1
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
Prof. Me. Ayrton Barboni
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ... 2
2. EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO) ... 2
2.1. Ordem de uma Equação Diferencial Ordinária ... 2
2.2. Grau de uma Equação Diferencial Ordinária ... 3
2.3. Solução geral e particular de uma EDO ... 3
3. ALGUMAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS ... 4
3.1. Equações Diferenciais Imediatas ... 4
3.2. Equações Diferenciais Autônomas ... 4
3.3. Equações Diferenciais de Variáveis Separáveis ... 5
3.4. Equações Diferenciais Exatas ... 6
3.5. Equações Diferenciais Lineares de 1ª Ordem ... 7
3.5.1. Solução de uma EDO Linear de 1ª Ordem ... 7
3.6. Equações Diferenciais de Bernoulli ... 9
3.7. Equações Diferenciais Lineares de 2ª Ordem ... 9
3.7.1. Equações Diferenciais Lineares de 2ª Ordem com coeficientes constantes ... 10
3.7.1.1. Solução de EDOL Homogêneas de 2ª Ordem com coeficientes constantes ...10
3.7.1.2. Solução de EDOL não-Homogênea de 2ª Ordem com coeficientes constantes ...11
2
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS
1. INTRODUÇÃO
Estamos apresentando apenas um resumo sobre algumas Equações Diferenciais. Deve-se consultar, para maiores informações, o livro indicado na bibliografia desta apostila.
Vamos introduzir o estudo das equações diferenciais apresentando o seguinte problema: Suponhamos que f sejauma função real de variável real x, onde y = f (x). Se conside- rarmos a equação y x 1, queremos obter y que a satisfaça.
Solução:
Esta equação pode ser escrita na forma: dy x 1 dx ou
1
d y x dx.
Integrando, membro a membro, obtemos
2
2
x
y x c, c .
Observação: Podemos verificar que
2
2 x
y x c é, de fato, solução da equação dada, pois substituindo
2 2
1 0 x
y , tem-se a identidade: x 1 x 1, x . 2. EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO)
Chamamos de EquaçãoDiferencial Ordinária a toda equação que envolve uma função
y f x de uma variável, assim como também algumas de suas derivadas ,y y, y, Notação:
y
( )n
F( , , , , ...,
x y y y
y
( 1)n)
o uF( , , , , ...,
x y y y
y
( 1)n,
y
( )n) 0
Solução da equação diferencial é uma função incógnita, onde y f x
, quesubstituída, juntamente com as suas derivadas, na equação diferencial, resulta em identidade. Exemplos de equações diferenciais:
a) dy x 1
dx b) y y 2 c)
2 " 7y xy 21 0
d) y 5x1 e)
dy x dx
2 f)
y 3
x21
y4( ')y 5 y'' 1 Nota: Uma equação diferencial que apresenta derivadas parciais de uma função incógnita é chamada de Equação Diferencial Parcial.Exemplo: x y t y y
x t
, sendo y f x t
, .2.1 Ordem de uma Equação Diferencial Ordinária
Ordem de uma equação diferencial é a maior ordem das derivadas de y f x que comparecem na equação.
3
2.2. Grau de uma Equação Diferencial Ordinária
O grau de uma equação diferencial é o maior expoente da derivada de maior ordem que aparece na equação. Vemos, nos exemplos, que (a), (b), (c), (d) e (e) são de primeiro grau e (f) é de terceiro grau.
Nota: Os conceitos de Ordem ou Grau de uma equação diferencial devem ser entendidos diante de um conhecido intervalo de variáveis, pois, caso contrário, algumas situações desconfortáveis podem ocorrer.
Exemplificando:
Pede-se o Grau e a Ordem da equação diferencial (x x y) ''x y2( ')35. Veja que:
a) Se x ]0, [, então (x x) 2 x e a equação 2 ''x y x y2( ') 53 é de segunda ordem e primeiro grau.
b) Se x ] , 0[, então (x x) 0 e a equação 0. ''y x y2( ') 53 é de primeira ordem e terceiro grau.
c) Se x0, então não teremos equação diferencial.
2.3. Solução geral e particular de uma EDO.
A sentença
y c e
x, c , é chamada de solução geral da equação y y 0 (visto que [–ce–x] + [ce–x]=
0, é uma identidade, 0 x 0e
, x ), pois representa o conjunto de todas as suas soluções.
Ao estabelecermos, por exemplo, os valores c2, c1 ou c 1, na solução geral, teremos as soluções
y
2
e
x,y e
x ouy
1
e
x, chamadas de soluções particulares da EDO.Se quisermos a solução particular que contenha, por exemplo, o ponto (0, ½), basta substituirmos x0 e y = 1/2 na solução geral, 1/2 = c.e–0, e obtermos a constante c = 1/2 correspondente. Neste caso, a solução particular que tem o ponto (0, ½) é y = e–x/2.
y = 0
2
x
1
-1
-2
y -x
-x
-x -x
y = 2e
y = - 2e y = ce , c > 0
y = ce , c < 0 y = e
-x
4 Se pedirmos uma solução que atenda a condição y(0) = 1/2, então estaremos solicitando a mesma solução particular y = e–x/2.
3. ALGUMAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
Uma equação diferencial de 1ª ordem e 1º grau y F ,
x y pode ser escrita na forma diferencial P x y dx Q x y dy
,
, 0, onde as funções de duas variáveis P e Q são contínuas numa mesma região do plano.
F ,
y x y
( , ) ( , ) P x y Q x ydy
dx
P x y dx Q x y dy
,
, 0Apresentaremos, agora, apenas as seguintes equações diferenciais:
3.1. Equações Diferenciais Imediatas
As equações diferenciais ordinárias que podem ser reduzidas à forma
y
n
g x
são chamadas de equações diferenciais imediatas.Exemplo:
A equação y 2x 6 0 pode ser colocada na forma y 2x6, logo, é imediata. Solução:
Integrando y 2x6, sucessivamente, em relação a x, obtemos y:
2
1
2 6 6
y
x dxx xc ,c
1
.
2
3 21 1 2
6 3
3 x
y
x x c dx x c x c ,c
2
.A função
3 2
1 2
3 3 x
y x c x c ,
c c
1,
2
é a solução geral da equação diferencial.3.1.1. Exercícios Propostos
Encontre a solução geral das EDO
1) y 12x22 R.
y
x
4x
2c x c
1
2,c c
1,
2
2) y sen( ) 2x R. y cos ( ) 2x xc, c Encontre a solução particular das EDO
3)
y
e
x, sendo y 0 4 e y 0 2 R.y e
xx
3
4) y ' 6, sendo y
0 1 , y 0 5 e y" 0 2 R.y
x
3x
25 1
x
3.2. Equações diferenciais Autônomas
As equações diferenciais autônomas podem ser colocadas na forma dy f y( ) dx
. Exemplo:
Pedro depositou R$20 000,00 na poupança que paga 6% de juros ao ano. Pede: a) saldo ao final de 3 anos
5 Solução:
Temos que a rapidez de crescimento do saldo é proporcional ao saldo presente:
dS t( ) k S t( )
d t
(no caso, k = 0,06) Resolvendo a equação, tem-se queS t
( )
c
e
0,06t,
c
*No instante t = 0 o saldo da conta é S (0) = 20 000,00, daí, S t( ) 20000e0,06t. a) Ao final do terceiro ano, temos
S
(3)
20000
e
0,06(3)
23944,35
reais. b) O valor aplicado é dobrado: 40000
20000e
0,06( )t
t
= 11,55 anos. 3.2.1. Exercícios propostos:
1) A taxa de crescimento da cultura de bactérias é proporcional ao número N(t) presente a cada instante. Se N(0) = 100 unidade e sua quantidade dobra a cada 3 horas, pede a estimativa da quantidade ao final de 9 horas. ( ln2 0,6932 ) R. 800
2) A taxa de variação da quantidade Q(t) de uma substância radioativa é proporcional a quantidade presente da substância em cada instante. Pede determinar a constante de proporcionalidade, ao final de 1000 anos resta a metade da inicial. R. 0,000693 Qual é a porcentagem restante da substância inicial ao final de 2000 anos? R. 25%
3.3. Equações Diferenciais Variáveis Separáveis (1ª ordem e 1º grau: y f x y( , ))
Uma EDO separável pode ser escrita na forma: P x y dx Q x y dy
,
, 0, onde se tem P x y
,
P x P y1( ). ( )2 e Q x y
,
Q x Q y1( ). ( )2 .Vamos mostrar uma solução particular utilizando o exemplo:
Resolva a equação (x xy dx ) (xy y dy ) 0
,
x
1
ey
1
, que satisfaça a condição y 0 1.Solução:
Fatorando P x y
,
e Q
x y,
e separando as variáveis em cada membro da equação,temos:
1 1
y x
dy dx
y x
. Integrando os termos: yln y 1 x ln x1c, c .
Aplicando a condição inicial na equação obtida, isto é, x0 e y1, obtemos 1 ln 2 0 ln 0 1
c
e, daí, c 1 ln 2 lneln 2 ln( / )e 2 .Portanto, yln y 1 x ln x1ln( / )e 2 é a solução particular.
3.3.1
.
Exercícios Propostos6 1) cos( )x y dx e xsen( )y dy0, cosy
0 R. ln cos y
xe
x
e
x
c
, c2)
2 2
1 x y
y
, y
1 R.3 3
3 3
y x
y c, c
3) (x–y2x) dx + e-x(1–y) dy = 0 , y≠ ±1 R. ln ǀ1 + yǀ + ex(x– 1) = c, c
Encontre a solução particular das EDO
4) x ydxdy, x>0, y>0 , onde
y
4 9
R. 3 yx x15)ydx (1 y x xy dy) 0,x
1, y
0, ondey
0
e
R. ln y y ln 1 x e 16) Um recipiente contém 10kg de sal em 100 litros de água. Despeja-se no recipiente água pura na razão de 10 l/min e libera a mistura na mesma quantidade que entra no recipiente. Qual a quantidade de sal que escoa ao final de 30 min?
Observação:
S(t) é a quantidade de sal que sai ao final de t minutos.
10 – S(t) é quantidade de sal que permanece no recipiente com 100 litros de mistura 10 S( )
100 t
é a concentração de sal no reservatório após t minutos.
[10 S( )].10 100
t
= é a velocidade de variação de sal que sai por minuto = dS( )t
dt . Isto é: S( ) [10 S( )].10
100
d t t
dt
R. S(30) = 10 (1e3) kg 9,5019 kg
3.4. Equações Diferenciais Exatas
É conveniente lembrar que a diferencial total dF x y( , ) de uma função de duas variáveis, com derivadas F x y( , )
x
e
( , ) F x y
y
contínuas numa região do plano xy, é
( , ) ( , )
( , ) F x y F x y
dF x y dx dy
x y
.
Se F x y( , ) k, k , então dF x y( , ) 0 . Daí, temos a equação diferencial:
( , ) ( , )
0
F x y F x y
dx dy
x y
ou, de outro modo, ( , )P x y dx Q x y dy( , ) 0.
Clairaut: “F(x,y) tem derivadas parciais contínuas até 2ª ordem, então Fxy(x,y) = Fyx(x,y)” .
Proposição: Se P e Q são funções contínuas com derivadas parciais contínuas numa região R, então
“P x y dx( , ) Q x y dy( , ) 0 é exata P x y( , ) Q x y( , )
y x
”
Exemplo:
Resolver a equação (2 1) ( 2 ) 0
xy y dx x x dy
7 Temos que P x y( , ) 2x 1 Q x y( , )
y x
. Logo, a equação é exata.
Devemos obter F( , )x y :
Temos que F ( , )x x y P( , )x y 2xy y 1 e, daí,
F( , ) P( , ) (2 1) 2 ( )
x y
x y dx
xy y dx x yxy x y ( I )Por outro lado, F ( , )y x y Q( , )x y .
Logo, 2 '( ) 2 '( ) 0 ( ) 0 ccte
x x y x x y y
dx ( II ) Substituindo ( II ) em ( I ), tem-se F( , ) 2 cctex y x yxy x k Portanto, 2 C, C
x yxy x , é a solução geral. 3.4.1
.
Exercícios PropostosEncontre a solução geral das EDO
1) 2 ( 2 1) 0
xy dx x dy R. x y2 y C 0, C
2) y' x y2
x y
R.
3
2
C C
+ 0,
2 3
x y
xy
3) y exydxx exydy0 R. exy k, k 4) [2 sen( ) xcos( )] [ 2cos( ) xsen( )] 0
x y e y dx x y e y dy
R x2senyexcosyk , k
5) 3 2 2 (2 3 4 3) 0
x y dx x y y dy , y(0) = 2. R. x y3 2y4 16 3.5. Equações Diferenciais Lineares de 1ª ordem
Uma equação diferencial que pode ser colocada na forma
1 0
g x y g x yh x , com as funções g0, g1 e h contínuas num mesmo intervalo I, no qual g x1( )
0
, é chamada de equação diferencial linear de primeira ordem.Se h x 0, x I, então g x y1 g0 x y0 é denominada equação
diferencial linear de primeira ordem homogênea.
Exemplo:
a) y 2 y 0 x
, x > 0. (homogênea)
b) 3
y
xy x
3. (não homogênea)3.5.1. Solução de uma EDO linear de 1ª ordem
Temos que
g x y
1
'
g x y h x
0
( )
,g x
1
0
ex
I
.Dividindo os termos da equação por
g x
1
0
, obtemos y P x y Q x (I)Multiplicando ( I ) por
e
P x dx( ) , segue que:8 logo,
d
y e
P x dx( )e
P x dx( ) Q x( )dx
e, daí,( ) ( )
( )
P x dx P x dx
Q x dx d
dx
y e
e
Integrando, temos
y e
P x dx( )
e
P x dx( ) Q x dx( )
k
, kFazendo
I x
( )
e
P x dx( ) , segue que ( ). ( ) ( ),
I x Q x dx k
I x
k
y
.Resumindo:
A solução incógnita
y
f x
, da equação diferencialy
P x y Q x
é obtida pelas sentenças:a) I x eP x dx
b) I x Q x dx k y
I x
, k , é a solução geral da equação diferencial.Exemplo:
Resolva a equação diferencial y 2xy2x3.
Solução:
A equação é linear de 1ª ordem, sendo P x 2x e Q x 2x3. Logo,
a) P x dx 2xdx x2
I x e e e e, substituindo em (b), temos:
b)
2 2
3 2
2 2
2 2
x x
x x
I x Q x dx k e x dx k e x xdx k y
I x e e
, k .Daí, a solução geral
2
2 2
1
x
x
e x c
y
e
ou, então,
2 1
x2y x c e , c .
3.5.1
.
1 Exercícios PropostosEncontre a solução geral das EDO
1)
y
' 2
y
4
x
R.y c e
2x
2 1
x
, c 2)y
' ( / )
3x y
x x
4,
0
R. 3
2/ 2
yx x c, c
3)
xy x y x
'
2
2,
x
0
R.2 2 1
x
y c e
, c 4)
x y
'
(2x21)y x x
,
0
R. 1 2
2
2
x x
x
y e e c , c Encontre a solução particular das EDO
5)
x y
' 2
y x
2x x
,
0, (1) 1/ 4
y
R.2
2
1
4 3 3
x x
y
x
6) ' 2y ysen ,x y(0) 1 R. 1 6 2
5 (2sen cos ) 5
x
y x x e
9 8) Um circuito elétrico possui uma resistência R = 8 ohm e está sujeito a uma força eletro motriz E = 4 volts. Sendo o coeficiente de autoindução L = 0,2 henry, pede a intensidade da corrente i (em amperes) decorrido 0,01 segundos.
R Lembrar das leis:
Faraday L
d ( )
U L.
d i t
t
E L Ohm
U
R
R. ( )
i t
KirchoffE = U
L
U
R iR. i = 0,167 amper
3.6. Equações Diferenciais de Bernoulli
São equações do tipo y P x y
Q x y
n, onde n0 e n1 Observação: É imediato ver que y = 0 é solução da equação de Bernoulli.Procedimento para solução:
a) Dividir a equação dada por yn:
1
' 1
( ). ( ) (I)
n n
y
P x Q x
y y
b) Considerar z 1n 1 y
(II) e, daí, z' (1 n) yn' (III) y
c) Substituir (III) em (I): ' ( ).
1z
P x z Q x
n
z' (1 n P x z) ( ) (1 n Q x) ( ) (IV) d) Resolvendo (IV), obtemos z
e) Substituindo z em (II), teremos
1 1 n
y z que é a solução geral da equação.
Exemplo:
1) y y x y5 R. y = 0 e
1
4 4
4
4
(4 1) 4
x
x
e
e x k
y
, k ,4x(4 1) 4
e x k
2) y
1
y 4y2x
R. y = 0 e 2
2
x
y
x
k
, k , 2x2 k3) y 2xy x y4 R. y = 0 e 2 1 3
3
2
2
x1
y
k e
, k ,2 3
2k e x 1
3.7. Equações Diferenciais Lineares de 2ª ordem
10 num mesmo intervalo (vamos nos restringir a intervalos onde sejam contínuas).
As funções P e Q são chamadas de coeficientes da equação diferencial.
Se , x I, então a equação diferencial será chamada de homogênea. Se f x( ) 0 , x I, a equação diferencial é chamada de não homogênea.
Exemplo:
a) yxy2y0, x (homogênea) b) y 3 y x y senx
x
, x * (não homogênea)
3.7.1. Equações Diferenciais Lineares de 2ª ordem com coeficientes constantes Suponhamos que os coeficientes P x( ) e Q x( ) sejam constantes e, respectivamente, iguais a p e q. Assim, y'' p y ' + y = ( )q f x
Apresentaremos a seguir modo prático de resolução destas equações nos casos que sejam homogêneas ou não-homogêneas.
3.7.1.1. Solução de EDOL Homogêneas de 2ª ordem com coeficientes constantes
Consideremos a equação diferencial homogênea y'' p y ' + y = 0q e sua equação característica
r
2
p
r + = 0.
q
1º ) A equação característica possui duas raízes reais distintas:
r
1 er
2.Neste caso, a solução da homogênea é 1 2
1 2
h
r x r x
y c e c e ,
c c
1,
2
.
2º ) A equação característica possui duas raízes reais iguais:
r
1=r
2=r
Neste caso, a solução da homogênea é yh c e1 r xc x e2 r x,
c c
1,
2
.
Isto é, h [ 1 2 ] r x
y c c x e ,
c c
1,
2
.
O “reforço” x apresentado em
y
h é devido a igualdade das raízes.3º ) A equação característica possui raízes complexas:
r
1
i
er
2
i
Neste caso, a solução da homogênea é h
[ cos( )
1 2sen( )]
x
y
e
c
x
c
x
,1
,
2e
c c
,
*.
3.7.1.1.1. Exercícios Propostos
Encontre a solução geral das EDO
1) y4y3y0 R. 1 2 3
h
x x
y
c e
c e
,c c
1,
2
.
11 2) y 16y0 R. 1 2
4 4
h
x x
y
c e
c e
,c c
1,
2
.
3) y4y4y0 R. 1 22
[
]
h
x
y
c
c x e
,c c
1,
2
.
4) y6y9y0 R.y
h
[
c
1c x e
2]
3x,c c
1,
2
.
5) y4y13y0 R.
y
h
e
2x[ cos( )
c
1 3x
c
2sen( )]
3x
,c c
1,
2
.
6) y y 0 R.
y
h
c
1cos( )
x
c
2sen( )
x
,c c
1,
2
.
Encontre a solução particular das EDO7) y7y6y0, y
0 2 e y
0 3 R.y
h
[
e
6x
9 ] / 5
e
x 8) y8y9y0, y
1 1 e y
1 0 R.y
h
[
e
9(1x)
9
e
x1] /10
3.7.1.2. Solução de EDOL não-Homogêneas de 2ª ordem com coeficientes constantes
Consideremos a equação diferencial não homogênea y'' p y ' + =q y f x( ). A solução geral
y
G desta equação é dada pela soma das soluções da homogêneah
y
e uma solução particulary
p da equação não homogênea, considerando as raízes da característica e as formas de f (x): yG yh ypApresentamos, abaixo, algumas sugestões para obter yp:
* Equação característica (EC):
r
2
p r q
0
. ** P xn
eQ x
n( )
são polinômios de grau n, n .*** P xn
e Qn
x são polinômios completos de grau n com coeficientes a determinar. ****
m bi
, m ,b
* e i é a unidade imaginaria, são números complexos. *****c
,
k
1
e
k
2
.Obs: As sugestões para yp nos modelos valem para EDOL não homogêneas de ordem n2. 1Modelo:
f x
cem x, c e mRaízes da Equação característica Sugestão para
y
p-Se
m
não for raiz da ECy
P
Ae
m x-Se
m
for raiz da EC uma só vezy
P
Axe
m x-Se
m
for raiz da EC duas vezesy
P
Ax e
2 m x Nota : Se m = 0 recai no 2Modelo12 2Modelo:
f x
P xn( ), nRaízes da Equação característica Sugestão para
y
p-Se zero não for raiz da EC yP P xn
-Se zero for raiz da EC uma só vez yP xP xn
-Se zero for raiz da EC duas vezes yP x P x2 n
3Modelo:
f x
P x en
. mx, n e mRaízes da Equação característica Sugestão para
y
p-Se
m
não for raiz da EC yP P x en
. m x-Se
m
for raiz da EC uma só vez P n
.m x y xP x e
-Se
m
for raiz da EC duas vezes P 2 n
.m x y x P x e
Nota : Se n = 0 recai no 1Modelo Se m = 0 recai no 2Modelo
4Modelo:
f x
P xn
sen bx , f x
P xn
cos bx ou
n
1sen
2cos
f x P x k bx k bxRaízes da Equação característica Sugestão para yp
- Se
0bi
não forem raízes da EC. yP P xn
sen bx Qn
x cos bx- Se
0bi
forem raízes da EC. yP x P x
n
sen bx Q xn
cos bx
5Modelo:
f x
emxsen
bx , f x
emxcos
bx ou
m x
1sen
2cos
f x e k bx k bx . Raízes da Equação característica Sugestão para yp
- Se
m bi
não forem raízes da EC. yP Aemxsen
b x B emxcos
b x13 6Modelo:
n
mxsen
f x P x e bx , f x
P x en
mxcos
bx ou f x
P x en
m x
k1sen
bx k2cos
bx
Raízes da Equação característica Sugestão para
y
p- Se
m bi
não forem raízes da EC. P
sen
cos
mx mx
n n
y P x e bx Q x e bx
-Se
m bi
forem raízes da EC yP x P n
x emxsen
bx Qn
x emxcos
bx Nota: Se m = 0 recai no 4Modelo
Nota: Se f x
é uma soma den
parcelas, f x
f x1
f2
x fn
x , onde
i
f x , i1, 2, ,n, corresponde a um dos modelos apresentados acima, então uma sugestão para
y
P é que seja dado por1 2 p
P P P n
y y y y , onde, para cada
1,2, ,
i n , yP i é uma solução particular da equação para f xi
.3.4.1.2.1. Exercícios Propostos
Encontre a solução geral das EDO (ver soluções – Bibliografia - pág 337-346) 1)
y
3
y
2
y
2
e
5x R. 2 51 2
1 6
x x x
G h p
y y y c e c e e ,
c c
1,
2
.
2)
y
3
y
2
y
2
e
x . R. 1 x 2 2x 2 xG h p
y y y c e c e xe ,
c c
1,
2
.
3)
y
4
y
4
y
8
e
2x .. R. 1 2x 2 2x 4 2 2xG h p
y y y c e c xe x e ,
c c
1,
2
.
4) y4y3y3x2 R. yG yh yp c e1 xc e2 3x x 2,
c c
1,
2
.
5) y4y8x2 . R. yG yhyp c e2 4x x2 x c1,
c c
1,
2
.
6)
y
6
y
8
y
8
x
2 R. 2 4 21 2
3 7
2 8
x x
G h p
y y y c e c e x x ,
c c
1,
2
.
7)
y
6
y
8
y
3
xe
x R. 1 2 2 44 3
x x x
G h p
y y y c e c e x e
,
c c
1,
2
.
8)
y
6
y
8
y
8
xe
2x. R. 2 4
2
21 2 2 2
x x x
G h p
y y y c e c e x x e ,
c c
1,
2
.
9)
y
10
y
25
y
12
xe
5x.. R. 1 5x 2 5x 2 3 5xG h p
y y y c e c xe x e ,
c c
1,
2
.
10) 2y3y y 85sen 2
x R. 2
1 2 7sen 2 6cos 2
x x G
y c e c e x x
11) y2y 8 sen 3x
x R. 1cos
2 2sen
2 8 sen 3
48cos 3
7 49
G
y c x c x x x x
12) y 9y 24 sen 3x
x . R.
2
1 2
2
cos 3 sen 3 sen 3 3 cos 3
3
G c x c x x x x x
y
14
R. 3
1 2 1 2
13 4
cos 2 sen 2 (2 ) 2cos 2 , ,
x x
G
y e c x c x e sen x x c c
14) 6 13 8 3xsen 2
y y y e x . R.
1 2 cos 2
2sen 2
3x Gy c x x c x e
15) 2 2 x 2sen
3cos
y y yxe x x
R. 1 1
2
2 1
2
2 sen 2 cos
x x
G
y c x x e x c x x e x
Encontre a solução particular das EDO
16)
y
y
2
y
4
x
2, y
0 1 e y
0 4 R.2
x2
2x2
22
3
Gy
e
e
x
x
17)
y
4
y
sen
x
, y
0 1 e y
0 1 R.y
G
cos(2 )
x
1/ 3[sen( ) sen(2 )]
x
x
BIBLIOGRAFIA
Barboni, Ayrton e Paulette, Walter – Fundamentos de Matemática – Cálculo e Análise –