P
RINCIPAISC
ONCEITOS DEL
ÓGICAPRÁTICA DEENSINO DELÓGICA Millena de Andrade Almeida Gomes milliandrade@gmail.com
A
RGUMENTAÇÃOModo de expor ou apresentar raciocínios de modo a concordar ou refutar determinado ponto de vista, ideia, hipótese.
P
ROPOSIÇÃOAplicação da lógica para expressões que podem tomar dois valores distintos: VERDADEIRO ou FALSO.
Raiz quadrada de dois é um número irracional. (V) Buenos Aires é a capital do Brasil. (F)
Podemos formar expressões mais complexas utilizando operadores derivados da linguagem natural. Por exemplo, iremos introduzir os operadores “e” (˄), “ou” (˅), “implica” (→)), entre
outros.
S
ILOGISMOTipo de argumento composto por três proposições: duas premissas e uma conclusão.
Exemplo:
Todos os homens são mortais. Sócrates é um homem. Logo Sócrates é mortal.
A → B
B → C
A → C
P
RINCÍPIOSL
ÓGICOS Princípio da IdentidadeConceituar logicamente qual é a identidade de algo a que se está fazendo referência
O conceito deve ser mantido em todo o raciocínio
Princípio da Não-Contradição
Algo só pode ter um significado ou estado sob o mesmo aspecto e tempo
Princípio da Exclusão do Terceiro Termo
Não existe um meio termo entre falso e verdadeiro
T
IPOS DER
ACIOCÍNIO AnalogiaComparação de situação já conhecida com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida, aplicando a elas as informações previamente obtidas quando da vivência direta ou indireta da situação-referência.
A é N, L, Y, X;
B, tal como A, é N, L, Y, X; A é, também, Z
T
IPOS DER
ACIOCÍNIO InduçãoA partir de uma série de casos particulares e chegar a uma conclusão de cunho geral.
B é A e é X; C é A e também é X; D é A e também é X; E é A e também é X; logo, todos os A são X
T
IPOS DER
ACIOCÍNIO DeduçãoInverso ao raciocínio indutivo
As inferências ocorrem a partir do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral, para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a premissa
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. universal Premissa menor: Pedro é homem.
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular
L
ÓGICAP
ROPOSICIONALProposição
Aplicação da lógica para expressões que podem tomar dois valores distintos: VERDADEIRO ou FALSO. Na representação do conhecimento, ela representa um fato e é suposta verdadeira no mundo que representa. Exemplo:
Raiz quadrada de dois é um número irracional. (V) Buenos Aires é a capital do Brasil. (F)
L
ÓGICAP
ROPOSICIONALPodemos formar expressões mais complexas utilizando operadores derivados da linguagem natural. Por exemplo, iremos introduzir os operadores “e” (˄), “ou” (˅), “implica” (→)), entre
outros.
Não é suficiente para representar o conhecimento humano, não tem a capacidade de representar relações entre os objetos, só determina V ou F de sentenças.
L
ÓGICAP
ROPOSICIONALTabela Verdade
Tabela verdade ou tabela de verdade são um tipo de tabela matemática usada em lógica para determinar se uma expressão é verdadeira e válida
P Q P˄Q P˅Q P→Q P↔Q
V V V V V V
V F F V F F
F V F V V F
L
ÓGICAP
ROPOSICIONALTraduzindo fatos do mundo real para proposições
Exemplo: Encontrar a proposição que traduz a seguinte declaração do mundo real:
“Você não pode andar de patins se você tem menos do que 1,20 m a não ser que você tenha mais do que 16 anos”.
Definindo:
P = você pode andar de patins Q = você tem menos de 1,2 metros R = você tem mais de 16 anos
L
ÓGICAP
ROPOSICIONALComo expressar argumentos como??
Todo rubro negro é um campeão. Renato é rubro negro. Logo Renato é um campeão.
A adição de dois números ímpares quaisquer é um número par.
L
ÓGICA DEP
REDICADOSExtensão da lógica proposicional com mais informações que apenas as proposições para analisarmos argumentações.
Novos conectivos (quantificadores)
Novos símbolos para funções, variáveis, predicados, etc
Utiliza o predicado como base lógica
Predicado: função que retorna um valor verdadeiro ou falso de acordo com o argumento
Lógica de Primeira Ordem (FOL - First-Order Logic)
L
ÓGICA DEP
REDICADOSoExemplo:
oPredicado: é_denso
oSe avaliamos o argumento chumbo, é_denso retorna verdadeiro.
oSe avaliamos o argumento algodão, é_denso retorna falso.
L
ÓGICA DEP
REDICADOS– V
OCABULÁRIOSímbolos de pontuação: (,)
Símbolos de verdade: false, true
Variáveis: x, y, z, w, x1, y1, x2, z2...
Funções: f, g, h, f1, g1, f2, g2...
Predicados: p, q, r, s, p1, q1, p2, q2...
Conectivos proposicionais: ¬, ˄,v
Quantificadores: ∀∀∀∀, ∃∃∃∃
L
ÓGICA DEP
REDICADOS- T
ERMOSTermos são sentenças que representam objetos
Variáveis são termos
Funções cujo argumentos são termos também são termos
Exemplos:
x, a (constante, função zero-ária) f(x,a) se e somente se f é binária g(y, f(x,a), c) se e somente se g é ternária
L
ÓGICA DEP
REDICADOSVariáveis
Designam objetos “desconhecidos” do Universo. “Alguém”. São normalmente representados por letras minúsculas de “u” a “z”.
Letras Nominais
L
ÓGICA DEP
REDICADOS- F
ÓRMULAS Expressões atômicas ou nãoTodo átomo é uma fórmula da Lógica de Predicados Se H é fórmula então (¬H) também é
Se H e G são fórmulas, então (HvG) também é Se H é fórmula e x variável, então ((∀∀∀∀x)H) e ((∃∃∃∃x)H) são fórmulas
Exemplos:
((¬p(x)) v R)
(p(x) R) ((∀∀∀∀x) p(x) R)
O
RDEM DE PRECEDÊNCIA DAL
ÓGICA DEP
REDICADOS¬
∀ ∀ ∀ ∀, ∃∃∃∃
→, ↔ ^,v
G=(∀∀∀∀x)(∃∃∃∃y)p(x,y)→(∃∃∃∃z)¬q(z)^r(y) representa H=((((∀∀∀∀x)((∃∃∃∃y)p(x,y)))→(∃∃∃∃z)(¬q(z))^ r(y))
C
ORRESPONDÊNCIA ENTREQUANTIFICADORES
((∀∀∀∀x)H)= ¬((∃∃∃∃x)(¬H)) ((∃∃∃∃x)H)= ¬((∀∀∀∀x)(¬H))
Qualquer quantificador pode ser definido a partir do outro!
O
CORRÊNCIA LIVRE E LIGADASe x é uma variável e E uma fórmula, uma ocorrência de x em E é:
Ligada, se x está no escopo de um quantificador (∀∀∀∀x) ou (∃∃∃∃x) em E
Livre, se não for ligada
Exemplo:
G=(∀∀∀∀x)(∃∃∃∃y)
(
(∀∀∀∀z)p(x,y,w,z)→(∀∀∀∀y)q(z,y,x,z1))
F
ÓRMULAS FECHADASFórmulas ditas fechadas não possuem variáveis livres
Livres
G=(∀∀∀∀x)(∃∃∃∃y)
(
(∀∀∀∀z)p(x,y,w,z)→(∀∀∀∀y)q(z,y,x,z1))
Fechadas
G=(∀∀∀∀w) (∃∃∃∃z) (∀∀∀∀z1) (∀∀∀∀x)(∃∃∃∃y)
(
(∀∀∀∀x)p(x,y,w,z)→(∃∃∃∃y)q(z,y,x,z1)
)
L
ÓGICA DEP
REDICADOS- S
EMÂNTICAExtensão da interpretação proposicional Há interpretações para termos e expressões
Se U é um conjunto não-vazio, uma interpretação I na Lógica de Predicados é uma função tal que:
O domínio de I é o conjunto de símbolos de função, predicados e expressões
Para toda variável x, se I[x]=xI, então xI∈U
L
ÓGICA DEP
REDICADOS- S
EMÂNTICA Analogamente, para todo símbolo de predicado n-ário p, se I[p]=pI, então pI é um predicado n-n-ário em UpI: U**n {T,F}
A interpretação de um predicado zero-ário é igual à interpretação de seu símbolo
Se I[P] = PI, então PI ∈{T,F}
A interpretação de uma função zero-ária é igual à interpretação de uma constante
Se I[b] = bI, então bI∈U
L
ÓGICA DEP
REDICADOS- I
NTERPRETAÇÃODE
E
XPRESSÕESDados H=(¬p(x,y,a,b)) r(f(x),g(y)) e G= p(x,y,a,b)
(q(x,y)^r(y,a))
A interpretação I, onde U=[0,∞) I[x]=3,I[y]=2,I[a]=0,I[b]=1 I[p(x,y,z,w)]=T xI*yI>zI*wI I[q(x,y)]=T xI<yI, I[r(x,y)]=T sse xI>yI I[f(x)]=xI+1, I[g(x]=xI-2,
Lembrar que I[x]=xI
o objeto xI é o significado de x em I e xI∈N
L
ÓGICA DEP
REDICADOS- I
NTERPRETAÇÃO DEE
XPRESSÕESSintaxe x y a b p(x,y,a,b) f(x) g(y) q(x,y) r(y,a) H G
Semântica 3 2 0 1 T 4 0 F T T F
Observe que I[x]=3,..., I[H]=T,I[G]=T
As interpretações de f e g são elementos do domínio de I (N)
As interpretações de H e G e dos átomos p(x,y,a,b), q(x,y) e r(y,a) são valores de verdade
P
ROVAProblema dos lógicos é demonstrar a validade dos argumentos
Provar que Sócrates às vezes preocupa-se com a morteé uma consequência lógica das quatro premissas Sócrates é um homem,
Todos os homens são mortais, Nenhum mortal vive para sempre,
Todos os que virão a morrer às vezes preocupam-se com isso. Dado que Sócrates é um homem e todos os homens são mortais, segue-se que Sócrates é mortal. Daqui e da premissa de que nenhum mortal vive para sempre, conclui-se que Sócrates acabará por morrer. Pela última premissa, às vezes preocupa-se com isso.
Prova: demonstração de que uma conclusão decorre das premissas, estabelecendo conclusões intermédias
Passo de uma prova: evidência irrefutável de que uma conclusão intermédia é consequência das premissas e conclusões anteriores
P
ASSO IRREFUTÁVELUm passo de uma prova tem que ser irrefutável
Não basta que seja verdadeiro na maior parte dos casos, porque:
Quase todos os canadenses falam inglês (~85%). Josh é canadense.
Então Josh fala inglês.
Se Josh for um dos outros 15%, não fala Inglês – contraexemplo, argumento inválido
As provas podem ter muitos passos e a sua credibilidade seria muito reduzida
Segundo passo com 85% daria 0.85*0.85=0.72 (72%) Terceiro passo: 0.85*0.85*0.85=0.614 (61.4%)
P
ROVAS FORMAIS E INFORMAISDiferença é no estilo, não no rigor Prova informal (ex: matemática)
expressa em língua natural, omite os passos mais óbvios De Cube(c) e c=b prova-se Cube(b)
...preferível para comunicação entre as pessoas
Prova formal
recorre a número fixo de regras e usa apresentação estilizada
1. Cube(c) 2. c=b
3. Cube(b) = Elim: 1,2 … permitem a validação mecânica
C
ARACTERÍSTICAS DA IDENTIDADEIndiscernibilidade dos idênticos ou substituição (Eliminação do =)
Se provarmos b=c, o que é verdade para b é verdade para c
Reflexividade da identidade (Introdução do =)
Pode sempre provar-se a=a (nome refere 1 e 1 só objecto)
Simetria da identidade
Pode concluir-se b=a a partir de a=b
pode provar-se dos dois anteriores
Transitividade da identidade De a=b e b=c pode concluir-se a=c
pode provar-se a partir da indiscernibilidade dos idênticos
P
ROVAS QUE USAM A IDENTIDADEExemplo: prova da simetria da igualdade
= Elim: 2,1 e não 1,2 porque a primeira premissa P(a) é a=ae a segunda é a=b; esta é usada para substituir o primeiro apor b
1. a=b
2. a= a = Intro 3. b=a = Elim: 2,1
regra que justifica o passo
U
MA PROVA FORMALProvar Gosta(b,a) a partir de Gosta(a,a) e de b=a
1. Gosta(a,a) 2. b=a
…
Gosta(b,a)
Premissas
Conclusão
1. Gosta(a,a) 2. b=a
3. b=b = Intro 4. a=b = Elim: 3,2 5. Gosta(b,a) = Elim: 1,4
B
IBLIOGRAFIANilsson, Ulf. and Luszynski, Jan Ma. Logic, Programming and Prolog. John Wiley and Sons. 2nd Edition, 2000.