PROFº: Maj BEN-HUR
BIBLIOGRAFIA
- Manual Prático de Escavação - Hélio de Souza Ricardo e Guilherme Cavalcanti – Editora Pini- 3ª Ed. 2007
- Manual de Produção- Caterpillar do Brasil S/A
- Especificações Gerais para Obras Rodoviárias- DNIT - Notas de Aula
TERRAPLANAGEM
BRITAGEM
• Introdução;
• Características dos materiais; • Execução dos serviços;
• Equipamentos (tipos, usos, ...); • Custo do serviço. • Introdução; • Exploração de jazidas; • Uso de explosivos; • Tipos de britadores; • Custo do serviço.
- O que é TERRAPLANAGEM?
- Histórico
- Terraplanagem Manual e Mecanizada
- Serviços básicos de Terraplanagem:
- Escavação, carga, transporte, descarga,
espalhamento, compactação e acabamento.
- Serviços Preliminares:
- Desmatamento, destocamento e limpeza.
- Onde encontrar as especificações?
- DNIT => IPR:
http://ipr.dnit.gov.br/
Orçamento de Obras
Terraplanagem Drenagem Pavimentação OAC e OAE
CARACTERÍSTICAS DO SOLO 1-Classificação: 1ª Categoria; 2ª Categoria; 3ª Categoria 2- Empolamento (fator de empolamento - e)
3-Percentagem de Empolamento
1
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1
s cV
V
e
100 c c s V V V f 1
100
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V
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1
1
100
e
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Material f(%) e Solo argiloso 40 0,71 Terra comum seca 25 0,80 Terra comum úmida 25 0,80 Solo arenoso seco 12 0,89CARACTERÍSTICAS DO SOLO 4-Grau de Compactabilidade logo e então c comp comp c
V
V
c
c compc
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V
V
V
c
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V
s s compc
x
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V
V
APLICAÇÃO
Ex. 1: Um caminhão basculante que transporta material solto, tem capacidade de 5m3.
a) A que volume corresponderá no corte, este volume solto, sabendo-se que e=0,80?
b) Qual a percentagem de empolamento ?
Ex.2: Calcular o volume medido no corte e o volume a transportar
necessário para executar 54m3 de uma barragem de terra sabendo-se
que a redução volumétrica deste solo é de 10% e seu fator de empolamento é 0,8.
De maneira simplificada
(cálc. expeditos):
x 1,25 x 1,25 Compactado (base, sub-base, etc.) No corte (jazida) Transportado (solto)PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES ADMINISTRATIVAS PARA SERVIÇOS DE TERRAPLANAGEM
a) Providências ao Iniciar uma Obra de Terraplenagem - Aluguel ou compra de equipamento mecânico;
- Transporte de equipamento para o local de serviço; - Determinação dos caminhos de serviço;
- Terraplenagem e drenagem da área destinada ao acampamento; - Obtenção de luz e água;
- Recrutamento do pessoal técnico, administrativo e operário; sempre que possível, utilizar mão de obra da cidade mais próxima da obra.
b) Canteiro de Obra
- Instalação provisória de uma obra fixa - Deve estar situado:
1) próximo a cidade
2) próximo a estradas existentes
3) próximo a fontes de água e de energia elétrica 4) próximo ao local da obra
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES ADMINISTRATIVAS PARA SERVIÇOS DE TERRAPLANAGEM (Cont.)
c) Almoxarifado
- Destinado ao armazenamento de peças de reposição - Sua dimensão é função do número de máquinas
- 2 barracões:
a) peças uso freqüente b) peças pesadas
- Pessoal Especializado e de Confiança d) Escritório
- Deve ter
a) contabilidade (Apropriação de Custos – OCA) b) seção técnica
c) arquivo
d) sala da Fiscalização e do Eng. Resp. e) sala do Eng. produção, mecânico, etc. f) Instalações do Laboratório
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES ADMINISTRATIVAS PARA SERVIÇOS DE TERRAPLANAGEM (Cont.)
e) Outras Construções
- cantina, guaritas, oficinas; - enfermaria;
- armazenamento de combustíveis e lubrificantes;
1) SERVIÇOS PRELIMINARES (DNIT 104/2009): :
São os serviços de preparação das áreas destinadas à implantação do corpo estradal, áreas de empréstimo e ocorrência de material, pela remoção de material vegetal e outros, tais como: árvores, arbustos, tocos, raízes, entulho, matacões, além de qualquer outro considerado como elemento de obstrução.
São eles:
- Desmatamento;
- Destocamento e limpeza.
(DNIT)
CONDIÇÕES GERAIS:
- Após cuidadoso exame do projeto de engenharia, definem-se os equipamentos e pessoal a serem empregados;
- Verificação e checagem do apoio topográfico (elementos de planimetria e altimetria, assim como as RNs) => Cubação futura!
- Locação do eixo da rodovia (estaqueamento a cada 20 metros);
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
CONDIÇÕES GERAIS (Cont.):
- Os equipamentos (preferencialmente TE) devem ser escolhidos de acordo com a densidade da vegetação e o prazo exigido;
- Atentar para a segurança do equipamento e do operador;
- Atender ao projeto (manejo ambiental) no que diz respeito à destinação dos materiais removidos;
- Nas áreas destinadas ao corte, 60 cm abaixo do greide projetado tem que ser totalmente isento de tocos e raízes;
- Nas áreas destinadas a aterros com Cota vermelha inferior a 2,0 m, a camada superficial do terreno natural contendo raízes e restos vegetais deve ser removida (destocamento). Para Cotas maiores que 2,0 m não há necessidade do destocamento, apenas desmatamento;
- Quando houver ocorrência de vegetação de porte reduzido ou médio (até 15,0 cm a altura de 1,0 m do solo) faz-se apenas o desmatamento com TE. No caso de vegetação de maior porte, haverá a necessidade de destocamento;
(DNIT) CONDIÇÕES GERAIS (Cont.):
- Quando o terreno for inclinado o trator deve trabalhar de cima para baixo;
- No caso de remoção de cercas, deve-se primeiro construir a nova cerca antes de demolir a antiga;
- Observância rigorosa à legislação ambiental e à segurança do trabalho;
- O controle geométrico deve ser feito com auxílio da topografia, aceita-se como tolerância 0,15 m (apenas positivos) para cada lado do eixo; - A medição é feita em m2 para árvores com diâmetro menor que 15 cm,
e em unidades de árvores para aquelas com diâmetro maior ou igual a 15 cm (a 1,0 m do solo).
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
Produção horária do desmatamento:
- Q = produção em ha/h - L= largura da lâmina (m) - v=velocidade da máquina (km/h)
10
1
1
ha
x
LxV
Q
Caso Real
Dispõe-se de um trator D8L, com lâmina 8S, com largura de 4,17 m, que trabalha a uma velocidade de 6,8 km/h (4ª marcha).
A vegetação é de cerrado.
2) CAMINHOS DE SERVIÇO (DNIT 105/2009):
São vias implantadas e/ou utilizadas em caráter provisório, para propiciar o deslocamento de equipamentos e veículos utilizados na obra.
(DNIT)
CONDIÇÕES GERAIS:
- Deve ser previamente informada e autorizada pela Fiscalização (em planilha);
- Atentar para a manutenção da via e para a segurança do tráfego (necessidade de Rev. primário);
- Posteriormente a via deverá retornar às condições iniciais;
- Preferencialmente uso de TE com lâmina angulável, MN, CR, CB, CTA e eventualmente rolo compactador (KL);
- Deve possuir adequado escoamento das águas pluviais (1% a 2% de caimento transversal);
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
CONDIÇÕES GERAIS (Cont.):
- Preocupação ambiental, horário de trabalho, segurança de moradores; - Contatos com outros órgãos para evitar as interferências;
- Medição: se estiver dentro do off-set não se faz medição específica para os caminhos de serviço; se estiver fora da faixa de domínio, faz-se medição específica, inclusive da manutenção e prefaz-servação ambiental.
3) CORTES (DNIT 106/2009):
São segmentos da rodovia em que a implantação requer a escavação do terreno natural ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto (“Off-sets”).
DEFINIÇÕES:
Corte em meia-encosta; corte em seção plena (caixão); corte em seção mista; plataforma da estrada; talude; ângulo de inclinação; talude
escalonado; faixa terraplanada; bota-fora; corta-rio; caixa de empréstimo.
Corte em Seção Plena Corte em Seção Mista Corte em Meia Encosta
(DNIT) CONDIÇÕES GERAIS:
- As áreas são precedidas pelos serviços de desmatamento e destocamento;
- Os locais onde serão feitos o “bota-fora” ou as “praças de depósito provisório” deverão estar preparados e aptos para receberem o material;
- O perfil geotécnico do Projeto de Engenharia definirá as categorias de material existente (1ª, 2ª ou 3ª Cat.);
- Cada categoria de solo exigirá os equipamentos adequados para sua natureza;
- Se, ao nível final da plataforma de corte, for verificada a presença de rocha sã ou em decomposição, o greide deverá ser rebaixado em 40,0 cm e preenchido com material inerte;
- Se for verificada a existência de solo com expansão maior que 2% e baixo CBR, rebaixa-se o greide em 60,0 cm, preenchendo com material selecionado em projeto (ou revisão do mesmo);
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
CONDIÇÕES GERAIS(Cont.):
- Se o material dos últimos 60,0 cm não possuir condições mínimas de compactação, exigidas em projeto, o mesmo deverá ser escarificado, levado à umidade adequada, homogeneizado e então compactado à energia especificada em projeto;
- Os taludes deverão possuir as declividades de projeto e estarem desempenados pelos próprios equipamentos de escavação;
- Estimula-se o uso de gabaritos para controle da escavação do talude; - Não poderá haver blocos de rocha nos taludes que coloquem em risco
a segurança futura da rodovia;
- Nos cortes em rocha, deverão seguir os seguintes cuidados: - Horário rígido de detonação;
- Não trabalhar à noite;
- Proteger pessoal e equipamentos na hora da detonação;
(DNIT) CONDIÇÕES GERAIS(Cont.):
- Para taludes elevados (>10,0 m), prever patamares com banquetas de largura mínima de 3,0 m com valetas revestidas e proteção vegetal; - Dependendo do material, o talude deverá ser compactado e revestido
com cobertura vegetal;
- O controle geométrico se dará com o seguinte rigor: - Corte em solo: + ou – 5,0 cm
- Corte em rocha: + ou – 10,0 cm
- Largura: 20,0 cm para cada semiplataforma (positiva)
- Medição feita pelo volume de material extraído (no corte ou “in natura”) com base nas RNs utilizadas no Projeto de Engenharia, e a distância de transporte percorrida entre o corte e o local de deposição;
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
CONTROLE TOPOGRÁFICO:
Controle do ângulo do talude com gabarito de madeira e nível de bolha:
CORTES (DNIT 106/2009) - EXECUÇÃO
Taludes com Motoniveladora
CORTES (DNIT 106/2009) - EXECUÇÃO Material de 1ª Categoria:
Equipamentos usados: Trator de esteiras (TE), motoscraper (MT), escavadeira hidráulica (ES) ou carregadeira (CR), caminhão basculante (CB), motoniveladora (MN).
Material de 2ª Categoria:
Equipamentos usados: Trator de esteiras (TE) com escarificador, motoscraper (MT), escavadeira hidráulica (ES) ou carregadeira (CR), caminhão basculante (CB), motoniveladora (MN).
Alguns Mat 2ª Cat necessitam do uso de explosivos leves, instalados com perfuratirizes
CORTES (DNIT 106/2009) - EXECUÇÃO Material de 3ª Categoria:
Equipamentos usados: compressor de ar (CA), perfuratriz pneumática ou elétrica (PE), escavadeira hidráulica (ES) ou carregadeira (CR), caminhão basculante (CB) ou fora de estrada, trator de esteira (TE).
4) ATERROS (DNIT 108/2009):
São segmentos da rodovia cuja execução requer depósito de materiais provenientes de cortes e/ou empréstimos no interior dos limites das seções de projeto (off-sets) que definem o corpo estradal.
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
DEFINIÇÕES:
- Corpo de aterro: parte do aterro sobre o terreno natural até 60,0 cm abaixo da cota final de terraplanagem (greide de terraplanagem);
- Camada final: Parte do aterro constituída de material selecionado , com 60,0 cm de espessura situada sobre o corpo do aterro ou sobre o terreno remanescente de um corte, e cuja superfície é definida pelo greide de terraplanagem.
(DNIT) CONDIÇÕES GERAIS:
- As áreas são precedidas pelos serviços de desmatamento, destocamento e remoção de entulho (tanto as de empréstimo quanto as que receberão material);
- As obra-de-arte correntes (OAC) deverão estar concluídas; - Os caminhos de serviço deverão estar concluídos;
- Devem-se checar as marcações do eixo e dos off-sets após o desmatamento e limpeza, e refeitos os levantamentos das seções transversais, as quais serão as “seções primitivas” que serão utilizadas no controle geométrico e na medição dos serviços.
MATERIAIS:
- Serão provenientes de escavações de cortes ou de áreas de empréstimos (selecionados nos Estudos Geotécnicos do Projeto de Engenharia);
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
MATERIAIS:
- Requisitos técnicos:
- Enquadrarem-se nas classificações de 1ª ou 2ª categorias; - Isentos de matérias orgânicas (turfas e argilas orgânicas);
- CBR > 2% e expansão < 4%. Se for camada final do aterro a expansão <2%;
EQUIPAMENTOS:
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
EXECUÇÃO:
- A primeira providência executiva do empreiteiro é a marcação dos pontos de “off-set” dos aterros;
- Iniciar sempre pelo ponto mais baixo em camadas horizontais;
-Prever caimento lateral, para rápido escoamento de água de chuva;
- Escalonar ou zonear praças de trabalho, onde as três etapas do trabalho de aterro não se atrapalhem.
(DNIT) EXECUÇÃO (Cont.):
• Lançamento do material pelo equipamento de transporte;
• Espalhamento em camadas com espessura da camada máxima de 30 cm+20%. Para as camadas finais, 20 cm + 20%;
• Homogeneização e retirada de blocos ou matacões;
• Determinação da umidade natural (“Speedy”) => Acrescenta ou retira água;
• Compactação propriamente dita de cada camada; • Regularização conforme projeto.
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
ATERROS - EXECUÇÃO:
- A situação mais sensível à execução de aterro é a ocorrência de uma chuva quando o material está espalhado e pulverizado, antes da compactação;
- Na possibilidade desta ocorrência, a camada deverá ser "SELADA", isto é, ser rapidamente compactada com rolos lisos ou equipamento de pneus para que seu topo seja adensado e “impermeabilizado”;
- Caso contrário, a camada encharcada deverá ser totalmente removida para bota-fora ou submetida à ciclos de secagem antes do prosseguimento dos serviços;
- Em aterros executados sobre área alagada, antes da execução da primeira camada do aterro deve ser viabilizada a drenagem da área;
- Não havendo possibilidade de escoamento ou remoção da água existente, a primeira camada do aterro deve ser executada com material granular permeável (areia, pedregulho ou fragmentos de rocha), funcionando como dreno que evita ascensão de água capilar advinda da fundação.
ATERROS - EXECUÇÃO:
-Em regiões com predominância de areia, havendo conveniência técnica e permissão dos fiscais, pode-se admitir a execução do aterro com esse material.
ATERROS - EXECUÇÃO:
- Os caminhões caçamba, após serem carregados pelas carregadeiras ou escavadeiras descarregam o material no local especificado em projeto;
- Os tratores com lâmina e/ou motoniveladoras viabilizam o espalhamento (as motoniveladoras possuem maior produtividade).
(DNIT) EXECUÇÃO:
- Embora seja um serviço difícil, é preciso compactar a superfície da saia de aterro, após o acerto final. Isto pode ser conseguido com pequenos rolos compactadores tracionados por guincho acoplado à tratores.
ATERROS - EXECUÇÃO:
-Todas as camadas do aterro devem ser compactadas à umidade ótima mais ou menos 3% até se obter massa específica aparente seca máxima de 100%;
- Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação, devem ser escarificados, homogeneizados, levados á umidade ótima e novamente compactados;
- Deve ser cuidadosamente verificada a inclinação dos taludes;
- No caso de execução de aterros sobre solos moles ou de baixo suporte, estes devem ser retirados, executando-se nichos de no máximo 5 m (perpendicular ao eixo) x 10 m (ao longo do eixo);
- Reaterrar os nichos logo após a escavação;
- Deve-se proteger os taludes com drenagem adequada e plantação de gramíneas.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA COMPACTAÇÃO – Energia de Compactação:
- Pressão estática (peso do rolo); - Número de passadas (N);
- Velocidade do rolo (v);
- Espessura da camada (e).
e
v
N
P
f
E
,
,
Compactação
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
Compactação - Pressão estática e Vibração:
- Pressão estática (rolo liso) => deformação “plástica” => Solos argilosos (3 a 5 kg/cm2);
- Pressão vibratória (rolo liso ou corrugado) => redução de vazios por “fricção” entre as partículas do solo => solos arenosos (0,5 a 1 kg/cm2)
e argilosos;
- Maior força de coesão => maior pressão necessária; - Compactadores leves (<5,0 t)=> Solo arenoso;
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
Compactação – Especificações:
- As especificações modernas definem apenas o Grau de Compactação (G%) mínimo a ser atingido;
- Corpo de Aterro (60,0 cm até a CFT) => G=95% PN; - Camada Final de Aterro (CFA) => G=100% PN;
- A umidade deverá estar compreendida entre Wót-3% < W < Wót+3%; - As espessuras das camadas finais deverão estar entre 20 e 30 cm;
- A exigência do G% aumenta com a importância da obra (Ex.: base de pavimentos para grandes cargas rodoviárias, barragens, fundação de edifícios, etc.);
- O controle da compactação deverá ser feito da seguinte forma:
- 01 ensaio de compactação para cada 1.000 m3 de corpo de aterro;
- 01 ensaio de densidade “in situ” para cada 100 m da CFA (alternando posições).
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
CONTROLE TOPOGRÁFICO DA EXECUÇÃO - ATERROS:
1) Controle de cotas (uso de cruzetas de marcação a cada 20 m) – admite-se erro de 5,0 cm;
2) Controle de largura (com trena a cada 20 m);
3) Controle do ângulo do talude (Teodolito e mira ou gabarito de madeira);
5) EMPRÉSTIMOS (DNIT 107/2009):
São áreas indicadas no projeto onde devem ser escavados materiais a utilizar na execução de aterros. Tais áreas servem para suprir a deficiência volumétrica proveniente dos cortes.
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
Condições gerais:
- Precedido pelas operações de desmatamento, destocamento e limpeza, e verificação dos marcos topográficos (RN’s);
- Procura-se sempre agregar finalidade à escolha de um área para empréstimo (melhorar a drenagem, suavizar a topografia, permitir a visibilidade, etc.);
- Alarga-se o corte para melhorar visibilidade e drenagem; - Cria-se banquetas de corte;
- Retira-se material do lado interno de curvas (evitando-se sempre Mat. 3ª Cat.).
Materiais:
- Preferencialmente materiais de 1ª e 2ª Cat.; - Devem ser isentos de matérias orgânicas; - Para corpo de aterro: CBR>2% e Exp. <4%.
ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO RODOVIÁRIO (DNIT)
Equipamentos:
- TE, CR ou ES, CB ou MT, MN. Execução:
- A escavação deve ser precedida do desmatamento, destocamento e limpeza da área de empréstimo;
- No caso de caixas de empréstimo laterais, as bordas internas devem se localizar a uma distância mínima de 5,0 m e com declividade longitudinal que permita a drenagem das águas pluviais. As bordas externas devem distar 2,0 m do limite da faixa de domínio;
(DNIT) Condicionantes Ambientais:
- Observar a Lei de Uso e Ocupação do Solo (municipal);
- Lei do Silêncio, segurança e conforto do usuário e dos moradores; - Recuperação ambiental das áreas afetadas pelas obras, após o
encerramento das atividades; - Preservação dos cursos d´água;
- Preservação das espécies de fauna rara. Medição:
- Pelo volume do material “in natura”, portanto com base nas RN’s originais;
- No caso de caixas de empréstimo com dificuldade de cubação, pode-se fazê-la por intermédio de um fator de conversão.
Introdução:
• Há na construção civil uma enorme diversidade de equipamentos capazes de atuar na terraplenagem;
• Alguns desses equipamentos têm a capacidade de poder executar serviços semelhantes, porém com rendimentos e custos distintos;
• Há necessidade de se conhecer as potencialidades e limitações dessas máquinas para se viabilizar um bom planejamento dos serviços com movimento de terras;
• As máquinas de terraplanagem possuem elevado valor de mercado e exigem operadores qualificados e bem treinados;
Introdução:
• Norma Técnica - ABNT, 1968 – P-TB-51 - Classificação e terminologia de máquinas rodoviárias:
• Parte 1 - equipamentos e máquinas para terraplenagem; • Parte 2 - equipamentos e máquinas para compactação. • Classificação dos equipamentos:
a) Unidades de tração (tratores); b) Unidades escavo-empurradoras; c) Unidades escavo-transportadoras; d) Unidades escavo-carregadoras; e) Unidades aplainadoras; f) Unidades de transporte; g) Unidades compactadoras; e h) Unidades escavo-elevadoras.
Potência:
1. Necessária - É aquela que um determinado trabalho necessita para ser executado, seja puxando ou empurrando uma carga.
2. Disponível - É aquela que a máquina pode fornecer para executar um trabalho.
3. Usável - É a potência da máquina que podemos utilizar, limitada pelas condições locais.
EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Escolha do equipamento ideal
para um determinado serviço
Classificação dos equipamentos:
a) Unidades de tração (tratores);
b) Unidades escavo-empurradoras; c) Unidades escavo-transportadoras; d) Unidades escavo-carregadoras; e) Unidades aplainadoras; f) Unidades de transporte; g) Unidades compactadoras; e h) Unidades escavo-elevadoras.
Equipamentos de Tração ou Tratores:
• É a máquina básica de terraplanagem, pois todos os equipamentos à nossa disposição, são tratores devidamente modificados ou adaptados para realizar as operações básicas;
• Podem ser sobre esteiras (0,5 a 0,8 kgf/cm2) ou rodas (3,0 a 6,0
kgf/cm2).
Características - definições:
a) Esforço Trator: É a força que o trator possui na barra de tração (no caso de esteiras) ou nas rodas motrizes (no caso de tratores de rodas) para executar as funções de rebocar ou de empurrar outros equipamentos ou implementos;
b) Velocidade: Depende, sobretudo, do dispositivo de montagem, sobre esteiras ou sobre rodas;
c) Aderência: É a maior ou menor capacidade do trator de se deslocar sobre os diversos terrenos ou superfícies revestidas, sem haver o patinamento da esteira (ou dos pneus) sobre o solo (ou revestimento) que o suporta;
d) Flutuação: É a característica que permite ao trator deslocar-se sobre terrenos de baixa capacidade de suporte, sem haver o afundamento excessivo da esteira, ou dos pneus, na superfície que o sustenta;
e) Balanceamento: É a qualidade que deve possuir o trator, proveniente de uma boa distribuição de massas e de um centro de gravidade a pequena altura do chão, dando-lhe boas condições de equilíbrio, sob as mais variadas condições de trabalho.
Equipamentos de Tração ou Tratores
Trator de esteiras:
• Esforço trator elevado.
• Rampas de grande declividade.
• Terrenos com topografia acidentada.
Trator de rodas:
• Topografia favorável.
• Terreno com boas condições de suporte. • Terreno com boas condições de aderência.
Equipamentos de Tração ou Tratores
- COMPARAÇÃO -
Classificação dos equipamentos:
a) Unidades de tração (tratores);
b)
Unidades escavo-empurradoras;
c) Unidades escavo-transportadoras; d) Unidades escavo-carregadoras; e) Unidades aplainadoras; f) Unidades de transporte; g) Unidades compactadoras; e h) Unidades escavo-elevadoras.Equipamentos de Tração ou Tratores
Componentes da lâmina: - Lâmina; - Facas da lâmina; - Cantos de lâmina; - Braços laterais. Unidades Escavo-empurradorasTipos de lâminas:
BULLDOZER – lâmina fixa (2 a 3 m3)
ANGLEDOZER – inclinação com o eixo longitudinal do trator (90º a 75º) TILT-DOZER – inclinação com um eixo vertical do trator
Equipamentos de Tração ou Tratores
Outros tipos de lâminas
:- Lâmina “U”: “Universal”, grandes cargas, grandes distâncias, relação kW/m baixa (para solos de baixa resistência), relação kw/m3 (solto);
- Lâmina “S”: “Straight Blade”, reta, menor que a “U”, relação kW/m elevada, relação kW/m3 elevada, para ser utilizada em solos mais
resistentes.
Acessórios - Escarificador ou “Ripper”:
São “dentes” cortantes, instalados na parte traseira do trator, usados para romper solos compactos ou para aumentar a eficiência do implemento das lâminas de carga. Empregados em Mat. 2ª Cat., solos muito compactados, base e sub-base de pavimentos, etc.
Classificação dos equipamentos:
a) Unidades de tração (tratores); b) Unidades escavo-empurradoras; c)
Unidades escavo-transportadoras;
d) Unidades escavo-carregadoras; e) Unidades aplainadoras; f) Unidades de transporte; g) Unidades compactadoras; e h) Unidades escavo-elevadoras. EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEMUnidades escavo-transportadoras:
São os equipamentos que escavam, carregam e transportam os materiais de consistência média a distâncias médias.
Dois tipos básicos: - Scraper
- Motoscraper
Unidades escavo-transportadoras – Elementos Principais
EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
1- Engate; 2- Pescoço;
3- Braços laterais de suspensão;
4- Pistão hidráulico de controle da caçamba; 5- Articulação;
6- Articulação dos braços de suspensão;
7- Avental; 8- Ejetor; 9- Lâmina de corte; 10- Pistão hidráulico de acionamento do ejetor. 3 4 5 6 1 2
Unidades escavo-transportadoras - Execução
Existem também equipamentos de pequeno porte, apelidados "caixotes", com os mesmos princípios de trabalho, cuja descarga é executada por um grande giro da caçamba, não existindo o ejetor. Possuem capacidade da caçamba da ordem de 3 a 4 m3, e em geral são agrupados em dupla,
Unidades escavo-transportadoras - Pusher
EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Quando a aderência estiver baixa (patinagem das rodas) ou a potência disponível for insuficiente, usa-se trator de esteira ou de rodas para auxiliar no carregamento, denominando-se esta operação de Pusher.
Scraper
Motoscraper (1)
Motoscraper (2)
Classificação dos equipamentos:
a) Unidades de tração (tratores); b) Unidades escavo-empurradoras; c) Unidades escavo-transportadoras; d)
Unidades escavo-carregadoras;
e) Unidades aplainadoras; f) Unidades de transporte; g) Unidades compactadoras; e h) Unidades escavo-elevadoras.Unidades escavo-carregadoras:
Também conhecidas como pás-carregadeiras: - Sobre esteiras (10 km/h)
- Sobre rodas (40 km/h)
Unidades escavo-carregadoras – Características técnicas de interesse - Capacidade da caçamba – de 1,5 a 3,0 m3;
- Altura máxima de elevação da caçamba – Aprox. 5,0 m; - Altura máxima de despejo a 45º - Aprox. 3,0 m;
- Raio de giro mínimo externo do pneu – Aprox. 5,0 m; - Tração nas 4 rodas.
Unidades escavo-carregadoras – Escavadeiras - Conhecidas como pás-mecânicas;
- Tipos de lança:
- Pá frontal ou “Shovel”;
- Caçamba de arrasto ou “Drag-line”
- Caçamba de mandíbulas ou “Clam-shell” - Retroescavadeiras
Classificação dos equipamentos:
a) Unidades de tração (tratores); b) Unidades escavo-empurradoras; c) Unidades escavo-transportadoras; d) Unidades escavo-carregadoras; e)
Unidades aplainadoras;
f) Unidades de transporte; g) Unidades compactadoras; e h) Unidades escavo-elevadoras. EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEMUnidades Aplainadoras
- Equipamento mais importante de uma equipe de terraplanagem; - Indicadas ao acabamento da terraplanagem ou do pavimento para
conformar o terreno aos greides finais do projeto;
- Caracterizam-se por grande mobilidade das lâminas de corte e precisão de movimentos;
- Dificuldade de operação requer muito treinamento.
Unidades Aplainadoras
Unidades Aplainadoras – Principais indicações de uso Regularização de pistas Reconformação de plataformas Limpeza de faixas com vegetação rasteira Abertura de pequenas valas de drenagem Realização de
acabamento dos cortes de taludes e
plataformas Manutenção de pistas para
motoscraper e caminhos de serviço
Espalhamento, arejamento e secagem de materiais úmidos
para compactação; espalhamento de misturas asfálticas na pavimentação Corte, transporte e espalhamento em trabalhos de raspagem (escavações
com pequenas altura e distâncias)
Classificação dos equipamentos:
a) Unidades de tração (tratores); b) Unidades escavo-empurradoras; c) Unidades escavo-transportadoras; d) Unidades escavo-carregadoras; e) Unidades aplainadoras; f)
Unidades de transporte;
g) Unidades compactadoras; e h) Unidades escavo-elevadoras. EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEMUnidades de Transporte
Empregadas na terraplanagem quando a distância para uso do scraper ou motoscraper se torna inviável do ponto de vista econômico;
- São divididos em:
- Caminhão basculante (6 a 10 m3);
- Dumpers; - Vagões; e
Classificação dos equipamentos:
a) Unidades de tração (tratores); b) Unidades escavo-empurradoras; c) Unidades escavo-transportadoras; d) Unidades escavo-carregadoras; e) Unidades aplainadoras; f) Unidades de transporte; g)
Unidades compactadoras;
e h) Unidades escavo-elevadoras. EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEMUnidades Compactadoras:
- Compactação é o processo de densificação mecânica do solo conforme especificações de projeto, atendendo a requisitos de normas;
- Os equipamentos são divididos em: compactador manual, rolo liso, pé-de-carneiro, vibratórios, pneumáticos e especiais.
LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE
TERRAPLANAGEM
Locomoção Eqp
• Base teórica para determinar o tempo de
ciclo de cada equipamento.
Produção Eqp
• Baseada no tempo de ciclo gasto na execução
do trabalho.
Montagem de equipe
• Combinação perfeita entre equipamentos e
suas produções para a execução dos serviços.
Orçamento Serviço
• Relação entre o custo horário (R$/h) e a
produção horária (m
3/h) para cada serviço.
a
x
m
F
E
r
-
∑
R
=
m
x
a
3 Hipóteses
Resistências Opostas ao Movimento:
a) Resistência de rolamento;
b) Resistência de rampa;
c) Resistência de inércia;
d) Resistência do ar.
R
Resistências Opostas ao Movimento:
a) Resistência de rolamento;
b) Resistência de rampa;
c) Resistência de inércia;
d) Resistência do ar.
E
r
R
Resistência de rolamento (RR):
• Força horizontal mínima capaz de iniciar o deslocamento do equipamento;
• Provêm do atrito interno nos mancais ou rolamentos, engrenagens de transmissão, pneus e terreno, etc.;
• Estimada em 2% do peso total (P);
• O “afundamento” produzido pelos pneus pode ser entendido como se o equipamento tivesse que vencer constantemente uma rampa ascendente;
• Estima-se esta resistência ao afundamento como em torno de 0,6% do peso total (P) para cada cm de penetração do solo.
Assim, sendo a o afundameno em cm:
LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
a
P
P
R
r
0
,
02
.
0
,
006
.
.
ouP
K
P
a
R
r
(
20
6
.
).
.
K = coeficiente de rolamentoFatores que influenciam o coeficiente de rolamento (K):
-
Condições do solo;
-
Fricção interna;
-
Flexibilidade dos Pneus;
-
Penetração na Superfície do Solo;
-
Peso nas Rodas;
-
Pressão dos Pneus;
-
Desenho na Banda de Rodagem.
Valores de K para diferentes tipos de terreno:
LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
TIPOS DE SUPERFÍCIE DE ROLAMENTO
SISTEMAS DE TRAÇÃO
ESTEIRA PNEUS
Placas de concreto de cimento 27,5 22,5
Concreto betuminoso 32,5 27,5
Estrada em terra compactada, bem conservada 35,0 30,0
Estrada em terra, apresentando sulcos,
conservação precária 47,5 40,0
Terra escarificada 65,0 75,0
Estrada em terra, apresentado sulcos, lamacenta,
sem conservação 80,0 87,5
Areia e cascalho soltos 90,0 120,0
Estrada em terra, apresentado sulcos, muito
a
x
m
F
E
r
R
m
x
a
3 Hipóteses
R
Resistências Opostas ao Rolamento:
a) Resistência de rolamento;
b) Resistência de rampa;
c) Resistência de inércia;
d) Resistência do ar.
LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Resistência de rampa:
• Quando uma máquina sobe uma rampa de um ângulo α com a horizontal temos:
R
P=
1000
.
P
.
sen
α
oui
P
R
P=
±
10
.
.
- i em porcentagem - P em t. - RP em kga
x
m
F
E
r
R
m
x
a
3 Hipóteses
R
Resistências Opostas ao Rolamento:
a) Resistência de rolamento;
b) Resistência de rampa;
c) Resistência de inércia;
LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Resistência de inércia:
• A resistência de inércia ocorre quando há uma variação na velocidade (V) num certo período de tempo (t):
t
V
g
P
a
m
R
i
.
.
Adotando-se P em (t), V em (km/h), t em (s), g=9,8m/s2, tem-se:t
V
P
R
i
28
,
3
.
.
a
x
m
F
E
r
R
m
x
a
3 Hipóteses
R
Resistências Opostas ao Rolamento:
a) Resistência de rolamento;
b) Resistência de rampa;
c) Resistência de inércia;
LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Resistência do ar:
• A resistência oferecida pelo ar é dada por: 2
.
.
13
'
V
S
K
R
ar
Onde:K’ – coeficiente de forma (constante para 0<V<150 km/h) = 0,7 (Máq. obra) S – área da seção normal à direção do vento (m2)
V – velocidade de deslocamento (km/h)
OBS: Na prática, devido aos baixos valores, consideram-se apenas as resistências de rolamento e de rampa.
Potência:
- Relaciona o trabalho realizado por uma força com o tempo gasto para realizar este trabalho. É um valor constante para um equipamento;
- f(Tração, velocidade)
- Potência = tração x velocidade;
- Como a potência é constante, a tração disponível mudará com a velocidade.
Er
N
V
=
273
,
8
.
0.
η
m Onde:N0 – potência no volante do motor
m – coeficiente de rendimento (0,6 a 0,8) r
n
r
V
2
.
Mas:LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Exemplo: Determinar o esforço trator nas rodas motrizes de um equipamento, conhecendo-se os seguintes dados:
- No = 90 cv a 1800 rpm - m = 0,80
- nr = 150 rpm
- Raio da roda motriz = 1,20m
h
km
x
x
n
r
V
2
.
r
0
,
377
1
,
20
150
68
/
Er
N
V
274
.
0.
mE
rx
286
kg
68
8
,
0
90
274
LOCOMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM Potência Utilizável:
- É a máxima potência que se pode utilizar, e que depende da aderência e da altitude.
- Altitude: a cada 100m, acima de 1000m, perde-se 1% de potência; - Aderência: quanto menor a aderência, menor a força tratora. A
aderência é função do peso e das condições do solo.
- Para se determinar P:
- Para trator de esteiras: peso total do trator; - Para trator de 4 rodas: 40% do peso total; - Para trator de 2 rodas: 60% do peso total.
P
F
a
.
P
F
a
.
Obs: Uma máquina não pode exercer uma tração superior ao peso que
ela tem sobre suas rodas acionadoras ou esteira.
a
r
F
APLICAÇÃO
Exemplo: Determinar o esforço trator disponível com que poderá contar um trator de esteira operando num caminho de serviço horizontal, de argila úmida, com conservação precária.
Características do trator: Potência : 180 HP Peso : 15.400 Kg MARCHA (Kg) V (Km/h) 1ª 20000 2,4 2ª 16650 3,5 3ª 9200 5,0 4ª 7450 7,4 5ª 4530 9,5
Solução:
1. Cálculo do esforço trator utilizável
= 0,7 ( tabela – trator de esteira em argila úmida) P = 15.400 Kg (todo o seu peso vai para a esteira) => Fa = 15.400 x 0,7 = 10.780 Kg
P
F
a
.
P
K
P
a
R
r
(
20
6
.
).
.
2. Cálculo do esforço de trabalho
Rt = Rr+ Ri+Rin.+Rar
K=47,5 Kg / t (tabela – caminho de serviço, conservação precária e trator de esteira);
APLICAÇÃO Cálculo do esforço disponível:
Como Eut<Em (nas 1ª e 2ª marchas)
Ed = Eut – Rt =10.780 – 731,50 = 10.000
Observando as características do trator, vê-se que o mesmo poderá, por exemplo, atuar em 3.ª marcha a uma velocidade de 5 Km / h, com 9200 Kg de esforço trator e seu esforço trator disponível nesta marcha seria:
Exemplo: Um caminhão fora de estrada, apresenta as seguintes características: •Potência no motor : 239 HP
•Peso do chassis com guincho: 11,5 t •Peso da caçamba : 3,5 t
•Peso total com carga: 37,2 t
•Distribuição da carga no eixo motor: vazio = 56% e carregado = 74% •Velocidades por marcha:
MARCHA V (Km/h) 1ª 5,6 2ª 10,4 3ª 20,5 4ª 36,0 5ª 56,0 Pede-se:
1. Cálculo do esforço motor produzido em cada marcha, considerando que a eficiência da transmissão é de 85%.
2. Considerando que o veículo carregado desloca-se numa estrada, com coeficiente de aderência 0,55 e coeficiente de rolamento de 30 Kg/ t , com greide em nível, pede-se determinar o tempo total aproximado, para movimentar o veículo do repouso até a última marcha.
PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Problema real:
Para isso deve-se conhecer a PRODUÇÃO de cada máquina
Para saber se tem condições de realizar o trabalho deve saber
quantos m
3/h pode trabalhar com seu equipamento
A partir daí pode determinar quantos m
3devem ser trabalhados
por hora de trabalho
O empreiteiro tem certa quantidade de m
3de terra para ser
trabalhada em determinado prazo
PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Etapas do cálculo da produção:
Determinar a capacidade da máquina, que será expressa como “A Carga”
por ciclo
Calcular o tempo de ciclo da máquina
Calcular a produção horária, multiplicando-se
o número de ciclos por hora pela carga por ciclo Considerar os fatores de correção (competência do operador, métodos de produção, condições do tempo, tráfego, imprevistos, etc.
Principais fontes de perda de produtividade:
1)Para reduzir o tempo fixo:
- Carregamento efetuado terreno abaixo;
- Eliminar o tempo de espera no corte, combinando o número de scrapers e “pushers” numa proporção correta para a obra;
- Utilizar os “pushers” equipados com escarificadores. 2)Para reduzir o tempo variável:
- Planejar, cuidadosamente, o traçado das estradas de transporte. - Conservação das Estradas;
PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM Tempo de ciclo: -Tempos fixos (Tf) - Tempos variáveis (Tv)
∑
+
∑
=
f v cmínt
t
t
Tempo de ciclo mínimo e efetivo:-Tempo de ciclo mínimo (tcmín) =>
- Tempo de ciclo efetivo (tcef) =>
- Tempo disponível
∑
+
+
=
f v P ceft
t
t
t
∑
∑
Produção de um equipamento (Q):
É o volume escavado, transportado, descarregado e espalhado, na unidade de tempo.
É o produto do volume solto da caçamba (C), pelo número de ciclos (f) efetuados na unidade de tempo (frequência)
f
C
Q
=
.
ct
C
Q
=
.
1
Mas a frequência é o inverso do período (tempo de ciclo). Assim:
Desta forma, a produção máxima (teórica) de um equipamento seria:
cmín máx máx
t
C
Q
=
.
1
E a produção efetiva: cef máx eft
C
Q
=
.
1
PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM Rendimento da operação ou fator de eficiência (E):
1
<
=
cef cmín máx eft
t
ou
Q
Q
E
Assim, o rendimento dependerá dos valores assumidos pelos somatório dos tempos de parada (tp):
- Se =0, teremos E=1 ou 100% e o tempo de ciclo seria mínimo (tcmín);
- Se 0, teremos E<1 e o tempo de ciclo seria o tempo efetivo (tcef).
∑
pt
∑
t
p cmín p p cmín cmínt
t
t
t
t
E
∑
+
=
∑
+
=
1
1
Fatores de eficiência médios
Obs: Fatores de Correção
São utilizados para modificar os cálculos de produção, para que estes se ajustem a um determinado trabalho e às condições locais. Variam para cada tipo de máquina usada na obra e para cada tipo de obra.
PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
CONCLUSÃO
:
O RENDIMENTO DA OPERAÇÃO É AFETADO
DIRETAMENTE PELOS TEMPOS DE PARADA.
O AUMENTO DA PRODUÇÃO SERÁ CONSEGUIDO
PELA DIMINUIÇÃO DESTES.
Fórmula básica da produção de um equipamento:
E
t
e
C
Q
cmín ef.
1
.
.
=
Onde:Qef: produção efetiva, medida no corte (m3/h)
C: capacidade da caçamba, em volume solto (m3);
e: fator de empolamento
tcmín: tempo de ciclo mínimo (h) E: rendimento da operação
Exemplos:
1) Calcular a produção de um motoscraper, sabendo que sua capacidade é 20 m3 e o tempo de ciclo mínimo é de 5 min. Admitir E=0,75, e= 0,80.
2) Calcular a produção de uma escavadeira cuja capacidade é 1,5 m3 e o
PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM Produtividade do trator de esteira
E
t
C
Q
cmín.
1
.
TRATORES
Capacidade de carga: Lâmina (L x H)
α b
2
h
x
b
S
tan 2 2 h S L
H
C
0
,
6
.
2.
c hT
E
x
C
x
P
60
tan h b Ângulo de talude natural h α=45º - Solo argiloso α=30º - Solo arenosoC
0
,
86
.
H
2.
L
Fatores que afetam a capacidade:
-Transporte em nível: perda de 5% da capacidade nominal para cada 30m de transporte.
-Transporte em declive: acréscimo de 6% por percentagem de rampa em relação ao volume obtido para o transporte em nível.
-Transporte em aclive: decréscimo de 3% por percentagem de rampa em relação ao volume obtido para o transporte em nível.
TRATORES
Capacidade de carga: processo mais preciso.
3 3 2 1 e e e e = + + L e1 e2 e 3 h1 h2 h 3 L 3 3 2 1 h h h h = + + L h e C . . . 8 3 =
Fases do Ciclo:
- Escavação em 1ª Mar (tempo de carga)
- Transporte até o aterro em 1ª Mar (tempo de transp.)
- Descarga (levantar a lâmina)
- Retorno em ré em alta (tempo de retorno)
Tempo de ciclo
:
Tc =∑ +tf tcarga +ttransp+tretTanto o
tempo de ida como o de retorno
são compostos por duas parcelas:
-
Tempo de aceleração + tempo de desaceleração
, assim definidos:
- Trator de esteira – 0,5min
- Trator de rodas – 1,0min
-
Tempo de transporte:
calculado em função da velocidade e da distância.
D
15 m D-15
V
d
t =
Tempo de ciclo
: Outro processo (expedito – gráfico – menos rigoroso),
produzido pelos próprios fabricantes.
Dist. Média de Op. Lâmina reta (m)
Prod. Estimada (m 3 /h) Trator A Trator B
Produções máximas => fatores de correção das condições de trabalho
Eficiência de um equipamento
As horas corridas em que um equipamento encontra-se à disposição da obra englobam horas de atividades e horas de paralização (manutenção, chuva, falta do operador, etc.) , logo: Hc = Ha + Hp
Por sua vez, as horas de atividades compreendem duas parcelas: horas produtivas (Hprod) e horas não produtivas (Hn prod), gastas em deslocamentos até a posição do serviço, etc.
Chama-se eficiência operacional (Eop) à razão:
Chama-se eficiência geral ( Eg ) à razão:
Ha Hprod Eop Hc Hprod Eg
A eficiência operacional é empregada na fórmula de produção horária, quando se calcula o custo do serviço, já que o custo do equipamento é calculado em função de suas horas de atividade.
A eficiência geral é empregada na fórmula de produção horária, quando se dimensionam equipes ou calcula-se o prazo de execução de uma obra.
EXEMPLO: Dispõe-se de um trator de esteira, munido de bulldozer, para executar as seguintes operações, cujos prazos se quer saber:
1.ª operação: escavar 5.000m3, medidos no corte, em terra comum e
descarregá-la, sempre escavando, num bota-fora, distante 60m.
2.ª operação: transportar terra já escavada para um aterro, distante 50m, que após compactado apresentará um volume de 6.000m3.
Na primeira operação, a escavação é em declive com 3m de desnível e o grau de empolamento do material é 0,9.
Na segunda operação o transporte é em nível. O grau de empolamento do solo é de 0,9 e o grau de compactabilidade é 0,8.
Características da máquina: Eficiência geral : 0,7 Eficiência operacional : 0,8 Capacidade da lâmina : 6m3 Velocidades: 1.ª 0 a 3,8 ( Km/h) 2.ª 0 a 6,7 ( Km/h) 3.ª 0 a 10,4 (Km/h) Ré baixa 0 a 4,8 (Km/h) Ré alta 0 a 12.7 (Km/h)
Produtividade da Motoscreiper
DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTE
- Escreiper - D 250m - Motoescreiper - D 2400m - Distância de carga – 90 m c h
T
E
x
C
x
P
60
PRODUÇÃO HORÁRIA:TEMPO DE CICLO: tempo fixo + tempo variável 1.Tempo Fixo:
-Tempo de escavação e carga: - 1,5min para C 15m3; 2,0min para C > 15m3. -Tempo de Voltas: 0,8min/ciclo (2 voltas).
-Tempo de Descarga: 0,2min.
-Tempo de Aceleração + desaceleração: 0,5min para MS; 1,0min para Escreiper. PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
Tempo Total Fixo:
- 2,5min + t
a+dpara C
15m
3- 3,0min + t
a+dpara C
>
15m
32.Tempo variável:
Calculado em função da distância de transporte e da velocidade de operação.
- No caso de MS, despreza-se o espaço percorrido na aceleração e na desaceleração; no caso de Escreiper este espaço é abatido da distância de transporte.
TEMPO DE CICLO DO PUSHER Composto de duas parcelas:
- Tempo para entrar em posição: 0,5min.
- Tempo para empurrar: 1,0min para C 15m3; ou 1,5min para C > 15m3.
Nº DE MS ATENDIDAS POR UM PUSHER
Pusher
do
T
MS
do
T
N
c c MS
- Se inteiro => sincronismo perfeito
- Se fracionário
OBS: a experiência diz que é melhor o trator “Pusher” trabalhar folgado, para se dar atenção a outros serviços complementares.
PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLANAGEM
OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO COM MS E PUSHER:
1. Fazer, sempre que possível, o carregamento do motoscraper em declive, pois reduzem os tempos de ciclo e economiza potência dos motores;
2. Evitar, no retorno, a utilização de rampas ascendentes muito fortes, que conduzem a velocidades de translação baixas. Às vezes o caminho mais longo compensa pela maior velocidade;
3. Manter a boa conservação da pista, que aumenta a velocidade e reduz impactos prejudiciais à mecânica do equipamento;
4. O trator “Pusher” deve ser dimensionado de acordo com os esforços resistentes que vai enfrentar (admite-se, como regra prática, ser necessário 1 kg de esforço trator para carregar 1 kg de terra);
5. A velocidade de enchimento da caçamba decresce com o decorrer do carregamento. Assim, é preferível não completar o carregamento total do Scraper, ganhando em redução no tempo de ciclo.
seguintes condições:
• escavação em material de corte, onde c=1,6t/m3;
• grau de empolamento e=0,7; • distância de transporte 600m;
• rampa do corte para o aterro 4%, em declive; • coeficiente de aderência do percurso =0,5;
• coeficiente de resistência ao rolamento K=50,0 kg/t; • velocidade máxima permitida no trecho: 40Km/h; • a escavação e a descarga são feitas em 1.ª marcha;
• o tempo gasto nas operações de carga, descarga e voltas é de 3 min.
As características da máquina são: • potência: 400 HP;
• peso: 35 t;
• peso no eixo motor vazio 67%; carregado 52%; • eficiência na transmissão : 80%;
• velocidades: 1.ª - 8,8 ; 2.ª - 21 ; 3.ª - 51 Km/h;
• capacidades: carga rasa: 16m3; carga coroada: 22,9 m3; em peso: 32,4 t.
EXEMPLO: Uma empresa construtora dispõe de três escreipers, rebocados por trator, para realizar um aterro de 240.000 m3. A distância média de transporte é de 300 m e
o caminho de serviço é de argila úmida, apresentando sulcos, conservação precária e em nível. Sabendo que o material no corte tem massa específica 1,77 t/m3, grau de
empolamento 0,9, grau de compactabilidade 0,8 e que o prazo para a execução do serviço é de 3 meses, pede-se:
A – Se o número de unidades é suficiente para entregar a obra no prazo estabelecido. (Considerar oito horas de atividade por dia e 24 dias de atividade por mês);
B – Caso não seja atendido o item “A”, calcular quantas horas extras seriam necessárias, por dia, para concluir o serviço nos três meses.
Características do trator: Potência : 270 HP Peso: 22.600 Kg Velocidades: 1.ª 0 a 3,8; 2.ª 0 a 6.7; 3.ª 0 a 10,4 km/h; Ré baixa 0 a 4,8 e Ré alta 0 – 12,7 km/h Eficiência na transmissão: 80% Características do escreiper:
Capacidade : rasa 16m3; coroada 21,5m3; em peso 29,7 t
Peso: 16,4 t
ESCAVO CARREGADORAS
- Incluem-se nesta categoria as escavadeiras e as carregadeiras - Podem ser sobre rodas ou esteiras
- As escavadeiras podem ter suas caçambas com comando a cabo ou hidráulico -As carregadeiras têm suas caçambas com comando hidráulico
ESCAVADEIRAS -Podem ser:
-Com caçamba shovel; -Com caçamba dragline; -Com caçamba clam-shell;