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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COMO PROFILAXIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES: UMA REVISÃO

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS COMO PROFILAXIA DAS INFECÇÔES HOSPITALARES: Uma Revisão

Rodrigo Assis Neves Dantas1 Daniele Vieira Dantas2 Ana Elza Oliveira de Mendonça3 Isabel Karolyne Fernandes Costa4 Marília de Moura Café Freire5

RESUMO

Temos como objetivos deste estudo: pesquisar nas bases de dados eletrônicas disponíveis, artigos científicos que abordem a relação entre as infecções hospitalares (IH) e a lavagem das mãos; identificar o enfoque de cada estudo. Para tanto, realizou-se uma revisão de literatura nas bases de dados eletrônicas: LILACS, SCIELO e BDENF. A princípio foram encontrados 72 estudos, dos quais 70 foram selecionados, dentre estes, artigos completos e revisões sistemáticas. Dos estudos selecionados, 58,6% abordou a importância da lavagem das mãos como profilaxia das IH; 7,1% enfatizaram o uso de novas técnicas e 15,7% a utilização de novos produtos; e 18,6% ressaltam a atuação dos profissionais de saúde frente a esse desafio. Cnclui-se que há uma deficiência de artigos científicos que abordem a temática estudada, e muito menos, artigos que relacionem todas as seguintes variáveis: profilaxia das IH, uso de novas técnicas, de novos produtos, e que inclua a atuação dos profissionais de saúde.

Palavras chave: infecção hospitalar, lavagem das mãos, publicações, enfermagem. ABSTRACT

We have the objectives of this study: searching the electronic databases available scientific articles that address the relationship between hospital infection (HI) and washing of hands, identifying the focus of each study. Therefore, we carried out a review of literature in electronic databases: LILACS, SciELO and BDENF. Initially found 72 studies, of which 70 were selected, among them, complete articles and systematic reviews. Of the selected studies, 58.6% addressed the importance of hand washing or the prevention of HI, 7.1% emphasized the use of new techniques and 15.7% in the use of new products, and 18.6% stressed the role of health professionals face this challenge. Cnclui that there is a deficiency of scientific papers on the theme studied, much less, items that relate all of the following variables: prevention of HI, using new techniques, new products, and include the performance of health professionals .

Keywords: hospital infection, hand washing, publications, nursing.

1. Enfermeiro. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PGENF/UFRN). Especialista em Urgência e Emergência pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP/Natal/RN). Enfermeiro Intervencionista do SAMU Metropolitano/RN e Docente da Graduação em Enfermagem da FACEX. Rua: dos Potiguares, 2323, Residencial Victória, Bl 01, Ap 402, Lagoa Nova, CEP: 59054-280, Natal/RN. E-mail: rodrigoenf@yahoo.com.br

2. Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo PGENF/UFRN. Bolsista do CNPq. Especialista em Enfermagem em Dermatologia pelas FIP/Natal/RN. Rua: dos Potiguares, 2323, Residencial Victória, Bl 01, Ap 402, Lagoa Nova, CEP: 59054-280, Natal/RN. E-mail: daniele00@hotmail.com

3. Enfermeira. Mestre em Enfermagem pelo PGENF/UFRN. Docente da Graduação em Enfermagem da FACEX e Capitã do Hospital da Polícia de Natal/RN. E-mail: a.elza@uol.com.br

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4. Enfermeira. Aluna especial do PGENF/UFRN. Enfermeira do SAMU Metropolitano/RN. E-mail: isabelkarolyne@yahoo.com.br

5. Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência pelas FIP/Natal/RN. Docente da Graduação em Enfermagem da FATERN e FARN. E-mail: mariliacaf@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO

Os vírus, bactérias e fungos causadores de doenças existiam há milhões de anos, antes mesmo que o homem povoasse a terra. Com o crescimento da população e a ampla ocupação do planeta, acarretou a ampliação dos contatos interpessoais o que teve papel decisivo na disseminação de doenças (FREIRE, 2005).

Nesse contexto, a problemática da infecção agravou-se, com o passar dos séculos, através do agrupamento em hospitais. Inicialmente essas instituições eram tidas como casas de caridade, na medida em que se restringiam a atender inválidos e excluídos, posteriormente passaram a ser locais de cura, favorecendo o conhecimento do corpo biológico. Entretanto, a conduta e a postura dos profissionais de saúde interferem nos mecanismos naturais de defesa orgânica, favorecendo a aquisição de infecções hospitalares (FREIRE, 2005).

Segundo o Ministério da Saúde (MS), Infecção Hospitalar (IH) refere-se a qualquer infecção adquirida, institucional ou nosocomial, após a internação do paciente e que se manifeste durante sua permanência no hospital ou mesmo após a alta, uma vez que possa ser relacionada com a hospitalização (BRASIL, 1998).

Ressaltamos que, desde a promulgação da Lei do Ministério da Saúde Nº 9.431, de 06 de janeiro de 1997, todos os hospitais brasileiros são obrigados a constituírem uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que deve elaborar o Programa de Controle de Infecções (PCI), definido como um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente. Esse programa tem como objetivo reduzir ao máximo possível a incidência e gravidade dessas infecções, repercutindo diretamente na melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo hospital (ANVISA, 2000).

Estudos de ocorrência de IH são importantes, na medida em que são causas freqüentes de complicações e morte. Cerca de 5% dos pacientes admitidos em hospitais gerais contraem infecção durante a internação, nos países desenvolvidos. As estatísticas internacionais de incidência mostravam na década de 80 taxas variáveis de 3,5 a 15,5%, com letalidade entre 13% a 17%, nos Estados Unidos, e uma prevalência de 9,2% nessa mesma década no Reino Unido (LACERDA, 2000).

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Já nos países latino-americanos, essas taxas variavam de 5% a 70%. No Brasil, apesar de não existirem estatísticas nacionais que revelem a magnitude real do problema, estima-se que entre 6,5% e 15% dos pacientes internados contraem um ou mais episódios de infecção, e que entre 50.000 e 100.000 óbitos anuais estejam associados a sua ocorrência. (CHOR; KLEIN; MARZOCHI, 1990, LACERDA, 2000).

Os custos dessas infecções impõem um encarecimento do atendimento, na medida em que causa aumento da demanda terapêutica (gastos com antibiótico), da permanência hospitalar e da morbi-mortalidade. Esses custos são classificados pelo MS como: custos diretos, que estão intimamente relacionados às despesas do paciente com IH; indiretos, que são resultantes da morbidade, como afastamento de trabalho, seqüela de alguma doença ou mesmo morte e os custos inatingíveis, impossíveis de serem medidos economicamente, pois compreendem os distúrbios provocados pela dor, mal-estar, isolamento, angústia e pelo sofrimento experimentado pelo paciente no ambiente hospitalar (SILVA, 2000, CAVALCANTI; HINRICHSEN, 2004).

A dor e o sofrimento causados a um paciente e sua família é imensurável, pois a hospitalização acima do esperado, não podendo reassumir suas atividades profissionais, diminui a qualidade de vida, além do grande número de mortes prematuras. Somado a tudo isto, as infecções hospitalares repercutem num menor aproveitamento dos leitos hospitalares, pois aumentam o período de internação, diminuindo a rotatividade dos leitos, agravando sua demanda reprimida no país e, por conseguinte afetando a eficiência de todo o sistema de saúde (FERNANDES; RIBEIRO FILHO; BARROSO, 2000).

Nessa perspectiva, a IH representa importante problema de saúde pública, tanto no Brasil quanto no mundo e constitui risco à saúde dos usuários dos hospitais que se submetem a procedimentos terapêuticos ou de diagnóstico. Sua prevenção e controle dependem, em grande parte, da adesão dos profissionais da área da saúde às medidas preventivas (LACERDA, 2003).

Oliver Wendel Homes, em 1843, sugeriu que os médicos, inconscientemente, eram a maior causa de complicações infecciosas da parturiente e recém nascido, decorrente das mãos não higienizadas. Em adição, Ignaz Philipp Semmelweis estabeleceu a primeira evidência científica de que a lavagem das mãos pudesse evitar a transmissão da febre puerperal, ao utilizar uma solução de água clorada e sabão para a lavagem das mãos dos profissionais que prestassem cuidados aos pacientes. Conseguiu reduzir de 18,27 para 3,07% o número dessas infecções, dentro de dois meses (ARMOND, 2001).

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Como medida de controle de infecção à lavagem de mãos não é, portanto, recomendação recente. Deve ocorrer antes e após o contato com o paciente, antes de calçar as luvas e após retirá-las, entre um paciente e outro, entre um procedimento e outro, ou em ocasiões onde exista transferência de patógenos para pacientes e ambientes, entre procedimentos com o mesmo paciente e após o contato com sangue, líquido corporal, secreções, excreções e artigos ou equipamentos contaminados por esses (BRASIL, 1998, NEVES et al, 2006).

Considerando os dados estudados pelos autores consultados e a minha vivência profissional como enfermeira assistencial de UTI neonatal e UTI adulto, observei a extrema relevância da profilaxia das IH através do ato da lavagem de mãos, tornando este trabalho significativo devido à probabilidade de infecção hospitalar ser maior nesses setores.

Outro fato importante é a resistência dos profissionais da área de saúde em se adaptarem a adesão da lavagem de mãos antes e após os procedimentos assistenciais. Durante nossa vivência em UTI neonatal percebemos que a prática de lavagem de mãos é mais aceita pelos profissionais em geral do que entre a equipe que atua na UTI adulto.

Diante dessa argumentação e baseado no pressuposto de que a profilaxia da IH se dá, entre outros, através da lavagem das mãos, inserção de novas técnicas, novos produtos e atuação dos profissionais de saúde em centros terapêuticos, buscamos responder as seguintes questões de pesquisa:

 A profilaxia das infecções hospitalares relacionadas à lavagem das mãos está sendo explorada, de maneira significativa, pela comunidade científica?

 Quais os aspectos relacionados a da lavagem das mãos e infecção hospitalar são mais abordados nos estudos selecionados?

OBJETIVOS

Estudar nas bases de dados eletrônicas da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) a relação da infecção hospitalar e lavagem das mãos com vistas a:

 Explorar na literatura os principais enfoques dos artigos, que relacionam a infecção hospitalar à lavagem das mãos, disponível em base de dados eletrônicas.

 Identificar os aspectos relacionados a lavagem das mãos e infecção hospitalar mais abordados nos estudos selecionados.

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www.interscienceplace.org páginas 85-103 METODOLOGIA

A pesquisa é do tipo exploratório descritivo com dados prospectivos e abordagem quantitativa, realizada nas bases de dados eletrônicas disponíveis no BIREME.

O estudo descritivo, segundo Cervo; Bervian (1996) tem como objetivo observar, registrar, analisar e correlacionar os fatos ou fenômenos sem manipulá-los. Descreve com precisão a freqüência com que o fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros.

O enfoque quantitativo permite uma coleta sistemática de informação numérica, mediante condições de muito controle, analisando essas informações através de estatística (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004).

A pesquisa foi realizada nas bases de dados eletrônicas da Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e do

Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), consultados através do site da Biblioteca Virtual

em Saúde (BVS) da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME).

A coleta de dados foi realizada durante os meses de Outubro de 2008 e Março de 2009, fazendo um vasto levantamento bibliográfico nas bases de dados eletrônicas citadas anteriormente.

Para a pesquisa dos artigos científicos utilizamos dois descritores relacionados lavagem de mãos X infecção hospitalar, foram encontrados 72 (setenta e dois) artigos.

Durante a seleção dos artigos foram considerados os seguintes critérios de inclusão: estar escrito na língua portuguesa, inglesa ou espanhola e que abordem a temática estudada em seres humanos. Foram excluídos 2 (artigos) em que a temática estava focalizada em animais.

Os dados foram analisados pela estatística descritiva e apresentados em forma de tabelas e gráficos, para tanto utilizamos o software Microsoft-Excel XP.

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www.interscienceplace.org páginas 85-103 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Objetivando uma melhor compreensão do estudo, apresentaremos os resultados dos subgrupos propostos nas bases de dados pesquisadas em cinco etapas: na Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), na Base de Dados de Enfermagem (BDENF), no Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), os subgrupos pesquisados nas três bases de dados eletrônicas do BIREME: LILACS, BDENF e SCIELO e, por fim, os artigos científicos nas três bases de dados eletrônicas do BIREME: LILACS, BDENF e SCIELO.

5.1 SUBGRUPOS PROPOSTOS NAS BASES DE DADOS PESQUISADAS

5.1.1 Na Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)

Os subgrupos propostos pesquisados na base de dados eletrônica da LILACS encontram-se distribuídos na Tabela 1.

Tabela 1. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados da Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).

LILACS ARTIGOS PESQUISADOS

SUBGRUPOS N %

Profilaxia das IH 27 54,0%

Novas técnicas 5 10,0%

Novos produtos 9 18,0%

Atuação dos profissionais de saúde 9 18,0%

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Conforme podemos observar na Tabela 1, a maioria dos artigos científicos pesquisados dizem respeito a profilaxia das IH (54,0%) utilizando a técnica de lavagem das mãos, em seguida foram abordados atuação dos profissionais (18,0%) e novos produtos (18,0%), as novas técnicas de lavagem de mãos contaram com 10,0%. Buscando uma melhor demonstração propomos a Figura 1. 54,0% 10,0% 18,0% 18,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% Profilaxia das IH Novas técnicas Novos produtos Atuação dos profissionais de saúde SUBGRUPOS

Figura 1. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados da Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).

5.1.2 Na Base de Dados de Enfermagem (BDENF)

Para a base de dados BDENF encontramos os seguintes percentuais para os subgrupos pesquisados em nosso estudo (Tabela 2).

Tabela 2. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na Base de Dados de Enfermagem (BDENF).

BDENF ARTIGOS PESQUISADOS

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Profilaxia das IH 13 68,4%

Novas técnicas 0 0,0%

Novos produtos 2 10,5%

Atuação dos profissionais de saúde 4 21,1%

TOTAL 19 100,0%

De acordo com a Tabela 2, 68,4% dos artigos pesquisados dizem referem-se a profilaxia das IH empregando a técnica de lavagem das mãos, 21,1% ressalta a importância da atuação dos profissionais, 10,5% novos produtos e não foi encontrado artigos que abordassem novas técnicas de lavagem de mãos. Como revela a Figura 2 abaixo.

68,4% 0,0% 10,5% 21,1% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% P rofilaxia das IH Novas técnicas No vos pro duto s Atuação dos pro fissio nais de saúde

SUBGRUPOS

Figura 2. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na Base de Dados de Enfermagem (BDENF).

5.1.3 No Scientific Eletronic Library Online (SCIELO)

Na base de dados do SCIELO foram encontrados os seguintes valores pertinentes aos subgrupos do nosso estudo (Tabela 3).

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www.interscienceplace.org páginas 85-103 Tabela 3. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados do

Scientific Eletronic Library Online (SCIELO),

SCIELO ARTIGOS PESQUISADOS

SUBGRUPOS N %

Profilaxia das IH 1 100,0%

Novas técnicas 0 0,0%

Novos produtos 0 0,0%

Atuação dos profissionais de saúde 0 0,0%

TOTAL 1 100,0%

Segundo dados da Tabela 3, somente foram encontrados artigos científicos que abordavam a profilaxia das IH empregando a técnica de lavagem das mãos (100,0%). De acordo com a Figura 3, a seguir.

100,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% Profilaxia das IH Novas técnicas Novos produtos Atuação dos profissionais de saúde SUBGRUPOS

Figura 3. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados do Scientific Eletronic Library Online (SCIELO).

5.1.4 Os subgrupos pesquisados nas três bases de dados eletrônicas do BIREME: LILACS, BDENF e SCIELO

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Nas três bases de dados pesquisadas LILACS, BDENF e SCIELO foram encontrados os valores a seguir referentes aos subgrupos estudados. Como demonstra a Tabela 4.

Tabela 4. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos nas bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO.

LILACS, BDENF e SCIELO ARTIGOS PESQUISADOS

SUBGRUPOS N %

Profilaxia das IH 41 58,6%

Novas técnicas 5 7,1%

Novos produtos 11 15,7%

Atuação dos profissionais de saúde 13 18,6%

TOTAL 70 100,0%

A Tabela 4 demonstra a resultante da pesquisa dos subgrupos, 58,6% dos artigos dizem respeito a profilaxia das IH usando a técnica de lavagem das mãos, a atuação dos profissionais de saúde contou com 18,6%, novos produtos e novas técnicas de lavagem de mãos representaram 15,7% e 7,1%, respectivamente. A Figura 4 representa os valores descritos.

58,6% 7,1%

15,7%

18,6%

Profilaxia das IH Novas técnicas

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www.interscienceplace.org páginas 85-103 Figura 4. Distribuição dos subgrupos nas bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO.

5.1.5 Os artigos científicos nas três bases de dados eletrônicas do BIREME: LILACS, BDENF e SCIELO

Os artigos científicos pesquisados estão dispostos na três bases de dados eletrônicas LILACS, BDENF e SCIELO como demonstra a Tabela 5.

Tabela 5. Distribuição dos artigos pesquisados segundo as bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO.

BASES DE DADOS ARTIGOS PESQUISADOS

N %

SCIELO 1 1,4%

BDENF 19 27,1%

LILACS 50 71,4%

TOTAL 70 100,0%

Como revelado na Tabela 5, a base de dados da LILACS foi a que apresentou o maior resultado quantitativo para o nosso estudo (71,4%), em segundo lugar vem à base de dados do BDENF com 27,1% dos artigos pesquisados, em seguida o SCIELO com 1,4% do total dos trabalhos.

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www.interscienceplace.org páginas 85-103 1,4% 27,1% 71,4% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% SCIELO BDENF LILACS

Figura 5. Distribuição dos artigos pesquisados segundo as bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO.

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www.interscienceplace.org páginas 85-103 CONCLUSÕES

Quanto aos principais enfoques dos artigos científicos, na literatura, que relacionam a infecção hospitalar à lavagem das mãos, disponível em base de dados eletrônicas.

A maioria dos artigos científicos pesquisados nas três bases de dados eletrônicas (LILACS, BDENF e SCIELO), dizem respeito a profilaxia das IH usando a técnica de lavagem das mãos contando com 58,6% dos estudos.

Na base de dados da LILACS, a profilaxia das IH utilizando a técnica de lavagem das mãos correspondeu a 54,0%, no BDENF 68,4% e no SCIELO 100,0%.

Quanto aos aspectos relacionados a lavagem das mãos e infecção hospitalar mais abordados nos estudos selecionados.

Os aspectos relacionados a lavagem das mãos e infecção hospitalar mais abordados nos estudos selecionados foram a profilaxia das IH (58,6%), a atuação dos profissionais de saúde (18,6%), novos produtos (15,7%) e novas técnicas de lavagem de mãos (7,1%).

A base de dados da LILACS foi a que apresentou o maior resultado quantitativo para o nosso estudo (71,4%).

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Tabela 1.  Distribuição  dos  artigos  pesquisados  por  subgrupos  na  base  de  dados  da  Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)
Figura 1. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados da  Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)
Figura 2. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na Base de Dados de  Enfermagem (BDENF)
Figura 3. Distribuição dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados do  Scientific Eletronic Library Online (SCIELO)
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Referências

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