t,:IvJ I
(I)
~/VERSIDADE
NOVA DE USBOAL\ \)
'.j
'/lS
Facltldaric de Economiaas 3ENS INTERKtolOS IMI'ORTADOS, COMO
FAC'l'OR DE PRODVC:z\'O
Aplicacio ~ Economia Portuguesa
Manuel Jos~ Vil.ares
\'1orktng Paper N2 7
e
UNIVERSIDADE NOVA D3 LISBOA
Faculdade de Ec~noo1a
Trv. Estevao P~nto
Campolide
Os Sens Intermedlos Importados como Fact.or de Produc;ao Apllcac;ao
a
Economla Portuguesapor
Manuel
Jose
V:lareS*(Julho de 1987)
(*) Texto da LiGao de sintese proferlda pelo autor como requisito parcial
Sumarlo
O.lntrodul;30
I. As condj~oes de separabllidade reQueridas pela especlflca,ao . corrente das jmporta~6es
11. A separabilidade funciona! 2
12.0 metode da cclpla defla,ao 2
2. Um Novo Quadro Teorico
4 /
21.
a
l~made
Sheparde a
duaiidade entrecuslo e
produ:;ao4
22. Fun~ao cuslo eu fun,ao produ,ao? 5
3. A especlfiea,ao adoptada. Fun~2o de custo translog.. 7 31. Forma!iza<;ao e significaco das restri<;iles 8 32. As equa,5es de proeura dos factores 9 33. As elastlcldades de SlJOstitlJi<;ao de Allen e as
elasticidades ,re,o 9
4. A estlma,llo 11
4LOrnodelocompieto 11
42. As djflculdades de estlmacao 13
43. 0 rnetodo de estima,ao 15
44. As propriedades dos estimadores 19
5.0 teste das condicoes de seoarabilidade 20
6.
Aplic3cao
a
Economja
Portuguesa -2361.
as
dados estatist:cos e 0 campo do estudo 2362 Os resultados
25
621. Interpreta<;ilo dos resu1tados
25
621.1. As estimatlvas das olasticidades
25
621.2. A questao da separabiljd~de 27
622. A robustez dos resul tados 28
Conclusao 33
Anexo AI: Justifica~ilo do metodo de estlma<;flo 35
/
Anexo A2: Resultados 39
Anexo A3:·0s dados estatistlcos utllizados e as
sUas fontas 42
Bibliografia 43
Introdu~ao
As trocas €xternas tem um peso de Ir,discutlvel relevo r,3 ecof)omla
portuguesa, Assim, a titulo de exemplo, as Importar;oes e as exporta,ijes tepresentaran em 1984, cerca de 60% do Prod uta Intcrno Brute, A aoallse
do
comportamento destas varlaveis possui portanto um lnegavel Interesse,o Objectivo do presente estuda
e
de contribUlr para una tal analise, clrcunscrevendo··se, contudQ, as Importa,oes de bens Intermedios que r'epresentaram, em 1984, mais de 70% de total cas i':1portacces de bens.A especlflca<;ao corrente na Ilteratura (ver umaj3lnlese em Oeleau ot al (1981)) associa as Impona:;6es as varia:;oes (fa procura interne e supoe a ex_istencia de SUbs:'ituabllldace entre as,impo;ta~oes
e
0 valor acrescentado Interno.' Esta substituabil,dade , ,e
fu~<;ao do racio entre 0 pre:;o dos bens importados e 0 pre:;odo conjento dos factores de produ:;ac internos, abrangerdc, do mesmo modo, as importat;6es de bens de consume, de bens de investlmento e de bens Intermedlos.Estc especlflcacao, cuja derlva:;ao nao resulta de qualquer program a de optlmlza,ao,
e
restritiva, na medlda em que nao loma em ccnta a finalidade dlferente dos tres tlPOS de importa<,:oes e, consequentemente, a posslbilidade dos seus factores expllcativos e da sua substituabilldaoe com 0 valor acrescentado interno serem tambem dlferentes. ASSlm, 0 facto dos bens intermedlos se destlnarem a futura labora,ao faz com que estoJam nul:O mals IlgadOSa
Oferta do que ;jprocura Internas, devendo portento ser conslderados como um factor de prOdu~ao,
Neste contexto, a especlfica<;ao das importa<;oes de bens mtermedios dove fazer-se segJndo a abordagem segulnte -que sera a adoptada no presente estudo.
Esle t ipo de
importa~6esdeve, em princfpio, ser cons\derado como
um factor de produc;ao com um estatuto
l.de~ticoao
dos
dais factcres
primarios corrente mente utilizados (trabalho
e capital).
Asua
·substituabllidade dove porlanto ser calculada em r.ela<;ao a cada um destes
dOIS factores (tendo em conta
osseus
respec~ivosprecos) e nao em
re
13<;aoao va
1or acrescontado in:erno.
Se ascondi<;5es de separab iii dade
que permitem excluir
dafuncao de producao
0novo factor - importacoes de
bens
intermedios -
fo~em verifiC2das(*l,
entaDJustificar-se-a num tal
caso - mas apenas nesse caso -
, aescolha duma
especifica~aoaut6'loma
pal'a aste tipo de importacoes("*l.
Em conseque"cia,
0presente estvdo
esta
estruturado em seis
sec~ijes:,
A sec~ao 1
exolicita as
co~diGoesde separabilidade requeriaas para
excluir as importa,5es de bens interrc,,';dios
defun<;ao de produ,zo,
conclclndo que nao existe justiflca,ao teorica para
a
priori (ou seja antes
da est:ma<;ao e
doteste de va:idade das ccndlcoes
deseparabi!ldade)
procedec a uma tal exdusao.
A se~,ao_:;'apresenta enUlo um novo quadro
te6rico e explica as raz5es pelas quais, nae obstante a duallCade existento
entre fun,ao custo e fun,ao
de produ,ao,
e
aconselh2vei especifica
ruma
fvn<;ao
custo.
Aespeclf'cacao acoptada - 'un,ao de custo translog -
eapresentada
na secc~o 3.Como so trata
deuma espec: f.ca,ilo
j<lbem
conheclda
naliteratura,
aapresenta,ao
e
sintetjca e circuns:reve-se as
proprledados que tem interesse para
0seguimento
GOestudo.
A
seC&i!o
4e consagrada
ao
metoee
deestlma<;ao, Depois
deexplicitar
0modelo
aestimar
e assuas diftCJldades
de estlma~ao,e
sugerldo um metodo que
podeser interpretado como vma versao iterativa
do metoda
de Zel:ner.
Estudam~se asproprledades
dosestimadores,
demonstrando-se
que saorlgorosamente iguai5 aos estlmadores
comaXima
verosimllhan,a.
Na seoOo 5constroem-se as estatisticas
quepossibilitam
0teste
dascondl<;oes de separabllidade expljcltadas na
sec<;ilo
I.(*) Estas condit;oes de separabilidade pode"l1 ser expressas em termos aas elastlcldades ce
subst1tu;o;;~o entre factores (cf. secc~o 1).
(**')Outra forma de tratarr:ento aut6!iomo das Importac;oes de bens intermedios Que e por v€'Zes
adopt ada, Dara alert da especi(lcac;ao corrente referlda ni) pagina anterior, consist!: em
consldera-lascorr·Q exogenas (OU .'rIalS exactaM*nte proporCionaiS ao rJlvel de output com 0
coeflclente de proporclonal1daae consldera.:lo ex6ger.o) Este tratamemo requer, como veremcs,
condil;O€Sde separabilidade ainda rralS restrittv;3s Que a especHicacao corrente das
importa;;ves.
A ultima sec,ao (,eO(;20
til
e
inteiramente dedicada
a
apllca,ao
empirlca. ComeGa-se par delimltar 0 campo do estudo e indlcar quais os
dados estatisticos que foram utilizados.
Procede-se, em seguida,
a
Interpreta,ao dos resultados da estima<;ao dando,naturalmente, especial
enfase
a
Interpreta~aodos valores obtldos para as estlmatlvas das
elastlcidades (pre,o e de substltui,30)'e para as testes das condicoes de
separabiiidade.
A titulo de conclus2o indicarn-se,
p~rum lado, os
princi~als ensinarnen:os do presente esttJdo ej por outro lado) os por.tos que mereccmsar objecto de fu;ura
;nvestiga~ao.o Aoexo I demonstra a equlvalencia entre 0 metodo de
estima~aosugecido
1'3secr;ao 4 eo metodo de maxima verosimilhan,a.
06nexo
;2apresenta os rasul;ados obtldos na estima:;ao ;;ue nao figuram no ,extc
principal
€,fioa'mente,
C.,,<nexo 3
forncce os valores das series
estatisticas utilizadas assirn como as respectivas
fo~>es.1.
As
condlcOes d,e separabi1ldade requerldas peJa formaJlzac~ocorrente
das, 1m DQrtacoes
A
inclus30das l'11parta,ces de bens'lntermedlos (X m) C0'110 factor de
produc3o
leva
adeflnlr uma fun,ao
de
PCOdU<;30com tres facteres
(I l:onde Yeo outpJt final,
au
seja, 0 conJunto de ban;; eservlcos
nacionaisdispanlvels para ~so final inciulndo, portanto, as exporta<;oes; Xk e a quantidade de servicos de capital e XI a quantldade de traba!hc, Todas as varlavels sao medldas a prelYos constantes,
Por outroladc,
aespeclfica,ao usual
das fun~aes de produ,ao niiocontem
xmcome
argu'flento,
sendo dadapar:
'onde 0
e
0valor acroscentadc Interno real
(0=Y - X
m);A
especHicac30
dexm
poce
ass!m ser
felta,
Independentementeda
escolha adoptada
para Goque
constltul,
alias,
0procedlmento
correntemente u,illzado,
Esta constata,ao conduz nzturalmente a colocar a seguinte
questao em cue cQndiC5es".ill'LJlSDec1fi,acves (l I) e (12) S2Q ecuivalfrtes cu, pOl'Qilills
oalavras,
Q,oooeito de valor acrescentadQ
teer;uma
lnterpretac;3o
economica precisa?A
resposta
a
esta
questao,
jabem
conheclda
na
Jlteratura, sera
d2daem duas etapas,
~---~..
,-~-(1) 0 mimero de factores pode evidentemente ser superior a 3, Deveria mesmo lnclulr-se no presente caso um 49 ~a:tor; os bens intermedios ce produ~ao naclonaL A inexistencla de
1.1. A separabll1dade funcional
o
valor acrescentado tern uma interpreta~ao economicase e
apenas5e
nac forem rejeitadasas
duascOMiGoes
se,~uitites (',er, por exemplo, Dennye
May (1978, P 55»:a) 0 racio: pre<;o de Xm (Pm)/pre<,:o de Y (Py)'f; constante
Esta condi<;ao i: ciscutida por
Diowert
(1978) no quadro doteoroma
de agregar.;ao de Hicks e nao se verifica no case portugues ]2 que, no periodo em estudo (1976-1984) Pm cresceu
muito
matsque
Py.bl Os factores xk e XI sao (pelo
menOS
fracamenteJ
separaveis de xmNeste caso a fun<;ao F pode escrever-se sob a forma
. .
.
e a eiasticidade de substitui<;ao entre xk e xm
e
iguala
existente entre Xl e xm (2)1.2. 0 metodo da Dupla Defla,ao
Se a condi<;:ao a) nao for satisfeita, entae 0 caiculo do valor acrescentado real segundo 0 metoda usual da dupla Cefla<;ao (implicito na equacao
(2}Deflnl<;ao:Dlz-se Que os lfiputS xk e Xl s~o funCionalmente separaveiS de xm se a taxa
margInal de subst1tuj~ao entre xk e Xl for lndependente de xm , OU 5eJ2 S6:
Fk Flm- F1 Fkm • 0
ondeF
J
e
a derivada deF err relat;ao a XJ e Fjre aderivadadeFj ern rela~ao a x,Exlstem baslcamente 2 tiDoS de seDarabilldade: forte e fraca. Contudo, no presente caSO,esta
d1stin';8-o n~o tern lmportancla poiS a partl(;ao dos inputs consldera aDenas dOiS subconJuntos: xm e (Xx.. xj l (cf. Berndt e Chr1stensen 0973 a; p,.:104». Encontra-se
19ualmente neste traoalho un estudo detalhado das re13l;5es existentes entre separabllidade e
(1.2)) (3) 56
e
passivel (ver Denny e May (1978, p 68-69))c) se as inputs xk e xI forem substitutos perfettos de xm na
produ,ao
Neste caso a fun<;ao (1.1) pade decampor-se:
e com a restrl,ao adicioral de M (x m) = xm obtem-se a formula de Q,
directamente lmpllcada
pelo metodo de defla,ao dupla. As elasticidades de svbstltui,aode
Xm em rela,ao a Xk e Xl vernneste caso igU2is e infinltas.
d)
au, se as Impor-ta,5es(arem
perre I:amente
complementares·
daprodu,ao.
/
A fun,ao (I.!) (scrOVe-S8 enta~ sob a forma:.
onde 0
parametro (t eum
coefiClente tecnlco.Se a produ,ao :or eflciente:
Y= G (Xk' XI)
e
Y=«
Xm e portanto: yx
m = (t«-I
Q"Y-x =( ) G (Xk' k l ) m (t(3) MHodo da dupla deila~;jo: 0 pre;;o dO output final, PY' e 0 dos input lmportados, Pm' sao r'lormallzados de modo a sefem iguais no aM base, Err segulda, cada uma destas grandezas e
separadafHc'~te medica <lOS prec;os do ano base; prccedendo-se depels
a
sua subtrac~ao, 0 quefomece 0 valor acrescentado real.
doMe result a que as Imncrta,oes, xm' sao proporclonals ao nlvei de output(4l e que 0 valor acrescentado Q
e
fun,ao dosInputs primaries
(Xk
e xl) e do coeflciente t<'cnicoa.
Supoe-se, portarto, neste caso que as elasUcidades.de substituiGao de xm em rela,ao a xk e XI sao ambas iguajs a Zero.Ora,
corfla
as rC:1dlc6es (b)-(d) pacem sec test2das estatjs~icameote (ct S2ccs!,n 5) e de .c_pncluir que r;'io existe ~ust1fic2CaQ ~e6ricapara a Driorl (ou seja antes eta
estlrna,;aoe do teste d_e vall dade de
tais CQnCicoe_~d exclulr os ir~)l!ts lmOQrtadQS d3 fun~aQ de DroducClo_
2.
Um
[JOVO gyadro te6rlcoAs importa,5es de bens Intermedlos sao pcrtanto, no ~resente trabalno, consiQeradascor:1o U'-, factor de produ,ao. Nao e'Ccntudo obrigat6rio '. estimar uma fun<;ao de produ<;:ao devlda
a
dJalidade .€xlstente entre custo eprodu,ac como foi em prlmeiro lugar demonst"2do por Shepard (1970).
2.1..
a
Lema de Shepard e a duaJidade entre custc e proou,aosegundo Dj ewert (1974, p. 109- I 12) a dUal Idade entre a fun~ao custo e a fun<;ao de produ,ao pode deflnlr-se do segulnte modo:
considere--se uma fun,ao F com' n factores (ilO nasso caso n "3) onde
Y "F(xk' XI' xm) Sig~lfica que v
e
a quanti dademaxima
de proGu,ao que pode ser produzida durante um certo perioeo de tempo, ut\llzando X,unldades do input I (1" k, 1, m) Entao correspondente a F, existe uma fun,ao custo C (Pk' PI' Pm' YJ, definlndo para cada Y > 0 e para cada PI ) 0
(i = k, 1, m) 0 custo mlnirr.o para abter Y:
5e a fun<;ao de produ<;ao F for regular (5), entao possul uma correspoMen
(4l Esta especiflca~ao de xm e per vezes adoptada (c( lntrodUi;M),
(5) Neste contexto dlz-se que (i""k,l,m), F for pos1tlva.
menos quase-concava). F (xk' xl' hom6genea Xm)
e
regular de grau urn e se co para ncava todo (OU 0 pelo Xi 4-cia biunivoca com a fun<;3Q custo, podendo esta escrever-so sob a forMa:
onde a func;ao de custo unitario c
e
tambem regular, Esta fun<;ao C contem a mesma informaGao que a fun,ao F, podendo porta'lto servir de alternativa para descreveruma
dada tocnologl2,2.2,
Func;lo custa
oufunc;lo produc;lo?
Nao obstante , . osla dual\dade entre a fun<;ao de produc;ao F e a fcn<;ao de custo unll<ir'o c, e necessarlo optar por UfY",a dOl as, pols na malorja dos
casos nao e passlvel derlvar oxpllcltamente uma de outra Ouando
se
considerar", mais de dois faetorese
aconselnavel optar pela funcao custo,De
factoc
pcssjbiLta, atraves doLema
de Shepard, a derivac;ao Cfurn
sistema de equ3coos de proeura dos faetores que apresenta duas
caraeter'lsticas notaveis:
/
(1) 0 sistema ercontra-,so, do imedlato, na
forma
reduzida e(II) as (micas varJaveis expllcativas sao os precos dos
(aetores,
As tarefas
de "ecolnade informa<;ao estatistica
necessa~la ;jestimacao,
befTl como a propriaestirna:;2o,
aparecer!', deste modo facilitadas,A apllcaGao' dO Lema de Srepard (Shepard (1970, p, 170)), per'm He escrever
a
procura do factor j, x" como:a c
y
Mas, devido ao teorema de Euler (das fun<;oes hom6goneas de grau urn):
iiC
pelo que:
3
c
(24) y = cY
i) Pi
A parte
dofactor
Xl no custototal,
si' vernportanto:
P I xI
a c
(25) 5 1 = - · · -
:2:1 Pi Xi
c
" "
Este sistema [ornece as ecua<;6es de procura dos factores (em terlY,os das respectlvas quo~as no custo tota]) Como so pOde constalaf encontra-se na
forma ,"eduzida e as (micas variaveis expi Icativas sao os pre,os dos
factores .
. A especlflca,ao adoptada para estes eq~a<;iles depende da oscolhlda para c,
o mesmo aconteceMo no que respeita as formulas do c:'!lculo das elasticidades.
A elasticidade de subst'lur<;ao de Allen (AES)(6) (7) entre 0 factor i e 0
factor j, 13
11 , fOoder sec obtid8 (5e a fun<;ao CLsto
c
for h0'116genea de grauum) atraves da formula (ef. Uzaw2 (1962, p 293)).
/ c_ .._ _
.iJPiOPj
I,J=k,l,m,
(26) Blj =
Os factores I e j sao considerados substitulveis 5e Bij ) 0 e
complementares no caso contrarlo.
Quanto
a
elastrcldade da procura do factor i em rela,ao ao pre<;o do fac~crj, ela e por deflni~ao Igual a: a In XI
I,
J
= k, I, m,(6) AES;(Allen £lasUclty of Subs~1tutlof), UtHizar-se-a, ern regra geral, como 5191a de urn
conceito, as suas iniclals q<J3lldo expres$O em lhgu~ O'9Ies8. Trata-se de uma c;uestao de comouldade, pais
e
de longe, 3 pratlca mals frequente na literatura.(7) No caso do processo de proauc;:ao comportaf mals d<? dois factores, varios concenos de
elastlcldade de subSt1tuicao teffi s:oo suger;dos. McFadden (1978, p,79-So) apresef'lta
tres desses conceitos UnclulndO a A.ES que ~ 0mais corrente).
Allen (\938, P 504-508) demanstra ~ue
a
reia,ao entre Eije
[Jije
dada por(27) Eij = flU 5j
e que:
o output e as pre,os dos outros factores (alem de i e j) sao constantes ,quando se ca\cula lliJ e Eij, De notar que multo embora fliJ seJa 19uaJ a
I'J
jl ; EIJ Ii, e'T1 regra geral, diferente de Eji'Para fins de estima<;ao
€
eVidentemente indisDensavel escolher uma especifica,ao, para a fun<;:ao eusto unltarlO c (pois aparece em (2S) e (2,6)) Segundo Magnus (J 979, p, 469) dove escolher"se uma formafunclonal altamonte geralque nao imponha restri,6es :obre os J3 ij e que possa ser i~terpretada come uma aproxilTa,ao a uma' quaiquer funcao de custo 'unitarioduplamente dlferenci;ivei , !
De acordo com este crit'eri'o, optou-se pela fu:),ao de custo trans;og(B)
3, L~ciflca!;;};o alloptada Funciiio de custo translog,
Desde a sua introdu,ao par Christensen, Jorgenson e Lau (1971, 1973) a
fun~ao de custo translog conh,eceu varias aplic3c5es empirlcas: Griffin e Gregory (1976) e, malS rece,~teC1ente, Artus e Peyroux ( 1981) COmparam a substltuabilidade da energia em relar;ao a outros inputs, na industria transformadora dOs principalS palses industriaiizados da CCDE Dennye May (1978) analisam a estrutura produtiva da jr,d0stria transformadora canadjana e Krei]ger (1980) estuda um problema semelhante 30 do presente trabaltlO (no quadra da incustria transformadora HoJandesa),
- , - - , - -
(8) 0 criterio
e
tamMm satlsfeito per outr3s e5r;eclfjca~5es: a funyi!lo generallzada de teontief,proPQsta em Diewert 0971 ), e a fUr1yao general :zada oe Cobb-Doug~3S, Que e a adopt ada em
Mag:ius (1979), Como este ultlmo zu!or rerere (p. 469) nao eXlstE't(' argumelitos te6rtco5
e ecol'iomHr1cos fl.j:1da~entais para prlVi legiar uma das especificac;oes.
Sao assim Ja bem conhecidas as propriedaCes desta funGao, pela que nos 1imitaremos aqui a uma apresenta,aa sintetlca daquelas que tem interesse para 0 seguimento do trabalho(9)
:l L Formallza9ao
e
slgn1flcado\Jas
restric;oj!SA fun<;:2Q de custo c~itario trans log podo escrever-.se (no caso de se optar por uma fun,ao homotetica) sob a farrna (ver Brendt e Wood (1975, P 260)) (3.1) InC<SjCtjlnPi+.i.. 21 2
J
'YiJII)PjlnPJ onde: 2 (3 1a) 2i Cti= I
(31 tJ)2J
'Y iJ = 0 , / (3.1 c.)YiJ= 'Yij
1,jJ""k,J,m. Jo conJunto das restrl,oes (3.3) - (31.c ) assegura que a'funr;ao custo
e
hOmogenea de grau um nos pre<;:os e, s.imulUm88mente Que a soma das quotas de custo dos IreS factores (no custo total) seJa igual a unidade. A restriC;~o (3 1.c) im.p5e a sir-notria nas derivaaas segundas de in C. Oeste mOdO esta func;ao poce ser lnterpretada nao 56 coel0 uma especlflca<;:ao exacta, mas tambem como vma aproxirr.a:;ao a um3 (qualquer) fUn,2Q quadratica duplal1ente difere~cl2vel (10)Uma das proprlecades da fun<;:ao de custo translog
e,
C0110 S8 sabe,fornecer expresSOeS simples para as equa~oes de orocura dos factores e
para as formulas de c"'lculo das elasticidades.
(9)Embora, menos frequente, a funt;ao de produ:;ao trans log tamberr, ten: S:do obJecto de
apltcat;1)es e~pjrlcas (e.g. Beleza (1980) utl1iza esta (un\=3o de produr;ao
para testar a hjp6te5~ de 19ualdaje entre sal<3rioS e prOdutivldade margHial na lnd0stna
transformadora Dcrtt;gues,a).
(10)Ver em Denny e May (1978, p, 59) uma dlstlnl;2l0 entre estas duas
possiveis lmerpretar;oes ce fum;ao de custo trans Jog.
3.2. As equa~i5es de procura dos factores
A quot2 do racto I ~o custo total, 5j'
e,
no
presente caso, uma run~ao lineardos pre~os. Com eroito, se derlvarmos (31) em rela~ao a In Pj obtem-se:
. ,
o
Incil In Pj
o que corresponde :l expressao de Sj ja que (ver 2.5)): il In c
PI iJ
c
,(32) 5 j - ~'"-..-~-
c 2) Pj " In PI
Portarto, 0 sistema de €Qu3<;oes de prOCU"3 Ii nestc caso
I,j-k,l,rn. /
3.3. As elasticldades de subst1tul~ao de Allen e as elasticidades pre<;o.
o
c;llcule das AES, Il ij , ombora sOJa urn pouco rnais rastidiosos cue os dos51' conduz igualmen:e a express6es simples: 0 2 In
c
~-~~~~- 'Y ij illn Pi <lIn Pj 2 - : : : 02 Inc il cac
ac : ...- - Q Pi QPjJ
f C 0, j = k, I, mi i ~ j)dO'lde resulta que:
C iJc iJc i,J "'" k, l,m
= -'IIJ + - - -~~ I ~ j. PI Pj
c
a
Pj.
0 P)Substlfulndo oste resultado em (2.6), obtem-se:
ill)
.
= I + - ...- - - .PI iJ C iJc
c
a
PI c a pjo que·, atendendo a (3.2), permlte escrever as el~srclda<:.es de S\1bsVtulc3Q cruzadas sob
a
forma:(3.4) il = I + _ _~ l,jok,l,m.
lj
I " j
Para calcular as elastlcldades de substit~l<;ao proprlas (au seja os flll)' procede-5e do mesmo modo, obtendn-se
111- 51 (35) Ill! = 1 +
S·2
1
As eiastlcldades preco sao dadas par (2.7) Como (ver 2.7a) (11)
(11) A demonstracao desta 19lJaldade e flkll no Quadro do presente mode 1o. Com efeito, Dode
eSCreVE'f-Se (cL (2"7) (3,4) e (3.5)), Y I) 111-$, $ j ( \ ' _ _ ) - 5 \ ( 1 ' $\
sJ
$2\ . !J
5 - I ' 1 l:. 11) J - J 5\ ~10
resulta que pelo menos um dos Il
iJ
~ negatlvo (ja que Sj ~ 0 e 2:j Sj = I)Supondo que seJ3 IlII' como deve ser em regra geeal teL Allen - 1938, p, 505), resulta que:
(36) LjlliJSj>O j .. i
Assim no caso de tres faetores, os valores das AES cruzadas (as 11 ijcom j"'i)sao
au todos positivos
au dais positivos e urn negativo o que
e
equivalente a afirmar que:eu os
ires
factores S30 substltu:veis entre siau dois des fac~ores sao co~plementares e 0 terceiro
e
substitu'velem relac;ao a esses dois, ,
/
4,,1, 0 modelo completo
Se adicionarmcs uma especi(ica,ao estocastica ao sistema de
equa<;i5es(33), obtem-se 0 modelo a estimar
Sl(U -" 1 + Y 11 In PI(t) +
r
1k In Pk (t) +Y 1m In Pm(t) + eHt)(t = 1,2, .", T; T: nQ de observ3(,:oesJ,
A estima,ao deste modelo deve ser sujeita ao sistema de restr!<;iles (3, I a)
- (3, Lc), pelo que 0 numero de parametros
a
estimar directamentee
apenas cinco (vel' adiante),A especifica<;ao estocastiea escol~lda para 0 modele (4, I), sup5e que os desvios entre as quotas de cada factor ~o custo total (as 5i) e a derivada do logaritmo de fun<;ao de custo translcg (3 parte exacta do segundo
membra) sao a resultado de erros ale3t6ri05 ocorridos durante 0 processo de minimlza<;ao do custo Neste contexto
e
de espercr, (dado que a soma dos sie
iguaJa
unldade), que os erros das tres equa~oes nao sejam (ndependentes, Alem dissonao oa,
a
priori, justifica<;2o para suparque
as suas varJancias sejam iguais,Por
estas
razoes consideram-seas
seguintes h:poteses sebre os residuos,H4.2 E (£ j(t) tr(t) ) ~ (J jr j,r ~ I, 2,3;
>
t = 1, 2" . T)
ou
seja espersn<;a matei11aticanu'a e
possibilidade de exlstencia duma ccvarlancla contempor!mea Supoe-se igualn1ente que:H4,3 E (£ j(tJ E r(sJ) = 0
j.r = 1, 2, 3,
v
~ I, k,m
t,s = 1,2,." T; t~s
o
quee
equlvalentea sup6r
aus!ncia de correlacao dos residues quer temporal quer com as variaveis explicativas (12)Em consequencia da hlp6tese H4.2, as tres eQuaGoes do modelo (41) deixam de ser tndependentes,
o
modelo assim defmicoe
cor~ecido na I:teratura econometrica soba
designa<;iio de modelo de Zellner (au mooeio de equa<;6es aparentemente nao relacionadas) e as estimadores dos seus parametros como estimadores 5URE (13)(12) As hlpotes€s H4.3 e H4A serao dlscut1das ulterlormente.
(1 3)SURE, ("Seem ingly unre~ated regreSS1Q"\ equation5~). Estes estimadores, lntroduzidos pcr
ZeHner (1962),poderr ser apresentados como uma classe_de estlffiadores de A,1tken
42. As dlflculdades de estlma<;ao
A estlma~ao do modelo (41) poe
tres
tlpos de clfjculdades.aJ Os valores das covarl!;ncias contemporaneas "ij' sao desconr.ecidos. b) Os
sistemas
(3.I.a) - D.I.c) naopecmitem
a estima~ao dlrecta domode 1o, dado que nnpoem
restricoessobre
os
parametrosc) A matriz cas covariancias contenporareas; 0, e singula" como a soma das equa(;oes co modelo (4.1) e par definlGao Igual ;j
unidade (14), resulta que, para cada observa<;2o, os residuos anulam-se, e
a
matrlz 0 vel"': singular.Com efelto, se definirmos €t = [ € j
(t)l J
= I, 2, 3.Como
e
I (t) =-e
2 (t) -e
3(U' resulta que./
'-(133 -0" 23
donde se conclui que
I Ole.
0Expllquemos agor2 resumldarclente como estas dlflculdades [oram ultrapassadas.
A primeira dificuldade
e
caracteristica do medelo de Zellner e indlca-se na proxima sec<;ao a forma como foi resolvlda.A resoJu<;ao das outras duas diflculdades foi (quase) simultarea,
Ja
que a solu,ao adoptada para a tercolra conslste em elimlnar uma quaJquer das equa<;5es do mode10 (4 J), ut II izaMo para 0 efelto as restriGoes existentessabre os parametros.
--~"'-'-~... -
(14)Trata--se, COr"lO rererc Dlewert (1974, p. 116) de urI' "inconvenlente menor" da
especificacao das eQuat;6es de procura des inputs em termos de Quotas de Cl.sto. por 0;>051<;80
a
espe;::~f1caJ;ao hab1tual destas equat;5es.Se optarmos par elimlnar a tJltima (15), 'enUlo 0 mOdelo (4') pode escrever-se sob a forma
,
SkIt) 0 Ct"+'Y,,llr Pj(t) +Ykk In Pk(t) - ('lkl + 'i'kk) In Pm(t) + £2(1)
cu ainda sob a forma:
Dim
sHt) 0 Ct 1 + Y il In C ___ ) + Y Ik In )+ £1. (t)
Pm,(ll Pm(U
(42)
PJ(t)
Sk(t) 0 (Y;k+ Ykl ln ( + 'Ykk In (-)~ £2(t)
Pm(t) Pm(t)
Este modelo continua a ser estimado sob a restri,~o Yik 0 YkJ (ver (3' cJ),
Os ,estimadores de equac80 elimmada, ,assim como as suas varlanclas, podem Sel' obtidas atraves dos sistemas de r'estrlcoes (3,1 a) - (}, I cJ,
Ver;f;ca-se, para os est~madores:
,. A "
"-Ym m ~ 2 1'lk + I'll + 1'kk
(1S}Como veremos na secc~o (4.4) 0$ resultados obtldos sao indepenjentes da equat:;ao
eilm1nada, desee que 5€- escolha correctaM{}nte I) metodo de est
lmacao
- 14e para as suas variancias
(44)
var (Ymm) " 4 var (11k) + var ('hi) + var (Ykk) '4 cov <111' 11k)
+ 2 cov (rll' Ykk) + 4 cov (rlk' Ykk)
4.3. 0 metoda de estima<;ao
o modelo
a
estimar eporta~co 0 modelo (4.2) coma
restri<;ao 'Ylk" )'1<; /So representarmos os T
valoros das variaveis e do" 'residuos por vectores colunas (Tx 1): ~ [0 1 S-r
",,(ll
t=
1 T ,,
, .t=
I,TPm(t)
t=
I,r
LPm(tl
e
so defjnirmos(I: vector soma)
11 I
entao, 0 modelo (42) pode es(,ever-se sob a forma familiar: 0 0
s
I XI Z I 8 1 "I ~ b I + (4.5) 0 022
52X2
b2 B2Se Incluirmos a rcstriy30 Ykl ~Y]k (ou soja b] = b2
=
b), resultara 0modelo seguinte:
/
A matriz de variarcias e covar"iancias dos residuos, e de acordo com as hipoteses H4. 1 - H4.4.:
onde 0
e
a
matriz (2x2) das varianclas e ::ovariancias contemporaneaso
=[<Tlil' I,
j= 1,2.
o
calcul0 dos estlmadores SURE do modelo (4.5) nM ievanta quaisquer problemas Dado que ambas as eoua<;oes tem as mesmas variavelsexpllcatlvas, este estlmador
e,
Qualquer ~ue seJa G, igual aoestimadol' de minimos quadrados ordinarios (OlS) de cada equayaQ do mOdelo(l6)
Esta equivalencla
nao
se verWca no casodo
modelo (46). Se 0 escrevermos sob a for,.,.-,a concentrada.(4.7) s=XB+e
entiio 0 estimador SURE de S,
"
S, e a sua matr:z de variancias e covariancias,0B'
sao dadas ;lolas express·5es gerais:(48)
B
= lX'o-t;9
I T X J'Ix'
0 -1G\l1 Ts
(49) /
Estas expressoes podem escrever-se (apcs alguns calcu~os fastidiesos) em term os das variavols do modelo (4.6) sob a forma
- I A I .
X2
cr!lX'1X,
LJCY IXI zJ CY J2 X' ,8,
A :>: cyJ l z ' . X I :?: lLJ <Y Ij Z'lZJ L ]2z'
X (410) b = JCY .J
2 JJ
A ,,21x' X 2 I LJ<Y 2'JX'2 Zj ~2X'2
X2
6 2 -LJcy1j X' I 5J i . :?:ILj CY J z~· 1 S J j.
, :?:J " 2J X'2 Sj ~(4. I I) 0
B
= M- I (M: a matrlz (3x3) dentro dos parentesis rectos) onde ($ IJe
0 elemento (I, Jl da Irwersa de v:0- 1 =[crijJ I,j= 1,2
(16) 0 outro caso em Que 0 esUmador SURE
e
igual ac estlmador OLSe,
como se sabe, 0 casotrlvlal, OU seJa aquele em Que 0
e
uma matrjz c.iagonatContudo, estes estimadores nilo oodem 'ser ca'culados visto que a matriz 0
e
desccnheclda. Proceee-soentaD
do segulnte modo:(0 Comep-se par estlmar peio metodo OLS eana equa~ao do modelo (4.5) 0 que permite obter os vectores dos res1duos E1(0) e £/0)
ei
(0) = 51 - XI 51 - 21 \)1 1= 1,2..(0)
(iil Calcula-se um estimador
o
para O,.sendo cada e:emento dadopor
E' (0)
e
(0) i,j=I,2"iJ
(0) = jJ
T-3
(tit) Determln3-Se a Inversa de 0 (0) e substituem-se os seus
elementos em (410) 0 (41 1) 0 que permite abte!' as estimat!vas 8 1 (1), b( 1) 0 3 2(2) (para 8 I' b e 8
2) e 0
8
q)
(;lara 013 )./
(ly) Com base nestes 'valores, calcJla-se urna nova estima:'va 0 (!),
para 0, atraves de:
1
T
(Y) Repete-se todo 0 processo anterior (a partir da elapa (iii» com
0(0) substituido por 0 (J)
Este processo term Ina qUando so veriflcarem slrnultanearnente as duas condl<;6es seguintes:
-I
(a) !lo(r) 0 (r-1) - 12 II <0.001
ou seja; a dlferenca entre 0 malor eiemento de matrlz:
-\
O(r) O(r-I)
(r e
0numero
deordem da itera<;ao) e 0
correspondente valor de
12(matrlz Identldade
deordem
2) e,em
modulo, inferior a 0.001.I
11 (r) _~
(r-d
J
" J
I
(b)<
0.01 j= 1,2...5
" Jr-l)~---~--~-J
ou seja a varia(:~o relativa' da estimatlva de qualquer dos 5 parametros (
n
1 = "1'" 2=
Y11 etc) em duasiteracoes
sucessivas e, em m6dul0, inferior a 001.
4,4
As proprledades dos estlmadores
vamos' nest a
seccao
responderas
duas questoes seguintes.Quais sao as propriedades d05 est 1m adores obtidas pelo r-,etodo que se acaba de descrever?
Sao estes
esti;)ladores
sensfveisa
eQua;;~o que seelim!na
no modelea
estimar?No Que respeita
a
primeira questao, demonstra-se" no Anexo A. I, 0 resultado seguinte:sob
a hipotese de normalldade de' residuos, 0 metodo de estirna<;ao da sec<;ao 4.3. fornece os estimaoores de maXiMa verosimilhan:;a. DernQnstra-se t<lmbem, Que esteresult ado
e apenas garantido so a condir;ao (a) fo1 satisfelta; ou seja se as ite~a<;6es forem tambem feltas sobre O. Confirma-se ass;m 0 resu1tado' ma's gera' demol1stradoem
Malinvaud (1970, p. 294-295) segundo 0 qual a vers30 iterativa do metoda de Zel'ner conduz (sob a hip6tese de normallcace dos residuos) asslmptotlca:nente 205 estlmadores de maxima verosim ilhan,2 ( 17)Quanta a segunda QUosUO, Barten (1969, p.2<;-25) demonstra que os estlmadores de
maxima
ve,oslmi1han,a sao insensiveisa
equa<;ao eliminada. Estes estimadoces obtem-se (c.r.Anexo AI)
desde Gue seJam satisfeitas as condlc;oes (a) e (b) (18)Pode, portant0, conciuir-se que sob as Hip6tese H4.1 - H4.4 (da seccao 4.1 ) e sob a Hip6tese co
normal
idadodos residues,
a metodo deestlma,ao
adoptada fomece os estimadores de maxima verosimllr.anc3, que sao
insenslvels
a
equa~ao e1iminaaa.(17) A versao corrente co mHodo de Zellner consiste ern termtnar 0 processo de estlnJa:;ao na
etapa (iii) (ef. seqao 43)
(tB)ou seja: a converge-oem dos estlfl'1acores dos parametros e de O.
t
contudo legitlmo interrogar~se sollre a validade das hip6teses H4.3 e H4.4.A hip6tese H4.3 justifica-se no quadro da presente aplica~ao ernpi~ica Dor dua·s razoes: I) trata~se de um rnod.elo anual e corno tal pade super-se serern infra~uals as possiveis correlar;oes exlstentes entre os residuQs e, sobret\jdo, 2)
a
recuzida dlrnensao da amostra , acarreta que 0 nurnero degraus de liberdade dos residuos soja 2;Jonas de 13. Ora a considerar;ao de um processo autoregresslvo :evaria ainda a reduzir este nurnero, para alem
de dificultar 0 processo de estirna<;~o (Berndt e Savin (1975»)
Berndt e Wood (1975) nao conside~am a tiip6tese H4.4 alegando QJe
as reslduos esUo correlacionados corn os pre~os_ Para tomar en~ conta esta corela<;ac prcQoern urna versao iterativa do rnetoeo dos rnln;rnos Quadrados lrietaplcos (3SLS) NUC1a primeira ctapa, 5ubstltuen os proyos pelas' sua:; estirnatlvas de minjmos Quadrados ordinarios, ob:1das a partir de um conjunto de varL3veis, n~o pertencentes ao modelD, julgadas explicativas dos pret;os. Ern seguida, as autores procedem segundo -Jrna . , rnetodologi2 an;iloga
a
descrlta na sec<;ao 43. .'Est€ rnetodo de estima,ao e, do nosso po~to
de
vlsta, correctarnerte criticadopor
Griffine
Gregory (1976,p
849), pais"a
dependenciaeXlstente entre 0:::: residcos e os pret;os esUmados 11130 e necessaria'TIente
menor do que 3 existente entre os residuos e os pre<;os observadcs".
5.
Q testedas condlcoes de
seoarabl J IdadeAntes de passar
a
aplica,ao ernplrica,e
cOflveniente apresentar os testes que nos perrnitirao averiguar se sao satisfeitas as condi,oes de substltt:abilidade requerldas pela forrnalizar;ao tradicional das importar;5es (condi<;oes 0) - d) da seccao I),6 CQodlcao b)
e
sat,sfeita se, pelo rnenos, urna das hipoteses segumtes nao for rejeitada_ HS.l : 'Ykm=
rim=
0 al 11m H5.2:=
ale 'Ykrn-
20
.
Segur,do a htpotese HS.I ,verfffca-se ~km =
P:
m = 1,0 que transfonna a fun,ao trans\og na fun<;ao Cobb-Doug'as, vmdoncm
tal case constanta a soma de Sk com 51' Soes:a
hip6tese for ver;ficada a funeao trans 109e
separavel
em todo 0 SOJ dominic (Ig)
. Ja
nocaso
de HS.2vna
tal
propriedade nao so verifiea for,osamente, pois esta hlp6teseapenas impoe
aseparabilfdade
no ponto deaproxfrr.a,ao
de fun,ao de custo transloq auma
[uneao de custo quadratlca duplamente diferenciavel (qualqcer) (20) Neste caso I'kme
igual a !lIm' mas dHerentede um.
Para que a ~ondlcao c.l sOJa sattsfelta
e
necessario (0 suficie~te) que ~aoso rejeitem as duas hlpoteses:
H5.3 (I
m
"0
/ .'
Ern ambos os cases SUDce-se c.Je, quer 0 trabalho, quer
°
capllal, tem umaelastlcldade Inflnita em rola,ao aos inpcts Importados
Flnaimente a condlcaQ d) 56
e
satisfeita se" km =P
1m ~ 0, 0 que impoe a nao r'ojel,3o da hlp6tese:H5.5: 1im=-(It(Im i = k, I.
- - - _
...(19) A ceriva<;ao ceste resultado pode fazer-se do seguinte modo" No caso da fun\:t1o translog, a condll;ao de separabilid2ce (cr. nota 2) escreve-se:
dande se deduz HS.l. Para mais detalhe ver Berndt e Chrlstensen (1973 b).
(20)0 ponto de aprox1ma<;ao If; lnterpretaao como aqucJe em que a 1. e 2~ derlvada de arnbas as
fun~ees sao respectivarnente dadas p1r (Xi e "( 1J {Blackbory et al (1978, p_ 299t ReSL<lta entao (eL 0.2.) que: Sj "" at, 0 que pe-tmite de-flVar HS,2 (J3 Que ~ I<m "" Illm),
A validade das hlp6teses HS.3 ~ HS.S. e analoga a da hlpotese '15.2 no
sentleo de que cia
e
apenas assegurada no "ponto de aproxlmar;ao ..(21)o
teste de cada um3 das hlpoteses que se acaba de "eferlr (Hlp6,eses HS. I- H5.S) pode reaJizar"se, atraves do calcuJo da estatlstlca (55 - 5S)1 r
c
r:
e
0numero 0e restrl,5es
da hipOteser
l'
m)mera de graus de Jiberdade dos residuos (r I " 13, na presenteap
1 icar;ao
~
S5: soma generalizada dos quadrados des resid~os do modelo sem , . restl"i~oes (modele 4.6).
.
.
SSe: soma generalizada dosquacrados dos
residuos
do modelo COMrestrl~5es
(oc seja
0 modelo, queresulta
da substirui(~O em (4.6),das
restri~iies
'mplicadas peJa hip6te2e a test.er (22) )Com efeito, pode demonstrar-sc (ver Berndt e Christensen (1973b, p.
92~93»:
a) que p tern ass'mptoticame~te urna distribui~ao FCr/13) e
b) que a apllcar;zo deste teste forr,ece assimptoticamente os mesmos resultados qvo 0 teste do racio de verosim i \han~a,
(21) Nestas cOMh;:5es as hipot€'ses H5.3 - H5.5 Mo facilrrente derlvadas, Ass1rn, p~r exemplo,
para que
P
km ;:;: i31'f! '" <.x.>,e
necessarlo Q!;e se verifique ou HS.3 ou HSA aado que (Xi ::. 5j(ver (3A) e, para mais deta1r.e, Denny e May (1978, p. 68)),
(22) No caso em que as restr1<;ees respeltam os parametros que Mo aparecem no modelo a estlmar (e 0 caso de1'km' "(1m e am); estes pararretros sM substltuldos pel
os
cutrosde acordo eoIT' 0 Sistema (4.:n.
6. AD
IicacilQ
Leconom iiLPortuguesaApresentam-se, em orime.iro lugar, os dadOS estatisticos utlllZadOS,
defininco-se, deste [",odo, 0 campo do estudo; ern seguida, anal1sam-se os resultados.
6.1. Os dados estat1stlco5 e 0 campo do estudo
A insufic'.encla de dados estatisticos (em particular sabre os bers }nlermedios) impcs duas limitacoes ao campo do estudo:
a)
a
utiliza~ao de dados anualS sabre um periodc reduzido( 1976-1984);
b) um nivel elevado de agrega~ao (0 conJunto de ramos de activicade proctutiva)(23)
Nestas condi,oes 0 s'gnl f ic2dO das varltveis do modelo
e,
oa presenteapllca,aa errplrica, 0 seguinte:
Sm racio: 'my! (PIBC' + xmv)
Xmv: bens inte,med'os importados (em valor)'
PIBCF: PI'oduto Ir,lerna Bruto a Custc de Factol'os (em valor)
Sk: racio: exoedente bruto de exolora~aol (PIBCF + Xmv) 51 racio: Remunerac;6es do t,abalhol (PIBCF + xmv)
Pm: Deflator de Xmv (Pm " 100,
paca
0 ano de 1977)Pk: indlce co custo de utilllC<;30 do capital(Pk = 100, para a ana
1977)
PI: indice de evoluc;ao do salaria nominal n3 Industria transformadcra (PI = 100, para 0 ano 1977)
OS valores dostas sel'les, assim como as respectlvas fantes e~contram-se em anexo. :-.10 entanto, os aspectos re lev antes para a compreensao cos resultadOS de estima~ao merecem ser aqUI coment2dos.
(23)Ser1a preferivel con(lnar-se 0 estudo a industria transrormadora, POlS e nesta rarro, que
o significado dos lnputs intermedios, corro 811.35 0 prOprIO SIgnificado da fun~ao de
produ<;ao, adquirem urn cont€UdO mats preciso,
L Os valores de Mv (asslm como os de Pn) (oram obUdos a partJr dos dados publicados pelo INE (des de 1976) segundo
a
classif\c2\aOeGCE (24),
na
qual0
criterio de imputa,ao das importa~6esas
diferertes classesse
basela na ut!liza~ao mais correnteTrata-se, portanto, de uma .aproxima,ao, polo que seria mais rlgo;050 calcular Mv e Pm a partir dos Quadros de entradas e saidas
WES) das concas nacionals. Nao foi passivel seguir
esta
via porque os QES dlsponiveis respeitavam apen2s ao periodo 1977-1981 (25)2..0
;ndlce
de custc de capital (Pk)foi
calculado, segundo uma formula inspirada no bem coohecidometoda
de ,Jorgenson)P
fcom
/
. D( deflator de forma<;fio brut a de capital fixe (totail
tt: taxa de
Impasto
,
sabre as socledades 0: taxa de dopcecia\aoIe: taxa
de juro de eredlto a longo prazo3. A variavel PI deveria
definir-se como
0 indlce de customedio
dotraba
1hoe nao
como foi ceflnlda anterlormente.Contudo,
naoexlstem Informa,oes
quepermltam
com 0minlmo
defiabilidade
construiruma cal serie
para todo 0 perlado(note-se
que nem a serle do E'mprego global e Gisponlvel)4. A inexistencia de series dlsponivels sobre 0 stock de capital e c volume de emprego aconse1tlaram 0 calculo de sk e 51 segundo a
(orma Indlrecta, antericrmente indicada.
(24)(6CE - Class1flca~ao p:)r Grandes Catego:"ias Economicas. As tres grandes categorias sao os bens de equiparrento, os bens de COlISumo e os beDS inte~me{Hos,
{2S) Segundo Den'1Y e May (1978, p. 60) esta via apresenta tambe'Tl dais l;;ccnvenientes·
a) os proprios QES sao frequentemente elaboraoos a partir da hlp6tese de urn ra;:10
1nputloutput constarte.
b) os OES nat) 530, err geral, dlsponive15 para todos 05 peril>dos, pelO Que e necessarja
recorrer a Interpolat;oes,
·
t:
assim UUI ter preSe~tc, aquando da ir,terpreta,ao dos resultados, Que a soma dos rendlmento5 do capital (i.e. 0 exceCente bruto de explora:;ao) com os rerdimentos do trabalho (i.e.as remunera,oes com inclusao cas quctiza:;oes sociais)e,
poc dofini,ao, igual ao Produto Interno Brute ao Custc de Factores (PISCH Oeste modo altera:;oes nas utllizar;oes destes factores 0\1 nos seus pre:;os, poderao afectar directamente a Quota de coda um doles no Rend imento t,aci onaL6.2 Os resultados
Os Quadros 6.1-63 e a Figura 6.', mostram os principais resultados obtidOS na estima:;ao. Os restantes resultados eccontram~'se no anexo 2
Comc<;ar-se-;l pela interpreta,20 cos resultados (sec<;ao 6.2.1) e em seguida (sec,ao 62.2) analisar-se-a a Sl,arobustez.
/
6.2.1 .. A interpreta,ao dos resultados
Os princlpais resultados s~o par um lado, as estimatlVas das olastic;dades e por outro Jado, os valores das estatistlcas Que permitem analisar a questao da seoarab:lidade.
6.2. L 1. As estlmatlvas das elasticidades
As estimatlVas ootidas para as elasljcidades DreCQ (proprias) dos tres factores, embora diferentes entre 5i, sao tcdas em modulo Inferlares a Un".
(Quadro 6.2.). Portanto, de acoroo co'" estes resultados, 0 aumento do pre,o dum (qualquerl dos tres lactores acarreta (ceteris-paribus) (26), urn acrescimo na despesa dlspendida com esse factor. Este acreSclmo
e
particularmente importante no caso das importar;oes e do trabalho.o
baixo valor obtldo para a elastlcidade pre;;o dos Inputs importados (Emm) tem - se tomarmos em conta 0 elevado peso desta parcela no total das irnportacoes - implica:;6es Importantes ao nlvel de polltica cambial uma desvalorlza,ao do escudo agrava claramente 0 dHice da balan,a comerciaL(26) No Quadro do prese.1te modeio, ceterls paribus signlflca que 0 preyo dos outros inputs. asslm como 0 nivel de output, se mant€'m constantes
Assim, a titulo de exemplo, uma desvaloriza,ao de 10% em 1984 acarretaria (ceteris paribJs) um acresclmo
na
despesa em importa,6es(expressa em escudos) em cerca de 8,7%, Os efei:os POSitlVOS desta desvaloriza,ao ape12s poderao porvir por outras vias nao co%lderGdas no pre5ente traba'ho(27)
o
ractor trabalho apresenta igualmente uma elasticldades preco balxa 0que dove reflectlr a tradlclonal rigldez deste factor que, no caso da economia portuguesa,
e
frequentemente referida.A principal ImplicaC;2o " rellrar deste resuJtado e a de que uma balxa no Salario, nao lmplica dlrectamente urn acresclmo significativo no nivel de emprego. Um tal aereselma 56 padera processar~se por via Indirecta (par examplo, a baixo do saitwio acarrotarla "en" dlmlf\ulc;aa nos pre,os, 0 que aumentzcia as exportac;5es e consequontemente 0 output e 0 emprego), No Que respelta ao capital os resultados mostcam que
e
0 factor de produ<;ao que de lange apresenta O",aior eiastlcldade pre<;:, A pracura deste factor e asslm relativamente senslvel as varia<;oes .na taxa ce jure e ao , pre<;o de forma,ao brlJta de capital fix~ que' sao as principalsdeterrnlnantes do custo de capital (ef. seo(iao 6. . U
,
Como co~)ent;jrio final, sobre as elastlcldades pre<;o proprlas, e de referlr a estabilldade dostes va;oros ao longo do perlodo de estlrna,ao, 0 que pode nao surpreender se considerarmos 3 reduzida dlmens~o deste u1tirr:o A
unlca aletra~ao dlgna de l'Jota respelta aes inputs irnportados cuja elastlcidade enos anos 1976 a 1978 (jlgelramento) Dositiva,
A expllca,ao dosles valores
e
multo provavelrnente a segl:ir,te Devldaa
inexistencia de' stock:s de produtos importados, assumiu-se implicitamente
Que, em cada 2no, todos as Inp0ts Importados fararn erectlvame~te utilizacos (ou proclJrados), Ora nos anos em causa (1976-',978), esla hip6tese nao dey! ter sida verlflcada; pols as fortes expectatlv8s de desvalorlza<;ao do escudO entilo vi gentes, devern ter levado
a
cor.stltui<;ac de stocks, Em consequencla, neste perlodo a pre<;o das importa<;5es aumentou fortemente (56 em 1977 a taxa de desvalorlza<;3o do escudo fol superior a 20m e a procura de importa<;6es varlou no mesmo sentleo; 0 que justlflcarla 0 valor positlvo obtldo para a elastJcidade pre<;o.(27) Estas pOSSlveis vias serlam essenclalrl'ente tres: 0 aumento das eXDortal;oes; a redur;ao de
imp-ortal;6€'s de bens iia:) intermed1os. a q'Jebra do nlvel de output (0 c;ue imp;lcaria
ulT'a var1ac~o no mesl1'o senti do das importa<;5€'s).
Passanco agora as s;lasticiQades de. subst.ttuj;:aoj 0 ;esul~ado mais
destacavel refere-se a complel'7",entar i{'dade entre os bens lcterrneCios
lmportados e 0 (r'3balhO ( ~ 1m < 0), Em consequencia (eL secc~o 33J os outros pares (ou seja: 0 trabalho-capital, ,Pik' e importa~oes - capital,
~km) s~o scbstltulve!s,
Uma i'llpllcal:;ao lmportante deste 'resuitado
e
a seguinte: 0 aumen:o de pre~o das Importayoes (oor exemp10 devido a uma desva1oclza,ao doescudo) acarreta 0 aumento da quota de capita' no (Jsto total ef": preiuizo
00
factor traba:hD, Como a presente aplica,ao empiricae
ao nivel agregado, resulta Qee 0 accescimo no r;re,o das irrporta,oes se refiocte na altera,ao da dlstritlui,ao do rendlmenlo naoional em beneficia do factor capital (e consequcnte prejulzo dO faclor trabalho) Esta altera~iio pode ainda ser aconluada pelo facto da eiasticldade pre~o prOpria do factor traba'lro Ell ser mu'to baixo, De notar, como 0 derror,stra Burgess (1974, p107), que uma tal altera,ao 56 ~ao se veriflcaria so os foctores trabalho e
capital livessem a mesma elasticidade de sJbstlhl:,ao em rela,ao aos
bens Intermedios importados (!Jkrct "fllm ), 0 que nao
£"'0
case.o
valor ohtldo para a ela!Sticldade de substitUi~30 entre 0 ,rabalho 0 0capital (~ik)
e
inferiora
uridade (cerca de O.6r Esta estimatlvae
assirr. oa mesma orcem de granceza da obtida em Sousa (1977), Que apllca Lmafunc;ao de produc;ao com el.asticldade de SUDstitui<;ao const<mte ('} industria
transformadora portuguesa(28)
6.2)2 A Quest~o da separabll idade
Os resu:tados Obtlcos sugerem claramente que 0 trabalhO e 0 capital apresentam elas~lcldade de substltui,ao difel'entes em rela,:lo aos Inputs Importados, Scrae
estas
diferen,as signlf;catlvaS?o
Quadre 6,3 responde aflrmatJvameotea
eSla quesUlo e todasas
hlp6teses de separaoilidade discutidas na sec<;ao 5 sao rejeltadas (mesmoa
um rivei de sjgnific§ncl3 de 1%) Conclui-se, portanto, Que nao se verjf'cam as condl,6es de sepac2!'lilldaae requerjdas pelas formaliza~6es tradlcionalsdos inputs impcrtados),
{28} Os periodos de estlmac~o si'jo 1953-1965 e 1960-1978. No Que respelta ao prime1ro periodo 0 cut~r co1)c11...1 (p. 30) "a elasticidade de substitUh;ao aPfeser.ta probablJldades de
ser infer:or tJ ~nidade" e no quE' respeita ao segundo "3 elastlcidade de substltul~ao e
inferior a unidade" (0, 38).
6,2,2, A
robustez
dosresultados
Nao obstante a reduzida dimensao da amostra, as Bst1matlvas cbtidas apresentam Uf\"a
notavel
robustez econometrica, AssimI) 0 Quadro 6, I, mostra que todos os parametros (com
excep,ao
de "tkO')sao c\aramente
signjficat~vosa um
nlvel de slgnificancia de5%,
2) A
figura
6, I representa os va~o~es estlmados e os observadosdas vaclaveis end6genas,
t
de notar a notavo;
quallcadeoestos
ajusto-nentos e em part iClIlar no Que respeHa a sl e sm'•
•
Quadro 6.1. Par5metros Estjma~~o dlrecta(29) " 0<. I = 0.496 (63.58)"
O<.k=
0.305 (315),
'ill
= 0.214 (11.9),
Ylk = -0.053 , (-:303) ,"
~kk = 0.056 (2.59) . Estlma<;:ao Indirecta(30) A 0<.m
= 0.199 (4053)"
='j
1'Yl 0.161 ( -7.54),
'lkm
= -0.0029 . (-0 15) ~ / .I'mm
o
164 (4.4) ..
, , ,entre parenteses fjqurarn 05 valores de est3t~stleas t (29)
(a U't! tllvel de s1gnificanc:a Oe 5%, 0 valor critico ce It I ede2.16), .
as f6rmulas de calculo das estimat!vas destes pararr1e~ros (30)
e das suas varlanc:as encontram-se :Ja secc~o 4.2,
• •
Quadro 6.2 Estlmatlvas das Elastlclcades (31)
Elastlcidades preco (proprtas)
1976 o 105884 1977 0.0 19636 )978 0.067979 1.979 -0.0327<:9 1980 ~0.()68731 1981 -0.072005 1982 -0.061965 1983 -0.096822 1984 -0.122626
,
-0067383 -0.072218 -0.068534 -0071')82 -007356 -0.074694 -0.072723 -0.068079 -0.055072Elastlcidades de sUDstitui~ao (cruzadas)
1976' -0.706957 1977 -0.6251 12 1978 -0.75933 1979 -063246 1980 -0.560831 1981 -0.561014 1982 -0604853 19S3 -0.610321 1984 -0.592926 - - - - ----:,.---;: 0.943741 0.952966 0.95207 0.960458 0.962761 0.963193 0963253 0.967536 0.970112 -0.51669 ~0.51 0941 -0.503651 ~OA99332 -0.501312 -0.500603 -0496823 -0.488815 -OA96249 > /
.
0.655273 0.64728<: 0.66}974 0.64265 0.27997 0.626987 0.633299 0.618941 0.60121 I(31) os valores de tij e 5ij sao obt1dos, substituindo nas formulas (2.7) e ~3,4), "flj por
"1lJ e Sj por St·
- - - -
-Quadro 6.3. Testes de separabilldade
.
Estatlstica
F(r/i3)
n
2de
Hlp6tese HO
restri<;oes
( r I 1 "' k)"Jrn """
I'f
k m Ykm= '11m = 0 2 d.-m • 0 I ",k =0,1 = 0 2 'Ikm ·-6.ko,m 'tIm = -.~Io,m 2 L....• . . _.Elasticidade
Val. estimado
associ ada
13 = Il ~I km 1m 30.3 .. = 1 35.7 J3 km =13 1m 1274.5 13 =~ km "13 1m 13 . 23077.5 ·km rJl 1m = ~ . , =13. =0 " [lkm
,m
14.7 " 31 'Val. critico
( a um nive! 1%)Conclusao
9.07 Hlp rejcltada 6.7 9.07 Hlp reJeltada i Hlp.rejeltada 6.7 Hlp rejeitadQ.
I - 6.7 Hip rejeitada-FIGURA 6.1:
.VALORES OBSERVADOS E ESTIMADOS
C")
0.6.,----
- -...
-.~--~----,0.55
0.5
0.45
0.4
0.35
0.3
0.25
0.2
0.15
+-~,---.---.----r--..,---;---,--l1976
1978
1980
1982
1984
Conclusao
Os bens interMedlOS importados foram, ,~o presente estudo, especificados como um factor de produ<;:M com GM eslatuto identico ao dOS Qutros doiS factor'es considerados (trabalho e capital).
Os resultados obtjdos ria estimacao com dados sobre a economiz por'lLguesa (perlOdo 1976-84) fornecem vill'ios ensinarnentos, entre os quai s, sao de destacar,
(a) 0 trabalho C 0 capital apr'osentam clasticidades de sUbstltUli;2Q significativamente diferentes em rela~3o aos bens intermedios importados Nilo ponanto correcta, pelo me~os no caso portugues, a eSpeCif!ca,aO 3Jtonoma, habitual, deste tipo de importa<;:5es, vista c;ue as ccndi<;oes de separabilidade requeridas para urna tal especifica<;ao rao sao verific3das,,
,/
(b) As elasticidades prcco (propria,,) dos tres factores sao, err modulo, Infer,iores
a
unidade e, COM excep,ao do capital, (uase sempre inferiores a 0.1o
baixo valor obtido P2"3 a elasticidade dos bens interrnediosimportacos assume urn signlf1cado partjcular~ na meclda ern
que· constitui urn mClcador fortemeote desencentivado~ da
ut~liz2~ao de polltleas de desva1or!zacao do escudo para meihorar a balanca cOC1erciaL
(e) Os bens intermedios importados e 0 trabalho sao faetores
tomp lemerltares,
Esta cornpiementariecade acarretara Que, a um aurnento do pre,o em escudos das importa:;:6es (devido, por exemplo, a uma desvalorizac30), se seguira uma redistribui<;ao do Refldimento Nacional em detrimento do factor trabalho
(d) A eJasticldade de ScbStitUlc30 entre as faetores traba1ho e capital
e
inferiora
unidade Este valor e portanto da rnesma ordem de grancez3 que as estlmados noutrcs estudos sabre a eeonom ia portuguesa,No entanto, a especifica:;:ao adoptada - funcao do custo translog apresenta insuficiencias a varlos nivels. Assim:
(i) A tecnolcgia de produGao subjace~te
e
uma tecnologia putty-putty. Adm:te··se, portanto, a possibilidade de rnodificara
tec~ologja de produ~ao sobre 0 capital exister.~e. Dor outro lado supce-se que os factores de produ<;ao sao hornogeneos, excluindo-sea
existencia de progresso tecnico end6geno.(i i) Os ajustarnentos dos factores de prOdu~ao aos seus nivelS optimos sao supostos instantaneos Este niveis optlrnos S20
fun<;ilo dos preGos DOS (actores que, por sua vez, sao consider-ados ex6gencs.
Tratam-se de dOis dominios que r:',erecem aprofundamentos uiteriores.
5e do ponto de vista da sirn;les formaHza,30 teorica, naD parecem surg:r grandes dlflcuidades;
Ja
a mesmo nElO se verifiea quando se pretende estimar tais formal1za,5es. De faelo, dois tipos de diflcGldades aparceem: a) a ootenG3o da mfDema,aD estatistlca necessariaa
estima,ao, e b) a~
escolha do rretoCo de es:!ma~ao que permita identifjca- 0 cooJunto dos
param·e tros.
Outro desenvolvimeht6 passivel de presentc trabalho, com particular interesse, consistira em incluir a especiffcar;ao adoptada num modelo macreconometrico geral. A estfma,ao de um tal modelo forneceria urn quadro de grande utilidade para a simula;:ao de medidas politicas econo"(llcas e, em particular de desvalorizar;ao, no contexto de economias fortemente ceperdertes do exterior em bens intermedios.
Tratar-se-Ia, assfm, de segu;r
uma
aberoagem semelhantea
Ja adoptada noutros trabalhos (ver por exemplo Krugman e Taylor (1978) e Gylfason e Schmiat (1983), com pelo meros dels tipos de vanlagons: (1).0cenJunto dos panlmetros seria estlrc,ado
com
base na mesma informa,:!o estatistica enao
obtido a partirde
diferentes e heterogeneas vias, (il) a formaliza(30 adopt ada nae irnperla restriGoes as elasticidades Desubstitui~ao dos bens intermedios importados, relativamente aos outros factores de produ:;ao
,/
Anexo A I: JystiflcaC30 do m.etodo de estlm3CSlo
Vamos demonscrar reste anexo que, sob a hlp6tese de norma·lidade dos reslduos, 0 metodo de estimacao utiJizado (cf. 5eo,1Io 4.3) fornece os estimadores de maxima verosimiiha"ca.
Reescrevem05 0 modelo a estimar:
5,,
o
=
(A 11)
o
que, sob a forma concentrada, vem:
s=X8+e /
o logaritmo da fLrcao de verosirt',1irlan,a, l,
e
(sob a hip6tese da normal idMe de e l:I I
(A 1.2) L constante ____ In
100
IT1 _
~__
(S-XBrO-1@IT(S-XB)2
2
So representarmos por "lJ
0 elementegenerico
de0 -I, eMae L pede
escrever-se, em term os
das varlavels domodelo
(A 1.1),como
(32)T 1
L =
cOr)stante
+ ._ _:n 10 -11 _ _
Li LJ criJ(SI-XIBI-ZlbY<SrXjBJ-Zjb)2
2
(I,J=I,2)
- - - . - -
(32) De notar que devldo a propriedade do produto Kronecker:
Os estlmadores de maxima verosimllhanp de 0, B 1,beB2 sao evldentemente a solu.;ao do probler:",a de cpt\mlza<;ilo
max l
e portanto a solu~ao do sistema de eQua~oes:
iJ l EA 1.3) ~..___ ~ 0 (l,j=I,2)
a
"Ij iJ l (A 1.4) ~.~_= 0 00 1 -ol ./ (A 1.5) -0 ob ill (A 16) =0a
B2 Se calcularmos (A 1.3), resultar:i: ill T - _ . (51 -XI BI - ZI bY (SJ-xJ
OJ _
Zjb) ~--- = -~-.. " 1 Ij i ) "J
2 2 donde se deduz: T auseJa
aexpressao
(4.! 2).-36
Se calcularmos (A 14) - (A 1.6);
a
L iIB 1
il L _ ...~_= 0'112'1 (5 1 -X I B 1 -Zlb)+O'22Z'2(S2-X2B2-Z2b) ·ob '0'12 2'1 (s2- X2B2- Z2 b ) + 0'21 Z'2(sl-X1BI-Zlbl /Igualando estas declvadas
a zero, e
passa~doos
termos que nao contem'os.'
parametros B I' b eB2, para 0 segundo membra res"ltam as equa,5es ,
So oscrevermos esto sistema sob a forma matrlclal e resolvermos em ordem a B I' b 0 B2, obtem-se
-I
",II X',X 1 l:J",llx'IZJ ",12X'l x2 ZJ"IJX'1 5j
BI I
J(J
JZ q .Jl
x
~':;:J '" 1) Z'I Z) !J,,)2 Z'J X2 !i l:J "iJZ'1 5) (A1.II) b = B '" 21 X'2 XI "J '" 2) X2zJ
'" 22 X'2 X2!J a
2J
X'2SJ
au SOja 0 Sistema (4,10), -37AS estlmadcres de maxima v2"oslmllhan,a para 0, 8 1 be 6 2, , obtem-se
porta~tc (dado um valor iniclal para 0 vector
dos
reslduos) a partir de (AI ,7) e (A 1,11), De notar q'JC 0 metoda de ostlma,ao tem de ser lterat',vo,caso cortr'lI'lo
2S solu<;oes obI idas em (AI,
11) depcndem do valor estimado em (A 1.7) para a Ij Acaba-se aSSlm de demo'nstrar a ec;uivalenclado
metodc de estio1 a<;ao utilizadc e 0 m.etodo de maxima veroslmilhan,a/
Anexo A,2: Resultados
Quadro A2.1: E1ast:cjdades pre:;o (estimadasl
t1k
~lm
tk]
1976 0,189283 -0,12425 0.350824 1977 0.197256 -'0,124565 0,321044 1978 0.213672 -0.140609 0.327351 1979 0.212638 -0.138039 0.289704 1980 0.205246 ~O. 13 16 I 5 0.275375 1981 , 0.205849 -0.1326 0.272945 1982 0.212798 -0.13991 0.274011 1983 0.21743 -0,152852 0,2465 1984 0,214002 -0.159185 0,2258 Ekm tm1tmk
1976 0.165866 -0.378495 0}5793I , 1977 . 0,189896 -0.310<147 0.303003 1978 0.176.3 -0,374363 '0.339003 1979 0,209628 -0,2851 I 0.339555 1980 0,225937 -0.245925 0.305898 1981 0.227658 -0.244225 0,294342 1982 0,222812 -0.261703 0310891 1983 0.242314 -0.243067 0323999 1984 0,260449 -0,222688 0.352102Quadro A2 2, E
la~tlcidades pre~0
(33)Ell
Elk
Elm
1976 -0.059622 -0.177202 -0.1 1758 1977 -0.073093 0.209765 -0.136673 1978 -0.074948 0,240788 -0,16584 1979 -0.07317 0,2309 -0.157729 1980 -0073563 0.196032 -0,122449 1981 -0.074168 0.185493 -0,1 1 1325 1982 -0.072745 0.199254 -0,125169 1983 -0,07061 0.20789 -0,135102 1984 -0,055706 0.221656 -0,160923
(33) a dlferem;a entre Elj
e
tij e a seguinte: Enquanto err. EIJ se utllizou 0 valor h:storlco 5j.ere tiJ utllizou-se 0 valor estlmado 51