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A implantação do Liberalismo em Portugal

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 A implantação do Liberalis

 A implantação do Liberalis

mo em Portugal

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4.1. Antecedentes e

4.1. Antecedentes e conjuntura (1807-1820

conjuntura (1807-1820)

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Portugal (governado pelo príncipe D. João) parecia escapar ao Liberalismo fortemente Portugal (governado pelo príncipe D. João) parecia escapar ao Liberalismo fortemente presente na França revolucionária. O Absolutismo estava para durar, tanto mais quanto se presente na França revolucionária. O Absolutismo estava para durar, tanto mais quanto se escudava na acção repressiva da Inquisição, na Real Mesa Censória e da Intendência-Geral escudava na acção repressiva da Inquisição, na Real Mesa Censória e da Intendência-Geral da Polícia. Nos principais centros urbanos, uma burguesia comercial, queria mudar. Uns e da Polícia. Nos principais centros urbanos, uma burguesia comercial, queria mudar. Uns e outros constituíam terreno fértil para a propagação dos ideias de Liberdade, Igualdade e outros constituíam terreno fértil para a propagação dos ideias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade (provenientes de França. Muitos deles filiavam-se em lojas maçónicas.

Fraternidade (provenientes de França. Muitos deles filiavam-se em lojas maçónicas.

 As invasões france

 As invasões francesas e a dominaçã

sas e a dominação inglesa em

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Portugal

Portugal

. Para abater o poderio de Inglaterra, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental . Para abater o poderio de Inglaterra, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental (1806), no qual nenhuma nação europeia deveria comerciar com as Ilhas Britânicas, mas (1806), no qual nenhuma nação europeia deveria comerciar com as Ilhas Britânicas, mas Portugal acabou por não se subordinar aos ditames do bloqueio. A decisão custou-lhe de 1807 Portugal acabou por não se subordinar aos ditames do bloqueio. A decisão custou-lhe de 1807 a 1811, o flagelo das invasões napoleónicas.

a 1811, o flagelo das invasões napoleónicas.

O embarque da família real para o Brasil permitiu a Portugal manter a independência do O embarque da família real para o Brasil permitiu a Portugal manter a independência do Estado, mas isto causou uma devastação e domínio politico e económico por parte de Estado, mas isto causou uma devastação e domínio politico e económico por parte de Inglaterra sobre nós. 4 anos de guerra com a França deixaram o pais na miséria:

Inglaterra sobre nós. 4 anos de guerra com a França deixaram o pais na miséria:

. Portugal viveu de 1808 a 1821, na dupla condição de protectorado inglês e de colónia . Portugal viveu de 1808 a 1821, na dupla condição de protectorado inglês e de colónia brasileira, e D.João continuava a viver no Brasil, proclamado reino em 1815. O marechal brasileira, e D.João continuava a viver no Brasil, proclamado reino em 1815. O marechal Beresford tornou-se generalíssimo das tropas portuguesas e exerceu um rigoroso controlo Beresford tornou-se generalíssimo das tropas portuguesas e exerceu um rigoroso controlo sobre o funcionalismo e a economia, reactivou a inquisição e encheu as prisões de suspeitos sobre o funcionalismo e a economia, reactivou a inquisição e encheu as prisões de suspeitos de jacobinismo.

de jacobinismo.

. A situação económica e financeira estava muito má, pois as despesas ultrapassavam as . A situação económica e financeira estava muito má, pois as despesas ultrapassavam as receitas. Para isto contribuíram a abertura dos portos do Brasil ao comercio internacional receitas. Para isto contribuíram a abertura dos portos do Brasil ao comercio internacional (1808), assim como o tratado de comercio de 1810 com a Grã-Bretanha.

(1808), assim como o tratado de comercio de 1810 com a Grã-Bretanha.

. A perda do exclusivo comercial com o Brasil revelou-se desestruturante para a economia . A perda do exclusivo comercial com o Brasil revelou-se desestruturante para a economia portuguesa, pois a grande colónia brasileira abastecia, a bom preço a metrópole.

portuguesa, pois a grande colónia brasileira abastecia, a bom preço a metrópole.

 A rebelião em

 A rebelião em

marcha

marcha

. No Porto, Manuel Fernandes Tomás, fundava em 1817, uma associação secreta (Sinédrio), . No Porto, Manuel Fernandes Tomás, fundava em 1817, uma associação secreta (Sinédrio), cujos membros pertenciam á Maçonaria. Este propunha-se a intervir na marcha dos sucessos cujos membros pertenciam á Maçonaria. Este propunha-se a intervir na marcha dos sucessos políticos.

políticos.

. Em Janeiro, uma revolução liberal restaurou a Constituição de 1812 em Espanha, mas deixou . Em Janeiro, uma revolução liberal restaurou a Constituição de 1812 em Espanha, mas deixou de funcionar após a reacção absolutista de 1814, e Espanha tornou-se então, centro de uma de funcionar após a reacção absolutista de 1814, e Espanha tornou-se então, centro de uma vasta rede de agitação politica e Portugal passou a receber muita propaganda liberal.

vasta rede de agitação politica e Portugal passou a receber muita propaganda liberal.

. Em Março, Beresford foi para o Rio de Janeiro e esta ausência favoreceu a acção do sinédrio, . Em Março, Beresford foi para o Rio de Janeiro e esta ausência favoreceu a acção do sinédrio, cujos membros se lançaram no aliciamento de figuras militares capazes de consumar a tão cujos membros se lançaram no aliciamento de figuras militares capazes de consumar a tão desejada revolução, que viria a ocorrer a 24 de Agosto de 1820.

desejada revolução, que viria a ocorrer a 24 de Agosto de 1820.

4.2. A Revolução de 1820 e as dificuldades de implantação da ordem liberal

4.2. A Revolução de 1820 e as dificuldades de implantação da ordem liberal

(1820-1834)

1834)

1. O vintismo

1. O vintismo

a) O triunfo da revolução vintista a) O triunfo da revolução vintista

. O movimento ocorrido no Porto a 24 e Agosto de 1820, foi principalmente um pronunciamento . O movimento ocorrido no Porto a 24 e Agosto de 1820, foi principalmente um pronunciamento militar, e a sua adesão deveu-se ao ressentimento contra a presença britânica. E coube a militar, e a sua adesão deveu-se ao ressentimento contra a presença britânica. E coube a Manuel Fernandes Tomás

Manuel Fernandes Tomás, a reacção “Manifesto aos Portugueses”, e da sua leitura, a reacção “Manifesto aos Portugueses”, e da sua leitura ficamos aficamos a

saber os objectivos do movimento e que para além dos revolucionários quererem subverter  saber os objectivos do movimento e que para além dos revolucionários quererem subverter  instituições, os homens veiculavam um profundo nacionalismo e respeito pela monarquia e instituições, os homens veiculavam um profundo nacionalismo e respeito pela monarquia e pelo catolicismo.

pelo catolicismo.

. Estes apelavam á aliança do rei com as forças sociais representadas nas Cortes, e da . Estes apelavam á aliança do rei com as forças sociais representadas nas Cortes, e da convocação de umas novas Cortes esperavam uma sábia Constituição, defensora da convocação de umas novas Cortes esperavam uma sábia Constituição, defensora da autoridade régia e dos direitos dos portugueses.

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. A 15 de Setembro um movimento autónomo de oficiais subalternos, expulsou os regentes e constituiu um governo interino. A 28 de Setembro, os governos do Porto e Lisboa fundiram-se numa nova Junta Provisória do Supremo Governo do Reino.

. o Novo Governo exerceu funções durante 4 meses e teve como principal tarefa a organização de eleições para as Cortes Constituintes que iniciaram os seus trabalhos a 24 e Janeiro de 1821.

b) A constituição de 1822

. é um documento que reconhece os direitos e deveres do individuo, garantindo a liberdade, a segurança, a propriedade e igualdade perante a lei; afirma a soberania da nação; e aceita a independência dos poderes legislativo, executivo e judicial.

. a constituição foi fruto do vintismo (corte mais radical), e desde o inicio de que se mostrou clara a existência de uma tendência para uma Constituição conservadora.

. em relação à religião, os deputados diziam que o catolicismo deveria ser a úncia religião permitida no Reino, mas a verdade é que os estrangeiros podiam realizar livremente os respectivos cultos, logo não havia uma única religião.

. sobre o funcionamento das Cortes Legislativas, os deputados conservadores defenderam a existência de um sistema bicameral (uma camara de deputados e uma camara alta), mas a ala radical impôs a solução de uma Câmara Única.

. o mesmo aconteceu com o problema do veto, e no fundo a verdadeira soberania residia nas Cortes representativas da Nação.

c) Precariedade da legislação vintista de caracter socioeconómico

. nas cortes extraordinárias e constituintes impôs-se a importância da vida política portuguesa, e as cortes legislaram em muitos outros domínios, tomando algumas medidas para iliminar as estruturas de Antigo Regime, tal como:

-extinção da Inquisição e da censura prévia;

-a instituição da liberdade de imprensa e da liberdade de ensino; -a fundação do Banco de Lisboa;

-a transformação dos bens da coroa em bens nacionais;

-a suspensão dos noviciados nas ordens regulares e encerramento de mosteiros e conventos a mais;

-a abolição da dízima;

-eliminação de justiças privadas e privilégios nos assuntos criminais e civis; -a reforma dos forais e prestações fundiárias.

. a reforma dos forais teve importância na liberdade dos camponeses, e os deputados das

Cortes suprimiram, todo o conjunto de direitos banais e tributos pessoais, a “lei dos forais”

reduziu para metade as rendas e pensões devidas pelos agricultores, mas esta lei não foi muito positiva pois os camponeses passaram a ter prestações fixas em dinheiro,e porque as terras não regulamentadas pela carta de foral continuavam como antes o que gerava um clima desigualdade e instabilidade social.

. a legislação vintista mostra ser precária a insto porque as Cortes Constituintes representavam muitos interesses da burguesia, e isto explica porque uma assembleia que se propunha encaminhar o país para o liberalismo quisesse manter os privilégios económicos a companhia da Agricultura das Vinhas do Alto Douro.

2. A desagregação do império atlântico: a independência do Brasil a) A caminho da separação

. de 1807 a 1821, D.João e a corte residiram no Brasil, e este reino acusou um extraordinário progresso económico, político e cultural, e ansiava autonomia, havendo até uma revolução de estudantes (Inconfidência Mineira).

b) A atuação das Cortes Constituintes

. a revolução liberal de 24 de Agosto, forçou o regresso de D. João VI a Portugal, e este pressionado pelos brasileiros a ficar na América pressentiu uma independência próxima. Esta

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veio a verificar-se a 7 de Setembro e deu-se devido a política antibrasileira das Cortes constituintes de Portugal.

. Com o objectivo de voltar a chamar a colónia ao Brasil, e de rejeitar o estatuto de “Reino Unido”, anularam os benefícios do Brasil, e de o subordinar administrativa, judicial e

militarmente a Lisboa. Instado a desobedecer, D. Pedro permaneceu no Brasil num ambiente de tensão e animosidade contra as Cortes Constituintes.

. a independência, só veio a ser e conhecia por Portugal em 1825. A separação do Brasil representou um golpe para os revolucionários vintistas e pôs em causa os seus interesses comerciais e industriais e comprometeu a recuperação financeira do país, fazendo crescer o descontentamento e oposição.

3.A resistência ao Liberalismo

a) A conjuntura externa desfavorável e a oposição absolutista

. em 1815, constituíra-se a Santa Aliança entre a Rússia, a Áustria e a Prússia, que se destinava a manter a ordem política estabelecida na Europa, ou seja, evitar a disseminação dos ideias de liberdade e igualdade individuais e dos povos. Foi depois completada pela Quadrupla Aliança (+ Inglaterra, e mais tarde França).

. o ambiente hostil com que os revolucionários vintistas se depararam ficou visível, e apesar de os vintistas terem declarado que não pretendiam derrubar a monarquia e a religião católica, a Nobreza e o Clero começaram a contra-revolução absolutista. Descontentes e prejudicados pela abolição de antigos privilégios senhoriais, encontraram um apoio por parte da Rainha D. Carlota Joaquina e D.Miguel.

. A contra-revolução veio a eclodir em 1823 e houve uma revolta por parte de dois regimentos de Lisboa, dirigidos por D. Miguel e este veio a terminar quando D. João VI tomou o poder e remodelou o Governo, e em 1824 D.Miguel, e em 1824 D. Miguel tentou de novo levar o rei a abdicar do seu poder mas D. João mais uma vez conseguiu debelar o golpe de D. Miguel.

b) A Carta Constitucional e a tentativa de apaziguamento político-social

. quando D. João VI morreu houve um problema delicado da sucessão, e acabou por haver um Conselho de Regência provisório, presidido pela filha D. Isabel Maria.

. o primeiro acto de regência foi enviar ao Brasil uma deputação a explicar a confusão da sucessão D. Pedro considerou-se o legítimo herdeiro da Coroa Portuguesa. De dia 26 a 29 D. Isabel confirma a sua regência e outorga a Carta Constitucional.

. sendo a carta constitucional um diploma aprovado pelos governantes, seria de esperar uma recuperação do poder real e dos privilégios da Nobreza. As cortes compunham-se de duas camaras (Câmara dos Deputados eleita através de sufrágio indirecto, por indivíduos do sexo masculino; a Câmara dos Pares os seus membros eram nomeados a titulo vitalício e hereditário).

. através do poder moderado, o rei podia nomear os Pares, convocar as Cortes e dissolver a câmara de Deputados, nomear e demitir o governo, suspender os magistrados, conceder  amnistias e perdões e vetar as resoluções das Cortes.

. os direitos do individuo eram postos no fim, pois ampliava-se os poderes reais, salvaguardava-se a alta nobreza e a alta hierarquia religiosa, e assim a Carta Constitucional representava um manifesto em relação à Constituição de 1822.

c) A Guerra Civil

. D.Miguel regressou a Portugal em 1828 e fez-se aclamar rei absoluto. Milhares de Liberais fugiram para França e Inglaterra, organizaram a resistência e a partir de 1831 e contaram com o apoio de D. Pedro, que abandonou o trono brasileiro. Este dirigiu-se a Ilha Terceira que se revoltara contra o domínio absolutista, e assumiu a chefia da Regência liberal, disposto a aniquilar a ilegalidade que seu irmão impusera ao país.

. o desembarque das forças liberais deu-se, seguindo-se de uma ocupação do Porto e surgindo uma guerra civil – o Cerco do Porto. Esta durou 2 anos dos quais os exércitos de D. Pedro

organizaram uma expedição ao Algarve, destroçaram Miguel e tomaram Lisboa.

. os absolutistas não tiveram mais forças e a D. Miguel derrotado assinou a Convenção de Évora –Monte e acabou de ver o absolutismo.

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4.3. O novo ordenamento político e socioeconómico (1832/34-1851) 1. A acção reformadora da Regência de D. Pedro

. D. Pedro não se poupou a esforços para que o cartismo triunfasse e o primeiro Ministério liberal proclamava as adequadas reformas económicas e sociais, administrativas, judiciais e fiscais. A D.José Xavier Mouzinho da Silveira, coube a autoria das grandes reformas legislativas que consolidaram o liberalismo.

a) Importância da legislação de Mouzinho da Silveira

. muitas das leis destinaram-se a colmatar a incoerências e fragilidades de legislação vintista de carácter socioeconómico, e com estas medidas pretendia-se disponibilizar mais terra e trabalho para as massas rurais.

. fez-se a libertação da terra e do comércio e uma eliminação de privilégios na organização das actividades económicas. Permitiram lançar as bases de uma nova organização administrativa centralizada. O país ficou dividido em províncias, comarcas e concelhos chefiados por  prefeitos, subprefeitos e provedores.

. a instituição do Registo Civil teve como objectivo enquadrar civilmente os cidadãos na administração pública. Estava criada a figura do cidadão como membro político da nação. As reformas judiciais também tiveram um papel importante pois dividiu-se o país em circuitos  judiciais, estes em comarcas, estes eram julgados e estes em freguesias.

. no topo da pirâmide estava o Supremo Tribunal, composto por juízes-conselheiros.

. em relação as finanças, foi eliminado o secular sistema de tributação local, e surgiu um sistema de tributação nacional centralizado.

. para centralizar as receitas e pagar as despesas, existia em cada província um recebedor-geral e na comarca, um delegado.

b) Outras reformas

. a regência de D.Pedro dedicou um cuidado à organização do comércio, abolino tudo o que pudesse impedir o livre câmbio dentro e fora do pais, como monopólios, etc.

. em 1833 surgiu o primeiro Código Comercial, que não deixou de reflectir os princípios da livre circulação e da livre distribuição dos produtos.

. a questão religiosa deu problemas pois do ponto de vista politico, quer a Constituição de 1822, quer a Carta Constitucional de 1826 negaram ao Clero regular os direitos de representação em cortes e de votante nas eleições, e o facto de muitos mosteiros terem apoiado o absolutismo miguelista, permitiu a D. Pedro eliminar o Clero Regular.

. por um decreto de 1834, extinguiu-se todos os conventos, mosteiros, colégios etc, cujos bens foram confiscados e vendidos mais tarde em hasta publica, permitindo assim um novo ministro de Fazenda pagar as dividas contraídas, evitando o aumento de impostos.

2. Os projectos Setembristas e Cabralistas a) A Revolução de Setembro de 1836

. a revolução de Setembro viria alterar a nossa agitada cena política. Ocorreu em Lisboa, com um caracter civil e adesão militar. E reagiu tanto aos excessos de miséria como à actuação do Governo cartista, pois este era acusado de corrupção e de defender apenas os interesses da alta burguesia.

. em lugar da Carta Constitucional propunham o regresso da Constituição de 1822, e a rainha D. Maria II acabou por entregar o poder aos radicais.

b)Atuação do Governo Setembrista

. o novo governo declarou.se mais democrático, empenhando-se em valorizar a soberania da nação e reduzir a intervenção régia. Assim surgiu a Constituição de 1838, que era um compromisso entre o espírito monárquico da Carte de 1826 e o radicalismo democrático da Constituição de 22.

. os princípios fundamentais a nova constituição são: -maior importância dos direitos individuais;

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-bicameralismo electivo e temporário através e eleições directas; -voto censitário.

. a orientação económica do setembrismo procurou corresponder aos propósitos de desenvolvimento nacional e pequena e média burguesia, decididas a libertar o país da Inglaterra.

. a pauta proteccionista obrigava ao pagamento de direitos todos os produtos que entrassem nas alfandegas da metrópole e ilhas perto. Fomentou-se o associativismo empresarial com a criação de associações de agricultura, comércio e de indústria.

. a perda do mercado brasileiro deu origem a uma alternativa económica (exploração colonial em África).

. preocupado com a formação de elites politicas, jurídicas e técnicas, o setembrismo promoveu uma reforma o ensino. Abrangeu a instrução primária, secundária e superior. Os liceus correspondiam à necessidade de um ensino moderno e europeu que preparasse os filhos a burguesia para a prossecução de estudos superiores.

. a politica económica setembrista foi um fracasso, pois havia falta de capitais, vias de comunicação e instabilidade politica. Não se aboliu taxas gravosas para os pequenos agricultores, nem deu impostos aos grandes proprietários.

c) O cabralismo e o regresso da Carta Constitucional

Em Fevereiro de 1842, António Bernardo a Costa Cabral, pós fim á Constituição de 1838. A

nova governação conhecida por “cabralismo” fez regressar ao poder a grande burguesia.

. com o objectivo de ordem publica e desenvolvimento económico, apostou-se no fomento industrial, nas obras publicas, na reforma administrativa e fiscal; surgiu a energia a vapor; surgiu a Companhia das Obras Publicas de Portugal, levantaram-se algumas pontes; publicou-se o Código Administrativo centralizado; maior eficácia na cobrança de receitas e contribuições; criação de um tribunal de contas; reforma da Saúde.

. a inovação e exigência das medidas de Costa Cabral, deram origem a motins populares, e entre 46-47 viveu-se um clima de guerra civil entra cabralistas contra setembristas, cartistas e miguelistas.

. Em abril e maio de 46, foi a revolta de “maria da fonte”, em relação às leis de saúde e das leis

das estradas. Em Outubro de 46 a Junho de 47 houve a “Patuleia”, que se iniciou no Porto e

alastrou-se por outras grandes cidades e teve como razão o incumprimento das promessas feitas pela Rainha como a realização de eleições por sufrágio directo para a Câmara dos Deputados;

. a hipótese de um república para solucionar a crise levou o Governo de Lisboa a solicitar a intervenção da Quadrupla Aliança de 34. A intervenção estrangeira ditou os termos da Convenção de Gramido, garantindo uma amnistia geral e prevendo a nomeação de um Governo em que não houvesse figuras de governo.

. isto demonstraria que a força politica o setembrismo estava acabada e em 49 Costa Cabral regressou à gerência politica e só conseguiu conciliar as forças politicas e estabilizar a vida nacional em 50 sob o signo da regeneração.

Referências

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