• Nenhum resultado encontrado

Do Contrato de Permuta

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Do Contrato de Permuta"

Copied!
25
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)

Do Contrato de Permuta

Sérgio Manuel da Costa Machado

Professor do Ensino Superior

Doutor em Direito pela Faculdade de Direito

(4)

impressão e acabamento ACD Print, S.A.

Fevereiro, 2021 depósito legal 480184/21

(5)
(6)
(7)

PREFÁCIO

A obra agora apresentada pelo Doutor Sérgio Machado corresponde, no essencial, à sua tese de doutoramento, que tivemos a honra de orientar. Se a função de um prefácio é a de chamar a atenção para o interesse da obra, este pode ser muito breve porque tal importância é neste caso evi-dente. A opção, muito criticada pelo autor, do legislador do Código Civil atual de não regular a permuta como um contrato típico, sujeitando-a à remissão geral de aplicação das regras da compra e venda aos contra-tos onerosos teve como consequência que a permuta tem merecido uma atenção relativamente reduzida à nossa doutrina. É esta a lacuna que a obra presente vem colmatar, assentando em uma investigação extensa e minuciosa. O autor apresenta a evolução histórica da permuta e sustenta, de modo convincente, a sua importância na atualidade. Se a compra e venda é, como dizia Cunha Gonçalves, “a rainha dos contratos” e é hoje a instituição central para a circulação onerosa de bens, ou, melhor, de coi-sas, está longe de ser a única. E articulando-se a compra e venda sobre os estatutos jurídicos e os papéis sociais de comprador e vendedor, a aplica-ção das suas regras à permuta revela-se delicada, exigindo ao intérprete um esforço de adaptação e, mesmo, por vezes, a recusa em aplicar normas que não estão de acordo com a natureza deste contrato. Como também se revela delicada a fronteira entre compra e venda e permuta. Temas de que o autor trata extensa e persuasivamente. Sublinhe-se, também, o trata-mento dado a uma hipótese de que regularmente se tem ocupado a nossa jurisprudência e que consiste na transmissão atual da propriedade de um terreno sendo a contraprestação a promessa de transmissão de frações do edifício que virá a ser construído no prédio (e que para uma parte da

(8)

8

DO CONTRATO DE PERMUTA

doutrina constitui uma permuta de coisa presente por coisa futura), hipó-tese que apresenta uma certa tipicidade social. Em conclusão, a presente obra representa, em nosso entender, uma referência incontornável na dou-trina nacional em matéria de permuta, sendo, além do mais, uma investi-gação de grande interesse prático.

Júlio Gomes

Juiz Conselheiro no STJ, Professor Convidado da Escola de Direito no Porto da UCP

(9)

NOTA PRÉVIA

O texto que agora se publica corresponde, com algumas alterações, à disser-tação de doutoramento que foi apresentada na Faculdade de Direito da Uni-versidade Católica Portuguesa (Escola do Porto), em 29 de março de 2019, e discutida e aprovada, em provas públicas, no dia 27 de fevereiro de 2020, perante um júri presidido pelo Professor Doutor Luís Gustavo Martins (Vice-Reitor da Universidade Católica Portuguesa), e composto pelos Pro-fessores Doutores Júlio Gomes (Orientador), Filipe de Albuquerque Matos (Arguente), Ana Isabel Afonso (Arguente), Fernando de Gravato Morais, Elsa Vaz de Sequeira, Ana Taveira da Fonseca e Maria Isabel Tavares.

A biografia e jurisprudência citadas têm, todavia, como limite cronoló-gico a data da entrega da dissertação de doutoramento, em março de 2019. Aproveito e dedico estas curtas linhas a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, contribuíram para que o presente trabalho chegasse a este ponto. Consciente de que nesta labuta incessante, de trabalho árduo, eminentemente solitário, sem o apoio de terceiros, a tarefa, apesar de não ser impossível, tornar-se-ia demasiadamente penosa.

Assim, o meu reconhecimento a todos os elementos do júri, nomeada-mente aos Senhores Professores Doutores Filipe de Albuquerque Matos e Ana Isabel Afonso, pela disponibilidade em arguir as provas, bem como pelas observações e comentários críticos que sugeriram para a presente publicação.

Ao Senhor Professor Doutor Júlio Gomes, digníssimo orientador da tese de doutoramento, pela disponibilidade e precioso tempo que agradavel-mente dispensou na orientação do presente estudo, observações e conse-lhos, sempre muito pertinentes, fundamentais na elaboração e conclusão

(10)

10

DO CONTRATO DE PERMUTA

desta dissertação. Com humildade, o meu muito obrigado por ter aceite, dirigido e orientado este trabalho.

À Escola de Direito do Porto da Universidade Católica Portuguesa, manifesto o meu agradecimento pelo acolhimento e pela possibilidade conferida de produzir esta dissertação de doutoramento.

Aos amigos, cujo suporte no apoio, motivação e compreensão, permiti-ram que esta caminhada tivesse um indubitável e prazeroso final.

Por fim e no princípio, à minha família, agradecendo, sobremaneira e de forma especial aos meus pais e irmão, pelo apoio demonstrado desde sempre e, especialmente, ao longo do meu percurso académico.

(11)

RESUMO

O presente estudo tem por análise o contrato de permuta. Apesar de ser um dos contratos mais antigos, anterior à própria compra e venda, não vem hoje regulado no nosso Código Civil, ainda que esteja estatuído noutros ordenamentos jurídicos.

No desenvolvimento deste trabalho, e em virtude da não regulamen-tação do seu regime no nosso Código Civil, deparamo-nos com dúvidas, cuja solução nos obriga a recorrer a uma adaptação das normas da compra e venda devido ao estatuído no artigo 939º do Código Civil.

Neste estudo, atendendo às vantagens que o contrato de permuta apre-senta nas relações sociais, pretendemos avivar as suas diferenças em rela-ção à darela-ção em cumprimento e ao contrato de compra e venda, bem como aplicação do regime da preferência e do contrato-promessa. Além disso, demostramos a vitalidade do contrato de permuta na sociedade contem-porânea, designadamente em operações de compensação no comércio internacional, assim como nas relações de consumo em que a Internet tem papel interventivo no incremento de práticas contratuais de permuta. Finalmente, será abordada a questão das transações da permuta de terrenos por frações autónomas a construir e as dificuldades que surgem neste tipo de operação contratual.

Palavras-chave: Direito dos Contratos, contrato de permuta, compra

(12)
(13)

ABSTRACT

The present study presents na andysis of the exchange contract. Although this is one of the oldest type of contracts, prior to buying and selling, it is not regulated in our Civil Code, though it is established in other legal systems.

In the development of this work, and due to the fact that its regime is not regulated in our Civil Code, we are faced with some doubts, whose solution demands that we resort to an adaptation of the rules of sale as dued in the provisions of article 939º of the Civil Code.

In this study, taking into account the advantages that the exchange contract presents in social relations, we intend to emphasize their dif-ferences in relation to the payment in compliance and the purchase and sale agreement, as well as the application of the preference regime and the contract-promise. In addition, to this, we will try to demonstrate the exchange contract´s vitality in contemporary society, namely in compen-sation operations in international trade, as well as consumer relations in which the Internet has an intervening role in the increase of contractual exchange practices.

Finally, it will be discussed the question of land transactions swapping for autonomous fractions to be built and the difficulties that arise in this type of contractual operation.

Keywords: Contracts Law, contract of Exchange, sale, exchange of

(14)
(15)

MODO DE CITAR, OUTRAS CONVENÇÕES E ABREVIATURAS

As referências bibliográficas feitas neste trabalho são citadas indicando o seu autor, título, volume, editora, local de publicação, ano e páginas. Ape-nas a primeira referência conterá todos os elementos, sendo que as referên-cias subsequentes à mesma obra serão citadas, mencionando o seu autor, a designação op. cit. e respetivas páginas.

No caso de terem sido citadas várias obras do mesmo autor, a citação será feita pela indicação do autor, seguida de uma abreviatura do título da obra ou da publicação periódica.

As codificações legais são aqui citadas através de abreviaturas. O mesmo para as revistas nacionais e estrangeiras.

As citações de jurisprudência são feitas com indicação do tribunal, da data e da revista onde foram publicadas. Quando se recorre à jurisprudên-cia publicada na base de dados do Instituto da Tecnologias de Informação na Justiça constante da Internet (www.dgsi.pt), os acórdãos são identifica-dos fazendo menção ao tribunal, número do processo e relator.

A doutrina e a legislação estrangeiras, quando referidas em texto, são traduzidas para português, sendo a tradução, no caso de a obra não se encontrar traduzida, da nossa responsabilidade.

Escreve-se de acordo com a nova ortografia, isto é, ao abrigo do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Resolução da Assembleia da República nº 26/91, de 23 de agosto. Apenas mantemos o título das obras e o texto delas, retirados conforme a ortografia em vigor na data da sua publicação.

(16)

16

DO CONTRATO DE PERMUTA

Seguem as siglas e abreviaturas utilizadas:

AAFDL – Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa AA.VV. – Autores Vários

ABGB – Allegemeine Bürgerliche Gesetzbuch (Código Civil austríaco) Ac. – Acórdão

ACIV – Aranzadi Civil

ACP – Archiv für die Civilistische Praxis ADC – Anuario de Derecho Civil ADCon. – Anuario de Derecho Concursal

AFDUC – Anuario da Facultade de Dereito da Universidade da Coruña AFDUL – Anales de La Facultad de Derecho da Universidade de La Laguna

AHDE – Anuario de Historia del Derecho Español Art. – artigo

Arts. – artigos

ASN – Academia Sevillana del Notariado Auf. – Auflage

AUJ – Acórdão de Uniformização de Jurisprudência BCE – Boletim de Ciências Económicas

BFDUC – Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra BGB – Bürgerliches Gesetzbuch (Código Civil alemão)

BMJ – Boletim do Ministério da Justiça CC – Código Civil de 1966

CC 1867 – Código Civil de 1867 CCB – Código Civil Brasileiro CCEsp. – Código Civil Espanhol CCFr. – Código Civil Francês

CCG – Cláusulas Contratuais Gerais CCIt. – Código Civil Italiano CCom. – Código Comercial

CCom. Esp. – Código Comercial Espanhol CCP – Código dos Contratos Públicos

CDADC – Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos CDC – Cuadernos de Derecho y Comercio

CDP – Cadernos de Direito Privado Cfr. – Confrontar

CIRC – Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas CIRE – Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas

CJ – Colectânea de Jurisprudência

CMVM – Cadernos do Mercado de Valores Mobiliários CN – Código do Notariado

Colab. – Colaboração Coord. – Coordenador

(17)

MODO DE CITAR, OUTRAS CONVENÇÕES E ABREVIATURAS

CPC – Código de Processo Civil CPI – Código da Propriedade Industrial CPub. – Código da Publicidade

CRC – Código do Registo Comercial CRP – Constituição da República Portuguesa CRPred. – Código do Registo Predial

CSC – Código das Sociedades Comerciais CT – Código do Trabalho

CVM – Código dos Valores Mobiliários DDP – Digesto delle Discipline Privatische

Dir. – Diretor Dirs. – Diretores

DJ – Direito e Justiça DL – Decreto-Lei

DPC – Derecho Privado y Constitución DR – Diário da República

DSR – Direito das Sociedades em Revista ed. – Edição

ED – Enciclopedia Del Diritto

EDC – Estudos de Direito do Consumidor

EIDC – Estudos do Instituto de Direito do Consumo Esp. – Espanhola

FDUL – Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Jurismat – Revista Jurídica do Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes LDC – Lei de Defesa do Consumidor (Lei nº 24/96, de 31 de julho)

nº – número

NDI – Nuovo Digesto Italiano NssDI – Nivissimo Digesto Italiano op. cit. – opere citatum

org. – organização p. – página

PGR – Procuradoria Geral da República polic. – policopiado

Proc. – Processo

RADP – Revista Aranzadi de Derecho Patrimonial RB – Revista da Banca

RCDI – Revista Crítica de Derecho Inmobiliario RDC – Revista de Direito Civil

RDCiv. – Rivista di diritto civile

RDES – Revista de Direito e de Estudos Sociais RDI – Revista de Direito da Insolvência RDN – Revista de Derecho Notarial

RDP – Revista de Derecho Privado

(18)

18

DO CONTRATO DE PERMUTA

REEE – Revista de Estudios Económicos y Empresariales Reimp. – Reimpressão

Rel. – Relator

RFDUP – Revista da Faculdade de Direito da Universidade do Porto RGD – Revista General de Derecho

RGDE – Rivista Giurídica Dell´Edilizia RGDR – Revista General de Derecho Romano

RGLJ – Revista General de Legislación y Jurisprudencia RIDRA – Rivista Internazionale di Diritto Romano e Antico

RJAAFDL – Revista Jurídica da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa

RJCS – Regime Jurídico do Contrato de Seguro, aprovado pelo DL 72/2008, de 16 de abril

RJUAM – Revista Jurídica Universidad Autónoma de Madrid RLJ – Revista de Legislação e de Jurisprudência RLT – Revista de Los Tribunales

ROA – Revista da Ordem dos Advogados RPC – Revista de Política Social

RPCC – Revista Portuguesa de Ciência Criminal RTDC – Revue Trimestrielle de Droit Civil

RUE – Revista de Urbanismo y Edificación Sep. – Separata

SI – Scientia Ivridica ss. – seguintes

STA – Supremo Tribunal Administrativo STJ – Supremo Tribunal de Justiça Supl. – Suplemento

T. – Tomo

TC – Tribunal Constitucional

THD-ULisboa – Teoria e História do Direito – Centro de Investigação da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Themis – Revista da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa trad. – tradução

TRG – Tribunal da Relação de Guimarães TRL – Tribunal da Relação de Lisboa TRP – Tribunal da Relação do Porto

Vol. – volume

(19)

NÓTULA INTRODUTÓRIA

O escopo deste estudo reside em saber qual a relevância do contrato de permuta na sociedade contemporânea e quais os problemas que lhe estão associados. Assim, tendo em conta estas duas premissas, refletiremos sobre “O Contrato de Permuta”, bem como sobre a sua pertinência e importân-cia no passado, no presente e, naturalmente, no futuro.

Apesar de ser um dos contratos mais antigos, anterior à própria com-pra e venda, não está hoje regulado no nosso CC. Além disso, tem sido, entre nós, um contrato pouco estudado, sendo este um dos motivos que nos levou a debruçarmo-nos sobre tal instituto.

À primeira vista, pode parecer um contrato antiquado ou em desuso. Ora, a prática mostra-nos o contrário, sendo, por isso, que pretendemos demonstrar a sua relevância no tempo atual.

Sucede ainda que, hoje, pode parecer um contrato inútil1. Porém, veri-ficamos o oposto, pois, como demostraremos, proporciona uma utilidade enorme nas relações humanas.

Em virtude da sua não regulamentação no nosso CC, deparamo-nos com imensas dúvidas, que nos obrigam a recorrer a uma adaptação das normas da compra e venda.

A intenção do legislador foi tornar o contrato de compra e venda como o protótipo de outros contratos onerosos, por força do art. 939º do CC. Tal caminho, contudo, levantar-nos-á problemas no que concerne aos limites da compra e venda e da permuta, para os quais a nossa lei não nos dá res-postas diretas.

1 Cfr. Pires de Lima e Antunes Varela, Código Civil Anotado, Vol. II, 4ª ed., Coimbra Editora,

(20)

20

DO CONTRATO DE PERMUTA

Mas as dificuldades de delimitação do campo fronteiriço do contrato de permuta e do contrato de compra e venda são antigas. Ora, a discussão em torno da permuta e da compra e venda é bem conhecida, do Direito Romano; tomando como exemplos a Escola Sabiniana e a Escola Procu-leiana, para a primeira o preço podia ser constituído por outra coisa, sendo o contrato de permuta uma forma de compra e venda; já a segunda conside-rava que o preço devia ser sempre em dinheiro, destacando-se as diferenças entre o contrato de permuta e o contrato de compra e venda, pois para a Escola Proculeiana estava-se perante duas modalidades jurídicas distintas.

Deste modo, atendendo às vantagens que o contrato de permuta apre-senta nas relações sociais, pretendemos realçar as suas diferenças em rela-ção ao contrato de compra e venda, bem como de outros institutos, tais como o contrato-promessa, a preferência e a dação em cumprimento. Outra questão que, por vezes, causa alguma perplexidade, e também dificuldades, é a intervenção do dinheiro num contrato de permuta, mormente quando se pretende fazer a equivalência entre os bens a permutar, ou seja, quando se procura dar uma atribuição valorativa aos bens tendo em conta os inte-resses e desejos das partes contraentes.

Também não podemos esquecer os novos mecanismos que surgem com o apogeu dos meios tecnológicos, nomeadamente a Internet, nem as novas figuras que despontam no comércio internacional e que têm uma certa semelhança com o contrato de permuta.

Levantam-se ainda outras questões acerca da permuta de terrenos por frações a construir, em que se coloca em dúvida a qualificação do contrato. Consequentemente, são imensas as contendas colocadas por este tipo de transação contratual, sobretudo quando estamos perante uma insolvência. A par disto, surge uma pluralidade de relações de consumo, nas quais o contrato de permuta não passa despercebido. Trata-se, por isso, de um con-trato importantíssimo nas relações humanas contemporâneas. As necessi-dades de consumo, aliadas às novas tecnologias, trazem uma importância acrescida ao contrato de permuta.

De facto, com a transformação digital que tem ocorrido nos últimos anos, houve uma mudança de paradigmas nas relações de consumo. Surge uma nova variante de contratos de permuta, celebrados através de plata-formas digitais.

Por vezes, o contrato de permuta tem um papel secundário na socie-dade, devido à ausência de um preço, ao contrário do que sucede com o

(21)

NÓTULA INTRODUTÓRIA contrato de compra e venda, que adquiriu um papel preponderante nas relações humanas. É, na verdade, devido à relevância da compra e venda e ao papel da moeda que surge a dificuldade em estabelecer qual a fron-teira entre a permuta e a compra e venda.

Deparamo-nos com dificuldades na aplicação das normas da compra e venda ao contrato de permuta, visto terem elas sido pensadas somente para contratos em que se estabelece um preço.

Para responder às dúvidas que colocamos e ao objetivo que delineamos, utilizaremos os métodos que são próprios da ciência jurídica. Teremos em atenção a legislação nacional, nomeadamente o CC, bem como a jurispru-dência, a doutrina e o direito comparado.

Com o nosso estudo, gostaríamos de contribuir para uma maior cla-rificação doutrinária do instituto, oferecendo respostas a problemas em torno do contrato de permuta.

(22)

501

ÍNDICE

prefácio 7 nota prévia 9 resumo 11 abstract 13

modo de citar, outras convenções e abreviaturas 15 nótula introdutória 19 1. BREVE RESENHA HISTÓRICA DO CONTRATO DE PERMUTA 23

1.1. Dos Primórdios ao Direito Romano 23

1.2. O Direito Visigótico 44

1.3. O Direito Muçulmano 47

1.4. A Tradição Romanista 48

1.5. O Direito Português 49

1.5.1. A Codificação 54

2. RELEVÂNCIA DO CONTRATO DE PERMUTA

NA SOCIEDADE HODIERNA 59 3. NOÇÃO DE PERMUTA 75 4. CARACTERÍSTICAS QUALIFICATIVAS DO CONTRATO

DE PERMUTA 83

4.1. Contrato Nominado e Atípico 83

4.2. Contrato Consensual 85

4.3. Contrato Sinalagmático 85

4.4. Contrato Oneroso 86

4.5. Contrato Comutativo 88

4.6. Contrato Translativo ou Duplamente Translativo 88

4.7. Contrato Obrigacional 88

(23)

DO CONTRATO DE PERMUTA

5. PERMUTA VERSUS TROCA 91

6. A PERMUTA NO ÂMBITO MERCANTIL 93 7. O CONTRATO PRELIMINAR E A FORMAÇÃO EM TORNO

DA PERMUTA 111 7.1. Os Contratos Preliminares em Torno do Contrato de Permuta 127 7.1.1. O Contrato Promessa em Vista ao Contrato de Permuta 128 7.1.2. A Preferência e o Elo de Ligação ao Contrato de Permuta 146

8. PERMUTA VERSUS DAÇÃO EM CUMPRIMENTO 167

9. DISTINÇÃO ENTRE A PERMUTA E A COMPRA E VENDA 183 10. NORMAS DA COMPRA E VENDA 207

10.1. A Forma – Artigo 875º do Código Civil 208

10.2. A Redução do Preço – Artigo 884º do Código Civil 212

10.3. Momento da Entrega da Coisa – Artigo 885º do Código Civil 213 10.4. Permuta de Coisa ou Direito Litigioso – Artigo 876º do Código Civil 214 10.5. A Permuta de Pais a Filhos – Artigo 877º do Código Civil 217 10.6. Despesas do Contrato de Permuta – Artigo 878º do Código Civil 227

10.7. Permuta de Bens Alheios 229

10.8. Garantia de Evicção 234

10.9. Permuta de Coisas Sujeitas a Contagem, Pesagem ou Medição 239

10.10. Permuta de Bens Onerados 243

10.11. Permuta de Coisas Defeituosas 250

10.12. A Permuta a Contento e Sujeita a Prova 267

10.13. Permuta a Retro 277

10.14. A Permuta Sobre Documentos 295

11. A PERMUTA DE BENS DE CONSUMO – O ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO DECRETO-LEI 67/2003 AO CONTRATO DE PERMUTA 301 12. A PERMUTA DE TERRENOS POR EDIFICAÇÃO FUTURA

A CONSTRUIR 337

12.1. Considerações Gerais 337

12.2. A Qualificação do Contrato 340

12.3. A Obrigação das Partes na Permuta de Terreno por Frações

a Construir 360

(24)

ÍNDICE

503 12.5. O Registo da Permuta de Terrenos por Frações a Construir 377

12.6. Os Meios de Defesa do Cedente do Terreno 385

12.7. A Insolvência e o Contrato de Permuta 408

conclusão 433

bibliografia 439

jurisprudência consultada 489 outras consultas 499

(25)

Referências

Documentos relacionados

de lôbo-guará (Chrysocyon brachyurus), a partir do cérebro e da glândula submaxilar em face das ino- culações em camundongos, cobaios e coelho e, também, pela presença

Ainda que eles não conhecessem perfeitamente os limites das dioceses, con­ servar-se-ia entre o clero e os fiéis a memória da Sé a que obe­ deciam as suas igrejas,

Focamos nosso estudo no primeiro termo do ensino médio porque suas turmas recebem tanto os alunos egressos do nono ano do ensino fundamental regular, quanto alunos

O movimento cognitivista enfatiza o funcionamento do sistema cognitivo, esta- belecendo uma ruptura no domínio da in- vestigação na psicologia. A pesquisa tradi- cional

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o

Como parte de uma composição musi- cal integral, o recorte pode ser feito de modo a ser reconheci- do como parte da composição (por exemplo, quando a trilha apresenta um intérprete

Finally,  we  can  conclude  several  findings  from  our  research.  First,  productivity  is  the  most  important  determinant  for  internationalization  that 

A democratização do acesso às tecnologias digitais permitiu uma significativa expansão na educação no Brasil, acontecimento decisivo no percurso de uma nação em