A ; :z ;j~› . ~
een
Wee
\..-..---`à._`
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
AGRÁRIASI
I'DEPARTAMENTO DE
FITOTECNIA
MELHORAMENTOGENÉTICO
DA
AMEIXEIRA:
EM
BUSCA DE
CULTIVARES
ADÁPTADAS
À
REGIÃO
SUL
1
`
CATARINENSE
Cláudia Piva Oecksler
I
Florianópolis, 13 de
Junho
de 1995.Trabalho apresentado
como
reqúisito para a obtenção
do
grau de Engenheiro
Agrônomo,
pela Universidade-ÊÊLÊÕTÉGW
een
msr
1í
íí
760-O 282O
UFSC-BU X É “A
melhor
maneira de nosprepararmos para o futuro é concentrar
toda nossa imaginação e entusiasmo,
na
execução perfeita
do
trabalho de hoje ”.152%”
Agradecimentos
A
Deus, `'
Pela oportunidade que
me
propiciouem
concluirmais
uma
etapa davida,
em
que
pude
dar passosfirmes
na
conquista denovos
conhecimentos; A
'
Aos meus
pais, Gervásio e Luiza,Por
nunca
terem deixadonada
faltar, possibilitando-me a conclusãode mais esta etapa de
minha
vida; ''
Aos meus
mestres, ÍPor todos os seus conhecimentos a
mim
transmitidos;Aos
meuorientador, Prof.Miguel
Pedro Guerra,Por ter aceito o
compromisso
deme
orientar nestemomento
importante da
minha
vida;A
EPAGRI,
em
especial ao Eng°.Agrônomo
EmílioDela
Bruna,meu
supervisor, ,'
Que
não
mediu
esforços, abrindo as portas desta conceituadainstituição, para
que
eu adquirisse experiência,no
campo
em
que ireiIdentificação
Nome
da
Estagiária: Cláudia Piva OeckslerÁrea
deAtuação:
Fruticultura/Programa deMelhoramento
Genético da
Ameixeira
Local:
EPAGRI
/ Estação Experimental deUrussanga
l .
Endereço: Rodovia
SC-446,Km
16Bairro Estação
88.840-000
Urussanga
SC
Supervisor: Eng°.
Agrônomo
EmílioDela
Bnma
Orientador: Prof.
Miguel
PedroGuerra
Índice
Introdução ... ..03
1. História da Estação Experimental de
Urussanga
... ..042. Histórico da Cultura da Ameixeira ... ..O6 3. Características
Edafo
Climáticas daRegião
deUrussanga
... ..073.1. Análise Climática ... ..07
3.1.1. Parâmetros Climatológicos Básicos ... ..07
3.1.2. Parâmetros relacionados ao Potencial Hídrico. ... ..O8 3.2. Análise
Edáfica
... ..O8 4. Cultivares deAmeixeira recomendadas
para a Região Sul de Santa Catarina ... _. 10 5. Revisão Bibliográfica ... .. 125.1. Outros trabalhos
com
Melhoramento
Genético deAmeixeira
no
mundo
... .. ... .. 125.2. Processos de
Germinação
... .. 13I 5.2.1. Estágios da
Germinação
... ._ 14 5.2.2.Donnência do Embrião
... ._ 15 5.2.3. Tratamentos para vencer adormência
das sementes ... .. 175.2.3.1. Escarificação
Mecânica
... _. 18 5.2.3.2. Estratificação Refrigerada ... .._. ... .. 195.2.4. Controle
da Dormência
eGerminação
... ..205.2.4.1.
Hormônios
Específicosda
Gemiinação
... ..2()5.3. Produtos químicos utilizados
no
laboratório ... ..225.3.1. Metais Pesados ... ..22
5.3.2. Átzoois ... .. ... ..22
5.3.3. Cloro e
Compostos
Clorados ... ..235.3.4. Antibióticos ... ..23
5.3.5. Fungicidas ... ..24
5.3.6. Hidróxidos ... ... ..25
6.
Melhoramento
Genético daAmeixeira
em
Urussanga
... ..276.1.
Esquema
do Programa
deMelhoramento
... ..286.1.1.
Ciuzamentos
... ..296.1.1.1.
Quebra
daDonnência
... ..296. 1.1.1.1. Produtos utilizados
na
quebra artificial de dormência ... ..306.1.1.2. Coleta, Processamento e
Armazenamento
do
Pólen ... ..326.1.2. Desinfecção das Sementes ... ..32
6.1.2.1.
Limpeza
dos Caroços ... ..336.1.2.2. Retirada
do
Endocarpo
... ..336.1.3.
Germjnação
das Sementes ... ..366.1.3.1.
Germinação
dasSementes
Provenientesdo
Programa
deMelhoramento
... ..376.1.5. Colheita e Avaliação das Plantas
F
1 ... ..39
6.1.5.1. Avaliação daAcidez
daAmeixa
por Titulaçaocom
'
Hidróxido de Sódio a
O,1N
... ..6.1.6. Experimentos ... _. 6.1.6.1. Experimento. 1 ~ ... ._ 6.1.6.2. Experimento 2 ... ._ Conclusão ... .. Bibliografia ... ..
Anexos
... .. . . . . . . . . . . z . . . . - . . . . z . . . . . . . . . . . . . . . . . ...Introdução
A
Região Sul Catarinensevem
apresentandoum
acentuado crescimentona
produção de frutas temperadas. Este crescimento está ocorrendouma
vezque a região apresenta
um
clima favorável,com
possibilidades de produção decultivares precoces, permitindo assim, que as frutas desta região entrem
no
mercado
antes das frutas de outras regiões produtoras, propiciando maior rendapara os produtores da região.
Com
relação a_ ameixa, alguns fatores quevêm
limitando a produção sãoos problemas
com
a bacteriose ecom
a escaldadura das folhas;bem
como,
obaixo
número
de cultivaresrecomendadas
para a Região, sendo estassuscetíveis a doenças, terem baixa qualidade de fruto e falta de adaptação
climática.
O
destinoda
produção deameixa
no
Estado é para oconsumo
"in natura".No
entanto, a falta de cultivarescom
boa
qualidade de frutotem
prejudicado acomercialização e o desenvolvimento da cultura
na
região de Urussanga.No
sentido debuscarnovas
cultivares,com
adaptação climática para aregião, resistência a doenças e
boa
qualidadedo
fruto, está sendo desenvolvidoem
Urussanga, oPrograma
deMelhoramento
Genético daAmeixeira
O. Este éum
dospoucos
trabalhos de pesquisaque
estão sendo desenvolvidosno
Brasilneste sentido, apesar de já terem sido lançadas
algumas
cultivares peloCNPFT/EMBRAPA
(Centro Nacional de Pesquisa de FrutasTemperadas/Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e peloIAC
(Instituto
Agronômico
de Campinas),mas
que
no
entanto,não
tiveram urnaboa
adaptação
na Região
Sul Catarinense.Dentro de alguns anos,
quando
esteprograma
estiverdando
resultados, asnovas cultivares propiciarão aos produtores urna
melhor
diversificaçãoda
propriedade, permitindo
que
seja feitoum
escalonamentoda
produção, fazendocom
que osmesmos
tenham
fiutosno mercado
porum
periodo maisprolongado. Isto proporcionará
um
desenvolvimento' acentuadono
cultivo daameixa na Região
Sul Catarinense.Este relatório
tem
o objetivo de apresentar e discutir as atividadesdesenvolvidas
no
decorrerdo
estágio de conclusão de curso, maisespecificamente
na
germinação das sementes deameixa
etambém
enfocar oPrograma
deMelhoramento
da Arneixeiracomo
um
todo, através da descriçãodos processos
que
esteprograma
engloba.1. História
da Estação Experimental de
Urussanga
Não
existemdocumentos
escritos sobre a História da EstaçãoExperimental de Urussanga, pelo fato de
alguém
ter ateado fogoem
toda adocumentação
e nos anais dos trabalhos técnicos e administrativos. VEntão, o
pouco
que se sabe é parte damemória
das pessoas ligadas àinstituição. Essas recordações
foram
escritas por Franco (1990) e é o que segue:Apesar da euforia inicial que
marcou
a aberturaem
08
de agosto de 1942e os primeiros anos de atividade da Subestação de Enologia de Urussanga,
órgão do Ministério da Agricultura, depois de 1960, a unidade entrou
num
prolongado periodo de indefinições e retrocessos, só voltando à dinarnicidade a
partir de 1986.
Desde
a sua instalação até 1961,além
das atividades de pesquisaaplicadas
em
mais
de400
variedades de videiras e outras fiutíferas, aSubestação teve construídas as casas de fimcionários e a sede administrativa,
esta
com
994
m2,bem
como
a cantina para a fabricação de vinhos, amarcenaria, a oficina
mecânica
eum
depósito de máquinas.Com
o surgimentodo
IPEAS
(Instituto de Pesquisas e ExperimentaçãoAgropecuária
do
Sul)em
1963, a Estação Experimental deUrussanga
(jácom
este nome), sofre
uma
mudança
de objetivos.Todas
as videiras experimentaissão destruídas,
bem
como
as demais frutíferas.A
ordem
era pesquisar grãos:arroz, feijão, milho, etc.
A
cantina foi desativada e parte dos equipamentos vendidosou
transferidos para outros locais, inclusive para Videira-S.C.
Só
em
1986 é que osânimos
voltaram à Estação Experimental deUrussanga. Sentiu-se então, a necessidade de reativar a unidade e fazê-la
merecedora de crédito.
A
partir daí, sob a direção do Eng.Agrônomo
EmilioDela
Brtma, o terreno recebeu cultivoscom
novos experimentos.Os
cursos deágua receberam represas para irrigação e criação de peixes; enfim,
foram
construídas outras benfeitorias,
como:
casa de apoio, biblioteca, restaurante,laboratórios, Viveiro de
mudas
florestais, e ocondomínio
apícola.A
partir de 1991,no
govemo
Vilson Kleinubing,com
a junção dasempresas
ACARESC
(Associação de Crédito e Assistência Ruraldo
Estado deSanta Catarina) e
EMPASC
(Empresa
de Pesquisa Agropecuáriado
Estado deSanta Catarina), para criar a
EPAGRI
(Empresa
de Pesquisa Agropecuária eDifusão de Tecnologia
do
Estado de Santa Catarina), a Estação Experimentalde
Urussanga
passou a sediar oCTA
(Centro de Tecnologia Agrícola) SulCatarinense,
que
é a sede administrativa de todos os escritórios municipais,centros de treinamento e estações experimentais do Sul Catarinense.
Nessa
época, a Estação Experimental de
Urussanga
ganhou
aUnidade
deBeneficiamento de Sementes.
Atualrnente, estão sendo realizados muitos experimentos
na
EstaçãoExperimental de Urussanga, principalmente nas áreas de fruticultura e raízes e
tubérculos.
Na
área de fruticultura, os principais experimentos sãocom
diferentes porta-enxertos para a
uva
da cultivar Niágara e dentro doprograma
de
melhoramento
genético da ameixeira.Na
área de raízes e tubérculos, osexperimentos mais importantes estão
na
culturada
mandioca
em
areiasquartzosas.
Além
dessas, outras atividades estão sendo desenvolvidas pelaEstação Experimental de Urussanga,
como:
análise qualitativa de vinho para osprodutores da região, a cantina está
em
pleno funcionamento, estão sendoproduzidas
mudas
de hortaliças e plantas ornamentais para os produtores, estãosendo testadas novas cultivares de milho para serem
recomendadas
para a2. Histórico
da Cultura da Ameixeira
Atualmente, pode-se observar a partir de dados da
FAO
(1993), que acultura da ameixeira (Prunus sp) é bastante difundida
em
todo omundo,
tendouma
produçãomundial
de 6.197.000 toneladas. Percebe-setambém
que ocontinente europeu é que apresenta a
maior
produção (2.566.000 t).Em
termosde países
com
maior
produção, aChina
é o país quemais
produzameixa no
mundo
com
1.039.000 t, seguidada
Romênia
com
704.000 t e,em
terceirolugar
ficam
os EstadosUnidos
daAmérica
com
533.000 t.No
Brasil, as espécies. plantadas pertencem às espéciesPrunus
salicina,originária
do Extremo
Oriente,ou
híbridos desenvolvidos parafms
alimentares,com
espécies geneticamente próximas asda Europa
e daAmérica do
Norte, ePrunus
domestica, européia, provavelmente origináriado
suldo Cáucaso
(ÁsiaMenor). .
~
A
ameixa
européia é muito importanteem
termos deprodução
mundial,inclusive para a
produção
deameixa
em
passa;no
entanto, épouco
cultivadano
Brasil,
uma
vezque
exige clima mais frio. .Atuahnente, o maior produtor nacional é o estado
do Rio Grande do
Sul,seguido por
São
Paulo,Minas
Gerais e Santa Catarina. VEm
Santa Catarina, a' arneixeira foiuma
das principais fiuteiras de climatemperado a ser explorada comercialmente,
chegando
a ter,em
1975, cerca de400
ha. de área plantada.Nessa
época, cerca de80%
dos'pomares foram
dizimados pela bactéria Xyllela fastidiosa, que causa a
doença
escaldadura dasfolhas, que ainda hoje é
um
dos fatores lirnitantes para esta cultura.Em
1982, aárea plantada
no
Estado era inferior a30
ha.No
entanto,com
a distribuição dematerial para enxertia livre da escaldadura, e os' preços elevados
da ameixa
incentivaram
novos
plantios, fazendocom
que houvesse um. crescenteaumento
na
área plantada,chegando
em
1991 a 261,2 ha. plantados (anexo .1)(Normas..., 1993). .
'
As
regiões-pólodo
cultivo de ameixeiraem
Santa Catarina são: a RegiãoMeio{Oeste
(Regiãodo
Vale do Riodo
Peixe), Região Serrana e Região Suldo
Estado, sendo
que
cada região possui indicação específica de cultivares(Normas
..., 1993).Na
Região Sul, ospomares
começaram
a serem implantadosquando
osprodutores virarn o sucesso que o fruticultor Fernando
Dela
Bruna
obtevecom
a cultura de ameixeiras (Moser,1993).
Mesmo
com
esse estímulo, observa-seque a área plantada
na
região ainda é muito pequena, secomparada
aoMeio-
Oeste
do
Estado (anexo 2).V
Em
1991, a área plantada era de cerca de20
ha. Atualmente, estirna-seque
estejaem
tomo
de60
ha.Nessa
época,"a Região Meio-Oe_ste correspondiaa, aproximadamente,
90%
da área deameixa
plantadaem
Santa Catarina,enquanto a
Região
Sul participavacom
apenas7%.
_1
3.Características Edafo-Climáticas
da
Região de
Urussanga
3.1. Análise Climática: _
A
análise climática da Regiãodo
mtmicípio deUrussanga
é feitana
Estação Meteorológica, localizada
na
Estação Experimental de Urussanga, peloPesquisador
Márcio
Sônego. 'A
Estação Meteorológica deUrussanga
é operadaem
convênio entre oINMET
( Instituto Nacional de Meteorologia) e aEPAGRI,
tendo a seguintelocalização: “ J Q ` Latitude: 28°3 1' S ` Longitude; 49°19'
W
Gr. 'Altitude:
48
m.acima do
níveldo
mar.O
tipo climático predominante é _o SubtropicalÚmido
com
Verão Quente
(Cfa), segtmdo a classificação de
Kóeppen.
¿ 5 1,.No
litoral Sul"do
Estado, as zcotasacima
de 300m.. de altitude,começam
com
a transição de clima Subtropical."Úmiçlocom
Verão
Brando
(Cfb).Portanto, as áreas altas apresentaím
maior
risco de geadas emaior
acíunulo dehoras de frio.
,
"
_
jzf
Os
aspectos climático_s*` mais críticosna
região referem-se às geadasprecoces e tardias,
acúmulo
de horas'de
frio insuficiente para as frutíferastemperadas, risco de estiagem
em
meses
quentes-do
ano, alto poder erosivo daschuvas de janeiro, e ocorrência esporádica de ventariias.
O
anexo
03 apresenta`as noiinais climáticas para a Estação Meteorológicade Urussanga para
uma
série de 30' anos* (1961-1990). .1 \`
I
\
3.1.1.
ParâmetrosClimatológicos
Básicos: -A
região apresentauma
temperaturamédia
anual de 19,4°C,com
omês
mais frio,-fjuinlió; e o mais quente, fevereiro; tendo umaitemperatura
média
de14,6°C e 2Í4_Í'1°C, respectivamente. .
Qêtrimestre
mais
fiiona
Região é 'junho-julho-agosto, coincidindocom
aestação \de` inverno. Nesses meses, a ocorrência de geadas é freqüente.
As
geadas maisseveras
(com
temperaturas abaixo de 0°C) seconcentram
entre20
de
maio
e 1Ó:” de agosto,podendo
ocorrer geadas tärdias.As
geadas de outono eas`geadas de fmal de
invemo
são asmais
danosas.z<;;A Região
tem
apresentadoum
acúmulo médio
de horas de friocom
temperatllra abaixo de 7,2°C
em
tomo
de 233,6 entre osmeses
demaio
esetembro.
Até
o dia 10 de agosto, oacúmulo
de horas de frio de 199em
média,representando
85%
do
total.O
trimestre dezembro-janeiro-fevereirotem
sido omais
quentedo
anona
Os
ventos predominantesno
litoral de Santa Catarinaaumentam
a suavelocidade
média
a partir de agosto, atingindo sua velocidademédia
máxima
em
outubro, voltando à normalidadeem
janeiro.3.1.2.
Parâmetros
relacionadosao
Potencial Hídrico:A
região apresentaum
totalmédio
anualde
precipitações del622,7mm.
As
chuvas sãobem
distribuídas durante as estaçõesdo
ano,sem
caracterizaçãode períodos secos, assim divididas:
34%
no
verão,22%
no
outono,20%
no
inverno e
24%
na
primavera,conforme
Figura 1.a.O
potencial erosivotem
sidomaior
nosmeses
de janeiro, fevereiro emarço. Estes três
meses
contribuem,com
aproximadamente,40%
d_o total anualdo
indice de erosividade.A
evapotranspiração potencial apresentadatambém
na
Figura 1.a, mostrouacompanhar
de maneira direta a variaçãomensal
da temperaturado
ar.A
umidade
relativado
armédia
anual é de80%,
com
pouca
variaçãodurante os
meses do
ano (Fig. l.b.). ,_3.2. Análise
Edáfica:
O
levantarnento de solosno
Estado de_'Santa Catarina determinou que aRegião de
Urussanga
apresenta, basicamente, dois tipos de solos: a SérieOrleans e a Série
Morro
daFumaça.
A
Série Orleans é detenninada LatossolôRoxo-Amarelo
Epi-Eutrófico,cujas características se referem a
um;
solobem
drenado, textura argilosa,presente
em
relevo forte ondulado e o *substrato são rochas graníticas(Pundek
&
Molinari, 1994), apresentando teores prejudiciais de alumínio trocável emédio
teores de matéria orgânica,na
camada
superfici`a1l,,ondeiseverificam
osafloramentos
de rocha. _' ¡' »A
SérieMorro
da*Fumaça
éum
PodzólicoVermelho-Amarelo
Cascalhento e Epi-Eutrófico, sendo
um
solobemdrenado,
de textura argilosa.Ocorre principalmente
em
relevo onduladoou
forte bndulado, sendomenos
freqüente
em
relevo suave ondulado, sendo o seu substrãato rochas graníticasou
sedimentares, apresentando alguns .aflforamentos de rocha. (Levantamento, ...,
1973). » ,.I ' >' 2. ;1f'^' ‹' - .ú l 8
mcunzx
11u‹:‹;1ME
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NA
ESTAÇÃO
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distribuídasdurante
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1NN
FIV IWIIM
UAI JUN JULMU
RI GUI' NOV DK!Ifl Análise un unaillnde relativa
do
ar nn
períodode
um
ano
4. Cultivares
de
Ameixeira
recomendadas
para
aRegião
Sulde Santa
Catarina
Para escolher
uma
cultivar a ser plantadaem
detenninada área, deve-selevar
em
consideração alguns fatores,como:
adaptação _à região,potencialidades das cultivares, destino
da
produção e época de maturação dascultivares,
além
da sua exigência emflio. , 'Recomendando
cultivarescom
diferentes épocas de maturação, é possívelfazer
um
escalonamento da produção, permitindo ao produtor colocar seusfrutos
no
mercado
duranteum
período mais prolongado.Vale ressaltar que dentre as cultivares que constituem a coleção de
cultivares da Estação Experimental de Urussanga,
somente
algumas sãorecomendadas
para o cultivona Região
Suldo
Estado de Santa Catarina.As
cultivares
recomendadas
para estaRegião
são apresentadasno anexo
04. Pode-se observar que dentre as cultivares
recomendadas
para a Região,não
existenenhuma
que seja resistente à escaldadura das folhas (Xyllela fastidiosa), fatorque
vem
sendo limitantena
produção deAmeixa.
Apesar
denão
recomendadas, tem-se conhecimentoque na
Região estãosendo plantadas outras cultivares,
uma
vez que estas apresentam precocidade equalidade de fruto, permitindo
um
bom
rendimento para o produtor.A
seguir,serão descritas
algumas
cultivares que são plantadassem
recomendação.Carazinho: média
exigênciaem
frio, plena floraçãoem
28/08_, início dacolheita 19/01, auto-fértil, cor da polpa vermelha e epiderme vermelha
com
pigmentação esverdeada, peso
médio do
fruto 85g., grau de adaptação 3, graude floração 3, _ è procedência Centro Nacional .de Pesquisa de Frutas
Temperadas-R.S.
(CNPFT-RS).
HPluma
7:média
exigênciaem
fiio, plena 'floraçãoem
16/09, início dacolheita
em
28/12, requer polinização cruzada, corda
polpa vermelha eepiderme vermelha, peso
médio do
fruto 62g., °Brix 13,5, grau de adaptação 4,grau de floração 3, e procedência
CNPFT-R.S..
.Rosa
Mineira: baixa exigênciaem
frio, plena' floraçãoem
08/09, iníciofda colheita
em
14/01, auto-fértil, corda
polpa .vermelha e epiderme vermelha,peso
médio do
fruto 37g., °Brix 11,0, grau de adaptação 5, grau de floração 5, eprocedência
CNPFT-R.S..
Sangüínea:
média
exigênciaem
frio, plena floraçãoem
27/09, inicio dacolheita
em
26/01, auto-fértil, cor da polpa vermelha e epiderme vennelha, pesomédio do fiuto
38g.,graude
adaptação 3, e procedênciaCNPFT-R.S..
`
As
caracteristicas descritasacima
para as cultivares Carazinho,Pluma
7,Rosa
Mineira e Sangüíneaforam
obtidas das' fichas individuais de avaliaçãodestas cultivares e
também
de informaçoes pessoaisdo
Eng Agronomo
EmilioDela
Bruna.Nota:
Grau
deAdaptação
eGrau
de Floraçao variam de 0 a 5,onde
-äU)l\)›--*CD
=
=
O a20%*
=
20
a40%*
==40
a60%*
=
60
a80%*
UI=
30
a100%*
*
porcentagem
dasgemas
vegetativas e florais abertas, respectivamente.Floração:
Início
=
5%
das flores abertasPlena
=
70%
das flores abertasFinal
=
maioria das florescom
as pétalas caídas.'
Exigência
em
Frio:Baixa
= <
200
horas de frio abaixo de 7,2°CMédia
=
200
a500
horas de frio abaixo de 7,2°C5.
Revisão
BibliográficaEsta revisão bibliográfica foi feita
com
o intuito de aprofundarmos oassunto que foi desenvolvido durante 0 estágio supervisionado de conclusão de
curso.
Como
antes de irmos para o estágioficou
definido que os trabalhosrealizados
na
Estação Experimental deUrussanga
seriam relacionadoscom
agerminação das sementes de ameixa, dentro
do Programa
deMelhoramento
Genético da Ameixeira, tivemos a preocupação de pesquisar sobre este assunto,
embora
sejaum
assunto difícil de se encontraralguma
bibliografia específica.Dentro desse assunto,
procuramos
buscar informações sobre o processo degemiinação,
dormência
do embrião, tratamentos para vencer a donnência, eoutros. ç
Após
o estágio,como
nas atividadesem
laboratório,foram
utilizadosmuitos produtos químicos, seja para a
limpezados
caroços, avaliação da acidezdos frutos
ou
para a desinfecção das sementes, pesquisamos sobre omodo
deação destes produtos,
dando
maior ênfase aos' produtos utilizados.Ou
seja,serão apresentados os grupos aos quais estesprodutos
pertencem
e o seumodo
de ação, e a seguir, será feita a descrição apenas dos produtos utilizados
no
laboratório
no
decorrerdo
estágio.Uma
outra revisão foi feita para nos aprofundarmosmais
no
contextodo
melhoramento
genético da ameixeira, saber quais os outros países quedesenvolvem
estemesmo
trabalho, os resultados que estão obtendo naspesquisas e
com
quais características trabalham,bem como
conhecermos
a basegenética
das
ameixeiras japonesasque
são as produzidasem
maior
escalano
Brasil e a que é pesquisada
no Programa
em
Urussanga.5.1.
Outros
trabalhoscom
Melhoramento
Genéticode Ameixeira no
mundo:
A
fim de melhorar a qualidadedo
fruto, adaptação climática eprincipalmente, encontrar fontes deresistência para as principais doenças
que
atacam a ameixeira, a
mancha
bacteriana causada porXanthomonas
campestrispv. pruni e a escaldadura das folhas causada por Xyllela fastidiosa, outras
instituições de pesquisa de todo o
mundo
estão trabalhando.Podemos
citarno
Alabama
(Aubum
University);na
Georgia (United StatesDepartment
ofAgriculture);
na
Austrália (Granite Belt Horticulture Research Station-GBHRS);
na
Áfricado
Sul (Fruit&
FruitTechnology
Research Institute)(Topp
&
Sherman, 1990); ena
Flórida (FruitCrops
Department
at Gainesville)(Sherman
&
Lirene, 1985).Assim
como
no
Brasil, nos paísesacima
citados, a base genética para ostrabalhos de
melhoramento
de cultivares,também
ficam
alicerçadosbasicamente nas ameixeiras japonesas,
Prunus
salicina(Topp
et al; 1993),uma
vez que as européias,
Prunus
domestica, apresentammá
adaptação ainvemos
amenos
e sedesenvolvem
somenteem
áreas isoladas (Hurter&
Van
Tonder,1975), o
que não
justifica o uso degermoplasma
desta espécie nos programasde melhoramento. p
Uma
das características buscadas nos programas demelhoramento
é aresistência a doenças,
como
já foi citado, sendo estauma
característica dificilde se trabalhar,
uma
vez quenem
sempre
as características de resistênciaou
detolerância à
doença que
uma
cultivar expressanuma
região,pode
expressarem
outra. Essa situação
pode
ocorrer devido aos genes responsáveis pelascaracterísticas de resistência serem inativos diante das condições climáticas de
determinada região.
Segrmdojnfonnações
pessoaisdo
Eng.Agrônomo
EmílioDela
Bruna,um
exemplo
prático disso é o que ocorrena
Áfricado
Sulcom
Xanthomonas
campestris pv. pruni. Sabe-se que lá já existem cultivares resistentes a esta
bactéria;
no
entanto, o quenão
se sabe é se estas características de resistênciase expressarão nas condições de Santa Catarina. .O que se deve fazer é buscar
estas cultivares resistentes e testá-las nas condições climáticas de
Urussanga
eVideira - SC.
A
partirdo
trabalho deTopp
&
Sherman
(1990), pode-se observar que aespécie
Prunus
salicina está presenteem
maiorporcentagem
nas cultivaresresistentes a
Xanthomonas
, podendo-se sugerir que esta espécie é urnaimportante fonte de resistência a
Xanthomonas
, seguidada Prunus
ceraszferaque
compõe
cerca de30%
das cultivares resistentes criadasna
Austrália e28%
das criadas
no Alabama.
_`
Dentre as cultivares que são adaptadas às condições de Santa Catarina, a
espécie
-Pmnus
salicina constituiem 50%
as cultivaresHarry
Pickstone,Reubennel
e SantaRosa (Topp
&
Sherman, 1990) e constituiem
87,5%
acultivar
Wade
(Topp
&
Sherman, 1990).Das
cultivares citadas acima, somentea cultivar Santa
Rosa
não
apresenta resistência aXanthomonas
campestris pv.prum
(Topp
&
Sherman, 1990).No
entanto, esta cultivar apresentaum
nivelrelativamente alto de tolerância (Hurter
&
Van
Tonder, 1975).Topp
et alli (1993), estudando a capacidade geral e específica decombinação
entre cinco cultivares deameixa
japonesa, para resistência aXanthomonas
, elegeram a cultivarWade'
como
sendo a transmissora deresistência a esta bactéria.
5.2. Processo
de Germinação:
O
crescimentodo
embrião é geralmente interrompido enquanto a sementeamadurece
e sofre disserninação.O
reiníciodo
crescimentodo
embrião,ou
germinação da semente,
depende
de muitos fatores externos e internos. Dentreos fatores extemos,
ou
ambientais, trêssão
especiahnente importantes: (1)água, (2) oxigênio e (3) temperatura
(Raven
et al; . 1978). Dentre os fatoresintemos,
devem
ser satisfeitas as seguintes condições: (1) é necessário que a` ~ A
1 necessário
que
qualquer condiçao dedormencia
primária presente dentroda
sementeseja
dominada (Hartmann
et al; 1990).5.2.1. Estágios
da
Germinação:
A
germinação é divididaem
vários estágios consecutivos:`Estágio 1- Ativação
Embebição
deÁgua-
A
água é absorvida pela semente seca e aumidade
aumenta
rapidamente(Hartmann
et al; 1990).As
áreas perto da parede celular,no
núcleoda
célula eno
espaço entre as organelas quearmazenam
substrato,são as primeiras a serem hidratadas.
A
sementeaumenta
devolume
até suaumidade
atingir cerca de40-60%
(F erri, 1985).A
absorçãoda
água apresenta três estágios: (a)aumento
inicial de40-60%
de água, o
que
equivale a80-120%
de peso seco, (b)um
baixo período apósocorre a emergência da radícula (germinação), seguido por (c)
um
incrementode
170-180% (com
baseno
peso seco) para o crescimento das plântulas(Bewley
&
Black, 1993).Síntese de
Enzimas-
A
embebição
em
água provocauma
série demudanças
fisiológicas. Entre elas, a ativação das lipasesque vão
hidrolisar osóleos (triglicerídeos) para que estes sejam transformados
em
açúcar via Ciclode Glioxilato e
em
parteconsumidos
depois da oxidação beta pelo Ciclo deKrebs, produzindo energia
na
forma
deATP
(Ferri, 1985).A
síntese requer apresença de
moléculasde
RNA.
Algumas
enzimas são formadas durante odesenvolvimento das sementes, conservadas durante o processo de maturação e
disponível
no
início da germinação(Hartmann
et al; 1990).Alongamento
Celular eEmergência
da Radícula-A
primeira evidênciavisivel da germinação é a emergência
da
radícula, oque
resultado
alongamento das células,ou
seja, da 'divisão celular(Bewley
&
Black, 1993). Ai emergênciada
radículapode
ocorrer dentro de poucas horasou poucos
dias após o início dagerminação e
marca
o finaldo
estágio 1.1
Estágio 2- Digestão e Translocação
Gorduras, proteinas e carboidratos
armazenados
no
endosperma,cotilédones e perisperrna são digeridos por substâncias químicas, que são
translocados para pontos de crescirnento
do
eixo embrionário(Hartmann
et al;1990). Será ativado o sistema celular e o sistema de proteínas sintetizadoras que
funcionará para produzir novas enzimas, hormônios, materiais estruturais,
componentes
reguladores e ácidos nucleícos para efetuar as funções da célula esintetizar
novos
materiais. ~`
Estágio 3- Crescirnento da Plântula
À
medida que
o embrião se desenvolve, a adição de novas célulasrestringe-se gradualmente a certas partes
do
organismo vegetal, os meristemasapicais, que
surgem
nas pontas caulinar e radiculardo
eixodo
embrião(Raven
et al; 1978).
O
ponto de crescimentoda
raiz, é a radícula,que emerge
da basedo
eixo embrionário.O
ponto de crescimentodo
broto, a plúmula,fica acima
do
eixo embrionário, sobre os cotilédones.A
haste da plântula é dividida em:abaixo dos cotilédones- o hipocótilo, e
acima
dos cotilédones- o epicótilo.Uma
vez iniciado o crescimento
do
eixo embrionário, o peso fresco e o peso seco danova
planta aumenta,mas
o peso totaldo
tecidoarmazenado
decresce.A
taxade respiração
aumenta
consideravelmentecom
o avançodo
tamanho.A
absorção da água
aumenta
com
o aparecimento das novas raízes e o peso frescoda
planta aumenta. `~
O
crescimento inicial da plãntula segueum
dos dois padrões.O
tipoEpígea-
onde
o hipocótilo alonga-se e eleva os cotilédones sobre o solo (Fig..2), e o tipo Hipógea- onde o alongamento
do
hipocótilonão
eleva oscotilédones sobre o solo, e somente o epicótilo
emerge (Hartmamr
et al; 1990).5.2.2.
Dormência
do Embrião:
Donnência
éum
periodoem
que
o crescimento é suspensoou
reduzido,freqüentemente
quando
as condições ambientais são adversas (Ferri, 1979).A
donnência do
embrião envolve controles dentrodo
próprio embrião.Isto é caracterizado por
uma
necessidade deum
período deum
a trêsmeses
defrio,
ficando embebida (com
água disponível ) ecom
aeração.Embriões
dormentes são
mais
comuns
em
sementes de árvores, arbustos e algumasplantas herbáceas, vindas de regiões temperadas
(Hartmaim
et al; 1990).A
germinaçãoem
sementes, originando as gerações seguintes, é o estágiomais crítico
na
vida da planta e portanto,na
sobrevivênciada
espécie.Seu
controle, através da dormência, assegura que a planta, vulnerável e irnóvel,
possa se estabelecer
como
um
organismo autotrófico fotossintetizante, naquelepequeno
períodoem
que
o embrião é dependente das reservasda
semente, eem
condições que
favoreçam
este período crítico (Feni, 1979). »Vários tipos de dormência existem nas sementes de plantas selvagens,
capacitando-as à sobrevivência.
A
maioria das plantas cultivadas, devido àseleção e ao
melhoramento
genético,não
apresentamdormência
prolongada.Essas sementes são
chamadas
quiescentes,no
sentido de distinguí-las dasverdadeiras sementes dormentes, os fatores que
impedem
a germinação dassementes quiescentes são invariavelmente exógenos (F erri, 1979).
Sementes verdadeiramente dormentes
não
germinarãomesmo
secolocadas
em
condições ótimas, amenos
que sinais ambientaisou
fatores quequebram
adormência
sejam percebidos (Ferri, 1979).Na
fasedenominada
pré-dormência, tratamentoscomo
choques de altatemperatura e desfolhação, reestirnulam o crescimento; entretanto, mais tarde,
aumenta
a dificuldade para redespertar o órgão dormente (Feni, 1979).Mais
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OKQ<Z__2”_w@novamente
induzir o crescimento artificialmente; este período édenominado
pós-dormência.
Uma
vez quebrada a dormência, a sementepode
serdenominada
quiescente germinável desde queem
condições favoráveis (Ferri,1979)
Visto
que
a germinação de sementescom
embriãodormente
é controladapelo revestimento da semente (tegumento) e condições
endógenas
dentrodo
embrião, estas representam
uma
combinação
de para eendodormência
(Hartmann
et al; 1990).A
endodormência
equivale biologicamente ao "periodode repouso" de brotação das plantas
da zona
temperada. Seforem
retiradas ascamadas
que revestem a semente (tegumento e endocarpo),pode
diminuir anecessidade de estratificação e induzir a germinação imediatamente. Se for
eliminada a
dormência do
embrião, usualmente este poderánão
germinarnormalmente
e a plântula produzida poderá ser anormal(Bewley
&
Black,1993)
As
duas causas maiscomuns
de donnência nas sementes são: (1) a'impermeabilidade
do
tegumento àágua
e, algumas vezes, ao oxigênio, e (2) aimaturidade fisiológica
do
embrião.Algumas
sementes fisiologicamenteimaturas
devem
sofreruma
sériecomplexa
de alterações enzimáticas ebioquímicas antes de germinar. Estas alterações são
chamadas
de pós-maturação.
Nas
regiões temperadas, a pós-maturação é desencadeada pelasbaixas temperaturas
do
inverno.Em
consequência, a necessidade de pós-maturação ajuda a evitar a germinação
da
semente durante o invernoquando
seria impossível a sua sobrevivência
(Raven
et al; 1978).Segundo
Campana
et alli (1993), estadormência
é superadahabitualmente, proporcionando
uma
vernalização prolongada a estas sementes.A
conservação das sementes desde a colheita até a semeadura, realiza-seem
condições taisque permitam
manter a viabilidadedo
embrião estratificado abaixas temperaturas (5 a 7°C) e baixa
umidade (50%)
e superar, posteriormente,a dormência,
com
umidade
elevada(80%) (Campana
et al; 1993).5.2.3.
Tratamentos para vencer
adormência
das sementes:Um
dos tipos maiscomuns
dedormência
é o devido à presença de urnacasca dura,
impermeável
à água e aos gases, eque
talvez possa restringirfisicarnente o crescimento
do
embrião (F erri, 1979).O
processo mais utilizados para quebrar estadormência
são aescarificação e a estratificação das sementes. Por escarificação entende-se
qualquer procedimento utilizado para romper, arranhar, alterar
mecanicamente
ou
amolecer o revestimentoda
semente, permitindoque
esta tenhapermeabilidade para entrar água e gases
(Hartmann
et al; 1990).Podemos
citaralguns tipo de escarificação: “
-Escarificação
mecânica
“
-Escarificação
com
ácido-Escarificação
com
água
quente-Escarificação
com
alta temperaturaNa
Natureza as cascas são fendidas pelosmesmos
princípios,embora
oprocesso seja
mais
lento. Elaspodem
ser degradadas por microorganismos efungos,
ou
ácidos fracosno
solo.Também
sementespodem
ser ingeridas porpássaros e escarificadas pelos ácidos
do
trato digestivo, sendo eliminadassem
serem danificadas.
As
cascas de certas sementespodem
ser quebradas porprocesso
puramente
ñsico devido à exposição à altemância de temperaturasaltas e baixas.
Nos
desertos, muitas sementespodem
ficarem
repouso durantevários anos. Sobrevindo
uma
chuva, essas sementes são levadas pelasenxurradas junto
com
seixos,que
se atritamcom
as sementes efendem
suascascas, o que permitirá a sua gerrninação (Ferri, 1979).
Muitas sementes precisam de exposição a
uma
temperatura crítica, àsvezes, por
um
período considerável, antes de serem capazes de germinar. Essetratamento
com
baixa temperatura, durante 0 qual ocorrem, dentro da semente,mudanças
fisiológicas e metabólicas, édenominado
Estratificação (F eni,1979)
Segrmdo
Hartmann
et al; (1990), a estratificação éum
método
de manejara semente dormente,
onde
sementesembebidas
são sujeitas aum
período deresfriamento para
um
pós-amadurecirnentodo
embrião.Algrms
tipos deestratificação são:
-Estratificação Refrigerada
-Estratificação ao
Ar
Livre-Plantação ao
Ar
Livre. ~Em
cereja, a temperatura ótirna para a estratificação _é de 5°C.Temperaturas abaixo de
O°C
são freqüentemente ineficientes, poisnão
podem
ocorrer
mudanças
bioquímicasno
tecido. Estudosem
cereja durante o periodode resfriamento revelam que o embrião
aumenta
em
peso seco,comprimento
enúmero
de células. Quantidadespequenas
de nitrogênio e fósforo sãotranslocadas das reservas para o embrião neste periodo.
As mesmas
mudanças
ocorrem
também
em
sementes de pêssego emaçã
(Ferri, 1979).Muitas sementes de Rosáceas
contêm
glicosídeos cianogênicos,que
sãodestruídos durante o periodo de frio, liberando o gás inibidor ácido cianídrico
(HCN):
a saída da dormência coincidecom
o períodono
qualnão há
maisliberação deste gás (Ferri, 1979).
Para a ameixeira, os tratamentos mais utilizados são a escarificação
mecânica
e a estratificação refrigerada.5.2.3.1.
Escarificação
Mecânica:
A
escarificaçãomecânica
é simples e efetivacom
sementes de muitasespécies. Essas sementes são secas após esse tratamento e
podem
serarmazenadas
ou
plantadas imediatamente.Sementes
escarificadas são maissuscetíveis a injúrias
com
organismos patogênicos.Rachar
acamada
dura da semente (endocarpo) por fricção por lixa,com
arame
ecom
o
martelo sãométodos
sirnples e úteis para quantias pequenas desementes relativamente grandes. Para operações mecânicas de larga escala, são
usados escarifrcadores especiais
(Hartmann
et al; 1990) .As
sementespodem
ser quebradascom
tambores alinhadoscom
lixaou
em
misturadores de concreto,combinando
com
areia grossaou
cascalho.A
escarificaçãonão
deve se proceder a partirdo
ponto ao qual assementes são injuriadas. Para determinar o
tempo
ótimo, as sementesdevem
sermolhadas, observando o
aumento
detamanho
(inchamento) das sementes, e otegumento deve ser
examinado
com
uma
objetiva(Hartmann
et al; 1990).5.2.3.2. Estratificação Refrigerada:
Sementes secas
devem
sercompletamente embebidas
em
água antes daestratificação refrigerada.
Doze
a vinte e quatro horas demolhamento
em
águaquente
pode
ser suficiente para sementessem
endosperma.São
necessárioslongos períodos
com
aeração. Para sementes fechadascom
endocarpo epericarpo duros, é necessário
um
período demolhamento
de cerca de três dias auma
semana. Deixar a sementeem
água
correntetambém
pode
ser usado,ou
altemadamente,
com
água por doze horas esem
água por doze horas(Hartmarm
et al; 1990).
Após
molhadas, as sementes são misturadasem
um
meio
de conservaçãocom
muitaumidade
para o periodo de estratificação.Qualquer meio pode
serusado, desde que
mantenha
a umidade, sejamunido
de aeração enão
contenhasubstância tóxica. Isso inclui areia
bem
lavada, turfa, cinza, vermiculita ecompostos de serraria (maravalha,
pó
de serra, etc.).Compostos
de serrariafrescos
podem
conter substâncias tóxicas. Se omeio
utilizadonão
for úmido,deverá receber
água
de fora.Um
bom
meio
é. a mistura deuma
parte de areiagrossa:
uma
parte de turfa ou,uma
parte de perlita:uma
parte de turfa,umedecida
e deixada parada por24
horas antes de usar.As
sementes são misturadascom
omeio ou
podem
ser estratificadasem
camadas, alternando
com
camadas
detamanhos
similaresdo
meio. Recipientesapropriados são caixas, canos, potes
com
tampa
perfurada,ou
outrosrecipientes que
permitam
a aeração,mantenham
aumidade
e protejam contraroedores. `
Estratificação de sementes
em
sacolas plásticassem
meio
ao redor,tem
sido
chamada
de frio nú.Pode
ser utilizadoum
fungicida para proteger assementes
(Hartmann
et al; 1990).A
temperatura usada na estratificação refrigerada é de O a 10°C.As
sementes
em
temperaturas altas, muitas vezes,brotam
prematurarnente, jáem
baixas temperaturas, a brotação
demora
mais.-
O
tempo
requerido para estratificação
depende
da espécie da semente e àsvezes,
do
lote individual de sementes. Para as sementesda
maioria dasespécies,
um
a quatromeses
são suficientes para a estratificaçãoem
baixatemperatura. Durante este tempo, as sementes
devem
ser examinadasperiodicamente; se elas estiverem secas, o
meio
deve ser reumedecido.Quando
iniciar a brotação, as sementes
devem
ser plantadasou
retiradas da baixatemperatura.
As
sementes boas para plantar são removidasdo
recipiente eseparadas
do
meio,com
todoo
cuidado para prevenir as sementesúmidas
de5.2.4. Controle
da
Dormência
eGerminação:
Muitas provas experimentais
da
ajuda dos promotoresendógenos
decrescimento e
componentes
da inibição estão envolvidos diretamenteno
controle
do
desenvolvimento das sementes, dormência e germinação.Provas
do
envolvimento doshormônios
vêm
da correlação dasconcentrações
hormonais
com
estágios específicos de desenvolvimento, efeitosdos
hormônios
aplicados, e o relacionamento doshormônios
com
as atividadesmetabólicas
(Hartmann
et al; 1990).5.2.4.1.
Hormônios
Específicosda Germinaçao:
O
frio desencadeiamecanismos
internosmodificando
a natureza e o nivelde
fitohormônios
envolvidosno
controle dos processos de dormência -germinação.
As
giberilinas são consideradas substâncias promotoras dagemiinação e o ácido abcíssico,
como
o principal e mais conhecido inibidor.As
citocininas
não
têm, por simesmas,
efeito direto sobre a germinação,mas
neutralizam o inibidor, pemiitindo a ação das giberilinas.
O
balanço entrepromotores e inibidores controla a dormência, mais
do que
o nível individual defitohonnônios
envolvidos(Campana
et al; 1993).Em
sementes de pessegueiros, ameixeira, macieira ealgumas
frutas secas,registrou-se
aumento na
concentração de giberilinas durante a vemalização.Durante a estratificação, deterrninou-se a diminuição
do
desaparecimentodo
ácido abcíssico, presente principalmente nos tegumentos
(Campana
et al;1993)
- Giberilinas:
As
giberilinas (GA)
compreendem
à classe dehormônios
mais diretamente
comprometida
no
controle epromoção da germinação
dassementes.
Existem
muitas variações moleculares de giberilina.A
forma
mais usada experimental e comercialmente é o ácido giberélico. _
Estes
compostos ocorrem
relativamenteem
altas concentraçõesno
desenvolvimento das sementes;mas
usualmente reduz para baixos níveisna
maturação das sementes dormentes, principalmente
em
plantas dicotiledôneas.A
aplicação de giberilinapode
ajudarem
certos tipos de donnência, incluindodormência fisiológica, fotodormência e, terrnodormência.
As
giberilirras apresentam-secom
um
papel importanteem
doisestágios da germinação.
Um
ocorrena
indução inicialda enzima
para a suatranscrição nos
cromossomos.
O
segundo
é o estágio 3, de ativaçãodo
sistemade reservas para a mobilização de alimentos
(Hartmann
et al; 1990).-Ácido Abcíssico:
Este-
composto
ocorre naturalmente e éum
importantecomponente da
regulação de crescimento;não
só da germinaçãoda
sementecomo
também
do
crescimento da plantaem
geral.O
ácido abcíssico(ABA)
aparececom
o papel de prevenção da"germinação precoce" de embriões desenvolvidos
no
óvulo.Altos níveis
do
inibidortêm
sido responsáveis pela falta dedesenvolvimento de embriões rudimentares. '
'
O
nível de ácido abcíssico tende a aumentarcom
a maturaçãodos frutos e
pode
prevenir a viviparidade e induzir adormência
primária.A
aplicação de ácido abcíssicopode
inibir a germinação desementes
não
dormentes ecompensar
os efeitos da- aplicaçãodo
ácidogiberélico.
Em
geral, esta inibição é temporária e desaparecequando
assementes são
mudadas
parauma
solução deABA
- livre(Hartmann
et al;1990). .
a
-Citocininas:
A
atividade da citocinina tende a ser altano
desenvolvimento defrutos e sementes,
mas
decresce e torna-se dificil para detectarquando
assementes estão maduras.
Em
gemiinação de sementes, as citocininas são usadaspara
compensar
o efeito dos inibidores, notavelmente oABA.
Estastêm
sidodescritas, e portanto,
assumem
uma
funçãona
germinação e dá permissão parao ácido giberélico atuar
(Hartmann
et al; 1990).-Etileno:
E
A
O
gás etileno é muito importante e éum
hormônio
envolvidoem
muitos aspectos
do
crescimento das plantas euma
série de trabalhosdemonstram que
o etileno éum
agente promotor da germinação naturalem
sementes de certas espécies
(Hartmann
et al; 1990). .-Outros Compostos:
Sabe-se que outros
compostos
são utilizados para estimular agemiinação de sementes,
mas
não
têm
um
papel tão evidente.O
uso de nitratode potássio
tem
sidoum
importante tratamento de sementesem
testes delaboratório por muitos anos
sem
urnaboa
explanação quanto a sua atividade.Thiourea vence certos tipos de dormência,
como
o efeito de inibiçãodo
tegumento da semente
na
dormência profundado
embrião.O
efeito da Thioureapode
ser devido à atividade das citocininas quetem
vencido esta inibição.Outras duas substâncias
vêm
ocorrendo naturalmente, oFusicoccin e o Colylenin,
têm
sido anunciados para imitar acombinação
deGA
5.3.
Produtos
químicos utilizadosno
laboratório:Esta revisão bibliográfica teve
como
objetivo conhecermelhor
omodo
deação dos produtos químicos utilizados nas sementes de ameixa,
no
decorrerdo
estágio. V
5.3.1.
Metais
Pesados:Mercúrio, cobre e prata são os metais pesados
com
alguma
utilidade nosprocessos de desinfecção e assepsia.
Os
metais pesados são tóxicos a muitas formas de vida porque eles secombinam
com
proteinas celulares e as desnaturam .Atuam, reagindocom
grupos sulfifrila de proteínas, causando inibição enzimática
(Cano
&
Colomé,
1986).
Alguns
dos metais pesados são tóxicos atémesmo
em
quantidades diminutas.O
mercúrio,na fonna
de sais orgânicos semelhante ao cloreto demercúrio, é gerrnicida e
tem
sido usadocomo
ingrediente ativoem
pomadas
antissépticas. Esta atividade gerrnicida é reduzida por materiais orgânicos
estranhos; portanto, as superfícies
devem
estar muitobem
limpas antes daaplicação. Merthiolate e Mercúrio
Cromo'
são mercuriais orgânicosque
sãomuitas vezes usados para tratarnentos assépticos
em
casa contra arranhõessecundários da pele
(Cano
&
Colomé,
1986).-Merthiolate
(Thimerosal):Tem
coloração creme,pó
cristalino.Estável
no
ar,mas
não
na
luz solar.Um
grama
dissolveaproximadamente
1 ml.de água e
aproximadamente
8 ml. de álcool, e é praticamente insolúvelno
étere benzeno.
O
pH em
solução aquosa a1%
é 6,7 (Stecher, 1960).Uso
e dose: Asséptico contra tecidos da superficieem
soluçõesaquosas de 1: 30,000 a l:l000
ou
tintura l:l000. `A
Toxicidade:
Podem
ocorrer reaçõesem
locais sensíveis; aingestão
pode
causarenvenenamento
pelo mercúrio. -Cuidado:
Não
é eficiente contra a esporulação de organismos.5.3.2. Álcoois:
Os
álcoois são desnaturantes das proteinas e estas propriedadespodem
serresponsáveis,
em
grande parte, por sua atividade anti-microbiana. Essescompostos são,
também,
solventes de lipídeos, podendo, portanto, lesar amembrana
citoplasmática.Os
álcoois são agentes desidratantes, o quepode
explicar a relativa ineficácia dessas substâncias nas células "secas"; é possível
que as concentrações muito elevadas
removam
tanta água da célula que o álcoolé incapaz de penetrar.
A
desidratação severa que acontece nessas condiçõesresulta
num
efeito bacteiiostático. Parte da eficáciado
álcoolna
desinfecção desuperficie
pode
ser atribuída a sua ação de limpezaou
detergente (Pelczar&
Reid.. 1958). .
-Álcool Etílico: .
O
álcool etílico éum
gennicida muito eficiente(Cano
&
Colomé,
1986).O
álcool etílico,em
concentrações de50
a70%,
é eficaz contraformas vegetativas, esporuladas
ou
não. Freqüentemente, se encontra aafirmação
deque
o álcool etílico a70%
é mais efetivo, quanto ao efeitobacte1icida(Pelczar
&
Reid, 1958).Nas
concentrações de70
a80%,
este álcoolmata
fimgos, muitos vírus e formas vegetativas de muitas bactérias(Cano
&
Colomé,
1986).Não
sepode confiar no
álcool etílicocomo
agente esterilizante,porque as concentrações que
agem
sobre as células vegetativas sãopraticamente inertes contra os esporos bacterianos
(Cano
&
Colomé,
1986).5.3.3.
Cloro
eCompostos
Clorados:O
cloro, seja sob afonna
gasosa, sejaem
certascombinações
químicas,representa
um
dos desinfetantes mais utilizados.Os
desinfetantes eliminam organismos presentesna
superficie da semente(Hartmann
et al; 1990). .Existem muitos
compostos
clorados quepodem
sermanejados
maisconvenientemente e que,
em
condições de uso adequadas, são igualmenteeficazes
como
desinfetantes,como
os Hipocloritos e as Cloraminas.A
ação germicidado
cloro e de seus derivados se efetua através do ácidohipocloroso,
formado
pela adiçãodo
cloro livre a água.De
maneira similar, oshipocloiitos e as cloraminas sofrem hidrólise,
com
a adiçãodo
ácidohipocloroso. Este ácido hipocloroso é
decomposto
e o oxigênio liberado nestareação é
um
agente oxidante energético, que, agindo sobre os constituintescelulares leva os microorganismos à morte.
A
destruição dosgermes
pelo cloroe pelos' seus derivados é devida,.em parte, a
combinação do
clorocom
proteínasda
membrana
citoplasmática ecom
enzimas(Cano
&
Colomé,
1986).5.3.4. Antibióticos:
Os
antibióticos são produzidos comercialmente por cultura purado
organismo selecionado,
em
uma
escala muito grande (Stevenson, 1974).Os
antibióticos e os quimioterápicos interferemcom
diferentes atividadesda
célula bacteriana, causando a sua morteou somente
inibindo o seucrescimento.
Os
primeiros sãochamados
bactericidas e os segundos,bacteriostáticos.