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Análise das alterações na morfologia da articulação temporomandibular induzidas pelo aparelho Herbst

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Academic year: 2021

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Análise das alterações na morfologia

da articulação temporomandibular

induzidas pelo aparelho Herbst

Marcus Vinicius Neiva Nunes do Rego*, Dirceu Barnabé Raveli**, Luiz Gonzaga Gandini Jr**, Guilherme Thiesen***,

Ernani Menezes Marchioro****, Carlos Gustavo Silva Braga*****

* Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Doutorando em Ortodontia pela UNESP - Araraquara. Professor de Ortodontia da NOVAFAPI – Teresina – Piauí. Residência em Ortodontia no HRAC-USP - Bauru.

** Professor Adjunto Doutor do Departamento de Clínica Infantil - Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP. *** Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS.

**** Mestre em Ortodontia pela UFRJ e Doutor em Ortodontia pela UNESP - Araraquara. Professor de Ortodontia da PUCRS. ***** Aluno do Curso de Especialização em Ortodontia da Faculdade NOVAFAPI – Teresina - Piauí.

Resumo

O presente estudo tem o objetivo de reali-zar uma compilação dos principais artigos existentes na literatura, voltados para a investigação das alterações adaptativas na articulação temporomandibular, decorren-tes do avanço mandibular com o aparelho Herbst. Para tentar elucidar essas altera-ções, procurou-se discorrer sobre pesqui-sas experimentais realizadas em animais, sob diferentes perspectivas metodológicas, como também pesquisas clínicas realizadas em humanos, nas quais foram utilizados diferentes métodos de diagnóstico por ima-gem. Independente da natureza do estudo,

Palavras-chave:Articulação temporomandibular. Aparelho Herbst. Remodelação óssea.

parece evidente que ocorrem alterações remodeladoras nas superfícies articulares, caracterizadas, principalmente, por uma aposição óssea na superfície posterior e su-perior do côndilo e uma neoformação óssea na fossa articular, localizada na região an-terior da espinha pós-glenóide. Esses resul-tados positivos são acompanhados por uma ausência de alterações adversas no côndilo, disco, fossa ou eminência articular. No en-tanto, alguma dúvida ainda persiste sobre o real mecanismo responsável pela remode-lação do côndilo e fossa articular frente ao avanço mandibular.

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e articulares suscitadas pela mecanoterapia de avanço mandibu-lar contínuo, no tratamento das más oclusões de Classe II por de-ficiência mandibular.

A característica de ser fixo torna o mecanismo do aparelho Her-bst independente da cooperação do paciente, mantendo a mandí-bula ininterruptamente projetada durante todas as suas funções e em repouso46 (Fig. 1), fato estimulante no sentido da

potenciali-dade das alterações induzidas, mas, ao mesmo tempo, desafiador no sentido de prováveis efeitos indesejáveis às estruturas internas da articulação temporomandibular. Os rumores de iatrogenia vêm da transgressão à fisiologia da articulação temporomandibular, exposta à pressão contínua e à limitação parcial dos movimentos de lateralidade por um determinado período de tempo41. Talvez tal

inquietude quantos aos reais efeitos do avanço mandibular na ar-ticulação temporomandibular justifique a vasta gama de pesquisas realizadas com esse intento e publicadas nos últimos anos na lite-ratura ortodôntica.

ReVIsÃo De LITeRATuRA

Breitner3 foi o primeiro a demonstrar, histologicamente, o

efei-to do avanço mandibular no crescimenefei-to condilar em um primata na fase de crescimento. Férulas foram desenhadas para criar pla-nos inclinados que forçavam a mandíbula para anterior ao ocluir. Depois de 46 dias de acompanhamento, estabeleceu-se uma oclu-são mesial. Ao analisar a região da articulação temporomandibular, algumas alterações histológicas foram encontradas: (1) aposição óssea na parede distal da fossa articular e reabsorção na parede mesial e (2) aposição de cartilagem na margem posterior da cabeça da mandíbula e reabsorção na margem anterior. Esses processos de remodelação conduziram a um deslocamento da fossa articular para anterior no osso temporal e um avanço da mandíbula, expli-cando-se as alterações encontradas na oclusão.

Estudos experimentais subseqüentes com protrusão mandibular

InTRoDuçÃo

A possibilidade de estimular o crescimento mandibular para o tratamento das más oclusões de Classe II constitui um assunto ainda bastante controverso. Edward Angle, ainda no final do século XIX, acreditava na estimulação do crescimento e na possibilidade de grandes alterações na morfologia maxilar e mandibular. No en-tanto, com o advento da cefalometria e dos estudos sobre o cres-cimento e o desenvolvimento craniofacial, ficou estabelecido, por muitos anos, que o tratamento ortodôntico teria uma ação restrita somente à área dentoalveolar, com potencial limitado de atuação na região das bases ósseas apicais.

Desde que o tratamento com ativador foi introduzido na Euro-pa, a partir da década de 30, existiu razão para especular sobre a possibilidade de estímulo do crescimento mandibular na correção das más oclusões de Classe II. Estudos experimentais com animais em crescimento têm mostrado que o deslocamento anterior fun-cional da mandíbula pode, em extensão variável, estimular o cres-cimento da cartilagem condilar e promover uma remodelação na fossa articular44,45,48. Por outro lado, os estudos clínicos realizados

em seres humanos mostram alguns resultados contraditórios, que questionam a possibilidade de estímulo do crescimento mandibu-lar além da quantidade determinada geneticamente e inerente a cada paciente1,20,21,22.

Durante muitas décadas, a partir da sua criação no início do sé-culo, o mecanismo telescópico, idealizado pelo alemão Emil Herbst para manter a mandíbula continuamente projetada, permaneceu praticamente esquecido frente aos demais aparelhos ortopédicos funcionais indicados para a correção da deficiência mandibular no tratamento das más oclusões de Classe II18,19,24,25. O final da década

de 70 e o início da década de 80 marcaram a reintrodução do apa-relho Herbst na prática ortodôntica. A partir desse fato, inúmeros estudos, com linhas metodológicas distintas, têm sido realizados, no intuito de elucidar as alterações esqueléticas, dentoalveolares

FiGuRa 1 - a) Modelo de estudo inicial de um paciente com má oclusão de Classe II, 1a divisão de Angle, em Máxima Intercuspidação Habitual (MIH), previamente ao avanço mandibular. B) Avanço mandibular com o aparelho Herbst.

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têm demonstrado que o crescimento condilar pode ser estimulado e a fossa articular remodelada em animais em crescimento2,4,6,11,12,13, 31,34,42,48. Alguns estudos mostraram que a remodelação condilar e

da fossa articular em animais adultos é similar à dos animais em crescimento8,9,10,14, enquanto outros demonstraram que alterações

adaptativas em animais adultos são quase inexistentes11,35,47. Esta

remodelação na fossa articular, que ocorre tanto em animais em crescimento como em adultos jovens, localiza-se, segundo Wood-side, Metaxas e Altuna48, no nível da borda anterior da espinha

pós-glenóide. Com essa neoformação óssea ao longo da borda anterior da espinha pós-glenóide e a reabsorção óssea na borda posterior da eminência articular, a fossa articular apresenta-se remodelada anteriormente, contribuindo para correção da discrepância ântero-posterior entre as bases apicais, independente da existência ou não de um aumento real no comprimento mandibular48.

A influência da terapia com aparelhos funcionais fixos ou mecânico-funcionais, como o aparelho Herbst, na remodelação da fossa articular, foi avaliada por Woodside, Metaxas e Altuna48

em seis macacos (Macaca fascicularis), dos quais cinco eram ado-lescentes e um adulto, sem crescimento. Os resultados indicaram que o avanço mandibular progressivo produziu, nos animais com e sem crescimento, uma remodelação anterior na fossa articular. Essa remodelação anterior contribuiu de forma significativa para manutenção de um posicionamento mais anterior da mandíbula e para uma alteração na relação entre as bases apicais. Com relação à proliferação dos tecidos condilares e ao aumento no comprimen-to mandibular, os mesmos só estiveram presentes nos animais em crescimento e se manifestaram em graus variáveis, podendo estar relacionados à idade e à quantidade de avanço mandibular.

As adaptações na articulação temporomandibular, induzidas pelo aparelho Herbst, foram avaliadas por McNamara et al.15 em 20

macacos rhesus jovens (Macaca mulatta). Os animais foram ava-liados histologicamente após 3, 6, 12 e 24 semanas da instalação do aparelho Herbst. O grupo controle envolveu 7 macacos rhesus jovens. Após um estudo histológico quantitativo e qualitativo da região do côndilo, fossa articular e borda posterior do ramo, ob-servaram-se alterações adaptativas em todas as regiões analisa-das. Especificamente, uma proliferação da cartilagem condilar foi evidenciada, localizando-se na região posterior e póstero-superior. Adicionalmente, uma deposição óssea ao longo da borda anterior da espinha pós-glenóide e uma aposição óssea na borda posterior do ramo foram encontradas. Em nenhum dos animais utilizados no experimento verificou-se a presença de patologias articulares.

McNamara et al.16 estudaram as alterações histológicas

sus-citadas pelo aparelho Herbst com splint de acrílico nas articula-ções temporomandibulares de 14 macacos rhesus adultos jovens (Macaca mulatta). Para tal avaliação, foram analisadas as respostas histológicas no côndilo mandibular, fossa articular e borda

poste-rior do ramo após 3, 6, 12 e 24 semanas da instalação do aparelho Herbst. Como grupo controle foram utilizados 7 macacos rhesus adultos jovens. Após uma análise histológica quantitativa e qua-litativa, verificou-se uma evidente alteração condilar adaptativa após 3 semanas, com as dimensões da cartilagem condilar aumen-tando gradualmente ao longo do período de acompanhamento. Al-terações menos significativas foram encontradas na fossa articular nas primeiras três semanas. Contudo, uma significante deposição óssea ocorreu, ao longo da porção anterior da espinha pós-gle-nóide, após 6 a 12 semanas da instalação do aparelho. Além disso, não foram notadas áreas de deposição óssea significante na borda posterior do ramo. Quando comparadas às alterações no côndilo e fossa articular obtidas em estudos histológicos prévios, os autores concluíram que, embora semelhante do ponto de vista qualitati-vo, o potencial de remodelação da articulação temporomandibular diminui substancialmente com a idade, o que poderia limitar a ex-tensão dos efeitos terapêuticos em indivíduos com pouco potencial de crescimento.

No intuito de avaliar histologicamente a capacidade dos apa-relhos funcionais em acelerar ou estimular o crescimento condilar, Rabie et al.34 realizaram um estudo com 165 ratos

Sprague-Daw-ley, que foram divididos em grupos experimental e controle. Após análise dos cortes histológicos, evidenciou-se que a terapia com aparelhos funcionais acelerou e aumentou a quantidade de cresci-mento condilar, por meio de uma aceleração da diferenciação das células mesenquimais indiferenciadas em condrócitos, propiciando um aumento na quantidade de matriz cartilaginosa. Adicionalmen-te, esse aumento no crescimento, durante o avanço mandibular, não foi seguido de um padrão de crescimento abaixo do normal, durante o restante do período de acompanhamento, o que indica-ria um aumento real do crescimento condilar.

A relação entre a vascularização e a formação óssea na fossa glenóide durante o crescimento natural e a terapia com aparelho funcional foi estudada por Rabie et al.33 em 150 ratos

Sprague-Da-wley, divididos ao acaso em 10 grupos experimentais e 10 grupos controle. Os aparelhos foram ajustados para uma posição de avan-ço mandibular progressivo nos grupos experimentais e como re-sultado verificou-se aumentos significantes na produção do Fator de Crescimento Endotelial Vascular (FCEV) e na neoformação óssea nos grupos experimentais, quando comparados aos grupos con-trole. Desta maneira, os autores concluíram que o posicionamento mandibular anterior causou aumentos significantes na vasculari-zação e na neoformação óssea na fossa glenóide, principalmente na região anterior da espinha pós-glenóide.

O quadro 1 apresenta um resumo dos estudos experimentais em animais existentes na literatura e que se propuseram a avaliar os efeitos da projeção mandibular na articulação temporomandibular.

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ava-autores ano

amostra

animal metodologia aparelho utilizado

experimental controle

n idade n idade

Breitner3 1940 1 18m - - Macacus rhesus

Macacus rhesus Histologia elástico intermaxilar splint metálico sup. e inf.

1 18m -

-Baume e Derichweiller2 1961 2 44-50m 1 44-50m Macaca mulatta Cefalometria

Histologia planos inclinados sup. e inf.

Hiniker e Ramford8 1966 5 5-8a 9 - Macacus rhesus Cefalometria

Avaliação clínica splint metálico inf.

Charlier et al.4 1969 24 30 dias 24 4sem ratos Sprague-Dawley Histologia

-Ramjord e Enlow35 1971 3 10-15a - - Macacus rhesus

Histologia Rx ATM

Avaliação clín. splint metálico sup. e inf.

Stockli e Willert42 1971 6 38-45m 2 38-45 Macaca irus Histologia splint metálico sup. e inf.

plano inclinado

Elgoyhein et al.6 1972 6 20-24 10 20-24 Macaca mulatta Cefalometria splint metálico sup. e inf.

McNamara11 1973 12 5a7m 12 5a7m Macaca mulatta

Cefalometria Histologia

EMG splint metálico sup. e inf.

McNamara e Carlson13 1979 14 18-24m 14 18-24m Macaca mulatta Histologia splint metálico sup. e inf.

McNamara et al.14 1982 12 5,5-6a - 5,5-6a Macaca mulatta Histologia

-Hinton e McNamara9 1984 12 5,5-6a - 5,5-6a Macaca mulatta Histologia

-Hinton e McNamara10 1984 - - - - Macaca mulatta Histologia

-McNamara e Brian12 1987 11 18-24m 12 18-24m Macaca mulatta Cefalometria

-Woodside et al.47 1987 5 24-80m 2 36-48m Macaca fascicularis Histologia

Cefalometria Herbst

McNamara et al.15 2003 20 jovens - jovens Macaca mulatta Histologia Herbst

McNamara et al.16 2003 14 adultos - adultos Macaca mulatta Histologia Herbst

Rabie et al.34 2003 165 35 dias 35 35 dias ratos Sprague-Dawley Histologia splint acrílico sup. e inf.

Quadro 1 - Compilação dos estudos experimentais em animais sobre a remodelação na articulação temporomandibular, resultante do avanço mandibular.

liar as alterações na relação geométrica do côndilo dentro da fossa articular, bem como patologias ósseas e o desenvolvimen-to de alterações estruturais nos componentes articulares da ATM (côndilo, fossa articular e eminência articular), frente ao avanço mandibular contínuo. Com esta incumbência, a literatura tem lan-çado mão de radiografias transcranianas laterais oblíquas7,17,

to-mografias computadorizadas e ortopantoto-mografias29, radiografias

transcranianas e ortopantomografias28, tomografias5 e ressonância

magnética25,26,36,37,38. Recentemente, Voudouris et al.44 propuseram a

combinação de três métodos para auxiliar no estudo das alterações na articulação temporomandibular. São eles: eletrodos eletromio-gráficos implantados internamente, corantes vitais à base de tetra-ciclina e histomorfometria.

Dentre os recursos utilizados na avaliação das alterações da articulação temporomandibular decorrentes do tratamento com o

aparelho Herbst, a ressonância eletromagnética possibilita iden-tificar, além da estrutura óssea, o comportamento do disco arti-cular e tecidos moles intra-artiarti-culares36,37. Lançando mão desta

propriedade, os poucos estudos utilizando ressonância magnéti-ca como metodologia se preocuparam com dois questionamen-tos: a remodelação das estruturas ósseas da ATM (remodelação condilar, remodelação da fossa articular, relação geométrica côn-dilo – fossa)24,35,36,37 e as alterações no complexo disco articular

– côndilo25,39. É importante lembrar que a ressonância magnética

constitui o único método não invasivo disponível para avaliação do disco articular36.

As imagens radiográficas denunciam que, após o tratamento, o côndilo, que havia sido avançado até a eminência articular no momento da instalação do aparelho Herbst, retornou à sua posição inicial de concentricidade na fossa articular na maioria dos casos

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estudados28,36,37,38, mantendo-se assim 7,5 anos após o término do

tratamento7, sem alterações significantes no espaço articular5. Por

certo, nenhuma alteração estrutural adversa ocorreu no côndilo, fossa ou eminência articular5,28,36,37,38.

Como imagem representativa do crescimento ósseo adaptativo ao avanço contínuo da mandíbula, observou-se um contorno du-plo na parte posterior da fossa articular38, na superfície posterior

e superior do côndilo (crescimento predominantemente sagital) e ocasionalmente na superfície posterior do ramo mandibular28,29. Em

um estudo prospectivo com 100 indivíduos adolescentes e adultos jovens com má oclusão de Classe II severa, tratados com o apare-lho Herbst e avaliados por meio de tomografia computadorizada, observou-se que o contorno duplo persistiu por vários meses após o tratamento em indivíduos adultos, diferentemente do que ocor-reu com os indivíduos na fase do pico de crescimento, nos quais o contorno duplo foi visualizado por um período de tempo curto28.

Ruf e Pancherz38 realizaram um estudo em adolescentes e

adul-tos jovens submetidos ao avanço contínuo da mandíbula com o aparelho Herbst e verificaram, através do emprego da ressonância magnética nas articulações temporomandibulares, após 6 a 12 se-manas (3 a 4 meses) de tratamento, uma remodelação condilar, principalmente na região póstero-superior, encontrando-se côn-dilo recolocado no centro da fossa articular. A quantidade de re-modelação e crescimento condilar foi bastante variável entre os indivíduos e esteve intimamente relacionada ao padrão de cresci-mento e morfologia mandibular. Embora evidências de remodela-ção condilar tenham sido observadas em adolescentes e adultos jo-vens, nos últimos as alterações remodelativas no côndilo ocorrem um pouco mais lentamente do que em indivíduos adolescentes, entre 4 e 8 meses de tratamento. Essa remodelação é visualizada no exame por ressonância magnética como um duplo contorno e poderia ser o resultado da reativação das células da camada pré-condroblástica15,16. De acordo com Paulsen, Bakke e Hersink29, a

re-modelação da fossa articular ocorre em maior intensidade no nível da superfície anterior da espinha pós-glenóide, decrescendo em direção ao teto da fossa.

Ao projetar a mandíbula até uma relação incisal de topo-a-topo, os côndilos são avançados dentro da fossa articular até se posicionarem no limite extremo inferior da eminência articular. O comportamento da ATM conta com alterações remodelativas das estruturas ósseas contíguas, côndilo19,26,29 e fossa articular48,

mantendo-se inalterada a relação côndilo-fossa articular original. Existe uma tendência recente de aceitar o mecanismo de cresci-mento condilar induzido como resposta à alteração biofísica na articulação temporomandibular, ou melhor, como uma interação com as modificações na fossa articular e não como um fenômeno independente e isolado (teoria do crescimento relativo da articu-lação temporomandibular submetida ao tratamento ortopédico de

avanço mandibular contínuo)43.

O crescimento condilar efetivo, que consiste na somatória da remodelação condilar, remodelação da fossa articular e alterações na posição do côndilo dentro da fossa, foi avaliado por Pancherz et al.27 em 98 indivíduos com má oclusão de Classe II, 1a divisão.

Teler-radiografias em norma lateral foram obtidas antes do tratamento, no final do tratamento, bem como 3,1 anos após a remoção do aparelho Herbst. Durante o período de tratamento, o crescimento efetivo do côndilo foi direcionado mais posteriormente e mostrou-se aproximadamente 3 vezes maior do que nos casos com oclusão ideal, em que não houve tratamento (Bolton Standards). No pe-ríodo pós-tratamento, observou-se que o crescimento efetivo do côndilo apresentou-se menor que o do grupo controle e, assim, o crescimento obtido durante o tratamento foi “recuperado” tanto em direção quanto em quantidade.

Com relação ao comportamento do disco articular, até o pre-sente momento não emergiram provas de que o tratamento com o mecanismo Herbst pudesse provocar um deslocamento patoló-gico, como conseqüência da mudança temporária, porém signifi-cante, na relação côndilo-fossa7,40,41. Ao contrário, a relação

disco-côndilo parece ter sido preservada no final do tratamento, como comprovado por Pancherz et al.26, em um estudo prospectivo, com

15 indivíduos adolescentes com má oclusão de Classe II, 1a

divi-são, acompanhados até 12 meses pós-tratamento. Nesse estudo, os autores relataram que, após a instalação do aparelho, o disco articular assume uma posição inicialmente retrusiva, que gradual-mente é recuperada no decorrer do tratamento, e uma ausência de alteração no posicionamento do disco articular é verificada no final do tratamento. Diferentemente do que se poderia esperar, alguns autores26,28,39,40 reiteraram que o avanço mandibular com o

apa-relho Herbst pode, inclusive, ser útil no tratamento de indivíduos com leve deslocamento anterior de disco.

Um estudo prospectivo longitudinal foi realizado por Ruf e Pan-cherz39, em 62 indivíduos com má oclusão de Classe II, 1a divisão,

tratados consecutivamente com o aparelho Herbst, no intuito de averiguar as alterações na articulação temporomandibular. Os indi-víduos foram avaliados por meio de questionário e por imagem de ressonância magnética antes e no final do tratamento, bem como 1 ano após a remoção do aparelho. Como resultado, observou-se que o aparelho Herbst não induziu o aparecimento de desordens tem-poromandibulares e de deslocamentos de disco, embora uma leve retrusão no posicionamento do disco tenha sido evidenciada em alguns indivíduos. Além disso, o avanço mandibular com o aparelho Herbst resultou em um estável reposicionamento nos deslocamen-tos parciais de disco com redução. No entanto, nos deslocamendeslocamen-tos totais, com ou sem redução, não houve sucesso na recaptura do dis-co. De acordo com os resultados, verificou-se que o aparelho Herbst não apresentou efeitos deletérios na função articular.

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Os efeitos a longo prazo do aparelho Herbst na articulação temporomandibular foram avaliados por Ruf e Pancherz36 em 20

indivíduos (10 do gênero masculino e 10 do gênero feminino), tratados com o aparelho Herbst e com um período de acompa-nhamento de pelo menos 4 anos pós-tratamento. Para tal estu-do, os indivíduos foram avaliados clinicamente por meio de um questionário e de imagem por ressonância magnética. Os resul-tados revelaram que a presença de sinais e sintomas clínicos de disfunção não diferiu dos índices encontrados para a população em geral. Os exames por ressonância magnética também não evi-denciaram diferença na quantidade de deslocamentos de disco em relação à população geral. Do total da amostra, 5 indivídu-os (25%) exibiram de moderadindivídu-os a severindivídu-os sinais de disfunção temporomandibular, como deslocamento anterior ou alteração na morfologia do disco. Outros 3 indivíduos (15%) apresentaram sintomas leves de disfunção. Como conclusão, pôde-se afirmar que o aparelho Herbst não pareceu exercer um efeito adverso a longo prazo na articulação temporomandibular.

O quadro 2 apresenta um resumo dos principais estudos em humanos existentes na literatura, utilizando ressonância magnéti-ca para avaliação das alterações adaptativas na articulação

tempo-romandibular induzidas pelo aparelho Herbst.

Os referidos estudos revelaram que a imagem da ATM no início do tratamento evidencia o côndilo recolocado saindo da fossa ar-ticular em direção ao limite inferior da eminência arar-ticular. A partir de então, desencadeia-se a remodelação na ATM e os côndilos são recolocados em direção posterior na fossa articular. A remodelação condilar consistiu na neoformação óssea na margem posterior e superior da cabeça do côndilo, enquanto na fossa articular a re-modelação óssea foi vista na superfície anterior da espinha pós-glenóide (Fig. 2). Os sinais de remodelação condilar na imagem de ressonância eletromagnética com intensidade do sinal aumentada foram mais evidentes e precederam os sinais de remodelação da fossa articular26,36,37,38,39.

Popowich, Nebbe e Major30 realizaram uma revisão de literatura

sistemática dos efeitos do tratamento com o aparelho Herbst na articulação temporomandibular. De cerca de 80 artigos cataloga-dos sobre o assunto, apenas 5 foram selecionacataloga-dos pelo autor, devi-do ao caráter prospectivo, randevi-domizadevi-do e por possuírem um grupo controle. Após análise desses artigos, os autores concluíram que a relação côndilo-fossa articular permanece inalterada com o trata-mento; a natureza da remodelação do côndilo e da fossa articular

autores ano amostra tempo de tratamento

gênero (M / F) faixa etária (anos)

Ruf e Pancherz36 1998 10 M / 10 F 11,6 – 15,7 7,4 meses

Ruf e Pancherz37 1998 11 M / 4 F 11,4 – 17,5 7 meses

Ruf e Pancherz38 1999 13 M / 12 F 4 M / 10 F 11,4 – 15,7 13,6 – 19,8 8,5 meses 7,1 meses

Pancherz, Ruf e Faubert26 1999 10 M / 5 F 11,9 – 17,5 7 meses

Ruf e Pancherz39 2000 27 M / 35 F 12,3 – 16,5 7,2 meses

Quadro 2 - Compilação dos estudos clínicos sobre a remodelação na articulação temporomandibular, resultante do tratamento da má oclusão de Classe II com o aparelho Herbst, utilizando-se ressonância magnética.

FiGuRa 2 - Desenho esquemático das alterações adaptativas da ATM frente ao avanço mandibular com o aparelho Herbst. a) Complexo côndilo-fossa-disco articular previamente ao avanço mandibular. B) Deslocamento anterior do côndilo induzido pelo avanço mandibular com o aparelho Herbst. Alteração temporária na relação côndilo-fossa, onde o côndilo localiza-se ao nível da eminência articular. C) Remodelação na ATM representada por uma neoforma-ção óssea na região posterior e superior da cabeça da mandíbula e na porneoforma-ção anterior da espinha pós-glenóide (AZUL) e por uma reabsorneoforma-ção da vertente posterior da eminência articular (LARANJA).

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ainda não está inteiramente estabelecida e as alterações na posição do disco articular suscitadas pela terapia não estão completamente definidas.

Modificações no côndilo, na fossa articular e na atividade dos músculos mastigatórios foram comparadas em primatas e huma-nos por Voudouris et al.45 O grupo experimental foi constituído por

15 primatas (Macaca fascicularis) divididos em três grupos (juvenis, adolescentes e adultos jovens), enquanto o grupo controle envol-veu 8 primatas. Os animais foram comparados a um grupo com-posto de 17 indivíduos tratados com o aparelho Herbst e a outro grupo formado por 24 indivíduos com má oclusão de Classe II, não tratados ortodonticamente, pertencentes ao Burlington Growth Center. Os efeitos do tratamento envolveram uma restrição do crescimento maxilar, deslocamento anterior da mandíbula, dista-lização dos dentes superiores e mesiadista-lização dos dentes inferiores, crescimento sagital do côndilo e remodelação da fossa articular em direção anterior e inferior à espinha pós-glenóide, confirmados pela análise da histomorfometria e dos marcadores à base de tetra-ciclina. Essa evidente remodelação do côndilo e da fossa articular esteve associada a uma redução da atividade eletromiográfica dos músculos mastigatórios, descartando-se a teoria da hiperativida-de do músculo pterigoihiperativida-deo lateral como indutora da remohiperativida-delação do côndilo e fossa articular. A magnitude do crescimento condilar foi maior nos primatas juvenis e adolescentes do que nos adultos jovens. Como conclusão, os autores afirmaram ainda que o apare-lho Herbst produz alterações mais consistentes no côndilo e fossa articular do que os aparelhos funcionais removíveis.

Segundo Voudouris et al.45, a principal teoria que poderia

expli-car o mecanismo de remodelação da ATM consiste na hipótese da relatividade do crescimento. Segundo essa teoria, o deslocamen-to anterior da mandíbula influencia a camada fibrocartilaginosa que reveste a fossa articular, passando a induzir formação óssea localmente. Tal mecanismo é seguido pelo estiramento dos teci-dos viscoelásticos não–musculares. Além disso, a fossa articular e o côndilo deslocado são ambos influenciados pelo disco articular, cápsula fibrosa e sinóvia, que são contíguos, anatômica e funcio-nalmente, com os tecidos viscoelásticos. Portanto, o crescimento condilar seria influenciado pelas forças do tecido viscoelástico, através da inserção da fibrocartilagem (transdução) que cobre a cabeça da mandíbula.

As alterações na quantidade e direção de deslocamento da fossa articular, o crescimento condilar e as modificações efetivas na articulação temporomandibular (soma do deslocamento da fossa articular, crescimento condilar e alteração na posição do côndilo dentro da fossa) foram estudadas por Pancherz e Michai-lidou24 em 68 indivíduos com má oclusão de Classe II, 1a divisão,

tratados com o aparelho Herbst, nos quais 38 eram normodiver-gentes, 17 hipordivengentes e 13 hiperdivergentes.

Telerradio-grafias de perfil foram obtidas antes e no final do tratamento e 5 anos após a remoção do aparelho. Os resultados evidenciaram que nos três tipos faciais a fossa articular foi deslocada anterior e inferiormente. O crescimento condilar e as alterações efetivas na ATM foram direcionados superior e posteriomente, sendo o cres-cimento posterior mais evidente nos indivíduos hiperdivergentes. Contudo, observou-se que essas alterações na quantidade e di-reção do crescimento das estruturas articulares foram temporá-rias, mas contribuíram para as alterações sagitais induzidas pelo aparelho Herbst.

DIsCussÃo

A utilização do aparelho Herbst pode ser definida como um artifício “bite jumping” (salto de mordida, avanço mandibular) pro-porcionado por um mecanismo telescópico bilateral, no qual tubo telescópico e pistão juntos, unidos, estendem-se da região do 1o

molar superior à região do 1º pré-molar inferior e mantêm a man-díbula em uma constante posição de protrusão.

Sendo assim, o aparelho Herbst poderia ser definido como um mecanismo telescópico bilateral, ancorado nos dentes superiores e inferiores, que mantém a mandíbula continuamente projeta-da durante toprojeta-das as funções mandibulares e também durante o repouso17,18,23,46. Tal mecanismo normalmente permite o

movi-mento de abertura e fechamovi-mento, embora algumas adaptações possam ser confeccionadas, para que movimentos de lateralida-de sejam realizados19. O seu mecanismo de ação contínuo, que

independe da cooperação do paciente, é um fator estimulante no sentido da potencialidade das alterações suscitadas, quan-do comparaquan-do aos aparelhos funcionais removíveis propulsores mandibulares.

Embora a possibilidade de influenciar permanentemente o crescimento dos componentes articulares, no tratamento da de-ficiência mandibular com o deslocamento anterior do côndilo, seja uma questão controvertida, os estudos clínicos por imagem, cor-roborados pelos estudos histológicos em animais, sugerem uma remodelação tanto na porção póstero-superior da cabeça da man-díbula, como na fossa articular15,16,26,32,36,37,38,39. Resta saber se esta

remodelação adquire magnitude para implicar em resultados clí-nicos significativos15. De um modo geral, os estudos experimentais

demonstraram uma capacidade adaptativa da articulação tempo-romandibular, principalmente nos animais em fase de crescimento, com remodelação óssea significativa no côndilo e na fossa articu-lar. Parece óbvio que existem atenuantes a serem considerados, ao transportar os efeitos induzidos em animais ao ser humano. Talvez o mais importante seja a grande variação individual nas respostas em seres humanos15,41.

Uma série de estudos recentes em animais15,16,32,33,34,44,45,

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mecanis-mo estimulador da remecanis-modelação óssea na superfície do côndilo e fossa articular. Os resultados evidenciaram aumento no número de células mesenquimais indiferenciadas, aumento na produção de fatores de crescimento e aumento na vascularização na região da articulação temporomandibular, todos esses eventos associados à remodelação óssea. Um fato parece evidente quando da análise desses estudos, a capacidade adaptativa da articulação temporo-mandibular, em termos quantitativos, tende a diminuir sensivel-mente com a idade, o que poderia limitar a extensão dos efeitos ortopédicos em pacientes adultos jovens, com pouco potencial de crescimento residual da mandíbula.

Portanto, o estágio atual das pesquisas sobre os efeitos no côndilo e fossa articular induzidos pelos aparelhos propulsores mandibulares, que já localizou e quantificou as áreas de neofor-mação óssea, bem como a direção de crescimento condilar e de deslocamento da fossa articular, caminha no sentido de identificar o mecanismo indutor dessas alterações, que durante muitos anos, talvez devido às limitações metodológicas, foi atribuído a uma hi-peratividade do músculo pterigóideo lateral.

ConCLusÕes

Diante da análise dos estudos existentes na literatura quanto aos efeitos induzidos pelo aparelho Herbst na articulação tempo-romandibular, pode-se concluir que:

1) A relação geométrica côndilo-fossa articular parece não ser alterada pelo tratamento com o aparelho Herbst;

2) Sinais e/ou sintomas de disfunção da ATM induzidos pelo avanço mandibular não foram detectados;

3) Independente da metodologia aplicada e da natureza do es-tudo, se clínico ou experimental, verificou-se uma remodelação na ATM, caracterizada por uma neoformação óssea na margem poste-rior e supeposte-rior da cabeça do côndilo e uma remodelação óssea na superfície anterior da espinha pós-glenóide;

4) A magnitude da remodelação das superfícies articulares ten-de a diminuir com a idaten-de, o que poten-deria limitar a indicação do apa-relho Herbst em indivíduos com pouco potencial de crescimento;

5) Apesar de evidente e comprovada pela grande maioria dos estudos, a natureza da remodelação do côndilo e da fossa articular ainda não está totalmente estabelecida.

Analysis of the changes in the temporomandibular joint

morphology induced by mandibular advancement with the

Herbst appliance

The aim of the present study was to conduct a literature review on the main papers available in the literature addressing the adaptive changes of the temporomandibular joint induced by mandibular advancement with the Herbst appliance. An attempt was made to discuss the experimental investigations performed in animals with utilization of different methodologies, as well as clinical trials in humans employing different diagnostic imaging methods. Regardless of the type of study, it seems clear that remodeling changes

occur on the joint surfaces, which are mainly characterized by bone apposition on the posterior and superior surfaces of the mandibular head, as well as bone neoformation on the articular fossa, at the anterior region of the postglenoid spine. These positive results are followed by absence of adverse alterations in the condyle or articular disk, fossa, or eminence. However, some doubt remains as to the real mechanism in charge of remodeling of the condyle and articular fossa secondary to mandibular advancement.

Keywords: Temporomandibular joint. Herbst appliance. Bone remodeling.

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Marcus vinicius Neiva Nunes do rego Av. Lindolfo Monteiro, 1030 - Bairro de Fátima CEP: 64.049-440 Teresina / PI

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