I Ê“mzzim›zó- É . ~ A V Iô I. øwfiufixum , ¡ `z¡_ê§v›-:‹›w‹~› z _ _ ~_ 1›¢:..\.¡.. 3
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA CATA
RiNA
cENTRo
DE
c|ÊNciAs
DA sAúDE
DEPARTAMENTO
DE
ENFERMA
GEM
CURSO
DE
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM
NA
PRE
VENÇAO
~E
CONTROLE
DE
INFECÇAO
EM
PACIENTES
INTERNADOS
N
A
UNIDADE
DE
TERAPIA
INTENSIVA
Relatório
da
Pratica Assistencial deEnfermagem
apresentando à disciplinaEnfermagem
Assistencial Aplicada.Florianópolis
,_,;\W â " . l M» .
_‹:._ ›ä‹¿§‹5Í:é×x›‹›.›«z ,
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
DEPARTAMENTO
DE
ENFERMAGEM
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
ASSISTÊNCIA
DE
ENFERMAGEM
NA
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE
INFECÇÃO
EM
PACIENTES
INTERNADOS
NA
UNIDADE
DE
TERAPIA
INTENSIVA
.. ,z~ !›~.~ .. ,,
Acadêmico:
NelciJoão
Licinio JuniorENF 0382 Ne' enfermagem n 24 657 a pre Ac
Orientador: Dra.Eliane R. P.
do
Nascimento
Supervisores: Hilário Mattloli Neto
Michel M. Faraco Ms.Taise Costa Ribeiro Klein
-
Banca
Examinadora:
Dra.EIiane R. P.do Nascimento
N.Cham TCC UF
A
L
c n'0 JunT
u o: Ass se 9725 8955 UFSC BsccsM ccs ..-‹ SC `or nc a deííí
M ‹'G'
-aí'-~
.._...-.mgí
._Lí
'E
..ii
UOI` --. 'Á-Í š" 'T "I >< LU CCSM TCC UFSC ENF 0382 Ex. -‹ › ' Florianópolis2004
Hilário Mattloli Neto
A ARTE DA
GUERRA
“Conhece
teu inimigo e conhece-te a timesmo;
se tiverescem
combates
a travar,cem
vezes serás vitorioso"“Se ignoras teu inimigo e
conheces
a timesmo,
tuaschances
de perder e
de
ganhar serão idênticas".“Se ignoras
ao
mesmo
tempo
teu inimigo e a timesmo,
sócontaras teus
combates
por tuas derrotas”.AGRADECIMENTOS
A
concretização deste trabalhosomente
tornou-se possívelem
virtude do apoio eincentivo
de algumas
pessoasque
foram imprescindíveis para o seu êxito.A
minha
família, especialmentemeus
pais, NelciJoao
Licinio e ZenaideMelo
Licinio
que
me
possibilitaram estar vivendo estemomento,
meu
carinho emeu
amor.Minha
orientadora, professora Eliane R. P.Nascimento
prova incontestede que
amizade
e profissionalismopodem
ser unidos,sem
prejuízode
uma
oude
outro.Aos
meus
supervisores: Hilário, Michel e Taise por dividirem seuespaço
ecompartilharem seus conhecimento
demonstrando
competência, profissionalismo,confiança e atençao.
À
professora Bettina por participarda
Banca, pelo apoio edemonstração de
conhecimento
e companheirismo.À
equipede
Enfermagem
da UTI pela receptividade e companheirismo.Aos
profissionaisdo
SCIH
do HU,
pelo material cedidoque
foi essencial para elaboraçao do trabalho.-Aos
profissionaisdo
Plantãodo
Laboratóriode
Análises Clinicasdo HU,
poresse
dois
anos
de trabalhoonde
adquiri conhecimentos essenciais para elaboraçãodesse
trabalho. _
Aos
pacientes e familiares porme
permitirem participarde
momentos
delicadosde suas
vidas,meus
agradecimentos especiais.Meus
amigos
professores estudantes enfimcompanheiros
da UniversidadeResumo
Este trabalho relata e analisa a
implementação de
um
projeto assistencialda
8° fasecurricular
do
cursode Graduação
em
Enfermagem
daUFSC.
Ocorreu no periodode 30
de
agosto a30 de
outubrode
2004
naUnidade de
Terapia intensivado
HospitalUniversitário,
da
Universidade Federalde
Santa Catarina, localizado noCampus
Universitário.
Teve
como
objetivo geral assistir ao serhumano
em
condição críticade
saúde
internadoem
UTI,com
o propósitode
prevenir e controlar infecções.As
infecções hospitalares (IH) são complicações freqüentes
que
afetam principalmentepacientes internados
em
UTIs.As
taxasde
infecções nestas unidadessão
cinco adez
vezes maiores
que
nas enfermarias gerais.São
consideradascomo
um
grave problemade saúde
públicaque
acarretaem
altas taxasde morbidade
e mortalidade,além de
altos custos financeiros
em
hospitais públicoscomo
oHU-UFSC
onde
os recursos jásão
escassos. Utilizeicomo
marco
referencial à teoriadas Necessidades
Humanas
Básicas,
de
Wanda
de
Aguiar Hortaƒaliado aomodelo
proposto porBenedet
eBub
(200f1)
segundo
a classificação diagnósticade
NANDA,
para o desenvolvimentodo
processo
de enfermagem.
Constateique
paralelo aosavanços
tecnológicos relacionadosaos
procedimentos invasivosque
ocorrem principalmenteem
pacientes graves internados na UTIs, surgecomo
desafio a elaboração eimplementação
de
medidas de
prevenção e controlede
infecções visando a melhoria na qualidadeda
SuMÁR|o
PARTE
| -PROPOSTA
ASS|STENc|AL
... _. 11.
|NTRoDuÇÃo
... ._ 22.
OBJETIVOS
... .. 62.1. OBJET|vo
GERAL
... ._ 62.2. OBJET|voS ESPEcíF|coS ... .. 6
3.
REVISÃO
DE LITERATURA
... ..7 3.1.UNIDADE
DETERAPIA
INTENSIVA ... _. 73.2. INFECÇÃO
NA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ... _. 83.3.
TOPOGRAFIA
DAS
INFECÇÕESEM
UTI ... _. .... .. 113.4.
ÀGENTES
ETIOLÓGICOSDAS
INFECÇÕES HOSPITALARES ... .. 124.
MARCO
CONCEITUAL
... .. 144.1 .TEoR|A
DAS NECESSIDADES
HUMANAS
BÁSICAS ... ._ 144.2. DEF|N|ÇÃo
DE coNcE|ToS
... _. 16 4.2.1.Ser
Humano
... ._ 16 4.2.2.Paciente
... ._ 16 4.2.3. Família ... ._ 16 4.2.4.Equipe
de
enfermagem
... .. 17 4.2.5.Enfermagem
... _. 174.2.6.
Necessidades
Humanas
Básicas
... ._ 174.2.7.
Saúde
... _. 18 4.2. 7.Ambiente
... ._ 19 4.2.8. Infecção ... 19 4.2.9. Infecção hospitalar. ... ._ 19 4.2.10.Cuidados
Preventivos ... ._ 19 4.2.11. Érica ... ._ 20 5.PROCESSO
DE
ENFERMAGEM
... .. 21 5.1. H|STÓR|co DEENFERMAGEM
... _. 22 5.2D|AGNÓST|co DE
ENFERMAGEM
... _. 23 5.3INTERVENÇÕES
DEENFERMAGEM
... ._ 24 5.4 Evo|_uçÃo DEENFERMAGEM
... _. 24 6.METODOLOGIA
... .. 26 6.1.LocAL
DA
PRÁT|cA ... _. 26 6.2. SuJE|ToDA
PRÁT|cA ... ._ 276.3.
ASPEcTo
Énco
DA
PRÁT|cA DEENFERMAGEM
... ._ 286.4.
PLANEJAMENTD
DAS
AÇÕES
... .. 28PARTE
II -IMPLEMENTAÇÃO DA
PROPOSTA
ASSISTENCIAL
... ..331.DESENVOLVIMENTO DE
HABILIDADES ADMINISTRATIVAS
E
TÉCNICAS
NO
CUIDADO
EM
UTI ... ._ 341.1.
INTRoDuçÃo
Ao cAMPo
DE EsTÁcIo ... _. 341.2. PoI.íTIcA AssIsTENcIAL ... ... .. 34 1.3.
REcuRsos
MATERIAIS ... ._ 36 1.4.REcuRsos
HuMANos
... _. 38 _\_\ O7 5.ESCALA MENSAL
... .. 39 .ESCALA
DE SERVIÇO
... .. 401.7. HABILIDADES
TÉcNIcAs
No
cuIDADo
DEENFERMAGEM Ao
PACIENTEEM
UTI ... ._ 401.8.
PRocEsso
DEENFERMAGEM
... _. 432.
SERVIÇO
DE
CONTROLE
DE INFECÇÃO HOSPITALAR
(SCIH) ... .. 682.1. PRINcIPAIs ATIVIDADES ExERcIDAs
PELA
SCIH Do
HU-UFSC
... _. 682.1.1. Vigilância
epidemiológica
... _. 682.1.2. Coleta
de
dados
... _. 692.1.3.
Técnicas
ativas ... .. 702.1.4.
Técnicas Passivas
... ... .. 712.1.5. Cálculo
de
taxas/indicadorespara
análise e divulgação ... _. 712.1.6. Elaboração, introdução e
supervisão
de
medidas de
controle. ... .. 722.2. PRo.IETo
NNIS
... _. 742.2.1.
Componentes
do
projetoNNIS
... _. 753.
PERFIL
DOS
PACIENTES
INTERNADOS
NA
UTIQUANTO
A
INFECÇÃO
... .. 794.
FATORES DE
RISCO
DE INFECÇÃO
E
MEIOS
DE INVESTIGAÇÃO
... .. 854.1.
ÁMBIENTE
... _. 854.1.1.
Acabamentos
de
paredes, Pisos,Tetos
eBancadas
... ._ 864.1.2.
Rodapés
... _. 86 4.1.3.Forros
... _. 87 4.1.4.Ar
condicionado
(A C) ... ._ 87 4.1.5.Tomada
de
Ar
... ._ 88 4.1.6.Renovação
de
ar ... ._ 88 4.2 PACIENTE ... .. 88 4.2.1. Infecçao urinária ... _. 894.2.2.
Infecções
do
trato respiratório ... ._ 894.2.3. Infecção
por
cateter ... ._ 904.3 EQUIPE ... ._ 90
5.
MEDIDAS DE
PREVENÇÃO
E
CONTROLE
DE INFECÇÃO
EM
UTI ... .. 92 5.1PREVENÇÃO
E coNTRoI_E DE INFEcçõEs REsPIRATÓRIAs ... _. 925.1.1.
Educação
dos
profissionaisde saúde
e vigilânciadas
infecções ... ._ 925.1.2. Interrupção
da
transmissão
de microorganismos
... .. 935.1.3. Ventiladores
mecânicos,
circuitosou
traquéias e umidificadores ... _. 935.1.4. Interrupção
da
transmissão
de
bactériasde
pessoa
apessoa
... ._ 945.1.5.
Cuidados aos
pacientescom
traqueostomia
... ... ._ 955.1.6.
Aspiração
das
secreções
do
trato respiratório ... ._ 955.1.8.
Prevenção de
aspiraçãoassociada
com
alimentação
enteral ... .. 955.1.9.
Prevenção da
colonização gástrica ... .. 965. 1.10.
Prevenção de
pneumonia
pós-operatória ... .. 975.2
PREVENÇÃO
EcoNTRoLE
DA
|N|=EcÇÃoDo TRATO
uR|NÁR|o ... .. 975.2.1.
Recomendações
Para
Prevenção das
Infecçõesdo
Trato Urinário ... .. 985.3
PREvENÇÃo
EcoNTRoLE
DAs
|NFEcçöEscAusADAs
POR
CATETER
INTRAVASCULAR. 99 5.3.1.Educação
e treinamento
dos
profissionaisda
áreada
saúde
... _. 100 5.3.2. Vigilânciadas
infecções ... .. 1005.3.3.
Prevenção de
infecções relacionadasao
uso de
cateteresvenosos
periféricos ... .. 1015.3.4.
Prevenção de
infecções relacionadasao
uso de
cateteresvenosos
centrais e arteriais ... _. 102 6.CONHECIMENTO
TEÓRICO
RELACIONADO
AOS
CUIDADOS DE
ENFERMAGEM
A
PACIENTES
QUE DESENVOLVEM
INFECÇAO
... .. 1046.1 BAcTER|o|.oG|A cLíN|cA ... .. 104
6.1.1.
Infecções
do
Aparelho
respiratório ... .. 1046.1.2. Infecções
do
aparelho
circulatório ... .. 1046.1.3. Infecções
do
Aparelho
Geniturinário ... .. 1056.2. REs|sTÊNc|A
BAcTER|ANA
... ._ 105 6.3.EsTuDo
DEMED|DAs
DEPREvENçÃo
EcoNTRoLE
DE |N|=EcçÃo ... .. 1066.3.1.Lavagem
das
mãos
... .. 1076.3.2.
Espaço
físico ... .. 1076.3.3.
Quarto
privativode
isolamento
... .. 1086.3.4.
Fluxo
de
materiais ... ... .. 1087.
ATIVIDADE
EDUCATIVA_
JUNTO
Ã
EQUIPE
DE ENI=ERMAGEM
QUANTO À
PREVENÇAO
DE INFECÇAO
RESPIRATORIA,
URINARIA
E
POR
CATETER
INTRAVASCULAR
... .. 1098.
coNs|DERAçoEs
|=|NA|s ... .. 1129.
REFERENc|As
B|B|_|oGRÁ|=|cAs
... .. 1141o.
APÊND|cEs
... .. 11s 11.ANEXOS
... .. 11119PARTE
Ic
PROPOSTA
ASSISTENCIAL
“Por mais
críticaque
seja a situaçãoe
ascircunstâncias
em
que
te encontrares,não
tedesesperes.
Nas
ocasiõesem
que
tudo inspira temor,nada deves
temer.Quando
estiveres cercadode
todosos perigos,
não deves temer nenhum.
Quando
estiveressem
nenhum
recurso,deves
contarcom
todos.Quando
fores surpreendido, surpreende o inimigo”.1.
|NTRoDuÇÃo
O
presente trabalho tratado
relatoda
prática assistencial desenvolvida na VIIIUnidade
Curriculardo Curso de Graduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federalde
Santa Catarina, tevecomo
objetivo prevenir e controlar a infecçãoem
pacientes internadosem
Unidade
de Terapia Intensiva (UTI).A
proposta foi desenvolvida no períodode
30de
agosto a 30 de outubro de2004
na UTIdo
Hospital Universitárioda
UFSC.
Foi utilizado
como
referencial teórico àsconcepções de
Horta (1979)relacionadas à
enfermagem
por ser omodelo
adotadocomo
metodologiade
assistênciano referido hospital, é o
que
vem
orientando, dentre outros, o desenvolvimentodas
atividades práticos assistenciais do Curso
de Graduação
em
Enfermagem
da
UFSC.
Outra razão, é
que ao
adotar omesmo
referencial, a propostada
prática assistencialtambém
possa
ser utilizada pela equipede
enfermagem
da UTIdo HU.
Para contemplaro foco infectológico e microbiológico, foi necessário buscar a
fundamentação
em
diferentes autores, entre eles Silva (1998), Barone (1995), Trabulsi (2000), Cavalcante
(2000). _
O
hospitalcomo
instrumento terapêutico constituium
conceitoque
surgiuem
1796,
quando
Tenon, a pedidoda
Academia de
Ciências Francesa,passou
a se envolvercom
um
programa
de reconstrução do Hote/-Dieu,de
Paris(CAVALCANTE,
Nos
últimos200
anos, os hospitaispassaram
a ter atividade curativa.A
preocupação
em
se aperfeiçoar conduziu a atividade médica, incluindo a instituiçãohospitalar, à procura de causas
desencadeantes de doenças
e à utilizaçãode
tecnologia para diagnóstico e tratamento, tornando o hospital
um
centrode
referênciapara a sociedade. Paralelamente a isso,
em
conseqüênciado
progresso tecnológico,surgem
novos desafios terapêuticos,como:
traumas envolvendo colisõesde
veículos,cirurgias
com
trocade
órgãos, infecções porgermes
resistentes, entre outros.(CAVALCANTE,
2000).Assim,
da
necessidade deagrupamento de pessoas
doentesem
hospitais parafacilitar o diagnóstico e o tratamento, passou-se a separação
de
pacientes por especialidade (cirúrgica, pediátrica, obstétrica, clinica médica) para, finalmente,serem
agrupados
aquelescom
necessidadesde
cuidados freqüentes e extraordináriosde
suporte vital
em
UTI.Além
deuma
infra-estrutura própriacom
equipamentos, recursosmateriais e recursos
humanos
especializados, as UTIscontam
com
ferramentasda
moderna
administração empresarial, voltadas para eficiência, eficácia, produtividade,qualidade, motivação, entre outros, nas atividades de saúde.
A
crescente velocidadecom
que
as informaçoes sao revistas econseqüentemente
modificadas, seguidode
todo o processode
avançotecnológico,ocorre fatores nas UTIs propícios ao surgimento
de
infecções hospitalares, taiscomo:
pacientes graves são internados
com
riscode
vida iminente oudoenças de base
severas, freqüentemente vivendo à custa
de medidas
adicionaisde
suporte, muitasdas
quais
com
a quebrade
barreiras físicas. Adicionalmente, há fatoresque
debilitam a resposta imune, modifica a flora, associadaao
maiortempo de permanência
no hospitale à maior freqüência
de
colonização ou infecção prévia por agentes multirresistentes a drogas. Intervençoes motivadaspea
necessidadede
informaçoes sobre o aspectofisiológico a ser corrigido e monitorados nos pacientes,
bem como
viasde
acesso
paraoxigenação, infusão
de
líquidos e alimentos, procedimentos cirúrgicos forade
centrocirúrgico,
dão
origem aum
amplo
acesso a diferentes microorganismos existentes noambiente (proveniente da flora do próprio paciente,
de nossas mãos, da água de
nebulizadores,
do
ar recirculado ou contaminantesde
dispositivos ou substânciasinfundrdas).
Nos
últimos50 anos
a incidênciade
infecçoesem
UTIvem
aumentando,
nasúltimas décadas, refletindo na
menor
sobrevivênciade
pacientes graves, principalmenteem
recém-nascidos prematuros,pessoas
com
imunodeficiência, neoplasias, traumas e grandes queimados.Todos
estes pacientes estão expostos aos patógenos hospitalaresem
decorrênciados
múltiplos procedimentos invasivos aque
estão submetidos.Mesmo
com
a introduçaode
potentes novos antimicrobianos, a Ietalidade das infecções sistêmicasnão
se alterou neste período. Outro fatoque demonstra
a importânciadesse
estudo são osdados
revelados pelo Serviçode
Controlede
InfecçãoHospitalar (SCIH)
do
HU
de2003 de
que
as taxasde
infecçoesem
pacientesinternados na UTl ocorrem principalmente naqueles
que
utilizam cateterização urinária,cateterização
de
veias profundas e ventilação mecânica.No
períodode
janeiro adezembro de
2003, foram coletados osdados de 247
pacientes internadosna UTIdo
HU/UFSC.
Todos
os pacientesque
permaneceram
na unidademenos
de 24
horas foram excluídos deste estudo.O
número de
pacientescom
infecções hospitalares nesta amostra foi 79, representandouma
taxade
32,0%
dos
pacientes.De
acordocom
SCIH,cada
pacienteque
interna na UTIHU/UFSC
tem
uma
probabilidade igual a26,1%
de
adquirir
uma
infecção.Frente
ao
exposto vejocomo
imperativo voltar à atenção paramedidas que
objetivam minimizar a ocorrência de infecção dentro
da
UTI.Baseando-se
a assistênciano atendimento as necessidades básicas
do
paciente esendo
uma
delas ade
segurança, o enfermeiro
deve
tentar atender tal necessidade,não sendo
ele o agente transmissorde
infecçoes e sim,como
refereGomes
(1988), atuarcomo
primeira linhade
defesa nocombate
asmesmas. Ações
conjuntas entre os profissionaisque atuam
na UTI são necessárias na prevenção e no controle
das
infecções.O
interesse quanto ao local do desenvolvimentodesse
projeto deveu-seao
fatode
que, durante o estágio curricularda
Vl fase, constateique
aUnidade de
TerapiaIntensiva é
como
um
ambiente singular, haja vista a gravidadedos
pacientes, a concentraçãode
instrumentais tecnológicos os procedimentosde
elevada complexidade a exigir dos profissionaisconhecimentos
especializados, habilidades e observação continuado
ambiente edos
pacientes nele internados.Com
essa constataçao compreendique
um
trabalhode conc usao do
cursoem
UTl significariaum
valioso incremento teórico-prático à
minha formaçao
acadêmica, elevando assimminha
qualificação profissional.
Durante dois
anos
trabalhando no laboratóriode
Análises Clinicas do Hospital Universitário vários foram os contatoscom
a UTI e inexoravelmentecom
pacientesque
adquiriram Infecção relaciona a causas diversas.
O
ambiente hospitalarsempre
foi, ao longo dos anos,um
local propício para o desenvolvimentode
infecções, principalmente se analisarmos a sua flora,que
cada vez mais se torna resistente aos antimicrobianosdisponíveis.
Com
a introdução constantede
novos cateteres, próteses e outros dispositivosno paciente internado na UTI,
com
o aparecimentode novas
técnicas operatóriasque
prolongam otempo
cirúrgico e necessitamde
apoio constantede
instrumentaisintravasculares, as infecções na corrente sangüínea tornaram-se corriqueiras e por isso
carecem de
um
melhor estudo por parteda enfermagem.
A
monitorização invasivaconstante
do
paciente crítico é,sem
dúvida,uma
das
condições mais propícias para estabelecimentode
infecção no ambiente hospitalar, particularmenteem
UTI(ZIBERMAN,
1995).Pretendo deixar claro à idéia
de que não
há soluções definitivas para todos os problemas,mas
um
constante aprimoramentodas
existentes. Considerando o exposto2.
OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
Assistir
ao
serhumano
em
condição críticade saúde
internadoem
UTIfundamentado
na teoriadas Necessidades
Humanas
Básicas deWanda
de
AguiarHorta,
com
o propósitode
prevenir e controlar infecções.2.2. Objetivos específicos .
2.2.1- Desenvolver habilidades administrativas e técnicas especificas
do
enfermeiro e geraisde
enfermagem
no cuidado ao pacienteem
UTI.2.2.2-
Conhecer
o Serviço Controlede
Infecção Hospitalardo
HU
e a atuação deste naUTI.
2.2.3-
Conhecer
o perfildos
pacientes internados na UTI relacionado à infecção. 2.2.4- Identificar os fatores de riscode
infecção na UTI e osmeios
de
investigação. 2.2.5- Desenvolvermedidas de
prevenção e controlede
infecçãoem
UTI.2.2.6- Aprofundar o conhecimento relacionado aos cuidados de
enfermagem
apacientes
em
UTI,em
particular a prevenção e controlede
infecção.2.2.7-Realizar atividade educativa junto à equipe
de
enfermagem
quanto à prevenção e3.
REVISAO DE LITERATURA
3.1.
Unidade de
Terapia IntensivaI/
~1_¡y›Segundo
Gomes
(1988) as UTIs são áreas hospitalares destinadas a pacientes,z
, _
graves ou
de
risco,que
exijam assistênciamédica
ede
enfermagem
ininterruptas,além
de equipamentos
e recursoshumanos
especializados.A
estrutura permite acentralização
de
esforços nacoordenação
das atividadesde
saúde.De
acordocom
Lino e Silva (2001) esta unidade nasceu durante a Guerra da Criméia (Séc. XIX).Florence Nightingale percebeu a necessidade
de
agrupar os pacientesagudamente
comprometidos, organizados
de
acordocom
a situaçãoem
que
o cuidado imediato e aobsen/ação
constantefossem
favorecidos.- 0
Nishide, Cintra,
Nunes
(2000, p. 13) referemque
“oavanço
dos procedimentoscirúrgicos, a necessidade
de
se prestar maiores cuidadosao
paciente, no pós-operatório imediato, levou
ao
desenvolvimento das unidades especiaisde
terapia”.Salientam
que
inicialmente este tratamento era realizadoem
salas especiais próximasou anexas
às salasde
cirurgia para o atendimento de pacientesque
exigiam cuidadosespeciais no pós-operatório, ou para sua recuperação
dos
efeitos anestésicos. .A
evoluçãoda
UTI deu-secom
a criação das salasde
recuperação, nadécada
no Hospital
Johns
Hopkins (EUA), para a assistênciade
neurocirurgia, e naEm
Boston, nadécada
de 40, surgiuuma
unidade para tratarqueimados após
um
incêndio
em
“night clLLt);';)Na
Dinamarca, Suíça e França, nadécada de
50, foramcriadas unidades
de
assistência intensiva,após
a epidemiade
poliomielite.Na
mesma
década, as enfermeiras
passaram
a atuarem
áreas mais específicas e via-seque
a qualidadeda
assistência prestada era mais eficaz (LINO e SILVA, 2001).Referem
as autoras, acima citadas,que
a partirdessas
especificações,percebeu-se
que
o desenvolvimento das UTIs relacionava-secom
oavanço
tecnológico, e
com
a possibilidadede
prevenirmudanças
que
seoperam
nas condiçõesclínicas, e
que
desta forma estaria proporcionandouma
extensãodo
tempo
de
vidadestes pacientes críticos.
Simão
et al (1976) e Barbosa (1995) citam pelomenos
três fases distintas daevolução
da
UTI.A
primeira, decorrente da instalação das salasde
recuperação pós-cirúrgica (final
dos anos
40),como
conseqüência dos progressos nocampo
da
anestesiologia e
da
cirurgia geral. Para estes locaiseram encaminhados
os pacientes traumatizadosda
ll Guerra Mundial eda
Coréia,onde
recebiam tratamentos clínicos eprincipalmente os respiratórios,
que começaram,
desta forma a ser consideradocomo
de
grande importância.A
Segunda
fase deveu-se ao desenvolvimentode
estruturas e equipamentos,que
possibilitaram o suporte ventilatório aos pacientes acometidos porfalência
desse
sistema, por paralisia diafragmática,como
conseqüênciada
epidemiade
poliomielite, no final dos anos
de 1940
no Estados Unidosda
América. Por ultimo, odesenvolvimento
de
sistemasde
monitorização eletrocardiográfica continua edesfibrilação por descarga elétrica continua.
Segundo
Lino e Silva (2001) de acordocom
a literatura, as UTIs no Brasil foramfundadas no Hospital do Servidor do Estado Rio de Janeiro
em
1960
e no Hospitaldas
Clinicas
da
Faculdadede
Medicina da Universidadede
São
Pauloem
1961.O
maior desenvolvimento deste serviçoem
nosso país ocorreu nadécada de
70.3.2. Infecção
na unidade de
terapia intensivaDe
acordocom
Barone (1995), dentre as unidades hospitalares, as UTIspossuem
os maiores índicesde
infecção,sendo
um
dos principais fatores limitantesda
pacientes
com
doenças de
base graves ou acometimentosagudos
extensos, oque
os tornamais
vulneráveis as infecções; maiornúmero de
procedimentos invasivos; intensautilização
de
antibióticos, corticosteróide e outros imunossupressores;aumento da
população
de
imunocomprometidos, representados por pacientescom
neoplasias, leucemias e linfomas, transplantados e aidéticos; sobrevidacada
vezmais
prolongadade
pacientescom
doenças
outrora rapidamente fatais, prolongando suapermanecia
eassim elevando o risco
de
infecção hospitalar.Outro fator citado pelo autor diz respeitoaos
hospitaisde
ensino,em
que
o problema se agrava pela presençade
um
grandenúmero
de
estudantes de graduação e pós-graduação dentrodas
UTIs.Conforme
Silva (1998) a origem das infecções historicamente se 'deucom
acriação
dos
hospitais a partir de 1796,onde
se juntavam aspessoas
com
problemasde
saúde
transmissíveis. Foi entãoque
se percebeu não só a ocorrênciade
transmissãode doenças
como também
o fatode que
a internaçãode
um
doenteem
um
hospitalpoderia trazer-lhe novos danos, no caso o surgimento
de
um
outroproblema de saúde
“a infecçao hospitalar”.
Dessa
época
até os diascontemporâneos
surgiram contribuiçõesde
muitas ciências e naturalmente de muitos profissionaisde saúde
e cientistasem
geralcom
relação à prevenção e controle da infecção. Lister (1877) contribuiu
com
seusconhecimentos
sobre técnica asséptica ve anti-sepsia. lgnazSmmelwiss
(1818-1865)comprovou
a necessidadede lavagem
dasmãos
no seu cotidianode
trabalho,enquanto
cirurgião-obstetra, conseguindo reduzir a mortalidade materna. FlorenceHightingale (1820-1910) ressaltava a importância
do
ambiente limpo e arejado,enquanto agente terapêutico e benéfico para a cura ou melhora
dos
doentes.É
de sua
autoria a definição precisa sobre as iatrogenias no cotidiano
das
instituiçõeshospitalares
quando
afirma: “A primeira condiçãoem um
hospital énão
prejudicar o doente".No
início, as práticas deEnfermagem
eram
rudimentares e destitúídasde
um
corpo
de
conhecimentos sólido, racional e, portanto, cientifico. Florencecom
seutrabalho técnico e porque não dizer cientifico
marcou
o início daEnfermagem
moderna,sendo
reconhecidacomo
pioneira nocombate
das infecções. (SILVA, 1998, pg. 18).Além
do
trabalhode
Florence,com
oavanço da
Microscopia omundo
reconheceu os microrganismo, o desenvolvimentoda
Microbiologia ofereceuum
melhorconhecimento da
estrutura decada
microorganismo para poder combatê-los,além da
própria evolução
da
técnica asséptica.Tudo
isso ao longo das civilizaçõesvem
representando
enormes
avanços nocombate
às infecções hospitalares.Somam-se
contribuições
da
Epidemiologia, Estatistica e da Informática. (SILVA, 1998, pg. 18).Ainda
de
acordocom
este autor a preocupaçãocom
a infecção hospitalar e seucontrole na sociedade
moderno
data dosanos 50
onde
setem
o registrodo
aparecimento
das
primeiras cepasde
estafilococo resistentes à penicilina,aproximadamente
uma
década após
o advento dos antimicrobianos.Nos
EstadosUnidos,
em
1960
já se iniciava aformação de comissões
intra-hospitalaresde
controlede
infecção. 'A
história brasileira decombate
às infecções hospitalarescomeça
a surgir nosanos
80.Em
1983
foi publicada a Portaria n° 196do
Ministérioda
Saúde
conceituandoinfecção hospitalar e determinando a obrigatoriedade da criação
de
Comissões de
Controle
de
Infecçãoem
todas as instituições hospitalares.Por
uma
infeliz coincidência ocorreu noano de 1985
à mortedo
então PresidenteTancredo Neves
por infecção hospitalar. Tal fato teve grande repercussãoe de alguma
forma suscitou a discussão dos efeitos deletérios
da
infecçãoem
termosda
suamorbilidade.
No
entanto, a publicaçãoda
Portaria reservou parcela significativadas
ações de
controle para a própria instituição.No
ano de 1992
foi publicada a Portaria n°930 do
Ministérioda
Saúde
que
revoga a anterior
de
número
196.As
principaismudanças
referiam-se à própria constituição dacomissão
de controlede
infecção hospitalarcom
entrada e saídade
algumas
categorias profissionais.A
figura do enfermeiro esteve e está presenteem
todas as
comissões
elaboradas até hoje. Trata-sedo
profissional responsável pela equipede
enfermagem
presente na maioria dasações
realizadas nos hospitais.A
equipe de
enfermagem
como
um
todo representa nomínimo
50%
dos
profissionaispresentes nos hospitais.
A
características do trabalho ininterrupto, a realizaçãode
inúmeros procedimentos invasivos e
que exigem
técnica assépticafazem
com
que
ocontrole e prevenção da infecção estejam intimamente ligados à equipe
de
Em
1998
foi finalmente publicada a Portariade
n° 2.616do
Ministérioda
Saúde,datada"de maio do
mesmo
ano,que
permanece
em
vigência. Nela ficadefinido oPrograma de
Controle de Infecçoes Hospitalares (PClH); aparece aComissao
de
Controle
de
Infecção Hospitalar (CCIH)como
a instância executorado PCIH.
O
textoda
Portaria contempla ainda as competências da
CCIH, além de
conceituar infecçõeshospitalares e comunitárias.
Infecção hospitalar se define como aquela adquirida após a admissão do
paciente e que se manifesta durante a internação ou após alta, quando puder
ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
(Critérios Gerais) Quando na
mesma
topografiaem
que foi diagnosticadainfecção comunitária, for isolados uns germes diferentes, seguidos do agravamento das condições clinicas do paciente, o caso deve ser considerado
como infecção hospitalar;
`
b) Quando se desconhecer o periodo de incubação do microorganismo e não
houver evidência clinica e/ou laboratorial de infecção no momento da admissão,
considera-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se
apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão;
c)
Também
são consideradas hospitalares aquelas infecções manifestadasantes de 72 (setenta e duas) horas da internação quando associadas a
procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados depois da mesma;
d) As infecções do recém-nascido são hospitalares
com
exceção dastransmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas; _
e) Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção,
são considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem.
Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e /ou o hospital de
origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção
hospitalar naquele hospital (BRASIL, 1988, Portaria n° 2.616).
3.3. Topografia
das
infecçõesem
UTI\
As
topografias das infecções na UTIdo
HU
podem
ser divididasem
três gruposprincipais: infecção do trato respiratória (38.2%), urinária (16.5%) e por cateter
venoso
(25.3%),
segundo dado
daSCIH
do
HU
2003.De
acordocom
SILVA
(1998), as altastaxas
de
infecções respiratórias estão relacionadasao
uso freqüentede
ventilação mecânica.Nesses
pacientesaparecem
fatores predisponentes à infecçãocomo:
duração
da
ventilação mecânica, trauma severo de crânio, reintubação, intubaçãode
emergência, terapia inibitória da acidez gástrica, troca
de
circuitosem
intervalosmenores que 48
horas,meses
friosdo
ano, decúbito horizontal, broncoscopia recente,traqueostomia.
A
autora salientaque
o tubo endotraqueal funcionacomo
um
corpo estranho, traumatizando e favorecendo a aderência bacteriana, coionizando as viasaéreas. -
As
infecçõesdo
trato urináriosegundo
SILVA
(1998),decorrem
de
vários fatorestais
como:
duraçãoda
cateterização, colonizaçãode germes
oriundosda
flora fecal eem
mulheres da flora vaginal, colonização microbianado
coletor, diabetes me/ito e errosna manipulação
do
cateter.De
acordocom
esta autora, as infecções por cateteres vascularessão cada
vez mais freqüentes na UTIs, a principal complicação relacionadaao uso
são as bacteremias,que
está associada a altas taxasde
mortalidade.As
causas
principais dasinfecções de cateteres estão ligadas principalmente à colonização cutânea, infusões contaminadas, cateterização prolongada, freqüente manipulação
do
cateter.3.4.
Agentes
etiológicosdas
infecções hospitalaresO
conhecimento e a avaliação periódicados
patógenos mais freqüenteem
uma
UTI são instrumentos importantes, tanto para asmedidas de
prevenção quanto para as de contro e.As
infecçoes hospitalaressao 'comumente
associadascom
microorganismos encontrados na floraendógena do
paciente ou na florado
ambientehospitalar.
Os
patógenos hospitalares sofrerammutaçoes que
lhespermitem
sobreviverno ambiente hospitalar, favorecendo seu estabelecimento
em
reservatórios, os quaisatuam
como
fonte para disseminação destes agentes. Entre as bactérias maisprevalentes neste tipo
de
unidade estão o Staphylococus epidermidis,Pseudomonas
aeruginosa, Enterococcus sp.
E
Candida sp.Sendo
que
a incidênciade
infecções por este último agentevem
aumentando
recentemente.Dados
colhidos pelo NationalNosocomial
infections Sun_/ei//anceSystem
demonstram
que
os agentes maisfreqüentes
em
UTI foram P. aeriginosa (12.4%), Staphylococus aureus (12.3%), Staphylococus coagulage negativo (10.2%),Candida
spp.(10.1%), Enterobacter spp.(8.6%) e Enterococcus spp.(8.7%)(CINTRA, NISHIDE,
2000).O
controledas
infecções hospitalares nos dias atuais é consideradoum
importante indicador para
que
um
serviço euma
instituiçãosejam
consideradosde
equipe
de
saúde, especialmente no cuidado aos pacientesde
maior complexidadeque
se
encontram
na UTI.As
UTIs representam 5 a10%
dos
leitosem
um
hospital, noentanto, neles ocorrem cerca
de
25%
das infecções hospitalaressegundo
oPrograma
de
Controlede
Infecção Hospitalar (PCIH) (SILVA, 1998, p.19).A
prevenção e controledas
infecçõesem
UTIdependerão de ações
conjuntas entre todosque
compõe
a equipe multiprofissional paraque
resultados favoráveissejam
obtidos.Nesse
sentido,algumas
práticas precisam ser reveladas e analisadas:uso
de
roupa privativa e sapatilhas ou propés; usode equipamentos
individualcomo
luvas, capotes, mascaras, proteção ocular; planta física
com
isolamento eespaço
adequado
entre os leitos;lavagem
dasmãos;
e trabalhode educação
continuadaque
busque
identificar e implementar práticascomprovadamente
eficazes para a prevenção4.
MARCO
CONCEITUAL
Para Polit e Hungler (1995, p.25) a conceitualizaçao refere se
ao
processode
desenvolvimento e aperfeiçoamento
de
idéias abstratas; já a teoria éuma
generalidadeabstrata
que
apresentauma
explicação sobre as relações entrefenômenos, onde
os conceitos constituem os blocosque
embasam
as teorias. Discorrendo sobre este assunto Trentini&
Paim
(1994, p. O9) referem “quemarco
conceitual éum
conjuntode
conceitos definidos e inter-relacionados
que
formam
uma
estrutura abstrata etem
como
característica principal, a coerência intra e entre suas partes
formando
uma
totalidade”.Para
essas
autoras, aconexão da abordagem
teórica filosófica e o objetivoda
assistência constituirá omarco
conceitualdo
estudo(TRENTINI
&
PAIM,
1994).4.1.Teoria
das
necessidades
humanas
básicasDe
acordocom
Horta (1979, p.05), “nadécada de 60
surgiram às primeirasteorias
de
Enfermagem
procurando relacionar fatos e estabelecer asbases de
uma
ciência
de
enfermagem". Relataque
“as teorias sãocomo
guiade ação
(não dizcomo
agir,
mas
dizque
acontecerá atuando-sede
uma
certa maneira),um
guia para coletade
fatos,um
guia na buscade
novos conhecimentos eque
explica a naturezada
ciência"
(HORTA,
1979, p. 05).Maslow
(1970) baseia sua teoria sobre a motivaçãohumana
em
necessidadesEstas foram por ele hierarquizadas
em
cinco niveis: fisiológicas, segurança,amor, estima e auto-realização.
Um
individuo só passa a procurar satisfazer asdo nível seguinte após
um
mínimo de satisfação das anteriores.O
mínimoreferido ainda não foi determinado, mas o próprio autor reconhece que tal
sistemática não é rígida, variando também
em
alguns indivíduos.Um
conceitofundamental de Maslow é de que nunca há satisfação completa ou permanente
de uma necessidade, pois se houvesse, conforme a teoria estabelece, não
haveria motivação individual.
Horta (1979, p. 39) preferiu utilizar a classificação
das
necessidadeshumanas
básicas
de Joäo
Mohana
(1964), quais sejam:necessidades de nivel piscobiológioco, psicossocial e psicospiritual; os dois
primeiros níveis são comuns a todos os seres vivos nos diversos aspectos de sua complexidade orgânica, mas o terceiro nivel, por enquanto e dentro dos
conhecimentos atuais, é característica única do homem. As necessidades são
universais, portanto comuns a todos os seres humanos; o que varia é a sua
manifestação e a maneira de satisfazê-la ou atendë-la.
Conforme
Horta (1979, p.28),a teoria se apóia e engloba leis gerais que regem os fenômenos universais,
como, por exemplo, a lei do equilíbrio (homeostase ou homeodinâmica): todo o
universo se mantém por processos de equilíbrio dinâmico entre os seus seres; a
lei da adaptação: todos os seres do universo interagem com seu meio externo
buscando sempre formas de ajustamento para se manterem
em
equilibrio; leido holismo: o universo é
um
todo, o ser humano é um todo, a célula é umatodo, esse todo não é mera soma das partes constituintes de cada ser.
Wanda
de
Aguiar Horta nasceuem
11 de Agostode
1926,em
Belém
do
Pará.Recebeu
o diplomade
enfermeira pela Escolade
Enfermagem
daUSP,
em
1948, e,em
1953, recebeu o diploma de Licenciatura
em
Historia Natural, na Faculdadede
Filosofia, Ciências e letras da Universidade do Paraná.
Recebeu
certificadode
pós-graduação.
em
Pedagogia e Didática Aplicada àEnfermagem
pela Escolade
enfermagem USP,
em
1962.Em
31de
outubrode
1968, conquistou o títulode
Doutor eDocente
livreem
Fundamentos de Enfermagem,
na EscolaAna
Néri,da
UniversidadeFederal
do
Riode
Janeiro. Foi aprovadaem
concurso realizadoem
2de
abrilde
1974,recebendo
o titulode
Professor adjunto. Exerceu funções didáticas, técnicas eadministrativas. Realizou palestra, aulas, conferências e ministrou inúmeros cursos.
(LEOPARDI,
1999). _Segundo
está autora (1999, p. 84) “Horta foiuma
pioneira no Brasile
istonão
poderá ser esquecido na história da evolução da
Enfermagem
no País, por sua4.2. Definição
de
conceitosGeorge
afirmaque
os conceitos são:basicamente, veículos de idéias que envolvem imagens. Eles constituem
noções abstratas e são semelhantes às idéias, definições. As impressões que recebemos pelas sensações despertadas pelo ambiente tornam-se conceitos
(GEORGE,1993, p.14)
/F,
Refere
que
os conceitos e suas definições são essenciais àcompreensãot de
' . - , . á É
wd
uma
teoria.E
imprescindivel a seleçãode
alguns conceitos elaborados por Horta, que,adaptados
para .aUnidade de
Terapia intensiva, guiaram a prática assistencial, tendoem
vista a peculiaridadede
tal ambiente. ' '4.2.1.
Ser
Humano
O
ser humano é parte integrante do universo dinâmico, sujeito a todas as leisque o regem, onde a dinâmica do universo provoca mudanças que o leva a
estados de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço.
Os
desequilíbriosgeram, no ser humano, necessidades que se caracterizam por estados de
tensão conscientes ou inconscientes que o levam a buscar satisfação de tais
necessidades para manter seu equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço
(HORTA, 1979, p. 28).
4.2.2. Paciente
O
pacienteem
terapia intensiva é único e indivisível, possuidorde
forças físicas,emocionais, sociais e espirituais,
que
apresentauma
ou maisde
suas necessidadeshumanas
básicasgravemente
afetadas, entre elas ade
segurança física,meio
ambiente,
com
alto risco para infecção.4.2.3. Família
É
a célulada
sociedade a qual o paciente está unido por laçosconsangüíneos
e/ou afetivos.
Formas
unidade biológicas, culturais, espirituais e sociais. Tal estruturanecessidades
humanas
básicas necessitandode
assistência e/ou cuidadosda
equipede
saúde da
UTI.4.2.4.
Equipe de enfermagem
São
sereshumanos
dotadosde
conhecimento e habilidades técnicas-cientificas,com
capacidadede
contribuir para recuperaçao,manutençao
e/oupromoçao da saúde
do
paciente na UTI. Estesdevem
estar preparados tecnicamente e cientificamente para o cuidado,não somente
no controlecomo também
na prevençãodo
desequilíbriohomeodinâmico
como
aquele provocado pela infecção nosocomial.4.2.5.
Enfermagem
Segundo
Horta (1979) aenfermagem
assisteQ
serhumano
no atendimentode
suas necessidades básicas, valendo-se dos conhecimentos e princípios científicos
das
ciências físicas, químicas, biológicas e psicossociais.
A
enfermagem como pare integrante da equipe de saúde implementa estadosde equilíbrios, previne estados de desequilíbrio e reverte desequilíbrio
em
equilíbrio pela assistência ao ser humano no atendimento de suas
necessidades básicas: procura sempre reconduzi-lo à situação de equilíbrio
dinâmico no tempo e espaço
(HORTA
1979, p. 28).4.2.6.
Necessidades
Humanas
Básicas
Segundo
Benedet
eBub
(2002):“[...] necessidade pode expressar diferentes fenômenos. Primeiro, pode indicar
um
estado de deficiência ou de diferença. Segundo pode referir-se aum
estadode tensão no organismo o qual é considerado como
uma
motivação ou umaforça que impele para
um
determinado comportamento. Terceiro, pode referir-sea alguma coisa que é necessitado e, neste caso, uma necessidade é expressa
pelo objeto que é necessitado". (BENEDET; BUB, 2002, p. 27).
Liss
apud
Bub
(2002) refereque
necessidade éuma
diferença entreum
estadoObjeto da Necessidade
(Segurança fisica/ meio ambiente) (prevenção e controle de infecções)
L-_i-íl
Estado atual Indesejável Estado desejável objetivo
Risco de infecçao relacionado a Elímínaçao ou diminuição dos riscos de colonizaçao
procedimentos invasív0s_ por bactérias patogênicos ou potencialmente
patogênicas.
4.2. 7.
Saúde
Horta define
saúde como:
“estadosde
equilíbrio dinâmico notempo
e espaço”(HORTA,
1979, -p. 29). Para esta autora, adoença
corresponde a “estadode
desequilíbrio, devido
ao
desconforto prolongado pelonão
atendimento ou atendimento inadequadodas
NecessidadesHumanas
Básicas”(HORTA,
1979, p. 29).Saúde
éuma
dimensão
da naturezahumana, que
inclui estadosde
saúde
comprometida
em
maior oumenor
gravidade.Para melhor operacionalizar este conceito, foi utilizado a definição
de
Nordenfelt(1987),
segundo
o qual, “asaúde
éuma
habilidade para atingir asmetas
vitais,de
acordo
com
determinadas circunstâncias.Conforme
esta concepção, é possívelque
uma
pessoa possa
sentir-se saudávelmesmo
tendoalguma doença
ou defeito"(LOPES,
MULLER,
PEREIRA,
SCHWARTZMAN,
1999, p.17).A
saúde do
pacientepode
estarcomprometida quando
elenão
tem
capacidadepara fazer o
que
precisa, quer ou deseja, oque
freqüentemente gera necessidades afetadas.Em
terapia intensiva, a infecçao éum
dos fatoresque mais
compromete
a saúde.4.2.7.
Ambiente
Conjunto
de
fatores extrínsecos e intrínsecosde
uma
comunidade.Compreende
os fatores bióticos (organismos) e abióticos (clima, altitude, topografia, etc.).
Ambiente
étanto substantivo
como
adjetivo.O
termo ambiental já foi incorporado à língua portuguesa (PIRES, 2000, p. 17).Ambiente da
UTIcompreende normas
e rotinas, procedimentos, planta física,equipe multidisciplinar, isolamento social e/ou familiar, assistência,
que
influenciainternamente e externamente o paciente da UTI
de
modo
positivo ou negativo direto ouindiretamente, no controle e prevenção
do
desequilíbriohomeodinâmico
como
aquele provocado pela infecçao nosocomial.4.2.8. Infecção
Penetração ou agregação, seguida de desenvolvimento ou multiplicação de
um
microorganismo no corpo de
um
hospedeiro, do qual obtém alimento. Não ésinônimo de doença infecciosa.
A
infecção pode ser subclínica, inaparente,latente ou assintomática, sem provocar o aparecimento ,de sinais ou sintomase
sem caracterizar uma enfermidade (PIRES, 2000, p. 22).
4.2.9. Infecção hospitalar
Os
critérios para diagnóstico das infecções Hospitalares foram estabelecidospelo Sistema de Vigilância de infecções hospitalares
dos
Estados Unidos e oficializadospelo Ministério da
Saúde
do
Brasil, através da Portaria 2.616de
12de maio
de
1998.Infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente
e que se manifeste durante a internação ou
mesmo
após a alta, quando puderser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL,
1988, Portaria n° 2.616).
A
prevençãode
infecção hospitalar requer cuidadosa atençãoem
evitar a colonizaçãode
pacientescom
agentes multirresistentes, prevenir a disseminaçãode
paciente-paciente e proporcionar a otimização
das
defesas (uso racionalde
antimicrobianos, proteção gástrica, isolamento, redução
de
procedimentos invasivos,aporte calórico adequado, entre outros)
(CAVALCANTE,
2000, p.755).A
realizaçãode
cuidados preventivos é a etapa fundamental para ocombater
a infecção hospitalar na UTI, diminuindo o riscode contaminação que pode
levarao
desequilíbrio
homeodinâmico
afetando assim a sua necessidadede
segurança.4.2.1 1. Ética
Segundo
Chaui (1995) a conduta ética está ligadaao
agente conscientedo
serhumano,
isto é, aqueleque conhece
a diferença entre obem
e o mal, certo e erradopermitindo e proibido, virtude e vício.
A
consciêncianão
sóconhece
tais diferenças,mas também
deve
reconhecer-secapaz de
julgar o valordos
atos e das condutas ede
agir
em
conformidadecom
os valores morais,sendo
por isso responsável por suasações
e sentimentos e pelas conseqüênciasdo
que
faz e sente..
A
ética manifesta-se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante dealternativas possíveis, decidindo e escolhendo
uma
delas antes de lançar-se naação.
Tem
a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, asexigências feitas pela situação, as conseqüências para si e para os outros, a
conformidade entre meios e fins (empregar meios morais é impossível), a
obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo (se o estabelecido for
5.
PROCESSO
DE
ENFERMAGEM
O
processode
enfermagem
é a dinâmicadas ações
sistematizadas e inter-relacionadas, visando à assistência ao ser
humano.
Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e
dinamismo de
suas fases ou passos.(HORTA,
1979, p.35).Segundo
Felisbino (1994, p.32) “tem
como
objetivo operacionalizar omarco
referencial propostoque
direciona a prática assistencial”.Horta descreve
O6
fases ou passos no processode enfermagem,
quais sejam:Histórico
de enfermagem,
Plano Assistencial, Planode Cuidados
ou Prescriçãode
Enfermagem,
Evoluçãode
Enfermagem
e Prognósticode Enfermagem, conforme
figuraabaixo.
Figura 1. Processo
de enfermagem.
LEGENDA: l. Histórioco de individuo, Enfermagem , _ 3 2. Diagnóstico de
‹í›
Famma:‹í›
enfermagemc°mun'dade 3. Plano assistencial
4. Plano de cuidados
ou prescrição de
enfermagem
\
À/
5. Evolução de 6. PrognósticoLevando
em
consideraçao a peculiaridadede
uma
UTI foram aplicados naprática assistencial
apenas
dois passosdo
Processode
Enfermagem
de
Horta,com
adaptações: Histórico de
Enfermagem
e Planode Cuidados
ou Prescriçãode
Enfermagem.
O
Diagnósticode
Enfermagem
utilizado foi o proposto porBenedet
eBub
(2001). Evolução
de
Enfermagem
foide
acordocom
sistemaWeed
na formade
SOAP,
como
é utilizado na prática assistencial nesta unidade.Os
quatropassos
do processode
enfermagem
estão expostos na figura abaixo:Figura 2.
Processo de
Enfermagem
utilizado na UTI.~11
Evolução de _
ä
Diagnóstico deEnfermagem Pac'e'ft_e e Enfermagem
Familia Histórico de enfermagem |
!\
Plano de Cuidados ou Prescrição de EnfermagemFONTE: Processo de Enfermagem de Horta, com adaptações: Histórico de Enfermagem e Plano de
Cuidados ou Prescrição de Enfermagem.
O
Diagnóstico de Enfermagem de Benedet e Bub (2001),segundo a classificação diagnóstica de
NANDA
(North Americam Nursing Diagnosis Asociation) e aevolução de Enfermagem de acordo com sistema
Weed
na forma de SOAP.5.1. Histórico
de
enfermagem
É
o roteiro sistematizado para o levantamentode dados do
serhumano,
significativo para o enfermeiro,
que
tornam possível a identificaçaodos seus
problemas(HORTA,
1979, p.41). Estedeve
ser individualizado, conciso, ter informaçõesque
possibilitem cuidado imediato e
não
duplicar informações.Tem
como
finalidade 'l~obtençao
de dados
objetivos e subjetivos sobre o paciente, pormeio de
ent obsen/ação,exame
físico(BENEDET
&
BUB,
2001). VA
entrevista é a maneirade
se obterdados
e/ou informações subjetivasdo
paciente (relato
do
indivíduo/famíliaem
relaçao auma
situaçao, incluindo sensações,sentimentos, expectativas, etc).
Em
UTI é realizada geralmentecom
a família,uma
vezque
o pacientepode
estarcom
nívelde
consciência alterado,sem
condiçõesde
fornecer essas informações.
A
observaçao
éuma
formade
obterde dados
objetivo;em
UTI, faz se importantedevido à dificuldade
de
realização da entrevista.No exame
físicotambém
seobtém
dados
objetivos,além de
se confirmar às informações colhidas na entrevista (dadossubjetivos).
As
técnicas utilizadas pelo enfermeiro noexame
físico são: a inspeção, a palpação, a percussão e a ausculta,que
possibilitam a identificaçãodas
necessidadesafetadas e a avaliaçao das açoes
de enfermagem.
Em
UTI, asNHBs
que
merecem
maior atençao
sao
as neurológicas,de
oxigenaçaode
circulaçao ede
segurança. Durante o estágio, foi utilizado omodelo
de histórico deenfermagem,
adaptadopara UTI,
com
base
no instrumento elaborado pelo Cursode
Especializaçaoem
UTIUNIVALI
(1998)que
se encontra noanexo
A. _5.2
Diagnóstico
de
enfermagem
Leva à identificação das necessidades básicas afetadas e o grau
de
dependência do
pacienteem
relação àenfermagem,
para seu atendimento.(HORTA,
1979, p.57)..Para implementar esta proposta assistencial, foi utilizado o diagnóstico
de
enfermagem
baseado
nomodelo
proposto porBenedet
eBub
(2001),segundo
a classificação diagnóstica daNANDA
(NorthAmericam
Nursing Diagnosis Asociation),uma
vezque esse
foi omodelo
utilizadoem
algumas
disciplinasda graduação
em
enfermagem.
Benedet
eBub
(1998) afirmamque
os diagnósticos deenfermagem
descrevem
de que
forma asaúde do
cliente estácomprometida
e quais os fatoresque
contribuírampara este comprometimento, o
que
facilita o planejamentodas ações de
enfermagem
erealização
de
cuidado individualizado, auxiliando nomelhoramento da
situaçãode
saúde. _Conforme
a classificação daNANDA,
citada pelas autoras referidasacima cada
relacionados.
A
definição oferece a descrição clara e precisa dos diagnósticos, delineiaseu significado e distingue-o dos demais.
As
características definidoras constituemcritérios clínicos
que
seagrupam
como
manifestaçõesdo
diagnóstico.Os
fatoresrelacionados são as condições ou circunstâncias
que
podem
causar ou contribuir para osurgimento
de
um
dado
diagnóstico.Segue
noanexo
B
as necessidadeshumanas
básicas eseus
respectivos diagnósticos,(NANDA)
que
foi utilizado na prática assistencial.5.3 Intervenções
de enfermagem
“É o roteiro diário ou aprazado
que
coordena aação de
enfermagem
no cuidadosadequados ao
atendimento das necessidades básicas e específicasde
serhumano"
(HORTA,
1979, p. 66).A
prescriçãode
enfermagem
permiteum
cuidado individualizado levandoem
consideração asNHBs
afetadas, servindocomo
um
guia das atividadesde
enfermagem.
Segundo
Paim apud
Horta (1979, p. 66) a prescriçãode
enfermagem
“deve serredigida
com
um
objetivo operacional e o verbo utilizadosempre
no infinitivo, traduzindoa
ação
correspondenteao
nivelde
dependência de enfermagem".Nessa
prática assistencial foi utilizado à prescriçãode
enfermagem
da UTIdo
HU
sendo que
esta é informatizada e padronizada. Ela contempla as necessidadesbásicas,
com
a possibilidade aindade
acrescentar cuidadosque
se fizerem necessários.Um
modelo
dessa prescrição encontra-se noanexo
C.5.4
Evolução de
enfermagem
“É o relato diário ou periódico das
mudanças
sucessivasque
ocorrem no serhumano
enquanto estiver sob assistência profissional.A
evolução é,em
síntese,uma
avaliação global
do
planode
cuidado"(HORTA,
1979, p. 67).Na
evolução é feita a avaliação do plano de cuidados,bem como
anotaçãodos
dados
subjetiva e objetivos. Através dela poderao surgir novos diagnósticos oucuidados.
Todas
estasmudanças
“visam melhorar a assistênciade
enfermagem
prestada
ao
cliente econseqüentemente
elevar o nivelde
atendimentoem
qualidade e quantidade”(HORTA,
1979, p. 67).Para evolução
de
enfermagem
foi utilizado o sistemaWeed,
por ser este osistema vigente no hospital,
onde
as anotaçõessão
feitas sob a formade
SOAP
(Subjetivo, Objetivo, Análise e Plano)
que
são desenvolvidasem
impressoconforme
Anexo
D.S
- São
dados
subjetivos fornecido pelo paciente e/ou família.O
- São
osdados
objetivos conseguidos atravésdo
exame
físico e avaliação dos sistemas neurológico, respiratório, hemodinâmico, digestivo, urinário, intestinal etegumentar.
A
- É
a avaliação e/ou análise dosdados
obtidosbem como
a interpretação ejustificativa dos