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Inovação no setor vitivinícola: autenticação de vinhos monocasta da Região Demarcada do Douro, através de espetroscopia de infravermelho

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Inovação no setor vitivinícola: autenticação de vinhos monocasta

da Região Demarcada do Douro, através de espetroscopia de

Infravermelho

Dissertação de Mestrado em Enologia

Ângela Sofia Miguel Martins Vieira

Orientador: Professora Doutora Ana Novo Barros Coorientador: Doutor Nelson Machado

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Inovação no setor vitivinícola: autenticação de vinhos monocasta

da Região Demarcada do Douro, através de espetroscopia de

Infravermelho

Dissertação de Mestrado em Enologia

Ângela Sofia Miguel Martins Vieira

Orientador: Professora Doutora Ana Novo Barros Coorientador: Doutor Nelson Machado

Composição do júri:

Professor Doutor Paulo Fernando da Conceição Santos Doutor António de Sousa Barros

Doutor Nelson Machado

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Não sabia que caminho tomar Mas o vento soprava forte, varria para um lado, E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas. - Alberto Caeiro

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i As amostras de vinho utilizadas neste estudo foram cedidas pelo projeto

Biosensor Development for Wine Traceability in the Douro Region (WineBioCode) PTDC/AGR – ALI/117341/2010

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i

Agradecimentos

Nas entrelinhas desta dissertação lê-se o carinho que sinto por aqueles que foram “o vento que me soprava nas costas” e me trouxe aqui.

À minha orientadora, a Professora Ana Barros, por ter aceite guiar-me neste barco por estas águas tempestuosas. Obrigado pelo voto de confiança.

Ao meu coorientador, o Nelson Machado. Obrigado pela paciência, instruções, sugestões, correções e horas de “e se fizéssemos antes assim?” em volta do (temperamental e nada simpático) Origin.

À Cientuna – Tuna Feminina de Ciências do Porto, a minha segunda família, nas pessoas da Leandra, Miqué, Sara, Ana P., Patrícia, Ana Rita, Susana, Xaninha e tantas outras. Obrigado pelos abraços, pelos “Tu consegues!” e pelas manhãs, tardes e noites de pura alegria e de histórias para, mais tarde, recordar.

Aos meus Pioneiros do CNE 300 – Senhora do Calvário, por me mostrarem os desafios que sou capaz de superar, apesar de não acreditar à partida.

Aos meus amigos presentes e passados. Se hoje estou aqui, muito devo-o a cada um de vós que, em algum momento, esteve do meu lado e acreditou em mim. Obrigado pela pessoa que sou, pela mulher que me tornei.

Ao Pedro, por me dar a mão e caminhar a meu lado.

Ao bu Vieira e à bó Maria, ao bu Martins e à bó Zira; ao tio Amândio, à tia Arminda, ao tio Armindo, à tia Bela, à tia Cidália, à tia Lola, à madrinha Lúcia, ao tio Luís, ao tio Nando, à tia Nita, ao tio Novais, ao padrinho Paulo, à tia Susana e à tia Xandra; aos primos Tânia, João, Cris, Sara, Pedro, Diogo, Pedro, Sofia, Tomás, Maria, Leonor e Rita. Obrigado por serem a família que eu escolheria se me fosse dada a oportunidade. Quem escolheu por mim acertou na muche.

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Resumo

A indústria vitivinícola representa uma das atividades mais importantes do sul da Europa, com particular relevância no desenvolvimento socioeconómico de certas regiões demarcadas que dependem fortemente da produção de vinho, tal como a região do Douro, no norte de Portugal. Uma vez que o consumo de vinho está a aumentar continuamente a nível mundial e atendendo aos vários benefícios para a saúde relacionados com o consumo moderado de vinho, a competição no setor tem vindo a aumentar no mercado global. Com isso em vista, o controlo da origem e a traçabilidade surgem como proeminentes questões, de modo a garantir certas caraterísticas e a proteção da excelência das denominações de origem controlada.

Uma vez que a casta constitui uma das mais importantes caraterísticas a despertar a atenção do consumidor e a sua traçabilidade representa um assunto complexo, o presente estudo focou-se na aplicação da Espetroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) combinada com métodos de análise estatística multivariada para a discriminação da casta em vinhos monocasta da região demarcada do Douro. O objetivo deste estudo é o desenvolvimento de um processo para a identificação e certificação das castas usadas na produção de vinho, através deste método, num futuro próximo.

Com esse objetivo, espetros FTIR de 22 amostras de vinhos monocasta da região do Douro (vinhos obtidos através do mesmo processo de vinificação) de distintos intervalos na janela espetral 1000-1900 cm-1 foram registados e submetidos a métodos de análise multivariada, nomeadamente PLS-R e PLS-DA. A discriminação dos vinhos monocasta foi conseguida com valores mínimos de classificação errónea de 10.2% e 19.3% para calibração e validação, respetivamente, com a aplicação da 1.ª derivada no intervalo 1400-1495 cm-1. Potencialmente, esta abordagem poderá ser melhorada de modo a permitir a sua utilização num método de rotina rápido e simples para a autenticação e certificação de vinho pelos organismos competentes.

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Abstract

The winery industry represents one of the most important economical activities in Southern Europe, with particular relevance in the socio-economic development of certain PDO regions, which depend strongly on the wine production, such as the Douro Region, in Northern Portugal. Since the wine consumption is increasing continuously worldwide, with several health benefits being related to the moderate wine intake, new contenders appeared in the increasingly competitive global market. Thus, origin control and traceability arise as prominent issues, regarding the assurance of certain characteristics and protection of excellence PDO’s.

Since grape variety constitutes one of the most important features, concerning the attention of the customers, its traceability representing a rather complex issue, the present study was focused on the application of Fourier Tansform Infrared spectroscopy (FTIR), combined with multivariate statistical methods, for the discrimination of monovarietal wines from the Douro PDO. The aim of this study is the development of a process for the screening and certification of the grape varieties used in wine production, through this methodology, in the near future.

For this purpose, the FTIR spectra of 22 monovarietal wine samples from Douro, obtained through the same vinification processes, were registered, and multivariate methods, namely PLS-R and PLS-DA, were applied to the spectra, in order to produce discrimination models, resorting to either the 1st derivative or the spectra, of distinct intervals of the 1000-1900 cm -1 spectral window. The

discrimination of the monovarietal wines was attained, with minimum misclassification values of 10.2% and 19.3%, for calibration and validation, respectively, corresponding to the usage of the 1st derivative of the 1400-1495 cm-1 interval. Likewise, this approach may be improved in order to allow its use as a rapid and straightforward routine method for authentication processes and wine certification by the relevant organisms.

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Índice geral

Agradecimentos ... i

Resumo ... iii

Abstract ... v

Índice geral ... vii

Índice de figuras ... ix

Índice de gráficos ... xi

Índice de tabelas ... xiii

Lista de Abreviaturas ... xv

1. Introdução ... 1

1.1. Indústria Vitivinícola ... 1

1.1.1. A Região Demarcada do Douro ... 5

1.1.2. A Região Demarcada do Douro – breve resenha histórica ... 8

1.1.3. Castas da Região Demarcada do Douro ... 11

1.2. Traçabilidade e certificação ... 15

1.2.1 Denominação de Origem Protegida Douro (DOP Douro)/Denominação de Origem Controlada (DOC Douro) ... 16

1.2.2 Denominação de Origem Protegida Porto (DOP Porto) ... 19

1.2.3 Indicação Geográfica Protegida (IGP) Duriense/Vinho Regional Duriense ... 23

1.3. Métodos Espectroscópicos – Infravermelho ... 26

1.3.1 Espetroscopia FTIR – ATR ... 28

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viii 1.5. Objetivos ... 29 2. Material e Métodos ... 31 2.1. Amostragem... 31 2.2. Espectroscopia de Infravermelho ... 36 2.2.1. Instrumentação ... 36 2.2.2. Aquisição Espectral ... 36

2.2.3. Tratamento dos Espectros ... 37

2.3. Métodos de Análise Multivariada... 39

2.3.1. Regressão em mínimos quadrados parciais (PLS) ... 39

2.3.2. Análise Discriminante (PLS-DA) ... 39

3. Resultados e Discussão ... 41

3.1. Atribuição Espectral ... 41

3.2. Discriminação com recurso a métodos multivariados ... 43

4. Conclusões e perspetivas futuras ... 67

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ix

Índice de figuras

Figura 1 – Sub-regiões da Região Demarcada do Douro (Adaptado de Museu do Douro, 2015) ... 5 Figura 2 – Localização do Alto Douro Vinhateiro na Região Demarcada do Douro (Adaptado de Museu do Douro, 2015) ... 8 Figura 3 – Representação esquemática dos modos vibracionais das moléculas (Adaptado de Gotwals, 2007) ... 27 Figura 4 – Codificação esquemática dos espetros IV adquiridos para cada casta ... 37 Figura 5 – Representação esquemática da escolha dos espetros IV de cada casta ... 38 Figura 6 – Exemplo dos espetros IV 1000–1800 cm-1 de um vinho de casta tinta e de um de casta branca ... 41 Figura 7 – Exemplo de representação gráfica das primeiras derivadas de espetros IV de um vinho de casta tinta e de um de casta branca no intervalo 1000–1800 cm-1 ... 42 Figura 8 – Representação da discriminação entre castas pelas variáveis canónicas no intervalo 1000–1800 cm-1 ... 45

Figura 9 – Índices de importância (VIP) para os diferentes números de onda do espetro 1000–1495 cm-1 ... 46

Figura 10 – Loadings do PLS para o intervalo 1000-1800 cm-1 ... 47

Figura 11 - Representação dadiscriminação entre castas pelas duas primeiras variáveis canónicas no intervalo 1000–1495 cm-1 ... 50 Figura 12 - Representação da discriminação entre castas pelas duas primeiras variáveis canónicas no intervalo 1027–1200 cm-1 ... 53 Figura 13 - Representação da discriminação entre castas pelas duas primeiras variáveis canónicas no intervalo 1100–1254 cm-1 ... 55 Figura 14 – Representação da discriminação entre castas pelas duas primeiras variáveis canónicas no intervalo 1250–1495 cm-1 ... 59 Figura 15 – Representação da discriminação entre castas pelas duas primeiras variáveis canónicas no intervalo 1365–1465 cm-1 ... 62

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xi

Índice de gráficos

Gráfico 1 – Evolução da produção de vinho no mundo (FAO, 2013) ... 1 Gráfico 2 – Evolução da produção de vinho nos países não-europeus do top 11 mundial de 2000 a 2012 (aditivo) (adaptado de OIV, 2013) ... 2 Gráfico 3 – Evolução da produção de vinho nos países europeus do top 11 mundial de 2000 a 2012 (aditivo) (adaptado de OIV, 2013) ... 3 Gráfico 4 – Consumo de vinho no mundo nos anos de 2000, 2005 e 2012 (adaptado de OIV, 2013) ... 4

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Índice de tabelas

Tabela 1 – Distribuição das áreas de vinha nas sub-regiões da Região Demarcada do Douro (Adaptado de IVDP, 2010) ... 7 Tabela 2 – Relação entre o número de proprietários, a área de vinha e o número de parcelas em cada uma das sub-regiões (Adaptado de IVDP, 2010) ... 10 Tabela 3 – Castas de uvas brancas e tintas mais abundantes na Região Demarcada do Douro (Adaptado de IVDP 2010) ... 11 Tabela 4 – Proveniência das uvas utilizadas na produção das amostras dos vinhos analisados .... 32 Tabela 5 – Codificação das amostras de vinhos de castas brancas na adega ... 34 Tabela 6 – Codificação das amostras de vinhos de castas tintas na adega ... 35 Tabela 7 – Percentagem de identificação errada da casta por PLS–DA no intervalo 1000–1800 cm

-1 ... 43

Tabela 8 – Percentagem de identificação errada da casta por PLS–DA do intervalo 1000–1495 cm

-1 ... 48

Tabela 9 – Percentagem de identificação errada da casta por PLS–DA do intervalo 1027–1200 cm -1 ... 51

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Lista de Abreviaturas

AB – Alicante Bouschet

ATR – Attenuated Total Reflectance (reflexão total atenuada) Ch – Chardonnay

Cl – Códega do Larinho CS – Cabernet Sauvignon

DA – Discriminant Analysis (análise discriminante) DO – Denominação de Origem

DOC – Denominação de Origem Controlada DOP – Denominação de Origem Protegida DT – Donzelinho Tinto

FIR – Far Infrared (Infravermelho longínquo) FP – Fernão Pires

FTIR – Fourier Transform Infrared Spectroscopy (Espetroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier)

Gou – Gouveio

IG – Indicação Geográfica

IGP – Indicação Geográfica Protegida

INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. IV – Infravermelho

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xvi IVP – Instituto do Vinho do Porto

IVV – Instituto do Vinho e da Vinha M – Merlot

MF – Malvasia Fina

MIR – Mid Infrared (Infravermelho médio) MG – Moscatel Galego

NIR – Near Infrared (Infravermelho próximo)

OIV – Organisation Internationale de la Vigne et du Vin (Organização Internacional da Vinha e do Vinho)

PLS – Partial Least Squares Regression (método de regressão dos mínimos quadrados parciais) PN – Pinot Noir

RDD – Região Demarcada do Douro TA – Tinta Amarela

TB – Tinta Barroca TFi – Tinta Francisca TR – Tinta Roriz TC – Tinto Cão

TBr – Touriga Brasileira TF – Touriga Franca TN – Touriga Nacional

UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura)

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xvii Vio – Viosinho

VIP – Variable Importance to Projection (representação do índice de importância das variáveis) Sou – Sousão

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1. Introdução

1.1. Indústria Vitivinícola

A indústria vitivinícola constitui uma das áreas de exploração agronómica mais preponderantes na economia mundial. No ano de 2013 foram produzidos 278.641.000 hl de vinho no mundo, encontrando-se Portugal no décimo primeiro lugar na classificação dos maiores produtores, com cerca de 6.740.000 hl produzidos (FAO, 2013).

Os três países com maior produção de vinho no ano de 2013 foram a Itália (44.490.000 hl), a Espanha (42.700.000 hl) e os Estados Unidos da América (32.343.000 hl) (Gráfico 1) (FAO, 2013). Nos últimos anos assistiu-se a uma tendência de diminuição da área de vinha um pouco por toda a Europa, levando a que a produção de vinho no mundo tenha atingido o seu mínimo em 2011 (Gráfico 1).

Gráfico 1 – Evolução da produção de vinho no mundo (FAO, 2013)

278641000 44490000 42700000 32343000 6740000 0 50 000 000 100 000 000 150 000 000 200 000 000 250 000 000 300 000 000

Mundo Itália Espanha EUA Portugal

Pro d u ção d e v in h o (h l) Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013

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2 Em contrapartida, é notório o crescimento da viticultura (e consequente aumento de vinificação) nos países do Novo Mundo (Gráfico 2; Gráfico 3) (OIV, 2013).

Gráfico 2 – Evolução da produção de vinho nos países não-europeus do top 11 mundial de 2000 a 2012 (aditivo) (adaptado de OIV, 2013)

x 1 0 0 0 h L

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3

Gráfico 3 – Evolução da produção de vinho nos países europeus do top 11 mundial de 2000 a 2012 (aditivo) (adaptado de OIV, 2013)

A produção e consumo de vinho em Portugal são uma tradição enraizada na sociedade devido à grande adequação meteorológica e geológica para a produção de vinha. Estudos da OIV apontam Portugal como o décimo primeiro maior consumidor de vinho a nível mundial (Gráfico 4) (OIV, 2013). x 1 0 0 0 h L

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4

Gráfico 4 – Consumo de vinho no mundo nos anos de 2000, 2005 e 2012 (adaptado de OIV, 2013)

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5

1.1.1. A Região Demarcada do Douro

A Região Demarcada do Douro (RDD) é a mais antiga região demarcada regulamentada do mundo. Localiza-se na bacia hidrográfica do Douro e estende-se desde Barqueiros (concelho de Mesão Frio) a Mazouco (concelho de Freixo de Espada à Cinta) (Pereira et al., 1998). A RDD divide-se em três sub-regiões (Figura 1) com caraterísticas diferentes e que abrangem os distritos, concelhos e freguesias listados:

Figura 1 – Sub-regiões da Região Demarcada do Douro (Adaptado de Museu do Douro, 2015)

O Baixo Corgo, que tem o seu limite oeste em Barqueiros e se estende até à confluência do Rio Corgo e da Ribeira de Temilobos com o Rio Douro. No distrito de Vila Real abrange os concelhos de Mesão Frio, Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião; as freguesias de Abaças, Ermida, Folhadela, Guiães, Mateus, Nogueira, Nossa Senhora da Conceição (apenas parcialmente), Parada de Cunhos, São Dinis e São Pedro, do concelho de Vila Real; no distrito de Viseu as freguesias de Aldeias, Armamar, Folgosa, Fontelo, Santo Adrião, Vacalar e Vila Seca, do concelho de Armamar; as freguesias de Cambres, Ferreiros de Avões, Figueira, Parada do Bispo, Penajóia, Samodães,

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6 Sande, Santa Maria de Almacave, Sé e Valdigem e as Quintas de Foutoura, do Prado e das Várzeas, na freguesia de Várzea de Abrunhais, do concelho de Lamego; a freguesia de Barrô, do concelho de Resende.

O Cima Corgo, a montante do Baixo Corgo, tem início na confluência do Rio Corgo e Ribeira de Temilobos com o Rio Douro e segue até ao Cachão da Valeira. No distrito de Vila Real abrange as freguesias de Alijó, Amieiro, Carlão, Casal de Loivos, Castedo, Cotas, Favaios, Pegarinhos, Pinhão, Sanfins do Douro, Santa Eugénia, São Mamede de Riba Tua, Vale de Mendiz, Vilar de Maçada e Vilarinho de Cotas, do concelho de Alijó; as freguesias de Candedo, Murça e Noura, do concelho de Murça; as freguesias de Celeirós, Covas do Douro, Gouvães do Douro, Gouvinhas, Paços, Paradela de Guiães, Provesende, Sabrosa, São Cristóvão do Douro, São Martinho de Anta, Souto Maior, Vilarinho de São Romão, do concelho de Sabrosa; no distrito de Viseu as freguesias de Castanheiro do Sul, Espinhosa, Ervedosa do Douro, Nagozelo do Douro, Paredes da Beira, São João da Pesqueira, Soutelo do Douro, Trevões, Vale de Figueira, Valongo dos Azeites, Várzea de Trevões e Vilarouco, do concelho de São João da Pesqueira; as freguesias de Adorigo, Barcos, Desejosa, Granjinha, Pereiro, Santa Leocádia, Sendim, Tabuaço, Távora e Valença do Douro, do concelho de Tabuaço; no distrito de Bragança as freguesias de Beira Grande, Castanheiro do Norte, Carrazeda de Ansiães, Lavandeira, Linhares, Parambos, Pereiros, Pinhal do Norte, Pombal, Ribalonga, Seixo de Ansiães e Vilarinho de Castanheira, do concelho de Carrazeda de Ansiães. O Douro Superior compreende a área desde o Cachão da Valeira até à fronteira com Espanha. No distrito de Bragança abrange a freguesia de Vilarelhos, do concelho de Alfândega da Fé; as freguesias de Freixo de Espada à Cinta, Ligares, Mazouco, Poiares, do concelho de Freixo de Espada à Cinta; as propriedades que foram de D. Maria Angélica de Sousa Pinto Barroso, na freguesia de Frechas, e as da Sociedade Clemente Meneres, nas freguesias de Avantos, Carvalhais, Frechas e Romeu, do concelho de Mirandela; as freguesias de Açoreira, Adeganha, Cabeça Boa, Horta, Lousa, Peredo dos Castelhanos, Torre de Moncorvo e Urros, do concelho de Torre de Moncorvo; as freguesias de Assares, Freixiel, Lodões, Roios, Sampaio, Santa Comba da Vilariça, Seixo de Manhoses, Vale Frechoso e Vilarinho das Azenhas, as Quintas da Peça e das Trigueiras e as propriedades de Vimieiro, situadas na freguesia de Vilas Boas, e Vila Flor, do concelho de Vila Flor; no distrito da Guarda a freguesia de Escalhão, do concelho de Figueira de Castelo

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7 Rodrigo; as freguesias de Fontelonga, Longroiva, Meda, Poço do Canto, do concelho de Meda; o concelho de Vila Nova de Foz Côa (Pina et al., 1992; Ribeiro et al., 2000; Decreto-Lei n.º 173/2009 de 3 de agosto).

Em termos de área, a sub-região do Baixo Corgo apresenta-se ao longo de 45.000 ha (apenas 18,0% da área total da Região Demarcada do Douro) e é a mais pequena das sub-regiões. No entanto é das três a que possui maior densidade de vinha, com 32,2% da sua área dedicada à viticultura. A sub-região do Cima Corgo constitui 38,0% da área da Região e é a sub-região com maior área de vinha, com cerca de 20.915 ha que representam 22,0% da área total da Região.

Por último, a sub-região do Douro Superior é a maior das três, compreendendo cerca de 44,0% da área total da Região Demarcada do Douro mas, no entanto, é a sub-região com menor área de vinha (apenas 9,3% da área da Região) (Tabela 1).

Tabela 1 – Distribuição das áreas de vinha nas sub-regiões da Região Demarcada do Douro (Adaptado de IVDP, 2010)

Sub-Região Área Total (ha) % Área com vinha (ha) % da Área total

Baixo Corgo 45.000 18,0 14.501 32,2

Cima Corgo 95.000 38,0 20.915 22,0

Douro Superior 110.000 44,0 10.197 9,3

Total 250.000 45.613 18,2

Da Região Demarcada do Douro, constituída por cerca de 250.000 ha, faz parte a zona de vinha e produção de vinho denominada Alto Douro Vinhateiro (24.600 ha) bem como uma área envolvente designada por região tampão (225.400 ha) (UNESCO, 2001) (Figura 2).

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Figura 2 – Localização do Alto Douro Vinhateiro na Região Demarcada do Douro (Adaptado de Museu do Douro, 2015)

1.1.2. A Região Demarcada do Douro – breve resenha histórica

Escavações arqueológicas recentes na RDD mostraram vestígios de vinificação, tais como lagares cavados na pedra, prensas e vasos de fermentação datando do século III (Pereira et al., 1998). No século XVI a produção de vinhos de qualidade e a sua comercialização começaram a assumir um papel importante na região do alto Douro. A primeira referência ao Vinho do Porto data de 1675 num documento de exportação de vinho para a Holanda e a partir daí, por influência dos conflitos entre a França e a Inglaterra, o Vinho do Porto rapidamente assumiu um papel importante no mercado inglês. Em 1703 o Tratado de Methuen entre Portugal e Inglaterra criou um protocolo para a importação preferencial dos vinhos portugueses pela Inglaterra.

A 10 de setembro de 1756 o alvará régio com o cunho de Sebastião José de Carvalho e Melo (Pereira et al., 1998) enquanto Secretário dos Negócios do Reino (e que viria a ser Marquês de Pombal em 1769) (Correira et al., 2003) instituiu a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do

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9 Alto Douro (que, mas tarde, se viria a designar Real Companhia Velha). A recém-criada entidade tinha como principais funções o cadastro das parcelas de vinha e dos vinhos delas provenientes, a regulação do vinho produzido com o objetivo de lhe atribuir uma qualificação e a comercialização do Vinho do Porto bem como a definição dos limites da região da sua produção.

A delimitação do perímetro das vinhas da região do Alto Douro iniciou-se por volta de 1759 recorrendo a 355 marcos de granito retangulares ou semicirculares com a palavra feitoria e o ano da colocação do marco. A palavra feitoria figurava (e ainda figura) nos marcos de feitoria numa alusão ao nome dado aos entrepostos comerciais europeus medievais que operavam num país estrangeiro, defendendo os seus interesses económicos e a promoção das relações diplomáticas.A designação feitoria foi, ainda, utilizada para indicar as vinhas de vinho do Porto de classificação mais alta. Os produtores detentores de vinhas de feitoria tinham, assim, autorização para venderem o seu produto no mercado inglês ao preço mais elevado (Valle et al., 2012).

A primeira fase de demarcação da RDD fixou-se na sub-região do Baixo Corgo e Cima Corgo (região que até à reforma administrativa de 1936 dava pelo nome de Alto Douro) a partir de 1756 mas só entre 1788 e 1792 se estendeu à sub-região do Douro Superior. A atual área da RDD é fruto de uma redefinição de 1921 (Decreto-lei n.º 7934 de 10 de dezembro de 1921).

Em 1876, após a praga de Phyloxera vastatrix, os produtores do Douro começaram o processo de recuperação das vinhas afetadas, com a introdução de porta-enxertos de vinha americana (nomeadamente Vitis labrusca) procedendo ainda à implementação de novas técnicas de plantação com a criação de socalcos mais largos com paredes mais altas (em oposição aos socalcos pré-filoxera mais baixos e acidentados) (UNESCO, 2001), levando à criação da RDD com a paisagem única que conhecemos hoje em dia.

Em 1932 foi criada a Casa do Douro (responsável pela regulação da produção do Vinho do Porto) (Decreto-lei n.º 21:883 de 18 de novembro de 1932), em 1933 o Grémio de Exportadores de Vinho do Porto (regulação da comercialização do Vinho do Porto) (Decreto-lei n.º 22:460 de 10 de abril de 1933) e, ainda em 1933, o Instituto do Vinho do Porto (IVP) como representante do Estado (Decreto-lei n.º 22:461 de 10 de abril de 1933) e responsável pelo controlo de qualidade do vinho, na vertente organolética e físico-química (Decreto-lei n.º 24:382 de 18 de agosto de 1934).

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10 Em 2003 o IVP e a Casa do Douro redefiniram-se com a criação do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto I. P. (IVDP) (Decreto-lei n.º 278/2003 de 6 de novembro), responsável pela certificação dos produtos na perspetiva analítica recorrendo a laboratório para estudo físico-químico e a uma câmara de provadores para o estudo organolético. É ainda função do IVDP a regulamentação do processo produtivo dos vinhos e a proteção das denominações de origem Douro e Porto e da indicação geográfica Duriense.

Em 2001 o Alto Douro Vinhateiro (parte da RDD) foi classificado Património Mundial da UNESCO (UNESCO, 2001).

A Região Demarcada do Douro conta atualmente com aproximadamente 39.000 viticultores-proprietários. Cada viticultor-proprietário possui, em média, entre três e quatro parcelas de vinha (prédios), sendo que cada uma dessas parcelas, em média, apresenta pouco mais de 1 ha de vinha (Tabela 2).

Tabela 2 – Relação entre o número de proprietários, a área de vinha e o número de parcelas em cada uma das sub-regiões (Adaptado de IVDP, 2010)

Sub-Região Proprietários Área de Vinha / prédio (ha) Nº médio de prédios/proprietário prédios Baixo Corgo 15.490 0,94 3,3 50.910 Cima Corgo 16.205 1,29 3,9 62.444 Douro Superior 7.285 1,40 2,9 21.318 Total 38.980 1,17 3,5 134.672

As grandes parcelas de vinha localizam-se maioritariamente na sub-região do Douro Superior (IVDP, 2010).

(37)

11

1.1.3. Castas da Região Demarcada do Douro

A Região Demarcada do Douro é palco do cultivo de uma enorme variedade de castas de vinha. Nos dias que correm, ainda é possível encontrar parcelas de vinha com várias dezenas de anos compostas por um grande leque de diferentes castas. As uvas provenientes dessas parcelas são utilizadas na produção de vinhos de qualidade superior designados “Vinhas Velhas”, dada a dificuldade em distinguir com certeza quais as castas envolvidas na sua produção.

A Região Demarcada do Douro carateriza-se por produzir castas de uvas brancas e tintas com uma produtividade média de 30 hl/ha, que corresponde a cerca de 4.100kg/ha (IVDP, 2010). A grande diversidade de castas produzidas é uma das “bandeiras” da região (Tabela 3).

Tabela 3 – Castas de uvas brancas e tintas mais abundantes na Região Demarcada do Douro (Adaptado de IVDP 2010)

Castas Brancas Castas Tintas

Esgana Cão Arinto Bastardo Cornifesto

Folgasão Boal Mourisco Tinto Donzelinho Tinto Gouveio Cercial Tinta Amarela Malvasia Preta Malvasia Fina Códega do Larinho Tinta Barroca Periquita

Rabigato Malvasia Corada Tinta Francisca Rufete Viosinho Moscatel Galego Tinta Roriz Tinta Barca Samarrinho Donzelinho Branco Tinto Cão Touriga Franca

Touriga Nacional

Em 1999 Lopes et al. iniciou um estudo de caraterização molecular das 340 castas de uvas legalmente admitidas para a produção de vinho em Portugal, através de seis microssatélites nucleares recomendados pela OIV. Para além de procurar identificar a origem de cada uma das castas, o estudo teve como efeito secundário a catalogação dos diversos nomes atribuídos a uma mesma casta nas diversas regiões do país (Lopes, et al., 1999 & 2006).

Apresentam-se de seguida algumas castas (autóctones e estrangeiras) relevantes para o panorama vitivinícola português.

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12

Códega do Larinho: Possível origem em Portugal, havendo registos da sua produção em 1880

(Anderson, 2013).

Donzelinho Tinto: Possível origem em Portugal. É uma casta nativa muito antiga, havendo

referências desde 1531 na região do Douro (Robinson et al., 2012).

Fernão Pires: Possível origem em Portugal, é também conhecida pelo nome “Molinha” (Robinson,

2006; Anderson, 2013).

Gouveio: Possível origem em Portugal, sendo maioritariamente cultivada no Alentejo, Douro e

Dão. Dá também pelo nome de “Gouveio Estimado” (Böhm, 2007; Anderson, 2013).

Moscatel Galego: Possível origem em Portugal, Espanha ou Itália. É tida como uma das variedades

de uva mais antigas do mundo, havendo registos da sua existência no século XII. Noutras partes do globo é conhecida pelos nomes “Muscat Blanc a Petits Grains”, “Bornova Misketi”, “Moscato Bianco”, “Moscatel Frontignan”, “Moscatel de Grano Menudo”, “Muscat Frontignan, “Muskateller”, “Tamaioasa Romaneasca”, “Moscato Canelli”, “Muscat Canelli”, “Muskat Bijeli”, “Muskat Zlty”, “Muscat”, “Muscat Petits Grains”, “Rumeni Muskat”, “Moscato”, “Moscatel”, “Moschato”, “Muscat White”, “Muskateller Gelber”, “Muscat de Colmar”, “Tamianka” (Anderson, 2013).

Rufete: Possível origem em Portugal, tendo também o nome de “Tinta Pinheira” e, noutras partes

do mundo, “Castellana” (Böhm, 2007; Anderson, 2013).

Sousão: Possível origem em Portugal. O nome “Vinhão” é usado em Portugal (maioritariamente

no Minho, seu local de origem) e as variações “Souson” e “Souzao” aparecem noutras partes do mundo. (Castro et al., 2011; Cunha et al., 2013).

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13

Tinta Amarela: Possível origem em Portugal com forte expressão no Alentejo, Douro e Dão

(Robinson, 2006). A casta é também conhecida pelos nomes “Trincadeira”, “Trincadeira Preta” e “Crato Preto” (Anderson, 2013).

Tinta Barroca: Possível origem em Portugal. Terá sido introduzida na região do Douro no final do

século XIX (Robinson, 1986). Também é conhecida pelo nome “Barroco” (Anderson, 2013).

Tinta Francisca: Possível origem em Portugal. A casta será aparentada da Pinot Noir de França

(Robinson 1986).

Tinto Cão: Possível origem em Portugal. Tinto Cão é cultivada na zona do Douro desde o século

XVIII. (Lobo, 1790)

Touriga Brasileira: Possível origem em Portugal. Apresenta semelhança genética com a casta

Touriga Nacional. O seu outro nome é “Touriga Fêmea” (Lopes et al., 2006).

Touriga Franca: Possível origem em Portugal, tendo provavelmente derivado da Touriga

Nacional (Silva et al., 2005). Também é conhecida vulgarmente por “Touriga Francesa”.

Touriga Nacional: Possível origem em Portugal, usa também os nomes “Touriga” e “Tourigo”

(Silva et al., 2005).

Viosinho: Possível origem em Portugal. Existe quase exclusivamente no Douro e Trás-os-Montes

(Robinson et al., 2012).

Para além das castas autóctones, existem outras que, pela sua boa adaptação ao terroir nacional e pela longa história de cultivo são, também, autorizadas para a criação de vinhos de lote em Portugal (incluindo alguns com denominação de origem).

(40)

14

Alicante Bouschet: Resultado de um cruzamento entre Petit Bouschet e Grenache por Henri

Bouschet em 1865, tendo sido trazida para Portugal em 1901 pela família Reynolds, adquirindo grande expressão no Douro mas, sobretudo, no Alentejo (Veiga, 2014). É conhecida internacionalmente pelos nomes “Alicante Henri Bouschet”, “Garnacha Tintorera”, “Tintorera” e “Alicante” (Anderson, 2013).

Cabernet Sauvignon: Possivelmente nativa de França, a casta encontra-se disseminada por todo o

mundo (Bowers et al., 1997). É conhecida pelos nomes “Cabernet”, “Burdeos” e “Kamberne Sovinion” (Anderson, 2013).

Chardonnay: Originaria da região francesa da Borgonha, a casta Chardonnay resulta de um

cruzamento entre Pinot Noir e Gouais Blanc e encontra-se atualmente em praticamente todo o mundo (Christensen, 2003). Também é conhecida pelos nomes “Chardonnay Blanc” e “Sardone” (Anderson, 2013).

Malvasia Fina: Possível origem em Portugal ou na Grécia. Esta casta será originária do sul da

Europa aparecendo em registos do século XV. Malvasia é uma família de castas largamente difundidas em todo o mundo (Veiga, 2014). Os seus outros nomes são “Boal”, “Boal Branco” e “Assario Branco” e “Boal Espinho” em Portugal e “Gual” e “Torrontes” noutras partes do mundo.

Merlot: Variedade de uvas nativa de França, havendo registos à mesma desde o século XIV sob o

nome “Merlau” (Robinson, 2006).

Pinot Noir: Pinot noir é, provavelmente, a casta mais antiga do mundo, uma vez que se acredita

que foi esta a cultivada pelos romanos no século I. (Christensen, 2003). À volta do mundo é conhecida pelos nomes “Pinot Nero”, “Blauer Burgunder”, “Rulandske Modre”, “Pinot Negro” e “Pinot Crni” (Anderson, 2013).

(41)

15

Tinta Roriz: Origem possível entre o norte de Espanha e o sul de França como um híbrido natural

de Cabernet Franca e Pinot Noir (Christensen, 2003). Em Portugal conhece também o nome “Aragonez. Noutras partes do mundo responde por “Tempranillo”, “Tinto de Toro”, “Valdepenas” e “Negra de Mesa”. É a casta em maior expansão no mundo inteiro. (Anderson, 2013).

1.2. Traçabilidade e certificação

Dada a importância da livre circulação de produtos, nomeadamente bens alimentares, na comunidade europeia e, de forma a detetar e combater o preocupante problema da adulteração e falsificação dos produtos, foi necessária a implementação de mecanismos de controlo das normas aplicáveis às diversas mercadorias de modo a garantir uniformidade, qualidade e segurança. (EC, 2000; Diretiva 93/99 CEE; Diretiva 89/397/CEE). As disposições emitidas pelo Conselho das Comunidades Europeias constituem um conjunto de normas de qualidade e regras de controlo da conformidade baseadas em métodos de análise devidamente validados. Em Portugal a entidade responsável pela acreditação dos laboratórios de controlo de qualidade é o Instituto Português da Qualidade.

A procura pela uniformidade do produto terá como objetivo fulcral a garantia de segurança e autenticidade para o consumidor.

A certificação dos vinhos na RDD está a cargo do IVDP. As designações oficiais previstas pelo IVV e pelo IVDP para os vinhos da Região Demarcada do Douro são Denominação de Origem Protegida (DOP) Douro, Denominação de Origem Protegida Porto e Indicação Geográfica Protegida (IGP) Duriense.

As denominações de origem (DO) são dadas a vinhos que, pelas suas caraterísticas, se identificam com uma determinada região. Para a atribuição da certificação DO são tidos em conta a origem da uva e produção do vinho bem como as castas utilizadas, o tipo de vinificação e as caraterísticas organoléticas do produto final. Na RDD são permitidas as DO “Porto” (e as variações “vinho do Porto”, “vin de Porto”, “Port wine”, “Port” e equivalentes em outras línguas), e “Douro” (Circular n.º04/2009, Fiscalização de Denominação de Origem em vinhos DOC Douro e IG Duriense) (Decreto-lei n.º 173/2009 de 3 de agosto).

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16 A Denominação de Origem Protegida é uma atribuição comunitária referindo-se a produtos vitivinícolas aos quais é conferida uma proteção de acordo com a regulamentação que define o produto, nos termos da legislação e do registo comunitário único (CE n.º 1234/2007 do Conselho de 22 de outubro; CE n.º 491/2009 do Conselho de 25 de maio).

Indicação Geográfica Protegida (IGP) é a designação comunitária adotada para designar os vinhos com Indicação Geográfica aos quais é conferida proteção nos termos estabelecidos na regulamentação e que integram um registo comunitário único (CE n.º 1234/2007 do Conselho de 22 de outubro; CE n.º 491/2009 do Conselho de 25 de maio).

Os vinhos IGP podem adotar no rótulo a designação tradicional específica Vinho Regional. A referência a esta menção dispensa a utilização da menção IGP (Decreto-lei n.º 212/2004 de 23 de agosto).

1.2.1 Denominação de Origem Protegida Douro (DOP Douro)/Denominação de

Origem Controlada (DOC Douro)

A designação DOP Douro é conferida a vinhos, vinhos espumantes e vinhos licorosos que, pelas suas caraterísticas, se identificam com a região. Para a atribuição da certificação são tidos em conta a origem da uva e produção do vinho bem como as castas utilizadas, o tipo de vinificação e as caraterísticas organoléticas.

A designação DOC é uma menção tradicional que pode constar dos rótulos dos produtos vitivinícolas comercializados em Portugal, dispensando a menção DOP (Decreto-lei n.º 212/2004 de 23 de agosto).

Para obter a designação DOP Douro um vinho que na nota de prova seja tido como de boa qualidade deve apresentar um valor alcoométrico volúmico mínimo de 10,5% vol. para os vinhos brancos e rosados e 11,0% vol. para vinhos tintos. Já um vinho que na nota de prova seja tido como de muito boa e elevada qualidade deve ter um valor alcoométrico volúmico mínimo de 11,5% vol. para os vinhos brancos e rosados e 12,0% vol. para os tintos. Podem ainda aplicar-se aos vinhos do Douro as menções tradicionais: “Vinho de Missa”, “Novo”, com indicação do ano de colheita, “Reserva”, “Colheita Tardia”, “Colheita Selecionada”, “Reserva Especial” e “Grande Reserva”.

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17 Para usar a designação DOP Douro um espumante deve ter título alcoométrico volúmico mínimo de 11,0 % vol. antes da adição do licor de expedição. Os espumantes do Douro com nota de prova compatível com vinho de boa qualidade podem ainda utilizar as menções tradicionais de indicação do ano de colheita, “Branco de uvas brancas” ou “Branco de uvas tintas. Os espumantes do Douro com nota de prova indicativa de vinho de muito boa qualidade e com um período mínimo de estágio em garrafa de 12 meses após fermentação malolática podem ainda utilizar a designação “Reserva”. O vinho licoroso Moscatel do Douro, produzido a partir da casta Moscatel Galego Branco pode utilizar a denominação DOP desde que apresente um título alcoométrico volúmico mínimo de 16,5% vol. e máximo de 22,0% vol. e um teor de dióxido de enxofre não superior a 160 mg/L. O vinho licoroso Moscatel do Douro pode ainda utilizar as menções tradicionais “Reserva” (referindo-se a vinho de uma só colheita branco, tinto ou rosado, com nota de prova indicativa de vinho de muito boa qualidade e de aroma e paladar finos), “10 anos de idade”, “20 anos de idade”, “30 anos de idade”, “mais de 40 anos de idade” (as indicações de idade são utilizadas por vinhos de muito boa qualidade produzidos por lotação de diversas colheitas e que sofreram estágio em madeira), indicação do ano de colheita (vinho de boa qualidade proveniente de uma só colheita, com estágio em madeira durante um mínimo de seis meses) (Caderno de Especificações: DO "Douro" PDO-PT-A1539, IVV; CE n.º 1234/2007 do Conselho de 22 de outubro; CE n.º 491/2009 do Conselho de 25 de maio).

Os vinhos DOP Douro são produzidos: no distrito de Vila Real, abrangendo os concelhos de Mesão Frio, de Peso da Régua e de Santa Marta de Penaguião; as freguesias de Abaças, Ermida, Folhadela, Guiães, Mateus, Nogueira, Nossa Senhora da Conceição (parte), Parada de Cunhos, São Dinis e São Pedro, do concelho de Vila Real; no distrito de Viseu as freguesias de Aldeias, Armamar, Folgosa, Fontelo, Santo Adrião, Vacalar e Vila Seca, do concelho de Armamar; as freguesias de Cambres, Ferreiros de Avões, Figueira, Parada do Bispo, Penajóia, Samodães, Sande, Ferreiros de Avões, Figueira, Parada do Bispo, Penajóia, Samodães, Sande, Santa Maria de Almacave, Sé e Valdigem e as Quintas de Foutoura, do Prado e das Várzeas, na freguesia de Várzea de Abrunhais, do concelho de Lamego; a freguesia de Barrô, do concelho de Resende; as freguesias de Alijó, Amieiro, Carlão, Casal de Loivos, Castedo, Cotas, Favaios, Pegarinhos, Pinhão, Sanfins do Douro, Santa Eugénia, São Mamede de Riba Tua, Vale de Mendiz, Vilar de Maçada e Vilarinho de Cotas,

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18 do concelho de Alijó; as freguesias de Candedo, Murça e Noura, do concelho de Murça; as freguesias de Celeirós, Covas do Douro, Gouvães do Douro, Gouvinhas, Paços, Paradela de Guiães, Provesende, Sabrosa, São Cristóvão do Douro, São Martinho de Anta, Souto Maior, Vilarinho de São Romão, do concelho de Sabrosa; no distrito de Viseu as freguesias de Castanheiro do Sul, Espinhosa, Ervedosa do Douro, Nagozelo do Douro, Paredes da Beira, São João da Pesqueira, Soutelo do Douro, Trevões, Vale de Figueira, Valongo dos Azeites, Várzea de Trevões e Vilarouco, do concelho de São João da Pesqueira; as freguesias de Adorigo, Barcos, Desejosa, Granjinha, Pereiro, Santa Leocádia, Sendim, Tabuaço, Távora e Valença do Douro, do concelho de Tabuaço; no distrito de Bragança as freguesias de Beira Grande, Castanheiro do Norte, Carrazeda de Ansiães, Lavandeira, Linhares, Parambos, Pereiros, Pinhal do Norte, Pombal, Ribalonga, Seixo de Ansiães e Vilarinho de Castanheira, do concelho de Carrazeda de Ansiães; no distrito de Bragança a freguesia de Vilarelhos, do concelho de Alfândega da Fé; as freguesias de Freixo de Espada à Cinta, Ligares, Mazouco, Poiares, do concelho de Freixo de Espada à Cinta; as propriedades que foram de D. Maria Angélica de Sousa Pinto Barroso, na freguesia de Frechas, e as da Sociedade Clemente Meneres, nas freguesias de Avantos, Carvalhais, Frechas e Romeu, do concelho de Mirandela; as freguesias de Açoreira, Adeganha, Cabeça Boa, Horta, Lousa, Peredo dos Castelhanos, Torre de Moncorvo e Urros, do concelho de Torre de Moncorvo; as freguesias de Assares, Freixiel, Lodões, Roios, Sampaio, Santa Comba da Vilariça, Seixo de Manhoses, Vale Frechoso e Vilarinho das Azenhas, as Quintas da Peça e das Trigueiras e as propriedades de Vimieiro, situadas na freguesia de Vilas Boas, e Vila Flor, do concelho de Vila Flor; no distrito da Guarda a freguesia de Escalhão, do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo; as freguesias de Fontelonga, Longroiva, Meda, Poço do Canto, do concelho de Meda; o concelho de Vila Nova de Foz Côa (Caderno de Especificações: DO "Douro" PDO-PT-A1539, IVV).

Nota: as listagens de freguesias referidas neste capítulo foram obtidas com recurso a legislação anterior à reorganização do território nacional por união de freguesias. À data ainda não existe atualização da referida legislação com a reformulação dos nomes das freguesias.

Os vinhos do Douro DOP/Douro DOC admitem as seguintes castas:

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19 Baga, Barca, Barreto, Bastardo, Bragão, Camarate, Carignan, Carrega Tinto, Casculho, Castelã, Castelão (Periquita), Cidadelhe, Concieira, Cornifesto, Corropio, Donzelinho Tinto, Engomada, Espadeiro, Gonçalo Pires, Grand Noir, Grangeal, Jaen, Lourela, Malandra, Malvasia Preta, Marufo, Melra, Mondet, Mourisco de Semente, Nevoeira, Patorra, Petit Bouschet, Pinot Noir, Português Azul, Preto Martinho, Ricoca, Roseira, Rufete, Santareno, São Saúl, Sevilhão, Sousão, Tinta Aguiar, Tinta Barroca, Tinta Carvalha, Tinta Fontes, Tinta Francisca, Tinta Lameira, Tinta Martins, Tinta Mesquita, Tinta Penajóia, Tinta Pereira, Tinta Pomar, Tinta Tabuaço, Tinto Cão, Tinto Sem Nome, Touriga Fêmea (Touriga Brasileira), Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Valdosa e Varejoa.

Brancas: Alicante Branco, Alvarelhão Branco, Arinto (Pedernã), Avesso, Batoca, Bical, Branco Especial, Branco Guimarães, Caramela, Carrega Branco, Cercial, Chasselas, Côdega de Larinho, Diagalves, Dona Branca, Donzelinho Branco, Estreito Macio, Fernão Pires (Maria Gomes), Folgasão, Gouveio, Gouveio Estimado, Gouveio Real, Jampal, Malvasia Fina, Malvasia Parda, Malvasia Rei, Moscadet, Moscatel Galego Branco, Mourisco Branco, Pé Comprido, Pinheira Branca, Praça, Rabigato, Rabigato Franco, Rabigato Moreno, Rabo de Ovelha, Ratinho, Samarrinho, Sarigo, Semillon, Sercial (Esgana Cão), Síria (Roupeiro), Tália, Tamarez, Terrantez, Touriga Branca, Trigueira, Valente, Verdial Branco, Viosinho e Vital (Decreto-Lei n.º 190/2001; Declaração de rectificação n.º 13-S/2001; Decreto-Lei n.º 212/2004 de 23 de agosto; CE n.º 1234/2007 do Conselho de 22 de outubro; CE n.º 491/2009 do Conselho de 25 de maio; Decreto-Lei n.º 173/2009 de 3 de agosto).

1.2.2 Denominação de Origem Protegida Porto (DOP Porto)

A denominação DOP Porto é atribuída a vinhos generosos da categoria de vinhos licorosos cujos mostos apresentem título alcoométrico volúmico potencial natural médio de, no mínimo, 11,0% vol.. Por sua vez, os vinhos deverão apresentar um título alcoométrico volúmico adquirido entre 19,0% e 22,0% vol. (tintos e rosados) e entre 16,5% e 22,0% vol. para os brancos leves secos. De acordo com o teor de açúcares naturais, os vinhos DOP Porto podem ser designados “extra-secos” (17,5 a 40,0 g/L de açúcares), ““extra-secos” (40,0 a 65,0 g/L de açúcares), “meio-“extra-secos” (65,0 a

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20 85,0 g/L de açúcares), “doces” (85,0 a 130,0 g/L de açúcares) ou “lágrima” (mais de 130,0 g/L de açúcares).

Para usarem a designação DOP Douro os vinhos deverão ser produzidosno distrito de Vila Real, abrangendo os concelhos de Mesão Frio, de Peso da Régua e de Santa Marta de Penaguião; as freguesias de Abaças, Ermida, Folhadela, Guiães, Mateus, Nogueira, Nossa Senhora da Conceição (parte), Parada de Cunhos, São Dinis e São Pedro, do concelho de Vila Real; no distrito de Viseu as freguesias de Aldeias, Armamar, Folgosa, Fontelo, Santo Adrião, Vacalar e Vila Seca, do concelho de Armamar; as freguesias de Cambres, Ferreiros de Avões, Figueira, Parada do Bispo, Penajóia, Samodães, Sande, Ferreiros de Avões, Figueira, Parada do Bispo, Penajóia, Samodães, Sande, Santa Maria de Almacave, Sé e Valdigem e as Quintas de Foutoura, do Prado e das Várzeas, na freguesia de Várzea de Abrunhais, do concelho de Lamego; a freguesia de Barrô, do concelho de Resende; as freguesias de Alijó, Amieiro, Carlão, Casal de Loivos, Castedo, Cotas, Favaios, Pegarinhos, Pinhão, Sanfins do Douro, Santa Eugénia, São Mamede de Riba Tua, Vale de Mendiz, Vilar de Maçada e Vilarinho de Cotas, do concelho de Alijó; as freguesias de Candedo, Murça e Noura, do concelho de Murça; as freguesias de Celeirós, Covas do Douro, Gouvães do Douro, Gouvinhas, Paços, Paradela de Guiães, Provesende, Sabrosa, São Cristóvão do Douro, São Martinho de Anta, Souto Maior, Vilarinho de São Romão, do concelho de Sabrosa; no distrito de Viseu as freguesias de Castanheiro do Sul, Espinhosa, Ervedosa do Douro, Nagozelo do Douro, Paredes da Beira, São João da Pesqueira, Soutelo do Douro, Trevões, Vale de Figueira, Valongo dos Azeites, Várzea de Trevões e Vilarouco, do concelho de São João da Pesqueira; as freguesias de Adorigo, Barcos, Desejosa, Granjinha, Pereiro, Santa Leocádia, Sendim, Tabuaço, Távora e Valença do Douro, do concelho de Tabuaço; no distrito de Bragança as freguesias de Beira Grande, Castanheiro do Norte, Carrazeda de Ansiães, Lavandeira, Linhares, Parambos, Pereiros, Pinhal do Norte, Pombal, Ribalonga, Seixo de Ansiães e Vilarinho de Castanheira, do concelho de Carrazeda de Ansiães; no distrito de Bragança a freguesia de Vilarelhos, do concelho de Alfândega da Fé; as freguesias de Freixo de Espada à Cinta, Ligares, Mazouco, Poiares, do concelho de Freixo de Espada à Cinta; as propriedades que foram de D. Maria Angélica de Sousa Pinto Barroso, na freguesia de Frechas, e as da Sociedade Clemente Meneres, nas freguesias de Avantos, Carvalhais, Frechas e Romeu, do concelho de Mirandela; as freguesias de Açoreira, Adeganha, Cabeça Boa,

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21 Horta, Lousa, Peredo dos Castelhanos, Torre de Moncorvo e Urros, do concelho de Torre de Moncorvo; as freguesias de Assares, Freixiel, Lodões, Roios, Sampaio, Santa Comba da Vilariça, Seixo de Manhoses, Vale Frechoso e Vilarinho das Azenhas, as Quintas da Peça e das Trigueiras e as propriedades de Vimieiro, situadas na freguesia de Vilas Boas, e Vila Flor, do concelho de Vila Flor; no distrito da Guarda a freguesia de Escalhão, do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo; as freguesias de Fontelonga, Longroiva, Meda, Poço do Canto, do concelho de Meda; o concelho de Vila Nova de Foz Côa (Caderno de Especificações: DOP "Porto" PDO-PT-A1540, IVV).

Os vinhos DOP Porto admitem as seguintes castas:

Tintas: Alicante Bouschet, Alvarelhão, Alvarelhão Ceitão, Aragonez (Tinta Roriz), Aramon, Baga, Barca, Barreto, Bastardo, Bragão, Camarate, Carignan, Carrega Tinto, Casculho, Castelã, Castelão (Periquita), Cidadelhe, Concieira, Cornifesto, Corropio, Donzelinho Tinto, Engomada, Espadeiro, Gonçalo Pires, Grand Noir, Grangeal, Jaen, Lourela, Malandra, Malvasia Preta, Marufo, Melra, Mondet, Mourisco de Semente, Nevoeira, Patorra, Petit Bouschet, Pinot Noir, Português Azul, Preto Martinho, Ricoca, Roseira, Rufete, Santareno, São Saúl, Sevilhão, Sousão, Tinta Aguiar, Tinta Barroca, Tinta Carvalha, Tinta Fontes, Tinta Francisca, Tinta Lameira, Tinta Martins, Tinta Mesquita, Tinta Penajóia, Tinta Pereira, Tinta Pomar, Tinta Tabuaço, Tinto Cão, Tinto Sem Nome, Touriga Fêmea (Touriga Brasileira), Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Valdosa e Varejoa.

Brancas: Alicante Branco, Alvarelhão Branco, Arinto (Pedernã), Avesso, Batoca, Bical, Branco Especial, Branco Guimarães, Caramela, Carrega Branco, Cercial, Chasselas, Côdega de Larinho, Diagalves, Dona Branca, Donzelinho Branco, Estreito Macio, Fernão Pires (Maria Gomes), Folgasão, Gouveio, Gouveio Estimado, Gouveio Real, Jampal, Malvasia Fina, Malvasia Parda, Malvasia Rei, Moscadet, Moscatel Galego Branco, Mourisco Branco, Pé Comprido, Pinheira Branca, Praça, Rabigato, Rabigato Franco, Rabigato Moreno, Rabo de Ovelha, Ratinho, Samarrinho, Sarigo, Semillon, Sercial (Esgana Cão), Síria (Roupeiro), Tália, Tamarez, Terrantez, Touriga Branca, Trigueira, Valente, Verdial Branco, Viosinho e Vital (Decreto-Lei n.º 190/2001; Declaração de rectificação n.º 13-S/2001; Decreto-Lei n.º 212/2004 de 23 de agosto; CE n.º

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22 1234/2007 do Conselho de 22 de outubro; CE n.º 491/2009 do Conselho de 25 de maio; Decreto-Lei n.º 173/2009 de 3 de agosto).

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23

1.2.3 Indicação Geográfica Protegida (IGP) Duriense/Vinho Regional Duriense

A classificação IGP Duriense pode ser atribuída a vinhos e a vinhos espumantes que cumpram as especificações descritas no ficheiro técnico do IVV correspondente à denominação.

Para obter a designação IGP Duriense, um vinho espumante deve apresentar um teor alcoólico mínimo de 11,0% vol. antes da adição do licor de expedição e a fermentação malolática deve ter ocorrido, obrigatoriamente, em garrafa. Devem ainda cumprir os parâmetros de sabor, cor, limpidez e aroma definidos pelo painel de provadores do IVDP.

Para obter a classificação IGP Duriense, um vinho branco, rosado ou tinto deve possuir um teor título alcoométrico mínimo de 10,0% vol. e cumprir os padrões organoléticos definidos pelo IVDP para um vinho de qualidade, adquirindo a designação de vinho regional duriense. Um vinho branco, rosado ou tinto pode obter a classificação de “Reserva Velha” (ou “Grande Reserva”) ou “Reserva” se possuir um teor alcoólico mínimo de 10,5% vol. e uma nota de prova sensorial compatível com vinho de muito boa qualidade, segundo os critérios do IVDP (Caderno de Especificações: IGP "Duriense" PGI-PT-A0124, IVV).

Os vinhos classificados com IGP Duriense são produzidos a partir de uvas do distrito de Bragança, nomeadamente nos concelhos de Alfândega da Fé (freguesia de Vilarelhos), Carrazeda de Ansiães (freguesias de Beira Grande, Carrazeda de Ansiães, Castanheiro, Lavandeira, Linhares, Parambos, Pereiros, Pinhal do Norte, Pombal, Ribalonga, Seixo de Ansiães, e Vilarinho da Castanheira), Freixo de Espada à Cinta (as freguesias de Freixo de Espada à Cinta, Ligares, Mazouco e Poiares), Mirandela (as propriedades que foram de D. Maria Angélica de Sousa Pinto Barroso, na freguesia de Frechas, e as da Sociedade Clemente Meneres, nas freguesias de Avantos, Carvalhais, Frechos e Romeu), Torre de Moncorvo (as freguesias de Açoreira, Adeganha, Cabeça Boa, Horta da Vilariça, Lousa, Peredo dos Castelhanos, Torre de Moncorvo e Urros), e Vila Flor (freguesias de Assares, Freixiel, Lodões, Roios, Sampaio, Santa Comba da Vilariça, Seixo de Manhoses, Vale Frechoso, Vila Flor, Vilarinho das Azenhas, e as Quintas da Peça e das Trigueiras e as propriedades de Vimieiro situadas na freguesia de Vilas Boas); do distrito da Guarda, os concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo (freguesia de Escalhão), Meda (freguesias de Fonte Longa, Longroiva, Meda e Poço do Canto) e Vila Nova de Foz Côa; do distrito de Vila Real, os concelhos de Alijó

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24 (freguesias de Alijó, Amieiro, Carlão, Casal de Loivos, Castedo, Cotas, Favaios, Pegarinhos, Pinhão, Sanfins do Douro, Santa Eugénia, São Mamede de Ribatua, Vale de Mendiz, Vilar da Maçada e Vilarinho de Cotas), Mesão Frio, Murça, (freguesias de Candedo, Murça, e Noura), Peso da Régua, Sabrosa (freguesias de Celeirós, Covas de Douro, Gouvães do Douro, Gouvinhas, Paços, Paradela de Guiães, Provesende, Sabrosa, São Cristóvão do Douro, São Martinho de Antas, Souto Maior e Vilarinho de São Romão), Santa Marta de Penaguião, e Vila Real (freguesias de Abaças, Ermida, Folhadela, Guiães, Mateus, Nogueira, Nossa Senhora da Conceição (parte), Parada de Cunhos, São Dinis e São Pedro); do distrito de Viseu, os concelhos de Armamar (freguesias de Aldeias, Armamar, Folgosa, Fontelo, Santo Adrião, Vacalar e Vila Seca), Lamego (freguesias de Cambres, Ferreiros de Avões, Figueira, Lamego (Almacave, Sé), Parada do Bispo, Penajóia, Samodães, Sande, Valdigem e as Quintas de Fontoura, do Prado e das Várzeas, na freguesia de Várzea de Abrunhais), Resende (freguesia de Barrô), São João da Pesqueira (freguesias Castanheiro do Sul, Ervedosa do Douro, Espinhosa, Nagozelo do Douro, Paredes da Beira, São João da Pesqueira, Soutelo do Douro, Vale de Figueira, Valongo dos Azeites, Várzea de Trevões, e Vilarouco) e Tabuaço (freguesias de Adorigo, Barcos, Desejosa, Granjinha, Pereiro, Santa Leocádia, Sendim, Tabuaço, Távora e Valença do Douro).

Os vinhos IGP Duriense admitem as seguintes castas:

Tintas: Alicante Bouschet, Alvarelhão, Alvarelhão-Ceitão, Aragonez (Tinta Roriz), Aramon, Baga, Barca, Barreto, Bastardo, Bragão, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Camarate, Carignan, Carrego Tinto, Casculho, Castelâ, Castelão, Cidadelhe, Concieira, Cornifesto, Corropio, Donzelinho Tinto, Engomada, Espadeiro, Gamay, Gonçalo Pires, Gorda, Grand Noir, Grangeal, Grenache, Jaen, Lourela, Malandra, Malvasia Preta, Marufo, Melra, Merlot, Mondet, Moscatel Galego Tinto, Mourisco de Semente, Mourisco de Trevões, Nevoeira, Patorra, Petit Bouchet, Petit Verdot Pinot Noir, Português Azul, Preto Marinho, Ricoca, Rioseira, Rufete, Santareno, São Saúl, Sevilhão, Sousão, Syrah, Tannat, Tinta Aguiar, Tinta Barroca, Tinta Carvalha, Tinta Fontes, Tinta Francisca, Tinta Lameira, Tinta Martins, Tinta Mesquita, Tinta Panajoia, Tinta Pereira, Tinta Pomar, Tinta Tabuaço, Tinto Cão, Tinto Sem Nome, Touriga Fêmea, Touriga Franca, Touriga Nacional, Trincadeira (Tinta Amarela), Valdosa, Verejoa, Vinhão, Zinfandel, Donzelinho Roxo, Gewurztraminer, Moscatel Galego Roxo (Moscatel Roxo).

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25 Brancas: Alicante Branco, Alvarelhão Branco, Arinto (Pedernã), Avesso, Batoca, Bical, Branco-Especial, Branco Guimarães, Branda, Caramela, Carrega Branco, Cercial, Chardonnay, Chausselas, Chenin, Côdega de Larinho, Diagalves, Dona Branca, Donzelinho Branco, Dorinto, Estreito-Macio, Fernão Pires (Maria Gomes), Folgasão, Godelho, Gouveio, Gouveio-Estimado, Gouveio Real, Jampal, Malvasia Fina, Malvasia Parda, Malvasia-Rei, Moscadet, Moscatel Galego Branco, Mourisco Branco, Muller-Thurgau, Pé Comprido, Pinheira-Branca, Pinot-Blanc, Praça, Rabigato, Rabigato-Franco, Rabigato-Moreno, Rabo de Ovelha, Ratinho, Riesling, Samarrinho, Sarigo, Sauvignon, Semillon, Sercial, Síria, Tália, Tamarez, Terrantez, Touriga Branca, Trigueira, Valente, Verdelho, Verdial Branco, Viognier, Viosinho e Vital (Decreto-lei n.º 173/2009 de 3 de agosto).

A fiscalização dos vinhos com denominação de origem ou indicação geográfica está a cargo de equipas de Fiscalização de Denominação de Origem (FDO), constituídas por agentes de fiscalização, que atuam no controlo à fraude através da recolha de amostras do vinho em causa submetendo-as a análises físico-químicas (protocolos definidos pelo IVDP) e organoléticas com base em uma das três amostras do vinho em sua posse, podendo ser repetida a análise nas outras amostras, caso se considere o resultado insatisfatório. Após a análise das amostras, o veredito da equipa de FDO poderá indicar desconformidade analítica (valores de substâncias fora dos valores regulamentados pelo IVDP) ou organolética (variações significativas em relação ao esperado em termos sensoriais, tendo por base o padrão presente no IVDP). Nestas circunstâncias o produto não poderá receber a denominação de origem pretendida e o operador/produtor poderá interpor recurso dos resultados junto da Junta Consultiva de Provadores (JCP).

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1.3. Métodos Espectroscópicos – Infravermelho

A espetroscopia é o estudo da interação da radiação eletromagnética com a matéria através da monitorização da intensidade da radiação em função do comprimento de onda (Herrmann et al., 1986). Existem diversos tipos de espetroscopia, atendendo à natureza da interação observada entre a radiação e a matéria. Os dois géneros de espetroscopia mais usuais são a espetroscopia de absorção, que mede a energia transmitida num material em consequência da absorção da radiação (com o aumento da absorção a transmissão diminui) (Crouch et al., 2007) e a espetroscopia de emissão que determina a quantidade de energia que é irradiada por um material espontaneamente ou na sequência de indução por outras fontes (como, por exemplo, chamas) (Mariani et al., 2012). De entre as técnicas de espetroscopia de absorção destaca-se a espectroscopia de Infravermelho, uma técnica vibracional. Esta baseia-se no facto de existir absorção de radiação quando o comprimento de onda da radiação incidente corresponde à diferença de energia entre os distintos níveis dos modos vibracionais da molécula, levando a que uma parte da molécula sofra alteração no seu movimento de vibração enquanto outra permanece inalterada (Stuart, 2004).

Os estados vibracionais das moléculas mais comuns e mais usados para estudos de espetroscopia IV são (Figura 3):

- Stretching, uma alteração no comprimento da ligação entre os átomos. O stretching pode ser simétrico ou assimétrico.

- Bending, envolve variação do ângulo da ligação entre átomos e divide-se em:

- Wagging, mudança do ângulo entre o plano de um conjunto de átomos e o plano do resto da molécula,

- Rocking, modificação do ângulo entre um grupo de átomos e o resto da molécula, - Twisting, alteração do ângulo entre os planos de dois grupos de átomos,

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Figura 3 – Representação esquemática dos modos vibracionais das moléculas (Adaptado de Gotwals, 2007)

A absorção de radiação eletromagnética no intervalo do infravermelho altera o momento dipolar da molécula e quanto maior for essa alteração, mais intensa será a banda de absorção reportada no espetro de absorção da molécula (Hudson, 1969; Stuart, 2004).

A radiação infravermelha (IV) é a zona do espetro de radiação eletromagnética de frequência entre, aproximadamente, 10 e 12800 cm-1. O espetro IV divide-se em três zonas distintas:

Infravermelho longínquo (FIR), 10 – 200 cm-1

Infravermelho médio (MIR), 200 – 4000 cm-1

Infravermelho próximo (NIR), 4000 – 12800 cm-1 (radiação mais energética); (Ilharco, 1998) Os primeiros estudos em vinhos com recurso a radiação IV foram levados a cabo por Kaffka e Norris em 1976 para a determinação das quantidades de açúcar e álcool do vinho (Kaffka et al.,

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28 1976). Desde então, a maioria das utilizações de IV em análise de vinhos têm-se baseado na medição do teor alcoólico, sendo este um processo já adotado de forma generalizada pela indústria vitivinícola (Cozzolino et al., 2006). Na indústria alimentar, a radiação NIR é a mais utilizada para análise, dado que é muito mais penetrante (3–4 mm) do que as restantes gamas.

Os dados da espectroscopia IV são muito complexos, pelo que raramente são utilizados na sua forma original. Após a sua obtenção é necessário recorrer à análise multivariada, relacionando os dados espetrais com as propriedades em estudo (Brereton, 2003).

1.3.1 Espetroscopia FTIR – ATR

A técnica de ATR tem por base a reflexão interna total que um feixe de radiação sofre ao ser refletido na face interna da superfície do cristal do instrumento (diamante ou materiais compósitos). Esta reflexão do feixe de radiação leva à formação de uma onda evanescente na superfície do cristal que interage com a amostra, penetrando uma fração de comprimento de onda para além da superfície refletora e perdendo energia nos comprimentos de onda em que o material absorve seletivamente a radiação. A radiação resultante é chamada radiação atenuada e a sua medição é usada pelo espetrofotómetro como uma função de comprimento de onda, permitindo definir as caraterísticas espetrais de absorção da amostra. Neste caso, espectroscopia FTIR, a intensidade é medida em função da posição de um espelho móvel do interferómetro de Michelson, recorrendo-se posteriormente à Transformadas de Fourier para transformar o interferograma registado num espetro de intensidade medida, transmitância (ou absorção), em função do número de onda (Stuart, 2004).

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1.4. Análise Discriminante

Entende-se por análise discriminante o método estatístico multivariado que faz uso das caraterísticas conhecidas de um conjunto de dados com vista a sua atribuição a uma categoria (Fisher, 1963). A análise discriminante foi, pioneiramente, desenvolvida por Fisher em 1963. Na análise discriminante um conjunto de valores é usado para produzir uma equação, denominada função discriminante, que permite a atribuição de coeficientes de discriminação linear a cada um dos membros do grupo, permitindo a sua distinção (Cohen, Cohen, West, & Aiken, 2003).

A utilização de uma ferramenta como a análise discriminante poderá ser particularmente útil na indústria alimentar na identificação e caraterização do produto e deteção de alterações na sua composição, quer resultantes de erro quer de fraude.

1.5. Objetivos

Com um protocolo fácil e rápido de executar, a análise por espetroscopia de IV com recurso ao acessório de ATR, sem qualquer tratamento prévio da amostra, apresenta-se como uma técnica inovadora e promissora para a análise de vinhos de uma forma generalizada, nomeadamente durante o processo de certificação de denominações de origem. Assim, procurou-se com este estudo desenvolver um processo de distinção e identificação das castas de vinhos monocasta da Região Demarcada do Douro, todos processados pelas mesmas condições de vinificação, recorrendo à sua análise por espetroscopia de IV.

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2. Material e Métodos

2.1. Amostragem

Foram analisadas por espectroscopia IV vinhos de 22 castas diferentes. Para cada casta foram analisadas amostras de duas garrafas diferentes e duas amostras de cada garrafa em tubos de 3,0 mL. Para cada tubo de 3,0 mL adquiriu-se o espetro de absorção IV na gama 450–4000 cm-1 em três repetições e três réplicas para cada repetição (num total de nove espetros por cada tubo de 3,0 mL, 18 por garrafa e 36 por casta).

As amostras de vinhos monocasta, brancos e tintos, eram provenientes de uvas de quintas da Região Demarcada do Douro e colhidas na vindima de 2012. Todas as amostras eram originárias da sub-região do Cima Corgo, com exceção das amostras das castas Gouveio e Malvasia Fina, provenientes da sub-região do Baixo Corgo (Tabela 4).

Os vinhos foram produzidos num procedimento de microvinificação em volumes de 10L, 5L e 3L (Tabela 5; Tabela 6) no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. (INIAV), em Dois Portos, Torres Vedras. Foram asseguradas condições de vinificação idênticas (local, material, produtos enológicos, etc.) para os 22 vinhos de modo a garantir que o único fator de variação fosse a casta da uva.

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Tabela 4 – Proveniência das uvas utilizadas na produção das amostras dos vinhos analisados

Quinta/Casta Coordenadas do local

de vindima Quinta/Casta

Coordenadas do local de vindima

QUINTA DO SEIXO REAL COMPANHIA VELHA

Sousão (Sou) N 41º10’09.169 W 7º33’26.124 Quinta de Cidrô Tinta Amarela (TA) N 41º09’49.437 W 7º33’08.350 Pinot Noir (PN) N 41º08’39.245 W 7º23’45.537 Tinta Barroca (TB) N 41º10’17.142 W 7º32’57.823 Cabernet Sauvignon (CS) N 41º08’15.681 W 7º22’41.891 Tinta Francisca (TFi) N 41º09’56.971 W 7º33’09.781 Quinta de Cidrô (9) Tinta Roriz (TR) N 41º10’09.124 W 7º32’57.090 Chardonnay (C) N 41º08’24.872 W 7º23’05.322 Tinto Cão (TC) N 41º10’09.486 W 7º33’13.254 Quinta de Cidrô (4B) Tinta Brasileira (TBr) N 41º10’03.024 W 7º33’12.456 Moscatel Galego (MG) N 41º15’25.200 W 7º28’31.590 Touriga Franca (TF) N 41º10’04.578

W 7º33’28.780 Quinta do Casal da Granja Touriga Nacional (TN) N 41º10’15.569 W 7º33’02.245 Fernão Pires (FP) N 41º15’25.303 W 7º28’33.142

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QUINTA DA BOAVISTA QUINTA DE VENTOZELO

Côdega do Larinho (CL) N 41º10’04.608 W 7º34’51.544 Merlot (M) N 41º09’18.839 W 7º32’30.127 Alicante Bouschet (AB) N 41º09’47.888

W 7º34’38.321 QUINTA DO BOM RETIRO Donzelinho Tinto (DT) N 41º09’56.735 W 7º34’49.273 Rufete (Ruf) N 41º09’18.839 W 7º32’30.127 Viosinho (Vio) N 41º10’08.020 W 7º34’47.689 QUINTA DE CAVERNELHO Gouveio (Gou) N 41º17’36.629 W 7º43’15.959 Malvasia Fina (MF) N 41º17’37.349 W 7º43’11.507

Imagem

Gráfico 1 – Evolução da produção de vinho no mundo (FAO, 2013)
Gráfico 2 – Evolução da produção de vinho nos países não-europeus do top 11 mundial de  2000 a 2012 (aditivo) (adaptado de OIV, 2013)
Figura 1 – Sub-regiões da Região Demarcada do Douro (Adaptado de Museu do Douro,  2015)
Tabela 1 – Distribuição das áreas de vinha nas sub-regiões da Região Demarcada do Douro  (Adaptado de IVDP, 2010)
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