Condições para escolha da anestesia Condições fisiológicas do paciente;
Presença de severidade e doenças coexistentes;
Recuperação pós operatória das mais diversos tipos de anestesias; Opções de manuseio da dor no pós operatório;
Tipo e duração do procedimento cirúrgico; Posição do paciente durante a cirurgia; Exigencias particulares do cirurgião. Anestesia Regional
Bloqueio do nervo cervical Anestesia Espinhal
Os anestésicos locais são utilizados a fim de bloquear a passagem do impulso doloroso pela medula espinhal.
As técnicas utilizadas são a raquianestesia (ou simplesmente raqui) e a peridural. Pode estender-se desde a ponta do processo xifoide até os pés (POTER, 2002).
Anestesia Epidural Peridural
Realizado pela punção lombar e introduz o anestésico espaço epidural, fora da dura-máter.
(POTER, 2002). Anestesia Regional
Anestesia peridural
Obtém-se a anestesia peridural injetando uma solução de anestésico local no espaço epidural.
A anestesia peridural é realizada sem que qualquer meninge seja perfurada. Trata-se de depositar o anestésico no espaço epidural (epi = acima), antes da dura-máter Indicações:
cirurgias abdominais, parto vaginal, cesáreas, cirurgias ginecológicas, urológicas, plástica de abdômen e outras da extremidade inferior.
Obtida por punção lombar e no mesmo ato injeta-se a solução anestésico no líquido cefalorraquidiano no espaço subaracnóideo.
(POTER, 2002). Anestesia Regional - Raquianestesia
São três as meninges: a pia-máter (que está em contato mais íntimo com a medula), a aracnóide (localizada entre a pia-máter e a dura-máter) e a dura-máter, mais externa e mais espessa.
A Raquianestesia é feita entre a pia máter e a aracnoíde pia-máter
Líquor céfalo raquidiano Aracnóide
dura-máter
Indicações:
cirurgias abdominais infraumbilicais; cirurgias ortopédicas; cirurgias vasculares de membros inferiores; cirurgias urológicas; cirurgias perineais; cirurgias obstétricas (cesárea e fórceps).
Vantagens da Peridural sobre a Raqui:
área de anestesia mais definida; maior tempo de ação; efeitos cardiovasculares, respiratórios e gastroentestinais em menor escala; menores sequelas neurológicas (cefaléia, meningite).
Desvantagens da Peridural sobre a Raqui:
técnica mais delicada; relaxamento muscular incompleto; toxemia (injeção de grandes volumes); perigo de perfuração de dura-máter; Perigo de hemorragia extradural por lesão de vasos. Anestesia peridural Anestesia Regional Anestesia peridural Raquianestesia Classificada: Venosa Inalatória
Balanceada Combinada Fases:
Pré-operatória: Compensação das alterações clínicas ◦ Controle da ansiedade pré-operatória
Intra-operatória:
◦ Monitorização do paciente: ECG, PVC, PAM, oxímetro de pulso... FASES DO PERÍODO ANESTÉSICO
Geral endovenosa
Tem a vantagem de ser produzida por injeção intravenosa, agradável para o paciente, fácil administração, porém não há meio de removê-la do organismo.
Tipos
Por inalação:Administração de agente inalatório como agente principal, utiliza-se o aparelho respiratório como via de adm., pode ser realizada por líquidos voláteis e gases.
- Líquidos voláteis: Vapores de anestésicos líquidos como halotano, tricloetileno, metoxiflurona e enflurano, são inalados.
Por Gazes
O óxido nitroso (N2O) causa o mínimo de disfunção orgânica, indução e recuperação são rápidas, as principais complicações são hipotensão arterial, disritmias cardíacas, hipóxia, distendem ao final a cavidade, podendo causar ruptura de vísceras em caso de obstrução intestinal e aplasia medular. Odor adocicado, não irritante, ñ explosivo. Gases (oxigênio + ar comprimido ou oxigênio + óxido nitroso ou ainda oxigênio puro) e
um agente anestésico inalatório (exemplos: halotano, sevofluorano) Indicação: Crianças
Anestésicos injetáveis Tiopental
cetamina: Propofol:
Methoexital sódico
AGENTES ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS OPIÓIDES Fentanil Alfentanil Sufentanil Remifentanil NÃO-OPIÓIDES Barbitúricos (Tiopental) Benzodiazepínicos (Midazolam) Etomidato Propofol Cetamina Medicações
◦ O tiopental leva a inconsciência em 30 segundos, a indução é agradável, não há zumbidos, estrondos ou vertigem que acompanham os anestésicos por inalação, é um poderoso depressor respiratório, as vezes causa espirros, tosse, sufocação, PCR, espasmos de glote e vias aéreas inferiores.
◦ O etomidato: uso bastante difundido por sua qualidade superior de
recuperação ao tiopental, causa depressão respiratória em menor intensidade, as principais complicações são dor no local do trajeto venoso e mioclonias, náuseas e vômitos.
Medicações
◦ A cetamina: realizada em tratamento cirúrgico que não necessite de relaxamento muscular esquelético, indução rápida, mantém reflexos de deglutição e tosse, não é hipotensora. Suas desvantagens pode causar nistagmo, ligeiro aumento da pressão intra-ocular, movimentos tônicos – clônicos que se assemelham a convulsão, doses elevadas podem causar alucinações e depressão respiratória.
◦ Propofol: hipnótico de curta duração, indicado para indução e manutenção da anestesia, o despertar ocorre entre 4 a 8 minutos, na fase de recuperação pode apresentar náusea, vômito, tremor, sensação de frio, cefaléia, euforia e desinibição sexual.
Medicações
◦ Methoexital sódico: tem ação curta, pode causar dor no local da injeção, além de incidência de maior atividade motora durante a indução, mioclonias e soluços.
◦ O tempo de ação pode ser curto, intermediário e longo, a ação é aumentada com o isso da adrenalina.
◦ Antagonização
O efeito de algumas drogas não cessa pela simples interrupção de sua administração, é necessária uma droga antagonista: neostigmina (prostigmine) que é utilizada para reverter ação dos relaxantes musculares, naloxona (narcan) para acabar rapidamente o efeito dos opiáceos, flumazenil ( lanexat) reverter rapidamente benzodiazepínicos Sedação
É um estado de alteração da consciência, induzido por sedativos, que apresenta diferentes níveis de intensidade, desde ficar acordado e tranqüilo, até profundamente sonolento. Independente da intensidade da sedação, você poderá receber medicações analgésicas ou anestesia no local da cirurgia.
Responsabilidades da Enfermeira Avaliação Anestésica
Perguntar sobre experiências anteriores com anestesias,uso de medicamentos Auscultar a função cardíaca
Avaliar características físicas como pescoço curto,pessoas atléticas Informar sobre a restrição de ingesta hídrica e sólida
Explicar os riscos da anestesia
Responder as inquietações do paciente Responsabilidades da Enfermeira Recepção do Paciente
Cumprimentar o paciente pelo nome e apresentar-se 1. Checar a identificação do paciente
2. Verificar o procedimento cirúrgico,local e cirurgião 3. Rever o prontuário
Responsabilidades da Enfermeira
Revisar exames de laboratório: Hemograma completo,bioquímica,TP,TC. Tipo sanguíneo e prova cruzada.
ECG
Confirmar restrição hídrica e de sólidos desde a noite anterior,realização de hig. corporal e roupa adequada
Retirar próteses dentárias,prótese de olho,lentes,óculos etc Informar necessidade de esvaziar a bexiga
Responsabilidades da Enfermeira Prender o cabelo e colocar o gorro Aparar as unhas e retirar o esmalte Verificar autorização de cirurgia
Checar necessidade de clister e realização Administrar sedação e medicação pré-anestésica Apoio emocional permanente
CUIDADOS DE ENFERMAGEM Humanização na Assistência de Enfermagem no Centro Cirúrgico
Receber bem o paciente; Perguntar o nome do paciente; Olhar para o paciente;
Dizer quem é e o que faz na equipe; Preservar a intimidade do paciente; Não deixá-lo sozinho;
Detectar condições de: medo, ansiedade, nervosismo, etc. e passar segurança e promovendo conforto;
A American Society Anesthesiologists (A.S.A.), apresenta uma classificação das condições físicas. Trata-se de uma avaliação da gravidade de doenças sistêmicas, disfunções neurológicas e anormalidades anatômicas.
ASA 1: paciente sadio
ASA 2: paciente com doença sistêmica leve ASA 3: paciente com doença sistêmica grave
ASA 4 : paciente com doença sistêmica severa que é um constante risco para a vida ASA 5: moribundo que não se espera sobreviver sem a cirurgia
ASA 6: paciente com morte cerebral declarada cujo os órgão estão sendo removidos para fim de doação.
Regressão da anestesia
Após cessar a administração do anestésico, deve-se ocorrer retorno progressivo da consciência, paralelo a eliminação dos anestésicos.
A regressão tem quatro estágios:
1º estágio: paciente responde a estímulo doloroso. 2º estágio: acorre abertura de olhos ao comando verbal 3º estágio: o paciente responde a perguntas simples
4º estágio: o paciente apresenta boa orientação no tempo e espaço. Complicações
Podem ser classificadas de acordo com à técnica ou devido ao anestésico. Durante a recuperação pós-anestésica, destaca-se a cefaléia pós-punção da
dura-máter que se caracteriza devido à punção com agulha calibrosa ocorrendo hipotensão liquórica com cefaléia occipital intensa. O tratamento é o mesmo aplicado a cefaléia pós-raqui que consiste em repouso no leito, hidratação, analgésico e diazepam 10mg manhã e noite ou cafeína ou tiaprida. Caso persista a cefaléia após 24horas, orienta-se a realização do tampão sanguíneo autólogo.