Do Contrato de Permuta
Sérgio Manuel da Costa Machado
Professor do Ensino Superior
Doutor em Direito pela Faculdade de Direito
impressão e acabamento ACD Print, S.A.
Fevereiro, 2021 depósito legal 480184/21
PREFÁCIO
A obra agora apresentada pelo Doutor Sérgio Machado corresponde, no essencial, à sua tese de doutoramento, que tivemos a honra de orientar. Se a função de um prefácio é a de chamar a atenção para o interesse da obra, este pode ser muito breve porque tal importância é neste caso evi-dente. A opção, muito criticada pelo autor, do legislador do Código Civil atual de não regular a permuta como um contrato típico, sujeitando-a à remissão geral de aplicação das regras da compra e venda aos contra-tos onerosos teve como consequência que a permuta tem merecido uma atenção relativamente reduzida à nossa doutrina. É esta a lacuna que a obra presente vem colmatar, assentando em uma investigação extensa e minuciosa. O autor apresenta a evolução histórica da permuta e sustenta, de modo convincente, a sua importância na atualidade. Se a compra e venda é, como dizia Cunha Gonçalves, “a rainha dos contratos” e é hoje a instituição central para a circulação onerosa de bens, ou, melhor, de coi-sas, está longe de ser a única. E articulando-se a compra e venda sobre os estatutos jurídicos e os papéis sociais de comprador e vendedor, a aplica-ção das suas regras à permuta revela-se delicada, exigindo ao intérprete um esforço de adaptação e, mesmo, por vezes, a recusa em aplicar normas que não estão de acordo com a natureza deste contrato. Como também se revela delicada a fronteira entre compra e venda e permuta. Temas de que o autor trata extensa e persuasivamente. Sublinhe-se, também, o trata-mento dado a uma hipótese de que regularmente se tem ocupado a nossa jurisprudência e que consiste na transmissão atual da propriedade de um terreno sendo a contraprestação a promessa de transmissão de frações do edifício que virá a ser construído no prédio (e que para uma parte da
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doutrina constitui uma permuta de coisa presente por coisa futura), hipó-tese que apresenta uma certa tipicidade social. Em conclusão, a presente obra representa, em nosso entender, uma referência incontornável na dou-trina nacional em matéria de permuta, sendo, além do mais, uma investi-gação de grande interesse prático.
Júlio Gomes
Juiz Conselheiro no STJ, Professor Convidado da Escola de Direito no Porto da UCP
NOTA PRÉVIA
O texto que agora se publica corresponde, com algumas alterações, à disser-tação de doutoramento que foi apresentada na Faculdade de Direito da Uni-versidade Católica Portuguesa (Escola do Porto), em 29 de março de 2019, e discutida e aprovada, em provas públicas, no dia 27 de fevereiro de 2020, perante um júri presidido pelo Professor Doutor Luís Gustavo Martins (Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa), e composto pelos Pro-fessores Doutores Júlio Gomes (Orientador), Filipe de Albuquerque Matos (Arguente), Ana Isabel Afonso (Arguente), Fernando de Gravato Morais, Elsa Vaz de Sequeira, Ana Taveira da Fonseca e Maria Isabel Tavares.
A biografia e jurisprudência citadas têm, todavia, como limite cronoló-gico a data da entrega da dissertação de doutoramento, em março de 2019. Aproveito e dedico estas curtas linhas a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuíram para que o presente trabalho chegasse a este ponto. Consciente de que nesta labuta incessante, de trabalho árduo, eminentemente solitário, sem o apoio de terceiros, a tarefa, apesar de não ser impossível, tornar-se-ia demasiadamente penosa.
Assim, o meu reconhecimento a todos os elementos do júri, nomeada-mente aos Senhores Professores Doutores Filipe de Albuquerque Matos e Ana Isabel Afonso, pela disponibilidade em arguir as provas, bem como pelas observações e comentários críticos que sugeriram para a presente publicação.
Ao Senhor Professor Doutor Júlio Gomes, digníssimo orientador da tese de doutoramento, pela disponibilidade e precioso tempo que agradavel-mente dispensou na orientação do presente estudo, observações e conse-lhos, sempre muito pertinentes, fundamentais na elaboração e conclusão
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desta dissertação. Com humildade, o meu muito obrigado por ter aceite, dirigido e orientado este trabalho.
À Escola de Direito do Porto da Universidade Católica Portuguesa, manifesto o meu agradecimento pelo acolhimento e pela possibilidade conferida de produzir esta dissertação de doutoramento.
Aos amigos, cujo suporte no apoio, motivação e compreensão, permiti-ram que esta caminhada tivesse um indubitável e prazeroso final.
Por fim e no princípio, à minha família, agradecendo, sobremaneira e de forma especial aos meus pais e irmão, pelo apoio demonstrado desde sempre e, especialmente, ao longo do meu percurso académico.
RESUMO
O presente estudo tem por análise o contrato de permuta. Apesar de ser um dos contratos mais antigos, anterior à própria compra e venda, não vem hoje regulado no nosso Código Civil, ainda que esteja estatuído noutros ordenamentos jurídicos.
No desenvolvimento deste trabalho, e em virtude da não regulamen-tação do seu regime no nosso Código Civil, deparamo-nos com dúvidas, cuja solução nos obriga a recorrer a uma adaptação das normas da compra e venda devido ao estatuído no artigo 939º do Código Civil.
Neste estudo, atendendo às vantagens que o contrato de permuta apre-senta nas relações sociais, pretendemos avivar as suas diferenças em rela-ção à darela-ção em cumprimento e ao contrato de compra e venda, bem como aplicação do regime da preferência e do contrato-promessa. Além disso, demostramos a vitalidade do contrato de permuta na sociedade contem-porânea, designadamente em operações de compensação no comércio internacional, assim como nas relações de consumo em que a Internet tem papel interventivo no incremento de práticas contratuais de permuta. Finalmente, será abordada a questão das transações da permuta de terrenos por frações autónomas a construir e as dificuldades que surgem neste tipo de operação contratual.
Palavras-chave: Direito dos Contratos, contrato de permuta, compra
ABSTRACT
The present study presents na andysis of the exchange contract. Although this is one of the oldest type of contracts, prior to buying and selling, it is not regulated in our Civil Code, though it is established in other legal systems.
In the development of this work, and due to the fact that its regime is not regulated in our Civil Code, we are faced with some doubts, whose solution demands that we resort to an adaptation of the rules of sale as dued in the provisions of article 939º of the Civil Code.
In this study, taking into account the advantages that the exchange contract presents in social relations, we intend to emphasize their dif-ferences in relation to the payment in compliance and the purchase and sale agreement, as well as the application of the preference regime and the contract-promise. In addition, to this, we will try to demonstrate the exchange contract´s vitality in contemporary society, namely in compen-sation operations in international trade, as well as consumer relations in which the Internet has an intervening role in the increase of contractual exchange practices.
Finally, it will be discussed the question of land transactions swapping for autonomous fractions to be built and the difficulties that arise in this type of contractual operation.
Keywords: Contracts Law, contract of Exchange, sale, exchange of
MODO DE CITAR, OUTRAS CONVENÇÕES E ABREVIATURAS
As referências bibliográficas feitas neste trabalho são citadas indicando o seu autor, título, volume, editora, local de publicação, ano e páginas. Ape-nas a primeira referência conterá todos os elementos, sendo que as referên-cias subsequentes à mesma obra serão citadas, mencionando o seu autor, a designação op. cit. e respetivas páginas.
No caso de terem sido citadas várias obras do mesmo autor, a citação será feita pela indicação do autor, seguida de uma abreviatura do título da obra ou da publicação periódica.
As codificações legais são aqui citadas através de abreviaturas. O mesmo para as revistas nacionais e estrangeiras.
As citações de jurisprudência são feitas com indicação do tribunal, da data e da revista onde foram publicadas. Quando se recorre à jurisprudên-cia publicada na base de dados do Instituto da Tecnologias de Informação na Justiça constante da Internet (www.dgsi.pt), os acórdãos são identifica-dos fazendo menção ao tribunal, número do processo e relator.
A doutrina e a legislação estrangeiras, quando referidas em texto, são traduzidas para português, sendo a tradução, no caso de a obra não se encontrar traduzida, da nossa responsabilidade.
Escreve-se de acordo com a nova ortografia, isto é, ao abrigo do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Resolução da Assembleia da República nº 26/91, de 23 de agosto. Apenas mantemos o título das obras e o texto delas, retirados conforme a ortografia em vigor na data da sua publicação.
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Seguem as siglas e abreviaturas utilizadas:
AAFDL – Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa AA.VV. – Autores Vários
ABGB – Allegemeine Bürgerliche Gesetzbuch (Código Civil austríaco) Ac. – Acórdão
ACIV – Aranzadi Civil
ACP – Archiv für die Civilistische Praxis ADC – Anuario de Derecho Civil ADCon. – Anuario de Derecho Concursal
AFDUC – Anuario da Facultade de Dereito da Universidade da Coruña AFDUL – Anales de La Facultad de Derecho da Universidade de La Laguna
AHDE – Anuario de Historia del Derecho Español Art. – artigo
Arts. – artigos
ASN – Academia Sevillana del Notariado Auf. – Auflage
AUJ – Acórdão de Uniformização de Jurisprudência BCE – Boletim de Ciências Económicas
BFDUC – Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra BGB – Bürgerliches Gesetzbuch (Código Civil alemão)
BMJ – Boletim do Ministério da Justiça CC – Código Civil de 1966
CC 1867 – Código Civil de 1867 CCB – Código Civil Brasileiro CCEsp. – Código Civil Espanhol CCFr. – Código Civil Francês
CCG – Cláusulas Contratuais Gerais CCIt. – Código Civil Italiano CCom. – Código Comercial
CCom. Esp. – Código Comercial Espanhol CCP – Código dos Contratos Públicos
CDADC – Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos CDC – Cuadernos de Derecho y Comercio
CDP – Cadernos de Direito Privado Cfr. – Confrontar
CIRC – Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas CIRE – Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas
CJ – Colectânea de Jurisprudência
CMVM – Cadernos do Mercado de Valores Mobiliários CN – Código do Notariado
Colab. – Colaboração Coord. – Coordenador
MODO DE CITAR, OUTRAS CONVENÇÕES E ABREVIATURAS
CPC – Código de Processo Civil CPI – Código da Propriedade Industrial CPub. – Código da Publicidade
CRC – Código do Registo Comercial CRP – Constituição da República Portuguesa CRPred. – Código do Registo Predial
CSC – Código das Sociedades Comerciais CT – Código do Trabalho
CVM – Código dos Valores Mobiliários DDP – Digesto delle Discipline Privatische
Dir. – Diretor Dirs. – Diretores
DJ – Direito e Justiça DL – Decreto-Lei
DPC – Derecho Privado y Constitución DR – Diário da República
DSR – Direito das Sociedades em Revista ed. – Edição
ED – Enciclopedia Del Diritto
EDC – Estudos de Direito do Consumidor
EIDC – Estudos do Instituto de Direito do Consumo Esp. – Espanhola
FDUL – Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Jurismat – Revista Jurídica do Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes LDC – Lei de Defesa do Consumidor (Lei nº 24/96, de 31 de julho)
nº – número
NDI – Nuovo Digesto Italiano NssDI – Nivissimo Digesto Italiano op. cit. – opere citatum
org. – organização p. – página
PGR – Procuradoria Geral da República polic. – policopiado
Proc. – Processo
RADP – Revista Aranzadi de Derecho Patrimonial RB – Revista da Banca
RCDI – Revista Crítica de Derecho Inmobiliario RDC – Revista de Direito Civil
RDCiv. – Rivista di diritto civile
RDES – Revista de Direito e de Estudos Sociais RDI – Revista de Direito da Insolvência RDN – Revista de Derecho Notarial
RDP – Revista de Derecho Privado
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REEE – Revista de Estudios Económicos y Empresariales Reimp. – Reimpressão
Rel. – Relator
RFDUP – Revista da Faculdade de Direito da Universidade do Porto RGD – Revista General de Derecho
RGDE – Rivista Giurídica Dell´Edilizia RGDR – Revista General de Derecho Romano
RGLJ – Revista General de Legislación y Jurisprudencia RIDRA – Rivista Internazionale di Diritto Romano e Antico
RJAAFDL – Revista Jurídica da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa
RJCS – Regime Jurídico do Contrato de Seguro, aprovado pelo DL 72/2008, de 16 de abril
RJUAM – Revista Jurídica Universidad Autónoma de Madrid RLJ – Revista de Legislação e de Jurisprudência RLT – Revista de Los Tribunales
ROA – Revista da Ordem dos Advogados RPC – Revista de Política Social
RPCC – Revista Portuguesa de Ciência Criminal RTDC – Revue Trimestrielle de Droit Civil
RUE – Revista de Urbanismo y Edificación Sep. – Separata
SI – Scientia Ivridica ss. – seguintes
STA – Supremo Tribunal Administrativo STJ – Supremo Tribunal de Justiça Supl. – Suplemento
T. – Tomo
TC – Tribunal Constitucional
THD-ULisboa – Teoria e História do Direito – Centro de Investigação da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Themis – Revista da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa trad. – tradução
TRG – Tribunal da Relação de Guimarães TRL – Tribunal da Relação de Lisboa TRP – Tribunal da Relação do Porto
Vol. – volume
NÓTULA INTRODUTÓRIA
O escopo deste estudo reside em saber qual a relevância do contrato de permuta na sociedade contemporânea e quais os problemas que lhe estão associados. Assim, tendo em conta estas duas premissas, refletiremos sobre “O Contrato de Permuta”, bem como sobre a sua pertinência e importân-cia no passado, no presente e, naturalmente, no futuro.
Apesar de ser um dos contratos mais antigos, anterior à própria com-pra e venda, não está hoje regulado no nosso CC. Além disso, tem sido, entre nós, um contrato pouco estudado, sendo este um dos motivos que nos levou a debruçarmo-nos sobre tal instituto.
À primeira vista, pode parecer um contrato antiquado ou em desuso. Ora, a prática mostra-nos o contrário, sendo, por isso, que pretendemos demonstrar a sua relevância no tempo atual.
Sucede ainda que, hoje, pode parecer um contrato inútil1. Porém, veri-ficamos o oposto, pois, como demostraremos, proporciona uma utilidade enorme nas relações humanas.
Em virtude da sua não regulamentação no nosso CC, deparamo-nos com imensas dúvidas, que nos obrigam a recorrer a uma adaptação das normas da compra e venda.
A intenção do legislador foi tornar o contrato de compra e venda como o protótipo de outros contratos onerosos, por força do art. 939º do CC. Tal caminho, contudo, levantar-nos-á problemas no que concerne aos limites da compra e venda e da permuta, para os quais a nossa lei não nos dá res-postas diretas.
1 Cfr. Pires de Lima e Antunes Varela, Código Civil Anotado, Vol. II, 4ª ed., Coimbra Editora,
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Mas as dificuldades de delimitação do campo fronteiriço do contrato de permuta e do contrato de compra e venda são antigas. Ora, a discussão em torno da permuta e da compra e venda é bem conhecida, do Direito Romano; tomando como exemplos a Escola Sabiniana e a Escola Procu-leiana, para a primeira o preço podia ser constituído por outra coisa, sendo o contrato de permuta uma forma de compra e venda; já a segunda conside-rava que o preço devia ser sempre em dinheiro, destacando-se as diferenças entre o contrato de permuta e o contrato de compra e venda, pois para a Escola Proculeiana estava-se perante duas modalidades jurídicas distintas.
Deste modo, atendendo às vantagens que o contrato de permuta apre-senta nas relações sociais, pretendemos realçar as suas diferenças em rela-ção ao contrato de compra e venda, bem como de outros institutos, tais como o contrato-promessa, a preferência e a dação em cumprimento. Outra questão que, por vezes, causa alguma perplexidade, e também dificuldades, é a intervenção do dinheiro num contrato de permuta, mormente quando se pretende fazer a equivalência entre os bens a permutar, ou seja, quando se procura dar uma atribuição valorativa aos bens tendo em conta os inte-resses e desejos das partes contraentes.
Também não podemos esquecer os novos mecanismos que surgem com o apogeu dos meios tecnológicos, nomeadamente a Internet, nem as novas figuras que despontam no comércio internacional e que têm uma certa semelhança com o contrato de permuta.
Levantam-se ainda outras questões acerca da permuta de terrenos por frações a construir, em que se coloca em dúvida a qualificação do contrato. Consequentemente, são imensas as contendas colocadas por este tipo de transação contratual, sobretudo quando estamos perante uma insolvência. A par disto, surge uma pluralidade de relações de consumo, nas quais o contrato de permuta não passa despercebido. Trata-se, por isso, de um con-trato importantíssimo nas relações humanas contemporâneas. As necessi-dades de consumo, aliadas às novas tecnologias, trazem uma importância acrescida ao contrato de permuta.
De facto, com a transformação digital que tem ocorrido nos últimos anos, houve uma mudança de paradigmas nas relações de consumo. Surge uma nova variante de contratos de permuta, celebrados através de plata-formas digitais.
Por vezes, o contrato de permuta tem um papel secundário na socie-dade, devido à ausência de um preço, ao contrário do que sucede com o
NÓTULA INTRODUTÓRIA contrato de compra e venda, que adquiriu um papel preponderante nas relações humanas. É, na verdade, devido à relevância da compra e venda e ao papel da moeda que surge a dificuldade em estabelecer qual a fron-teira entre a permuta e a compra e venda.
Deparamo-nos com dificuldades na aplicação das normas da compra e venda ao contrato de permuta, visto terem elas sido pensadas somente para contratos em que se estabelece um preço.
Para responder às dúvidas que colocamos e ao objetivo que delineamos, utilizaremos os métodos que são próprios da ciência jurídica. Teremos em atenção a legislação nacional, nomeadamente o CC, bem como a jurispru-dência, a doutrina e o direito comparado.
Com o nosso estudo, gostaríamos de contribuir para uma maior cla-rificação doutrinária do instituto, oferecendo respostas a problemas em torno do contrato de permuta.
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ÍNDICE
prefácio 7 nota prévia 9 resumo 11 abstract 13modo de citar, outras convenções e abreviaturas 15 nótula introdutória 19 1. BREVE RESENHA HISTÓRICA DO CONTRATO DE PERMUTA 23
1.1. Dos Primórdios ao Direito Romano 23
1.2. O Direito Visigótico 44
1.3. O Direito Muçulmano 47
1.4. A Tradição Romanista 48
1.5. O Direito Português 49
1.5.1. A Codificação 54
2. RELEVÂNCIA DO CONTRATO DE PERMUTA
NA SOCIEDADE HODIERNA 59 3. NOÇÃO DE PERMUTA 75 4. CARACTERÍSTICAS QUALIFICATIVAS DO CONTRATO
DE PERMUTA 83
4.1. Contrato Nominado e Atípico 83
4.2. Contrato Consensual 85
4.3. Contrato Sinalagmático 85
4.4. Contrato Oneroso 86
4.5. Contrato Comutativo 88
4.6. Contrato Translativo ou Duplamente Translativo 88
4.7. Contrato Obrigacional 88
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5. PERMUTA VERSUS TROCA 91
6. A PERMUTA NO ÂMBITO MERCANTIL 93 7. O CONTRATO PRELIMINAR E A FORMAÇÃO EM TORNO
DA PERMUTA 111 7.1. Os Contratos Preliminares em Torno do Contrato de Permuta 127 7.1.1. O Contrato Promessa em Vista ao Contrato de Permuta 128 7.1.2. A Preferência e o Elo de Ligação ao Contrato de Permuta 146
8. PERMUTA VERSUS DAÇÃO EM CUMPRIMENTO 167
9. DISTINÇÃO ENTRE A PERMUTA E A COMPRA E VENDA 183 10. NORMAS DA COMPRA E VENDA 207
10.1. A Forma – Artigo 875º do Código Civil 208
10.2. A Redução do Preço – Artigo 884º do Código Civil 212
10.3. Momento da Entrega da Coisa – Artigo 885º do Código Civil 213 10.4. Permuta de Coisa ou Direito Litigioso – Artigo 876º do Código Civil 214 10.5. A Permuta de Pais a Filhos – Artigo 877º do Código Civil 217 10.6. Despesas do Contrato de Permuta – Artigo 878º do Código Civil 227
10.7. Permuta de Bens Alheios 229
10.8. Garantia de Evicção 234
10.9. Permuta de Coisas Sujeitas a Contagem, Pesagem ou Medição 239
10.10. Permuta de Bens Onerados 243
10.11. Permuta de Coisas Defeituosas 250
10.12. A Permuta a Contento e Sujeita a Prova 267
10.13. Permuta a Retro 277
10.14. A Permuta Sobre Documentos 295
11. A PERMUTA DE BENS DE CONSUMO – O ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO DECRETO-LEI 67/2003 AO CONTRATO DE PERMUTA 301 12. A PERMUTA DE TERRENOS POR EDIFICAÇÃO FUTURA
A CONSTRUIR 337
12.1. Considerações Gerais 337
12.2. A Qualificação do Contrato 340
12.3. A Obrigação das Partes na Permuta de Terreno por Frações
a Construir 360
ÍNDICE
503 12.5. O Registo da Permuta de Terrenos por Frações a Construir 377
12.6. Os Meios de Defesa do Cedente do Terreno 385
12.7. A Insolvência e o Contrato de Permuta 408
conclusão 433
bibliografia 439
jurisprudência consultada 489 outras consultas 499