APFT
de Fomento ao Turfe
Associação Paulista
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Ano 5 Nº 931
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Jornal
Informativo
APFT ENTREVISTA: MANOEL NUNES Por Victor Corrêa
Ídolo no turfe asiático, o piloto brasileiro Manoel
Nunes é um dos bridões mais requisitados em Macau.
Vencedor de nada menos que cinco estatísticas (na atual temporada ocupa a vice-liderança, atrás do compatriota Fausto Durso) na referida praça turfística, Nunes já cruzou o disco de chegada no primeiro posto em nada menos que mil duzentas e cinqüenta duas vezes em sua carreira, que vem sendo desempenhada desde 1995. O piloto de trinta e seis anos concedeu entrevista exclusiva à reportagem da APFT, e a mesma poderá ser conferida na íntegra, no newsletter desta quinta-feira.
APFT: Hoje você é um dos profissionais mais premiados do turfe asiático. Os treinadores e proprietários têm sempre em mente o seu nome. Qual é a sensação de ter o seu trabalho reconhecido?
Nunes: É muito gratificante. E é realmente
reconhecimento de muito trabalho, dedicação e honestidade. No início eu era somente mais um jóquei estrangeiro vindo pra Macau. Levou um tempo para
eu mostrar o meu trabalho e ser reconhecido nele. Como aqui na Ásia o jogo é muito forte, eles achavam que eu iria “parar” cavalo, ou me envolver em jogo. Então, até eu conseguir mostrar a que vim, levou realmente um tempo.
APFT: Onde você encontrou mais dificuldades durante o período de adaptação: na questão cultural ou no próprio turfe de Macau?
Nunes: Nas duas áreas. Na cultura, minha primeira
dificuldade foi a alimentação. Quando eu cheguei, não comia nada. E eles têm muitas superstições que hoje conheço, mas na época eu não sabia, como por exemplo, você não poder recusar um convite de jantar, a não ser que o motivo seja extremamente importante. E muitos outros. Já no turfe, o sentido das corridas é ao contrário, o traçado da raia é diferente, a velocidade das corridas é diferente de São Paulo, onde eu estava acostumado a montar. Aqui a gente tem que montar bem limpo e claro. Qualquer deslize gera suspensão.
APFT: O volume de apostas em Macau é altíssimo, e aumenta cada vez mais. Como isso se torna possível? É uma questão de marketing, divulgação das corridas, ou é a paixão dos turfistas locais pelo turfe?
Nunes: Eu acredito que as três opções em conjunto.
Hoje a assiduidade dos turfistas é menor do que quando eu cheguei aqui, mas eu tive a chance de ver fila para entrar no Jockey (no Ano Novo Chinês, devido à tradição deles de apostar nesta época), mas devido ao aumento no número de cassinos, a audiência nas corridas diminuiu. A maioria dos proprietários que tem cavalos em Macau, também tem cavalos em Hong Kong. E como na China não há apostas, nem corridas de cavalo, os chineses vêm pra Macau e Hong Kong (digo China propriamente dita, visto que Macau e Hong Kong ainda são regiões de administração especial).
APFT: Há uma passagem onde você acabou caindo de um cavalo (visivelmente manco, tropeçou no “pique” de partida), logo após a
Manoel Nunes
largada, mas a comissão entendeu que você havia se atirado. E mesmo a ocorrência sendo fácil de ser identificada (todos viram o “tropeção”) custaram a aceitar as suas explicações, mesmo você sendo um ídolo local. Isso é verdade? Tal rigor por parte dos comissários, em sua opinião, é benéfico ou acaba atrapalhando?
Nunes: É verdade, isso realmente aconteceu. Esse
cavalo era o favorito do páreo e estava manco. Eu pedi pra examinarem-no antes do páreo, mas como tratava-se do favorito, o veterinário disse que não poderia retirar. Quando abriu o box, ele tropeçou e eu caí. Provavelmente alguém “grande” deve ter perdido algum dinheiro nisso, e mandou me suspender. Só para você ter uma idéia: 80% dos cavalos que eu monto são favoritos, porque os apostadores acham que eu escolho as montarias. Mas nem sempre é assim. Na maioria das vezes eu me comprometo com os proprietários antes de sair o programa, e procuro honrar o que eu havia acordado.
APFT: Atualmente há mais jóqueis brasileiros atuando em Macau, no caso o Fausto Durso e o Tiago Josué Pereira. Ambos também conseguem bons resultados. O que os jóqueis brasileiros possuem de especial que lhes garante esse sucesso todo em Macau?
Nunes: Acredito que os jóqueis brasileiros se dão
bem em qualquer lugar do mundo, pela sua honestidade e pelo seu trabalho. Os australianos dominavam Macau anteriormente, mas hoje o domínio é dos brasileiros. E repito, isso é resultado de muito trabalho.
APFT: A questão do treinamento, em Macau, destoa muito do que é feito pelos treinadores no Brasil?
Nunes: Sem dúvida, muito diferente. Eu costumo
dizer que eu tenho saudade dos treinadores conceituados, com os quais eu já trabalhei no Brasil – não vou citar nomes porque posso esquecer alguém. Os treinamentos aqui visam resultados imediatos, e eles não pensam muito no cavalo. Se esse for bom, eles querem correr toda semana, ganhar o máximo que puder, e não se programam pra manter o cavalo por longo prazo.
APFT: Quem acompanha as corridas de Macau nota que boa parte dos cavalos que competem em suas corridas são criados em outros países, como Austrália e Nova Zelândia. Qual é a situação da criação PSI em Macau?
Nunes: Macau não possui criação de PSI. A maioria
dos animais vem da Austrália e Nova Zelândia, que são países próximos. Macau não possui terras suficientes para desenvolver a atividade.
APFT: Você almeja atuar no turfe de outros países, ou então retornar ao Brasil? Quais são as suas maiores ambições/sonhos como jóquei?
Nunes: O futuro a Deus pertence. Sei que foi Deus
Quem me trouxe pra cá, e se Ele quiser, Ele pode me levar pra outros lugares. Eu só confio Nele e Ele me guia. “Todo lugar que colocar a planta do seu pé será abençoado” (Josué 1:3). É nisso que eu acredito.
APFT: No Brasil você ficou consagrado como o jóquei de Quari Bravo, na Tríplice Coroa em 1997. Ele foi, de fato, o melhor cavalo que você já montou, ou de lá para cá apareceu algum animal melhor do que ele, e que passou pelas suas mãos?
Nunes: Ele foi um dos melhores e está marcado na
minha história pelas conquistas que alcançamos juntos. Mas eu já montei muitos outros bons cavalos. Tanto aqui quanto em Hong Kong.
APFT: Qual é a sua mensagem final para os leitores do newsletter da APFT?
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Nunes: Não só no turfe, mas na vida, procurem
alcançar seus objetivos com sinceridade, trabalho, honestidade e dedicação. “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”, (Confúcio, filósofo Chinês).
Macau Racecourse
Manoel Nunes
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