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Propostas de alteração legislativa apresentadas pelas estruturas associativas com assento na PARCA

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Propostas de alteração legislativa apresentadas pelas estruturas associativas com assento na PARCA

DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

Artigo 1.º

Aplicação de preços ou de condições de venda discriminatórios

1 — É proibido a um agente económico praticar em relação a outro agente económico preços ou condições de venda discriminatórios relativamente a prestações equivalentes, nomeadamente quando tal prática se traduza na aplicação de diferentes prazos de execução das encomendas ou de diferentes modalidades de embalamento, entrega, transporte e pagamento, não justificadas por diferenças correspondentes no custo de fornecimento ou do serviço.

2 — São prestações equivalentes aquelas que respeitem a bens ou serviços similares e que não difiram de maneira sensível nas características comerciais essenciais, nomeadamente naquelas que tenham uma repercussão nos correspondentes custos de produção ou de comercialização.

3 — Não se consideram prestações equivalentes aquelas entre cujas datas de conclusão se tenha verificado uma alteração duradoura dos preços ou das condições de venda praticados pelo vendedor.

4 — Não são consideradas discriminatórias as ofertas de objectos desprovidos de valor comercial. Artigo 1.º […] 1– […] 2 - […] 3 - […] 4 - […]

5 - Um fornecedor, quando acusado de prática de preços ou condições de venda discriminatórios, poderá excluir qualquer ilicitude se a referida prática resultar de uma imposição ou de uma pressão comercial anormal por parte de um distribuidor.

(CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA)

6 - Caso seja invocada a causa de exclusão de ilicitude referida no número anterior, caberá ao distribuidor demonstrar que os preços e condições de venda foram determinados livremente pelo fornecedor, não tendo o mesmo sofrido uma pressão comercial anormal por parte do distribuidor. (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA)

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

7 – É proibido um distribuidor discriminar entre fornecedores das suas marcas e/ou de marcas independentes, que lhe forneçam bens ou serviços da mesma categoria, excepto quando existam razões objectivas, designadamente por diferenças de escala, rotação dos produtos, ou quantidades adquiridas. (CENTROMARCA, CIP, FIPA)

Artigo 3.o Venda com prejuízo

1 — É proibido oferecer para venda ou vender um bem a um agente económico ou a um consumidor por um preço inferior ao seu preço de compra efectivo, acrescido dos impostos aplicáveis a essa venda e, se for caso disso, dos encargos relacionados com o transporte.

2 — Entende-se por preço de compra efectivo o preço constante da factura de compra, após a dedução dos descontos directamente relacionados com a transacção em causa que se encontrem identificados na própria factura ou, por remissão desta, em contratos de fornecimento ou tabelas de preços e que sejam determináveis no momento da respectiva emissão.

«Artigo 3º [...]

1 - É proibido oferecer para venda ou revenda1 um bem, a um agente económico ou a um consumidor, fora do mesmo grupo económico, por um preço inferior ao seu preço de compra efetivo, incluindo os impostos aplicáveis a essa venda e, se for caso disso, os encargos relacionados com o transporte (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA)

2 - Entende-se por preço de compra efetivo, o preço unitário líquido constante da factura de compra, o qual corresponde ao preço constante da factura após a dedução dos descontos diretamente relacionados com a transação em causa que se encontrem identificados na própria fatura (CENTROMARCA, CIP, FIPA. Não tendo apresentado esta redação a CNA e a

CONFAGRI consideram, também, que o preço de compra efetivo considerado para o efeito deste diploma deverá ser o preço unitário líquido constante da fatura de compra.)

A CONFAGRI e a CNA propõem, ainda que - 2 - A determinação do preço de venda, deve considerar2 quaisquer descontos ou bónus concedidos pelo revendedor, no momento da aquisição, ainda que relativamente à aquisição de outro produto, bem como a concessão de quaisquer descontos ou bónus, posteriormente ao momento de aquisição, relativamente à aquisições de outros bens, num dos estabelecimentos comerciais do revendedor.

1

Na verão proposta pela CNA o verbo está no infinito “revender” 2

As redações propostas pela CONFAGRI e CNA são muito idênticas. Na proposta da CNA a norma corresponde ao nº3 e começa com a frase “Para efeitos de determinação do preço de venda, são considerados…”

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

3 — Entende-se por descontos directamente relacionados com a transacção em causa os descontos de quantidade, os descontos financeiros e os descontos promocionais desde que identificáveis quanto ao produto, respectiva quantidade e período por que vão vigorar.

4 — O disposto no n.o 1 não é aplicável a:

a) Bens perecíveis, a partir do momento em que se encontrem ameaçados de deteriorização

rápida;

b) Bens cujo valor comercial esteja afectado, quer por ter decorrido a situação que

determinou a sua necessidade, quer por redução das suas possibilidades de utilização, quer por superveniência de importante inovação técnica;

c) Bens cujo reaprovisionamento se efectue a preço inferior, sendo então o preço efectivo de

compra substituído pelo preço resultante da nova factura de compra;

d) Bens cujo preço se encontre alinhado pelo preço praticado para os mesmos bens por um

outro agente económico do mesmo ramo de actividade que se encontre temporal e espacialmente em situação de concorrência efectiva com o autor do alinhamento;

e) Bens vendidos em saldo ou liquidação.

5 — Incumbe ao vendedor a prova documental do preço de compra efectivo, bem como das justificações previstas no número anterior.

3 – (revogado) CONFAGRI

4 – […]

a) Bens perecíveis, constantes da lista anexa ao Despacho n.º 1747-B/2010, de 20 de Janeiro, a partir do momento em que se encontrem ameaçados de deterioração rápida, mas desde que o retalhista não anuncie, no exterior do estabelecimento comercial em causa, quaisquer descontos dos referidos bens; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI )

b) […]

c) Bens cujo reaprovisionamento se efetue a preço inferior, mediante comunicação, por

carta registada ou através de suporte electrónico com data anterior ao momento da aquisição, de nova tabela de preços ou alteração significativa de descontos, sendo então o

preço efetivo de compra substituído pelo preço resultante da nova fatura de compra;

(CENTROMARCA, CIP, FIPA)

c) (revogado) CNA, CONFAGRI)

d) (Revogado) (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

e) […]

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

6 - Cabe ao vendedor do bem o ónus de provar que não incorreu na prática de venda com prejuízo. (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA CONFAGRI)

CAP - A definição de venda com prejuízo deverá ser clarificada.

CCP - Antes de se proceder a uma alteração legislativa deveria promover-se um debate sobre

o conceito de venda com prejuízo visando uma maior transparência, analisando, nomeadamente, o que deve constar da fatura e o que pode ser considerado “desconto promocional”.

APED - As restrições à liberdade de fixação de preços interferem com a própria

competitividade do país, colidindo com a liberdade de iniciativa económica. Artigo 4.º

Recusa de venda de bens ou de prestação de serviços

1 — É proibido a um agente económico recusar a venda de bens ou a prestação de serviços a outro agente económico, segundo os usos normais da respectiva actividade ou de acordo com as disposições legais ou regulamentares aplicáveis, ainda que se trate de bens ou de serviços não essenciais e que da recusa não resulte prejuízo para o regular abastecimento do mercado.

2 — É equiparada à recusa de venda a subordinação da venda de um bem ou da prestação de um serviço à aquisição de outro bem ou serviço.

«Artigo 4.º […] 1 – […]

2 – […]

3 - É considerada recusa de prestação de serviço a não justificação quer da recusa sistemática em referenciar um novo produto de um fornecedor quer a desreferenciação unilateral de um produto de prateleira. (CENTROMARCA, CIP, FIPA)

3 - É considerada recusa de prestação de serviço a recusa sistemática em referenciar um novo produto de um fornecedor quando essa recusa represente uma barreira à inovação, ou a retirada unilateral e não justificada de um produto de prateleira. CNA e CONFAGRI)

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

3 — São consideradas causas justificativas de recusa:

a) A satisfação das exigências normais da exploração industrial ou comercial do vendedor,

designadamente a manutenção dos seus stocks de segurança ou das necessidades de consumo próprio;

b) A satisfação de compromissos anteriormente assumidos pelo vendedor;

c) A desproporção manifesta da encomenda face às quantidades normais de consumo do

adquirente ou aos volumes habituais das entregas do vendedor;

d) A falta de capacidade do adquirente para, face às características do bem ou serviço,

assegurar a sua revenda em condições técnicas satisfatórias ou manter um adequado serviço de pós--venda;

e) A fundada falta de confiança do vendedor quanto à pontualidade do pagamento pelo

adquirente, tratando-se de vendas a crédito;

f) A existência de débitos vencidos e não liquidados referentes a fornecimentos anteriores; g) A ocorrência de qualquer outra circunstância inerente às condições concretas da

transacção que, segundo os usos normais da respectiva actividade, tornaria a venda do bem ou a prestação do serviço anormalmente prejudicial para o vendedor.

4 — Incumbe ao vendedor a prova das causas justificativas a que se refere o número anterior.

5 - (Anterior n.º 4). (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA e CONFAGRI)

Artigo 4.o-A Práticas negociais abusivas

1 — É proibido obter de um fornecedor preços, condições de pagamento, modalidades de venda ou condições de cooperação comercial exorbitantes relativamente às suas condições gerais de venda.

2 — Para efeitos do número anterior, consideram-se como exorbitantes relativamente às condições gerais de venda do fornecedor os preços, condições de pagamento, modalidades de venda ou condições de cooperação comercial que se traduzam na concessão de um benefício ao comprador não proporcional ao seu volume de compras ou, se for caso disso, ao

Artigo 4.º-A [...] 1 – […]

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

valor dos serviços por ele prestados a pedido do fornecedor.

3 - Configuram práticas contratuais abusivas, nomeadamente: a) Aplicação de penalidades retroactivamente;

b) Aplicação retractiva dos descontos acordados;

c) Aplicação de cláusulas de cliente mais favorecido. (CENTROMARCA, CIP, FIPA,CNA, CONFAGRI)

4 - Configuram, nomeadamente, práticas unilaterais contratuais abusivas do distribuidor, na sua relação com os fornecedores:

a) Rejeitar ou devolver os produtos entregues, com fundamento na menor qualidade de parte ou da totalidade da encomenda ou no atraso da entrega, sem que seja demonstrada, pelo comprador, a responsabilidade do fornecedor por esse facto;

(CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA CONFAGRI)

b) Obter ou tentar obter do fornecedor a garantia de uma determinada margem com a comercialização dos produtos fornecidos através de pagamentos diretos, aumento retractivo de descontos ou qualquer outro meio; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

c) Impor, ou exigir de qualquer modo, um pagamento, diretamente ou sob a forma de desconto, por não concretização das expectativas do distribuidor quanto ao volume ou valor das vendas; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

d) Impor, ou exigir de qualquer modo, um pagamento, diretamente ou sob a forma de desconto, para introdução ou reintrodução de produtos (fee de referenciação);

(CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

e) Impor, ou exigir de qualquer modo, um pagamento inicial, diretamente ou sob a forma de desconto, como condição para iniciar uma relação comercial com um fornecedor (fee de acesso); (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

f) Impor, ou exigir de qualquer modo, um pagamento inicial, diretamente ou sob a forma de desconto, para assegurar um melhor posicionamento visual ou aumentar o espaço de linear para quaisquer produtos desse fornecedor num estabelecimento comercial;

(CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

g) Impor, ou exigir de qualquer modo, uma redução do preço acordado ou aumento do desconto combinado para qualquer produto, excepto se for emitido um aviso escrito a esse fornecedor com um prazo de antecedência razoável, nunca inferior a uma semana e

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

sempre antes dos produtos serem expedidos; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

h) Impor, ou exigir de qualquer modo, direta ou indiretamente, a realização de uma promoção dos produtos do Fornecedor, ou quaisquer pagamentos enquanto contrapartida da promoção de produtos desse Fornecedor, que o Grande Grupo Retalhista tenha decidido realizar unilateralmente; (CENTROMARCA, CIP, FIPA)

i) Impor, ou exigir de qualquer modo, um pagamento, diretamente ou sob a forma de desconto, como compensação pelos custos incorridos pelo distribuidor em consequência de uma queixa do consumidor, excepto quando o Grande Grupo Retalhista demonstre que essa queixa se deve a negligência, falha ou incumprimento contratual do fornecedor;

(CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

j) Impor, ou exigir de qualquer modo, um pagamento, diretamente ou sob a forma de desconto, para cobrir qualquer desperdício dos produtos desse fornecedor, excepto se este se dever a negligência, falha ou incumprimento contratual do fornecedor, cabendo ao Grande Grupo Retalhista a demonstração desta exceção; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

k) Impor, ou exigir de qualquer modo, um pagamento, diretamente ou sob a forma de desconto, por custos relativos a transporte e armazenamento posteriores à entrega do produto; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

l) Impor, ou exigir de qualquer modo, um pagamento, diretamente ou sob a forma de desconto, por promoções não acordadas previamente; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

m) Impor, ou exigir de qualquer forma, prazos de pagamento excessivos, qualificando-se como excessiva a previsão de prazos de pagamento superiores a 30 dias;

(CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

n) Impor, ou exigir de qualquer forma, um pagamento, diretamente ou sob a forma de desconto, como contribuição para abertura de novos estabelecimentos ou remodelação dos existentes; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

o) Impor qualquer compensação contabilística automática e não autorizada por parte do fornecedor entre os pagamentos devidos ao GGR e alegadas dívidas do fornecedor;

(CENTROMARCA, CIP, FIPA)

p) Proibir ou limitar a utilização do mecanismo de cessão financeira (“factoring”) por parte do distribuidor. (CENTROMARCA, CIP, FIPA)

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

q) Efetuar o “fecho de conta” por referência à reclamação de pendências que tenham ocorrido há 2 ou mais anos. (CENTROMARCA, CIP, FIPA)

CAP – defende concretização e alargamento das praticas negociais abusivas. Artigo 5.º

Infracções

1 — Constituem contra-ordenações, quando cometidas por pessoa singular:

a) As infracções ao disposto no n.o 1 do artigo 1.o, no n.º 1 do artigo 3.o, nos n.ºs 1 e 2 do

artigo 4.º e no n.º 1 do artigo 4.º-A, puníveis com coima de 150 000$ a 750 000$;

b) A infracção ao disposto nos n.º 1 e 3 do artigo 2.o, punível com coima de 50 000$ a 250

000$.

2 — Constituem contra-ordenações, quando cometidas por pessoa colectiva:

a) As infracções ao disposto no n.º 1 do artigo 1.º, no n.º 1 do artigo 3.o, nos n.ºs 1 e 2 do

artigo 4.º e no n.º 1 do artigo 4.º-A, puníveis com coima de 500 000$ a 3 000 000$;

b) A infracção ao disposto nos n.ºs 1 e 3 do artigo 2.º,

3 — A competência para aplicação das respectivas coimas cabe ao director-geral do Comércio e da Concorrência.

4 — A negligência é punível.

«Artigo 5.º [...] 1 – […]

2 - Constituem contraordenações, quando cometidas por pessoa colectiva:

a) a) As infracções ao disposto no n.º 1 do artigo 1.º, no n.º 1 do artigo 3.º, nos n.ºs 1 e 3 do artigo 4.º e no n.º 1 do artigo 4.º-A, sendo puníveis com coima até 5% do volume de negócios, em Portugal, do grupo económico infractor no ano anterior ao da sua prática; (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

b) As infrações ao disposto nos n.ºs 1 e 3 do artigo 2.º, sendo puníveis com coima até 1% do volume de negócios, em Portugal, do grupo económico infractor no ano anterior à prática. (CENTROMARCA, CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

3 – […] 4 – […]

5 – As coimas aplicáveis às infracções sancionadas nos termos da alínea a) e b) do artigo anterior não poderão, em nenhum caso, exceder 10 milhões de euros e 3 milhões de euros, respetivamente. (CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

6 – A moldura sancionatória e os limites às coimas serão elevadas para o dobro quando estiver em causa uma infracção perpetrada por um Grande Grupo Retalhista, considerando-se como tal qualquer cadeia retalhista cuja rede de estabelecimentos comerciais, de pequeno a grande formato (minimercados, supermercados e hipermercados), se estenda no território nacional, bem como os Agrupamentos de Compra e/ou Negociação que estas integrem.

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

(CENTROMARCA, CIP, FIPA)

7 - A reincidência na prática de qualquer uma das infracções prevista no presente Decreto-Lei constitui factor especialmente agravante da coima, a ponderar pela entidade competente para a sua determinação. (CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA3, CONFAGRI)

8 - A aplicação das sanções administrativas previstas no presente diploma em nada obsta a que o agente económico lesado intente uma ação de indemnização pelos prejuízos sofridos junto do Tribunal de Competência Especializada para a Concorrência, Regulação e Supervisão.

(CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA4)

CCP - O regime sancionatório não cumpre os objetivos sendo de equacionar o aumento das contraordenações e a diferenciação das mesmas em função do volume de vendas de quem comete e infração.

CAP - O regime sancionatório deverá ser efetivamente dissuasor. Artigo 6.º

Fiscalização e instrução dos processos

A fiscalização do cumprimento do disposto no presente diploma compete à Inspecção-Geral das Actividades Económicas e a instrução dos respectivos processos cabe à Direcção-Geral do Comércio e da Concorrência.

Artigo 6.º […]

1. A fiscalização do cumprimento do disposto no presente diploma, bem como a instrução dos respectivos processos são da competência da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. (CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

2. Na instrução dos respectivos processos, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica acautela o interesse legítimo das empresas, associações de empresas ou outras entidades na não divulgação dos seus segredos de negócio. (CENTROMARCA CIP, FIPA,

3. A instrução deve ser encerrada, sempre que possível, no prazo máximo de 4 meses a

3

Nº 5 na proposta da CNA mas com esta redação 4

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DL 370/93 alterado pelo DL 140/98 - práticas individuais restritivas de

comércio

Propostas apresentadas

contar do despacho de abertura do processo. Sempre que se verificar não ser possível o cumprimento do prazo referido, a ASAE dá conhecimento à empresa visada pelo processo dessa circunstância e do período necessário para a conclusão do inquérito.

(CENTROMARCA CIP, FIPA,

Geral APED – Defende que este diploma carece de uma revisão profunda de modo a adequá-lo à

realidade nacional.

Considera que as restrições à liberdade de fixação de preços interferem com a própria competitividade do país, colidindo com a liberdade de iniciativa económica. No atual quadro normativo já existem diplomas que regulam estas situações, nomeadamente na Lei da Concorrência, recentemente alterada e os diplomas que regulam a propriedade industrial e a proibição da concorrência desleal.

Defende a criação de legislação adequada às melhores práticas que o sector, a nível nacional e europeu, deve prosseguir numa perspetiva virada para o século XXI.

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Alteração ao DL 10/2003, Autoridade da concorrência

Propostas apresentadas

Artigo 5.º

Conselho da Concorrência e Direcção-Geral do Comércio e da Concorrência

1 — … :

a) …

b) A Autoridade passa a exercer as competências conferidas à Direcção-Geral do Comércio e da

Concorrência pelo Decreto-Lei n.º 370/93, de 29 de Outubro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.o 140/98, de 16 de Maio, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

É eliminada a alínea b) do nº 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 10/2003, de 18 de janeiro relativo à criação e aos estatutos da autoridade da concorrência. (CENTROMARCA CIP, FIPA)

Decreto-Lei n.º 57/2008 – Práticas comerciais desleais

Propostas apresentadas

Artigo 9.º

Omissões enganosas

1 — Tendo em conta todas as suas características e circunstâncias e as limitações do meio de comunicação, é enganosa, e portanto conduz ou é susceptível de conduzir o consumidor a tomar uma decisão de transacção que não teria tomado de outro modo, a prática comercial:

a) … b) … c) … Artigo 9.º […] 1 - […] a) […] b) […] c) […]

d) De utilizar embalagens, designações e ilustrações de modo a que “os produtos pareçam semelhantes a outros produtos” (“cópia parasitária”), quando essa semelhança, conjugada ou não com o posicionamento do produto em prateleira, seja suscetível de confundir os consumidores em relação à origem comercial do produto. (CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

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Decreto-Lei n.º 21/2009, de 19 de janeiro - Regime de autorização a que estão sujeitos a instalação e a modificação de estabelecimentos de comércio a retalho e conjuntos comerciais

Propostas apresentadas

Artigo 13.º

Critérios de decisão da COMAC

1 — As decisões da COMAC são emitidas após análise do relatório final efectuado pela DGAE, a que se refere o n.º 1 do artigo 9.º, sendo a apreciação dos processos efectuada com base nos seguintes critérios:

a) …

b) Contribuição positiva em matéria de protecção ambiental, valorizando projectos

energeticamente mais eficientes e com menor impacte na envolvente, avaliada de acordo com a alínea e) do n.º 1 do artigo 10.º;

Artigo 13.º […] 1 - […]

a)

b) Contribuição para a multiplicidade da oferta comercial avaliada de acordo com a alínea a) do nº 1 do artigo 10.º, entendendo-se que este critério não se encontra preenchido se o requerente detiver, direta ou indiretamente, ou operarem sob a sua insígnia, estabelecimentos de comércio a retalho de bens de grande consumo não duradouro, que representem mais de 30% da área de venda existente num raio de 30 Km a partir da localização do estabelecimento projetado; (CENTROMARCA, CNA, CONFAGRI

APED – propõe alterações relacionadas com a plataforma eletrónica, taca de autorização de modificação, fusões e cisões de licenças, obrigação de titulo administrativo que admita a construção ou uso de estabelecimento, alterações posteriores à autorização.

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Decreto-Lei n.º 118/2010 - Prazos de pagamento obrigatórios

Propostas apresentadas

Artigo 2.º

Âmbito

1 — O presente decreto-lei aplica -se aos casos em que o credor do preço seja uma micro ou pequena empresa cujo estatuto esteja certificado pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à inovação (IAPMEI).

2 — O presente decreto -lei não se aplica:

a) Aos casos em que o devedor do preço seja uma micro ou pequena empresa cujo

estatuto esteja certificado pelo IAPMEI;

b) Aos contratos celebrados em que uma das partes seja um estabelecimento de

restauração e bebidas.

3 — Para comprovar a certificação de micro ou pequena empresa, o titular do certificado deve permitir a sua consulta no sítio da Internet da certificação PME, nos termos do disposto no artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 372/2007, de 6 de Novembro.

Artigo 2.º [...]

1 - O presente Decreto-Lei aplica-se a todos os pagamentos efetuados como remuneração de transações comerciais entre empresas relativas ao fornecimento de produtos de grande consumo não duradouros. (CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA, CONFAGRI)

2 - Os produtos de grande consumo não duradouros incluem alimentação, comida para animais domésticos, bebidas alcoólicas ou não alcoólicas, produtos de limpeza, produtos de higiene pessoal e produtos para o lar. (CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA

3 - (Revogado.) (CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA

CCP - Considera justificável um alargamento do objeto do diploma a outros produtos de grande consumo não duradouro, mas entende que deverá manter-se a distinção entre produtos alimentares perecíveis e os restantes bens de grande consumo não duradouro, admitindo-se que no primeiro caso os prazos possam ser mais curtos, tal como se resulta do atual enquadramento legal.

Admite também um alargamento do âmbito de aplicação do diploma legal, promovendo a sua aplicação à generalidade do universo empresarial e não apenas nos casos em que o credor do preço seja uma micro ou pequena empresa.

No entanto não deverá considerar-se a sua não aplicação apenas nos casos em que o devedor do preço seja uma micro ou pequena empresa, com estatuto certificado pelo IAPMEI, mas também às médias empresas, por forma a preservar um necessário equilíbrio entre os diversos formatos empresariais.

Sugere, contudo, que antes de qualquer revisão, se avaliem os resultados do regime em vigor, lembrando, ainda, que Portugal deverá transpor, até Março do próximo ano a Diretiva 2011/7/EU de 16 de Fevereiro, que estabelece medidas de luta contra os atrasos de pagamento nas transações comerciais, pelo que se justifica uma abordagem integrada destas questões, evitando-se ainda sucessivas alterações legislativas que em nada beneficiam um adequado desenvolvimento da atividade económica.

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Decreto-Lei n.º 118/2010 - Prazos de pagamento obrigatórios

Propostas apresentadas

produtores de carnes, que resultam do agrupamento de micro e pequenas empresas, deveriam beneficiar do prazo máximo de pagamento de 30 dias.

Recorda que a constituição de organizações de produtores tem sido incentivada pela política comunitária, as quais são constituídas por iniciativa dos produtores que continuam a ser micro e pequenas empresas.

Considera a exclusão destas organizações/agrupamentos de produtores da aplicação daquele prazo contraditório com o objetivo prosseguido, quer aos níveis comunitário e nacional de estímulo a este tipo de estruturas.

APED – considera que este diploma, que resulta das recomendações da AdC, protege os agentes

económicos de prazos de pagamento excessivos.

A sua aplicação a âmbitos mais generalizados suscita-lhes sérias reservas porque poderá criar sérias interferências numa relação contratual que é complexa e que não se resume à definição de preço, e porque seguramente não diferenciará a natureza, dimensão e capacidade económica dos diversos operadores, desde a produção à indústria agroalimentar, de pequenos produtores e PME´s a grandes multinacionais.

Além disso, a situação económica atual tem impactos negativos neste e noutros sectores, pelo que introduzir alterações neste momento poderá criar dificuldades acrescidas e levar à destruição de valor no sector retalhista, com o encerramento de empresas, fecho de lojas, redução de postos de venda, entre outros.

Artigo 3.º Prazo de vencimento

1 — Nas transacções comerciais entre empresas que tenham por objecto produtos alimentares de carácter perecível, frescos e refrigerados, destinados exclusivamente ao consumo humano, o vencimento da obrigação de pagamento do preço ocorre, imperativamente, até 30 dias após a efectiva entrega dos bens e da respectiva factura ao adquirente.

2 — Quando as transacções comerciais tenham por objecto produtos alimentares destinados exclusivamente ao consumo humano, que não estejam incluídos no número anterior, o vencimento da obrigação de pagamento do preço ocorre, imperativamente, até 60 dias após a efectiva entrega dos bens e da respectiva factura ao adquirente.

4 - ....

Artigo 3.º [...]

1 - Nas transações comerciais entre empresas que tenham por objeto produtos alimentares e não alimentares, o vencimento da obrigação de pagamento do preço ocorre, imperativamente, até 30 dias após a efetiva entrega dos bens e da respetiva fatura ao adquirente. CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA

2 - (Revogado.) CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA

3 – […] 4 – […] 5 – […] 6 – […]

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Decreto-Lei n.º 118/2010 - Prazos de pagamento obrigatórios

Propostas apresentadas

os contratos de compra e venda ou de fornecimento de bens alimentares exclusivamente destinados ao consumo humano, deverá ter presente a diferenciação da especificidade da atividade desenvolvida pelos diferentes sectores de atividade, nomeadamente entre os sectores grossista e retalhista.

Na maioria das vezes o sector grossista desempenha a função de financiador da atividade do sector retalhista, concedendo-lhe crédito na generalidade dos casos, enquanto as empresas retalhistas realizam vendas exclusivamente contra pronto pagamento, não sendo razoável que as empresas grossistas sejam obrigadas a pagar aos seus fornecedores em prazos inferiores à média dos recebimentos.

Artigo 4.º

Recepção e interpelação para pagamento

1 — A entrega dos bens ao adquirente deve ser comprovada pela competente guia de remessa ou documento equivalente, devidamente assinada pelo fornecedor e pelo adquirente e da qual conste a data da recepção dos produtos e na qual se mencione que o pagamento se sujeita ao regime de vencimento constante do presente decreto -lei.

2 — Para efeitos do disposto no presente decreto -lei a factura deve:

a) Conter a menção expressa do prazo de vencimento aplicável e da sua sujeição ao regime constante do presente decreto -lei;

b) Incluir apenas os produtos abrangidos pelo presente decreto -lei;

c) Ser emitida separadamente, consoante se trate de produtos alimentares destinados exclusivamente ao consumo humano perecíveis ou não perecíveis.

Artigo 4.º […]

1 – […] 2 – […]

3 - Quando uma fatura contiver um erro material em alguma das suas linhas, esse erro não afeta a fatura na sua integralidade, considerando-se cumprido o dever de interpelação para pagamento, relativamente a todos os outros produtos e serviços.

CENTROMARCA CIP, FIPA, CNA

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Diversos

Propostas apresentadas

Preferência pela autorregulação

Prudência e ponderação no que respeita aos aspetos que se vão regular.

APED – considera que uma intervenção regulatória excessivamente restritiva ou condicionante da atividade retalhista é suscetível de gerar efeitos adversos de longo prazo, muitas vezes, contrários ao intuito que presidiu à regulamentação em causa e difíceis de reverter.

Defende que as soluções de índole consensual devem ser privilegiadas e considera que a necessidade de recolha e observação de dados fidedignos ao longo da cadeia de valor é indicativo da necessidade de uma análise mais profunda e informada do mercado, antes de se ponderarem soluções de regulamentação mais abrangente da atividade da distribuição. Defende que deverá ser efetuada uma reflexão ponderada e prudente sobre aspetos da legislação merecedores de atualização, melhoria ou modificação, pena de se comprometer a inovação, o dinamismo, a evolução tecnológica e a competitividade que caracterizam o sector.

Decreto-Lei n.º 28/84, de 20 de janeiro (infrações antieconómicas e contra a saúde publica)

APED - o diploma encontra-se ultrapassado e desconforme com a realidade atual pelo que considera imporem-se algumas alterações imprescindíveis, nomeadamente: o artigo 35.º, que considera crime sujeito a pena de prisão a prática de especulação, o artigo 28.º sobre a figura do açambarcamento, artigo 28.º sobre publicação de sentença dos crimes, nomeadamente os previstos nossa artigos 35.º e 28.º.

Decreto-Lei n.º 70/2007, de 26 de maio relativo às vendas com redução de preços nos estabelecimentos de comércio a retalho

APED - Considera o diploma desadequado e afastado da realidade do setor e sugere alterações ao n.º 3 do artigo 4.º (proibição de anunciar como oferta de venda com redução de preços produtos adquiridos após a data de inicio da venda com redução), n.º 3 do artigo 10.º (proibição de os produtos vendidos em saldo de serem objeto de redução de preços no decurso do mês anterior ao início do período de saldos), n.º 1 do artigo 11.º (impossibilidade da venda em promoção em simultâneo com uma venda em saldos).

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Diversos

Propostas apresentadas

Projeto de Lei que aprova o novo Regime Jurídico da Concorrência CCP - comentários sobre os artigos 3.º (noção de empresa), 4.º(Serviços de interesse económico geral), 6.º e 8.º (atuações proibidas e exceções), 9º (abuso de posição dominante), 10ª (abuso de dependência económica), 11.º a 13.º (processo), 35.º (contratação de empresas), 36.º (notificação previa), 37.º (conjunto de operações), 38.º (volume de negócios), 40.º e 45º (operações de concentração), 46.º (direito à informação), 61.º (inspeções e auditorias), 63.º(auxílios públicos), 65.º a 72.º (infrações e sanções), 73.º a 80.º (recursos).

Nova legislação (projeto legislativo que regula as relações da grande distribuição com os fornecedores)

Projeto apresentado pela CENTROMARCA que visa aplicar-se às relações comerciais e aos contratos de fornecimento de bens de consumo a GGR e aos fornecedores.

Contém um conjunto muito pormenorizado de obrigações para os grandes grupos retalhistas. Contempla um mecanismo de resolução de litígios e arbitragem e a instituição de um provedor.

Referências

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