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VALORIZAR RECUPERAÇÃO PAISAGÍSTICA EBIODIVERSIDADE. Recuperação da Arrábida: venha conhecer o nosso investimento num futuro melhor.

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VALORIZAR

Recuperação da Arrábida:

venha conhecer o nosso investimento

num futuro melhor.

RECUPERAÇÃO PAISAGÍSTICA E BIODIVERSIDADE.

Semana de Portas Abertas

de 30 de Junho a 8 de Julho.

Inscreva-se através da linha gratuita 800 206 709 ou no site www.secil.pt

Venha conhecer o projecto de

recupe-ração ambiental da Secil na “Semana de

Portas Abertas”. Um projecto que

pre-tende restaurar a biodiversidade da

Serra da Arrábida, através da

refloresta-ção e reintegrarefloresta-ção de espécies no seu

habitat natural, bem como recuperar

as Pradarias Marítimas do Portinho da

Arrábida.

Temos duas visitas guiadas por dia,

às 10h e às 15h, e disponibilizamos

um autocarro gratuito, que parte do

Parque das Escolas em Setúbal, para

que possa mais facilmente vir até nós.

75 Anos de Responsabilidade 75 Anos de Responsabilidade

A Secil tem investido significativamente na recuperação

das pedreiras da Fábrica do Outão ao longo dos últimos anos.

Agora, reforça esta actuação com o compromisso da gestão

da biodiversidade da flora e da fauna, na Serra e no Portinho

da Arrábida. Visite-nos na Semana de Portas Abertas

e fique a saber mais sobre a nossa actuação ambiental.

RECUPERA

Ç

ÃO

PAISAGÍSTICA

E

BIODIVERSIDADE

Ç

E

(2)

editorial

E

ste acto representa o compromisso global da Secil com a Biodiversidade, que se traduz, na prática, pela tomada de medidas que procuram enquadrar o impacto da nossa actividade, com especial destaque para a recuperação integral das

pedreiras da Fábrica Secil Outão. Ao longo das últimas duas décadas, temos vindo a colocar em prática um plano de exploração e recuperação da pedreira cujos resultados se começam já a fazer sentir ao nível da cobertura florestal. Neste momento cerca de 30% da área da pedreira já se encontra com patamares de exploração fechados e reflorestados, todos eles

exclusivamente com arbustos e árvores da flora autóctone da Serra da Arrábida. Nos próximos anos,

e uma vez que já atingimos o limite máximo de área explorada da pedreira, a percentagem de terreno recuperado será fortemente incrementada, com o recurso às mais complexas e evoluídas técnicas de recuperação paisagística, executadas por uma vasta equipa de especialistas em silvicultura e paisagismo.

Este ano, encetámos uma nova linha de actuação respeitante à biodiversidade da fauna. Uma vez que entendemos que a

recuperação da pedreira só estará consolidada com o

restabelecimento da biodiversidade existente antes da exploração, tanto de flora como de fauna, assinámos Protocolos com a Universidade de Évora e com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa no sentido de serem realizados estudos de identificação da flora e da fauna existentes e de monitorização da sua evolução, abrangendo as classes das aves, répteis, insectos, anfíbios e mamíferos.

Com este projecto, pretendemos também evidenciar a qualidade do ambiente em torno da fábrica, uma vez que a permanência duradoura de fauna só é possível se existir um ecossistema saudável e equilibrado. A Secil investe significativamente na recuperação ambiental das pedreiras

Nesta 4ª Semana de Portas Abertas da Fábrica Secil-Outão, que decorrerá entre os dias 30 de Junho e 8 de Julho, será possível aos visitantes conhecer mais aprofundadamente este nosso projecto, bem como obter informação adicional sobre o desempenho ambiental da fábrica, nomeadamente o seu baixo nível de emissões atmosféricas quer esteja a operar ou não no regime de co-incineração de resíduos florestais ou resíduos industriais, banais ou perigosos.

A Secil entende a sua actuação numa óptica de sustentabilidade, na qual a sua actividade de hoje é exercida de forma compatível com a sua viabilidade futura nos planos ambiental, económico e social. É na relação estabelecida entre estes três vectores que se joga a recuperação integral da Serra, o fornecimento de um bem primário essencial à economia e se garante a manutenção de postos de trabalho qualificado para a região, numa empresa dinâmica, activa e responsável.

Convidamos todos a vir saber mais sobre a Secil!

BIODIVERSIDADE

E

SUSTENTABILIDADE

A Secil é uma das primeiras empresas

portuguesas a assinar a Declaração-Compromisso

Pela Biodiversidade, estabelecida no âmbíto

da iniciativa comunitária “B&B Business

& Biodiversity” promovida pela Presidência

Portuguesa da União Europeia.

NUNOMAIASILVA

Director de Comunicação Institucional SECIL-Companhia Geral de Cal e Cimento SA

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VALORIZAR

VALORIZAR

A Secil optou por uma estratégia de Desenvolvimento Sustentável que ga-rante às gerações futuras o equilíbrio entre a satisfação das necessidades materiais e a perspectiva de uma na-tureza saudável.

Para ser competitiva, a empresa combina uma situação financeira sólida com o compromisso de res-ponsabilidade social, respeito pelo ambiente e crescimento económico sustentado.

O Plano de Recuperação Paisa-gística da Pedreira do Outão, iniciado em 1982 e ainda em execução, inclui a recuperação da fauna e da flora locais, bem como a exploração da pedreira.

Uma das inovações é a recupera-ção da paisagem durante a explora-ção e não apenas no final, permitindo assim uma reconstituição visual e paisagística continuada e, em geral, mais rápida.

O objectivo deste projecto passa pelo revestimento vegetal das platafor-mas, de modo a salvaguardar a esta-bilidade do meio ambiente e que as zonas recuperadas apresentem um aspecto, tanto quanto possível, se-melhante às zonas envolventes.

A exploração da pedreira está no li-mite da área autorizada e a paisa-gem, no seu termo, será idêntica à de um vale.

De 1982 até 2006, os custos direc-tos da recuperação paisagística as-cenderam a mais de 7 300 000 euros.

desprendimento de terras por ac-ção da chuva, nos quais foi colo-cada terra vegetal e plantas.

A composição do muro foi es-tudada e desenvolvida pelo Labo-ratório de Betões da Secil.

Com todos estes esforços, foi com naturalidade que a SECIL viu o seu trabalho reconhecido, como comprovam a atribuição do prémio de Gestão Ambiental no Ano Europeu do Ambiente pela exe-cução do Plano de Recuperação Paisagís-tica das Pedreiras, em 1987, e a certificação ambiental e qualidade da “Exploração de pe-dreiras e fabrico de ci-mento na fábrica do Outão” segundo a ISO 14001 e ISO 9001, em 1998.

Participação da Secil num projecto Ibérico que visa a Recuperação Paisagística de Pedreiras

Na busca do aperfeiçoamento de técnicas de recuperação paisagís-tica e das melhores metodologias de trabalho, garantido sempre um elevado padrão de qualidade em todas as suas acções, a SECIL tem procurado apoios junto de vá-rias entidades. Neste sentido, atra-vés da parceria com a Faculdade de Ciências de Lisboa, surgiu a participação no projecto EcoQuar-ry – Ecotechnology for Environ-mental Restoration of Limestone Quarries.

Desenvolvido no âmbito do pro-grama LIFE Ambiente, o Ecoquarry integra a participação de seis cen-tros de investigação universitária, juntamente com 17 parceiros, en-tre as quais a SECIL, a única ci-menteira portuguesa participante. O Ecoquarry visa o melhor su-cesso possível na recuperação pai-sagística de pedreiras a céu aberto, em condições mediterrâni-cas, através do estudo das mel-hores técnicas a aplicar na rega, nos solos e na escolha das se-mentes. Outro dos objectivos é o de criar um manual de boas práti-cas de recuperação de pedreiras. Durante este tempo foram colocadas

cerca de um milhão de plantas medi-terrânicas nas pedreiras abandona-das e em exploração, abrangendo uma área total de 86 ha.

Para se poder dispor das plantas necessárias, com garantia de origem, nas quantidades e épocas conve-nientes, foi criado um viveiro, que permite a multiplicação ao ar livre e em estufas (contendo 17 espécies mediterrânicas diferentes e cerca de 90 mil unidades).

Para que o processo de recupe-ração decorra com a rapidez des-ejada e que a árdua tarefa de reflorestar os taludes (devido à inclina-ção e ao clima) se torne mais eficaz é necessário recorrer a técnicas espe-cíficas como a hidrossementeira e o muro ecológico, entre outras.

Hidrossementeira

A hidrossementeira é uma técnica que tem como finalidade a fixação das plantas nos taludes e consiste na pro-jecção de uma mistura viscosa cons-tituída por sementes (herbáceas e arbustivas); fertilizantes; fibra de ma-deira (estilha); um fixador biodegradá-vel (guam ou goma arábica) e o greenfix, um corante verde natural.

A fibra de madeira tem como fun-ção a protecfun-ção das sementes até à sua germinação. O greenfix é utilizado como marcador, é biodegradável e tem o intuito de controlar as zonas já trabal-hadas, minimizando o impacte visual. Deste modo, controla-se tempora-riamente a erosão e melhoram-se as condições de humidade e de temperatura até à implementação da vegetação.

Polímero

O polímero é uma substância super absorvente que permite fixar a água das chuvas e/ou das regas, podendo absorver 350 vezes o seu peso. No verão, a água retida no polímero é fornecida progressivamente às plan-tas, evitando a sua rápida infiltração ou evaporação.

O polímero é um produto biode-gradável dado que, após sete anos, aproximadamente, se integra no meio.

Muro ecológico

O muro ecológico foi uma experiência realizada para estabilização de uma zona difícil da pedreira de marga da Secil Outão. Consistiu numa estru-tura de betão composta por vários compartimentos, apoiada no talude, de modo a evitar o arrastamento e o

Recuperação

das Pedreiras

Secil Outão

Uma das novidades de concepção do Projecto

de Recuperação Paisagística do Outão foi permitir

que, pela primeira vez, se procedesse

à recuperação da paisagem durante a exploração

e não só no seu final de vida, permitindo

a recuperação dos patamares superiores enquanto

se explora os inferiores.

Resultados visíveis da Recuperação Paisagística

Vista geral das pedreiras da Secil Outão (calcário e marga)

Aplicação da hidrossementeira

Viveiros – A Secil possui viveiros próprios

Vista geral da fábrica Secil Outão Reflorestação dos patamares da pedreira de calcário

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A acção principal do projecto consiste na replantação das pradarias marinhas na zona do Portinho da Arrábida e Baía de Galápos.

O ecossistema de ervas marinhas, outrora existente nestes locais, foi o suporte fundamental da vida e da biodiversidade marinha do parque natural.

A destruição quase total (dos 30 ha existentes em 1983 já só restam 0,006 ha em 2006) das pradarias de ervas marinhas deve-se à acção hu-mana. Tudo isto levou a que os fun-dos ficassem desérticos, a areia fosse arrastada e a costa mais su-jeita a erosão.

A recuperação é feita através da replantação de ervas marinhas de po-pulações provenientes da Ria Formosa, do Rio Mira e do Estuário do Sado, sendo o transplante efec-tuado com recurso ao mergulho com escafandro.

Uma acção fundamental será a im-plantação de bóias de amarração “amigas do ambiente” que protegem os fundos marinhos e permitem, ao mesmo tempo, o uso recreativo do parque marinho. Para além disso, será colocado um pontão de acesso a em-barcações no Portinho da Arrábida.

O projecto Biomares, que resultou da candidatura

ao Programa Life – Natureza 2006 pelo CCMAR

– Centro de Ciências do Mar do Algarve, tem como

objectivo a recuperação da biodiversidade na área

do Parque Marinho da Arrábida e a implementação

de diversas acções de gestão ambiental.

É co-financiado pela União Europeia (programa Life)

e pela SECIL – Companhia Geral de Cal e Cimento.

Parque marinho da Arrábida

BIOMARES

A distribuição de informação (expo-sições, seminários e folhetos) sobre a importância da preservação do par-que marinho fará parte de um con-junto de actividades de educação e sensibilização ambiental a todos os interessados (pescadores, actividades recreativas, escolas, população em geral, etc.).

O BIOMARES envolve um leque alargado de intervenientes que poten-ciam o sucesso destas actividades:

IPIMAR – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Pescas;

ICNB – Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade;

CSIC – Consejo Superior de Investigaciones Cientificas (Espanha);

SPA – Instituto Superior de Psicologia Aplicada;

CCMAR – Centro de Investigação em Ciências do Mar, coordenado pelo grupo de investigação CFRG – Coastal Fisheries Research Group. O projecto é acompanhado pelo NOAA – National Oceanic and Atmospheric Association do Departamento de Comércio dos EUA.

SECIL

Comunidades

animais

a estudar

A selecção destes grupos obede-ceu aos seguintes critérios:

Terem um papel relevante para o ecossistema – ex: como dispersores de sementes – (carabídeos, micro-mamíferos, lagomorfos e passerifor-mes); constituírem bons indicadores da qualidade dos habitats (borbole-tas e anfíbios); serem espécies ou grupos ameaçados que possam es-tar presentes nestes habitats (mor-cegos e aves de rapina, por exemplo).

Este estudo divide-se nas seguintes etapas:

1ª Fase. Caracterização da área em estudo e selecção dos locais de amostragem

Para caracterizar a área a estudar foi elaborada uma cartografia em formato digital sobre o uso do solo (tipo de solo; zonas não intervencio-nadas ou áreas naturais; áreas ar-didas e zonas de recuperação paisagística).

2ª Fase. Inventariação e caracterização das espécies

A segunda fase tem como finali-dade caracterizar globalmente as comunidades animais na proprie-dade e avaliar a sua distribuição em função do uso do solo.

Os levantamentos de campo são efectuados durante um ciclo anual nas épocas mais propícias à detec-ção de cada grupo, utilizando me-todologias distintas consoante os

grupos de animais a inventariar. Por exemplo, os morcegos são inventa-riados por um detector de ultra-sons e a presença de mamíferos carnívoros é avaliada através de fo-tografias, captadas por máquinas de disparo automático sensíveis ao

■ Insectos – borboletas e carabídeos (escaravelhos, por exemplo)

■ Anfíbios – anuros (sapos e rãs) e urodelos (salamandras e tritões)

■ Répteis – sáurios (lagartos e lagartixas) e serpentes

■ Aves – passeriformes, rapinas diurnas e nocturnas

■ Mamíferos – micromamíferos (roedores, por exemplo), morcegos cavernícolas, lagomorfos (coelhos, por exemplo) e carnívoros

movimento. São também utilizadas armadilhas que capturam os animais, que após identificação são liberta-dos. Para além disso, utiliza-se o método de observação directa de animais, a detecção de indícios de presença (latrinas, dejectos isolados, escavadelas, trilhos e tocas) e pontos de escuta para as aves.

3ª Fase. Valorização das espé-cies

Após a detecção dos animais será determinado para cada espécie um valor de conservação, obtido a par-tir da sua importância biológica para o ecossistema, sendo também con-siderado o nível de ameaça (quer a nível local, nacional e internacional).

4ª Fase. Modelação ecológica

Toda a informação será integrada num Sistema de Informação Geo-gráfica (SIG), que irá permitir a ela-boração de uma base de dados que compila a informação recolhida, incluindo todas as ocorrências de espécies registadas.

O trabalho de recuperação paisagís-tica das pedreiras não incide apenas na recuperação da vegetação mas também na valorização do reino ani-mal. Daí que, enquadrada na Política Ambiental da SECIL, iniciou-se o Estudo e Valorização da Biodiversi-dade, Componente Fauna, ou seja, um projecto para estudar e aumentar a variedade de seres vivos na pro-priedade da SECIL – Outão.

Este projecto é bastante importan-te pois só com uma diversidade de flora (plantas) e de fauna (animais) é possível um ecossistema equilibrado, na medida em que a vegetação é im-portante para a sobrevivência dos ani-mais e vice-versa. Neste contexto, a presença e variedade de certos ani-mais é um indicador da qualidade da vegetação existente, servindo de me-didor de qualidade do trabalho de re-cuperação. Para além disto, os animais também ajudam bastante as plantas na sua propagação, como por exemplo, na polinização das plantas e na distribuição de sementes.

Para a sua realização, a SECIL estabeleceu um protocolo com o De-partamento de Biologia da Univer-sidade de Évora, tendo como responsável e coordenador do pro-jecto o Prof. Dr. António Paulo Pereira de Mira.

Os principais objectivos do presente estudo são:

Conhecer as comunidades animais presentes na propriedade SECIL – Outão;

Caracterizar e avaliar o nível de ocu-pação das comunidades animais nas zonas de recuperação paisagística e nas zonas recentemente ardidas, tendo como referência as comunida-des presentes nos habitats naturais;

Propor acções para valorizar a componente animal na propriedade SECIL – Outão.

Bio

diversidade

A Secil assinou protocolos para a realização de estudos de identificação da flora e fauna nativas

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CINZAS VOLANTES LAMAS OLEOSAS AREIAS DE FUNDIÇÃO ÓXIDO DE FERRO RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO

FARINHAS E GORDURAS ANIMAIS ESTILHA DE MADEIRA

RDF COQUE DE PETRÓLEO, FUEL

COQUE DE PETRÓLEO FLUFF CHIPS DE PNEUS

VALORIZAR

VALORIZAR

Co-incineração de resíduos

A etapa que mais energia consome na produção de cimento é a cozedura. Tradicionalmente são utilizados com-bustíveis fósseis não renováveis, deriva-dos do petróleo ou carvão.

É aqui que os resíduos podem ser co-incinerados, funcionando como combustíveis alternativos, ou seja, a queima de resíduos substitui parcial-mente a queima de combustíveis fós-seis durante a cozedura.

Vantagens ambientais/económicas

A co-incineração permite a redução do consumo de combustíveis fósseis (ex. carvão), o que leva a que estes recur-sos fiquem disponíveis para outras apli-cações. Além do mais, não produz efluentes líquidos nem resíduos sólidos, isto é, não produz resíduos de resíduos. Ao serem valorizados, os resíduos não vão ocupar espaço em aterro.

Este processo é vantajoso para a empresa pois diminui a importação de combustíveis fósseis e reduz as emis-sões de CO2.

Para além de resolver um problema nacional, que é o tratamento de resí-duos, evita-se a exportação destes ou a colocação em aterros e lixeiras, o que ajuda a aumentar a competitividade das empresas portuguesas.

CIRCUITO DE COMBUSTIVEIS FÓSSEIS (Coque de petróleo, Fuel e GPL) CIRCUITO DE COMBUSTIVEIS ALTERNATIVOS

(Biomassa Vegetal e Animal, RDF, Fluff, Pneus e Lamas Oleosas)

A produção de cimento, realizada pela Secil desde 1930,

é a actividade central da Empresa, a partir da qual se

compreende a valorização de resíduos, quer como energia,

quer como matéria-prima secundária.

O processo de fabrico de cimento é feito através da extracção dos ma-teriais provenientes da pedreira. Em seguida, a pedra passa por um britador que a parte, de modo a ficar mais pequena e fácil de ser transportada.

Após estas etapas é necessário moer a pedra para que fique em pó e, se for necessário, corrigir quimi-camente o material. Este processo chama-se moagem de cru. Posto isto, o cru (a pedra moída) passa pela etapa da cozedura, em fornos que atingem os 2000ºC,

es-tando sujeito a temperaturas supe-riores a 1450ºC durante 10 segun-dos. Daqui surge uma rocha artificial, chamada clínquer, que, depois de misturada com aditivos como o gesso e outros materiais, é moída (moagem de cimento), dando as-sim origem aos diferentes tipos de cimento.

Por fim vem a embalagem e a expedição do cimento.

Todas as emissões atmosféricas são controladas e sujeitas a um pro-cesso de filtragem, sendo utilizados electrofiltros e filtros de mangas.

Processo

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Glossário

Britagem –Operação de redução da granulometria do calcário e marga, através de um britador, com o objec-tivo de se obter material cuja dimen-são seja inferior a 9 cm.

Calcário / Marga –Inertes extraídos de pedreiras e utilizados no processo de produção de cimento. O calcário e a marga são compostos, essencial-mente, por cálcio, sílica, alumina, magnésio e ferro.

Chips de Pneus –Pneu cortado às lascas.

Cinzas volantes –Resíduos resul-tantes da combustão do carvão mine-ral que, no caso da SECIL, são provenientes das centrais termoeléc-tricas a carvão.

Clínquer –Rocha artificial resultante da cozedura das matérias-primas e que constitui o principal componente do cimento.

Combustível alternativo –Qualquer resíduo industrial resultante de um processo produtivo, que pelas suas características físicas, químicas e po-der calorífico pode ser utilizado como combustível, substituindo a utilização de combustíveis fósseis.

Combustíveis fósseis – Combustíveis não renováveis formados há milhões de anos, daí o nome de combustível fóssil. Existem três grandes tipos de combustíveis fósseis: o carvão, o pe-tróleo e o gás natural. Uma vez esgo-tados, não é possível fabricá-los, daí que sejam não renováveis. Na indús-tria cimenteira são utilizados para aquecimento dos fornos.

Combustível tradicional – Combus-tíveis fósseis, derivados do petróleo (carvão, coque de petróleo e fuel-óleo).

Cozedura –Operação de cozedura do cru ou farinha, através de elevadas temperaturas (1450º C) que, por re-acções químicas complexas, con-duzem a um produto granulado chamado clínquer.

Dioxinas e furanos – Compostos químicos resultantes de condições de combustão incompleta. Também

po-dem resultar de processos naturais como erupções vulcânicas e fogos florestais. Para se formarem é pre-ciso existir uma fonte de cloro, uma fonte de matéria orgânica e uma temperatura entre 200º C e 600º C. São substâncias altamente tóxicas e cancerígenas.

Electrofiltros –Equipamento desti-nado a filtrar os gases resultantes de um processo industrial através de campos electromagnéticos, retendo desta forma as partículas.

Estilha ou biomassa vegetal – Peda-ços de madeira provenientes da lim-peza de florestas e tratamento de resíduos de embalagens de madeira (exemplo: paletes de madeira, entre outros).

Filtros de manga – Equipamento destinado a filtrar os gases resultan-tes de um processo industrial através de um conjunto de mangas (algodão, polyester ou teflon), onde as partícu-las de pequenas dimensões ficam re-tidas.

Fluff de pneu –Componente têxtil não reciclável do pneu.

Granalha –Resíduo do processa-mento de minérios de cobre, ferro ou outros, usado, por exemplo, na deca-pagem dos navios.

Matérias-primas primárias – Maté-rias tradicionalmente utilizadas no processo produtivo (calcário, marga e areia).

Matérias-primas secundárias –

Qualquer resíduo industrial resultante de um processo produtivo, que pelas suas características físico-químicas pode ser utilizado em substituição de matérias-primas primárias.

Metais pesados –Apresentam-se em concentrações muito pequenas na natureza e são altamente reacti-vos do ponto de vista químico, pelo que é difícil encontrá-los em estado puro. São metais bio-acumulativos, ou seja, o corpo humano ao assimi-lar este tipo de compostos não tem capacidade para os destruir ou rejei-tar. Geralmente, os seres vivos ne-cessitam apenas de alguns metais e

em doses reduzidas. Se ultrapassa-rem certas concentrações, estes me-tais tornam-se perigosos para a saúde humana.

Moagem de cimento – Operação de moagem da mistura do clínquer, aditivos (calcário, cinzas volantes das centrais térmicas, escórias da side-rurgia e outros materiais com pro-priedades hidráulicas) e gesso. O tipo de cimento pretendido é que deter-mina a composição da mistura, sendo quase sempre o clínquer maioritário.

Moagem de cru –Operação de re-dução da granulometria dos mate-riais – calcário, marga, areia e granalha (óxido de ferro) – a pó (cha-mado cru ou farinha).

Patamar –Zona superior do degrau (neste caso é a zona horizontal da pedreira, onde é mais fácil replantar).

Pradaria Marinha –É uma planície subaquática vasta e aberta.

RIB (resíduos industrias banais) –

Resíduos florestais, farinhas animais, pneus, plásticos, desperdícios de pa-pel e cartão, entre outros, desde que isentos de substâncias classificadas como perigosas.

RIP (resíduos industrias perigosos) –

Resíduos provenientes da indústria química (solventes, tintas, óleos ou vernizes).

RDF (refused derived fuel) – Com-bustível alternativo resultante de um processo de tratamento de RIB (pa-péis, plástico, cartão, madeiras, pe-daços de tecido, entre outros) e que não é passível de valorização mate-rial (reciclagem).

Silos –Depósitos de armazenagem.

Talude -Zona inclinada (neste caso do degrau da pedreira).

Valorização energética –Operação de valorização de resíduos, em que estes substituem combustíveis fós-seis. No caso do processo de fabrico de cimento, os resíduos são introdu-zidos no forno funcionando como combustíveis alternativos. FICHA TÉCNICA Edição SECIL-Companhia Geral de Cal e Cimento, SA Fábrica Secil-Outão 2901-864 Setúbal Tel. 212 198 100 Fax265 234 629 e-mail comunicacao@secil.pt www.secil.pt Concepção gráfica DraftFCB Impressão EURO DOIS Tiragem 100.000 exemplares Versão digital disponível em www.secil.pt

1965 Primeiro estudo de recuperação paisagística, de autoria do arquitecto paisagista Prof. Edgar Fontes.

1973 Elaboração dos documentos referentes às pedreiras da Secil

(Plano do Lavra; Estudo Geológico e Plano de Recuperação Paisagística).

1976 Início do funcionamento do primeiro forno de via seca.

1981 Aprovação do projecto de recuperação paisagística pelo Parque Natural da Arrábida.

1982 Início da recuperação paisagística.

1984 Início do funcionamento do segundo forno de via seca.

1985 Desactivação da antiga fábrica de via húmida.

1987 Prémio de Gestão Ambiental no Ano Europeu do Ambiente pela execução do Plano inovador de Recuperação Paisagística das Pedreiras.

1990 Prémio EDP de Consumo Racional de Energia.

1993 Estudo encomendado pela DG XVII da Comissão das Comunidades Europeias.

Portugal foi considerado o 2º país com melhor performance energética, ao nível do sector cimenteiro europeu.

1997 Início da valorização energética na Secil Outão (farinhas e gorduras animais). Esta utilização como combustíveis alternativos terminou em 1998.

1998 Certificação ambiental e da qualidade da “Exploração de pedreiras e fabrico de cimento na fábrica do Outão” segundo a ISO 14001 e ISO 9001.

2001 Início da Requalificação Visual e Paisagística do Vale de Mós e Zona Ribeirinha.

2002 Adaptação do Sistema de Gestão da Qualidade à Norma NP EN ISO 9000:2000.

2003 Criação da Comissão de Acompanhamento Ambiental.

2004 Certificação do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho pela Norma OHSAS 18001. Início da valorização energética de biomassa vegetal como combustível alternativo na Secil Outão.

2005 Inauguração do espaço requalificado da antiga fábrica de via húmida. Início da valorização energética de farinhas animais, chips de pneus e RDF.

2006 Assinatura do protocolo com o departamento de Biologia da Universidade de Évora para o início do projecto “Estudo e Valorização da Biodiversidade, Componente Fauna”.

2007 Assinatura da declaração “Business and Biodiversity”.

Referências

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