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Prof. Eloy Gustavo. Aula 7 A estética barroca

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(1)

© Prof. Eloy Gustavo

Aula 7

(2)

© Prof. Eloy Gustavo

Marcos cronológicos

Século XVII

Barroco

Portugal

1580: Morte de Camões / União Ibérica

1756: Fundação da Arcádia Lusitana

Brasil

1601: “Prosopopéia” de Bento Teixeira

(3)

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Criado pelos neoclássicos.

Depreciativo.

(4)

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Idade Média x Idade Moderna.

Fé (segurança) X Razão (dúvida).

(5)

© Prof. Eloy Gustavo

Ideal Clássico:

- harmonia e equilíbrio.

- o homem senhor de si.

Situação Barroca:

- desequilíbrio.

- o homem angustiado por dúvidas.

Oposição ao Classicismo

Michelangelo Buonarroti (1475-1564)

Pietà (1499-1500)

Gian Lorenzo Bernini (1598-1680)

(6)

© Prof. Eloy Gustavo

Ideal Clássico:

- harmonia e equilíbrio.

- o homem senhor de si.

Situação Barroca:

- desequilíbrio.

- o homem angustiado por dúvidas.

(7)

© Prof. Eloy Gustavo

Observe atentamente as duas versões apresentadas a seguir do pastor Davi, figura bíblica que vence o gigante Golias.

(8)

© Prof. Eloy Gustavo

Exercício 1 – Apostila Semi Manhã

(9)

© Prof. Eloy Gustavo

Exercício 1 – Apostila Semi Manhã

(10)

© Prof. Eloy Gustavo

Observe atentamente as duas versões apresentadas a seguir do pastor Davi, figura bíblica que vence o gigante Golias.

(11)

© Prof. Eloy Gustavo

Observe atentamente as duas versões apresentadas a seguir do pastor Davi, figura bíblica que vence o gigante Golias.

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© Prof. Eloy Gustavo

Observe atentamente as duas versões apresentadas a seguir do pastor Davi, figura bíblica que vence o gigante Golias.

(13)

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Observe atentamente as duas versões apresentadas a seguir do pastor Davi, figura bíblica que vence o gigante Golias.

Exercício 1 – Apostila Semi Manhã

Considerando o aspecto do movimento das figuras de Michelangelo e

de Bernini, quais as principais diferenças que se podem notar?

(14)

© Prof. Eloy Gustavo

Observe atentamente as duas versões apresentadas a seguir do pastor Davi, figura bíblica que vence o gigante Golias.

Exercício 1 – Apostila Semi Manhã

Considerando o aspecto do movimento das figuras de Michelangelo e

de Bernini, quais as principais diferenças que se podem notar?

A figura de Michelangelo é marcada pela

postura altiva e

grandiosa

. Em atitude de descanso, observa o mundo ao seu redor

com olhar superior. A figura de Bernini, por sua vez, está em pleno

momento de ação. A torção de seu corpo indica que está se

preparando para um movimento radical que exige grande força

física, hipótese reforçada pela

expressão contraída de seu rosto

.

(15)

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-

Valorização do decorativo

-

Metáfora aguda:

imagens surpreendentes.

- Intensificações:

hipérboles, antíteses e paradoxos.

Estilística Barroca

(16)

© Prof. Eloy Gustavo

Cultismo

- ênfase na

forma

.

- direcionamento aos

sentidos

.

-

construções

rebuscadas e obscuras.

Se as sobrancelhas vejo,

Setas despedes contra o meu desejo;

Se do rosto os primores,

Em teu rosto se pintam várias cores;

Vejo, pois, para pena e para gosto

As sobrancelhas arco; íris o rosto.

(17)

© Prof. Eloy Gustavo

Cultismo

- ênfase na

forma

.

- direcionamento aos

sentidos

.

-

construções

rebuscadas e obscuras.

Se as sobrancelhas vejo,

Setas despedes contra o meu desejo;

Se do rosto os primores,

Em teu rosto se pintam várias cores;

Vejo, pois, para pena e para gosto

As sobrancelhas arco; íris o rosto.

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© Prof. Eloy Gustavo

Conceptismo

- ênfase no

conteúdo

.

- direcionamento à

inteligência

.

-

raciocínio

rebuscado e por vezes obscuro.

Aristóteles disse que entre todas

as coisas

terríveis, a mais terrível é a morte. Disse bem; mas não

entendeu o que disse. Não é terrível a morte pela

vida

que acaba

senão pela

eternidade que começa

. Não é

terrível

a porta por onde se sai

, a terrível é

a porta por

onde se entra

. Se olhais para

cima

,

uma escada que

chega até o céu

; se olhais para

baixo, um precipício que

vai parar no inferno

.

(19)

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Os Dois Maiores Autores

Na prosa, sermonística

Padre Antônio Vieira

1608, Lisboa – 1697, Bahia

Na poesia

Gregório de Matos e Guerra

(20)

© Prof. Eloy Gustavo

(21)

© Prof. Eloy Gustavo

Padre Antônio Vieira

- Catequista

- Defensor

- Estadista

- Diplomata

- Literato

Um homem de ação

Portugal

Brasil

(22)

© Prof. Eloy Gustavo

(23)

© Prof. Eloy Gustavo

A próxima questão toma por base um trecho de uma carta do Pe. António Vieira (1608-1697).

Carta XIII – Ao Rei D. João IV – 4 de abril de 1654

[...]

Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali

governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus

interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a

manifestar a V.M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se

cometem.

Primeiramente nenhum destes índios vai senão violentado e por força,

e o trabalho é excessivo, e em que todos os anos morrem muitos, por ser

venenosíssimo o vapor do tabaco: o rigor com que são tratados é mais que de

escravos; os nomes que lhes chamam e que eles muito sentem, feiíssimos; o

comer é quase nenhum; a paga tão limitada que não satisfaz a menor parte do

tempo nem do trabalho; e como os tabacos se lavram sempre em terras fortes e

novas, e muito distante das aldeias, estão os índios ausentes de suas mulheres,

e ordinariamente eles e elas em mau estado, e os filhos sem quem os sustente,

porque não têm os pais tempo para fazer suas roças, com que as aldeias estão

sempre em grandíssima fome e miséria.

(24)

© Prof. Eloy Gustavo

Também assim ausentes e divididos não podem os índios ser

doutrinados, e vivem sem conhecimento da fé, nem ouvem missa nem a têm

para a ouvir, nem se confessam pela Quaresma, nem recebem nenhum outro

sacramento, ainda na morte; e assim morrem e se vão ao Inferno, sem haver

quem tenha cuidado de seus corpos nem de suas almas, sendo juntamente

causa estas crueldades de que muitos índios já cristãos se ausentam de suas

povoações, e se vão para a gentilidade, e de que os

gentios do sertão

não

queiram vir para nós, temendo-se do trabalho a que os obrigam, a que eles de

nenhum modo são costumados, e assim se vêm a perder as conversões e os já

convertidos; e os que governam são os primeiros que se perdem, e os segundos

serão os que os consentem; e isto é o que cá se faz hoje e o que se fez até

agora.

Vieira, Pe. António. Carta XIII, 1949.

Exercício 2 – Apostila Semi Manhã

(25)

© Prof. Eloy Gustavo

(Vunesp – Modificada) Podemos estranhar, por vezes, o emprego de certas palavras nos textos, seja por não serem muito comumente usadas, seja por manobras estilístico-expressivas do escritor. O contexto em que tais palavras se encontram, todavia, permite percebermos o sentido sem que precisemos socorrer-nos do dicionário. Com base nesse comentário, aponte o que pretende significar Vieira, no terceiro parágrafo, sob o ponto de vista religioso, com a expressão “gentios do sertão”

(26)

© Prof. Eloy Gustavo

(Vunesp – Modificada) Podemos estranhar, por vezes, o emprego de certas palavras nos textos, seja por não serem muito comumente usadas, seja por manobras estilístico-expressivas do escritor. O contexto em que tais palavras se encontram, todavia, permite percebermos o sentido sem que precisemos socorrer-nos do dicionário. Com base nesse comentário, aponte o que pretende significar Vieira, no terceiro parágrafo, sob o ponto de vista religioso, com a expressão “gentios do sertão”

Exercício 2 – Apostila Semi Manhã

A expressão “gentios do sertão” remete àqueles que “vivem

sem conhecimento da fé”, isto é, aos que ainda não foram

catequizados e conduzidos ao cristianismo. O substantivo “gentio”

é, muitas vezes, empregado como sinônimo de pagão, enquanto a

locução adjetiva “do sertão” designa quem vive distante das

“povoações” a que refere Vieira. Assim, a expressão “gentios do

sertão” indica todos aqueles que não são adeptos do cristianismo e

que se mantêm distantes dos povoados que estavam sob a influência

da Igreja.

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© Prof. Eloy Gustavo

Gregório de Matos

O Boca do Inferno

(28)

© Prof. Eloy Gustavo

A Poesia de Gregório de Matos

Lírica

religiosa

reflexiva

amorosa

(29)

© Prof. Eloy Gustavo Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade,

Verdade é, meu Deus, que hei delinquido, Delinquido vos tenho e ofendido,

Ofendido vos tem minha maldade. Maldade que encaminha à vaidade, Vaidade que todo me há vencido; Vencido quero ver-me e arrependido, Arrependido a tanta enormidade. Arrependido estou de coração,

De coração vos busco, dai-me abraços, Abraços, que me rendem vossa luz. Luz que claro me mostra a salvação, A salvação pretendo em tais abraços, Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.

A Poesia de Gregório de Matos

Lírica

religiosa

reflexiva

amorosa

(30)

© Prof. Eloy Gustavo

Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade,

Verdade é, meu Deus, que hei delinquido,

Delinquido vos tenho e ofendido,

Ofendido vos tem minha maldade.

Maldade que encaminha à vaidade,

Vaidade que todo me há vencido;

Vencido quero ver-me e arrependido,

Arrependido a tanta enormidade.

Arrependido estou de coração,

De coração vos busco, dai-me abraços,

Abraços, que me rendem vossa luz.

Luz que claro me mostra a salvação,

A salvação pretendo em tais abraços, Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.

Espiral descencional inferno

Espiral ascencional paraíso

A Poesia de Gregório de Matos

Lírica

religiosa

reflexiva

amorosa

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© Prof. Eloy Gustavo

A Poesia de Gregório de Matos

Lírica

religiosa

reflexiva

amorosa

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© Prof. Eloy Gustavo

A Poesia de Gregório de Matos

Lírica

religiosa

reflexiva

amorosa

(33)

© Prof. Eloy Gustavo

À Amásia de um Sujeito que, Fiada no seu Respeito, se Fazia Soberba e Desavergonhada

Entram na tua casa a seus contratos Frades, Sargentos, Pajens e Mulatos, Porque é tua vileza tão notória,

Que entre os homens não achas mais que escória: A todos esses guapos dás a língua,

E por muito que dês não te faz míngua: Antes és linguaraz, e a mim me espanta Que, dando a todos, tenhas língua tanta. Mas isso te nasceu, puta Andresona, De seres puta vil, puta fragona:

Que o falar da janela e da varanda, Só se achará em putas de quitanda. Cal-te, que a puta grave, qual donzela, Geme na cama e cala na janela.

A Poesia de Gregório de Matos

Lírica

religiosa

reflexiva

amorosa

(34)

© Prof. Eloy Gustavo

À Amásia de um Sujeito que, Fiada no seu Respeito, se Fazia Soberba e Desavergonhada

Entram na tua casa a seus contratos Frades, Sargentos, Pajens e Mulatos, Porque é tua vileza tão notória,

Que entre os homens não achas mais que escória: A todos esses guapos dás a língua,

E por muito que dês não te faz míngua: Antes és linguaraz, e a mim me espanta Que, dando a todos, tenhas língua tanta. Mas isso te nasceu, puta Andresona, De seres puta vil, puta fragona:

Que o falar da janela e da varanda, Só se achará em putas de quitanda. Cal-te, que a puta grave, qual donzela, Geme na cama e cala na janela.

didascália

Condenação da baixa clientela

Condenação da maledicência

A Poesia de Gregório de Matos

Lírica

religiosa

reflexiva

amorosa

(35)

© Prof. Eloy Gustavo

A obra de Gregório de Matos Guerra é conhecida pelo contraste que apresenta. Poemas eróticos convivem com textos líricos amorosos e religiosos, além de sátiras sociais e até poesia de bajulação (encomiástica). Observe os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que corresponde a uma possível classificação.

I. Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria.

II. Neste mundo é mais rico o que mais rapa: quem mais limpo se faz, tem mais carepa; Com sua língua, ao nobre o vil decepa. O velhaco maior sempre tem capa.

a) satírica, religiosa, amorosa e reflexiva. b) religiosa, reflexiva, amorosa e satírica. c) religiosa, amorosa, satírica e reflexiva. d) reflexiva, satírica, amorosa e religiosa. e) reflexiva, satírica, religiosa e amorosa.

Exercício 3 – Apostila Semi Manhã

III. A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos,

Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. IV. À margem de uma fonte, que corria, Lira doce dos pássaros cantores

A bela ocasião das minhas dores

(36)

© Prof. Eloy Gustavo

A obra de Gregório de Matos Guerra é conhecida pelo contraste que apresenta. Poemas eróticos convivem com textos líricos amorosos e religiosos, além de sátiras sociais e até poesia de bajulação (encomiástica). Observe os fragmentos a seguir e assinale a alternativa que corresponde a uma possível classificação.

I. Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria.

II. Neste mundo é mais rico o que mais rapa: quem mais limpo se faz, tem mais carepa; Com sua língua, ao nobre o vil decepa. O velhaco maior sempre tem capa.

a) satírica, religiosa, amorosa e reflexiva. b) religiosa, reflexiva, amorosa e satírica. c) religiosa, amorosa, satírica e reflexiva. d) reflexiva, satírica, amorosa e religiosa. e) reflexiva, satírica, religiosa e amorosa.

Exercício 3 – Apostila Semi Manhã

III. A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos,

Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. IV. À margem de uma fonte, que corria, Lira doce dos pássaros cantores

A bela ocasião das minhas dores

Dormindo estava ao despertar do dia.

reflexiva

satírica

religiosa

amorosa

Referências

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