5
TÓÍÊÍ
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIENCIAS
DÁ
SAUDE
DEPARTAMENTO
DE
TOCOGINECOLOGIA
eRAv|oEz EcTÓP|cA
REVISÃO BIBLIOGRÁHCA
Trabalho
de
Conclusãodo Curso
de
Graduação
em
Medicina|=LoR|ANÓPoL|s
Dez/1993
Autor:Gerson
Carvalho Orientadora:uN|vERs|DADE
FEDERAL
DE
SANTA cATAR|NA
cENTRo
DE
c|ENc|As
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO
DE
Tocoe|NEcoLoe|A
eRAv|DEz EcTÓP|cA
REv|sÃo
B|BL|oeRÁF|cA
Trabalho
de
Conclusãodo Curso
de
Graduação
em
MedicinaFLoR|ANÓPoL|s
Dez/1993
Autor:Gerson
Carvalho Orientadora: Drfl. Lflia R.Marques
Dedico
este trabaiho áRozane, minha
esposa,e
a Luiz Henrique,meu
filho,AGRADECIMENTOS
Aos
meus
pais, pela paciência e determinação na árdua tarefade
encaminharum
filho nos
caminhos do
saber;À
Dra. Lilia R. Marques, minha orientadora, pela sua inestimável colaboração nodecorrer deste estudo; ›
Aos
meus
irmãos, eem
especial,ao André
Luiz,sem
o qual, a realização destetrabalho ter-se-la
tomado
infinitamente mais dificil; -À
minhaesposa
emeu
filho, pelosmomentos
que
tiveramque
passarsem
a minhapresença,
sem
nunca desanimar;E
finalmente, a todos aqueles que,de
uma
maneira oude
outra, contribuiram paraque
eu conseguisse êxito no decorrer destajomada.
SUMÁRIO
RESUMO
... ..ABSTRACT
... .. 1 -INTRODUÇÃO
... _. 2 -ETIOLOGIA
... _. 3 -PATOLOGIA
... ._4
-MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
... _. 5 -DIAGNÓSTICO
... _.5.1 -
Medida
únicade
progesterona sérica ... ._5.2 -
Medtdads
seriadasde
B
-HCG
sérico ... ... 5.3 -
USG
transvaginal ... .. 5.4 -Curetagem
uterina ... .. 6 -DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
... .. 7 -TRATAMENTO
... ._ 7.1 -Tratamento
cirúrglco ... .. 7.2 -Tratamento
clínico ... ._ 7.2.1 - Metotrexate sistêmico ... ._7.2.2 - Metotrexate por Injeção direta ... _.
7.2.3 - Metotrexate por cãnula intratubária
7.2.4 - Prostaglandinas por injeção direta..
7.3 -
Conduta
expectante ... ._8 -
CONCLUSÕES
... ..RESUMO
A
gravidez ectópica éuma
doença
determinada pela implantaçãode
um
óvulofecundado fora
da
cavidade endometrial,que
tem-se caracterizado, nos últimos anos,por
um
aumento da
incidência, devido a varios fatorescomo
salpingite, cirurgiasprévias, uso
de
métodos
contraceptivos e hormonloterapia.O
avanço da
tecnologia permitiu a descobertade
novos métodos, tantode
diagnóstico,
como
de
tratamento.O
diagnóstico precoce se faz necessario,sob
o riscode
conseqüências desastrosas. Para isso,vêm
sedestacando
atualmente testeslaboratoriais
como
medidas de
progesterona sérica ede
gonadotrofina coriônicahumana,
e 'exames abase de imagens
tipo ultra-sonografia transvaginal.Já na parte
que
diz respeitoao
tratamento,tem-se
falado muito na hipótesede
tratamentos conservadores, visando evitar não só a morte,mas também
preservar aABSTRACT
The
ectoplcpregnancy
is a pathoiogy determinedby
impiantatlon of an fertilizedovulum outside endometriai cavlty, that has
been
caracteflzed, in last year,by
increaseof incidence,
because
somany
causes, like salplngitis, previous surgery, use ofcontraceptlve
methods and
homonltherapy.The
technologyadvances
has permlted the discovery ofnew
methods
to thediagnosis
and
treatment. Early diagnosismake
itself necessary,by
risk of catastrophicconsequences.
To
thismean,
actually, laboratory tests hasbeen
desenvolved, likemeasurement
ofserum
progesteroneand
human
chorionlc gonadotropln,and
use ofImages
like, for example, transvaginai ultrasonography.About
the treatment, there are the posslbllities of conservatlve therapeutlcs whltefforts not only to prevent death, but also to preserve the fertility, 'cause the patients are
young and
ln high fertii ages.1 -
INTRODUCÃO
Gravidez ectóplca ou ectociese é
uma
patologia caracterizada pela implantaçãodo
óvulo fertllizado
em
lugar diversoda
cavidade endometrial (2›12›31f32›33). ._Tal patologia
não
é rara,sendo
que, nos últimos anos,tem-se observado
oaumento
do
número
de
casos. Alguns autores correlacionaram onúmero
de
gestaçõesectópicas na Suécia
com
onúmero
de
gestações tóplcas e ressaltaramque
no iniciodos anos
60, a relação erade
6:1000,passando
a serde
1111000 nasegunda
metade
da
década de
70(12A)t_ Ja alguns autores americanosmostram,
em
igual periodode
tempo,
um
aumento de
1:240 para 1:64.Com
base
nestes eem
outros estudos, existeum
consenso
entre a maioriados
autores,
que
a Incidência desta patologia éde aproximadamente
1,4%
de
todas asgestações,
modificando-se de
acordocom
a situação epidemiológica local,podendo
variar entre 0,3‹ e 1,5%.
A
incidencia variatambém
de
acordocom
o nivel sócio-econõmico da
população estudada edo
tipode
serviço hospitalar,não
seobservando
predisposição ra_clai(2.12.31 $12.33)
A
ocorrênciade
gravidez ectóplca é de, aproximadamente, 11150 -200
gestaçõessendo que
cercade
90%
localizam-se nas_tr_o_n3p;a¿s, e destas, cercade
60%,
no ladodirelto(2›31').
'
Aproximadamente
80%
são
diagnosticadas nos primeiros 2meses
após
aconcepção(2),
1
A
gravidez ectóplcapode ocorrem
em
qualquer periodo entre amenarca
e amenopausa, sendo que aproximadamente
40%
acometem
mulheres na faixa etáriacompreendida
entre20
e29 anos de
idade(32).A
gravidez tubária representa cercade 98
-99%
das
gestações ectópicas,assumindo
relevânciaquando
representa cercade
12%
de
todos os Óbitos gestacionals(32›33).Veriflcou-se
um
aumento
na frequenciaem
mulheres portadorasde
D.l.U. -Dispositivo intra Uterino -,
onde
cercade
5%
de
todas as gestaçõessão
ectÓplcas(31).2 -
ETIOLOGIA
A
condição mais importanteque
predispõe àuma
gravidez ectópica é a saipingltecrónica preexlstente,
comumente
de
origem gonocócica(32).Outros fatores predisponentes incluem aderéncias peritubarias devidas a apendicite
ou endometriose, leiomlomas, cirurgias. anteriores, tumores tubários benignos e
¢|3t°3(2,i 2,31 ,32,38)_
Porém
cercade
50%
'-ocorremem
trompas que são aparentemente
normais.Hipóteses levantadas para explicar estes.casos seriam distúrbios funcionais tubarios,
atraso na
ovuiaçãoe
atémesmo
o uso_de,D.i¿J(12).7 '
-`
Certamente
a'doença
lnflamatória prévia é a principal responsável porum
dano
anatômico
macroscópico
- estruturasda
péivis - ou microscópico, levando a lesão noendotélio ciliar
da
tuba,provocando
uma
diminuiçãoda
motilidade ciliar eda
velocidadeda
passagem
do
óvulo fertllizado(32)_i
Alguns autores apresentaram estudos
demonstrando
histoiogicamente que asaipinglte crónica era a lesão mais observada
em
pacientes portadoresde
gravidezectópIca(32.33)_ .
L
-
. _
Outros
sugerem
a associação signiflcativa entre a gravidez ectópica e a Chlarnycfiaconsiderando esta
como
um
dos
principais causadoresde dano
tubário, oque
levaria à gravidez ectóplca(7.12›33).'
Existe
um
consenso
navliteratura que,após uma
doença
iniiamatória pélvica, agravidez ectópica é encontrada
4
.a 10 vezes maiscomo
complicação da mesma(31›32)._
Já
as clrurgiaspélvicaspodem
levar adanos
anatõrnicosea
formação de
aderéncias.
A
falhade
métodos
contraceptivoscomao
a iigadura tubaria, permitindo aformação de
um
pertuito para a cavidade, e a presençade
um
dispositivo intra-uterino (D.I._U.),.como
causas
de
gravidez ectópicatambém
são
aventadas na iiteraturakbemcomo
o usode
hormonioterapia, levando a diminuiçãoda
motilidade tubária(2.12.32)_'
'De
acordo-
com
a frequenciado
localde
implantação,podemos
teruma
gravidezectópica: _'
i
_
.~1 - Tubárla: Ampoiar, Infundibular, Ístmica, intersticial e Bilateral.
. 2 - Abdominal.
V
Ovariana. a
'
mkv III Cervical. -
Mista: Extra e intra4uterlna concomitantemente.
Qualquer retardo na
passagem
do
óvulo para a cavidade endometrlai predispõe auma
gravidez ectóplca e cercade
50%
dos casos são
motivados por lesõesinflamatórias(2.15.31).
Os
fatores tubarlospodem
ser aderéncias peritubarias,tumores
peivlcos, outortuosidades nas trompas. Ja a gravidez abdominal
pode
ser primaria -quando
oóvulo
fecundado
implanta-se inicialmente na cavidade abdominal - ou, mais raramente,secundária a rotura
de
uma
gravidez tubariacom
o trofobiastomantendo
a suainserção tubarla
ou
todo o ovo relmplantadoem
outro localapós
a rotura.A
frequênciade
gravidez abdominal éde
1 paracada
15.000 gestaçõescom
um
indicede
mortalidade fetal
de aproximadamente
90%(2›15). _A
existênciade
gravidez ovarianapode
se dar pelafecundação de
um
óvulo preso ouapenas
parcialmente expelldo, por transmigraçäodo
ovo ou implantaçãoanormaimente
precoce.
A
f
A
gravidez cervical é rara, e ocorre por deflnlção,com
a implantaçãodo
óvulo abaixodo
orificlo intemo, ocon'endo invariavelmente abortoespontâneo
com
hemorragiaintensa. A
A
gravidez intra e extra-uterina concomitante ocorreaproximadamente
em
1 paracada
seis a sete mil gestações.Como
regra, a extra-uterina aborta e a intra-uterinapode
chegarao
tenno(2›7›12›15›31›32›33).3
-PATOLOGIA
Breen
em
1970,em
uma
sériede 654
gestações ectópicas, estudada por 14 anos,observou
que
97,70%
foram tubãrias,1,40%
abdominais emenos
de
1%
ovarianas ecervicais.
Das
tubãrias, a grande maioria(81%)
ocorreu na ampola, enquantoque
12%
foram lstmica e5%
nas flmbrias(7.12.15).Após
a implantaçãodo
ovo junto a endosalpinge, o trofobiasto invade a lâminaprópria e a muscular, cresendo entre a luz
da trompa
e o perltónio.Devido
ao espaço
limitado para o crescimento e a nutrição inadequada,não
existeum
crescimentoadequado do
tecido trofoblastlco na maior partedas
gestaçõesectóplcas.
Assim
aprodução de Gonadotroflna
CoriónlcaHumana
(HCG)
não
é tãoacentuada e os niveis
de
progesteronasnão são
mantidos.São
suflcientes, porém, para resultarem
uma
reação endometrial(31›32L33).Do
pontode
vista anatomo-patológico, a gravidez ectopicapode
ser primaria ousecundária.
É
primáriaquando
a nidação se faz e ,prossegueem
um
único local; ésecundária
quando após
implantar-seem
um
local, desprende-se e vai continuar odesenvolvimento
em
outro iocal(32).A
gravidez ectopicapode
evoluir para abortamento tubário,quando
ocorredescolamento do
ovo para a cavidade peritoneal; para rotura tubária,quando
da suaImplantação istmlca, ocorrendo rotura entre
4
e 12semanas
de
gestação,podendo
ocorrer hemorragia intraabdominal ou intra-iigamentar;
pode
aindareabsower
expontaneamente
-cercade
1/3dos casos -,ou
cursarcom
situações mais rarasque
são
a evolução parauma
forma
secundária, odesenvolvimentodo
ovo in situ ou aindaa
degeneração
moIar(2›12›31›32).A
gravidez ectopica abdominal representa cercade
1%
das
gestações ectopicas.Apresenta
um
riscode
mortematerna
7,7 vezes maiorque
o da gravidez tubaria e90
vezes maiorque
as gestações tópicas(12).O
ovopode
implantar-seem
qualquer pontodo
abdome
ou nos Órgãos revestidos pelo peritónio visceral. Alguns autores à classificamde
acordocom
a idade gestacionalem
precoce,quando
tem menos
de 20 semanas,
e tardiaquandotem
maisde 20
semanas
de
idade gestacional,devendo
a viabilidade fetal ser levadaem
conta nestassituações, para fins terapêuticos.
`
A
gravidez abdominalpoderá
evoluir para a morte ovularcom
reabsorção, ou, para ocrescimento e
maturação do
feto atéumafase
avançada
na gestação,podendo
então chegar vivoao
tenno,com
elevada taxade
maifomações
(50%), ou ainda, morrer,conilgurando, a partir
do
4°mês,
oque
sechama
de
retenção.A
retenção prolongadaleva a
maceração
e mumificaçãodo
feto(2).As
gravidez ectópicas ovarlanassão
acontecimento muito raro - 1 a2%
das
gestações ectópicas -
podendo
evoluir para roturacom
reabsorção ovular (e o maisfreqüente), rotura e desenvolvimento
em
local secundário, e evolução in situpodendo
chegar
ao
temwo.A
gravidez cervical éuma
modalidade lnfreqtlentede
gravidez ectópicaonde
o ovonida abaixo
do
orifício interno , no colodo
útero.Ocorre
em
uma
paracada
18.000gestações e a grande maioria tem1ina
em
abortamento,com
a hemorragia consequentepodendo
ser crltica(2-12›31›32).I 1 l
4-MAN||=EsTAçõEs
cLiN|cAs
I4
-MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
Wecksteln,
em
1987, refereque
osachados
maiscomumente
encontradossão
dorabdominal, atraso menstrual e
sangramento
irregular,acompanhados
não
raro,de
massa
anexiai paipáveim).A
dorpode
estar presentemesmo
antesda
rotura, pelo processo expansivo intra-tubario.
Podem
ainda ocorrer iipotlmia, dor lombar e dorem
região escapular, até quadroscríticos e emergenciais
de choque
hipovoiemico.A
proximadamente
40%
das
gestações ectópicas tubarias apresntam-sede
maneiraaguda
,onde
a queixa maiscomum
éde
uma
dor penetranteem
abdome
e regiãodorsal.
Cerca de
80%
das
pacientesapresentam sangramento
e70%, massa
pélvica.Já
60%
das
gestações tubáriasevoluem de
maneira crônica,podendo
estar presente osinal
de
Cullen,que
traduz hemoperitónio(2.31)_ ¬As
gestações abdominaisquase
sempre
evoluem
com
náuseas, vómitos, diarréia e dor abdominal, porcompressão
e irritação peritoneai.A
dor se acentuacom
amovimentação do
feto(2.12,31,32.33).5 -
QIAGHÓSTIQO
O
espectrodos
sintomas clinicos variadesde
dor pélvica esangramento
vaginalcom
5 ou 6
semanas
de
idade gestacional, clinicamente indistingulvelde
um
abono
espontâneo, até hemorragia intraabdominal catastrofica, tardia, podendo,
de
outramaneira, cursar
como
uma
gravidez assintomatica. Portanto,somente
a atentavigilância
dos médicos
em
todas as gestaçõespoderá
permitirque
uma
gravidez ectópica seja diagnostlcadaantesde
sintomascomo
hlpotensão, sangramento, dor erotura.
As
pacientesque apresentam
história préviade
cirurgia tubária,doença
inflamatória pélvica, ou
mesmo
gravidez ectópica anterior,possuem
um
risco maior para gestação ectópica,devendo
alertar omédico
no sentidode
se fazerum
rastreamento
com
dosagens
precocesde
progesterona(33).Alguns meios encontram-se, nos dias, atuais ã disposição
do médico
para auxilia-lona detecção desta patologia,
porém
ultimamente,vem-se destacando
a laparoscopiapor oferecer
uma
visão direta. Contudo,em
uma
gestação inicial,onde
osaco
gestacional é tão pequeno,que não pode
ser visualizado,surgem
novosmétodos que
permitem
um
diagnótico tão precoce quanto eficiente(4›).É
ocaso
de
novos algoritmosque
incorporammedidas de
subunidades lãde
gonadotrotina coriõnicahumana
(lã-HCG),USG
transvaginal ecuretagem
uterina,capazes de
proporcionarum
diagnóstico preciso o suficiente,em
muitos casos, parapermitir
um
tratamento(4.6.13.l4.18.19.20›30.33z38)_Existem na literatura, testes
capazes de
diagnosticar corretamenteuma
gestaçãoectópica
com
100%
de
acerto,quando
comparado
- econfirmado
-com
laparotomia.O
estudo desenvolveu
um
sistema para serusado
em
mulheresque
desenvolveramespontaneamente
a ocorrênciada
gravidez; mais testespodem
ser arrolados nodiagnóstico
da
gravidez ectópicaapós
a indução farmacológicada
ovulação.A
seguir, discutiremosalgumas medidas
citadascom
maior frequência na literatura,que
podem
auxiliar no diagnóstico precoce - e essencial- na gravidez ectópica. 5.1 -Medida
Únicade
Progesterona SéricaOs
niveisde
progesterona sérlcarefletem
aprodução de
progesterona pelo corpolúteo,
que
é estimulado poruma
gravidez viável. Durante as primeiras 8 a 10semanas
de
gravidez, a concentraçãode
progesterona sérlcamuda
pouco;como
a gestaçãofalha, o nivel cai.
A
medida de
progesterona contribui para o diagnósticode
gravidez ectópicade
três maneiras: primeiro, este éum
dos
testesde
mapeamento
baratoque
07
pode
identiflcar pacientesque
precisam passar porum
novo teste; segundo,pode
excluir
uma
gravidez ectópicacom
97,5%
de
sensibilidade (niveis maiores ou iguais a25
ng/ml excluem o diagnóstico), prevenindo a necessidadede
um
novo teste; terceiro,pode
ldentlflcar gestaçõesnão
viáveiscom 100%
de
sensibilidade (niveismenores
ou iguais a 5 ng/ml indicam inviabilidade), independenteda
localização.Com
valoresde
progesterona
acima de
5 e abaixode 25
ng/ml a viabilidadedeve
ser estabelecida porUSG.
O
mapeamento
dos
niveisde
progesterona é particularmenteusado
em
mulheresque não
têm
certezada
datada
sua última menstruação(12›33).5.2 -
Medidas
Seriadasde
is -HCG
SérlcoO
is-HCG é produzido pelas células trofoblástlcas ectópicas.Nas
gestações normais,a concentração dobra a
cada
dois dias,em
média.Gestações
anormais, intrauterinasou ectópicas,
apresentam
uma
redução na produção de l3.»HCGem um
tempo
mais prolongado.Alguns autores
mostram
estudosonde
o i?›-HCG sérico indica a viabilidade dagravidezz, sinaliza o melhor
momento
para a realizaçãodo
USG
edocumenta
aefetividade
de
uma
curetagem
dlagnóstica(4›5›3°›34›36›33).5.3 -
USG
TransvaglnalA USG
transvaginalpode
visualizar tanto gestações intrauterinas,como
muitasectópicas.
O
USG
transvaginal é mais confortável para a paciente epode documentar
uma
gestação intrauterina maiscedo do que
oUSG
transabdominal.O
transdutortransvaginal
de
5 Mhz,que
é agora largamente utilizadoem
consultórios ginecológlcose emergências,
pode
mostrar otamanho
damassa
ectópica na gravidez ectópica, oque
ajuda na seleção terapêutica. Alguns autores referem a limitaçãodo
usodo
Metotrexate para gravidez ectópica
onde
amassa
ectópicamede
4
cm. oumenos;
experiências iniciais utilizavam a
medicação
em
massa
com
3,5 cm. oumenos.
Também, vem
oUSG
contribuir no sentido que, inicialmente, a terapêutica clinica eralimitada a gestações ectópicas
que não
tivessem atividade cardlaca; agora, recentesavanços
noUSG
transvaginalpermitem
captar a atividade cardiaca oque
permiteum
diagnóstico mais precoce
da
gravidez ectópica, tornando-se então a atividade cardiacauma
contra-indicação relativaao
usode
trapéuca clinlca(4›13›14›13›2°z33›35›33›4144).5.4 -
Curetagem
UterinaA
curetagem
uterlna diagnósticaque pode
ser ralizada no consultório, é necessáriaquando
oUSG
não
é suficiente para o diagnóstico.Acuretagem
deveria ser feitaapós
uma
gravidez inviável ter sidodocumentada
com
base
em
um
'nivelde
progesteronade
5 nglmi ou
menos,
ouuma
curvade
là-HCG.A
visualizaçaodas
vilosidades notecido obtido pelacuretagem
indeca a ocorrênciade
um
abortamento intrauterino espontâneo.Na
ausênciadas
vilosidades,uma
diminuiçãodos
niveisde
is-HCGde
15%
ou maisem
8 a 12 horas
após
acuretagem
é diagnósticode
um
aborto completo.Se
os titulosde
B»-HCG se mantiverem ou se elevarem, o trofoblasto
não
foi removido pelacuretagem
uterina, e o diagnóstico
de
gravidez ectóplca está feito(31›32.33).O
diagnóstico precocede
gravidez ectóplca permiteuma
terapêutica consen/adora -médica
ou cirúrgica.Se
a cirurgianão
é necessária para fazer o diagnóstico, entãouma
terapêutica clinica é apropriada. Contudo,quando
existem contraindicações, ou se a laparoscopia é necessária para o diagnóstico, a terapia cirúrgica é a maisapropriada(10.19.33).
6-|:›|AeNÓsT|co
6 -
D|AGNÓsTico
DIFERENCIAL
Cerca de
50
condições patoiógicassão
clinicamente semelhantes a gestaçãoectóplca.
As
maiscomuns
são
a apendicite, a salpingite, a roturade
cistode
corpoIúteo ou
de
folicuio ovariano(2,7,12.22.3133).Enquanto
que
a gravidez ectóplcanormalmente
apresenta dor unilateral ehipersensibilidade antes da rotura; as
náuseas
e vômitossão
ocasionais antes darotura e freiientes após;
pode
existir atraso mentrual ouum
pequeno
sangramento; atemperatura
quando
aumenta,aumenta pouco
e o pulsonão
varia antesda
rotura e ficarápido após;
ao
exame
péivico apresenta hipersensibilidade unilateral, especialmente amovimentação do
colo,com
massa
crepitanteem
um
lado ou fundode
saco; elaboratorialmente apresenta
uma
leucocltose até 15 mil,hemograma
de anemia
em
casos
de
grande perda sanguínea eVHS
ligeiramente elevada, a apendicite cursacom
dor epigástrica, periumbiiical, e depois no quadrante inferior direito,
com
hipersensibilidade localizada no ponto
de McBurney;
asnáuseas
e vómitossão
usuais,precedendo
a migraçãoda
dor para o quadrante inferior direito;não
apresentanenhuma
relaçãocom
a menstruação; a temperaturapouco
se eleva, o pulso é rápido;ao
exame
péiviconão
há presençade massas;
e laboratorialmente,pode
apresentarleucocltose variando entre 10 e 18 mil, hematimetrla normal, e
VHS
ligeiramenteaumentado.
Já a salpingite apresenta dor
em
ambos
os quadrantes inferiores,com
ousem
rebote; as
náuseas
e vómitossão pouco
comuns;pode
ocorrer hipermenorreia e/oumetrorragia; febre e taquicardia proporcional a febre são
comuns; ao
exame
péivicoencontra-se hipersensibilidade bilateral
ao movimento do
colo emassas
paipáveisem
casos de
hidrossalpinge ou piossaipinge; epode
apresentar leucocltosede
15 a30
mil,hematimetrla normal e
VHS
acentuadamente
elevado.A
roturade
cistode
corpo iúteopor sua vez, cursa
com
dor unilateral, generalizando-secom
o progressoda
hemorragia;
náuseas
e vómitossão
raros;pode
terum
periodode
retardo menstrual,seguido
de sangramento
acompanhado
de
dor; a temperatura nunca se eleva acimade
37,2°
C
e o pulso é normal amenos
que
haja perda sangüínea considerável,quando
setorna rápido;
ao
exame
péivico existe hipersensibilidade no ovário afetado,com
ausenciade massas;
a ieucometrla e normal ou até 10 mil, hematimetrla normal eVHS
normal(2).
Finalmente, o aborto uterino evolui
com
dorem
cólicaem
região hipogástrlca;quase
nunca apresenta
náuseas
e vômitos; amenorréia seguidade pequeno sangramento
pode
ocorrer, evoluindocom
volumosa
hemorragia; febricuia, se for espontânea, efebre alta, se induzido
poderá
estar presente; o colo é discretamente fiácido,com
oútero discretamente
aumentado,
com
consistência irregular;não
é rara a ocorrênciade
leucocitose até 15 mil se
espontâneo
e até30
mil se induzido,com
hematimetria normale
VHS
ligeira oumoderadamente
aumentado(2›12›33).Z -
TRATAMENTQ
7.1 -
Tratamento
Cirúrgicou
Ainda
que
a saipingectomia ofereçaquase
100%
de
cura, o tratamento cirúrgicotambém
esta evoluindo,com
a tentativanão somente de
prevenir mortes,mas também
de
pennitiruma
recuperação rápida, preservar a fertilidade e reduzir os custos.A
saipingectomia e a saipingostomia por via iaparoscópica estão rapidamente
substituindo a iaparotomia.
A
iaparotomia deveria ser executadasomente quando
a tentativade aproximação
por via iaparoscópica fosse muito dificil, o cirurgiãonão
treinadoem
laparoscopla, ou o pacientehemodinamicamente
instãvei(3›1°›16›25).A
saipingostomia lineartem
agora se firmadocomo
modelo de
cirurgia iaparoscópicaquando não
existe rupturado saco
gestacional ectópico,mas mede
maisde
4
cm. peloUSG.
Uma
incisão longitudinal é feita pelo eietrocautério, tesoura ou laser sobre a protuberãnciada
borda antimesentérlcado
sitiode
implantação.Os
produtosda
concepção são
removidos atravésde
sucção.Após
a hemostasia estar conciuida, aincisão é deixada aberta, para
que
clcatrize por 2° intenção. Aitemativamente, suturaspodem
ser feitas.Em
um
estudocom
976
salpingectomias feitasdesde
1980, mostrou-se que,
em 94%
dos casos
se obteve sucesso, ou seja,não
foi necessarionenhum
outro procedimento adicional;
do
seguimento posteriorde 93
mulheres,80 (86%)
tiveram as
trompas
desobstruldas;de
430
mulheresacompanhadas,
66%
delasengravidaram subsequentemente(33).
O
resultadode
outras tecnicas laparoscopicassão
bem
menos
documentadas.
A
ressecção
segmentar
se faz necessariaquando
a gravidez ectopica é localizada noistmo,
mas
iaparotomias subsequentessão
necessarias para areanastomose da
trompa
dividida. VSangramento
pó-operatório, niveis elevadosde
I3-HCG indicativosde
um
trofobiastoviável persistente e outros sintomas persltentes
ocorrem
na frequênciade
5 a20%
após
cirurgia iaparoscópica. Usualmente, a reoperação e a exclsãodo
ovidutoenvoMdo
são
necessarias(33›45).7.2 -
Tratamento
ClinicoAinda
que
a cirurgia iaparoscópica tenha substancialmentepoucas
complicaçõesem
raiação a laparotomia, existem vestigios descritos na literatura
de
um
minimo
grau 12imdutivoi
de morbidade
intrlnseco a anestesia e a cirurgia.E
apesar de não
existiruma
conduta padronizadaem
muitos centros, existem autoresque
acreditamque
medidas
clinicaspodem
reduzirgrandemente
esta morbidade, e consequentemente, haum
cada
vez maior interesseem
utiliza-ia. Para superar a cirurgia, contudo, as condutas clinicasdevem
igualar as taxasde
sucesso, as baixas taxasde
complicações e o subsequente potencial reprodutivo alcançado pela iaparoscopiali›5›17›21z2°›33).O
primeirocaso de
usode
terapêuticamedicamentosa
para gravidez ectópicaaparece
em
1982. Estudos empíricos nasegunda
metade
de
1982
usaram,com
sucesso
variável, metotrexate, prostagiandinas, Etoposide(39), glicose hiperosmolar, anticorpo anti-HCG
e coiretode
potássio.O
Mifeprlstone(RU
- 486),um
antagonistada
progesterona, oral, abortivocom
baixa toxicidade, mostrou-se ineflciente nasexperiências e
não
foi investigado mais profundamente. Aindaque
o tratamentodado
sistematicamente tenha provado ser pratico, vários destes agentes
têm
sido lnjetadosno
saco
gestacional ectópico por laparoscopia, guiado porUSG,
ou injetados atravésde
canula lntratubárla via hlsteroscopiaii.3.9,26,28,29,37,38,42,43A7). 7.2.1 - Metotrexate sistêmicoUm
antagonistado
acido fólico, o metotrexate inibe a sinteseespontânea das
purinase
pirlmidinas,consequentemente
interferindocom
a slntesede
DNA
e multiplicaçãocelular.
O
trofoblasto prollferante ativamente mostrou ser vulnerávelao
metotrexat no tratamentoda doença
trofobiástica gestacional muitos anos atras.Pacientes
hemodinamicamente
estáveiscom
gravidez ectópicaonde não
houve roturado saco
gestacional emedindo
4
cm. oumenos
peloUSG,
são
pacientescom
grandepotencial para o
usode
metotrexate. Já pacientescom
gravidez ectópicade
grandevolume,
atMdade
cardlaca anexial, ou evidênciade sangramento
intraabdominalagudo
(abdome
agudo, hipotensão, ou diminuiçãodo
hematócrito)não
devem
ser submetidosao
tratamentocom
talmedicamento.
Em
experiências progressivas, baixasdoses
foramusadas
com
poucos
efeitoscolaterais.
O
resultadodo
tratamentocom
metotrexate sistêmico_em306
casosde
gravidez ectópica registrados
desde 1982
foi comparável favoravelmentecom
osobtidos
com
salplngostomla por via iaparoscópica:94%
das mulheresforam
tratadascom
sucesso
com
metotrexate sistêmico (não precisaramde
nenhuma
terapiasubsequente).
De
132
mulheres testadas,84%
apresentaram trompas
permeaveis e71%
das
77
mulheresacompanhadas
engravidaramsendo
que,11%
destas gestaçõesforam
ectópicas.1
Altas
doses de
metotrexatepodem
causar supressão demedula
Óssea,hepatotoxicidade
aguda
e crónica, estomatlte, flbrose pulmonar, alopecia, efotossensibiildade. Esstes efeitos colaterais
são
lnfrequentesem
um
tratamento curtoprogramado
para gravidez ectópica epodem
ser atenuados pela administraçãode
ieucovorin.
Alguns cuidados
são
necessários para acentuar osucesso
e minimizar a toxicidadedo
metotrexate sistêmico. Primeiro, o paciente deveria serexaminado
porapenas
uma
pessoa
esomente
uma
vez.A
disciplinaque
cerca o tratamento deveria ser similaraquela utilizada na placenta prévia.
Segundo,
omedico
e o pacientedevem
estarcientes
de que
uma
dor transitória écomum.
Uma
dor pélvica transitória ocorrefrequentemente
de
3 a 7 diasapós
ocomeço
da
terapiacom
metotrexate. Esta dor é presumiveimente devido aum
aboito intra-tubario ecostuma
persistir por4
a 12 horas. Talvez o aspecto mais dificilda
terapia seja aprender a distinguir a dor abdominalda
terapia
bem
sucedida,da
dor pela roturada
gravidez ectópica. Critérios objetivosajudam; a intervenção cirúrgica é necessária
somente quando
a dorvem
acompanhada
de
hipotensão posturai, taquicardia ou diminuiçãodo
hematocrito. Algunsmédicos
preferem manter a pacientecom
dor internada paraobservação
por cercade 24
horas, atéestarem
convlctosda
estabilidadehemodinâmica
desta.Somando-se
a isto, écomum
ocorrer dor abdominalem
cólica durante os primeiros 2 ou 3 diasde
usodo
metotrexate, e as pacientes deveriam evitar expor-se
ao
sol, porque afotossensibiildade
pode
seruma
compllcação(3›23›37›33›42z47).7.2.2 - Metotrexate por injeção direta
Em
1987, alguns autoresdescreveram
a injeção diretade
metotrexate atravesde
USG
transvaginai; instiiaram lml. (10 mg.)de
metotrexate no interiordo saco
gestacional.
A
resolução ocorreu dentrode duas semanas.
A
injeção diretaemprega
concentrações
de
metotrexate no sitiode
implantaçãoque são
muitas vezes maiselevadas
do que
aquelas obtidascom
a administração sistêmica. Existe, contudo,uma
menor
distribuição sistêmicada
droga,uma
pequena dose
terapêutica e consequentemente,uma
menor
toxicidade.Porem,
esta viade acesso tem
adesvantagem de
requerer Iaparoscopia ouum
sofisticado sistemade
USG
com
cabo
gula.
Apesar das
vantagens teóricasda
injeção diretado
metotrexate, as taxasde
sucesso na praticaparecem
lnaceitaveimente baixos, enquantoque
outros resultadosdeste
método parecem
pouco
diferentes daquelesque
utilizam o metotrexate sistêmico.Somente
83%
dos
procedimentos tiveramsucesso
(não foi necessário repetir oprocedimento).
Cerca de
88%
das 65
mulheres testadas mais tardeapresentaram
astrompas
penneãvels.Somente 40
de 244
mulheres nestes estudosforam
acompanhadas
com
gravidez subsequente.Ademais,
Kool et aicompararam
os resultadosem
23 pacientes tratadascom
metotrexate sistêmico
com
aquelesde
uma
experiênciaseparada de 48
pacientesque
receberam
metotrexate lntratubárlo.Ainda
que
existam experimentosnão
randomlzados, tanto o metotrexate sistêmicoquanto o intratubario te eflcacla comparável e resultam
em
taxas comparáveisde
gravidez subsequente.
Finalmente,
um
trabalho prospectivo envolvendo injeção diretade
metotrexate foirecentemente cancelado pelo conselho
de
revisãode
uma
instituição universitáriaporque 3
de
7 pacientesrandomizadamente
necessitaram, para a injeçãolaparoscóplca
de
metotrexate,uma
iaparoscopia adicional, provalvelmente devido amanipulação
do
sitiode
implantaçào(25›29›33›47).7.2.3 - Metotrexate por canula intratubãrla
A
lnstllaçãode
metotrexate por cãnula lntratubãria dirigida histeroscopicamentetem
também
sido descrito.Em
um
trabalho multicentico, Risquez et aidescreveram
aresolução
de 27
em
31casos
por este método,com
a persistenciade 4 casos que
vieram a necessitar cirurgia. Ainda
que
os resultadossejam
encorajadores, esta viade
acesso não
apresenta maiores vantagens sobre outros métodos, excetoque
o metotrexatepode
ser lnstiladoem
sacos
gestacionais muitopequenos,
inclusivesem
avisualização deste(33).
7.2.4 - Prostagiandinas por inieção direta
As
prostagiandinascausam
uma
fone contração muscular natrompa
evasoconstricção local.
Em
1987, Lindblom et aldescreveram
o tratamentode
9mulheres
com
gravidez ectópicacom
integra esaco
gestacionalpequeno
com
doses
que
variaramde
0,5 a 1,5mg. de
PGFN
injetada natrompa
afetada e no corpo iúteo.A
experiencia preliminar era promissora,mas
um
estudo maior, mais tarde, falhouao
confirmar
os
resultados.Quando
7,5 a 10mg. de
PGFN
foram
utilizados,50 de
71pacientes
responderam
sem
complicações,mas
as 21remanescentes
necessitaramintervenção cirúrgica subsequente.
Além
do
mais, arrltmlas cardíacas,edema
pulmonare
sintomas gastrointestinaistem
sido descritosapós
a injeção intratubáriade
prostagIandInas(9›33).
7.3 -
Conduta
expectantePoucos avanços médicos evoluem
sem
custos.Como
a gravidez ectópica édiagnosticada
precocemente
e mais eflcientemente,algumas
gestações ectópicas que,de
outra maneira teriam sidoespontaneamente
absorvidas,são
agora tratadassem
necessidade. Contudo, existe a necessidade
de
identiflcarprecocemente
a gravidezectópica
que
se destina auma
remissão espomtanea(33).a -
coNcLusÓEs
1 -
A
gravidez ectópicavem
apresentandoum
aumento da
incidência euma
diminuiçãoda morbidade
eda
mortalidade nos últimos anos;2 -
O
desenvolvimentode
novos testes e a utilizaçãode
métodos
deimagem
sofisticados,têm
permitido estabelecerum
diagnóstico precoce, eficiente ecom
baixoscustos; -
3 -
Novas
técnicasde
tratamento estão permitindoaumentar
os indicesde
gravidezsubsequente à gestação ectópica,
com
um
tempo
de
recuperaçãomenor
e altosindices
de
positividadedo
tratamento;4
-Apesar de
as técnicascom
tratamento clinicoserem
promissoras, aindanecessitam
de
maiores estudos,ficando
portanto a cirurgia, principalmente a laparoscópica,como
melhormétodo
para o tratamento;5 -
Deve-se
pensar na prevenção, principalmente na populaçãocom uma
condiçãosocial mais baixa,
de
situaçõesque
possuem
risco potencialde
desenvolveruma
gravidez ectópica,
como
por exemplo, orientar quantoaos
perigosde doenças
inflamatórias pélvicas e à necessidade
de
umtratamento precoce e correto.GÊBAEIA
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