a) Resenha do texto de Freud – SOBRE O INÍCIO DO TRATAMENTO (NOVAS
a) Resenha do texto de Freud – SOBRE O INÍCIO DO TRATAMENTO (NOVAS
RECOMENDAÇES SOBRE A T!CNICA DA "SICAN#$ISE I)%
RECOMENDAÇES SOBRE A T!CNICA DA "SICAN#$ISE I)%
Neste texto, Freud reúne algumas regras para o início do tratamento, extraídas de
Neste texto, Freud reúne algumas regras para o início do tratamento, extraídas de
sua própria experiência, para facilitar a prática de psicanalistas militantes. Entretanto,
sua própria experiência, para facilitar a prática de psicanalistas militantes. Entretanto,
não pretende que sejam aceitas incondicionalmente, nomeandoas de recomenda!"es.
não pretende que sejam aceitas incondicionalmente, nomeandoas de recomenda!"es.
Em#ora seguir um ritual ou roteiro muitas $e%es possa conter questionamentos que
Em#ora seguir um ritual ou roteiro muitas $e%es possa conter questionamentos que
parecerão
parecerão irrele$antes, irrele$antes, entende entende que, que, no no todo, todo, constituem constituem pe!as pe!as fundamentais fundamentais parapara
sele!ão de pacientes. &esta forma, considera mais prudente que se dedique um tempo '
sele!ão de pacientes. &esta forma, considera mais prudente que se dedique um tempo '
o#s
o#ser$er$a!ão do a!ão do pacipacientente, e, antanterioerior r a a quaqualqulquer er proproposposta ta de de trattratameamentonto, , parpara a ter ter umum
$islum#re das possi#ilidades diagnósticas que le$em a um posicionamento quanto ao
$islum#re das possi#ilidades diagnósticas que le$em a um posicionamento quanto ao
tipo de tratamento mais adequado.
tipo de tratamento mais adequado.
(lguns cuidados de$em ser tomados no início para não se corra o risco de
(lguns cuidados de$em ser tomados no início para não se corra o risco de
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equíuí$o$ococos s quque e caucausarsariam iam dedescscononfiafian!n!a, a, ininsegsegururanan!a !a e e a#a#anandodono no do do papacicienente te aoao
tratamento)
tratamento)
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a* +ong+ongos de#aos de#ates prelimtes preliminares aninares antes do intes do início do tício do tratamenratamento analto analítico, títico, tratamenratamentoto
pr$io
pr$io por por outro outro mtodo mtodo e e tam#m tam#m con-ecimento con-ecimento anterior anterior entre entre o o mdico mdico e e oo
paciente
paciente são são desastrosas, desastrosas, pois pois pode pode encontrar encontrar o o mdico, mdico, com com uma uma atitude atitude dede
tran
transfersferêncência ia já já estesta#ela#eleciecida, da, o o que que proproporporciociona na ao ao pacpacieniente te uma uma diadianteinteirara
temporária, que não l-e concederíamos $oluntariamente no tratamento
temporária, que não l-e concederíamos $oluntariamente no tratamento
#*
#* &esconfiar &esconfiar de de pacientes pacientes que que queiram queiram esperar esperar um um pouco pouco o o início início do do tratamento,tratamento,
pois certo que, quando a ocasião for fa$orá$el, ele a#andonará o tratamento
pois certo que, quando a ocasião for fa$orá$el, ele a#andonará o tratamento
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c* /er o mais pr/er o mais profiofissiossional ponal possíssí$el e ter a certe%a de qu$el e ter a certe%a de que, pacie, pacienteentes cujos cujos la!os des la!os de
am
ami%ai%adedes s sesejam jam prpróxóximimos os ou ou famfamililiariareses, , teterá rá essessa a amami%ai%ade de estestremremeciecidada,,
independente do resultado do tratamento
independente do resultado do tratamento
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d* 0ac0acienientes com grandtes com grandes expeces expectatitati$as no tratam$as no tratamentento ou o ou os cticos cticos de$eros de$erão ser ão ser
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infoformrmadados os quque, e, susua a coconfnfiaian!n!a a ou ou dedescscononfiafian!n!as as são são ququase ase dedespspre%re%í$í$eiseis
comparadas 's resistências internas que mantêm a neurose firmemente no lugar.
comparadas 's resistências internas que mantêm a neurose firmemente no lugar.
1 confiante poderá ter sua impressão fa$orá$el destruída na primeira dificuldade
1 confiante poderá ter sua impressão fa$orá$el destruída na primeira dificuldade
e quanto ao ctico, terá que sa#er que sua desconfian!a apenas um sintoma,
e quanto ao ctico, terá que sa#er que sua desconfian!a apenas um sintoma,
co
como mo os os seseus us ououtrotros s sisintntomomasas, , e e nãnão o coconsnstititutuirá irá ininterterfeferênrênciacia, , dedesdsde e ququee
conscienciosamente execute o que dele requer a regra do tratamento.
conscienciosamente execute o que dele requer a regra do tratamento.
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e* 2r2ra#aa#al-al-ar com os r com os pacpacienientes todtes todos os dias, poios os dias, pois quands quando as o as -or-oras de tra#alas de tra#al-o são-o são
menos frequ
menos frequentes -á o risco entes -á o risco de não se de não se poder mantpoder manter o er o passo com a $ida real passo com a $ida real dodo
paciente e
paciente e de o de o tratamento perder tratamento perder o contato o contato com o com o presente e presente e sermos for!asermos for!ados ados a
utili%ar atal-os. 1casionalmente deparase com pacientes a quem se tem de
utili%ar atal-os. 1casionalmente deparase com pacientes a quem se tem de
con-ecer mais que o tempo mdio de uma -ora por dia.
con-ecer mais que o tempo mdio de uma -ora por dia.
f*
f* 3an3anter firter firme o acordme o acordo quano quanto ao tempto ao tempo e o e ao $alao $alor estior estipulpulado peado pelo tratlo tratameamentonto,,
assim cada paciente terá consciência de que l-e foi atri#uída uma -ora específica
assim cada paciente terá consciência de que l-e foi atri#uída uma -ora específica
e que
e que responsá$el por ela, mesmo que não fa!a responsá$el por ela, mesmo que não fa!a uso da mesma, caso uso da mesma, caso contrácontráriorio
as faltas ocasionais 4como simular doen!as que são frequentes e dão 5asas6 ao
acaso*, poderiam aumentar de tal forma que o mdico iria $er sua existência material amea!ada.
1utro ponto o din-eiro, dos -onorários mdicos. 7m analista não discute que o din-eiro de$e ser considerado, em primeira inst8ncia, como meio de autopreser$a!ão e de o#ten!ão de poder e que esta questão de$e ser tratada com coerência e com franque%a natural. 9ejeitase uma falsa $ergon-a so#re o assunto e comunicase o pre!o em que o profissional a$alia seu tempo. Não se atri#ui $alores pequenos, para não des$alori%ar o tra#al-o e, o tratamento gratuito, aumenta enormemente as resistências do neurótico. ( ausência do efeito regulador oferecido pelo pagamento de -onorários ao mdico tornase, ela própria muito penosamente sentida pri$ando o paciente de um forte moti$o para esfor!arse para dar continuidade ao tratamento. 1 psicanalista de$ese colocar na posi!ão de um cirurgião, uma $e% que, igual a este, por sua competência seu tratamento poderá ser útil ou le$ar o paciente a transtornos ainda piores e mais agra$antes.
g* 0ode -a$er perguntas inoportunas tais) :uanto tempo durará o tratamento; &e quanto tempo o psicanalista precisará para ali$iar o pro#lema; ( pergunta relati$a ' dura!ão pro$á$el de um tratamento quase irrespondí$el. ( psicanálise sempre questão de longos períodos de tempo, de meio ano ou de
anos inteiros, de períodos maiores do que o paciente espera. <ai depender de quanto o paciente quer ser ajudado, o ní$el e a etiologia da neurose, a lentidão com que se reali%am as mudan!as profundas na mente = em última inst8ncia, fora de dú$ida, a atemporalidade de nossos processos inconscientes ( neurose tem o caráter de um organismo. /uas manifesta!"es não são independentes uma das outras condicionamse mutuamente e dãose apoio recíproco. 1 analista que deseja que o tratamento ten-a êxito fará #em em se a#ster so#re o resultado da terapia ele coloca em mo$imento um processo que de$erá solucionar as repress"es existentes, afastar o#stáculos ou in$alidar parte deles, mas o processo segue sua própria rota.
-* >rande parte dos pacientes inicia o tratamento assegurandonos que não conseguem pensar em nada para di%er, em#ora todo o campo da -istória de sua $ida e da doen!a se encontram a#ertos para escol-er. /a#emos que, enquanto escuta$a todas as regras fundamentais da análise, fe% a reser$a na mente do que poderia ou não falar. ?sso demonstra o quão desconfiado se ac-a da análise ou das coisas -orripilantes que ou$iu a respeito dela. 2emos que ser firmes e repetir ao paciente de que impossí$el que não l-e ocorra nada para contar pois, esses são os primeiros sintomas ou a!"es fortuitas do paciente, tal como sua primeira resistência e que para nós, possui interesse especial e re$ela um complexo que dirige a neurose.
i* Finali%ando, grande parte dos pacientes não gostam de fa%er a terapia deitados, enquanto o mdico se senta atrás dele, fora de sua $ista. >eralmente o paciente encara essa o#riga!ão como inc@moda especialmente se o instinto de ol-ar 4escopofilia* desempen-ar papel importante em sua neurose. &e$emos declinar e
manter essa postura, pois $amos impedir a transferência 's associa!"es do paciente.
<emos com isso que a terapia um jogo de for!as colocado em a!ão pelo tratamento. ( for!a primária na terapia o sofrimento do paciente e o desejo de ser curado. ( intensidade desta for!a moti$adora de resistência diminui quando são desco#ertos os moti$os, dando informa!"es ao paciente, no momento certo, para que ele seja capa% de remo$er os sintomas de sua doen!a. Neste ponto, desde que a pertur#a!ão da transferência 4pro$ocada pelo aparecimento sucessi$o de resistências transferenciais* ten-a sido remo$ida, podese moti$ar tam#m sua compreensão intelectual, que l-e a#re uma fonte de for!a para sua supera!ão.