z
I
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
sANTA
CATARINA
cURso DE Pos-GRADUAÇÃQ
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
Aplicação de
um
Método
para
Análise
Estática
de
Estabilidade
de
Tensão
- .›
'
Dissertaçao submetida
como
parte dos requisitÓszipar~a*`aobtenção
do
grau deMestre
em
Engenharia Elétiëifsa”Flávio
Antonio
Becon
Lemos
AAPLICAÇÃO DE
UM
MÉToDo
PARA
ANÁLISE
ESTÁTICA
DE
ESTABILIDADE
DE
TENSÃO
Flávio
Antonio
Becon
Lemos
'Esta dissertação foi julgada para a obtenção
do
Títulode
Mestre
em
Engenharia
Elétrica,Area
de
Concentração
em
Sistema de
Potência,
e aprovada
em
suaforma
final peloCurso
dePós-Graduação
's -‹. ~«:_" ×c:». Ê.
_
\ «~‹;.\
Pfàf.
Aguinaldo
sflvzifz z silva,Php
_, . ~ Orientador ` _ u u V ~\í.z'\i.:.‹'~§¡~"^(`i-.'.›'~\ A
Prof. Roberto de
Souza
šalgado,Ph.DCoordenador do Curso
.Banca Examinadora
Prof.
Aàiinaldo
Silveira e Silva,Ph.D
- Presidente''
Orientador
Prof. Roberto de
Souza
'Salgado,Ph.D-C‹›*-Oñeíítariõr*
+
'¡'‹'.‹//Q 'ui/if-»'= Í---' v'1z'.×./
V Prof.
Hanz Helmut
Zürn,Ph.D
,z f f "Í `“'"”"""`1~ ` Í ` q
\
_, Profizlldírifir Cassai1al_)ecker,D.Sc
,; l V ' /,/' - “Í I 1 ' f.. 1/ ..f' 'Prof. Ariovaldo Garcia,
D.Sc
Ameus
Pais, peloexemplo de
dedicação e experiênciade
vidatransmitida. '
/
A
Ana
Carina,companheira
eamiga
de todas as horas esituações,
que
soube superar a distância esem
a qual,certamente, a realização deste trabalho teria sido
muito mais
difícil.
Agradecimentos
Aos
professoresAguinaldo
Silveirae Silva e Roberto deSouza Salgado
meu
agradecimento especial pela orientação, dedicação eamizade
demonstradas durante todo otempo
de desenvolvimento deste trabalho.A
Pontiñcia UniversidadeCatólicado Rio Grande do
'Sul pelo apoioconcedido, e ao professor
Guilherme
Dias peloempenho
para a realização deste trabalho.A
Capes
pelo apoio financeiro.Aos
colegas engenheirosda
CEEE,
Lucas
,Nelson
eWerberich
pelaamizade, incentivo, apoio e demonstração
do exemplo do
verdadeiro senso profissionalna
buscado aprimoramento
técnico ehumano.
.Ao
colegaDavid
pelo apoio eamizade
demonstradas duranteo
convíviona
pós-graduação, principalmentequando
a persistência parecia terminarno
encontro das soluções, e ao colegaAndré
pelo apoiona
parte 'deimplementação
computacional._
Ao
Departamento
de Engenharia de Sistemasda
CEEE
pela cedência dosdados usados neste trabalho.
~
Aos
professores e colegas
da
pós-graduação,que
diretaou
indiretamente contribuiram_com incentivoe
amizade.`
E, fmalmente, a Deus,
sem
o
qual a buscado
desconhecido seriaem
vão, eo
crescimentohumano
sem
significado. 'Resumo
Este trabalho aborda
o problema do
colapso de tensão, cuja ocorrênciaem
vários sistemas elétricostem
exigido o desenvolvimentode
métodos
para a detecçãode
suaproximidade
assimcomo
para a determinação demedidas
corretivas.Uma
metodologia baseadana Decomposição
em
Valores Singulares é proposta para a análise estáticado problema
de estabilidade de tensão , utilizandoo
mínimo
valor singularcomo
um
índicede
colapso de tensão.Os
vetores singularesesquerdo e direito, associados ao
mínimo
valor singular, são usados para a obtençãode
' ~
informações sobre quais áreas e barras sao as mais críticas
em
relação aproblemas de
instabilidade
de
tensão.É
também
apresentadoum
método
parao
cálculode
fluxo
de
potência,
chamado Newton-Raphson
com
amortecimento,que
serve para estudaro
sistemaem
tomo
do
ponto de colapso de tensão. -Apresenta-se ainda a
modelagem
doscomponentes do
sistemade
potência para estudos defluxo
de
potência,com
ênfaseem
modelos
estáticos de carga para estudode
estabilidade de tensão.-~
O
método
foi aplicado ao sistema testeIEEE
de30
barras e aum
sistemareal de
96
barras, operado pelaCompanhia
Estadual de Energia Elétrica, e correspondentea região oeste
do Rio Grande do
Sul.Os
resultadoscomprovam
a potencialidadeda abordagem
proposta para adetecção e identificação de áreas sujeitas ao colapso de tensão
em
estudosde
planejamento e operação.Abstract
This
work
tackles theproblem of
voltage collapsewhich
has occurred inseveral
power
systemsand
has required thedevelopment of methods
for detectionof
itsproximity as well as for the determination
of
corrective actions.-A
method
basedon
the SingularValue Decomposition
isproposed
forthe static analysis
of
the voltage stability problem, using theminimum
singular value as avoltage collapse index.
The
rightand
left singular vectors are used to obtain information about themost
critical areasand
busbar subject to voltage instability problems. Besidesthat, a
method
for load flow calculation calledDamped
Newton-Raphson
is presented toallow the study
of
the system around the pointof
voltage collapse.The
modellingof
power
systemscomponents
for load flow studieswith
emphasis
on
the static loadmodels
for voltage «stabilitystudies is presented.-
The method
'isapplied to the
IEEE
30
busbars test-systemand
to a realsub-system
with 96
busbars, the lattermanaged by
theCompanhia
Estadualde
EnergiaElétrica,- corresponding to the
westem
regionof Rio Grande do
Sul,` Brazil.The
results confirm the potentialof
the proposed approach for detectionand
identificationof
the critical areas subject to voltage collapse in both planningand
operation studies . _ 4 _ p ' - vii
Sumário
AAgradecimentos
Resumo
Abstract
Simbologia
1Introdução
2
O
Problema
Estabilidade
de Tensão
2.1 Definições Preliminares2.2
Revisão
Bibliográfica2.2.1
Abordagem
Estática2.2.2
Abordagem
Dinâmica
2.3
Conclusão
17Fundamentos
Teóricos
18
3.1
Formulação do Problema
- 183.2 -Singularidade
da
Matriz Jacobianacomo
um
Índice de Colapso deTensão
-Caso
Simples _ 23
3.3 Sistemas Multimáquinas
25
3.4
Modelagem
dosComponentes
27
3.4.1 Geradores, Sistema de Transmissão e
Elementos Shunt
28
3.4.2
Carga
28
3.4.2.1 Tipos de Representação
de Carga
313.5
Conclusão
_35
Metodologia
Proposta
.36
4.1
Decomposição
em
Valores Singulares -37
4.1.1- Aplicação
37
4.1.2 Matrizes Derivadas
da
Jacobiana _43
4.1.2.1
MatrizG
.43
4.1.2.2 Matriz
GV
45
4.2
Método
de
Newton-Rapshon
Amortecido
46
4.2.1
Desenvolvimento
Teórico47
4.3
O
Uso
ds Relações de Sensibilidade52
4.3.1
Desenvolvimento
"~52
4.4
Conclusão
53Resultados
Numéricos
5.1 Introdução5.2
Formas
de
Análise5.3 sistema
IEEE-3o
_5.3.1
Carga
Modelada
como
Potência Constante5.3.2
Carga
Modelada
como
Impedância
Constante 5.4 SistemaCEEE-Oeste
5.5
Conclusão
Conclusões
~6.1 Sugestoes para Futuros Trabalhos
Bibliografia
Apêndice
A1
-Programas
'
Apêndice
A2
- SistemasIEEE
30
-Diagrama
UnifilarApêndice
A3
- SistemaCEEE-Oeste
-Diagrama
UnifilarSimbologia
Abreviaturas
iCEEE-RS
:_Companhia
Estadualde
Energia Elétricado Rio Grande do
SulRAT
:Regulador
automáticode
tensão.RAV
1Regulador
automáticode
velocidadeLTC
:Transformador
com
mudança
de tap sob cargaPSS
: Estabilizadorde
sistemade
potênciaSimbologia
Vg
Vr
Vievk
õi e õk Pr,P
QI,Q
Z
R
Tensão no
gerador _ _Tensão na
carga. 'Módulo
das rtensoesde
barra.Ângulo
das tensõesde
barra.Potência -ativa
na
carga.Potência reativa
na
carga.Impedância da
linha de transmissão Resistênciada
linha.de
transmissão.A
X
: Reatância da linha de transmissão.Gik : Condutância
da
linha de transmissão.B
ik : Susceptânciada
linha de transmissão.V
ot :
Ângulo
da impedânciada
linha de transmissãoõ
1
:
Ângulo
da
tensãona
carga.A
K
: Fator de amortecimento.E
2 Matriz diagonal dos valores singulares.U
: Autovetor esquerdo.V
: Autovetor direito.Operadores
V
-: Gradiente.
ô
: indica diferencial parcial.d
: indica diferencial total. _A
: indica variação incrementaldeuma
grandeza.(_ )T : indica transposta de
uma
matriz.( )_l a
: indica inversa
de
uma
matriz.Capítulo
1
Introdução
'A
operaçãode
um
sistema elétrico de potência requerque o
perfilde
tensão seja
mantido
dentro deuma
faixa de valores aceitáveis. Entretanto, se ocorrerum
crescimentoda
carga reativa,ou
seguir-seuma
contingência-que
causeum
aumento
de
demanda
reativa, talcomo
efeito dos incrementos de perdasem uma
linha de transmissãoimportante,
aumento
de
demanda
reativa devido a motoresde
induçãoou
ainda devido a perdade
suporte reativo proporcionada por capacitores estáticos,poderá
ocorrerum
fenômeno chamado
instabilidadede
tensão. Essencialmente,um
sistema entraem
instabilidade
de
tensãoquando
um
distúrbio causaum
progressivo e descontroladodeclínio
-noperfil
de
tensão nas _ barrasdo
sistema,ou
ainda, pode-sedizer
que
aníflSÍabilidad_e__de. tensão é n.canS_as1a p¿lanínab_ilidadn_do_sist e ma`__em__supm_ a
.demanda de
potência reativa. '
Os
aspectos relacionados à estabilidade de tensão são hoje,em
muitospaíses,
uma
das maiores preocupaçõesno
planejamento e operaçãode
sistemasde
potência,
sendo
considerados atualmentecomo
a principalameaça
à estabilidade, segurança e_ conñabilidade dos sistemas elétricos etêm dominado
a atenção dosprofissionais- atuantes-
na
-áreade
-~sistemas~de potênciazem--~vários~ paíseszAs
razões distosão: a falta
de
investimentona
expansão damalha
de transmissão, osproblemas
ambientais2
na
construção denovas
unidades geradoras e ainda otempo
necessário paraque cada obra
de
melhoriano
sistema elétrico leva para ser planejada e executada .i -
Durante
a última década, aconteceram alguns dos maiores blecautes causados por instabilidadede
tensão. Dentre essas ocorrências, estão os colapsosno
sistema
da
Françaem
1978 e l987[l], da Suéciaem
l983[l] edo
Japão 1987[l] e0
blecauteno
norteda
Bélgicaem
1982[l].Estas ocorrências
têm
permitidoque
se analisemalgumas
causasde
colapso de tensão, identificando alguns fatores importantes parao
estudo de estabilidadede tensão. Dentre as principais razões atribuídas à ocorrência deste
fenômeno,
as seguintestêm
sido freqüentemente citadas: .-Sistemas
de potência sobrecarregados, isto é, altas cargas ativas ereativas
no
sistema, devido aoaumento no
consumo
não
ser seguidopelo
aumento da
capacidade de geração-e transmissão ;ø Fontes
de
potências reativas de resposta rápida inadequadas, devido à ação limitadora de corrente nos geradores,o
quenão
permite.que
haja sobreexcitação por curtos períodos detempo
paramanter
níveisde
› tensão aceitáveis; .
- ~
`
i
o Fontes geradoras longe dos grandes centros consumidores,
determinando a transmissão
em
altas tensões, oque
causaum
aumento
na queda
de tensão;`
e
Atuação
dos LTC's, muitas vezesmascarando o problema de
tensão, pois existeuma
compensação na
tensão de distribuição, fazendocom
3
que
a carga seja mantida, ao passoque
a tensão .a nível de transmissãoencontra-se
em
valores críticos; -ø operação
de
relés imprevista e/ou indesejadaque
pode
ocorrer duranteas condições
em
que há queda
de tensão,o que pode
originarum
‹ colapso
de
tensão pela perda dealgum equipamento
em uma
áreacom
~
geração importante para
manter
os níveis de tensaodo
sistema.A
estabilidadede
tensãotem
sido estudada tanto sobo
pontode
vistaestático quanto dinâmico, sendo a escolha
da abordagem
dependentedo
tipode
análise aser efetuada e
da
necessidade demodelagem
mais
detalhada para representar a ocorrênciade
um
colapsode
tensão.Este trabalho
propõe o
usoda
técnica dedecomposição
deuma
matrizem
valores singulares(SVD-
SingularValue
Decomposition) para a determinaçãode
um
índicede
estabilidadede
tensão, ede
barras críticas sujeitas à ocorrência de instabilidadede
tensão. Esta técnica é aplicada à matriz Jacobianado
fluxo
de potência convencional, ea outras matrizes derivadas
da
Jacobiana. Adicionalmente, a análisede
sensibilidadeda
matriz Jacobiana permite determinar a relação de efeitos entre as variáveis das barrasmais
sujeitas à instabilidade
de
tensão.Também
é apresentadoum
algoritmo para ea soluçãodo
problema
de fluxode
potência,chamado
Newton
Amortecido,o
qual previne a divergênciado
processo iterativo , nos casosem
que
o sistema está sujeito a tensõesde
valores
muito
baixos. Isto possibilitao
estudoida evoluçãodo
perfilde
tensão durante a ocorrência de instabilidadesno
sistema.. '
No
capítulo 2 ,o problema
de estabilidade de tensão é apresentado.São
4
tensão sob os pontos de vista estático e dinâmico.
Também
é apresentadauma
revisão bibliográficade
diversos trabalhos relacionados ao tema. V' _ u * t >
No
capítulo 3, apresenta-seuma
abordagem
teóricado problema
sobo
ponto
de
vista estático, descrevendo-se omecanismo
de colapso de tensão sobo ponto de
vista
da
teoria de circuitos eda
máxima
transferência de potência, e a descriçãoda
modelagem
doscomponentes
para os estudos de estabilidade de tensão,com
ênfasena
modelagem
da
carga. _No
capítulo4
são apresentadoso
método da decomposição
em
valoressingulares
da
matriz Iacobianado
fluxo de potência convencional viaNewton-Raphson, o
uso da
sensibilidadecomo
forma de
determinação das variáveisque mais
influenciam asbarras potencialmente
mais
sujeitas ao colapsode
tensão eo
desenvolvimentodo
algoritmode
cálculode
fluxode
potência atravésdo
método
deNewton
Amortecido. .`
O
capítulo 5mostra
a aplicaçãoda
técnica proposta sobo
pontode
vistaestático, apresentando-se os resultados das simulações
com
sistemasde
diferentes portes.~
›
No
capítulo 6 são apresentadas as conclusões deste trabalho e sugestõespara futuros desenvolvimentos nesta área.
capítulo
2
O
Problema
Estabilidade
de
Tensão
Apresentam-se inicialmente neste capítulo, alguns
termos
e definiçõesúteis para a
compreensão do
fenômeno
de estabilidade de tensão.Em
seguida, é l`eitauma
revisão bibliográfica dos trabalhos
mais
citadosna
literatura, sob os pontosde
vistaestático e dinâmico. “ '
2.1
'Definições Preliminares
V
L
A
fim
decompreender melhor o
significadodo
mecanismo
de
estabilidade detensão, é necessário observar três termos básicosque
têm
sido utilizadosag. . ~
pelo IEEE_[_l_] Ve_p_e,l_o C_I_G_KE [Z],_para descrever os
problemas
_r_el p ignados as s1tuaç¿oesd_ Aanormais da
tensãono
sistema elétrico.' '
o Estabilidade de
Tensão
: é a habilidadedo
sistemaem
manter
atensão
de
modo
-que, estandoo
sistema operandonum
ponto estável e sendo sujeito aum
dado
distúrbio, a tensãono
sistema pós-distúrbio atingiráum
valor de equilíbrio.6
0 -
Colapso de
Tensão
1 é o processoque
segue auma
instabilidadede
tensão,
sendo que
um
sistema de potência sofrerá colapso se a tensãode
equilíbrio pós- distúrbiopróxima
às cargas estiver abaixo deum
valor aceitável de operação.O
colapsode
tensãopode
atingir todoo
sistema (blecaute), sendo neste casochamado
de
total,ou
somente
uma
área , sendo nesta condiçãochamado
de parcial.- Segurança de
Tensão
: é a habilidadedo
sistema,não somente de
operar
de forma
estável,mas também
depermanecer
nesta condição apósuma
contingênciade
grande porteou
apósmudanças
adversasno
sistema.V
ç Portanto, pode-se estabelecer
que
.um sistema entraem
estado deinstabilidade
de
tensãoquando
o distúrbio,aumentando
a cargaou
ocorrendoalguma
contingência
no
sistema, causaqueda
de tensão rapidamenteou
tem
uma
tendência descendente, e os operadores e os sistemas de controle automáticosfalham
ao tentar deteresta queda.
A
queda do
perfilde
tensãopode
levar algunspoucos
segundosou
váriosminutos
( 10 a20
minutos).Se
aqueda
persistir, a instabilidadeangularde regime
permanente
eo
colapso de tensão irão ocorrer, AO
assunto estabilidade de tensão é relativamente recente, pois passou amerecer
maior
atenção a partirda
décadade
70.A
fim
de
serinseridono
estudo relativo àestabilidade, é necessária a classificação das diversas fases
do
fenômeno
em
classesde
tempo.
Uma
possível classificação foi proposta por C.W.
Taylor _[3] , aqualdivide
aestabilidade
em
três fases:o
l
Estabilidade Transitória
de Tensão
: a qual está associada aoregime
transitório
do
sistema e envolve prazos detempo
de O a l0_segundos.A
distinção entre a›
7
de
ambos
osfenômenos
podem
existir. Nesta condição,não
é possível açãode
controlenem mesmo
'do operador, sendoo comportamento do
sistema determinadopor
suas próprias características.A
A
A
o Estabilidade Clássica de
Tensão
: a qual está associada a açãoautomática dos taps
de
transformadores eda
regulaçãoda
tensãode
distribuição, assimcomo
à limitaçãoda
correntede
excitação dos geradores, envolvendo prazos detempo
de
1a 5 minutos, (usuahnente
de
1 a2
minutos).A
intervençãodo
operador nestes casos éusualmente
possível. Esta condição-em
geral envolve cargas pesadas, grandes importaçõesde
potênciade
geraçãoremota
e grandes distúrbios."O
sistema é estável sobo ponto de
vista transitório por causa das cargas dependentes
da
tensão,mas
pode
entrarem
colapsoalguns minutos depois, após cessarem as trocas de taps, a capacidade de sobrexcitação das unidades geradoras e
o
equilíbriode
tensão por perda de carga devido à atuaçãode
esquemas
de proteção.A
geração e o sistema de transmissãonão
conseguem
mais
suportar acargae
as perdas reativas, levando destaforma 0
sistema ao colapso de tensão.‹ _
o Estabilidade de
Tensãode
Longo
Prazo 1 associada a incidentesenvolvendo
prazosde
dezenasde
minutos a horas de depreciaçãodo
valor da' tensão.As
características deste cenário incluem. cargas
anormalmente
pesadas, rápidoaumento
de
carga, perda
de
geraçãoem
áreasde
concentração de carga e importaçãode
potência.Além
das caracteristicas-do
cenáriode
estabilidade clássica, fatoresque
podem
estarincluídos são :
o
tempo
de
capacidadede
sobrecargaem
linhas de transmissão ( dezenasde minutos), diversidade
da
perda de carga ( por exemplo, cargas controladaspor
termostatos, as quais
demoram
aserem
desligadas por baixa tensão), oportunidadena
aplicação de equipamentos visando controle de tensão/reativos,
esquemas
de proteçãopor
subtensão e outras intervençõesdo
operador, taiscomo
o
corte de carga manual.8
Toma-se
interessante fazeralgumas
'observações acercade algumas
definições
de
estabilidadeem
regime permanente
e estabilidadede
tensão.Embora
asdefinições e relações sobre estes termos
não
estejam ainda clarasna
literatura, tem-seprocurado seguir
algumas
linhas depensamento
para te'ntar¿normalizar estas definições [1],[6]- .
Na
referência [4] são apresentadasalgumas
definições clássicasde
estabilidade
em
regime permanente
ea
sua relaçãocom
oproblema
de estabilidadede
tensão.Além
disso,uma
análise destefenômeno
sobo
aspecto dos limitesde
estabilidade érealizada.
A
primeira definição apresentada é a_ clássica apresentada porKimbark
[5],referindo-se ao limite da estabilidade
em
regime
permanente. Ela é estabelecidada
seguinte maneira: "Quando
a carga éaumentada
em
pequenos
degraus e a correntede
excitaçãoda
máquina
é ajustada paramanter
a tensão terminal constante, amáxima
potênciaque pode
ser recebida pela carga,sem
que
ocorra aperda de
sincronismo eo
sistema restaure a condiçãonormal
de operação échamado
lirnite de estabilidadeem
regime
permanente".i
-
Outra definição referênciada por Prada
em
[4] é'V
aquela sugerida anteriormente pelo
IEEE
[6] , a qual determinaque
"o limiteda
estabilidadeem
regime
permanente
éo
pontonormal
de operação parao
qualo
sistema de potência é estável,porém
uma
pequena
mudança
arbitrária qualquerno
ponto de operaçãoem
uma
direçãodesfavorável causa uma. perda de estabilidade". ~
' .
V
A
referência [4]comenta
esta definição de estabilidade sobo
pontode
vista
da
causa, afirmandoque
:" a instabilidade
também
pode
ser causada por insuficiênciade
reativos, resultandoem
um
colapso de tensão 'aindaque
existam torquesde
amortecimento
e sincronizante". Para descrever esta situação é propostoo termo
instabilidade
de
tensão. ~` `
.
9/
. Pode-se. avaliar, pelas colocações feitas anteriormente,
que
as definiçõesclássicas e' propostas para estabilidade
em
regime permanente
e estabilidadede
tensãoainda
requerem
um
aprofundamento
para seu correto entendimento. '2.2
Revisão
Bibliográfica'
Desde
o surgimentodo
problema, várias tentativastêm
sido feitas paraestabelecer "Indicadores de Proximidade".
Na
figura
2.1,uma
curvaPV
típica é 'usada para demonstraresquematicamente
três tipos de índices propostosna
literatura e usadosem
vários trabalhos[20]. Basicamente, estes índices avaliam o
comportamento
dos seguintes parâmetros :V
V
__\i
É
. dP/dV VI ... v_%'«m;_. '''''''''''''' A_` ... x. §À"`\L‹`_`dw
~ 5.1129.. V '~~\_ ' e s = ê s ê s s a \/_" """"~ ~'-°*"-"'¿'“'-f'-"^-“ ''''''''''''''' '-- 1 l | x . 1 ` E l _ . P ._.., _Figura 2.1 -
Curva
PV
típica(1)
Medida
da
proximidade-da distância entre -a~ parte superior «e a parte ~inferior
da
curva (dvv=
V' -V"
) a zero. Este índice éusado
para determinar as múltiplasz
10
dvv=0,
para cada valorde
potência ativa correspondeum
par de níveis demagnitude de
tensão (Po, V', V", porexemplo)
. t_
`
(2)
Medida
da
proximidadeda
diferençaPmáx
-P0
=
dpp
a zero.Desta
forma, semelhante ao caso anterior, quanto
mais
elevado foro
índice dpp,maior
adistância
do
ponto crítico dpp=0,o
qual indicaque
a quantidademáxima
de
potência ativafoi atingida.
Um
indicador similarpode
ser obtido usando-se a diferençade
potênciareativa (Qmáx. -
QO) ou
a diferença de potência aparente(Smáx
- S0). Estes índices sãoconhecidos
como
índices tipomargem
[1 l],[12],[l3],[l4].(3)
Medidas da
proximidade da derivadag
a zero, a qual :noponto
, .
ÕP
. . . ~ _ .-critico
EV-
=
O
implicaem
que o determmante da
matnz
Jacobiananao
existe,ou
de
outraforma que
omenor
autovalor,ou
altemativamente omenor
valor singular, estãopróximos
de
zero[15],[l6],[l7],[l8],[19],[20][23]..
Os
primeiros dois índicesfazem
uso de procedimentos iterativos paraavaliar
o
intervalo de potencialdeslocamento da
variável elétricaem
estudo, ecom
istoobter
uma
medida
da
margem
de
estabilidade atravésda
diferença de tensão (dvv)ou
difzfença_dê_p.‹.›i.êt1i.‹;iê.@i1iz)i
O
terceiro índice -é obtido atravésdo
cálculo direto,usando
a matrizJacobiana
do
fluxo' de potência. Esta característica, juntocom
técnicas numéricas para resolver problemas de autovaloresou decomposição
em
valores singulares,tem
semostrado
eficazna
avaliaçãoda
condição de estabilidade de tensãoem
sistemas elétricos[15],[16],[17],[13],[19],[20],[23]- V _
A
análiseda
bibliografia relativa à estabilidadede
tensãoou
ao colapsoll
múltiplas
de
fluxo de carga, unicidadeda
solução, ausência de solução, perdada
causalidade, pontode
bifurcação, matriz Jacobiana singular,mínimo
valor singular, pontoregular,
ponto de
equilíbrio, divergênciado
algoritmode
fluxo
de
potênciasem
que
hajaumconsenso
sobre qual o tipo de análisemais
adequado. Contudo, é possível observaralgumas
tendências ao uso de determinadas ferramentas computacionaisque
têm. semostrado
eficazes, apesar deque
alguns conceitos sobreo
colapsode
tensão ainda necessitemserem melhor
explicados. .A
A
seguir é feitauma
revisãode
alguns trabalhos citadosna
literatura,considerados importantes para o desenvolvimento
do
presente trabalho. '_
r
2.2.1
Abordagem
Estática
. `Diversos trabalhos consideram
que
o colapso de tensãopode
ser tratadocomo
um
fenômeno
estático.Uma
das razões para esta consideração, é a lenta variaçãoda
tensão
ao longo do
tempo
atéque
semanifestem problemas de
ordem
operativa.Embora
isto
nem
sempre
seja verdadeiro, estaforma
de análise é.muito importante, poisfomece
subsídios
de
carater conceitualque
servem. paraum
melhor
entendimentodo
referidofenômeno.
A_
'
Em
1975,Venikov
e outros [7]demonstraram que
sob certas condições,existe
uma
relação' direta entre a singularidadeda
matriz jacobianado
fluxo
de
potênciaNewton-Raphson
convencional e a singularidadeda
matriz dinâmica de estadodo
sistema.A
partir disto, foi sugeridoque
amudança
do
sinaldo
determinante da matriz J acobianado
fluxo
de
potência viaMétodo
deNewton
poderia-serusada
como
um
indicativoda
instabilidade
de
tensãodo
sistema. _`
1
12
Tamura,
Mori
e outros [8], eAbe
e outros [9],propõem
aproximidade
das múltiplas soluções
do
fluxo
de_potênciacomo
um
indicadorde
instabilidadede
tensão, determinando qual a tensãodo
par de tensões obtidas é estável parao
sistema.Kessel e Glavitsch [10]
usam
um
indicador global, o qual é definidocomo
uma
medida
quantitativa da proximidade da distância estimadado
colapsode
tensão,e
mostram
que
a perda de estabilidadedo
sistemapode
ocorrercomo
um
abruptoaparecimento
de
oscilações autosustentadasou
um
súbito desaparecimentodo
pontode
equilibrio (bifurcação estática) [32].
- Schlueter e outros
[ll] estabelecem
que
amedida
da proximidade do
colapso
de
tensão é indicada pela reserva de transmissãode
reativosem
uma
área limitada,fazendo
uso de
matrizes de sensibilidadedo
sistema eda
análisede
controlabilidadeda
curvaPV
para
determinaruma
margem. Ainda
nesta linha, T.Van
Cutsem
[12] apresentauma
proposta para calcular amargem
de potência reativa paraum
conjuntode
barrasde
cargado
sistema, utilizando técnicas de otimização.A
diferença entre amáxima
cargareativa e carga
do
caso base é apontadacomo
uma
margem
para estabelecer a robustezdo
sistema
em
relação ao colapsode
tensão.'
V
, Flatabo,
Ognedal
e 'Carlsen [13]propõem
o
uso de técnicasde
sensibilidade, levando
em
contao
limite e a capacidade de geraçãode
potência reativa.Dentro
deste contexto,Begovic
ePhadke
[14] analisamo
efeitoda
compensação
estáticano
limiteda
estabilidade de tensão para vários cenários 'de carga,usando
relaçõesde
sensibilidade para a
melhor
localização dos elementos decompensação.
A
estabilidadede
tensão é estudada atravésda
avaliaçãodo
mínimo
valor singularda
Jacobiana eo
totalde
potência reativa gerada é calculado
como
um
indicador demargem
de estabilidade.Thomas
e Tiranuchit [15]propõem
omínimo
valor singularda
matrizJacobiana
do
fluxo
de
potênciacomo
um
índice para determinar a estabilidadede
tensãoem
regime
permanente.Baseado
nesta proposição, Löf, Hill e outros [l6],[17]sugerem o
f
13
uso do
mínimo
valor singularde
submatrizes derivadasda
matriz Jacobianacomo
um
índicede
estabilidade estática de tensão, indicando a distância entreo
pontodeoperação
estudado e
o
limiteda
estabilidade estáticade
tensão. Estes últimosfazem
adicionalmenteuso
dos vetores singulares obtidosda
decomposição
como
fatores de informação das barrascríticas e distúrbios sob
o
ponto de vista de instabilidade de tensão.Ainda
utilizandoo
mesmo
tipo de abordagem, Srivastana, Srisvastana e Kalra [18]estendem
a técnicade
decomposição
em
valores singulares para realizar a análise da estabilidadede
tensãode
um
sistemaCA-CC.
.
'
Na
referência [l9], Gao,Morison
eKundur
utilizam técnicasde
análisemodal
com
fatores de participação para estudar a estabilidade de tensão, efazem uso da
matriz Jacobiana
do
fluxo
de potência convencional.Dentro
desta» linha, Kundur,-»Morison
e
Gao
[37]fazem
uma
descrição sobre colapsode
tensão e seumecanismo,
apresentando estudos referentes àmodelagem
de componentes darede
para análise estática e dinâmica, fazendo aindacomparações
dos resultados obtidos porambas
as abordagens.São
ainda discutidas ações de controle preventivo para evitaro
colapsode
tensão. .Em
[20],Vargas
e Quintana apresentamum
método
oiqual realizauma
z
estimação
do
menor
autovalordo
sistema, e estabelece subsistemas para análisede
seus respectivos autovalores, atravésdo
estabelecimentosde
critériosde
coerência, baseadosna
sensibilidade
da
tensão entre duas barras.. Canizares e
Alvarado
[21] analisamo
sistema pontencialmente sujeitoao
colapso
de
tensão sob o ponto de vistado
'aparecimento de bifurcaçõesdo
tipo "pontode
sela" para detectar a singularidade
em
regime
permanente.É
proposto nesta referênciaum
método
para a análise integrada de sistemasCA/CC
quantitativa e qualitativamente.Kwatny
e outros [22]estudam o problema
caracterizando a bifurcaçãoestática por
um
desaparecimentodo
pontode
equilíbrio emostram
como
a bifurcaçãopode
14
A
referência [l], procura dividir osmétodos
usados para a análiseda
estabilidade
de
tensãoem
grupos baseadosem
.: sensibilidade,mínimo
valor singular emúltiplas soluções.
Encontram-se
aindana
literatura, trabalhosque
sugerem o uso de
autovalores e técnicas de otimização estática para detenninar a proximidade do colapsode
tensão.
Como
forma
de simplificação e condensação dos trabalhos de acordocom
a técnicautilizada, mostra-se a seguir
uma
possível classificação, euma
breve descriçãodo
tipode
abordagem
utilizada.A
maior
parte dos trabalhos referenciados se enquadra nestaclassificação, sendo
que
alguns deles aplicammais do que
uma
das técnica citadas paraobter seus resultados. `
-
o Múltiplas soluções : Neste tipo
de
abordagem
procura-se determinaros pontos
onde
as equaçõesnão
linearesda
redepossuem
múltiplas (duas) soluções.Geralmente
utiliza-se ométodo
deNewton
em
coordenadas retangulares,que
é consideradomais adequado
para esta fmalidade. Esses pontos caracterizam a vulnerabilidadedo
sistema a problemasde
tensão. Objetiva-se determinar qual das soluções é estável, e qualo
valor de tensãoem
tomo
daregião de
instabilidadeque
pode
ser aceitável para a operação [8],[9]. ~
' `
- Sensibilidade :,Esta
abordagem
é baseadana
determinação_deuma
relaçãode
sensibilidade entre as variáveisdo
sistema elétrico 'através das equaçõeslinearizadas
do
fluxo
de potência paraum
certo intervalo de carga. Visa-se obter a~ ~
indicaçao
de
quais dispositivos fornecedoresde
potência reativa estaono
limite, e quais áreas estão 'sujeitas ao colapso por falta de suporte reativo [1l],[l2],[l3],[l4].V -
Mínimo
`4Valor Singular:¶Métodos
baseados nestaabordagem
15
bifurcação estática, isto é,
o
pontoonde
o determinanteda
matriz Jacobianado
fluxo
de
potência convencional é zero. Neste caso nãolexiste solução viável para as
equações do
fluxo
de
potência,o que
caracterizao
colapso de tensão [l4],[l5],[l6],[l7],[l8],[23].ø Autovalores 1 Neste tipo de técnica,
também
conhecidacomo
análisemodal, procura-se associar
um
número
específico depequenos
autovalorescom modos
da
variação tensão/potência reativa.O
objetivo é forneceruma
medida
relativada
proximidade da
instabilidade de tensão, sendo a análise feita geralmenteem
áreas sujeitasà esta instabilidade '[19]-,[20].
E
'_ .Otimização : Este tipo de
método
procura identificar o,~pontode
bifurcação diretamente pela
maximização da
carga reativaque pode
ser suprida pelo sistemasem
que
ocorra perdada
estabilidade de tensão [l2]. Este tipode
abordagem tem
sido
pouco
exploradana
literatura. _2.2.2
Abordagem
Dinâmica
i
O, enfoque dinâmico de estabilidade
de
tensãonão
possui' tantas referências quantoo
enfoque estático.Arazão
disto estána complexidade
exigida para amodelagem
doscomponentes do
sistema de potência eno
tipo de algoritmo a ser utilizadopara a análise.
Embora
se saibaque
a_ característicado
colapso de tensão é -não-linear edinâmica,
um
grandenúmero
de
abordagenstem
procurado fazer usode
técnicas linearesde análise; 'oque facilita! a
implementação
de algoritmos já consagrados(menor
autovalor,fatores
de
participação,etc..,). Estudosque
usam
modelos
dinâmicos parao
sistemade
potência, incluemefeitos de`LTC's', dinâmica de
geradorese
seus controladores (RAT,
il6
comportamento
é de fundamental importância para a determinaçãodo comportamento do
sistema frente a estabilidade de tensão.Alguns
dos principais trabalhos citadosna
literatura são sumarizados aseguir: V
'
~ - Löf, Hill e outros [23]
colocam
neste artigoalgumas
idéiasdesenvolvidas
em
outros trabalhos dos autores [16],['l7], e propõealgumas defmições
relacionadas aofenômeno
de estabilidade de tensão, tantodo
ponto de vista estático,.
I _
quanto dinâmico.
E
também
apresentado neste trabalhoum
modelo
de sistemade
potência para estudode
estabilidadede
dinâmica lentaonde
são incluidos limitadoresde
correntedo
rotor e cargas dinâmicasnão
lineares. z' ` '
Sauer e Pai [24] apresentam
uma
relação entre omodelo
dinâmico do
sistemade
potência eo
modelo
do
fluxo
de potência convencional, fazendouma
análisedo
modelo
dinâmico
linearizado. Este trabalho éum
aprofundamentodo
trabalho apresentadopor
Venikov
e outros [7].No
artigo publicado por Rajagopalan, Lesieutre, Sauer e Pai [25]o problema de
estabilidade de tensão é colocado sob o aspecto dinâmico de operaçãodo
sistema, sendo feita a análisecom
basena
estabilidade dos pontos- deuma
curvaPV
típica.A
análisede
múltiplos pontos de equilíbrio é feitano
contextoda
estabilidadede pequenas
~
perturbaçoes,
usando
técnicasde
análise por autovalores.-.
Xu
eMansour
[26] investigam a natureza dinâmicado
colapsode
tensãousando
um
modëlo
genérico para representar o comportamento* dinâmico das cargas agregadas. Relações entre as técnicas estáticas defluxo
de potência e simulações dinâmicasno
tempo
são analisadas, eum
mecanismo
de colapso de tensão é vistocomo
uma
interação entre as cargas dinâmicas e a capacidade de fornecimento de potência pela rede.
Morison,
Gao
eKundur
[27] apresentam neste artigouma
comparação
entre as abordagens estática e dinâmica. Para o estudo de
colapsode
tensão sobo
aspecto‹
17
V Stubbe, Bihain e
Deuse
[28] analisam
o
mecanismo
do
colapsode
tensão para
um
sistema' real, econcluem que
é necessárioum
refinamentono
detalhe dosmodelos
usadosna
simulação. São apresentados ainda neste artigo as característicasprincipais das modificações introduzidas
no programa
de simulação Eurostag, [2].2.3
Conclusão
.
Foram
colocadas neste capítuloalgumas
defmições básicas parao
entendimento
do
colapso de tensão[l],-[2],[4],[6].Como
pode
ser observado,o problema
não
está ainda claramente defmido, e estudosmais
aprofundados serão necessários atéque
o
problema
seja perfeitamente compreendido. -As
curvasPV
tem
sido usadascomo
uma
maneira
dedemonstar
o
efeitodo
limitede
potência ativa ( ou_reativa) transmitidano
fenômeno
de instabilidadede
tensão.
Embora
o
colapsode
tensão sejaum
fenômeno
naturalmente dinâmico,muitos pesquisadores [8] a [22]
adotam
uma
abordagem
estática para sua determinação,»
estando ainda indefinida a
melhor abordagem,.bem
como
o tipode
método
a ser utilizado.,
A
abordagem
dinâmicatem
sidomais
usada para estudos decomportamento de dinâmica
lenta, visando a
adoção
demedidas
preventivas,como
por exemplo,o
estabelecimentode
'”`¬""t°rip
dosfëlés de
subtensão visandoo
corte de carga para “controller dia instabilidadede
tensão, ao passo
que
osmétodos
estáticos sãomais
utilizados para indicar regiões e barrasmais
sujeitas à instabilidade de tensão[37]. V2
“
i
No
próximo
capítulo será apresentado-omecanismo
do
colapsode
tensão e seu desenvolvimento matemático.Capítulo
3
Fundamentos
Teóricos
iApresenta-se inicialmente neste capítulo
o
mecanismo
do
colapsode
tensão paraum
sistema radial.Em
seguida, apresenta-seuma
forma de uso da
singularidadeda
matriz Jacobianacomo
um
índice possível para a determinaçãodo
colapso de tensão, partindo-sede
um
caso simples de duas barras, e posteriormente considerando-seum
sistema multimáquinas. Descreve-setambém
amodelagem
doscomponentes
usados para o cálculodo
fluxo
de
potênciarpara aabordagem
estáticado
estudo
de
estabilidade de tensão.3.1
Formulação
-do
Problema
O
mecanismo
de
colapsode
tensãopode
ser 'inicialmente apresentadoatravés
de
um
sistema simples,de
duas barras, cujodiagrama
é apresentadona
figura 3.1.19
vg=|vg|L‹›1
~vr=|vf|I_s
Z=
RÂf`X=|Zliz.
H
1
2Pr+jQr
Figura 3.1 Sistema de duas barras
Neste
circuito, a tensãoVg
do
gerador estáem
sériecom
aimpedância
Z
da
rede, representandoum
equivalenteThevenin
ligado a carga.O
modelo
de
cargaconectado é representado
como
potência constante (Pr
+
jQr), e estásubmetido
auma
tensão Vr,
sendo
õo
ânguloda
tensãona
barra 2 e oto
ânguloda impedância
da
linhade
' e
. ,., _
transmissao. _
V '
As
equações algébricasque
representam este circuito são.\ -. S,
=
P,+jQ, =
Vrlz ' (3_1)onde
‹V-1
Irzgm
Z
1 _0%
Portanto, tem-se
que
s ~
v*-v'
S
,:V-L;-L
,p 3.3Z
‹ ›OU
Q 2.S_¶¶_N
'7z”~Z,
am
20
o que
implicaem
_
|Vz|Vz| |V,|2Sr-ii-ii-_Áô+G.-"|'ãí-ÁU.
Pode-se
com
isto colocarque
as equações algebricasque
representameste circuito
em
termosde
potência ativa e potênciareativa são- '
vv
2 -Pr-
-lšz-'-cos(ot+8)
+VÊ'cos(a)
=
O (3.6)V
V, _V2
QI
--É-sen(ot
+5)
+?'sen(ot)
=0' A (3.7)As
relações'acima_apresentam a relaçãode
potência/tensão para a carga conectada ao circuito. Mostra-se a seguiro
desenvolvimentoda
máxima
transferênciade
potência parao
circuitoda
figura
311 [29].`
-
Se na
equação (3.6) todas as variáveisforem
mantidas constantes,com
exceção de õ, tal
que
a potência ativa fornecida a carga , Pr, sejafunçãosomente de
õ,então
Pr
serámáxima
quando
ot=
.-õ. Neste caso, amáxima
potência ativa recebida pela carga parauma
dada
regulaçãode
tensão será expressa por -. 2
V
_
P,
=@{|-il-|z|-R)
^ (3.s)_2l
A
equação
(3.3)pode
também
ser expressacomo
V
|V
||V| |V|2cosa
- PrM
='íf5__fí__._
(39
1212 |z| )Se
|Vg| ==. |Vr|, então -2PM
=|TVà||-(1-cos oz) A (3.1o) 011_|1,_|2
_
~ ¬ zPt,-{|Z¡)(|z|R)
(111)
e similarmente, a potência reativa
fomecida
para a carga édada
porV
2 .Q,
=-|?Isenot
e - (3.l2) ` 'A
figura
3.2 apresenta várias curvasda
relação potência ativa-magnitude
””azzz¡zsâ零íàzzfgzz°*'T1.*22
Vr(pu) à 1.20-E
. v = . - ~ 9ms
vg=1.1o 1-00“C
à ¶
` g=1.00 ommam-| .° aso_
vg=o.95-"'_"
0.60-
0.40_
0.20__
0.0 A I I I I I z›z<pt.› 0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 Potência Ativa _ Figura 3.2 -Curva
PV
típica rPode-se observar
na
figura 3.2que
existemsempre
dois níveisde
tensões para transmitir-seo
mesmo
valor de potência.'
Embora
teoricamente seja possívelo
sistema operarna
parte inferiorda
curva, isto
não
é levado a efeitona
prática, pois para se produzir a potência necessáriacom
uma
tensãocom
valor reduzido seriam necessários altos valoresde
corrente,o que não
éuma
situação aconselhável enem
segura para_ a operaçãode
um
sistemade
potência.Em
'condiçõesnormais de
operação,aqueda
na
tensão devido aum
aumento na
potênciada
U
¬c_ar,gaté,,comp_ens_ada_pelo_aumento_na.tensãoMg-do.gerador?_____..- . zz .- Através
da
análise da figura 3.2, -nota-seque
seo
sistema operassena
parte inferior
da
curva,o aumento da
tensãoVg
causariauma
queda
adicionalna
tensãoda
carga, portanto
uma
situação claramente instável. Conclui-secom
isto,que o
sistemadeve
operar
na
parte superiorda
curva,ou
seja,na
região estável de operação [15]. Esteresultado é claramente relacionado à sensibilidade tensão/potência, pois este coeficiente tende ao infinito à medida'
que o
ponto de operação aproxima-se daquele correspondente à23
solução para
o
fluxo
de
carga neste pontonão pode
ser obtida. Este pontoextremo
échamado
pontode
bifurcação estática dovsistema [22], [32], [39], `[40]. '3.2
A
Singularidade
da
'Matriz
Jacobiana
como
um
V
Índice
de
Colapso
de
Tensão
-caso simplificado
W
O
uso
da
singularidadeda
matriz Jacobiana [18]como
forma
de
demonstrar
o
mecanismo
de
colapso de tensão, sob o ponto de vista estático, éum
tipode
abordagem
atrativo, pela simplicidade das equações envolvidas e dos métodos,numéricos
utilizados. .
'
'
V
.
Visando
demonstrar a aplicação desta teoria, considereo
sistemarepresentado
na
figura 3.1,onde
a resistência é desprezada (r =0) e portanto ot =90°, e atensão
no
gerador é fixadaem
Vg
=
|l|¿0 °.Com
isto as equações ( 3.6 ) e ( 3.7 )podem
ser simplificadas para .
-V
P,=Qsenõ
(3.l3)X
V _Qr zlgíllçgg Õ -Iãlší _ . H (3.‹l4) 'Através das equações (3. 13) e (3. 14)
pode
se traçaro
contornode Pr
eQr
f
24
_ ~ ...P1 ' Í 3 - ¬|¡› 1.-___'___f P: _ › 3 â . -'.""`_`§'-. P __ ___ __ _ _°__. __. _ __ vs _ __ " ` ` ' P››PI›P| r i _ _ I _ Q¡7u\ V À ' ; Q_; ' V H _ ri* __'u' ` - Figura 3.3 -Contorno
dePr
eQr
_› A- intersecção
do
contorno de Pr eQr
no
planoproduz o ponto de
operação de
regime permanente do
sistema, o qual é a soluçãodo
fluxo
de potência.Nota-
se ainda,
que
parauma
cargaQr
=
Q1
ePr
=
P1, existem duas soluções de tensão,V1
e V2.Variando-se a carga, e fazendo
Qr
=
Q1
e incrementandoP1
para P2,V1
diminui paraV3
e,V2
aumenta
para V4.Além
disso se Pr éaumentada
para P3,ambas
as soluçõescoincidem
em
V5. Neste ponto, os vetores gradientes dePr
eQr
serão colineares, istoéVP,
=
otVQ,
A
. (3. 15)
onde
ot éuma
quantidade escalar.`
O
Jacobianodo
fluxo de potência parao
sistemada
figura
3.1,assumindo que
a barra l é' a referência, serádado
por--- '-. -al
VPT
Jz
é
(3.16)-
23,-iwfi
~ âââàaaÉ
-As
equações( 3.15 ) e ( 3.16 )
implicam que
a matriz Jacobiana serádeficiente
em
postoem
Pr
=
P3
eQr
=
QI,
o
que
pode
ser interpretadoem
termos de
_!
25
ser obtida
uma
solução. para o fluxode
potência, e a transferência de potência terá atingidoo
seu valormáximo,
o que
caracterizauma
situação claramente instável [l8]. .3.3
Sistema
Multimáquinas
VO
conceito colocadona
subseção anteriorpode
ser estendido 'para grandes sistemas. Seja o sistema
de
potência constituido den+1 máquinas
em
banas
de
carga, sendo escolhida
como
referência a barran+m+l. Os
elementos G¿k e Bik sãocomponentes da
matriz admitância e Vi e õimódulo
e ânguloda
tensãona
carga._
`
Sob
«o ponto de vista estático,o
sistemapodeser
descrito pelo seguinte conjuntode
equações : ` ' _ S S ` , fi=
Pi_
Ê
c0S(ôi_ôk)
+
BikSen(ô¡ 1‹=1 - ' ' gi=
Qi z'Z
ViV1‹[Gâ1<Sen(5i'
51;)'
Bâk °°S(5¡'
514)] , V (3-13) r<=1sendo
Pi eQi
as injeçõesde
potência ativa e reativa, respectivamente,na
barra i. _ 'Através
do
Método
da
Continuação, cujo detalhepode
ser encontradona
referência [l5], é possível estender os conceitos fundamentais utilizados
no
casode duas
bãírasi Í 'para sistemas multimáquinas. .
' -
As
equações (3.l7) e (3.l8)podem
ser expressascom
o
auxíliode
um
vetor
compacto da forma
V' £(ë,g)
=
9
(3- 19)onde
: ` .Ê:
[flfi "".fm+n›g1 >"'›gm+n]T:R4(m+n) __› R2‹m+n) '-26
5 =
[ô,,...,ôm,,,\@,...,Vm+,]T éR2°“*“>(321)
2 =
[P1,...,P,,,,..,Q1,...,Q,,,+,.]Tiekm)
(122)
são vetores função, estado e parâmetros, respectivamente. _
A
determinaçãodo
lugar das raizesda
equação (3.19) paraum
vetorde
parâmetros especificos, é realizada determinando-se a derivada total das funçõesnão
lineares ao longo
da
sua trajetória, talque
'
.
i
d£(z<_,g) f-=
9
(3-23)Considerando-se
5
ep
parametrizados porum
escalar t, aequação
(3.23)
pode
ser colocadana forma
~
A
resoluçãoda
equação (3.24) implica a obtenção deuma
soluçãodo
tipo-»»~(xf;~pÍ)-tal-que;~§(-gp) zšzííš-.Ê-='-()-e-da-d-eÍ~`1r1i-ção-da~~trajetória---do vetorp
parametrizadacomo
escalar t.'
As
equações (3.17) e (3.18) dão'origem
à equação (3.19), cuja primeiraderivada
em
relação aos elementosdo
vetorp
fornece\ t
I
.27
ou,
em
formasimplificada
fg (5, 2)
=
I (3 .26)onde L
é a matriz identidadede_ordem
2(m+n) x 2(m+n)
e fp=
Isto permite _ .'
-
B
_reescrever a equação
(324) na forma
~ idg
__
ig
fizúa»m
i ' /ôf
, . . , . . . , - -› Vonde
,fx=
-Õ-X'-=,ea
matriz Jacobianado
fluxo
de potencia convencional viametodo
de
'
Newton-Raphson.
-_
Considerando-'se
que
é diferente de zero parauma
especificada. condição
de
operação,esabendo
que
§%=0
no
ponto de bifurcação, então a condiçãopara
que
este ponto ocorra éque
a matriz fë seja singular.A
equação (3.27) caracteriza então aforma
básica de representaçãodo
limite' de estabilidadeem
regime permanente
paraum
sistema multimáquinas, e portanto, o ponto de colapso de tensão.3.4
Modelagem
dos
Componentes
cEm
estudosde
estabilidadede
tensão deve serdada
atenção especial aosmodelos
doscomponentes
'do sistemade
potência, pois caso suas
modelagens apresentem
H
28
representando a realidade
do
fenômeno. Neste trabalho são apresentado osmodelos
doscomponentes
para estudosegundo
aabordagem
estática. _' '
3.4.1
Geradores,
Sistema
de
Transmissão
e
Elementos
Shunt
Em
estudos de fluxo de potência os geradoresvsão representados atravésde
injeção de potência ativa e reativano
sistema, através de barrasdo
tipoPV.
Nos
estudosde
estabilidade de tensão é de vital importânciaque
sejam representados os limitesde
potência ativa e reativa, para que a potência fornecidanão
afete a exatidãodos
resultados.-
'
A
transferência de energia ao longodo
sistema de potência é realizadaatravés das linhas
de
transmissão. e transformadores.Em
estudosda
rede elétricaem
»
regime
permanente, as linhas de transmissão sãomodeladas
através 'do circuitoH
equivalente.
Os
transformadores são representados atravésdo
modelo
H
de
transformadores,com
tapfixo
ecom
tap variável sob carga (LTC). _Os
elementos shunt decompensação
reativa, isto é, capacitores e reatoresde
controlede
tensão, sãomodelados
como
uma
admitância e incluídosna
matriz admitânciade
barrasdo
sistema. «3.4.2
Carga
V '
-
O
grau de precisãocom
que
a carga émodelada
em
estudos deestabilidade
de
tensão éum
fator essencial parauma
boa
análise.Devido
a este fato, a sua_ representação será descrita
com
maiores detalhes. _r
_
i
Dentre todos os