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XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental

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XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental

IV – 006 PROPOSIÇÃO DE ZONEAMENTO PARA A BACIA HIDROGRÁFICA DO

ALTO ITAQUI (CAMPO LARGO – PR), COM BASE EM PARÂMETROS

AMBIENTAIS E SÓCIO – ECONÔMICOS *

ANDREOLI, C. V.; et. all. Proposição de Zoneamento para a Bacia Hidrográfica do Alto Itaqui (Campo Largo – Pr), com base em parâmetros ambientais e socioeconômicos. 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL. Anais... João Pessoa, set., 2001.

Cleverson Vitório Andreoli(1)

Eng. Agrônomo, Mestre em Solos e Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR), Professor da UFPR, Engenheiro de Desenvolvimento e Coordenador Técnico do Programa de Reciclagem Agrícola do Lodo de Esgoto e do Programa Interdisciplinar de Pesquisas de Gerenciamento de Mananciais da Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR.

Eduardo Sabino Pegorini

Eng.o Agrônomo pela UFPR em 1998, Mestrando em Ciências do Solo pela UFPR (2000),

Bolsista da CAPES / CNPq. Aderlene Inês Lara

Bióloga, MSc em Zoologia, pesquisadora do Plano de Gerenciamento de Mananciais da Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR.

Cinthya Hoppen

Eng. Química pela PUC-PR em 2000, Pós-Graduanda de Especialização em MBA em Sistema de Gestão Ambiental – PUC/PR, estagiária da Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR.

Paulo Cézar Tosin

Geógrafo, mestrando em Conservação do Meio Ambiente (UFPR), Supervisor do Meio Ambiente do ParanáSan Herivelton Netzel

Administrador de Empresas, Coordenador da USOSAE da Sanepar – Campo Largo/PR, Coordenador do Plano de Gestão e Manejo da Bacia do Rio Itaqui.

Endereço(1): SANEPAR – GECIP: R. Engenheiro Rebouças, 1376 – Curitiba / Pr – CEP: 80215-900 – Brasil Tel.: (41) 330-3238 – Fax: (41) 333-9952 – e-mail: c.andreoli@sanepar.pr.gov.br

RESUMO

O Brasil, assim como diversos outros países do mundo, enfrenta o dilema de ter de se desenvolver e, concomitantemente, preservar o meio ambiente. A água tornou-se o melhor exemplo deste dilema, pois, cada vez mais se retira água dos mananciais e se produzem resíduos, sejam sólidos, líquidos ou gasosos, que de alguma forma retornam aos recursos hídricos, alterando sua qualidade. Este trabalho avalia as condições ambientais da porção setentrional da bacia do Rio Itaqui, principal manancial de abastecimento público do município de Campo Largo – Pr, e que representa de forma bastante expressiva este dilema dos dias atuais da civilização. Para desenvolvimento do estudo foram analisados o Plano Diretor do Município e mapas temáticos elaborados a partir da Base Planialtimétrica; Imagem de Satélite Land Sat 7 ETM: 200-078-26/09/99 e levantamentos a campo. Como resultado é proposto um zoneamento que permita conciliar o desenvolvimento econômico da bacia sem comprometer a qualidade ambiental da mesma, visando valorizar a mais nobre atividade nobre da bacia: a produção de água de qualidade para o abastecimento púbico.

PALAVRAS-CHAVE: Zoneamento Ambiental, gerenciamento ambiental, qualidade da água, diagnóstico ambiental

INTRODUÇÃO

O Brasil, assim como diversos outros países do mundo, enfrenta o dilema de ter de se desenvolver e, concomitantemente, preservar o meio ambiente. A água tornou-se o melhor exemplo deste dilema, pois, cada vez mais se retira água dos mananciais e se produzem resíduos, sejam sólidos, líquidos ou gasosos, que de alguma forma retornam aos recursos hídricos, alterando sua qualidade (MOTTA, 1997).

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XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental

*Trabalho desenvolvido no âmbito do PADCT III, financiado pelo FINEP.

Segundo MIRANDA (1995), cada vez mais torna-se irreparável a recuperação dos recursos hídricos e apenas com o planejamento ordenado do seu aproveitamento, os impactos ambientais poderão ser evitados.

O gerenciamento dos recursos hídricos através da adoção da bacia hidrográfica como unidade de intervenção constitui uma alternativa, tendo como vantagem o fato de que a rede de drenagem da bacia representa o caminho principal das relações causa-efeito da poluição, e particularmente os que envolvem o meio hídrico (LANNA, 1995).

A bacia do rio Itaqui representa de forma bastante expressiva este dilema dos dias atuais da civilização. O rio Itaqui contribui com cerca de 60 % da água para abastecimento público do município de Campo Largo - Pr, no entanto em sua bacia hidrográfica se desenvolvem atividades agrosilvipastoris intensivas, muitas vezes sem a adoção de práticas conservacionista adequadas, e ainda observa-se sobre sua área de drenagem o crescimento da malha urbana e a instalação de indústrias de potencial poluidor elevado em áreas críticas Em alguns casos avalizadas pelo plano diretor do município.

O objetivo deste estudo é definir a partir dos parâmetros ambientais e socio-econômicos da região em questão, um zoneamento que permita conciliar o desenvolvimento econômico da bacia sem comprometer a qualidade ambiental da mesma, visando valorizar a mais nobre atividade nobre da bacia: a produção de água de qualidade para o abastecimento púbico.

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

A bacia hidrográfica do Rio Itaqui, com uma área de 12.318 ha, drena extensa porção dos municípios de Campo Largo e Balsa Nova entre as coordenada ™ 642.000 Oeste, 652.500 Leste, 7.192.000 Norte e 7.183.000 Sul, sudeste do Estado do Paraná. As principais vias de acesso a bacia são a Rodovia BR – 277, que faz a ligação entre a Capital e o interior do Estado, e a Rodovia Pr – 510, que corta a bacia no sentido norte – sul . Afigura 1, abaixo localiza a bacia do rio Itaqui e mostra a área de estudo.

Figura 1. Localização da área de estudo.

O Rio Itaqui tem suas nascentes em Campo Largo e constitui parte da bacia do rio Iguaçu, o maior complexo hídrico do Estado do Paraná (MAACK, 1968).

Este estudo avalia as condições ambientais da porção setentrional da bacia do rio, das nascentes até o ponto de captação para abastecimento público, compreendendo uma região de aproximadamente 1.600 ha, considerada como bacia de manancial localizada em território do município de Campo Largo. Esta bacia representa a principal fonte de água utilizada pala Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR - para abastecimento público do município, correspondendo a 60 % do montante total, sendo o restante obtido através de exploração subterrânea.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Foram analisados o Plano Diretor do Município de Campo Largo (Lei Municipal 444/78) e mapas temáticos de Uso Atual do Solo, Solos, Geomorfologia Ambiental, Aptidão Agrícola e Conflitos de Uso, elaborados a partir da Base Planialtimétrica; Imagem de Satélite Land Sat 7 ETM: 200-078-26/09/99 com integração das bandas 5R4G3B com banda pancromática; ortofotocarta digital elaborado a partir de fotografias aéreas do vôo escala 1:60.000 de abril / 96. Os softwares empregados foram Microstation e Arc View (ENGEFOTO 2000).

A partir da sobreposição cartográfica dos diversos mapas temáticos e análise integrada dos dados, procedeu-se a definição do zoneamento tendo como premissa básica a proteção do manancial.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CARACTERIZAÇÃO SÓCIO – ECONÔMICA

O Município de Campo Largo tem 1.191,9 Km² de extensão com uma população de 91.521 habitantes, dos quais 72.650 hab. residem na área urbana e 40.639 hab. são economicamente ativos. O município é considerado Capital da Louça e da Cerâmica por sediar importantes empresas do setor, destacando-se ainda as indústrias automobilísticas e de autopeças recentemente instaladas, de produtos têxteis, material elétrico e de comunicação. É relevante considerar ainda que o plano diretor do município estabelece uma das Zonas Industriais do município sobre a porção da várzea próxima ao ponto de captação.

O setor de serviços representa a maior parcela do PIB municipal, com 53,60 %, seguido pela industria, com 40,69% e agropecuária, com 5,71%. Sobre a área de estudo, os principais produtos agrosilvipastoris são a batata, cultivada nas safras das águas e da seca, e o milho, cujo plantio se estende de setembro, período preferencial, a novembro/dezembro. Neste caso, seguindo ao cultivo de batata ou feijão. Entre as olerícolas, destaca-se ainda a produção da cebola, embora com expressão bem menor que a cultura da batata. As poucas glebas de pastagem observadas na área da bacia se apresentam em estado bom de manutenção e manejo. As culturas olerícolas merecem destaque especial no planejamento ambiental. Estas culturas demandam preparo esmerado do solo, tornando-o susceptível à erosão e à compactação subsuperficial, e fazem uso de grandes volumes de fertilizantes e agrotóxicos, acentuando os riscos de contaminação da água de superfície e do lençol freático. Segundo EMBRAPA (1995), estima-se que a agricultura contribua com 43 % da carga de nitrogênio, 41 % do fósforo e quase 100% do potássio da carga de sais escoada por um rio.

Devido a força da industria cerâmica na região, sobre a bacia se verificam algumas áreas de extração de argila, que podem variar de pontuais até uma grande lavra, ocupando cerca de 17 ha na porção média da bacia, a margem esquerda. Estas lavras podem causar impactos significativos sobe a qualidade da água caso não respeitem condições adequadas de operação.

CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

A área em questão localiza-se no primeiro planalto paranaense, descrito por MAACK (1968), como uma zona de eversão entre a Serra do Mar e a Escarpa de São Luiz do Purunã, que constitui o limite oriental da Bacia Sedimentar do Paraná.

Sobre os aspectos fisiográficos e geológicos observam-se três porções bem distintas:

- à margem esquerda se desenvolve um material rochoso de origem sedimentar dominado por argilitos, siltitos e arcósios da Bacia Sedimentar de Curitiba, predominando uma topografia ondulada de colinas suavemente arredondadas, variando de 850 a 950 metros de altitude. - à margem direita é marcada por um relevo mais enérgico, comumente com porções forte

onduladas e montanhosas e afloramento de rochas; nesta porção a rocha original é o filito, juntamente com outras rochas do Grupo Açungui, presentes em menor expressão.

- merecem destaque ainda, os depósitos fluviais recentes, na porção sul da bacia, próximo ao ponto de captação, constituindo a várzea do rio, destacando-se a topografia notavelmente plana. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3

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Considerando as características morfológicas da paisagem, de relevo e solos, é possível fazer uma compartimentação em quatro porções, devidamente caracterizadas no quadro 1, abaixo.

Quadro 1. Caracterização dos compartimentos ambientais identificados. Compartimento Caracterização

I – Borda da Bacia Sedimentar

Localização Compreende uma faixa de terrenos que se estende de norte a sul da bacia, envolvendo as nascentes e quase toda margem esquerda do rio

Altitudes Variando de 920 a 1000 m

Relevo O relevo apresenta-se irregular, predominando relevo plano a suave ondulado, com porções forte ondulada próximo aos canais de drenagem e córregos.

Solos Latossolo Vermelho – Amarelo nas poções mais planas, Cambissolo profundo em relevo ondulado e Cambissolo raso e neossolo nas porções forte onduladas

Hidromórficos de altitude – merecem especial atenção uma vez que constituem o reservatório de água das cabeceiras do rio e de seus principais afluentes.

Principais Riscos Contaminação da água por agrotóxicos, sedimentos e fertilizantes devido ao manejo agrícola inadequado. Destruição dos solos hidromórficos de altitude.

II – Relevo Acidentado

Localização Compreende os terrenos de maior declividade. Estende-se de norte a sul da bacia, sempre a margem direita, sobre as rochas do Grupo Açungui.

Altitudes Variando de 900 a 1030 m

Relevo Topos alinhados no sentido NESW e alongados. A topografia apresenta-se em mosaico, predominando declividades ondulada e forte ondulada.

Solos Cambissolos rasos e neossolos

Principais Riscos Contaminação da água por agrotóxicos, sedimentos e fertilizantes em caso de uso intensivo da área. Não comporta exploração agrícola intensiva.

III – Relevo Ondulado

Localização Esta presente em pequena extensão, sobre a porção sul da bacia, à margem esquerda, onde ocorre litologia de filitos em contato litológico com os argilitos do compartimento I Altitudes Variando de 920 a 1000 m

Relevo O relevo apresenta-se irregular, predominando relevo plano a suave ondulado, com porções forte ondulada próximo aos canais de drenagem e córregos.

Solos Cambissolo degradado em relevo ondulado e Cambissolo raso e neossolo nas porções forte onduladas, não utilizadas. Podzólico Vermelho amarelo onde atualmente avança a malha urbana de cidade

Principais Riscos Encontra-se em estágio avançado de degradação, com uso agrícola intensivo e baixo potencial produtivo, acentuando os riscos de contaminação da água por sedimentos, agrotóxicos e fertilizantes. A malha urbana avaça sobre todas as faixas do relevo ocupando inclusive áreas de drenagem e alagadiças, comprometendo o abastecimento dos córregos e contaminando-os com lixo e efluentes doméstico e industrial.

IV – Planície Aluvial

Localização As margens do itaqui e de seu principais afluentes formam-se depósitos fluviais recentes, numa topografia plana, caracterizando uma planície aluvial e banhados.

Altitudes Próximas a 900 m

Relevo Planície plana

Solos Gleissolo

Principais Riscos Avanço da malha urbana e industrialização numa região caracterizada pelo lençol freático próximo a superfície, acentuando o risco de contaminação.

Em relação ao uso atual, cerca de 46% da área da bacia encontra-se recoberta por Floresta Secundária em estágio médio ou inicial de regeneração; 46% são áreas de agricultura e pastagem, e o restante ocupado por áreas urbanas, industriais, reflorestamento e campos. As florestas estão distribuídas, principalmente no compartimento II (relevo ondulado e forte ondulado), que caracteriza-se como área imprópria para a agricultura. A agropecuária domina a paisagem no compartimento I e porção do III, áreas de melhor aptidão. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4

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A malha urbana do município avança sobre a bacia pelo compartimento III, em direção ao compartimento I, promovendo pressão intensa, como eutrofização e contaminação orgânica dos recursos hídricos, como relatado por Andreoli et al. (1999) com relação aos mananciais de Curitiba. A maioria das várzeas é mantida preservada, no entanto, sobre algumas porções da bacia se observa o avanço da agricultura e das pastagens sobre estas áreas.

A bacia encontra-se bastante explorada, sendo que cerca de 60% de sua área é ocupada por atividades antrópicas do meio rural, outra parcela expressiva é ocupada pelo desenvolvimento da malha urbana do município. Pequena parcela encontram-se em estágio inicial ou avançado de regeneração da mata nativa, principalmente na porção oeste, dominado por relevo mais acidentado.

PROPOSIÇÃO DE ZONEAMENTO

A proposição de um zoneamento fundamentado em parâmetros ambientais e sócio econômicos constitui requisito básico para a definição de ações e políticas que assegurem a qualidade ambiental do meio, que, por sua vez, tem reflexos diretos sobre a qualidade e a produção de água da bacia. Estes fatores, poderão ser utilizados na avaliação da eficácia das ações realizadas. O zoneamento pode ser visto, ainda, como um instrumento de:

- fiscalização, evitando alterações que prejudiquem o objetivo básico da exploração da bacia, a produção de água de qualidade para abastecimento público.

- gerenciamento do ponto de vista do planejamento e definição de políticas específicas de financiamento visando a adequação de cada zona da bacia a sua melhor aptidão de uso.

Através da superposição de informações ambientais georreferênciadas com o Plano Diretor do Município verificou-se certas incoerências, como a locação de uma zona industrial sobre a planície aluvionar do rio e solos adjacentes, muito próximos ao ponto de captação de água.

O estudo conciliando os dados ambientais e socio-econômicos permitiu definir cinco zonas de atividades para a bacia:

1) Zona de Uso Florestal,

2) Zona de Urbanização Controlada, 3) Zona de Uso Excepcional I, 4) Zona de Uso Excepcional II e

5) Zona de Atividades Agrosilvopastoris.

Cada zona foi caracterizada quanto aos aspectos socio-econômicos e ambientais, determinando-se os objetivos, atividades permitidas, proibidas e obrigatórias. Este zoneamento é uma forma de planejamento utilizado para auxiliar na resolução de conflitos de uso e na orientação das ações a serem realizadas na área para conservação dos recursos hídricos. O quadro 2 e a figura 2, apresentados em anexo, ao final deste artigo, caracterizam este zoneamento.

CONCLUSÕES

- O diagnóstico apresentado possibilitou a definição de cinco zonas de uso para a bacia, procurando conciliar as atividades com a melhoria e a conservação do manancial garantindo qualidade e quantidade de água para abastecimento público.

- Verificou-se a incompatibilidade das características ambientais com os usos definidos no Plano Diretor possibilitando a locação de uma zona industrial sobre a planície aluvionar do rio Itaqui e solos adjacentes, muito próximos ao ponto de captação de água.

- O gerenciamento de uma bacia hidrográfica deve ser considerado como resultado da adoção da bacia como unidade de planejamento e intervenção da gestão ambiental, harmonizando a demanda e a oferta de água da bacia.

- O zoneamento ambiental associando parâmetros ambientais e socio-econômicos constitui instrumento de fundamental importância na gerência e planejamento de qualquer bacia hidrográfica, mas adquire conotação especial em se tratando de planejamento de bacias de manancial de abastecimento público.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDREOLI, C. V., Dalarmi, O, Lara, A I, Andreoli, F N (1999), Limites para o desenvolvimento da região metropolitana de Curitiba, Impostos pela Escassez de Água. SANARE, Curitiba, 31-42, 1999.

EMBRAPA, 1995

ENGEFOTOS. Diagnóstico das bacias hidrográficas do Estado do Paraná. Curitiba, 2000. 120p.

LANNA, A.E.L. 1995. Gerenciamento de bacia hidrográfica: aspectos conceituais e metodológicos. Brasília:IBAMA. 171 p.

MAACK, 1968

MIRANDA, A L.; KAKAWA, C. Uso e ocupação do solo nas regiões de mananciais. Curitiba, 1995. 56p. MOTA, S. Introdução à Engenharia Ambiental. 1ª edição, ed.: ABES, Rio de Janeiro, 1997. 280p

ANEXOS:

Figura 2. Mapa de Zoneamento da Bacia Hidrográfica do Alto Itaqui.

642000 648000

ZURF

ZAAC

7 1 8 8 0 0 0

ZUC

ZUE - I ZUE - II

Quadro 2. Zoneamento de Uso da Bacia do Alto Itaqui –Município De Campo Largo

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ZONA ZONA DE USO FLORESTAL

RESTRITO (ZURF)

ZONA DE

URBANIZAÇÃO CONTROLADA (ZUC)

OBJETIVOS Garantir a qualidade e quantidade de água

para abastecimento público

Proteção de nascentes da bacia do Rio Itaqui Preservação dos remanescentes florestais e fauna associada;

Incentivo a reposição florestal e práticas alternativas de uso

Controlar a expansão urbana na sul da bacia (à montante da captação)

Priorizar a aplicação de recursos nos investimentos em infra-estrutura urbana (saneamento; drenagem, coleta de lixo, ...)

Garantir qualidade e quantidade de água Conservar remanescentes florestais e canais de drenagem

Coibir a instalação de indústrias potencial-mente poluidoras

CARACTERIZA

ÇÃO Se extende de norte a sul da bacia, à margem direita do Rio Itaqui, sobre o

compartimento ambiental II. Relevo ondulado a forte ondulado, apresenta solos litólicos e cambissolo raso

Atualmente ocupada com

reflorestamento de Pinus, florestas secundárias em regeneração e agricultura em pequena extensão, ocupando topos mais planos.

Porção meridional da bacia, à margem esquerda do Rio Itaqui

Se dispõem sobre porção do compartimento ambiental IV.

Considerada como zona de consolidação e expansão urbana da sede do município, incluindo zonas residenciais de média densidade (2,3 e 4), zona industrial e zona de serviço segundo o Plano Diretor Municipal (Lei 444/78).

ATIV.

PERMITIDA Manutenção da cobertura florestal nativa

Manejo florestal Reflorestamento Sítios de lazer

Crescimento urbano segundo Plano Diretor do Município

ATIV.

PROIBIDA agricultura anual instalação de atividades que alterem a

qualidade do ambiente (indústria, mineração,...)

expansão urbana

parcelamento do solo para uso urbano

Instalação de loteamentos sem infra-estrutura de saneamento (canalização de água e esgoto e coleta de lixo)

Instalação de indústrias potencialmente poluidoras

Desmatamento de remanescentes

ATIV.

OBRIGATÓRIA Manutenção dos remanescentes florestais

Recuperação de pastagens degradas e em locais de preservação permanente

Manutenção remanescente florestais de fundo de vale

Implantação de infra-estrutura de saneamento (coletas, tratamento e disposição final)

Adequação da implantação de loteamentos segundo critérios de conservação de recursos hídricos

Exigir implantação de infra-estrutura de saneamento em todos os novos loteamentos Adequação das indústrias existentes quanto a coleta, tratamento e disposição de efluentes e resíduos.

Quadro 2. (continuação) Zoneamento de Uso da Bacia do Alto Itaqui –Município De Campo Largo

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ZONA ZONA DE USO

EXCEPCIONAL I (ZUE I) ZONA D E USO EXCEPCIONAL II (ZUE II) ZONA DE ATIVIDA-DE AGROPASTORIL (ZAAC)

OBJETIVOS Prevenir a ocorrência de

acidentes e garantir a integridade dos corpos d'água em caso de acidentes com cargas perigosas. Controlar a expansão / implantação de atividades potencialmente poluidoras ao longo da BR 277. Prevenir a ocorrência de acidentes e garantir a integridade dos corpos d'água em caso de acidentes com cargas perigosas. Controlar a expansão / implantação de atividades potencialmente poluidoras ao longo da BR 277. promover o desenvolvimen-to sustentável usando o controle da qual-dade de água

reposição da mata ciliar controle do uso de agroquí-micos e sedimentos

controlar a exploração de recursos minerais, de forma a evitar a deterioração da qualidade dos recursos hídricos

CARAC-TERIZAÇÃO Constitui-se em faixa marginal ao longo das

BR277 de 200 m para cada lado, incluindo faixa de domínio

Se dispõem sobre os Compartimentos

Ambientais I, II, III e IV, cortando – os no sentido E-O.

Faixa entre PR-423 e margem direita do Rio Itaqui entre as pistas da BR277 e faixa de 100 m na margem direita da PR-423 sentido Balsa Nova

Se estende sobre o compartimento ambiental IV.

Área de exploração agrícola e pecuária

Se desenvolve sobre o Compartimento Ambiental I, predominando a ocorrência de relevo suave ondulado e ondulado.

Predomínio de solo latossolo vermelho-amarelo cambissolo profundo e cambissolo raso nas encostas dos vales

ATIV.

PERMITIDA Uso de equipamento de mecanização agrícola

ATIV.

PROIBIDA Implantação de atividades potencialmente poluentes Implantação de atividades potencialmente poluentes Ampliação de atividade agropecuária ATIV.

OBRIGATÓRIA Adequação das infra – estruturas implantadas

(postos e serviços) com conveniente sistemas de controle de poluição e acidentes com substâncias perigosas

Adequação das infra – estruturas implantadas (postos e serviços) com conveniente sistemas de controle de poluição e acidentes com substâncias perigosas

Incentivo ao manejo integrado de solos e águas de manutenção e implantação Manutenção e recuperação da mata ciliar Implantação de infra-estrutura de conservação de solos e água. Uso controlado de agrotóxicos, fertilizantes e materiais orgânicos.

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