 7 0 Total 20 48 20 35 40 83

(15)

Figura 5 – Concelhos onde ocorreu prospeção de Agrilus planipennis em 2015 e 2016.

4.3. Dendrolimus sibiricus

A prospeção para o inseto Dendrolimus sibiricus realizou-se apenas em povoamentos de espécies hospedeiras (nomeadamente Pinus) localizados preferencialmente em volta de zonas de maior risco, nomeadamente pontos de entrada e pontos de destino autorizados e baseou-se na observação visual de sinais e sintomas. Não foi possível proceder à instalação de armadilhas devido a dificuldades registadas no desenvolvimento do procedimento administrativo para a sua aquisição.

(16)

0 20 40 60 80 100 120 DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Total N Ob ser vaç õ e s P E

Das observações realizadas não se registou a ocorrência de sintomas ou sinais indiciadores da presença do inseto. Tendo em consideração a localização dos pontos de entrada e dos pontos de destino e também a distribuição das espécies hospedeiras, a prospeção centrou-se nas regiões Norte e Centro, conforme indicado na tabela 4, tendo-se verificado uma execução de 67% (figura 6), distribuída conforme indicado na figura 7.

Tabela 4 – Prospeção prevista e executada, em povoamentos, para deteção de Dendrolimus sibiricus, em 2016.

Região

Povoamentos

Pontos a prospetar Pontos prospetados

Norte 54 17 Centro 36 38 LVT 10 12 Alentejo - - Algarve - - Total 100 67

(17)

Figura 7 - Concelhos onde ocorreu prospeção de Dendrolimus sibiricus em 2016.

4.4. Monochamus spp. (não-europeu)

A prospeção para o inseto Monochamus spp. (não europeu) realizou-se apenas em povoamentos de espécies hospedeiras (nomeadamente Pinus) localizados preferencialmente em volta de zonas de maior risco, nomeadamente pontos de entrada e pontos de destino autorizados e baseou-se na observação visual de sinais e sintomas. Não foi possível proceder à instalação de armadilhas devido a dificuldades registadas no desenvolvimento do procedimento administrativo para a sua aquisição.

Das observações realizadas não se registou a ocorrência de sintomas ou sinais indiciadores da presença do inseto. Tendo em consideração a distribuição das espécies hospedeiras, a prospeção centrou-se nas regiões Norte e Centro, conforme indicado na tabela 5, tendo-se verificado uma execução de 67% (figura 8), distribuída conforme indicado na figura 9.

(18)

0 20 40 60 80 100 120 DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Total N Ob ser vaç õ e s P E

Tabela 5 – Prospeção prevista e executada, em povoamentos, para deteção de Monochamus spp. (não-europeu), em 2016.

Região

Povoamentos

Pontos a prospetar Pontos prospetados

Norte 54 17 Centro 36 38 LVT 10 12 Alentejo - - Algarve - - Total 100 67

Figura 8 – Prospeção prevista (P) e executada (E) para deteção de Monochamus spp. (não-europeu), em 2016.

(19)

Figura 9 – Concelhos onde ocorreu prospeção de Monochamus spp. (não-europeu) em 2016.

4.5. Anoplophora chinensis

A prospeção deste inseto assentou na observação visual dos sinais e sintomas em espécies hospedeiras existentes em fornecedores de MFR e em povoamentos de caducifólias, não se tendo registado a ocorrência de sintomas ou sinais indiciadores da presença do inseto. A prospeção abrangeu todas as regiões, com maior incidência no Norte e Centro, no que se refere aos povoamentos (tabela 6), tendo-se verificado uma execução de superior ao previsto (figura 10), distribuída conforme indicado na figura 11.

(20)

0 20 40 60 80 100 120 140 DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Total N Ob ser vaç õ e s P E

Tabela 6 –Prospeção prevista e executada, em povoamentos e materiais florestais de reprodução, para deteção de A. chinensis, em 2016. Região Povoamentos MFR Total Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Norte 30 30 4 9 34 39 Centro 20 41 4 28 24 69 LVT - - 3 4 3 4 Alentejo - 1 2 9 2 10 Algarve - - 2 - 2 - Total 50 72 15 50 65 122

Relativamente aos MFR, foram prospetados mais locais do que os previstos, porque se registou a presença de espécies hospedeiras nesses locais.

Figura 10 – Prospeção prevista (P) e executada (E) para deteção de A. chinensis, em 2016.

Como se pode verificar pela figura 11, foram abrangidos 25 novos concelhos relativamente a 2015, tendo em apenas 6 voltado a realizar-se a prospeção desta praga (2015 e 2016).

(21)

Figura 11 – Concelhos onde ocorreu prospeção de A. chinensis em 2015 e 2016.

4.6. Anoplophora glabripennis

A prospeção para o inseto A. glabripennis realizou-se em povoamentos de folhosas caducifólias e baseou-se na observação visual de sinais e sintomas, essencialmente nos troncos e ramos das árvores. Efetuaram-se também algumas observações em fornecedores de MFR, essencialmente em plantas ornamentais de cariz florestal. Desta observação não se registou a ocorrência de sintomas ou sinais indiciadores da presença do inseto. Tendo em consideração a distribuição das espécies hospedeiras, a prospeção centrou-se nas regiões Norte e Centro, conforme indicado na tabela 7, tendo-se verificado uma execução de superior ao previsto (figura 12), distribuída conforme indicado na figura 13.

(22)

0 20 40 60 80 100 120 DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Total N Ob ser vaç õ e s P E Tabela 7 – Prospeção prevista e executada, em povoamentos e materiais florestais de reprodução, para

deteção de A. glabripennis, em 2016. Região Povoamentos MFR Total Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Norte 30 30 - 5 30 35 Centro 20 41 - 24 20 65 LVT - - - 4 - 4 Alentejo - 1 - 8 - 9 Algarve - - - - Total 50 72 - 41 50 113

Figura 12 – Prospeção prevista (P) e executada (E) para deteção de A. glabripennis, em 2016.

A taxa de execução suplantou amplamente as metas estabelecidas, porque para o mesmo hospedeiro foram também prospetados sintomas e sinais de A. chinensis, que tinha um maior número de pontos previstos e realizaram-se também observações em material de viveiro que não estavam inicialmente previstas.

Como se pode verificar pela figura 13, foram abrangidos 23 novos concelhos relativamente a 2015, tendo em apenas 1 voltado a realizar-se a prospeção desta praga (2015 e 2016).

(23)

Figura 13 – Concelhos onde ocorreu prospeção de A. glabripennis em 2015 e 2016.

4.7. Xylella fastidiosa

A prospeção desta bactéria assentou na observação visual de sintomas em espécies hospedeiras existentes em fornecedores de MFR e em povoamentos. Foram identificados sintomas indiciadores da presença da bactéria, tendo sido recolhidas 54 amostras de material vegetal (tabela 8), as quais foram objeto de análise laboratorial pelo INIAV, I.P., não tendo sido confirmada a presença da bactéria em nenhuma delas.

(24)

Tabela 8 – Número de amostras recolhidas, em povoamentos e materiais florestais de reprodução, para deteção de Xylella fastidiosa, em 2016.

Tendo em consideração a distribuição das espécies hospedeiras, a prospeção abrangeu todas as regiões, conforme indicado na tabela 9, tendo-se verificado uma execução de superior ao previsto (figura 14) nas regiões do Norte e Centro, distribuída conforme indicado na figura 15, onde se pode verificar que foram abrangidos 51 novos concelhos relativamente a 2015, tendo em 19 voltado a realizar-se a prospeção desta praga (2015 e 2016).

Tabela 9 – Prospeção prevista e executada, em povoamentos e materiais florestais de reprodução, para deteção de Xylella fastidiosa, em 2016.

Hospedeiros Povoamentos MFR Total Amostras com sintomas Amostras sem sintomas Amostras com sintomas Amostras sem sintomas Amostras com sintomas Amostras sem sintomas Quercus suber 21 8 6 - 27 8 Quercus robur 6 - 4 - 10 - Quercus pyrenaica 2 - - - 2 - Quercus ilex 3 - 1 - 4 - Quercus canariensis - - 1 - 1 - Quercus rubra - - 1 - 1 - Quercus spp. - 1 - - - 1 Total 32 9 13 - 45 9 Região Povoamentos MFR Total Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Norte 15 20 15 20 30 40 Centro 30 66 15 30 45 96 LVT 20 8 15 14 35 22 Alentejo 20 13 12 11 32 24 Algarve 5 - 3 - 8 - Total 90 107 60 75 150 182

(25)

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Total N Ob ser vaç õ e s P E

Figura 14 – Prospeção prevista (P) e executada (E) para deteção de Xylella fastidiosa, em 2016.

Figura 15 – Concelhos onde ocorreu prospeção de Xylella fastidiosa em 2015 e 2016.

(26)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Total N Ob ser vaç õ e s P E 4.8. Popilia japonica

A prospeção deste inseto assentou na observação visual de sintomas apenas em povoamentos de espécies hospedeiras. Desta observação não se registou a ocorrência de sintomas ou sinais indiciadores da presença do inseto. Tendo em consideração a distribuição das espécies hospedeiras, a prospeção centrou-se nas regiões Norte, Centro e LVT, conforme indicado na tabela 10, tendo-se verificado uma execução de superior ao previsto (figura 16), distribuída conforme indicado na figura 17.

Tabela 10 – Prospeção prevista e executada, em povoamentos, para deteção de Popilia japonica, em 2016.

Região

Povoamentos

Pontos a prospetar Pontos prospetados

Norte 25 26 Centro 25 31 LVT 4 4 Alentejo - 6 Algarve - - Total 54 67

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Figura 17 – Concelhos onde ocorreu prospeção de Popilia japonica em 2016.

4.9. Xylosandrus crassiusculus

A prospeção do inseto Xylosandrus crassiusculus assentou na observação visual de sintomas em espécies hospedeiras existentes em fornecedores de MFR e em povoamentos. Desta observação não se registou a ocorrência de sintomas ou sinais indiciadores da presença do inseto. Tendo em consideração a distribuição das espécies hospedeiras, a prospeção centrou-se nas regiões Norte, Centro e LVT, conforme indicado na tabela 11, tendo-se verificado uma execução de superior ao previsto (figura 18), distribuída conforme indicado na figura 19.

(28)

0 50 100 150 200 250 DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Total N Ob ser vaç õ e s P E Tabela 11 – Prospeção prevista e executada, em povoamentos e materiais florestais de reprodução, para

deteção de Xylosandrus crassiusculus, em 2016.

Figura 18 – Prospeção prevista (P) e executada (E) para deteção de Xylosandrus crassiusculus, em 2016. Região Povoamentos MFR Total Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Pontos a prospetar Pontos prospetados Norte 20 20 12 17 32 37 Centro 30 80 12 56 42 136 LVT - - 13 21 13 21 Alentejo - 1 10 5 10 6 Algarve - - 3 - 3 - Total 50 101 50 99 100 200

(29)
(30)

5. NOTAS

FINAIS

Os planos de contingência e controlo em curso pressupõem uma atuação em contínuo e ao longo dos anos, com vista à deteção precoce e atempada de problemas fitossanitários e, deste modo, à subsequente implementação dos respetivos mecanismos de controlo, possibilitando assim uma correta e eficaz execução dos mesmos.

No decorrer da implementação das ações de prospeção encontraram-se algumas dificuldades que importa assinalar (figura 20) no sentido de melhorar a atuação futura e que conduziram à não execução de todas as metas estimadas no inicio de 2016, sendo também são de assinalar alguns os aspetos positivos que permitiram a implementação de todos os procedimentos.

Figura 20 – Aspetos positivos e dificuldades encontradas durante a prospeção realizada em 2016.

Para os agentes bióticos nocivos não detetados em Portugal, foram elaborados os respetivos planos de contingência, no sentido de estabelecer procedimentos que promovam a deteção precoce destas Pragas e a tomada de medidas eficazes de erradicação e controlo, no caso da sua entrada em Portugal.

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