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Teoria e Exercícios

Parte 07

Prof. Lísias

Data de impressão: 11/01/2011

Direito Penal

Turma Papiloscopista 04 I 06 - 2010

Turma 3 em 1 02 I 04 - 2010

Turma 2 em 1 08 I 10 - 2010

UMA PARCERIA

MATERIAL DIDÁTICO EXCLUSIVO PARA ALUNOS DO CURSO APROVAÇÃO

WWW.CURSOAPROVACAO.COM.BR/CURITIBA

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ELABORAÇÃO E PRODUÇÃO:

PF

PF

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Prof. Lísias Direito Penal

Atualizada em 11/1/2011 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

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DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Art. 155 – Furto

DO FURTO Art. 156 – Furto de Coisa Comum Art. 157 – Roubo Art. 158 – Extorsão Art. 159 – Extorsão mediante sequestro DO ROUBO E DA EXTORSÃO

Art. 160 – Extorsão indireta Art. 161 – Alteração de limites

DA

USURPAÇÃO Art. 162 – Supressão ou alteração de marca em animais Art. 163 – Dano Art. 164 – Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia

Art. 165 – Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico. DO DANO Art. 166 – Alteração de local especialmente protegido Art. 168 – Apropriação indébita Art. 168 A – Apropriação indébita previdenciária DA APROPRIAÇÃO

INDÉBITA Art. 169 – Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza Art. 171 – Estelionato Art. 172 – Duplicata simulada Art. 173 – Abuso de incapazes Art. 174 – Induzimento à especulação Art. 175 – Fraude no comércio Art. 176 e 177 – Outras fraudes Art. 178 – Emissão irregular de conhecimento de depósito ou “warrant” DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES Art. 179 – Fraude à execução DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO DA RECEPTAÇÃO Art. 180 - Receptação 1. DO FURTO Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.

Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.

(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

Furto de coisa comum

Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

§ 1º - Somente se procede mediante representação.

§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.

1.1 Bem jurídico protegido: a propriedade, a

posse e detenção legítimas de coisa móvel.

Obs = Ladrão que furta ladrão?Pratica o crime de furto, mas a vítima é o real dono da coisa.

1.2 Sujeito Ativo: pode ser qualquer pessoa

(crime comum), salvo o proprietário.

Obs¹: proprietário que subtrai coisa sua na posse

de terceiro = artigos 345 ou 346 CP (exercício arbitrário das próprias razões).

Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.

Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.

Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Obs²: e o funcionário público que subtrai bem

público ou particular que se encontra sob a guarda ou custódia da Administração, valendo-se da facilidade do cargo? Pratica o crime do artigo 321, §1º CP (peculato furto).

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Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

Obs³: e o condômino, coerdeiro ou sócio que

subtraem para si ou para outrem coisa comum? Praticam o crime do artigo 156 CP (furto de coisa comum)

1.3 Sujeito Passivo: pode ser qualquer pessoa,

física ou jurídica, que seja proprietária, possuidora ou detentora da coisa móvel subtraída.

1.4 Tipo Objetivo (elementos da conduta

proibida)

O comportamento proibido é o agente apoderar-se, para si ou para terceiro, de coisa alheia móvel, retirando-a do patrimônio do seu proprietário, possuidor ou detentor.

O que é coisa alheia móvel?

 deve ter valor econômico;

 ser humano vivo: não é objeto de furto.

 cadáver: não é objeto de furto, salvo se pertencer a alguém, como faculdade de medicina;

 Coisa de ninguém (nunca teve dono): não é objeto de furto.

 Coisa abandonada (teve dono, mas foi dispensada): não é objeto de furto.

 Coisa perdida (é alheia): crime é de apropriação indébita de coisa achada (169, p.u., II CP)

 não se utiliza o conceito de bem móvel do direito

civil. Para o direito penal, é móvel a coisa capaz de ser apreendida ou transportada de um lugar para outro sem

perder sua identidade.

 são móveis = navios, aeronaves.

1.5 Tipo Subjetivo: é o dolo, isto é, a vontade

consciente de apoderar-se permanentemente da coisa alheia para si ou para terceiro. A intenção é de não devolver a coisa ao sujeito passivo.

E o furto de uso?

 Significa subtrair coisa alheia móvel, para si ou para terceiro, para utilizá-la e devolvê-la logo, de forma integral.

 Não é crime!!

1.6 Consumação e Tentativa.

Adota-se a teoria da apreensão (amotio), isto é, o furto se consuma quando a coisa alheia móvel subtraída passa para o poder do agente, mesmo que em um pequeno espaço de tempo, não importando se ocorreu seu deslocamento ou teve o agente sua posse mansa e pacífica.

Tentativa é admissível. Exemplo = agente, com a intenção de furtar, depara-se com o bolso da vítima vazio.

1.7 Majorante da pena = repouso noturno (§1º).

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.

A definição de repouso noturno varia de acordo com o tempo. O que é repouso noturno em uma capital, não o é em uma pequenina cidade do interior.

Pegadinha!!!

Essa majorante só se aplica ao furto simples (art. 155, caput CP), e não aos casos de furto qualificado.

1.8 Furto Privilegiado (§2º): se o agente é

primário e a coisa subtraída é de pequeno valor, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.

 quem é primário? Para maioria doutrina, é o não reincidente (art. 63 e 64 CP)

 coisa de pequeno valor? É o pequeno valor do prejuízo, e não o prejuízo insignificante. Para jurisprudência, valor deve ser inferior a um salário mínimo.

Obs¹: furto privilegiado-qualificado? STF e STJ

têm entendido pela impossibilidade.

1.9 Equiparação à coisa alheia móvel (§3º):

energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico, como a energia térmica, a radioatividade.

Obs¹: furto de sinal de TV a cabo? Para uns, não

se equipara à coisa alheia móvel, pois não é energia. Para outros, há a equiparação, pois se trata de uma forma de energia.

1.10 Causas Qualificadoras do Furto (§4º e §5º)

a) destruição ou rompimento de obstáculo: arrombamento, fratura, destruição total ou parcial de qualquer objeto (fechadura, cadeado) ou construção (porta, muro, teto, janela) que dificulte a subtração.

Rompimento ou destruição devem ser realizados antes, durante ou após a subtração, MAS SEMPRE ANTES DA CONSUMAÇÃO, pois senão haverá concurso de furto e dano.

b) abuso de confiança: em razão da confiança depositada no agente pela vítima, ocorre o furto. Exemplo: agente, numa biblioteca, apanhe livro que lhe foi confiado pela bibliotecária e o esconda sob o paletó, subtraindo-o.

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c) mediante fraude: é o meio enganoso capaz de iludir a vigilância da vítima e permitir maior facilidade na subtração da coisa. Exemplo: sujeito se fantasia de funcionário de empresa de telefonia para adentrar na residência da vítima e subtrair-lhe coisas móveis; agente que, a pretexto de auxiliar a vítima a manusear caixa eletrônico, toma para si seu cartão magnético, entregando-lhe outro.

Furto qualificado por fraude # estelionato =

naquele, a fraude visa diminuir a vigilância para facilitar a subtração, sem que a vítima perceba que está sendo despojada. Neste, a fraude visa a fazer com que a vítima, em erro, entregue voluntariamente a coisa alheia ao agente.

d) escalada: não é, necessariamente, subida. É o uso de qualquer meio incomum (exemplo: penetração subterrânea), anormal para ingressar no local a praticar a subtração, exigindo do agente esforço fora do comum. Não basta saltar muro baixo para estar presente a qualificadora.

e) destreza: agente emprega habilidade física ou manual para efetuar a subtração sem que a vítima perceba. Exemplo: batedor de carteira.

f) chave falsa: é todo instrumento, no formato ou não de chave, capaz de abrir fechaduras (grampo, arame).

g) concurso de pessoas: coautoria ou

participação (vigia que deixa de trancar a porta para agente adentrar e realizar a subtração).

h) furto de veículo automotor a ser transportado para outro Estado ou exterior (§5º - pena de 3 a 8 anos): subtração (+) de veículo automotor (+) destinado a outro Estado ou exterior. Todo aquele que concorreu para o crime de furto nestas condições, terá a pena agravada. A consumação deste delito na forma qualificada exige, além do furto, chegar em outro Estado ou outro país. Se o agente foi detido antes da chegada, responderá por furto simples. O comparsa que apenas transporta, sem conhecer do delito patrimonial, responde, dependendo do caso, por receptação ou favorecimento real.

2. FURTO DE COISA COMUM

Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

§ 1º - Somente se procede mediante representação.

§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.

É caso de crime de furto, porém mais específico e menos grave.

Trata-se de crime próprio, pois se exige do sujeito ativo uma qualidade especial (condômino, co-herdeiro ou sócio). O bem subtraído deve estar na posse legítima de outro condômino, co-herdeiro ou sócio.

Delito punido apenas na forma dolosa.

3. ROUBO

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.

§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;

II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.

IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o

exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

V - se o agente mantém a vítima em seu poder,

restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de

1996)

§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta

anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº

9.426, de 1996)Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

3.1 Bem Jurídico Protegido: o patrimônio e a

liberdade individual da vítima, ao mesmo tempo.

3.2 Sujeito Ativo: é crime comum, pode ser

qualquer pessoa, exceto o proprietário da coisa alheia móvel.

Obs¹: proprietário que, mediante violência ou

grave ameaça, subtrai coisa sua na posse de terceiro pratica o crime de exercício arbitrário das próprias razões:

Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.

Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.

Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

3.3 Sujeito Passivo: é o proprietário, o possuidor

ou detentor da coisa alheia móvel em face de quem se exerce a violência ou a grave ameaça.

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3.4 Tipo Objetivo (elementos da conduta

proibida)

a) ROUBO PRÓPRIO: está no artigo 157, caput CP. Agente, querendo subtrair coisa alheia móvel, para si ou para terceiro; emprega violência ou grave ameaça; ou qualquer outro meio capaz de impossibilitar a resistência ou a defesa da vítima. A violência, a grave ameaça ou a redução da impossibilidade de defesa são empregadas para a subtração da coisa alheia móvel.

 Violência = constrangimento físico da vítima, por meio de emprego de força física contra seu corpo. Basta ocorrer lesão corporal leve ou vias de fato (é a violência física sem dano à integridade corporal). Exemplos: fogo, água, choque, submeter vítima à fome ou sede.

 Grave ameaça = é a atemorização da vítima, criando fundado receio de iminente e grave mal, físico ou moral. Exemplos: gestos, palavras, atos, escritos, etc.

 Outros meios, que não a violência ou grave

ameaça, que retiram da vítima a sua capacidade de resistência ou defesa. Exemplo: emprego de drogas,

soníferos, hipnose, pílula da confissão.

Simulação do uso de arma de fogo: é exemplo

de grave ameaça.

b) ROUBO IMPRÓPRIO: está previsto no art. 157, §1º CP. Agente, logo após a subtração, usa da violência ou grave ameaça não para praticar a subtração, mas para assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa já subtraída.

Exemplo: agente, já na posse da coisa subtraída, exerce violência contra vigilante para não chamar atenção da viatura policial.

DICAS!!

Obs¹ = somente caracterizam o roubo impróprio o emprego da violência ou da grave ameaça. NÃO SE APLICA o emprego de qualquer outro meio capaz de impossibilitar a resistência ou defesa da vítima.

Obs² = aplica-se princípio da insignificância no roubo próprio ou impróprio? Jurisprudência: NÃO!!

Obs³ = aplicam-se as causas privilegiadoras do furto no crime de roubo próprio ou imprório? NÃO!!

3.5 Tipo Subjetivo: o crime é punido a título de

dolo, isto é, a vontade consciente de subtrair, para si ou para terceiro, coisa alheia móvel, mediante violência ou grave ameaça. Apenas no roubo impróprio, ainda é necessário estar presente o especial fim do agente de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa já subtraída.

E o roubo de uso? É crime!

3.6 Consumação e Tentativa: a consumação se

dá no momento em que o agente se torna possuidor da coisa subtraída, tomada mediante violência ou grave ameaça, independentemente de sua posse mansa ou pacífica. Se, após o emprego da violência ou grave ameaça, não puder o agente, por circunstâncias alheias

à sua vontade, executar a subtração, há tentativa de roubo.

O crime de roubo se consuma no momento em que o assaltante realiza a subtração plena da coisa alheia móvel, mesmo que pouco tempo depois seja preso em flagrante ou a própria vítima detenha o agente e recupere a res furtiva.

No roubo impróprio a consumação dá-se com o emprego da violência ou grave ameaça, após a subtração.

3.7 Causas de Aumento de Pena (§2º):

aplicáveis para roubo próprio e impróprio.

a) violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma:

exige-se o emprego real, efetivo da arma, e não o mero porte ostensivo;

arma = é aquela produzida para fins bélicos (arma de fogo) ou não (faca, navalha, foice, pedra, etc);

arma de fogo = para gerar o aumento de pena, a arma deve estar carregada ou apta a realização de disparo. A perícia irá atestar sua idoneidade lesiva.

E se for simulacro de arma de fogo (arma de brinquedo)? Não qualifica o crime de roubo, porém caracteriza o delito na forma do caput, como grave ameaça.

b) concurso de pessoas: nas formas de

co-autoria ou participação.

c) a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância: a vítima

não é o proprietário dos valores, mas sim que está executando o serviço de transporte de valores. Sendo roubado o próprio dono no momento em que está transportando os seus valores, não incide a causa de aumento, pois serviço não se presta a si próprio, mas a alguém.

O que são valores? Dinheiro ou qualquer outro bem valioso que possa ser transportado.

d) subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior: ver notas para o crime de furto.

e) se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade: a privação de liberdade

deve ser praticada ao mesmo tempo ou, pelo menos, como meio de execução do roubo, incide a majorante. Se a privação ocorrer após a consumação do roubo, sem qualquer ligação com o delito patrimonial, o agente responderá por roubo em concurso com sequestro.

As causas de aumento de pena prevista no §2º aplicam-se ao crime de roubo próprio e impróprio!!

NÃO SE APLICAM AO §3º DO ART. 157.

3.8 Roubo Qualificado pelo Resultado (§3º)

Este §3º é dividido em duas partes:

a) Se da violência resulta lesão corporal grave, a

pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa;

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 aplicável quando a lesão grave é decorrente do

emprego de violência, e não de grave ameaça.

b) se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta

anos, sem prejuízo da multa. (LATROCÍNIO)

 a vontade do agente é ofender o patrimônio da vítima, valendo-se da morte como meio.

 É crime hediondo; CONSUMAÇÃO E TENTATIVA NO LATROCÍNIO!! Morte consumada (+) subtração consumada Latrocínio consumado Morte consumada (+) subtração tentada Latrocínio consumado (Súmula 610 STF: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.) Morte tentada (+) subtração consumada Latrocínio tentado Morte tentada (+) subtração tentada Latrocínio tentado 4. EXTORSÃO

Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.

§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante

violência o disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº

8.072, de 25.7.90

§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição

da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as

penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.

(Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009)

4.1 Bem Jurídico Protegido: em primeiro lugar, é

o patrimônio. Depois, a inviolabilidade pessoal da vítima.

4.2 Sujeito Ativo: pode ser qualquer pessoa

(crime comum).

Obs¹ = se for funcionário público que exige

vantagem indevida, mesmo fora de sua função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, o crime será de CONCUSSÃO (art. 316 CP).

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

4.3 Sujeito passivo: é quem suporta a violência

ou a grave ameaça, e que pode ser, às vezes, pessoa diferente do titular do bem atacado.

4.4 Tipo Objetivo (elementos da conduta

proibida)

 constranger = coagir, obrigar;

 mediante violência ou grave ameaça = já visto no crime de roubo;

 finalidade do agente = obter vantagem econômica indevida, para si ou para terceiro;

 constranger a vítima a: fazer; tolerar que se faça; ou deixar de fazer algo.

Roubo Extorsão

Emprego de violência ou grave ameaça

Emprego de violência ou grave ameaça

Coisa alheia móvel Qualquer vantagem econômica indevida Finalidade: subtração imediata do bem, dispensando colaboração da vítima. Finalidade: a vítima lhe proporciona a vantagem indevida (futura), sendo importante a participação do coagido.

4.5 Tipo Subjetivo: o delito é punido a título de

dolo, consistente na vontade consciente de obrigar alguém, mediante violência ou grave ameaça, com a finalidade de obter vantagem econômica indevida, a fazer algo, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa.

4.6 Consumação e Tentativa: é crime formal, consumando-se no momento em que o agente constrange a vítima a lhe proporcionar vantagem econômica indevida. Não se faz necessária a entrega da vantagem indevida para a consumação do delito. Admite-se a tentativa (ex: carta de extorsão interceptada).

Súmula 96 STJ = O crime de extorsão

consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.

4.7 Causas de aumento de pena (§1º): crime

cometido por 2 ou mais pessoas (para contagem, exclui-se a participação) OU com emprego de arma (bélica ou não bélica).

Simulacro de arma de fogo = é exemplo de

grave ameaça, mas não serve para aumentar a pena.

4.8 Resultados Qualificadores (§2º): aplica-se à

extorsão praticada mediante violência a qualificadora do §3º do roubo, que é dividida em duas partes = a primeira refere-se ao resultado lesão grave; a segunda, ao resultado morte (latrocínio), rotulada como hedionda (vide art. 1º, III da Lei nº 8072/90).

4.9 “Sequestro Relâmpago” (§3º): não se trata

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relâmpago – foi cunhada pelo apelo midiático e jargão policial. Neste §3º, o agente priva a liberdade da vítima e esta é condição necessária para obtenção da vantagem indevida. É crime de extorsão comum qualificada. Se a privação for desnecessária, o agente responde por extorsão em concurso com sequestro ou cárcere privado.

5. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO

Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como

condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de

25.7.90

Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação

dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e

quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é

cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de

25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)

Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação

dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de

natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90

Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro

anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de

25.7.90

Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.

(Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)

§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um

a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996)

5.1 Bem Jurídico Protegido: patrimônio e

liberdade de locomoção da vítima e sua integridade física.

Todas as modalidades de extorsão mediante sequestro são hediondas.

5.2 Sujeito Ativo: qualquer pessoa (crime

comum).

5.3 Sujeito Passivo: quem tem a liberdade de

locomoção tolhida e quem sofre a lesão patrimonial. Pessoa jurídica pode ser sujeito passivo.

5.4 Tipo Objetivo (elementos da conduta

proibida)

 Verbo núcleo = sequestrar (e não constranger), que significa impedir alguém, por qualquer meio, que exercite seu direito de locomoção, com o objetivo de obter, para si ou terceiro, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgaste.

 Qualquer vantagem: deve ser econômica, pois se trata de crime contra o patrimônio.

5.5 Tipo Subjetivo: o crime é punido a título de

dolo consistente na vontade consciente de privar a vítima

de sua liberdade com a finalidade de obter vantagem indevida em troca de seu resgaste.

5.6 Consumação e Tentativa: trata-se de crime

formal, consumando-se com a privação da liberdade da vítima, independentemente do recebimento do resgate. Admite-se a tentativa.

5.7 Qualificadoras (§1º - reclusão 12 a 20 anos):

 Se privação de liberdade > 24 horas; ou  Se sequestrado é <18 ou > 60 anos; ou

 Se cometido por quadrilha ou bando. Aqui, os agentes não respondem pelo delito do 288 CP.

5.8 Delação Premiada (§4º): causa obrigatório de redução de pena.

 crime deve ter sido cometido em concurso de pessoas;

 um dos concorrentes denuncie à autoridade (delegado, promotor, juiz);

 facilite a libertação do sequestrado.

6. EXTORSÃO INDIRETA

Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Conforme exposição de motivos do Código Penal: “destina-se o novo dispositivo a coibir os torpes e opressivos expedientes a que recorrem, por vezes, os agentes de usura, para garantir-se contra o risco do dinheiro mutuado.”

Na modalidade exigir, é crime formal, consumando-se com a mera exigência. Na modalidade receber, é crime material, consumando-se com o recebimento do documento.

7. DA USURPAÇÃO

Alteração de limites

Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

(*) Não basta, para caracterizar o crime, a deslocação de marcos ou sinais, sendo necessário que a conduta provoque confusão e dificuldades para sua restauração. Crime doloso, com especial fim de agir (“para apropriar-se de coisa imóvel alheia”). Crime formal, consumando-se com a supressão ou deslocamento.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem:

Usurpação de agues

I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;

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Esbulho possessório

II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.

§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.

§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.

Supressão ou alteração de marca em animais

Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

8. DO DANO

Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Dano qualificado

Parágrafo único - Se o crime é cometido: I - com violência à pessoa ou grave ameaça; II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave

III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos

ou sociedade de economia mista; (Redação dada pela

Lei nº 5.346, de 3.11.1967)

IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

8.1 Bem Jurídico Protegido: é o patrimônio, mas

não contra a subtração de coisa alheia ou obtenção de vantagem indevida, mas, sim, contra dano físico causado no patrimônio da vítima.

8.2 Sujeito Ativo: qualquer pessoa (crime

comum).

8.3 Sujeito Passivo: proprietário, possuidor da

coisa danificada.

8.4 Tipo Objetivo (elementos da conduta

proibida)

 Destruir = arruinar

 Inutilizar = comprometer o uso;

 Deteriorar = estragar sem destruir ou inutilizar.  Crime de ação múltipla: ao gente pode destruir, inutilizar ou deteriorar que responderá por um só crime.

8.5 Tipo Subjetivo: crime punido a título dolo.

8.6 Consumação e Tentativa: crime se consuma

com a prática do dano efetivo.

(*) é crime subsidiário, isto é, configura-se somente na hipótese em que o agente não pretende conduta criminosa posterior mais grave. Arrombar a porta para ingressar na residência e subtrair bens. O dano fica absorvido pelo crime de furto qualificado.

8.7 Dano Qualificado (parágrafo único)

 com violência à pessoa ou grave ameaça: a violência abrange as vias de fato também. Se a violência for posterior ao dano, responde por crime de dano em concurso com o delito correspondente à violência.

 Com emprego de substância inflamável ou

explosiva, se o fato não constituir crime mais grave:

se o agente, ao destruir a coisa, provoca incêndio capaz de causar perigo à incolumidade pública, responderá por crime de incêndio, mais grave.

 Contra patrimônio da União, Estado,

Município, empresa concessionária de serviço público ou sociedade de economia mista.

 Por motivo egoístico ou com prejuízo

considerável para vítima: é o caso, de motivo egoístico,

da danificação do trabalho de concorrente para vencer competição.

Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia

Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo:

Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.

É crime comum, de ação múltipla, doloso, material (além da introdução ou abandono, exige a ocorrência de prejuízo para sua consumação).

Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico

Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Crime tacitamente revogado pelo artigo 62, I da Lei nº 9.605/98.

Alteração de local especialmente protegido

Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente protegido por lei:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Crime tacitamente revogado pelo artigo 63 da Lei nº 9.605/98.

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Ação penal

Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante queixa.

(*) Queixa = é ação penal privada. Nos demais casos, a ação penal é pública incondicionada.

9. DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA

Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Aumento de pena

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:

I - em depósito necessário;

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

9.1 Bem Jurídico Protegido: patrimônio, a

propriedade. O agente, abusando da condição de possuidor ou detentor, passa a ter o bem móvel como seu, dele arbitrariamente se apropriando.

9.2 Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum)

que tenha posse ou detenção legítima de coisa alheia móvel.

Obs¹ = se for funcionário público: crime de peculato.

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

9.3 Sujeito Passivo: pessoa física ou jurídica que

tem o patrimônio atingido pela apropriação indevida.

9.4 Tipo Objetivo:

 apropriar-se = tomar para si;  Coisa alheia móvel;

 De que tem a posse ou detenção: devem ser desvigiadas ou confiadas sem vigilância, se não pode configurar furto. Ainda, devem ser legítimas, ou seja, deve haver concordância do proprietário.

 Passando a agir como se dono fosse.

(*) o pressuposto deste crime é a anterior posse lícita da coisa alheia, da qual o agente se apropria indevidamente.

9.5 Tipo Subjetivo: crime punido a título de dolo. Obs¹ = intenção de se apropriar deve ser futura e

não passada, isto é, o agente, ao obter a posse ou detenção, não pode ter a intenção de já se apoderar do bem.

9.6 Consumação e Tentativa: sendo crime

material, consuma-se no momento em que o agente passa a agir como se dono da coisa fosse; passa a praticar atos de proprietário.

9.7 Causas de Aumento da Pena (§1º)

 agente recebe a coisa em depósito

necessário. Segundo art. 647 do Código Civil, o

depósito é necessário quando: a) se faz em desempenho de obrigação legal; ou b) se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque. A maioria da doutrina entende que o depósito necessário capaz de aumentar a pena da apropriação indébita é aquele que se efetua por ocasião de calamidade, pois a apropriação indevida de depósito necessário decorrente do exercício de obrigação legal é peculato.

 Agente recebeu a coisa na qualidade de

tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;

 Agente recebeu a coisa em razão de cargo,

ofício, emprego ou profissão.

Apropriação Furto Estelionato

Agente tem a posse lícita da coisa Agente não tem a posse lícita da coisa Agente não tem a posse lícita da coisa Há inversão arbitrária da posse. Obtém a posse pela subtração Obtém a posse por fraude. Obtém-se aproveitando-se Obtém-se furtando Obtém-se enganando. 10.APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA

Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e

forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983,

de 2000)

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e

multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Sujeito ativo é o responsável tributário, isto é, aquele que a lei obriga repassar a contribuição previdenciária recolhida dos contribuintes. Sujeito passivo é a União. Consuma-se no momento em que termina o prazo para o repasse da contribuição ao órgão estatal.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:

(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a

terceiros ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº

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II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de

serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social.

(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2o É extinta a punibilidade se o agente,

espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da

ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Extinção da punibilidade do crime:

 agente declara e confessa a dívida;  efetua pagamento espontaneamente;

 antes do início da ação de execução fiscal: se o pagamento ocorrer após o início da execução fiscal, mas antes do recebimento da ação penal (denúncia), haverá arrependimento posterior; se o pagamento ocorrer após a instauração da ação penal, haverá atenuante da pena.

(*) Lei nº 10.684/2003 = STF entendeu que o pagamento de tributo realizado a qualquer tempo extingue a punibilidade. Se prevalecer este entendimento, este §2º fica revogado.

(*) ver artigo 69 da Lei nº 11941/2009 = “Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no art. 68 (incluído o 168-A) quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios, que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento.”

§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou

aplicar somente a de multa se o agente for primário e de

bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº

9.983, de 2000)

I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções

fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza

Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

(*) Continua-se protegendo o patrimônio. Para este delito, não existe violação ou abuso de confiança do agente, vez que a coisa chega em suas mãos por decisão da vítima que age com erro ou por caso fortuito ou força maior. São exemplos de erro o pagamento que é feito a João, sendo José o credor; pessoa manda sua

roupa para lavar no tintureiro, mas em um de seus bolsos há dinheiro, do qual se apropria.

Parágrafo único - Na mesma pena incorre:

Apropriação de tesouro

I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio;

Apropriação de coisa achada

II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias.

Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1 – (Agente/PF/CESPE/2009) O crime de lesão corporal seguida de morte é preterdoloso, havendo dolo na conduta antecedente e culpa da conduta consequente.

( ) Certo ( ) Errado

2 – (Agente/PF/CESPE/2009) A causa de aumento de pena relativa à prática do crime de furto durante o repouso noturno somente se aplica ao furto simples e não às modalidades de furto qualificado e prevalece o entendimento de que o aumento de pena só é cabível quando a subtração ocorre em casa ou em alguns de seus compartimentos e em local habitado.

( ) Certo ( ) Errado

3 – (MP/MG/2003) Uma pessoa, da janela de seu apartamento, efetua dois disparos de arma de fogo contra um desafeto que passava na rua, pretendendo lesioná-lo. Por erro na execução, um projétil acerta um automóvel que estava estacionado (não era seu); o outro projétil acerta um transeunte, produzindo-lhe a morte. O desafeto do atirador não sofre qualquer lesão. Segundo o Código Penal, o atirador deve responder pelo crime de: a) lesão corporal seguida de morte.

b) tentativa de lesão corporal e homicídio culposo. c) homicídio culposo, unicamente.

d) homicídio culposo e dano, em concurso material. e) homicídio doloso consumado.

4 – (TRT/6ªRegião/2000) É hipótese de lesão corporal grave e não gravíssima aquela da qual resulta:

a) enfermidade incurável. b) aborto

c) debilidade permanente de membro, sentido ou função. d) deformidade permanente.

e) incapacidade permanente para o trabalho.

5 – (MP/MG/2004) Pedro e João, irmãos, nadavam em um lago, momento em que o primeiro começa a se afogar. João, no entanto, permanece inerte, eximindo-se de qualquer intervenção. Pedro, afinal, vem a falecer. A responsabilidade de João será:

a) por crime de homicídio doloso, aplicando-se as regras da omissão imprópria.

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b) por crime de homicídio culposo, aplicando-se as regras da omissão imprópria.

c) pelo crime de perigo, tipificado no art. 132 do Código Penal (perigo para a vida ou saúde de outrém).

d) por crime de omissão de socorro. e) por crime de abandono de incapaz.

6 – (MP/MG/1991) Ficou provado que, durante a rixa, Dodô praticou lesões corporais graves contra Zé Tostão, ambos participantes dela. Em conseqüência, o procedimento do lesionado será assim analisado penalmente:

a) responde por rixa qualificada.

b) responde por rixa simples – concurso obrigatório. c) responde por rixa simples – autor.

d) o Código Penal desconhece figura de réu e vítima ao mesmo tempo.

e) fato típico, porém faltou pressuposto da pena: a culpabilidade.

7 – (TJ/ES/2000) Assinale a alternativa correta: a) dizer que fulano é ladrão constitui crime de calúnia. b) dizer que fulano é ladrão constitui crime de difamação. c) dizer que fulano é péssimo pagador, pois não pagou dívida que tinha com Beltrano, é calúnia.

d) dizer que fulano é péssimo pagador, pois não pagou dívida que tinha com Beltrano, é injúria.

e) dizer que fulana é ladra constitui crime de injúria.

8 – (MP/MG/39ºConcurso) Com relação à exceção da verdade, assinale a alternativa correta:

a) será ela sempre admitida nos crimes de calúnia, difamação e injúria.

b) será ela sempre admitida no crime de difamação. c) será ela sempre admitida no crime de calúnia.

d) será ela admitida, com ressalvas, nos crimes de calúnia e difamação.

e) todas as assertivas são falsas.

9 – (MP/SP/2003) O agente que priva sua ex-namorada, com 17 anos de idade, de liberdade, detendo-a em recinto fechado de sua casa por 10 dias, provocando-lhe, em razão de maus-tratos, grave sofrimento físico, a fim de obriga-la a reatar o relacionamento, responde por: a) crime de cárcere privado qualificado pelo fato de vítima sofrer grave sofrimento.

b) sequestro em concurso com lesões corporais, já que provocou grave sofrimento físico para a vítima.

c) crime de constrangimento ilegal, além das penas correspondentes à violência.

d) sequestro especial previsto no artigo 230 do Estatuto da Criança e Adolescente.

e) crime de extorsão mediante sequestro qualificado pelo fato de ser a vítima menor de 18 anos, já que a intenção do agente era reatar o relacionamento e, com isso, obter vantagem.

10 – (CESPE/2009/DefensorPùblico) Considere a seguinte situação hipotética. Ana subtraiu maliciosamente determinada peça de roupa de alto valor de uma amiga, com a intenção tão só de utilizá-la em uma festa de casamento. Após o evento, Ana, tendo atingido seu objetivo, devolveu a vestimenta. Nessa situação, Ana não responderá pelo delito de furto, uma vez que o CP não tipifica a figura do furto de uso.

( ) Certo ( ) Errado

11 – (CESPE/PC/PB/2009 - adaptado) A respeito dos crimes contra o patrimônio, assinale a opção correta: a) No crime de furto em residência, para efeitos de aplicação da pena, é irrelevante o horário em que o agente pratica a ação criminosa, se durante o dia ou à noite, pois a pena em qualquer situação será a mesma. b) O emprego de arma de fogo para a prática do crime de roubo não implica a majoração da pena cominada. c) Ainda que o agente não realize a pretendida subtração de bens da vítima, haverá crime de latrocínio quando o homicídio se consumar.

d) Para a consumação do crime de extorsão, é indispensável a obtenção da vantagem indevida.

12 - (CESPE/PC/PB/2009) Dois irmãos pretendiam assaltar uma agência do Banco do Brasil. Para tanto, alugaram um imóvel ao lado da instituição financeira, adquiriram cordas, sacos plásticos e um aparelho de telefone celular, tendo, ainda, alugado um veículo para ser utilizado na fuga. No entanto, antes de iniciarem qualquer ato contra o patrimônio do banco, a trama foi descoberta por agentes da polícia civil que monitoravam as linhas telefônicas dos irmãos mediante interceptação legalmente autorizada. Os dois foram presos em flagrante sem conseguirem subtrair qualquer valor alheio. Nessa situação hipotética, os irmãos:

a) não praticaram crime.

b) devem responder por tentativa de roubo. c) devem responder por tentativa de furto. d) devem responder por tentativa de estelionato. e) devem responder por tentativa de extorsão.

13 - (CESPE/PC/PB/2009) Quem subtrai para si coisa alheia móvel de valor significativo, mediante grave ameaça praticada com a utilização de arma de brinquedo, deve responder pelo crime de:

a) roubo simples

b) roubo com causa especial de aumento de pena c) furto simples.

d) furto qualificado. e) apropriação indébita.

14 - (CESPE/PC/PB/2009) Ao retirar seu veículo da garagem de casa, Suzana foi surpreendida com a ação de dois indivíduos que, mediante grave ameaça, obrigaram-na a passar para o banco de trás. Um dos indivíduos saiu dirigindo o automóvel, enquanto o outro manteve a vítima dominada, impedindo-a de manter contato com a família ou com autoridades policiais. Após 15 horas, Suzana foi solta em local de pouco movimento com a sua integridade física preservada, e os indivíduos fugiram, levando o carro da vítima para outra cidade. Dois dias depois, as autoridades policiais recuperaram o bem, que, porém, antes, foi utilizado em um assalto à agência do Banco do Brasil no interior do estado. Nessa situação hipotética, de acordo com o CP, Suzana foi vítima de:

a) extorsão.

b) extorsão mediante sequestro. c) sequestro relâmpago.

d) roubo com causa especial de aumento de pena. e) roubo simples.

15 – (UESPI/PC/PI/2009) Com relação aos crimes contra o patrimônio, indique a alternativa correta:

a) Para doutrina majoritária, no crime de furto, a causa de aumento de pena do repouso noturno (art. 155 § 1°) não pode ser aplicada nas hipóteses de furto qualificado (art. 155 § 4°).

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b) Na hipótese do empregado subtrair um objeto do seu

empregador, restará sempre configurado o furto qualificado pelo abuso de confiança.

c) No crime de roubo impróprio, o sujeito ativo primeiro ameaça a vítima para depois efetuar a subtração. d) Para o supremo tribunal federal, é possível falar em tentativa de latrocínio quando a vítima morre, e o sujeito ativo não consegue subtrair os seus bens.

e) O crime de roubo e o crime de extorsão são crimes materiais; portanto a consumação só ocorre com a produção do resultado.

16 – (CESPE/PF/2004) Com a utilização de uma arma de brinquedo, João subtraiu de uma pessoa o relógio e a carteira contendo documentos pessoais, cartões de crédito e R$ 300,00 em espécie. Nessa situação, de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João responderá por crime de roubo qualificado pelo emprego de arma.

( ) Certo. ( ) Errado

17 – (CESPE/PF/2004) Adriano é chefe de uma quadrilha que sequestrou um famoso artista e libertou-o vivo e sem qualquer ferimento, após o pagamento do resgate. Na situação descrita, Adriano praticou crime hediondo, pois extorsão mediante sequestro é crime hediondo mesmo quando não qualificada por lesão corporal ou morte do sequestrado.

( ) Certo ( ) Errado

18 – (FCC/MP/PE/2002) Francisco teve seu carro furtado. Soube, por testemunhas, que o autor da subtração foi Fernando. No dia seguinte, localizou-o numa via pública do bairro, dirigindo o veículo subtraído, e o abordou. Fernando desferiu-lhe vários golpes com uma barra de ferro, causando-lhe ferimentos graves, deixando, a seguir, o local com o automóvel que subtraíra. Diante disso, Fernando cometeu crime de: a) furto e crime de lesões corporais graves, em concurso material.

b) roubo impróprio.

c) roubo qualificado pelo resultado, em virtude de ter resultado lesões corporais graves.

d) furto tentado e crime de lesões corporais graves, em continuação.

e) roubo simples e crime de lesões corporais graves, em concurso material.

19 – (CESGRANRIO/TécnicoBACEN/2010) Partindo do princípio jurídico de que qualquer pessoa do povo pode e a autoridade policial tem o dever de prender quem seja pego em flagrante delito, o vigilante, em sua área de responsabilidade, observa um indivíduo que, usando de rapidez e destreza, se apodera do relógio de um transeunte, o qual, pego de surpresa, não tem chances de evitar o fato. Após detido para ser entregue à autoridade policial, o meliante será arrolado com base no artigo 155 do Código Penal, que o enquadrará no crime de: a) furto. b) roubo. c) estelionato. d) dano. e) extorsão.

20 – (FGV/TJ/MS/2008) São crimes contra o patrimônio: a) roubo, furto, estelionato e lesão corporal.

b) roubo, furto, estelionato e usurpação de águas. c) roubo, furto, estelionato e peculato.

d) roubo, furto, estelionato e moeda falsa. e) roubo, furto, estelionato e injúria.

21 – (FCC/TER/AM/Analista/2010) Não constitui causa de aumento da pena do roubo, prevista no Código Penal: a) a participação de organização criminosa.

b) a restrição de liberdade da vítima, mantida em poder do agente.

c) o emprego de arma para o exercício da violência ou grave ameaça.

d) a subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. e) o concurso de duas ou mais pessoas.

22 – (CESGRANRIO/TJ/RO/2008) Com uma arma de fogo sobre sua cabeça, César foi obrigado por Sérgio a lhe transferir todo o dinheiro de sua conta corrente, já que este achara na carteira da vítima os dados da conta e senha. Segundo a interpretação majoritária da Lei, trata-se de:

a) extorsão, já que a vítima fora compelida por grave ameaça a fornecer ao agente indevida vantagem econômica.

b) extorsão, pois não houve violência, único modus

operandi do roubo.

c) extorsão em concurso formal com roubo, já que mediante uma conduta foram preenchidas as elementares de ambos os tipos.

d) roubo, pois o meio empregado fora outro meio, que não violência ou grave ameaça, mas que impossibilita a resistência da vítima.

e) roubo, já que, por saber os dados da conta e senha, o agente poderia dispensar a conduta da vítima.

23 – (NCE/UFRJ/PC/DF/2005) Em uma loja de roupas femininas, Fulana pede para experimentar uma blusa e, enquanto distrai a vendedora, desviando a sua atenção para outra cliente, guarda a peça em sua bolsa, fugindo em seguida. Trata-se da hipótese de:

a) furto qualificado mediante destreza; b) furto qualificado mediante fraude; c) apropriação indébita;

d) estelionato; e) fraude ao comércio.

24 - (NCE/UFRJ/PC/DF/2005) Fulano pede a Beltrano, seu amigo de longa data, que guarde em sua casa um computador de sua propriedade, até que volte de uma viagem que fará para a Europa. Dias após ter recebido o aparelho de boa-fé, quando Fulano já se encontrava no passeio, como se fosse seu, Beltrano vende o computador para terceira pessoa. A conduta de Beltrano se amolda à prática de:

a) receptação;

b) receptação qualificada; c) furto;

d) apropriação indébita; e) estelionato.

25 – (EJEF/TJ/MG/2009) Sobre os delitos contra o patrimônio, marque a alternativa CORRETA.

a) Podem ser objeto do delito de furto as coisas abandonadas.

b) O crime de furto (art. 155 do CP), praticado em concurso de pessoas e durante a madrugada em

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residência com moradores repousando sofrerá a incidência da qualificadora do concurso de pessoas (art. 155, § 4º, IV, do CP) e da causa especial de aumento do repouso noturno (art. 155, § 1º, do CP).

c) Caracterizada a hipótese de roubo (art. 157 do CP) em que o agente, simulando portar arma de fogo (com a mão por baixo da camisa para parecer que está armado) ameaça a vítima de morte para subtrair-lhe a carteira, a capitulação adequada à conduta seria a de roubo majorado pela causa especial de aumento prevista no § 2º, I do art. 157, do CP.

d) O agente que, para subtrair o veículo da vítima, tira-lhe também a vida, responde por latrocínio consumado (art. 157, § 3º, do CP), mesmo que não tenha conseguido, efetivamente, apossar-se do carro.

Gabarito 1. certo. 2. Certo. 3. a 4. c 5. d 6. a 7. e 8. d 9. a 10. certo 11. c 12. a 13. a 14. e 15. a 16. errado 17. certo. 18. a 19. a 20. b 21. a 22. e 23. b 24. d 25. d

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