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FACULDADE DR. LEÃO SAMPAIO CURSO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS A UTILIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NA CAJUÍNA SÃO GERALDO EM JUAZEIRO DO NORTE.

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“A UTILIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NA CAJUÍNA SÃO

GERALDO EM JUAZEIRO DO NORTE.”

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“A UTILIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NA CAJUÍNA SÃO

GERALDO EM JUAZEIRO DO NORTE.”

Evila Dantas Lima1

Ana Isabel Calixto Donelardy Valdelúcia Costa2

RESUMO

Hoje, o Aquecimento Global é uma preocupação mundial, não só dos governantes como de toda a população. Na atualidade, podemos perceber às mudanças: uma delas é que as organizações, além de se preocuparem com os avanços tecnológicos, preocupam-se também com os problemas futuros decorrentes desses avanços. Ou seja, buscam uma produção mais limpa e que gere menos resíduos e, consequentemente, menos poluição. As organizações precisam ser incentivadas na produção de produtos ambientalmente corretos, de modo que isto sirva como critério para preservação do meio ambiente e, inclusive, seja utilizado como estratégia de marketing, cujo mercado está cada vez mais competitivo. Deste modo, isto torna um diferencial significativo, haja vista que não é só a sociedade que está se tornando rigorosa na busca de produtos ecologicamente corretos, como também o governo e o mercado. Atualmente, inovar é importante; todavia ainda existem muitas organizações que não inovam em produtos que reduzam o impacto ambiental. Tudo isso é possível, desde que as empresas revejam um pouco seus conceitos e, ao mesmo tempo, busquem uma melhoria continuada, não só na produtividade, bem como na qualidade e nos negócios.

Palavras - Chave: Gestão Ambiental, Marketing Estratégico, Impacto Ambiental

SUMMARY

Today, The Global Warming is a worldwide preoccupation, not only of the governments but also all the population. Nowsday, we can realize the changes: one of them is that the organizations, besides they worry about the technological developments, they also worry about the future problems resulting from these developments. In other words, they look for a cleanner production and that produces less residues and consequently less pollution. The organizations need to be stimulated in the production of products environmentally correct, in

1 Concludente do Curso de Administração de Empresas

e- mail: evila_@hotmail.com

Orientador profs. do Curso de Administração de Empresas da Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio de juazeiro do Norte, Ce. E-mail: anaisabel@leaosampaio.edu.br

2 Orientador e co-orientadora profs. Esps. do Curso de Administração de Empresas da Faculdade de Ciências

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order that serves like criterion for preservation of the environment and, inclusive, it is used like strategy of marking, whose market is more and more competitive. In this way, it makes a differential significant, since it’s not only the society that is becoming rigorous in the search of ecologically correct products, like also of the government and the market. At present, innovating is important; however there are still many organizations that do not innovate in products that reduce the environmental impact. Everything is possible, since the enterprises review a little their concepts and, at the same time, look for a continued improvement, not just in the productivity, as well as in the quality and in the business.

Keyword: Environmental Management; Strategic Marketing and Environmental Impact.

1. INTRODUÇÃO

O termo Gestão Ambiental (G.A.) é bastante abrangente, pois está centrada para companhias, corporações, firmas, empresas ou instituições. A G. A. busca uma minimização dos impactos através de uma implementação permanente e contínua, tanto na qualidade ambiental dos produtos e serviços, como no ambiente de trabalho. Um filósofo chaponês, conhecido por Mokiti Okada, afirma: “ O homem

tornou – se prisioneiro de uma ambição desmedida e inconseqüente e vem destruindo o equilíbrio do planeta, criando para si e seu semelhante desarmonia e infelicidade.” Por isso, a G. A. deve ser implantada nas empresas na busca de

reduzir o impacto causado ao meio ambiente.

Com base nesse contexto, este artigo mostra que é necessário à criação de uma política ambiental que seja implantada e, sempre que necessária implementada para que se obtenham resultados satisfatórios dentro das organizações. Os objetivos são claros e buscam a prevenção na elaboração de produtos que podem ser aperfeiçoados de acordo com a política organizacional da empresa.

A implantação de programas de educação ambiental para a busca da redução de impactos ambientais é de suma importância nas organizações, reduzindo custos e evitando desperdícios na busca da qualidade, já que o mercado está cada vez mais exigente.

As organizações podem utilizar-se do Marketing Ecológico não só na busca de reduzir os impactos negativos causados sobre o meio ambiente, como também,

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para satisfazer às necessidades dos consumidores. Visto que, eles estão cada vez mais exigentes desejando, no entanto, produtos com Qualidade Ambiental. Por meio do Marketing as organizações irão vencer no mercado competitivo com mais qualidade desde que utilize dos recursos adequados na obtenção do sucesso desejado.

Contudo, a implantação da Gestão Ambiental nas organizações promove uma melhoria contínua ao longo do tempo, sendo fundamental uma análise dos impactos reais e potenciais ao meio ambiente. Daí a importância da G. A. não só nas empresas, mas na nossa vida pessoal e profissional. Sendo essa uma ferramenta para o sucesso e para a imagem da organização.

2. GESTÃO AMBIENTAL UMA PREOCUPAÇÃO CADA VEZ MAIS CONSTANTE

Segundo os autores Arlindo Philippi Jr., Marcelo de Andrade Romero e Gilda Collet Bruna, autores do livro Curso de Gestão Ambiental, definem Gestão Ambiental de uma forma clara e precisa:

“O processo de gestão ambiental inicia-se quando se promovem adaptações ou modificações no ambiente natural, de forma a adequá-los às necessidades individuais ou coletivas, gerando dessa forma o ambiente urbano nas suas mais diversas variedades de conformação e escala.” (Philippi, Andrade, Collet, 2004, pg. 03)

A utilização dos recursos extraídos da natureza para produzir bens e serviços deve ser feita de uma maneira que reduza ou elimine os danos causados pelas ações humanas.

Atualmente a sociedade preocupa-se cada vez mais com os problemas causados pela degradação ambiental, que por sua vez está se tornando mais consciente passando a exigir uma qualidade de produtos oferecidos por organizações que garantam a preservação ambiental.

Essa nova conseqüência ambiental surgiu das transformações culturais que ocorreram nas décadas de 70 e 80, ganhando dimensão como um dos princípios fundamentais do homem moderno. Nos anos 80, os gastos com proteção ambiental

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começaram a ser vistos não só como investimentos no futuro, mas também, como vantagem competitiva. Nos anos 90, os gestores das organizações passaram de defensiva e reativa para ativa e criativa. Já na primeira década de 2000, esse fator teve maior influencia, pois o mercado passou a se tornar mais exigente.

Nesse contexto, se percebe o quanto o termo Gestão Ambiental é abrangente, pois está centrada para companhias, corporações, firmas, empresas ou instituições. Ou seja, busca um equilíbrio entre as práticas administrativas e operacionais que degradam o meio ambiente. De acordo com Takeshy Tachizawa “o

movimento ambientalista cresce em escala mundial”, José Carlos Barbiere além de

concordar com ele acrescenta, que o termo Gestão Ambiental inclui no mínimo três dimensões:

“... (1) a dimensão espacial que concerne á área na qual se espera que as ações de gestão tenham eficácia; (2) a dimensão temática que delimita as questões ambientais às quais as ações se destinam; e (3) a dimensão institucional relativa aos agentes que tomaram as iniciativas de gestão...” (Barbieri, 2004, pg. 21)

Como pode ser observado na figura:

Figura: Gestão Ambiental_ Dimensões

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A abrangência espacial envolve todos os aspectos que influenciam a degradação ambiental, podendo ser: global, regional, nacional, local, setorial, empresarial, etc.; a dimensão temática está relacionada às questões ambientais sendo elas: o ar, água, solo, fauna e flora, chuva ácida, aquecimento global, etc.; a dimensão institucional envolve todos os órgãos que tomaram iniciativa de gestão: as empresas, o governo, a sociedade civil, instituto multilateral, etc.

Contudo, as organizações devem atender às necessidades humanas respeitando as limitações do meio ambiente, enfocando no desenvolvimento sustentável.

2.1 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

È necessário que as organizações atuais preocupem-se com o meio ambiente como parte fundamental de seus objetivos, ou seja, fazendo dele um paralelo com a lucratividade, envolvendo a ética e a política para que o desenvolvimento da mudança social tenha total eficácia e possam adquirir sentidos harmoniosos. Com isso, esse progresso será uma riqueza enorme para a organização, além de trazer benefícios sociais.

Mas, o mundo por estar cada vez mais globalizado e o progresso sendo uma mudança constante, ambos os fatores, afetam o meio ambiente. Se por um lado diminui o número de desempregados, entre outros aspectos positivos, por outro lado aumenta a degradação ambiental. E, não o bastante, há um crescimento da população prejudicando a toda população. O crescimento populacional é outro tipo de influência, isso acontece devido ao fato de existir uma super exploração dos recursos naturais.

Por meio desses aspectos percebemos o quanto o progresso destrói a natureza, o quanto ele degrada o meio ambiente. Por esses motivos é que existe inúmeras ONG de “proteções ambientais”, na busca de minimizar esses aspectos negativos. Sendo ela uma parte integrante do processo de desenvolvimento, por isso, o D.S. (Desenvolvimento Sustentável) está aliada a preservação.

Para que exista essa preocupação ambiental é preciso que as empresas busquem uma melhoria contínua na busca de reduzir os impactos ambientais,

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incorporando e atualizando inovações aos programas e políticas existentes. Com isso, ela fica à frente de atender as expectativas da comunidade e de seus concorrentes.

Outro fato importante é educar, treinar, motivar os empregados a conduzir suas atividades de uma maneira ecologicamente responsável. Pois quantos de nós brasileiros conhecemos o real conceito de meio ambiente e as conseqüências da falta de ocupação com essa área? Se analisarmos, podemos perceber que grande maioria da população tem acesso à informação e mesmo assim, deixamos um filtro de cigarro, uma lata de cerveja por aí, jogados em algum lugar. Por isso, as organizações na busca de um desenvolvimento sustentável devem incorporar as suas organizações programas de Educação Ambiental para que seus funcionários passem a produzir mais, obtendo consciência da preservação ambiental.

O autor Takeshy Tachizawa afirma:

“... as organizações no novo contexto necessitam partilhar do entendimento de que deve existir um objetivo comum, e não um conflito entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental, tanto para o momento presente como para as gerações futuras...” (Tachizawa, 2005,pg. 25)

No entanto, as organizações devem dar prioridades e reconhecer o papel funcional da Gestão Ambiental, integrando estas políticas em cada negócio, melhorando quando necessário. Também, é importante avaliar os impactos de cada projeto antes de sua aceitação, para que os produtos e serviços não degradem o meio ambiente. E, quando possível utilizar recursos renováveis na fabricação dos produtos/ serviços ofertados. Para isso, a organização deve estabelecer uma política de compromisso para que esses objetivos e metas sejam atingidos, buscando uma responsabilidade não só com os clientes, mas com a comunidade.

Outro aspecto importante é o crescimento econômico descontrolado, o que compromete a qualidade de vida das pessoas mesmo que essa avaliação só possa ser observada com o passar dos anos. Consequentemente, a degradação recairá sobre as próprias pessoas, não havendo mais um controle da água, flora, fauna, etc., aumentando a degradação ambiental. Por isso, o uso nacional dos recursos naturais precisa ser abordado com mais freqüência pelas empresas, pelo governo etc., para que a sociedade tenha uma visão mais ampla sobre esse

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desenvolvimento. Então, conclui-se que Desenvolvimento Sustentável é uma das prioridades na Gestão Ambiental.

2.2 A VERDADEIRA ATITUDE DOS EMPRESÁRIOS E ADMINISTRADORES

Para que as organizações passem a considerar o meio ambiente em suas decisões é necessário que os empresários tenham uma nova atitude. José Carlos Barbieri acrescenta: “... espera-se que as empresas deixem de ser problemas e

sejam partes das soluções. A experiência mostra que essa atitude dificilmente surge espontaneamente...” (Barbieri, 2004, pg. 99).

Antigamente isso não era possível, mais as pessoas estão se tornando cada vez mais exigentes procurando produtos/serviços com qualidade ambiental que não degrada tanto assim o meio ambiente, reduzindo com isso os impactos ambientais caudados pela produção inicial ate o produto final. Nesse aspecto, a organização pode optar por uma produção mais limpa que minimize os impactos sobre o meio ambiente.

Como tal atitude não surge de maneira espontânea, às organizações sofrem grandes pressões do governo, da sociedade e do mundo do mercado.

2.3 AS PRESSÕES EXERCIDAS PELO: GOVERNOS, A SOCIEDADE E O MERCADO

Atualmente há um grande envolvimento das empresas com o meio ambiente. Isso acontece por que aumentou com certa freqüência o número de leis, relacionadas às questões ambientais, aprovadas. A sociedade está cada vez mais prestativa, ou seja, por meio de denúncias, das pressões políticas e outros fatores que influenciam nessa formação de opiniões.

O mercado, no entanto, merece uma atenção um tanto especial, pois além dos impactos causados há o aumento significante da competitividade entre as

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empresas. Segundo José Calos Barbieri, uma das maiores pressões é a consciência da população.

“... Outra fonte de pressão sobre as empresas advém do aumento da consciência da população em geral e, principalmente, dos consumidores que procuram cada vez mais utilizar produtos e serviços ambientalmente saudáveis. Um aspecto visível desse novo tipo de consumidor é a pratica de diferenciar produtos e serviços pelo desempenho ambiental. A proliferação de rótulos ou selos verdes em muitos países desde as ultimas décadas do século XX é um indicador da importância do desempenho ambiental como critério definidor das escolhas por parte dos consumidores na hora de realizar suas compras...” (Barbieri, 2004, pg. 101)

A sociedade esta reivindicando por produtos e serviços com rótulos e declarações ambientais, podendo ser utilizado como estratégia de Marketing Empresarial, além de proteger o meio ambiente na busca de que adotem medidas de proteção ao meio ambiente.

3 AUDITORIA AMBIENTAL

É uma forma de análise crítica que busca assegurar a eficácia continua no processo de mudança na política, nos objetivos para que haja um melhor desempenho no SGA (Sistema de Gestão Ambiental) na organização. Buscando assegurar a adequação das empresas às leis ambientais podendo definir seus limites optando pela implementação da ISO. Cyro Eyer aborda esse tema de uma forma clara e precisa em seu livro sobre Qualidade Ambiental, afirma que para competir em um mercado aberto e globalizado, precisarão adequar-se quanto as leis, normas e regulamentos internacionais, como as normas da série ISO 14000:

“...A Gestão Ambiental consiste em um conjunto de medidas e procedimentos bem definidos que se adequadamente aplicados, permitem reduzir e controlar os impactos introduzidos por um empreendimento sobre o meio ambiente...”(Valle, 2004, pg. 69)

Entretanto, à adoção desse sistema não resultará, na redução imediata dos impactos ambientais. Mas para que sejam integradas é necessário fazer uma implementação. Segundo Takeshy Tachizawa, em seu livro gestão Ambiental e

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responsabilidade Social Corporativa, na pg. 142, aborda esse aspecto que é essencial para as organizações:

• Estabelecer uma política ambiental apropriada;

• Identificar os aspectos ambientais decorrentes de atividades, produtos ou serviços das organizações, passadas, existentes ou planejados, para determinar os impactos ambientais significativas;

• Identificar os requisitos legais e regulamentares aplicáveis;

• Identificar prioridades e estabelecer objetivo e metas ambientais apropriados;

• Estabelecer uma estrutura e programa (s) para implementar política e atingir os objetivos e as metas;

• Facilitar as atividades de planejamento, controle, monitoramento, ação corretiva, auditoria e analise critica, de forma a assegurar que a política seja obedecida e que o sistema de gestão ambiental permaneça apropriado;

• Ser capaz de adaptar-se às mudanças das circunstancias.

Depois de estabelecida à política ambiental a empresa começa a analisar os possíveis impactos ambientais na busca de estabelecer seus objetivos e metas de acordo com o programa que será implementado. Isso na realidade é utilizado para facilitar o planejamento, controle e ações corretivas para assegurar que o SGA atinja o resultado desejado.

3.1 IMPLEMENTAÇÃO DA POLITICA AMBIENTAL

É fundamental implementá-la para que o sistema de Gestão Ambiental seja mantido e aperfeiçoado. Para que isso ocorra é necessário um comprometimento da alta administração tanto nas aplicações das leis com o processo de melhoria contínua. É um trabalho em equipe não só interno mais externo também.

Contudo, ela é fundamental na organização por que além de ser um processo de melhoria contínua, prevenindo a poluição como desempenho ambiental mantido e aperfeiçoado é também, utilizado como redução de custos.

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3.2 IMPLANTAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO

A ISO 14000 é um selo de qualidade utilizado nas organizações como normas de gestão ambiental, com o objetivo de conservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Cyro Eyer do Valle afirma que a ISSO na realidade é:

“... o correto posicionamento da empresa na sociedade, por meio do respeito ao meio ambiente e da qualidade e competitividade de seus produtos...” (Valle, 2004, pg. 23)

Segundo a ISO 14000, a criação e o uso de um ou mais programas são elementos essenciais para que se obtenha sucesso nos programas, que terá que incluir uma análise ambiental para as novas atividades. Outro aspecto fundamental é o envolvimento de todas as áreas da organização. Começando da cúpula, da alta administração, que assegura à implementação do programa, ao designar um representante especifico para implementação do sistema de gestão ambiental. E, os demais funcionários que passam por um treinamento para que se tornem aptos à aceitação da mudança e obtenha uma maior responsabilidade social.

É essencial que a organização investigue e corrija as não - conformidades no programa implantado. Analisando, também, os resultados, a competência dos auditores e a freqüência das auditorias. O comprometimento com a prevenção de poluição deve estar inclusa nos objetivos e metas da empresa. Essa avaliação deve ser realizada em intervalos definidos pela própria organização, para que atinja um melhor desempenho na implantação da política ambiental.

4 MARKETING ESTRATÉGICO

Pode ser uma poderosa ferramenta se a empresa mudar a maneira de se posicionar, já que as organizações estão passando por desafios. A Sociedade está cada vez mais atenta devido aos diversos problemas ambientais ocasionados pelas

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empresas. As empresas, por sua vez, devem repensar os seus produtos levando em consideração o impacto que eles podem ter na saúde dos indivíduos.

Então, surge a necessidade de inovar em produtos/ serviços na busca de uma melhor satisfação do cliente. Tal inovação pode ser: básica, quando a empresa agrega valores ao produto já existente; relativa, quando a uma mudança no segmento, ou seja, cria uma nova linha de valores; e conceitual, quando muda completamente o ramo do negocio. É importante destacar que para uma inovação de sucesso a empresa deve colocar o cliente (e não o concorrente) no centro do pensamento estratégico, ou seja, pensar algo novo no qual venha a ser o seu diferencial. “Todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mais o que ninguém vê é a estratégia do qual sai as grandes vitórias.” Segundo Sun Tzu, essa deve ser a postura das companhias para superar a competição no mercado que está se tornando cada vez mais turbulento.

O objetivo do Marketing, no entanto, é fazer com que as organizações vençam com qualidade. Sendo no aspecto relacionado ao atendimento, aos preços menores, com grande participação de mercado, com adaptação e personalizações, na melhoria contínua, na inovação do produto, vencer ao entrar em mercados de grande crescimento e ate mesmo, vencer ao superar as expectativas do cliente buscando seu encantamento de forma que traga lucratividade para a empresa. Contudo, as organizações devem criar estratégias para alcançar suas metas.

5 A UTILIZAÇÃO DO MARKETING ECOLÓGICO NA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

A necessidade do Marketing Verde surgiu com o objetivo de discutir o impacto do marketing sobre o meio ambiente. Kotler define Marketing Ambiental como sendo: “(...) um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado

produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente.”. Na realidade

a definição é mais abrangente, pois, busca satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores reduzindo os impactos negativos sobre o meio ambiente. Além disso, contribui na conscientização ambiental por parte dos consumidores, isso é realizado

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por meio de informações que as organizações transfiram para estimular e despertar o desejo de adquirir esses tipos de produtos.

Mas, os consumidores também desejam encontrar a Qualidade Ambiental nos produtos/ serviços que adquirem. Por isso, esse esforço das empresas tem que ter um paralelo com as exigências dos consumidores, já que, caso contrário, não há sentido se os consumidores insistirem em continuar consumindo produtos que agridam o meio ambiente. Ao adotar essa posição, as organizações conquistam uma imagem positiva frente à sociedade e posicionam seu produto no mercado com um diferencial muito grande, agregando valor ao produto ou serviço. Se for visto de outra forma, versão oposta, isso pode acarretar prejuízos na empresa, alterando consequentemente a imagem da entidade.

Contudo, houve a criação de “selos verdes” como forma de garantia que esses produtos foram produzidos com Qualidade Ecológica. Uma forma de informação aos clientes que a empresa está se comprometendo com o meio ambiente. O lado positivo de tudo isso, é que as empresas reduzem custos, aumenta a credibilidade, e agrega valor a marca.

6 ESTUDO DE CASO

O GRUPO SÃO GERALDO

Uma indústria pioneira na produção de refrigerante de caju, localizado no Juazeiro do Norte, fabricando refrigerante extraído da própria fonte do caju. Fundada por JOSÉ AMÂNCIO DE SOUSA na década de cinqüenta, em 1976 FRANCISCO DE SOUSA e TARCILA SOUSA seus dois irmãos vieram a integrar a sociedade passando a ser chamada CAJUINA SÃO GERALDO LTADA., passou então a produzir outros sabores como: laranja, uva e cola. Mais manteve seu principal produto o Refrigerante de Caju.

Atualmente, produz em média 300.000 volumes/ mês gerando mais de 800 empregos, onde 150 diretos e mais de 700 indiretos. Ocupa uma área de mais de

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700.000 metros quadrados. Localizado no triangulo CRAJUBAR de onde saem seus produtos para todo o nordeste e parte da região norte.

Em 1997, integrou-se ao grupo a empresa SÃO GERALDO ÁGUAS MINERAILS LTDA; onde é extraída da fonte Padre Cícero ( o cearense do século), localizado no mesmo parque industrial e que conta com a fabricação de produtos retornáveis e descartáveis.

6.1 RESULTADOS OBTIDOS NA PESQUISA

O Grupo São Geraldo possui um laboratório específico, onde é realizado o Controle de Qualidade (CQ) dos produtos e da matéria - prima durante todo o processo para se chegar ao produto final. Com isso, não há nenhuma proibição ou restrição sobre a produção visto que, todo o processo passa por um CQ.

A indústria é fiscalizada freqüentemente e, caso seja identificado algo inadimplente a empresa paga um tributo seja no aspecto ambiental ou em qualquer outro. Mas, a fiscalização incentiva a indústria para que isso não ocorra e que se busque a conservação dos recursos.

A empresa trabalha com produtos ambientalmente saudáveis e, um de seus valores é mostrar para seu grupo de funcionários a importância da preservação do meio ambiente através de um treinamento que prioriza a educação ambiental. Além disso, também mostra ao público seu produto ambientalmente correto, que acontece por meio de visitas realizadas na empresa.

Há estudos para que a água utilizada seja reaproveitada na limpeza, mas suas embalagens já são recicladas. Buscam substituir a lenha da caldeira, que já contém filtros, pela casca da castanha de caju na busca de reduzir mais a poluição. Trabalham sempre para que na produção não haja perdas. Isso é visto claramente nessa avaliação do posicionamento da empresa relacionada à questão ambiental, apresentado por North, 1992, na obra de Gestão Ambiental na Empresa do autor Denis Donaire.

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EMPRESAS

AGRESSIVAS Empresas Amigáveis

Variáveis 1 2 3 4 5

(ALTA POLUIÇÃO) (BAIXA POLUIÇÃO)

1. RAMO DE ATIVIDADE x 2. PRODUTOS MP NÃO RENOVÁVEIS x MP RENOVÁVEIS NÃO HÁ RECICLAGEM x RECICLAGEM NÃO HÁ

APROV. RESIDUOS x REAPROV. RESIDUOS POLUIDORES x NÃO POLUIDORES ALTO CONSUMO

DE ENERGIA x

BAIXO CONSUMO DE ENERGIA

3. PROCESSO

POLUENTE x NÃO POLUENTE RESIDUOS

PERIGOSOS x POUCOS RESIDUOS ALTO CONSUMO DE ENERGIA x BAIXO CONSUMO ENERGIA INEFICIENTE USO DOS RECURSOS x

EFICIENTE USO DOS RECURSOS INSALUBRE AOS TRABALHADORES x NÃO AFETA TRABALHADORES 4. CONSCIÊNCIA AMBIENTAL CONSUMIDORES NÃO CONSCIENTES x CONSUMIDORES CONSCIENTES 5. PADRÕES AMBIENTAIS

BAIXOS PADRÕES x ALTOS PADRÕES NÃO OBEDIÊNCIA ÀS RESTRIÇÕES x OBEDIÊNCIA AS RESTRIÇÕES 6. COMPROMETIMENT O GERENCIAL NÃO COMPROMETIMENTO x COMPROMETIMENTO 7.NIVEL CAPACIDADE DO PESSOAL

BAIXOS PADRÕES x ALTO ACOSUMADO A

VELHAS

TECNOLOGIAS x

VOLTADO PARA NOVAS TECNOLOGIAS

8. CAPACIDADE DE

P&D

BAIXA

CRIATIVIDADE x ALTA CRIATIVIDADE LONGOS CICLOS DE DESENVOLVIMENTO x CURTOS CILCOS DE DESENVOLVIMENTO 9. CAPITAL AUSÊNCIA DE x EXISTENCIA DE

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CLASSIFICAÇÃO

1 = EMPRESA MUITO AMEAÇADA PELA QUESTÃO AMBIENTAL

5 = QUESTÃO AMBIENTAL CONSTITUI OPORTUNIDADES DE CRESCIMENTO É utilizada uma análise comparativa de algumas variáveis para identificar se a empresa é “agressiva” ou “amigável”. De acordo com o Grupo São Geraldo a empresa é de baixa poluição, por exemplo, suas matérias – primas são renováveis e recicladas, não poluem muito o meio ambiente e buscam a redução desse dano. Durante o processo sobram poucos resíduos, o consumo de energia é baixo e a insalubridade não afeta os trabalhadores.

A consciência ambiental também é trabalhada entre os consumidores e funcionários. Obedecem aos padrões ambientais estabelecidos pela empresa e pela sociedade, existindo um comprometimento gerencial em todo esse aspecto. A empresa está apta à aceitação de mudanças, se adaptando as novas tecnologias e capacitando seu pessoal. Possuindo uma criatividade em desenvolver novos produtos ou processos adequados a legislação ambiental.

Contudo, a rentabilidade do investimento é vista na existência de capital, apesar desse tipo de investimento relacionado à questão ambiental demorar algum tempo. Por meio dessa análise fica claro que o Grupo São Geraldo está classificado como uma “EMPRESA AMIGÁVEL” e de baixa poluição.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Gestão Ambiental requer um comprometimento de toda a organização na criação de uma política ambiental que se adeque as atividades da empresa reduzindo e controlando os impactos ambientais decorrentes dos processos para realização do produto final. É uma melhoria contínua que assegura a saúde de todos os funcionários da empresa, além de ampliar a rede de clientes e o comprometimento ambiental assumido perante a sociedade, tornando a empresa com uma imagem positiva diante da sociedade. Utilizando assim o Desenvolvimento

CAPITAL CAPITAL POUCA POSSIBILIDADE DE EMPRESTIMOS x ALTA POSSIBILIDADE DE EMPRESTIMOS

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Sustentável como parte fundamental de seus objetivos já que ele está diretamente relacionado com a preservação do meio ambiente. Como conseqüência a empresa passa a utilizar-se do Marketing Ecológico ficando à frente de atender as expectativas da comunidade e de seus concorrentes. O Grupo São Geraldo, ainda não utiliza - se dessa ferramenta para atrair mais clientes, mas, na empresa existe a utilização de uma política ambiental envolvendo todos os funcionários como forma de incentivo para preservação do meio ambiente.

É importante que as organizações considerem o meio ambiente em suas decisões, isso é possível visto que há empresas, como o Grupo São Geraldo, que já aderiram a algumas mudanças e não só lucraram como reduziram a matéria – prima para obtenção do produto final. E essa consideração deveria ser feita por meio da conscientização da organização, mas existe uma grande pressão do Governo, da Sociedade e do Mercado na busca de produtos ambientalmente correto. O Grupo São Geraldo além de obter uma Política Ambiental, também possui Programas de Educação Ambiental e, isso trará num futuro próximo à implantação de um Sistema de Gestão Ambiental e qualidade ambiental que preocupa - se com o meio ambiente e com as gerações futuras.

As empresas podem utilizar-se dessa estratégia como forma de Marketing Empresarial para aumentar a sua lucratividade, buscando como aliada uma Política Ambiental para analisar as não – conformidades durante o processo de produção. Daí a importância do trabalho em equipe e do comprometimento da gerência.

Há uma frase de Mário Quintana no qual ele afirma: “o segredo não é correr

atrás das borboletas, é cuidar do jardim para que elas venham até você...”. Por isso,

é importante que as empresas cuidem do meio ambiente para que não afetem as gerações futuras. Ou seja, para a organização alcançar o sucesso desejado deve haver um certo investimento em programas como educação ambiental e, seus colaboradores devem ter atitudes de empresários e administradores que preocupam-se com o meio ambiente e principalmente com as gerações futuras.

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BARBIERI, José Carlos Gestão Ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos/ José Carlos Barbieri – São Paulo: Saraiva, 2004

Curso de Gestão Ambiental/ Arlindo Philippi Jr., Marcelo de Andrade Romero, Gilda Collet Bruna, editores. – Barueri, SP: Manoele, 2004 (Coleção Ambiental)

DONAIRE, Denis Gestão ambiental na empresa/ Denis Donaire. – 2. ed. – São Paulo: Atlas, 1999

KOTLER, Philip Administração de marketing: a edição do novo milênio/ Philip Kotler; tradução Bazán Tecnologia e lingüística; revisão técnica Arão Sapiro. São Paulo: Prentice Hall, 2000

TACHIZAWA. T. Gestão Ambiental e responsabilidade social corporativa: estratégias de negócios focadas na realidade brasileira/ TAKESHY TACHIZAWA. – 3. ed. Revista ampliada – São Paulo. Atlas, 2005

VALLE, Cyro Eyer do Qualidade Ambiental: ISO 14000/ Cyro Eyer do Valle 5 ed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004

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Referências

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