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ESTUDO SOBRE QUALIDADE DE VIDA, SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR EM UM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE, LOCALIZADO EM TOLEDO – PR, COM ÊNFASE NA NR 17 – ERGONOMIA

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Academic year: 2019

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TOLEDO – PR, COM ÊNFASE NA NR 17 – ERGONOMIA

ZALTRON, Aline1

GOUVEA, B. Josiane²

RESUMO

Este trabalho visou realizar o diagnóstico em atendimento à NR 17 em um escritório de contabilidade. A pesquisa teve o foco neste ambiente, devido alto grau de monotonia e repetitividade nos processos de trabalho envolvidos. A metodologia de pesquisa deste trabalho foi qualitativa e descritiva, tendo sido os dados coletados através de questionários. A partir da síntese dos dados levantados, realizou-se o diagnóstico do ambiente de trabalho e os pontos positivos e críticos identificados. Os principais resultados deste trabalho foram principalmente positivos, como identificamos, os índices negativos de afastamentos e doenças relacionadas ao trabalho, os equipamentos de trabalho adequados e o cuidado dos colaboradores perante à postura ocupada no dia-a-dia. O ponto negativo em especial, foi a falta de apoio para os pés, um equipamento de extrema importância, que evita muitas doenças consequentes da falta dele, como dores nas pernas, por exemplo, devido a má circulação, por não estarem mais alongadas e numa altura superior ao contato com o chão. Por fim, com este artigo, pretende-se orientar a empresa na melhoria do ambiente de trabalho, tanto a nível físico como psicológico, atendendo aos itens da norma regulamentadora (NR 17) que trata da Ergonomia, que é a ferramenta preventiva na redução de doenças decorrentes do ambiente de trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Ergonomia; Doenças relacionadas ao trabalho; Escritório de Contabilidade;

1 INTRODUÇÃO

No mundo do trabalho está cada vez mais frequente o aumento considerável e preocupante dos índices de afastamentos de trabalhadores por doenças como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e/ou DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), que são doenças relacionadas diretamente ao trabalho. Pesquisas do Ministério do Trabalho e Emprego,

1 Pós-graduando do curso de MBA Em Gestão de Pessoas – Turma X, do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Sul Brasil – Fasul.

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comprovaram que os maiores afastamentos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) são de doenças provocadas por esforços repetitivos, má postura no trabalho, equipamentos inadequados, prolongamento de jornadas de trabalho, dentre outros. Estas doenças afetam de maneira direta a saúde e o bem-estar dos trabalhadores.

A saúde é definida como um estado e, segundo LAVILLE & VOLKOFF (1993 pág. 29), pelas ausências de estados, como: “não patologia, não deficiência, não restrição à vida social, não miséria econômica”. Cada vez mais, a saúde é vista, preferencialmente, como o resultado de um processo de construção, e, os processos biológicos conduzem as condições de trabalho que podem influenciar positivamente ou negativamente na vida profissional.

Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde dos trabalhadores, foram avaliados os ajustes entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio da melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, uso adequado de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.

Este estudo é voltado à pesquisa das condições que não apenas evitem a degradação da saúde, mas, também, favoreçam a construção da saúde. Desta forma, o objetivo geral deste projeto se dá com ênfase na Norma Regulamentadora (NR 17) que trata da Ergonomia, ferramenta preventiva na redução de doenças decorrentes do ambiente de trabalho.

Deste modo, este projeto teve como principal objetivo, verificar e analisar os riscos ergonômicos no quadro de colaboradores de um escritório de contabilidade do município de Toledo-PR. Os principais itens a serem verificados e analisados são a postura, o uso correto dos equipamentos de trabalho, como distância e altura de monitor, teclado, mouse e assento, as condições de trabalho, como por exemplo: iluminação e ventilação, as possíveis dores decorrentes do serviço repetitivo e monótono e o espaço próprio e adequado para desenvolvimento das tarefas diárias.

2 Gestão de Pessoas

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pensando, agindo e interagindo com outras pessoas e outros elementos que compõem o sistema de Gestão.

Ainda por Gasalla (2009), a Gestão de Pessoas ocorre através da participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento de funcionários de uma empresa, e a área tem a função de humanizar as empresas. Ainda de acordo com o mesmo autor, muitas vezes, a gestão de pessoas é confundida com o setor de Recursos Humanos, porém RH é a técnica e os mecanismos que o profissional utiliza e gestão de pessoas tem como objetivo a valorização dos profissionais. Gasalla afima, que em uma empresa, a gestão de pessoas deve ser feita pelos gestores e diretores, porque é uma área que requer capacidade de liderança.

A gestão de pessoas possui uma grande responsabilidade na formação dos profissionais, e tem o objetivo de desenvolver e colaborar para o crescimento da instituição e do próprio profissional.

Gasalla (1991) afirma que, denominações a parte, essa jornada começa a partir da consideração do sistema humano como fator crítico e diferencial das novas organizações, o qual possui um peso específico, de enorme magnitude, no momento em que são concebidos a missão e o plano estratégico de qualquer organização e, principalmente, quando de sua implantação e do desenvolvimento da gestão estratégica da empresa. Podemos dizer que o comportamento humano e sua aplicação eficaz no sistema de funcionamento da organização são a vantagem competitiva renovada das organizações atuais e futuras.

Uma boa gestão dos elementos de uma organização causa um crescimento contínuo, através do qual todos contribuem para um ambiente de eficiência e eficácia.

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Gasalla (2009) afirma que, quando os problemas eram simples, toda informação podia ser concentrada e retida por uma única pessoa. Com o aumento da complexidade, é preciso aproveitar a informação e o conhecimento de todos. Em organizações cada vez mais abertas, seria uma estupidez desperdiçar a informação que chega por meio de cada participante. Existe uma enorme quantidade de conhecimento que não costuma ser aproveitada em toda a extensão da organização. Esse é necessariamente o papel daqueles que gerenciam o conhecimento, que tratam de “descobrir” o grau de conhecimento disponível e posteriormente elaboram mecanismos que possibilitem seu máximo aproveitamento por todos a fim de possibilitar a transformação da empresa.

Para finalizar este tópico, ao qual se refere à Gestão de Pessoas, conclui-se que um dos papéis mais importantes da Gestão dentro de uma empresa é cuidar da saúde e segurança do trabalhador, dar apoio necessário, atuar aplicando medidas para prevenção de doenças ocupacionais, priorizar pela sua segurança, como veremos mais profundamente no próximo tópico. Enfim, o cuidado com a saúde deixou de ser uma preocupação pessoal e hoje é visto como uma questão prioritária e estratégica para a maioria das organizações. Afinal, quando o capital humano apresenta índices de adoecimento significativos, isso será sentido no dia-a-dia corporativo, pois o talento poderá ter que ser afastar durante algum tempo do seu posto de trabalho e, nem sempre, haverá outro colaborador para assumir as atividades do profissional que se ausenta.

2.1 Saúde e Segurança no Trabalho

Segundo Silva (2006), a Saúde e Segurança no trabalho pode ser entendida como, o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade laboral. Por outras palavras, a saúde e a segurança no trabalho englobam o bem-estar social, mental e físico dos trabalhadores, ou seja, da “pessoa no seu todo”.

Para Cardella (1999), segurança é um estado de baixa probabilidade de ocorrência de eventos que provocam danos e perdas às pessoas (funcionários, clientes, terceirizados, fornecedores, etc.), ao patrimônio (estrutura física, equipamentos, ferramentas, etc.) e ao meio ambiente (ar atmosférico, solo, meio hídrico, rios, mares, lagos, lençóis subterrâneos, flora, fauna, etc.).

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a empresa, trata-se de uma atividade de valor técnico, administrativo e econômico-organizacional, de inestimável beneficio para os funcionários, seus familiares e a sociedade.

A Segurança no trabalho é definida por normas e leis, sendo que, no Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de normas regulamentadoras (As NRs) e outras leis complementares, como portarias e decretos, e também por convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho (Ministério do Trabalho e Emprego).

Em resumo, Saúde e Segurança do Trabalho nada mais é, que o conjunto de ciências e tecnologias que tem por objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando minimizar e/ou evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. (http://www.previdencia.gov.br/saude-e-seguranca-do-trabalhador). Quanto maior a segurança, menor a probabilidade de ocorrência de danos, acidentes, lesões, mutilações ou até mesmo mortes. (http://www.previdencia.gov.br/saude-e-seguranca-do-trabalhador).

Números alarmantes sobre acidentes e doenças diretamente relacionadas ao ambiente de trabalho têm contribuído para conscientizar as empresas sobre a importância de investir na Saúde e Segurança no Trabalho. Relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que estas causas são responsáveis pela morte de cinco mil trabalhadores por dia no mundo, somadas à realidade de que a maioria da força trabalhista mundial não tem à sua disposição segurança preventiva, serviços médicos, ou até mesmo compensação para acidentes ou doenças, as estatísticas apontam para um só caminho (http://www.dpunion.com.br).

Para os empresários que ainda acreditam que investir em Segurança do Trabalho é um gasto desnecessário, vale a dica de que, sim, ela reflete no bolso do trabalhador, mas também, e principalmente, no do empregador. Exemplos simples de gastos evitados por uma empresa que aposta neste investimento são: gastos com transporte do funcionário acidentado, com afastamentos causados por doenças ocupacionais, com contratação de mão de obra temporária ou permanente para ocupar o lugar deixado pelo trabalhador acidentado, com prejuízos materiais e com indenizações e com ações na justiça trabalhista civil, entre outros (http://www.dpunion.com.br).

Além disso, vale ressaltar que a Saúde e Segurança no Trabalho possibilita a realização de um trabalho mais organizado, e, como consequência, ao aumento da produção, já que, em um ambiente mais agradável e seguro, os funcionários produzirão mais e com melhor qualidade. Outro benefício é a melhoria no ambiente de trabalho e nas relações entre patrões e funcionários.

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por ruído, pneumoconioses e distúrbios relacionados à saúde mental (http://www.dpunion.com.br).

A Segurança do Trabalho é definida por normas regulamentadoras e leis da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABT), que obrigam as empresas a se organizar. Cada segmento profissional possui suas próprias regras. O Brasil também segue as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho (http://www.dpunion.com.br).

2.2 Ergonomia

Para Grandjean (1968), A NR 17 trata da Ergonomia, que compreende a fisiologia e a psicologia do trabalho, bem como a antropometria e a sociedade no trabalho. O objetivo prático da ergonomia é a adaptação do posto de trabalho, dos instrumentos, das máquinas, dos horários, do meio ambiente às exigências do homem.

Dul e Weerdmeeseter (2004), afirmam que a NR 17 visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

Ainda por Dul e Weerdmeeseter, (2004), a NR 17 é um estudo científico das relações entre homem e máquina, visando a uma segurança e eficiência ideais no modo como uma e outra interagem, otimizando as condições de trabalho humano, por meio de métodos da tecnologia. O principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do homem ao seu trabalho e formas eficientes e seguras de desempenhar visando a otimização do bem-estar e, consequentemente, aumento da produtividade.

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é uma iniciativa que pode aumentar significativamente os níveis de satisfação, eficácia e eficiência do trabalhador.

A ergonomia é uma área que aborda questões sobre a vida laboral moderna, e também tem como objetivo a prevenção dos acidentes laborais e a criação de locais adequados de trabalho (http://www.significados.com.br/ergonomia).

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia de pesquisa deste trabalho foi por pesquisa qualitativa, descritiva e com questionários, os quais, foram aplicados para todos os colaboradores do escritório de contabilidade e aguardado o seu retorno, e, além disso, desde o início deste trabalho, já foi feito observações participante sobre os mesmos, quanto à postura, repetitividade, posição, distância e altura dos equipamentos usados, como por exemplo, o computador, mouse e teclado.

A pesquisa de metodologia qualitativa, nos últimos anos, vem ganhando espaço e contribuindo para o acervo do conhecimento em administração e organizações. Os pesquisadores qualitativos enfatizam que a importância e a legitimidade da interpretação dos eventos – subjetivos por natureza – é concedida pelos agentes, não apenas pelo método (VILLARDI; VERGARA, 2011, p. 804 e 805).

A metodologia qualitativa tem sido descrita como um “guarda-chuva” que cobre uma gama de técnicas de interpretações dos fenômenos no mundo social (DENZIN et al, 2009).

Mozzato e Grzybovski (2011) complementam os argumentos em favor das pesquisas qualitativas afirmando que os resultados, para que tenham valor científico, devem reunir certas condições: por um lado a coerência, consistência, originalidade e a objetivação (não objetividade) devem constituir os aspectos do critério interno da verdade. Por outro lado, a intersubjetividade deve representar o critério externo da mesma. O contexto exposto anteriormente permite afirmar que durante os últimos anos a situação da pesquisa qualitativa, mudou consideravelmente, adquirindo mais respeitabilidade (DE BENEDICTO, 2008).

Foi formulado um questionário, com 22 perguntas no total e entregue para todos os funcionários do referido escritório, abordando todas as idades, gêneros e todos os setores em questão, para que tenha sido obtido o maior e mais complexo número quanto aos resultados finais, e concluir o projeto com exatidão e satisfação perante aos resultados.

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que nem todos os projetos de pesquisa utilizam essa forma de instrumento de coleta de dados, o questionário é muito importante na pesquisa científica, especialmente nas ciências sociais.

Para Gil (1987), pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado etc. Ainda de acordo com o mesmo autor, os questionários, na maioria das vezes, são propostos por escrito aos respondentes, costumam, nesse caso, ser designados como questionários auto-aplicados. Gil (1987), prossegue dizendo que, construir um questionário consiste basicamente em traduzir objetivos da pesquisa em questões específicas. As respostas a essas questões é que irão proporcionar os dados requeridos para descrever as características da população pesquisada ou testar as hipóteses que foram construídas durante o planejamento da pesquisa. Assim, Gil (1987) continua ainda, que a construção de um questionário precisa ser reconhecida como um procedimento técnico cuja elaboração requer uma série de cuidados, tais como: constatação de sua eficácia para verificação dos objetivos; determinação da forma e do conteúdo das questões: quantidade e ordenação das questões; construção das alternativas e apresentação do questionário.

Os formulários de perguntas foram passados para o número total de colaboradores desta mesma empresa, com o objetivo de ter o maior retorno possível de todos departamentos: Departamento Pessoal, Departamento Fiscal, Contabilidade, Financeiro, Serviço Externo, Telefone e Atendimento. O número total de funcionários desta empresa é 20, destes, todos receberam os questionários para preenchimento e avaliação, porém, somente 17 responderam e deram o retorno.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

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GRÁFICO 1: Resumo Geral

Fonte: Questionário entregue aos colaboradores (2016)

O gráfico a seguir é relacionado à postura e equipamentos de uso diário no trabalho, como: mesa, cadeira, computador, teclado e mouse. Quanto à postura, podemos identificar o cuidado um pouco maior relacionado às mulheres, quanto aos homens, uma pequena parte somente não obtém controle correto. Já relacionado aos outros fatores, ambos permanecem atentos aos cuidados diários.

GRÁFICO 2: Postura, Equipamentos Adequados e Uso Correto.

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Nas doenças relacionadas ao trabalho com informática, os estudos apresentados por Grandjean (1998) em relação à postura, constataram que 30 a 40% delas tinham queixas de dores nos pescoços, ombros e braços, enquanto esse índice em outros tipos de trabalho era de 2 a 10%. As causas relacionadas a esses tipos de dores, segundo Lida (2000), são relacionadas à altura do teclado por muitas vezes ser muito baixa em relação à mesa de apoio; ou altura do teclado muito alta em relação à mesa; falta de apoios adequados para os antebraços e punhos; cabeça muito inclinada para frente; pouco espaço lateral para as pernas; posicionamento inadequado do teclado.

Como vemos no gráfico, relacionado à postura, maior parte dos colaboradores controlam com frequência a postura, mantendo parcialmente e frequentemente o tronco ereto; o monitor adequado em altura e distância, para que a cabeça não fique muito inclinada tanto para baixo, como para cima, consequentemente podendo desenvolver uma dor no pescoço ou ombros, e também para que fique de acordo com a altura e distância dos olhos, controlando o nível e retardando futuros problemas consequentes do mal ou uso incorreto dos equipamentos.

O Ministério da Previdência Social e o Ministério da Saúde, respectivamente, por meio do Decreto nº. 3.048/99, anexo II e da Portaria nº. 1.339/99, organizaram uma lista extensa, porém exemplificativa, de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo relacionadas ao trabalho, alguns exemplos delas são: Artrite; Dores Articulares; Dorsalgia; Lesões do Ombro; Tendinite; Renite; Sinusite; Faringite; Distúrbios Visuais; dentre outros.

O desenvolvimento dos DORTs está relacionado a uma multicausualidade e é importante conhecer os fatores de riscos que podem influenciar direta ou indiretamente e algumas situações podem favorecer a incidência de DORTs, tais como: trabalho repetitivo, monotonia, trabalho pesado, inconsistente, relaxamento quanto ao controle da postura e processos quanto aos equipamentos, etc.

Outro fator importante é a alternância da postura entre sentada e em pé, no caso de escritórios as tarefas são executadas na maior parte do tempo sentada. O Ministério do Trabalho (NT60/2001) destaca que de maneira geral os problemas lombares advindos da postura sentada, são justificados pelo fato de a compreensão dos discos intervertebrais ser maior na posição sentada que na posição em pé.

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alta será compensada pela elevação dos ombros ou a elevação do braço, levando ao surgimento de dores.

No gráfico a seguir, relacionamos os itens que envolvem mais ao ambiente de trabalho e e equipamentos fornecidos pela empresa.

GRÁFICO 3: Apoio para pés e Ambiente de Trabalho.

Fonte: Dados da pesquisa (2016)

O equipamento de descanso para pés, atende rigorosamente às exigências da NR17 e seus Anexos I e II. Ele é indispensável para evitar a má circulação pela compressão das coxas nos assentos das cadeiras. É necessário para proporcionar a força de reação contra o encosto da cadeira, de maneira alcançar o almejado e necessário contato permanente da lombar.

Portanto necessário para evitar inchaços ou edemas nas pernas, varizes, coadjuntante para a prevenção das LER/DORT e indispensáveis para se ter uma boa postura.

O apoio para os pés é fundamental pois possibilita à pessoa variar a postura, permitindo o descanso, porém não deve ser utilizado por períodos muitos longos. Deve-se ser ajustado para que a pessoa possa por também os pés no chão a fim de facilitar o retorno do sangue evitando problemas circulatórios (GEREMIAS, 2011).

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tarefa, influenciando de forma decisiva no comportamento do trabalhador e da eficiência. O próximo gráfico analisa as eventuais ou possíveis consequências do mau uso dos equipamentos, como também, comprova os cuidados de cada colaborador perante a própria saúde.

GRÁFICO 4: Dores, Ardência ou Desconforto

Fonte: Dados da pesquisa (2016)

Relacionado a cefaleias eventuais ou frequentes, temos baixo índice, mesmo tendo o fator de repetitividade e monotonia que geram estresse e cansaço físico e mental, onde, a maior consequência disso são as dores de cabeça.

Já nas dores, cansaço ou ardência nos olhos os índices são maiores em ambos os sexos, pois o excessivo uso diário do computador e o fato de olhar por período integral do trabalho no monitor, causando a ardência ou cansaço.

O fator mais agravante destes 3 (três) itens são as dores eventuais ou frequentes nas costas. Podemos identificar o maior índice nas mulheres e a maior prova disso é que, dos colaboradores, elas são a maioria, e dentre isso, a faixa de idade e tempo de serviço serem maiores, prolongando o agravamento desses incômodos diários.

No ambiente de trabalho, quando há espaço adequado ou suficiente para a execução das tarefas, podemos comprovar que serão realizadas com mais agilidade e eficiência.

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(COUTO, 1995). Segundo Geremias (2011), os sinais de cansaço que muitas vezes é sentido no final de uma longa jornada de trabalho, como sono, dificuldade de pensar, diminuição da atenção, lentidão amortecimento e diminuição da força de vontade, caracterizam a fadiga aguda. Porém alguns sinais como dor de cabeça, tontura, ardência nos olhos, dores nas costas, demonstram desequilíbrio das funções do organismo e indicam uma fadiga crônica. A fadiga passa de estado agudo para crônica quando as condições de trabalho são altamente prejudiciais, sendo que os períodos de descanso e repouso não são mais considerados suficientes para que o organismo e o corpo se recuperarem.

O gráfico da sequência, comprova a preocupação da empresa quanto ao uso e espaço de trabalho adequado para cada colaborador, tanto para os homens quanto para mulheres.

GRÁFICO 5: Ambiente e Espaço para realização de Tarefas

Fonte: Dados da pesquisa (2016)

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5 CONCLUSÃO

Este projeto apresentou o diagnóstico da NR 17, onde, a partir da análise das atividades de alto índice de repetitividade e monotonia, confirmou-se o comprometimento do escritório de contabilidade em atendimento à norma regulamentadora.

Com esse trabalho pode-se verificar os níveis de doenças ocupacionais, decorrentes do ambiente de trabalho, do uso incorreto dos equipamentos, do nível de repetitividade e até onde afeta o físico e o psicológico de cada colaborador. Nas empresas, a questão da Saúde e Segurança do Trabalho é um pouco delicado, pois sempre que se elaboram uma análise ergonômica existem os pontos de recomendações que sempre exigem soluções com custos elevados, mudanças de estruturas e consequentemente ritmos de atividades são modificados, tendo as empresas muitas vezes que se adaptar novamente para as novas realidades. Porém, no decorrer dos estudos deste projeto foi verificado o policiamento dos colaboradores quanto ao próprio cuidado com a postura perante ao posto de trabalho, o cuidado com os equipamentos, o uso adequado dos mesmos e o índice mínimo de doenças decorrentes do ambiente de trabalho, o índice nulo de afastamentos e acidentes relacionados ao trabalho.

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REFERÊNCIAS

CARDELLA, Benedito. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes. São Paulo: Editora Atlas, 1999.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 2002.

COUTO. Ergonomia aplicada ao trabalho: o manual técnico da máquina humana. Belo Horizonte: Ergo, 1995.

DENZIN, LINCOLN. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2ª Edição. Porto Alegre: Artmed, 2006.

DUL, WEERDMEESTER. Ergonomia Prática. 2º Edição. São Paulo. 2004.

Ergonomia e Usabilidade – Conhecimento, Métodos e Aplicações. Walter Cybis, Adriana Holtz Betiol, Richard Faust, 2ª Edição, NOVATEC, 2010.

GASALLA, José Maria. Gestão de competências. São Paulo, Saraiva, 2009.

GRAMIGNA, M. R. Modelo de competências e gestão de talentos. São Paulo: Makron Books, 2002.

GEREMIAS, Rodrigo. Ergonomia. Joaçaba: Unoesc virtual, 2011.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 1º Edição .São Paulo: Atlas, 1987. HYMANN, Hebert. Planejamento e análise da pesquisa: princípios, casos e processos. Rio de Janeiro: Lidador, 1967.

LAVILE, A. & VOLKOFF, S. Age, santé SELF, Genève, setembro, 1993. Ministério do Trabalho e Emprego (http://trabalho.gov.br/)

MOZZATO, GRZYBOVSKI. Análise de conteúdo como técnica de análise de dados qualitativos no campo da administração: potencial e desafios. Revista de Administração Contemporânea. 2011.

NR17 - Ergonomia. Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr17.

PARASURAMAN, A. Um Modelo Conceitual de Qualidade de Serviço e suas implicações para pesquisas futuras. 1991.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999. Segurança e Saúde no Trabalho. 4ª Edição, IOB, São Paulo – SP, 1994.

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ZOCCHIO, A. Prática da Prevenção de Acidentes: ABC da segurança do Trabalho: Ed. ATLAS S.A, 2002.

(http://www.previdencia.gov.br/saude-e-seguranca-do-trabalhador). (http://www.dpunion.com.br).

http://www.significados.com.br/ergonomia

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GRÁFICO 1: Resumo Geral
GRÁFICO 3: Apoio para pés e Ambiente de Trabalho.
GRÁFICO 4: Dores, Ardência ou Desconforto
GRÁFICO 5: Ambiente e Espaço para realização de Tarefas

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