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Efeitos do Programa de Estimulação de Consciência Fonológica para o português europeu

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Universidade de Aveiro 2019

Escola Superior de Saúde

Joana Patrícia

Silva Figueiredo

Efeitos do Programa de Estimulação de

Consciência

Fonológica

para

o

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Universidade de Aveiro 2019

Escola Superior de Saúde

Joana Patrícia

Silva Figueiredo

Efeitos do Programa de Estimulação de

Consciência Fonológica para o Português

Europeu

Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Terapia da Fala, realizada sob a orientação científica da Doutora Ana Rita S. Valente, Investigadora da Universidade de Aveiro e coorientação científica da Doutora Marisa Lousada, Professor Adjunta da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro.

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Dedico este trabalho às crianças que marcam o meu percurso, como Terapeuta da Fala e me permitem aprender cada vez mais.

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O júri

Presidente Professora Doutora Assunção Matos

Professora Adjunta da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro

Arguente Professora Doutora Ana Catarina Baptista de Jesus Correia

Professora Adjunta da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve

Orientador Professora Doutora Ana Rita Valente

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Agradecimentos No fim desta dissertação de mestrado, não posso deixar de agradecer:

À minha orientadora e coorientadora, Professora Doutora Ana Rita Valente e Professora Doutora Marisa Lousada, pelo constante apoio, disponibilidade e dedicação. Um especial obrigado por me fazerem acreditar que é possível.

Ao professor Pedro Sá Couto pelo apoio e paciência na fase final deste trabalho.

À minha família pelo apoio e ajuda incondicional na fase final deste trabalho.

Aos meus pais, João e Dina, pelo amor e compreensão, imprescindíveis para a construção e conclusão deste trabalho. Ao Fábio, pelo amor e compreensão, por me apoiar, dar força e energia, principalmente nos momentos mais difíceis desta caminhada.

Aos meus tios e a minha avó por me mostrarem que estão sempre presentes apesar da distância.

Aos meus primos pelo apoio e por acreditarem que isto seria possível.

Á Ana, pela paciência e compreensão na reta final deste trabalho. E um agradecimento muito especial ao Centro Paroquial de São Bernardo e á Santa Casa da Misericórdia de Vagos e a todos os pais das crianças em estudo, sem as quais este trabalho não seria possível.

Muito obrigada a todos!

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Palavras-chave Consciência fonológica, pré-escolar, programas de intervenção, terapia da fala.

Resumo Em Portugal são escassos os programas de estimulação de consciência fonológica (CF) que sejam testados e validados para crianças do pré-escolar.

Recentemente foi desenvolvido e validado o Programa de Estimulação de Consciência Fonológica (PECF). O PECF tem como objetivo promover o desenvolvimento da consciência fonológica em crianças de idade pré-escolar ou no início de idade escolar. Pode ser utilizado por diversos profissionais, tais como terapeutas da fala, educadores de infância, professores e psicólogos. É composto por uma versão papel e uma versão digital. O PECF inclui diversas atividades organizadas em 3 níveis de CF, abordando a consciência silábica, a consciência intrassilábica e a consciência segmental.

O presente estudo pretende analisar os efeitos do PECF - versão papel em crianças na faixa etária dos 4 aos 6 anos com desenvolvimento linguístico típico.

Foram selecionadas para este estudo 44 crianças, sendo 19 do grupo controlo e 25 do grupo experimental. As 25 crianças do grupo experimental usufruíram do programa durante 13 semanas, com sessões semanais de 45 minutos de duração.

As medidas de resultados de CF (totais das provas de segmentação silábica, identificação da sílaba inicial, omissão da sílaba inicial, segmentação intrassilábica, segmentação fonémica e síntese fonémica) foram obtidas nos momentos de pré e pós implementação do PECF. Após 13 semanas, o grupo experimental mostrou melhorias estatisticamente significativas comparativamente ao grupo de controlo. O PECF mostrou-se eficaz no desenvolvimento das competências de CF das crianças, com evidência para a utilização deste programa na promoção da CF em crianças de idade pré-escolar.

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Keywords Phonological awareness, preschool, training programmes, speech and language therapy.

Abstract In Portugal there are few phonological awareness training programmes that are validated for preschool children. Recently, the Phonological Awareness Stimulation Program (PECF) was developed and validated. This programme aims to promote the development of phonological awareness in preschool aged children. It can be used by several professionals, such as speech and language therapists, kindergarten teachers, and psychologists. It consists of a tabletop version and a digital version. The PECF includes different activities organized in three levels of phonological awareness, addressing syllabic awareness, intra-syllabic awareness and segmental awareness.

The present study aims to analyse the effectiveness of the tabletop version of the PECF in children aged 4 to 6 years with typical language development.

Forty-four children were selected, 19 for the control group and 25 for the experimental group.

Twenty-five children of the experimental group received the programme during 13 weekly sessions of 45-min duration.

The outcome measures of phonological awareness ability (syllable segmentation, identification of the initial syllable, omission of the initial syllable, intra-syllabic segmentation, phonemic segmentation and phonemic synthesis) were taken before and after the implementation of the programme.

After 13 weeks, the experimental group showed significant improvements in phonological awareness compared to the control group.

The PECF seems to be effective in the development of children's phonological awareness skills, providing clinical evidence for the use of this programme to promote phonological awareness in preschool aged children.

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Abreviaturas e/ou siglas PECF – Programa de Estimulação de Consciência Fonológica CF – Consciência Fonológica

PE – Português Europeu FA – Fator “Tipo de Grupo”

FB – Fator” Momento da Avaliação”

FA*FB – Interação entre o fator “tipo de grupo” e fator “momento de avaliação”

TF – Terapeuta da Fala

IVC – Índice de validade de conteúdo GC – Grupo controlo

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ... 1 MÉTODO ... 5 Tipo de Estudo ... 5 Considerações éticas ... 5 Amostra ... 5 Avaliações pré-programa ... 6 Aplicação do PECF ... 6 Avaliações pós-programa ... 6 Medidas de resultado ... 7 Análise de dados ... 7 RESULTADOS... 7 Momento pré-programa ... 7 Momento pré e pós programa ... 9 DISCUSSÃO ... 11 CONCLUSÃO ... 14 Bibliografia... 15 Apêndice A ... 19 Apêndice B ... 23

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Resultados GE e GC nas provas de segmentação silábica e identificação da sílaba inicial (avaliação pré-programa). ... 9 Figura 2 - Diferenças entre o GE (- - -) e GC (---) nas provas de segmentação silábica e identificação da sílaba inicial (avaliação pré (1) e pós (2) programa). ... 10 Figura 3 - Diferenças entre o GE (- - -) e GC (---) nas provas de omissão da sílaba inicial, síntese intrassilábica, segmentação fonémica e síntese fonémica (avaliação pré (1) e pós (2) programa). ... 11

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Estrutura do PECF ... 4 Tabela 2 - Desenho do estudo ... 5 Tabela 3 - Caracterização da amostra em estudo: género, idade, segmentação silábica, identificação da sílaba inicial, omissão da sílaba inicial, segmentação intrassilábica, segmentação fonémica e síntese

fonémica ... 8 Tabela 4 - Resultados obtidos na primeira e segunda avaliação (média e desvio padrão) para o GE e GC em todas as provas. ... 10

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INTRODUÇÃO

Segundo Sim-Sim (2006), a consciência fonológica (CF) consiste no conhecimento que permite reconhecer e analisar, de forma consciente, as unidades de som de uma determinada língua, assim como as regras de distribuição e sequência do sistema de sons dessa língua. Em contraste com as atividades de falar e de ouvir falar, a CF implica a capacidade de, voluntariamente, prestar atenção aos sons da fala e não ao significado do enunciado (Viana & Sim-Sim, 2006).

De acordo com Alves, Freitas e Costa (2007), a CF ramifica-se em três tipos: (i) ao isolar sílabas, a criança revela consciência silábica (ex: pra - tos); (ii) ao isolar unidades dentro da sílaba, a criança revela consciência intrassilábica (ex: pr.a] [t.os); (iii) ao isolar sons da fala, a criança revela consciência segmental (ex: p.r.a.t.o.s). A CF pode ser analisada através de diferentes tarefas que se organizam em quatro categorias: segmentação, identificação, manipulação e síntese (Castelo, 2012; Veloso, 2003).

A consciência silábica remete para a capacidade de as crianças identificarem e manipularem conscientemente as sílabas de uma palavra. Esta capacidade parece manifestar-se antes da aquisição formal da leitura e da escrita, atingindo o nível máximo de sucesso no início das aprendizagens escolares (Lamprecht, 2004; Sim-Sim, 2001; Treiman & Zukowski, 1991). A literatura refere a influência de variáveis fonológicas na consciência silábica tais como a extensão da palavra, a estrutura silábica ou o acento da palavra (Afonso, 2015).

A consciência intrassilábica refere-se à capacidade de identificar e manipular as unidades ou constituintes que formam, internamente, a sílaba. As unidades intrassilábicas são unidades maiores que um fonema, mas menores que a sílaba (Treiman & Zukowski, 1991). Partindo da ordem de disponibilização dos constituintes silábicos fonológicos, a unidade silábica é a primeira a emergir, seguindo-se os constituintes silábicos e os segmentos (Afonso, 2015). A consciência dos constituintes silábicos surge depois do consciência silábica e antes da consciência segmental (Goswami & Bryant, 1990; Treiman & Zukowski, 1991). Contudo outros autores referem que a consciência deste constituinte surge ao mesmo tempo que a do segmento ou até numa fase mais tardia (Duncan et al., 2013; Sellés Nohales & Martínez Giménez, 2014; Vihman, 1996).

Neste tipo de consciência fonológica, a variável fonológica que influencia esta capacidade é a estrutura silábica. A complexidade da tarefa de segmentação neste nível varia de acordo com a natureza do constituinte Ataque, sendo mais complexo quando é do tipo ramificado comparativamente ao tipo não ramificado (Afonso, 2015).

A consciência segmental consiste na capacidade de analisar as palavras ao nível dos segmentos que as constituem. É um tipo de consciência que se adquire mais tardiamente, devido ao grau de complexidade que reveste este tipo de tarefas. Umas das possíveis justificações para a dificuldade que envolve este tipo de tarefas pode estar relacionada com o facto de os segmentos

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2 serem unidades abstratas e não existirem barreiras explícitas entre os vários segmentos de uma palavra, já que eles são co articulados (Viana & Sim-Sim, 2006). Diferentes estudos têm demonstrado que a consciência de segmentos está praticamente ausente em idade pré-escolar, desenvolvendo-se rapidamente nos primeiros anos de aprendizagem da leitura e da escrita (Liberman, Shankweiler, Fischer, & Carter, 1974; Lourenço, 2013; Oliveira & Lins, 2018; Paulino, 2009; Silva, 1996; Veloso, 2003). Este nível de consciência fonológica, é também influenciado por variáveis fonológicas, com maior destaque para a estrutura da palavra e propriedades segmentais (Alves, Castro, & Correia, 2010).

A consciência fonológica dota a criança de um entendimento suficiente da estrutura sonora que a permite utilizar no momento em que contacta com as letras, ajudando-a a entender a relação entre as letras e os sons, sendo assim um fiel preditor do sucesso na aprendizagem da leitura e da escrita (Lundberg, 1991; Nesdale, Herriman, & Tunmer, 1984).

Percebe-se, assim, que a consciência fonológica é uma componente de extrema importância para a aprendizagem da escrita, uma vez que é ela que possibilita a reflexão sobre os sons que devem ser representados graficamente.

A leitura e a escrita iniciais pressupõem a descoberta da relação grafo-fonológica (grafemas/segmentos), baseada num esforço da criança para realizar a conversão de letras em sons e de sons em letras. Para tal, ele deve reconhecer a relação som-letra, ser capaz de analisar, refletir, sintetizar as unidades segmentais que compõem as palavras faladas (Nesdale et al., 1984). Deste modo é necessário que estabeleça uma ligação entre os sons da fala e os grafemas da escrita, alcançada através da reflexão consciente (consciência segmental).

Existem algumas atividades/programa que visam promover a CF em crianças com desenvolvimento típico, sendo que foram encontrados poucos dados acerca da validação e eficácia dos mesmos: Programa de promoção do desenvolvimento da consciência fonológica (A. C. Rios, 2013); Método DOLF (Severino & Rombert, 2012); Programa de Promoção da Consciência da Rima em Idade Pré-escolar de Lages (2010) (Ferreira, 2013); Programa de estímulo em Consciência Fonológica (Carvalho, Sousa, & Alves, 2012); O Conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Fonológica (Freitas, Alves, & Costa, 2007); Adaptação do Programa de estímulo em Consciência Fonológica de Carvalho (2012) (Ferreira, 2013).

Também existem programas de intervenção de consciência fonológica que visam o trabalho com crianças com perturbação dos sons da fala (PSF) ou em risco de insucesso escolar, tais como: Terapia de Consciência Fonológica de Gillon e McNeill (2007) - para crianças com PSF; TABLE to TABLET (T2T) (Jesus, Lousada, Santos, Martinez, & Mouta, 2015) – para crianças com PSF; Programa desenvolvido no Centro de Investigação e Intervenção em Leitura (Ciil)(Garrido et al., 2017) – para crianças em risco de insucesso escolar.

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3 Existem estudos internacionais acerca da eficácia de programas de estimulação de CF em crianças com desenvolvimento típico de idade pré-escolar.

Num estudo sobre os efeitos de um programa de estimulação de CF em idade pré-escolar foram avaliadas 38 crianças com desenvolvimento típico, com idades entre 4:10 e 6:1. As crianças foram divididas aleatoriamente em dois grupos de controlo (um grupo com 14 crianças e outro com 12 crianças) e num grupo experimental com 12 crianças. As crianças do grupo experimental demonstraram melhores resultados em seis provas de CF (síntese silábica, segmentação silábica, omissão do fonema inicial, segmentação fonémica e síntese fonémica), revelando resultados significativamente maiores em todos os testes de consciência segmental comparativamente aos grupos de controlo. Os resultados mostram que as crianças do grupo experimental também obtiveram ganhos significativamente maiores nas provas de leitura e ortografia no final do ano (Brennan & Ireson, 1997).

Num outro estudo, foram avaliadas 390 crianças com desenvolvimento típico, tendo sido divididas aleatoriamente em dois grupos de controlo com 155 crianças e num grupo experimental com 235 crianças. No início do estudo, as crianças apresentaram uma idade média foi de 6 anos. Os resultados sugerem que a CF pode ser desenvolvida antes da aprendizagem da leitura e independentemente dela, e que a CF facilita a aprendizagem da leitura. As crianças do grupo experimental demonstraram melhores resultados nas provas de consciência fonológica (síntese silábica, segmentação silábica, omissão do fonema inicial, segmentação fonémica e síntese fonémica), revelando resultados significativamente maiores em todas as provas de consciência segmental comparativamente aos dois grupos de controlo (Colapietro, 2012).

Para a promoção da CF em crianças com desenvolvimento típico, foi recentemente desenvolvido e validado um programa para crianças de idade pré-escolar, o Programa de Estimulação de Consciência Fonológica (PECF) (Lousada et al., 2018), o qual ainda não foi alvo de estudo de eficácia.

O PECF tem como finalidade promover o desenvolvimento da CF em crianças de idade pré-escolar ou no início de idade pré-escolar. Pode ser utilizado por diversos profissionais, tais como terapeutas da fala, educadores de infância, professores e psicólogos. É composto por uma versão papel e uma versão digital (Lousada et al., 2018).

O PECF inclui diversas atividades organizadas em 3 níveis de CF, abordando a consciência silábica, a consciência intrassilábica e a consciência segmental (Tabela 1). A seleção das palavras utilizadas em cada atividade teve em consideração as variáveis extensão de palavra, estrutura da palavra e propriedades segmentais. Neste sentido, o programa apresenta níveis de complexidade, em cada atividade, que se encontram organizados de forma crescente e que podem ser usados consoante a idade e/ou nível de consciência fonológica de cada criança. Cada atividade pode ser realizada individualmente com uma criança ou com grupos de crianças (no máximo 10 crianças). Foi previamente realizada a validação de conteúdo, por um painel de 5

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4 peritos na área (linguistas e terapeutas da fala com experiência na área da CF). A análise do índice de validade de conteúdo (IVC) obtido para cada item foi superior a 0.8, verificando a existência de concordância entre peritos. A média do índice global foi 0.95, mostrando que o Programa desenvolvido apresenta validade de conteúdo (Lousada et al., 2018).

Tabela 1 - Estrutura do PECF

Nível de consciência fonológica Atividade

Consciência Silábica

Segmentação Silábica Identificação da Sílaba Inicial Omissão da Sílaba Inicial

Consciência Intrassilábica Síntese Intrassilábica Segmentação Intrassilábica

Consciência Segmental

Síntese Segmental

Identificação do Segmento Inicial Omissão de Segmento Inicial Adição do Segmento Final Substituição do Segmento Inicial Segmentação Fonémica

Assim, este estudo tem como principal objetivo analisar os efeitos do PECF num grupo de crianças com desenvolvimento típico em idade pré-escolar comparando um grupo experimental com um grupo de controlo.

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MÉTODO

Tipo de Estudo

O presente estudo é um estudo de caráter quase-experimental (“quasi-experimental design”) (Breakwell, Fife-Schaw, Hammond, & Smith, 2006; Freire & Almeida, 2007).

Considerações éticas

A aprovação ética foi previamente solicitada à Comissão de Ética da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (UICISA), tendo sido obtido um parecer positivo (Parecer nº 339_03_2016). Antes de qualquer recolha de dados, foi solicitado o consentimento informado por escrito a cada cuidador das crianças dos dois grupos em estudo (Apêndice A). Foi solicitado o preenchimento de um questionário sócio-demográfico para recolha destas informações (Apêndice B).

Amostra

Na constituição da amostra do estudo participaram 44 crianças. Vinte e cinco crianças com idade média de 55.44 meses, 4;5, constituíram o grupo experimental sendo sujeitas à aplicação do PECF. Dezanove crianças com idade média de 59.53 meses, 4;9, constituíram o grupo de controlo, não tendo tido qualquer estimulação de consciência fonológica, adicional à que recebem usualmente no jardim de infância.

Foram selecionados os seguintes critérios de inclusão: criança a frequentar a educação pré-escolar; falante monolingue do PE; ausência de perturbação do desenvolvimento da linguagem, perturbação dos sons da fala e qualquer condição biomédica conhecida (e.g. ausência de alteração sensorial e/ou cognitiva conhecida; ausência de historial de acompanhamento em terapia da fala (no passado ou no presente). Todas as crianças foram avaliadas em dois momentos: antes e após 13 semanas da implementação do PECF no grupo experimental (ver Tabela 2.).

Tabela 2 - Desenho do estudo

Avaliação pré-programa (baseline, ambos os grupos) 1 sessão Intervenção (apenas para o grupo experimental) 13 sessões Avaliação pós-programa (ambos os grupos) 2 sessões

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Avaliações pré-programa

As capacidade fonológicas das crianças foram avaliadas pelas seguintes provas de um Teste de Consciência Fonológica (Afonso, 2015): segmentação silábica, identificação da sílaba inicial, omissão da sílaba inicial, segmentação intrassilábica, segmentação fonémica; e por uma prova de síntese fonémica do Teste de Avaliação da Linguagem Oral (Sim-Sim, 2001). Em todos os momentos de avaliação, todas as crianças foram avaliadas pelo mesmo Terapeuta da Fala.

Aplicação do PECF

Vinte e cinco crianças receberam estimulação da CF através do PECF, dinamizado pelo mesmo Terapeuta da Fala, em 13 sessões semanais com duração média de 45 minutos. As sessões foram realizadas em grupo (de 7 a 8 crianças cada). A aplicação do PECF foi realizada tendo em conta as instruções, procedimentos e materiais apresentados no manual do programa. Neste sentido, foram apresentados os estímulos por grau de complexidade, partindo do primeiro nível com um grau de complexidade menor para o último nível com um grau de complexidade maior. Cada nível de consciência fonológica do PECF apresenta níveis de complexidade tendo em conta as variáveis fonológicas, extensão da palavra, estrutura da palavra e propriedades segmentais. Quanto à consciência silábica, os estímulos são apresentados, consoante a extensão da palavra e estrutura da palavra, ou seja, primeiro apresentam-se palavras dissilábicas com ataque e rima simples e posteriormente palavras trissilábicas ou polissilábicas com ataque ramificado e rima ramificada. Na consciência intrassilábica, os estímulos são apresentados consoante a estrutura das palavras, sendo primeiro palavras monossilábicas com ataque e rima simples e posteriormente monossilábicas com ataque e rima ramificada. Na consciência segmental, os estímulos são apresentados tendo em consideração as propriedades do segmento inicial. Os níveis diferem consoante o modo de articulação do segmento inicial, sendo que primeiro apresentam-se as palavras com fricativa como segmento inicial, de seguida líquida e, por fim, oclusiva (Lousada et al., 2018).

Avaliações pós-programa

Após treze semanas, todas as crianças foram avaliadas quanto às suas capacidades de consciência fonológica com recurso às mesmas provas de Consciência Fonológica utilizadas na primeira avaliação.

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Medidas de resultado

Foram registadas as cotações totais de diferentes provas de consciência fonológica (segmentação silábica, identificação da sílaba inicial, omissão da sílaba inicial, segmentação intrassilábica, segmentação fonémica e síntese fonémica) nos dois momentos de avaliação. Estas medidas resultaram do teste de Consciência Fonológica (Afonso, 2015) e da prova de síntese fonémica (Sim-Sim, 2001), anteriormente referidas.

Análise de dados

A análise estatística foi realizada utilizando o software SPSS versão 24. O nível de significância utilizado foi de 0.05. Para comparação entre os grupos no momento pré-programa, foi utilizado o teste do Qui-quadrado para tabelas de contingência para variáveis nominais e o teste U de Mann-Whitney para as variáveis quantitativas (uma vez que a normalidade destas não foi verificada).

Para analisar a eficácia do PECF, o teste utilizado foi a ANOVA de 2 fatores mistos. Um fator refere-se ao tipo de grupo (grupo controlo ou grupo experimental) - amostras independentes. O outro fator diz respeito ao momento de avaliação (avaliação pré e pós programa) - medidas repetidas. As variáveis dependentes são os resultados das provas segmentação silábica, identificação da sílaba inicial, omissão da sílaba inicial, segmentação intrassilábica, segmentação fonémica e síntese fonémica. O teste de normalidade (teste de Kolmorov-Sminov), esfericidade (teste de Mauchly) e homogeneidade da variância (teste de Levene) foram cumpridos para as duas variáveis dependentes, segmentação silábica e identificação silábica.

RESULTADOS

Momento pré-programa

As características do grupo experimental e de controlo (idade e género) bem como as médias das cotações obtidas no primeiro momento de avaliação, para ambos os grupos, estão resumidas na Tabela 3. O grupo experimental, constituído por 25 crianças, apresenta uma idade média de 55.44 meses (aproximadamente 4 anos e 6 meses), com 12 crianças (63.2%) do género masculino e 13 (52%) do género feminino. Nas provas de segmentação silábica e identificação de sílaba inicial obteve-se um resultado médio de 16.28 e 5.40, respetivamente. Nas restantes provas (omissão da sílaba inicial, segmentação fonémica, síntese fonémica e segmentação intrassilábica), o resultado foi zero.

O grupo controlo, constituído por 19 crianças, apresenta uma idade média de 59.53 meses, com 7 crianças (36.8%) do género masculino e 12 (48%) do género feminino. Nas provas de segmentação silábica e identificação de sílaba inicial obteve-se um resultado médio de 10.63 e

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8 2.11, respetivamente. Nas restantes provas (omissão da sílaba inicial, segmentação fonémica, síntese fonémica e segmentação intrassilábica) o resultado foi zero.

Tabela 3 - Caracterização da amostra em estudo: género, idade, segmentação silábica, identificação da sílaba inicial, omissão da sílaba inicial, segmentação intrassilábica, segmentação fonémica e síntese fonémica

Grupo experimental Grupo controlo Resultado estatístico Género Masculino 12 (63.2%) 7 (36.8%) Teste Qui-Quadrado 𝑋2(1) = 0.5 p=0.46 Feminino 13 (52%) 12 (48%) Idade 55.44±5.17 59.53±8.04 Teste Mann- Whitney U=171.5 p=0.21 P rov as ( av al iaç ão pré -pro g ram a ) Segmentação silábica 16.28±18.99 10.63±14.76 Teste Mann- Whitney U=201.5 p=0.12 Identificação da sílaba inicial 5.40±8.94 2.11±6.03 Teste Mann- Whitney U=200.0 p=0.21 Omissão da

sílaba inicial 0±0 0±0 Não efetuado

Segmentação

intrassilábica 0±0 0±0 Não efetuado

Segmentação

fonémica 0±0 0±0 Não efetuado

Síntese

fonémica 0±0 0±0 Não efetuado

Como se pode observar da tabela 3, quando à variável idade, não há diferenças significativas entre o grupo experimental e o grupo de controlo, no primeiro momento de avaliação, apesar do grupo de controlo apresentar uma idade ligeiramente superior. Relativamente às cotações das provas, também não existem diferenças significativas entre os dois grupos antes da implementação do PECF.

No que respeita aos resultados das provas de segmentação silábica e identificação da sílaba inicial obtidos na avaliação pré-programa (baseline) para ambos os grupos, apresentam-se as caixas de bigodes na Figura 1.

Como se pode observar, existe uma grande sobreposição nas cotações do teste de segmentação silábica dos dois grupos, o que indica não existirem diferenças entre os grupos. No caso do teste de identificação da sílaba inicial, no grupo de controlo pode-se observar a existência de dois extremos com o mesmo valor e os restantes com a cotação zero.

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9 Figura 1 – Resultados GE e GC nas provas de segmentação silábica e identificação da sílaba inicial (avaliação pré-programa).

A percentagem de respostas corretas das provas de segmentação silábica, identificação da sílaba inicial e omissão da sílaba inicial, durante a avaliação pré-programa do GE foram 30%, 15% e 3%, respetivamente. No momento de avaliação pós programa foram 84%, 64% e 22%, respetivamente. No momento pré-programa, as crianças do GC apresentaram uma percentagem de respostas corretas nas provas de segmentação silábica, identificação da sílaba inicial e omissão da sílaba inicial de 19%, 6% e 0%, respetivamente. No momento de avaliação pós-programa, as percentagens para o GC foram 28%, 9% e 0%, respetivamente.

Momento pré e pós programa

Para analisar a eficácia do PECF, o teste utilizado foi uma ANOVA de 2 fatores mistos (ver Tabela 4). Para a prova de segmentação silábica, a interação entre os fatores grupo e momento de avaliação foi significativo. Da figura 2 (esquerda) pode-se observar que o GE obteve um resultado claramente superior no momento de avaliação pós-programa quando comparado com o GC. Os resultados para o fator grupo foram significativos, o que indica que há diferenças estatísticas entre os dois grupos. Os resultados para o fator momento de avaliação também foram significativos, o que indica que há diferenças estatísticas entre os dois momentos de avaliação.

Para a prova de identificação da sílaba inicial obteve-se um resultado idêntico à prova anterior. Da figura 2 (direita) pode-se observar que o GE obteve um resultado claramente superior no momento de avaliação pós-programa quando comparado com o GC. Os resultados para o fator grupo foram significativos, o que indica que há diferenças estatísticas entre os dois grupos. Os resultados para o fator momento de avaliação também foram significativos, o que indica que há diferenças estatísticas entre os dois momentos de avaliação.

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10 Quanto às restantes provas (omissão da sílaba inicial, segmentação fonémica, segmentação intrassilábica e síntese fonémica) não foi possível realizar uma análise estatística, uma vez que os resultados das avaliações foram valores constantes e iguais ou próximos de zero. Neste sentido, optou-se por apresentar apenas estatística descritiva (tabela 4 e figura 3). Dos resultados descritivos e da análise dos gráficos, observa-se que o grupo experimental teve sempre um ligeiro benefício de ter usufruído do PECF, mostrando evolução entre os dois momentos considerados. Por outro lado, o grupo de controlo não mostrou qualquer evolução no segundo momento de avaliação (ver Tabela 4).

Tabela 4 - Resultados obtidos na primeira e segunda avaliação (média e desvio padrão) para o GE e GC em todas as provas. Provas Momento de Avaliação Grupo experimental Grupo

controlo Resultado estatístico Segmentação silábica 1ºAvaliação 16.28±18.99 10.63±14.76 FA: F(1,42)=17.7; p<0.001 FB: F(1,42)=85.2 p<0.001 FA*FB: F(1,42)=46.0 p<0.001 2ºAvaliação 45.20±6.11 15.05±18.11 Identificação da sílaba inicial 1ºAvaliação 5.40±8.94 2.11±6.03 FA: F(1,42)=25.1; p<0.001 FB: F(1,42)=72.6; p<0.001 FA*FB: F(1,42)=56.7; p<0.001 2ºAvaliação 22.44±9.02 3.16±7.59 Omissão da sílaba inicial 1ºAvaliação 1.08±5.40 0±0 Não efetuado 2ºAvaliação 7.80±13.67 0±0 Segmentação intrassilábica 1ºAvaliação 0±0 0±0 Não efetuado 2ºAvaliação 0.16±0.62 0±0 Segmentação fonémica 1ºAvaliação 0±0 0±0 Não efetuado 2ºAvaliação 0.52±1.45 0±0 Síntese fonémica 1ºAvaliação 0±0 0±0 Não efetuado 2ºAvaliação 2.72±2.25 0.05±0.23

Figura 2 - Diferenças entre o GE (- - -) e GC (---) nas provas de segmentação silábica e identificação da sílaba inicial (avaliação pré (1) e pós (2) programa).

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11 Figura 3 - Diferenças entre o GE (- - -) e GC (---) nas provas de omissão da sílaba inicial, síntese intrassilábica, segmentação fonémica e síntese fonémica (avaliação pré (1) e pós (2) programa).

DISCUSSÃO

Este estudo investigou a eficácia do PECF em 25 crianças dos 4 aos 6 anos de idade com desenvolvimento linguístico típico, em comparação com um grupo de controlo constituído por 19 crianças.

Os resultados obtidos no primeiro momento de avaliação demonstram não haver diferenças significativas entre o GC e o GE, sendo que ambos apresentam idades médias semelhantes e pontuações idênticas nas provas. Isto indica que os grupos iniciaram o estudo com características idênticas no momento pré-programa (baseline).

Relativamente à prova de segmentação silábica, o teste estatístico revelou haver diferenças significativas entre o GC e o GE (p<0.001) após a implementação do programa. Relativamente

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12 ao GE, esta prova apresentou uma maior evolução, tendo as crianças resultados ligeiramente superiores (84% de respostas corretas), visto que crianças da faixa etária [5;0-5;6] sem estimulação, apresentaram uma percentagem de respostas corretas de 80% (Afonso, 2015). Tendo as crianças apresentado resultados totais superiores ao GC, verificou-se que a evolução pode ter sido provocada pela implementação do PECF e não pela maturação de cada criança. Estudos idênticos obtiveram resultados semelhantes, tendo o GE diferenças significativas face ao GC (Brennan & Ireson, 1997; Colapietro, 2012).

Para o GC, na prova de segmentação silábica, houve uma evolução mínima, comparativamente ao GE. Esta alteração mínima deve ter ocorrido apenas devido ao fator de desenvolvimento da criança. As crianças deste grupo, apresentaram uma percentagem de respostas corretas igual a 28%, sendo um valor muito inferior ao GE.

No que concerne à prova de identificação da sílaba inicial, o teste estatístico revelou haver diferenças significativas entre o GC e GE (p<0.001) após a implementação do PECF. Esta prova apresentou evolução no GE, com resultados superiores (64% de respostas corretas) aos esperados para a faixa etária das crianças, visto que crianças sem qualquer estimulação apresentam uma cotação de 39% para a faixa etária [5;0-5;6] (Afonso, 2015). Para o GC, houve uma evolução mínima, apresentando uma percentagem de respostas corretas igual a 9%, sendo um valor muito inferior quando comparado com o GE. Esta percentagem pode ter ocorrido pelo fator de desenvolvimento ‘natural’ das crianças. Estudos semelhantes obtiveram resultados idênticos aos do presente estudo, apresentando o GE diferenças significativas face ao GC (Brennan & Ireson, 1997; Colapietro, 2012), mostrando, novamente, que a evolução do GE pode ser pela implementação do PECF e não apenas pelo desenvolvimento.

Quanto à prova de omissão da sílaba inicial, a análise do gráfico (Figura 3) permitiu verificar que a evolução das crianças ocorre apenas no GE. Estudos revelam que esta prova é descrita como sendo uma tarefa complexa para crianças de idade pré-escolar, apresentando percentagens de sucesso inferiores a 50% (Antunes, 2013; Lourenço, 2013). As crianças do GC apresentaram uma percentagem de respostas corretas de 0%, sendo um valor muito inferior quando comparado com o GE que obteve uma percentagem de respostas corretas igual a 22%. Desta forma, as crianças do GE apresentaram uma percentagem de respostas corretas superior comparativamente às do GC, o que mostra que as diferenças podem ser pela implementação do PECF.

No que concerne à consciência intrassilábica e segmental, estes níveis apresentam um maior grau de complexidade, sendo que diversos estudos referem que a consciência segmental e intrassilábica se adquirem aquando da entrada para o 1º ciclo, uma vez que estes níveis exigem alguma aprendizagem (Liberman, Shankweiler, Fischer, 1974; Lourenço, 2013; Oliveira & Lins, 2018; Paulino, 2009; Silva, 1996).

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13 Relativamente à prova de segmentação intrassilábica, as diferenças entre o GE e GC são mínimas, sendo que em idade pré-escolar as crianças apresentam usualmente dificuldades (McBride-Chang, Bialystok, Chong, & Li, 2004; C. Rios, 2009; Seymour & Evans, 1994; Stahl & Murray, 1994).Tendo em conta a idade média das crianças do presente estudo (aproximadamente 4 anos e 6 meses) e o grau de complexidade da prova, os resultados obtidos eram espectáveis.

Relativamente à síntese fonémica, observam-se diferenças entre o GE e GC, sendo que as crianças do GE apresentam resultados mais elevados comparativamente ao GC. As crianças do GC não apresentaram qualquer evolução, obtendo resultados iguais ao da avaliação pré-programa. Sendo esta prova complexa para a faixa etária das crianças em estudo, as evoluções das crianças do GE pode ser pela implementação do PECF e não pelo fator de desenvolvimento.

Quanto à prova de segmentação fonémica, as diferenças entre o GE e GC são mínimas, uma vez que a tarefa apresenta um grau de complexidade elevado, havendo estudos que revelam que as crianças antes da entrada para o 1ºano não conseguem realizá-la (Castelo, 2012; Liberman et al., 1974; Lourenço, 2013; Oliveira & Lins, 2018; Paulino, 2009; Silva, 1996; Veloso, 2003). De referir que a idade média das crianças do presente estudo é inferior a [5;0-6;0], o que pode justificar a dificuldade na realização das provas de segmentação fonémica e intrassilábica, mesmo após a implementação do PECF.

Comparativamente com estudos sobre efeitos de programas internacionais, as crianças do GE obtiveram resultados com diferenças significativas em provas de consciência fonológica, nomeadamente nas de segmentação silábica e identificação da sílaba inicial. Ao nível da consciência fonémica, os resultados do presente estudo revelam poucas diferenças entre os dois grupos, contrariamente a estudos previamente realizados, o que poderá estar relacionado com o facto de as crianças terem uma idade média menor (Brennan & Ireson, 1997; Colapietro, 2012).

De forma geral, as crianças do GE, comparativamente às do GC, começaram a adquirir mais precocemente consciência segmental, especificamente ao nível da síntese fonémica. Estes dados são fundamentais para comprovar que estas capacidades podem começar a ser adquiridas antes da entrada no 1ºciclo e que a implementação do PECF no GE apresentou resultados positivos a este nível.

Os resultados mencionados comprovam que a resposta obtida no segundo momento de avaliação para o GE foi devido à estimulação com o PECF e não ao desenvolvimento. Todas as crianças do GE obtiveram melhores resultados após a estimulação, alcançando valores acima da média considerando valores de referência para o PE (Afonso, 2015), confirmando a eficácia do PECF em idade pré-escolar.

O presente estudo apresenta algumas limitações, tais como a faixa etária das crianças da amostra, visto que é uma faixa etária muito precoce e poderá ter influenciado os resultados das

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14 provas mais complexas, bem como a ausência de outro profissional para realizar as avaliações das crianças nos diferentes momentos. Estudos futuros de análise da eficácia do PECF deverão incluir uma amostra de crianças com idade média superior, de forma a verificar se existe uma evolução significativa ao nível da consciência intrassilábica e segmental. Seria também pertinente realizar um estudo com o PECF que tivesse a colaboração de outros terapeutas da fala nos diferentes momentos de avaliação das crianças de ambos os grupos.

CONCLUSÃO

No presente trabalho, procurou-se contribuir com evidência para os efeitos do PECF em crianças de idade pré-escolar, tendo-se analisado os efeitos nos diferentes tipos de consciência fonológica (silábica, intrassilábica e segmental). O PECF foi considerado eficaz no desenvolvimento da consciência fonológica das crianças com desenvolvimento linguístico típico. Os resultados encontrados fornecem evidência científica para que vários profissionais, como terapeutas da fala, professores, educadores de infância, psicólogos, utilizem este programa na promoção da consciência fonológica em idade pré-escolar. Os dados obtidos neste estudo permitem verificar que a consciência silábica é aquela que apresenta maior evolução, o que tem sido verificado em estudos semelhantes internacionais (Brennan & Ireson, 1997; Colapietro, 2012). A consciência intrassilábica e a consciência segmental apresentaram evoluções mínimas, devido ao seu grau de complexidade e à média de idades da amostra em estudo.

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15

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Apêndice A

Consentimento Informado – Grupo de controlo

TÍTULO: Análise dos efeitos do programa de estimulação da consciência fonológica

PLANO DE INVESTIGAÇÃO: Validar um programa de intervenção de consciência fonológica INVESTIGADORA: Joana Figueiredo (ESSUA), sob orientação da Professora Doutora Ana Rita Valente e Marisa Lousada (ESSUA).

INSTITUIÇÃO: Universidade de Aveiro – Escola Superior de Saúde (ESSUA)

Descrição do projeto

A consciência fonológica consiste no conhecimento que permite reconhecer e analisar, de forma consciente, as unidades de som de uma determinada língua (Sim-Sim, 2006).

O presente projeto tem como objetivo analisar o desenvolvimento da capacidade de consciência fonológica de crianças com idade entre os 4 e os 6 anos. As crianças serão avaliadas em dois momentos com um intervalo de 11 semanas entre cada momento. A avaliação será realizada pela investigadora Joana Figueiredo com a Prova de Consciência Fonológica (Afonso, 2015) e uma Prova de síntese fonémica (Sim-Sim, 2001). Cada momento de avaliação terá uma duração aproximada de 20 minutos.

Riscos

Neste projeto não existem riscos previsíveis associados à participação da criança.

Desistir da participação no estudo

Poderá optar por interromper a participação nas atividades a qualquer momento.

Direitos

Poderá fazer perguntas a qualquer momento, inclusivamente antes, durante ou após as avaliações. A participação neste estudo é inteiramente voluntária.

Confidencialidade

Todos os dados recolhidos serão alvo de uma exclusiva análise dos investigadores, nunca passíveis de qualquer divulgação que permita identificar os participantes. As gravações dos momentos de avaliação serão identificadas com um número.

Contacto

Se, a qualquer momento durante o estudo, quiser mais informações, tiver dúvidas sobre os procedimentos do estudo ou decidir desistir do estudo, entre em contato com:


(38)

Consentimento

Os objetivos e procedimentos do estudo foram explicados e as minhas dúvidas esclarecidas. Concordo e autorizo a participação do meu educando neste estudo. Não renuncio a nenhum dos meus direitos legais assinando este formulário de consentimento informado.

Nome da criança _________________________________
 Nome do pai/mãe _________________________________

Assinatura do pai/mãe: ___________________________________ Local e Data: __________________________________

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Consentimento Informado – Grupo experimental

TÍTULO: Análise dos efeitos do programa de estimulação da consciência fonológica

PLANO DE INVESTIGAÇÃO: Validar um programa de intervenção de consciência fonológica GRUPO DE INVESTIGADORES: Marisa Lousada (ESSUA); Joana Figueiredo e Ana Rita Valente (ESSUA)

INSTITUIÇÕES: Universidade de Aveiro – Escola Superior de Saúde (ESSUA)

Introdução

O presente projeto tem como objetivo a validação de um programa de promoção da literacia através da estimulação da consciência fonológica. O programa irá ser implementado em sessões semanais em crianças na faixa etária dos 4 aos 6 anos. As atividades irão decorrer com grupos de, aproximadamente 10 crianças, com frequência semanal e duração prevista de 30 minutos, dinamizadas por terapeutas da fala.

As capacidades linguísticas de consciência fonológica de cada criança serão avaliadas antes da implementação do programa e depois do seu término.

Benefícios e Riscos

Existem benefícios diretos para a criança. A participação da criança no projeto poderá permitir a melhoria das suas competências linguística e de consciência fonológica, que se prevê que tenham influência positiva na aquisição da leitura e da escrita.

Neste projeto não existem riscos previsíveis associados à participação da criança.

Desistir da participação no estudo

Poderá optar por interromper a participação nas atividades a qualquer momento.

Direitos

Poderá fazer perguntas a qualquer momento, inclusivamente antes, durante ou após as avaliações e/ou implementação do programa. A participação neste estudo é inteiramente voluntária.

Confidencialidade

Todos os dados recolhidos serão alvo de uma exclusiva análise dos investigadores, nunca passíveis de qualquer divulgação que permita identificar os participantes. As gravações dos momentos de avaliação serão identificadas com um número.

Contacto

Se, a qualquer momento durante o estudo, quiser mais informações, tiver dúvidas sobre os procedimentos do estudo ou decidir desistir do estudo, entre em contato com:


(40)

Joana Figueiredo (joanapatriciasilva@ua.pt) Ana Rita Valente (rita.valente@ua.pt)

Consentimento

Os objetivos e procedimentos do estudo foram explicados e as minhas dúvidas esclarecidas. Concordo e autorizo a participação do meu educando neste estudo. Não renuncio a nenhum dos meus direitos legais assinando este formulário de consentimento informado.

Nome da criança _________________________________
 Nome do pai/mãe _________________________________

Assinatura do pai/mãe: ___________________________________ Local e Data: __________________________________

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Apêndice B

Questionário sociodemográfico

Projeto: Programa de estimulação da consciência fonológica

Investigador responsável: Professora Doutora Marisa Lobo Lousada Secção A. Caraterização da Criança 1. Género: (Assinale com X.)

Masculino Feminino

2. Data de Nascimento: (Escreva dia-mês-ano.) _____________________________ 3. Estabelecimento de Ensino: (Nome do Jardim de infância, se aplicável)

____________________________________________________________________

4. A criança possui o Português Europeu como língua materna (primeira língua)? (Assinale com X.)

Sim

Não O Português é a sua língua dominante?__________________________ Se não, qual é?_____________________________________________ 5. A criança frequenta ou já alguma vez frequentou Terapia da Fala? (Assinale com X.) Sim

Não

6. A criança possui problemas de natureza sensorial, motora ou mental? (Assinale com X.) Sim

Não

7. A criança apresenta ou apresentou alguma alteração no seu desenvolvimento? (Assinale com X.)

Sim Qual? ____________________________________________________ Não

8. A criança apresenta/apresentou algum problema auditivo e/ou otites frequentes? (Assinale com X.)

Sim Não

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B. Caraterização do Agregado Familiar

1. Quem faz parte do agregado familiar da criança? (Escreva.)

____________________________________________________________________________ ______________________________________________________________

2. Considerando a pessoa com maior rendimento no seu agregado familiar, isto é, a que ganha mais dinheiro por ano:

2.1. Qual o grupo ocupacional a que pertence? (Assinale com X a resposta.) Patrão/proprietário (agricultura, comércio, indústria, serviços) de empresa/loja/exploração com 6 ou mais trabalhadores

Quadro superior (responsável por 6 ou mais trabalhadores) Quadro superior (responsável por 5 ou menos trabalhadores) Profissão liberal ou similar

Quadro médio (responsável por 6 ou mais trabalhadores)

Patrão/proprietário (agricultura, comércio, indústria, serviços) de empresa/loja/exploração com 5 ou menos trabalhadores

Profissão técnica, científica e artística por conta de outrem Quadro médio (responsável por 5 ou menos trabalhadores) Empregado de escritório

Estudante, doméstica, inativo

Empregado trabalhando sem ser em escritório Trabalhador manual ou similar por conta própria Desempregado

Trabalhador manual por conta de outrem

Nota: Caso a pessoa considerada tenha várias atividades, considere a atividade principal de onde resultam os rendimentos. Caso a pessoa seja reformada, considere a atividade que exercia antes de se reformar.

2.2. Qual a sua escolaridade? (Assinale com X a resposta.) Não sabe ler nem escrever

Sabe ler ou escrever sem possuir diploma 1º Ciclo do Ensino Básico (antiga 4ª classe) 2º Ciclo do Ensino Básico (antigo 6º ano) 3º Ciclo do Ensino Básico (antigo 9º ano) 11º-12º Anos de escolaridade

Bacharelato ou frequência de curso superior Licenciatura ou mais

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Referências

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